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Seminário ● Asmáticos → A asma brônquica é uma doença pulmonar obstrutiva, autolimitada, cujo principal sintoma é a falta de ar, causada pelo estreitamento das vias aéreas, pela inflamação de suas paredes e pela hiperprodução de muco aderente, em resposta a vários estímulos. Anamnese dirigida: 1. De qual tipo de asma você é portador? 2. Qual era a sua idade quando a asma foi diagnosticada e quais mudanças você percebeu desde então? 3. Você tem algum tipo de alergia? 4. Quais medicamentos você utiliza para o tratamento da asma? 6. O que provoca seus ataques de asma? 7. Você se sente ansioso ou com medo quando vem ao consultório? Classificação Caracteristicas Leve intermitente Ocorrência de sintomas. Leve persistente Ocorrência de mais do que duas crises por semana. Moderada persistente Os sintomas ocorrem diariamente. Severa persistente Sintomas contínuos e exacerbações frequentes. Protocolo de atendimento Sedação mínima Via respiratória – inalação da mistura de N2O/O2 (Evitar em pacientes com asma severa persistente). Via oral - Midazolam 7,5 mg 20-30 min antes do procedimento ou Lorazepam 1 mg (para idosos) 2 h antes do procedimento. Anestesia local Lidocaína 2%, Mepivacaína 2% ou Articaína 4% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000. Para pacientes com história de alergia aos sulfitos Prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/mL. Controle da dor Dipirona 500 mg ou Paracetamol* 750 mg (a cada 4 h) (a cada 6 h). Anti-inflamatórios Betametasona ou Dexametasona 4 mg em dose única 1 h antes do procedimento. Tratamento das infecções bacterianas Descontaminação do local Prescrição de antibiótico apenas na presença de sinais locais ou manifestações sistêmicas da infecção. ● Gestantes → Importante estimular a realização de um check-up odontológico, como parte do programa pré-natal, e a não esperar o final da gestação para procurar atendimento odontológico. ● Alterações na cavidade bucal → Gengivite gravídica ou gestacional. → Granuloma gravídico. → Perda dos dentes ● Época de atendimento → 1º Trimestre – Menos adequado. → 2º Trimestre – Mais adequado. → 3º Trimestre – Não tanto adequado. → Frente às urgências odontológicas (pulpites, abscessos, etc.), o tratamento não pode ser adiado, independente do período gestacional. ● Sedação mínima → Os benzodiazepínicos se enquadram na categoria D de risco fetal. (Existem evidências de risco fetal em humanos, mas o benefício do uso em gestantes pode ser aceitável, apesar do risco potencial). → A sedação mínima por via inalatória pela mistura de óxido nitroso e oxigênio é um método seguro para uso na gravidez. ● Protocolo para a anestesia local em gestantes Procedimentos eletivos Programar preferencialmente para o 2° trimestre de gestação Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 URGÊNCIAS (DOR OU INFECÇÃO) Intervir em qualquer período da gestação Gestação normal Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 Grávidas com história de anemia Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 Grávidas diabéticas ou com hipertensão arterial controlada Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 Grávidas com hipertensão arterial não controlada Avaliar risco/benefício do atendimento ambulatorial junto ao médico Prilocaína 3% com felipressina ou Mepivacaína 3% sem vasoconstritor Grávidas com hipertensão não controlada e história de anemia Mepivacaína 3% sem vasoconstritor ● Controle da dor: uso de Analgésicos e Anti- - inflamatórios Analgésico Paracetamol, as doses recomendadas são de 500-750 mg, a cada 6 h, respeitando o limite máximo de três doses diárias. Dipirona sódica, não muito recomendada. Anti-inflamatório Dexametasona ou betametasona, em dose única de 2-4 mg. ● Tratamento das infecções bacterianas Penicilinas (penicilina V ou amoxicilina) são os antibióticos de primeira escolha. Eritromicina (Em alérgicas a sulfa). Metronidazol associado à amoxicilina (o caso de bactérias gram-positivas). Clindamicina para gestantes alérgicas às penicilinas. ● Medicamentos para Lactantes Dor leve a moderada Dipirona sódica, paracetamol. Dores forte e endemas Ibuprofeno, o diclofenaco e o cetorolaco. corticosteroides (dexametasona ou betametasona) Antibióticos Penicilinas, a eritromicina e a clindamicina. Portadores de Doenças Cardiovasculares → Volume máximo (expresso em número de tubetes com 1,8 mL) das soluções anestésicas que contêm epinefrina, recomendado para pacientes com doença cardiovascular controlada, em cada sessão de atendimento. Concentração e quantidade de epinefrina por tubete (mg). Número de tubetes por sessão de atendimento 1:50.000 (0,036 mg) 1 1:100.000 (0,018 mg) 2 1:200.000 (0,009 mg) 4 → O uso de soluções que contêm epinefrina 1:50.000 não é recomendado para pacientes com doença cardiovascular. → Os fios de retração gengival impregnados com epinefrina não devem ser empregados em pacientes com risco cardiovascular. → Quando a epinefrina estiver contraindicada usa-se prilocaína 3% com felipressina. → Outra opção é uma solução sem agente vasoconstritor (mepivacaína 3%). Pacientes ASA II HIPERTENSÃO NO ESTÁGIO 1 — pressão arterial controlada ou situada nos limites de até 160/100 mmHg. → Pode ser submetido a procedimentos odontológicos de caráter eletivo ou de urgência. → Avalie a existência de outras alterações. → Sessões curtas. → Prescreva um benzodiazepínico (p. ex., midazolam 7,5 mg) como medicação pré- anestésica. → pode ser empregada a sedação mínima pela inalação da mistura de óxido nitroso e oxigênio. → Empregue soluções contendo felipressina 0,03 UI/mL (associada à prilocaína 3%) ou epinefrina nas concentrações 1:200.000 ou 1:100.000 (em associação à lidocaína 2% ou articaína 4%). → Controle da dor pós-operatória, dipirona ou paracetamol. Pacientes ASA II HIPERTENSÃO NO ESTÁGIO 2 — pressão arterial atingindo níveis > 160/100 mmHg, mas ainda sem ultrapassar 180/110 mmHg → Os procedimentos odontológicos eletivos estão contraindicados. → Nas urgências odontológicas, a conduta mais importante é o pronto alívio da dor, que é conseguido por meio da anestesia local e da remoção da causa. Com prilocaína 3% com felipressina (máximo de 2-3 tubetes). → O procedimento deve ser realizado de forma rápida e sob sedação (pela via oral com midazolam ou pela inalação da mistura de óxido nitroso e oxigênio). Pacientes ASA III HIPERTENSÃO SEVERA, “ASSINTOMÁTICA” — pressão arterial em níveis > 180/110 mmHg → Todo e qualquer procedimento odontológico está contraindicado. No caso das urgências odontológicas, o atendimento deverá ser feito em ambiente hospitalar, após avaliação médica e redução da pressão arterial. Pacientes ASA III HIPERTENSÃO SEVERA, “SINTOMÁTICA” — pressão arterial sistólica > 180 mmHg ou diastólica > 110 mmHg, na presença de sinais e sintomas como dor de cabeça, alterações visuais, sangramento nasal ou gengival espontâneo e dificuldade respiratória. → A intervenção odontológica de urgência só poderá ser feita em ambiente hospitalar, após a redução da PA para níveis seguros, a critério médico. Doença cardíaca isquêmica: protocolo de atendimento → Sedação mínima por via oral com midazolam 7,5 mg, alprazolam 0,5 mg ou lorazepam 1 mg. → A anestesia local deve ser indolor, em injeção lenta: pequenos volumes de uma solução de lidocaína 2% com epinefrina 1:200.000 ou prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/mL. → Na técnica infiltrativa, use articaína 4% com epinefrina 1:200.000. Insuficiência cardíaca congestiva → Sedação mínima pelo uso de midazolam 7,5 mg ou lorazepam 1 mg (em idosos). → No caso de ICC estável podem ser empregados pequenos volumes de soluções anestésicas contendo epinefrina 1:100.000 ou 1:200.00ou felipressina 0,03 UI/mL. Arritmias cardíacas → Sedação mínima por via oral com benzodiazepínicos ou pela inalação da mistura de óxido nitroso e oxigênio. → No caso de arritmias estáveis e bem controladas), podem ser empregados pequenos volumes de soluções anestésicas contendo epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000. → Evite o uso de epinefrina nas seguintes condições: Arritmias severas, se o tratamento odontológico for inadiável. – Bloqueio atrioventricular. – Arritmias sintomáticas, na presença de outras doenças cardíacas. – Arritmias supraventriculares, como na síndrome de Wolff Parkinson-White. → Opte por prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/mL ou mepivacaína 3% sem vasoconstritor. Prevenção da endocardite infecciosa Regime ou Condição Antibiótico Adultos Crianças Regime padrão Via oral Amoxicilina 2 g 50 mg/kg Alérgicos às penicilinas Cefalexina Clindamicina Azitromicina Claritromicina 2 g 600 mg 500 mg 500 mg 50 mg/kg 20 mg/kg 10 mg/kg 10 mg/kg Incapazes de fazer uso da medicação via oral Ampicilina ou Cefazolina 2 g IM ou IV 1 g IM ou IV 50 mg/kg IM ou IV para ambos Alérgicos às penicilinas e incapazes de fazer uso da medicação via oral Cefazolina ou Clindamicina 1 g IM ou IV 600 mg IM ou IV 50 mg/kg IM ou IV 20 mg/kg IM ou IV Portadores de insuficiência renal crônica Sedação mínima midazolam 7,5 mg (Duração curta). Antissepsia intrabucal e extrabucal solução de digluconato de clorexidina 0,12% e 0,2% Anestesia local Empregar menores volumes possíveis de uma solução de articaína 4% ou lidocaína 2%, com epinefrina 1:100.000 ou 1:200.000 (máximo de 2 tubetes por sessão). Quando a epinefrina estiver contraindicada, empregar solução de prilocaína 3% com felipressina (exceto em pacientes com anemia). Uso de analgésicos Dores leves: dipirona ou pelo paracetamol. Dores moderadas a intensas: Tramadol. Anti-inflamatórios Evitar o uso de anti- inflamatórios não esteroides. Uso de antibióticos penicilina V, amoxicilina, metronidazol,claritromicina, azitromicina e clindamicina.