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Rafael Valverde rafaval@gmail.com Laboratório e Físico-Quimica Biológica G-37 Biologia Celular para Nanociências e Nanotecnologia IBCCFº - UFRJ Abril– 2012 Page 723 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) proteínas destinadas ao Golgi, membrana plasmática, lisossomas, endossomas etc devem ser primeiramente internalizadas no RE Microscopia de Fluorescência do Retículo Endoplasmático todos os eucariotos tem um retículo endoplasmático mais da metade da membrana de uma célula animal cisternas tubulares achatadas interconectadas e contínuas ao envelope nuclear (um único espaço interno ou lúmen) todas as partes do citosol estão próximas de uma parte do retículo RE tem papel importante na biossíntese de proteínas, lipídeos e no estoque de Ca2+ Translocação Proteica Co- e Pos-Traducional determinadas regiões do RE são especializadas de acordo com o contexto celular RE rugoso: ribossomos associados a membrana (cadeia polipeptidica é translocada durante a síntese) importação pós traducional de proteínas é típica de outras organelas: mitocôndria, peroxissomos, núcleo translocação co- traducional no RE rugoso Figure 12-36a Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) ribossomos cobrem a superfície do RE rugoso, as demais cisternas irregulares são denominadas RE liso área onde brotam vesículas contendo cargas entre o RE e o Golgi: RE transicional células importantes para o metabolismo de lipídeos possuem RE liso maior (metabolismo lipídico) (heaptócitos) estoques de Ca2+ (sinalização!) (RE sarcoplasmático maior em células musculares) Figure 12-37b Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) após homogeneização o RE se quebra e se re-sela formando microssomas preservam suas funções (estocam Ca2+, glicosilam proteínas, translocam proteinas, sintetizam lipideos) gradiente de sacarose separa RE liso do rugoso pela diferença de densidade das membranas Isolamento e Purificação do RE liso e Rugoso Figure 12-37a Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) microssomas de RE rugoso com ribossomos no lado externo Figure 12-38 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) algumas proteínas tem como destino final o próprio RE, outras: direcionadas a outros compartimentos (direcionadas ao RE por sequência sinal) O Peptídeo Líder ”peptídeo lider”: direciona a cadeia polipeptidica para o RE (é clivado por peptidase na membrana interna do RE) RE captura proteínas sintetizadas: transmembrana (translocadas parcialmente na membrana do RE) e solúveis (translocadas para o lúmen do RE) Figure 12-39a Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) SRPs Direcionam Peptídeos Sinais do RE aos Translocadores 6 polipeptídios e um RNA a sequência sinal é reconhecida e guiada ao RE pela signal-recognition particle (SRPs) SRP oclui sítio do fator de extensão (interrompe tradução!!) Como Sequências Sinal do RE e SRPs Direcionam Ribossomos a Membrana do RE ligação ao receptor de SRP permite que ribossomo se ancore ao translocador (liberação de SRP) translocação da cadeia polipeptídica através da membrana complexos SRP-ribossomo interrompem tradução (impedem ligação dos fatores de elongamento!!) complexos SRP-ribossomo se ligam ao receptor de SRP na membrana do RE Figure 12-41a Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) Ribossomos Livres ou Associados a Membrana poliribossomos (diversos ribossomos traduzindo um mRNA) são atraídos a membrana do RE mRNA permanece próximo a membrana do RE graças a uma população intercambiável de ribossomos que iniciam e terminam a tradução Figure 12-41b Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) micrografia eletrônica dos poliribossomas associados a membrana do RE Estrutura do Complexo sec61 plug se desloca quando translocador é acionado deixando a cadeia polipeptidica passar sec61 pode se abrir lateralmente pera inserir a cadeia polipeptidica na membrana (proteínas integrais de membrana!) estrutura do translocador (sec61) contem três subunidades pequena α-hélice (plug) mantém o poro fechado quando no translocador em repouso (impede vazamento de Ca2+!!) Figure 12-43 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) Ribossomo Ligado ao Translocador ribossomo se encaixa com precisão sobre Sec61 (espaço interior contínuo ao lúmen do RE) Sec61 formam complexos de 4 unidades mas nem todos participam da translocação (pontos de apoio para o ribossomo e proteínas acessórias) Figure 12-44a Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) Translocação não Requer Sempre que Peptídeo Esteja em Elongamento translocação pós-traducional a partir de proteínas traduzidas por ribossomos solúveis (em bactérias e eucariotos) a translocação pós-traducional requer proteínas acessórias que impulsionem a translocação translocação co-traducional: ribossomo é trazido a membrana por signal recognition proteins (SRPs) (reconhecidas pelo receptor de SRP que posiciona o ribossomo sobre o translocador) Figure 12-44b,c Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) eucariotos: grupo de proteínas acessórias da família Sec se associa ao complexo Sec61 atravessando a membrana recrutam chaperona BIP no lúmem (ciclos de quebra de ATP puxam a cadeia polipeptídica através do translocador) leveduras bactérias: SecA ATPase se liga a parte citosólica do translocador (ciclos de quebra de ATP empurrando a proteína através deste) Figure 12-45 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) Translocação de uma Proteína Solúvel Através da Membrana do RE peptidases do RE clivam o peptídeo sinal após entrada da cadeia polipeptídica (degradado por proteases) abertura lateral do translocador permite liberação do peptídeo na membrana (inserção de domínios hidrofóbicos das proteínas na bicamada lipídica!!) sequencia sinal é reconhecida duas vezes, por SRPs no citosol e pelo translocador (só proteínas corretas entram no RE) reconhecimento do peptídeo sinal abre o translocador Figure 12-46 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) após clivagem do peptídeo sinal, cadeia polipeptídica na região da sequencia de parada é transferida para a membrana pela abertura do translocador Translocação de uma Proteína Transmembrana N-terminal voltado para o lúmen do RE proteínas integrais de membrana tem domínios alocados no interior da bicamada lipídica em proteínas single-pass, bolso hidrofóbico (além do peptideo sinal) da cadeia polipeptídica determina a parada da translocação (sequencia de parada) Figure 12-47 (part 1 of 2) Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) sequencia sinal de localização no RE (e de inicio da translocação) pode ser interna e não N-terminal reconhecida por SRP de forma semelhante neste caso a sequencia não será clivada por peptidases, proteína será inserida na membrana contendo o peptídeo sinal Figure 12-47 (part 2 of 2) Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) seqs. sinal podem se ligar aos translocadores em ambos os sentidos determinando qual o segmento da cadeia polipeptidica será translocado para o lúmen do RE orientação da proteína é determinada pela distribuição dos aa carregados na seq. sinal!! Integração de uma Proteína Transmembrana Double- Pass em proteínas transmembrana multipass a cadeia polipeptídica atravessa a membrana varias vezes peptídeo sinal interno inicia a translocação que continua até encontrar um domínio hidrofóbico de parada (cadeia polipeptidica é transferida pra membrana) Figure 12-49 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) em proteínas multipass mais complexas: diversos domínioshidrofóbicos primeiro peptídeo hidrofóbico reconhecido pelo SRP define o frame (scannea a cadeia polipeptídica N-ter C-ter seqs de inicio e parada de translocação (liberação da cadeia na membrana a cada stop) Figure 12-50 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) residentes definitivas do RE possuem sequência de retenção no C-terminal (ex: BIP da familia das Hsp-70) Oligossacarídeo Precursor da N- glicosilação proteínas destinadas ao Golgi, lisossoma, membrana plasmática ou espaço extracelular recebem açúcares (N- glicosilação) transferência “em bloco” de uma cadeia oligossacarídica (14 açúcares) a cadeia lateral de uma asparagina (N) da proteína Figure 12-51 Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) oligossacarideo fica ancorado ao dolicol na membrana luminal do RE transferência em bloco do oligossacarideo é catalizada em um unico passo pela oligossacaril- transferase na membrana interna oligossacaril-transferase se associa a cada translocon (scanneia e glicosila a cadeia polipeptídica nascente) Glicosilação de Proteínas no RE Rugoso. oligossacarideo é ancorado ao dolicol por um pirofosfato (fornece a energia de ativação para a glicosilação) Oligossacarídeos Marcam o Enovelamento Proteico porque a glicosilação é comum em proteínas que entram no RE? proteínas no RE requerem N-glicosilação para se enovelarem, glicoses são “podadas” no processo calnexina e calreticulina retém proteínas com apenas uma das três glicoses originais do oligossacarideo glicosidase cliva a ultima glicose (proteína enovelada solta-se da chaperona) proteínas mal enovelada: glicosil transferase re-adiciona glicose ao oligossacarideo Proteínas Mal-Enoveladas são Exportadas do RE e Degradadas no Citosol proteínas que não atingem estrutura enovelada final ou oligomérica são retro- translocadas ao citosol mecanismo pouco conhecido de retro-translocação oligossacarídio serve como timer do tempo gasto pela proteína no RE maquinaria de retro-translocação detecta ausência de uma manose na cadeia ação da manosidase é lenta: apenas proteínas que demoram no RE perdem manose (timer) Figure 12-55a Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) Reposta ao Acúmulo de Proteínas Mal-Enoveladas no lúmen do RE proteínas mal-enoveladas ativam 3 vias distintas de resposta ao stress de enovelamento Via 1: (slide seguinte) Via 2: proteínas mal-enoveladas acionam uma cinase de membrana (PERK) que inibe um fator de iniciação da tradução tradução e consequente influxo de proteínas no RE Via 3: proteína de membrana (ATF6) ativada por proteínas mal- enoveladas migra para o Golgi onde sua porção citosólica é clivada: proteína regulatória gênica (genes de resposta ao stress de enovelamento) Figure 12-55b Molecular Biology of the Cell (© Garland Science 2008) “Our experiments cannot rule out the possibility that some of the substrate RNA enters the nucleus where the splicing reaction may occur. Therefore, although the preponderance of our data indicates that cytoplasmic splicing of XBP1 mRNA occurs, we cannot rule out that the reaction also occurs in the nucleus" RE Sintetiza a Bicamada Lipídica todas as classes de lipídeos e colesterol são sintetizados na membrana do RE (enzimas de síntese voltadas para o citosol) principal fosfolipideo, fosfatidilcolina (PC), é sintetizado em três etapas a partir de colina, 2 ácidos graxos e glicerol fosfato união dos ácidos graxos num esqueleto de glicerol fosfato forma o ácido fosfatídico (PA) PA sofre alterações subsequentes sendo transformado em DAG e depois em PC fosfolipídios são sintetizados apenas na face citoplasmática da membrana do RE formação da bicamada requer transferência para face luminal: “flip-flop” fosfolipídios se equilibram entre as duas monocamadas em minutos! proteína transportadora de lipídeos: scramblase (distribui fosfolipídios aleatoriamente!!) assimetria na bicamada da membrana plasmática e de outros compartimentos: ação das flipases!!
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