Logo Passei Direto
Buscar

Autonomia e Liberdade Contratual

User badge image
Alexandre

em

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Questões resolvidas

Prévia do material em texto

1. O que caracteriza a autonomia da vontade no contexto dos contratos? 
Resposta: A autonomia da vontade é o princípio segundo o qual o contrato faz lei entre as 
partes, permitindo que elas definam livremente os termos do acordo. No entanto, essa 
autonomia não é ilimitada e deve respeitar as normas de ordem pública e princípios como 
a função social do contrato. 
2. Quais são os dois aspectos da liberdade contratual mencionados no texto? 
Resposta: A liberdade contratual pode ser vista sob dois aspectos: 
• A liberdade de contratar ou não, e de estabelecer o conteúdo do contrato. 
• A escolha da modalidade do contrato, podendo as partes optar por modelos 
contratuais previstos pelo ordenamento jurídico (contratos típicos) ou criar novos 
modelos (contratos atípicos). 
3. Como o Estado influencia a liberdade contratual segundo o texto? 
Resposta: O Estado influencia a liberdade contratual por meio da intervenção crescente 
nas relações contratuais privadas, impondo limitações e regulamentos que visam garantir 
a função social do contrato e proteger as partes mais vulneráveis. Isso é feito para evitar 
cláusulas injustas e assegurar que o contrato tenha uma função social relevante. 
4. O que é a função social do contrato e como ela afeta a autonomia da vontade? 
Resposta: A função social do contrato é o princípio que exige que os contratos não 
apenas atendam aos interesses individuais das partes, mas também contribuam para o 
bem-estar social e a justiça econômica. Isso significa que a autonomia da vontade deve 
ser exercida dentro dos limites que garantam que o contrato tenha um impacto positivo 
na comunidade, não sendo apenas vantajoso para as partes contratantes. 
5. Como a Lei da Liberdade Econômica, Lei nº 13.874/2019, modifica a interpretação 
da liberdade contratual? 
Resposta: A Lei da Liberdade Econômica introduz o princípio da intervenção mínima e a 
excepcionalidade da revisão contratual, promovendo uma abordagem que prioriza a 
liberdade das partes e limita a intervenção do Estado nas relações contratuais privadas, 
salvo exceções necessárias para garantir a função social do contrato. 
6. Qual foi a principal mudança no conceito de contrato desde o século XIX até os 
dias atuais, conforme mencionado no texto? 
Resposta: No século XIX, o foco estava na manifestação de vontades e na verificação de 
vícios de consentimento, com a preocupação principal sendo a liberdade do 
consentimento. Hoje, o enfoque mudou para a função social do contrato e a proteção das 
partes mais vulneráveis, com o Código de 2002 e o Código de Defesa do Consumidor 
visando garantir justiça e equilíbrio nas relações contratuais. 
7. Quais são os exemplos citados no texto sobre a intervenção estatal na economia e 
suas consequências? 
Resposta: O texto menciona a legislação do inquilinato como exemplo de intervenção 
estatal que, em um primeiro momento, desestimulou a construção de imóveis e gerou 
escassez de imóveis para locação. A atual lei inquilinária (Lei nº 8.245/91) busca corrigir 
essa distorção, mas destaca a dificuldade de reverter mudanças econômicas causadas 
por intervenções legislativas. 
8. O que o artigo 421 do Código Civil de 2002 estabelece sobre a liberdade contratual? 
Resposta: O artigo 421 do Código Civil de 2002 estabelece que a liberdade contratual 
deve ser exercida nos limites da função social do contrato, indicando que os contratos 
devem atender não apenas aos interesses das partes envolvidas, mas também ao 
interesse social e à justiça. 
9. Como o texto vê o papel do controle judicial nos contratos? 
Resposta: O controle judicial não se limita apenas ao exame das cláusulas contratuais, 
mas também considera a raiz do negócio jurídico. O contrato deve ser analisado sob a 
perspectiva de sua utilidade social e não apenas pela sua utilidade individual para as 
partes envolvidas. 
10. O que Orlando Gomes e Chaïm Perelmann contribuem para a discussão sobre 
contratos e autonomia da vontade? 
Resposta: Orlando Gomes destacou a evolução do foco no contrato, de uma mera 
manifestação de vontades para uma análise mais abrangente da função social do 
contrato. Chaïm Perelmann contribui com a ideia de uma nova retórica e argumentação, 
sugerindo que a interpretação do direito deve considerar as necessidades e situações 
sociais do momento para definir o interesse social. 
1. O que significa o princípio "pacta sunt servanda" no contexto contratual? 
Resposta: O princípio "pacta sunt servanda" significa que os contratos devem ser 
cumpridos pelas partes, pois o acordo de vontades faz lei entre elas. Isso estabelece a 
base do direito contratual, garantindo que os compromissos assumidos sejam 
respeitados e executados. 
2. Qual é o impacto de não se cumprir um contrato, segundo o texto? 
Resposta: Se um contrato não for cumprido, isso resultaria em caos, uma vez que a 
obrigatoriedade dos contratos é essencial para a ordem jurídica e para a previsibilidade 
das relações contratuais. A falta de cumprimento comprometeria a segurança jurídica e a 
confiança nas relações contratuais. 
3. O que é a intangibilidade do contrato e como ela se relaciona com a capacidade de 
alterar o conteúdo contratual? 
Resposta: A intangibilidade do contrato é o princípio segundo o qual o conteúdo do 
contrato não pode ser alterado unilateralmente por nenhuma das partes, nem pelo juiz. 
Essa regra geral garante que o contrato seja respeitado conforme acordado, exceto em 
situações específicas previstas por atenuações legais. 
4. De acordo com o texto, por que é importante que as partes não possam alterar 
unilateralmente o contrato? 
Resposta: É importante que as partes não possam alterar unilateralmente o contrato para 
preservar a confiança nas relações contratuais e garantir que o acordo estabelecido de 
livre e espontânea vontade seja cumprido conforme pactuado. Isso evita desordem e 
mantém a segurança jurídica. 
5. O que significa que um contrato é um "produto espiritual", conforme mencionado 
por Messineo? 
Resposta: Quando Messineo descreve o contrato como um "produto espiritual", ele está 
se referindo à ideia de que o contrato, sendo um acordo livremente pactuado, reflete a 
confiança e a palavra dada pelas partes. Isso implica que o respeito ao contrato é uma 
questão de integridade e confiança pública, além de ter um conteúdo econômico. 
6. Como a intangibilidade do contrato se relaciona com as limitações psíquicas e o 
conceito de "bonus pater familias"? 
Resposta: A intangibilidade do contrato se relaciona com o conceito de "bonus pater 
familias" ao considerar que as partes, ao firmar um contrato, agem com um equilíbrio e 
prudência semelhantes ao que seria esperado de um "bom pai de família". Isso significa 
que as partes assumem suas obrigações com base em uma avaliação cuidadosa e 
equilibrada, e o contrato deve ser respeitado conforme essa intenção. 
7. Qual é a relação entre o direito contratual e os direitos reais, segundo o texto? 
Resposta: O direito contratual está intimamente relacionado com os direitos reais, pois, 
apesar de o contrato ser um acordo de vontades com um caráter "espiritual", ele também 
possui um conteúdo econômico. O cumprimento das obrigações contratuais 
frequentemente envolve aspectos relacionados a direitos reais, como propriedade e uso 
de bens. 
8. O texto menciona que a obrigatoriedade do contrato deve buscar o interesse 
social. Como isso deve ser equilibrado com a vontade das partes? 
Resposta: Embora a obrigatoriedade do contrato deva buscar o interesse social, isso deve 
ser feito de maneira a respeitar, tanto quanto possível, a vontade das partes e a intenção 
expressa no contrato. O equilíbrio deve ser mantido para não comprometer a segurança 
jurídica e a confiança nas relações contratuais, ao mesmo tempo que se promove o bem-
estar social. 
1. O que é o princípio da relatividade dos contratos? 
Resposta: O princípio da relatividade dos contratos estabelece que os efeitos de um 
contrato vinculam apenas as partesque o celebraram. Em princípio, os contratos não 
afetam terceiros que não participaram do acordo, não podendo prejudicar ou beneficiar 
aqueles que não são partes contratantes. Existem, porém, exceções a essa regra, como 
as estipulações em favor de terceiros e as convenções coletivas de trabalho. 
 
2. Quais são as exceções ao princípio da relatividade dos contratos? 
Resposta: Exceções ao princípio da relatividade dos contratos incluem as estipulações 
em favor de terceiros, convenções coletivas de trabalho e fideicomissos. Essas exceções 
permitem que os efeitos de um contrato se estendam a pessoas que não participaram 
diretamente do acordo. 
 
3. Como o princípio da boa-fé influencia a interpretação dos contratos? 
Resposta: O princípio da boa-fé influencia a interpretação dos contratos ao exigir que as 
partes ajam de forma correta e ética durante todas as fases do contrato: antes, durante e 
após sua execução. A boa-fé objetiva, prevista no Código Civil, exige que os contratantes 
sigam padrões de conduta socialmente aceitos e reconhecidos, e que o comportamento 
contraditório seja evitado. 
 
4. O que distingue a boa-fé objetiva da boa-fé subjetiva? 
Resposta: A boa-fé subjetiva refere-se ao estado psicológico de uma parte que acredita 
estar agindo corretamente com base em seu conhecimento do negócio. A boa-fé objetiva, 
por outro lado, se baseia em padrões de conduta socialmente aceitos e busca assegurar 
que as partes ajam de acordo com essas normas, independentemente de sua intenção 
pessoal. 
 
5. O que é o princípio da proibição de comportamento contraditório (venire contra 
factum proprium)? 
Resposta: O princípio da proibição de comportamento contraditório, ou venire contra 
factum proprium, impede que uma parte busque um benefício judicial assumindo uma 
postura que contradiga uma conduta anterior que gerou confiança em terceiros. Esse 
princípio visa proteger a confiança e a segurança nas relações jurídicas, evitando que 
alguém se beneficie injustamente de sua própria incoerência. 
 
6. Como o princípio da função social do contrato é aplicado na prática? 
Resposta: O princípio da função social do contrato implica que os contratos devem 
atender ao interesse social além da liberdade de contratar. O juiz deve avaliar a 
adequação social do contrato ou de suas cláusulas, considerando o contexto histórico e 
social. O objetivo é equilibrar a liberdade contratual com a necessidade de promover uma 
sociedade justa e solidária. 
 
7. O que caracteriza os contratos com cláusulas predispostas na sociedade de 
consumo? 
Resposta: Contratos com cláusulas predispostas são comuns na sociedade de consumo 
e envolvem uma automatização do processo contratual, onde um grande número de 
contratos são padronizados e impostos por uma das partes. Nesse contexto, os princípios 
clássicos de Direito Contratual ainda se aplicam, mas a análise do contrato deve focar 
mais no aspecto objetivo do que no subjetivo, refletindo a massificação e a 
despersonalização das relações contratuais modernas. 
 
8. Qual é a importância da boa-fé objetiva no Código Civil de 2002? 
Resposta: No Código Civil de 2002, a boa-fé objetiva é um princípio fundamental que 
orienta a interpretação dos contratos e o comportamento das partes. A boa-fé objetiva é 
expressa nos artigos 422 e 113, e se refere a um padrão de conduta que deve ser seguido 
pelas partes, influenciando a interpretação dos contratos e a avaliação de 
comportamentos em relação aos direitos e deveres contratuais.