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Faculdade de Educação
Disciplina: Educação Jovens e Adultos.
Docente: Ana Karina
Período: 5º - Turma: 04 - Turno: noite 
Alunas: Pâmmela Oliveira
	 Telma Regina
Resenha sobre o MOBRAL
Rio de Janeiro, 06 de Maio de 2013.
	O MOBRAL	
Foi criado pela Lei 5.379, de 15 de dezembro de 1967, o Movimento Brasileiro de Alfabetização, conhecido como Fundação MOBRAL. Em 1969, o Mobral começa a se distanciar da proposta inicial, mais voltada aos aspectos pedagógicos, pressionado pelo endurecimento do regime militar.
O MOBRAL foi implantado com características que convergiam para a criação de uma estrutura adequada ao objetivo político de implantação de uma campanha de massa com controle doutrinário: descentralização com uma base conservadora para garantir a amplitude do trabalho; centralização dos objetivos políticos e controle vertical pelos supervisores; paralelismo dos recursos e da estrutura institucional, garantindo mobilidade e autonomia.
Em 1970, o MOBRAL chegava com a promessa de acabar em dez anos com o analfabetismo, classificado como vergonha nacional, nas palavras do presidente militar Médici.
O Ensino Supletivo
O Ensino Supletivo se propunha a recuperar o atraso, reciclar o presente, formando mão-de-obra que contribuísse no esforço para o desenvolvimento nacional, através de um novo modelo de escola. Foi apresentado à sociedade como um projeto de escola do futuro e elemento de um sistema educacional compatível com a modernização socioeconômica observada no país nos anos 70. Propunha-se a realizar uma oferta de escolarização neutra, que a todos serviria. 
A mensagem do presidente da República, Médici, ao Congresso Nacional, foi neste sentido, quando no encaminhamento da nova lei, em 20 de junho de 1971, ao justificar as reformas como uma abertura “para que possa qualquer do povo, na razão dos seus predicados genéticos, desenvolver a própria personalidade e atingir, na escala social, a posição que tenha jus”.
Por sua flexibilidade, o Ensino Supletivo, seria a nova oportunidade dos que perderam a possibilidade de escolarização em outras épocas, ao mesmo tempo em que seria a chance de atualização para os que gostariam de acompanhar o movimento de modernização da nova sociedade que se implantava dentro da lógica de “Brasil Grande” da era Médici.
O sentido político da educação de adultos no período Militar
O documento expedido em 1972 pela Secretaria Geral do Ministério da Educação e Cultura “Adult Education in Brazil” destinado à III Conferência Internacional de Educação de adultos, que foi convocada pela UNESCO, refletindo como era visto a educação de adultos neste período de ditadura militar brasileira, principalmente após a criação do MOBRAL e do Ensino Supletivo. As afirmações pertinentes nestes documentos quanto uma nova preocupação com a educação entrelaçada como fundamental para o desenvolvimento do país.
A preocupação com a Educação tinha como objetivo a formação de mão-de-obra para o mercado de trabalho que atendendo as novas necessidades socioeconômicas, políticas e culturais, para tanto era fundamental a educação de adultos no sentido de acelerar o desenvolvimento, o progresso social e a expansão ocupacional. A intencionalidade era de por o sistema educacional a serviço de um modelo de desenvolvimento, através da coerção procuravam manter a ordem econômica e política do país.
Apesar das atitudes autoritárias do governo militar, tais reformas propiciou uma ampliação na educação de adultos no ensino fundamental e médio, assim como também na possibilidade de acesso a formação profissional. O Governo, contudo não assumiu a responsabilidade pela gratuidade e expansão do ensino, deixando a cargo do interesses do ensino privado.
Após a redemocratização do país a partir de 1985 com a retomada do poder pelos civis, período em que houve um significativo aumento no campo dos direitos sociais, um marco histórico em que configurou-se em antigos e novos movimentos sociais e atores da sociedade civil, que estavam emergindo no final da década de 70 e que ganharam voz, organicidade, ação e expressão. Em decorrência foi conquistado o direito de jovens e adultos a uma educação fundamental onde o Estado tinha por responsabilidade oferecer uma educação pública, gratuita e universal.
Nos primeiros anos do Governo civil após o fim da ditadura foi marcado com o fim de políticas públicas de educação de jovens e adultos do período militar com a extinção do MOBRAL, visto que sua imagem era vinculada com ideologias e praticas autoritárias do regime militar, sendo substituído pela Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos (Educar).
A Fundação Educar incorporou diversas políticas-pedagógicas inovadoras, rompendo com o paralelismo existente anteriormente no governo militar subordinando-se a Secretaria de Ensino de 1º e 2º grau do MEC. Tendo como responsabilidade promover formação e aperfeiçoamento dos educadores, produzir material didático, supervisionar e avaliar atividades.
Se por sua vez a Fundação Educar ainda mantinha algumas estruturas e concepções pedagógicas do antigo MOBRAL, vale ressaltar que houve avanços e mudanças significativos apoiando financeiramente e tecnicamente iniciativas importantes e inovadoras de educação básica realizada pelas prefeituras ou instituições da sociedade civil. Todo este movimento imergido com a abertura da democracia venho a refletir-se na Assembleia Nacional Constituinte, garantindo para a educação de jovens e adultos o direito universal ao ensino fundamental público e gratuito, independentemente de sua idade, descrito no artigo 208 da Constituição de 1998. Além disso, a Carta Magna estabeleceu prazo de dez anos para que se cumprisse a erradicação do analfabetismo e universalização do ensino fundamental, para tanto deveria ser aplicados recursos financeiros de 50% nas instancias federais, estaduais e municipais.
Todos estes mecanismos contribuíram para que houvesse uma significativa expansão e melhoria na escolarização de jovens e adultos.