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FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA DE FEIRA DE 
SANTANA
CURSO: Medicina Veterinária SEMESTRE: 4°
DISCIPLINA: Virologia e Micologia 
PROFESSOR: Renata Monção 
Estudo Dirigido – Fatores de Virulência
Fonte:
PAES, Rodrigo de Almeida; Fatores de virulência e antígenos de Sporothrix spp. 
relacionados à endemia de esporotricose no estado do Rio de Janeiro, 2012 – 
Resumo de Tese de Doutorado.
A esporotricose é a principal micose subcutânea na América Latina. O estado 
do Rio de Janeiro constitui uma importante área endêmica de esporotricose zoonótica 
onde diversas manifestações clínicas incomuns da doença são observadas. Os 
fatores que podem influenciar no desenvolvimento da esporotricose são o tamanho do 
inóculo, a profundidade da inoculação traumática, a imunidade do hospedeiro, a 
virulência e a termotolerância do fungo. 
Como não há informações disponíveis sobre os fatores de virulência dos 
isolados de Sporothrix da área endêmica de esporotricose no Rio de Janeiro 
estudamos 63 isolados obtidos de pacientes desta área endêmica e nove controles de 
outras localidades, onde a produção de melanina em diferentes condições, 
termotolerância, produção de protease e urease foram analisadas. Também foi 
estudada a composição antigênica de oito isolados, sendo sete da área endêmica de 
esporotricose no Rio de Janeiro e um controle. Os isolados do estudo compreendem 
as espécies S. brasiliensis (n=59), S. schenckii (n=12) e S. globosa (n=1). 
A análise de produção de melanina mostrou que, além da já conhecida 
melanina DHN, as três espécies do complexo Sporothrix estudadas são capazes de 
produzir outros dois tipos de melanina, utilizando L-DOPA ou L-tirosina como 
substrato. A produção destes três tipos de melanina foi bastante variado entre os 
diferentes isolados, sendo influenciada pelo meio de cultivo, temperatura, pH, fonte de 
carbono e tempo de incubação, sugerindo um controle multifatorial da melanogênese 
em Sporothrix. A melanina é produzida principalmente nos conídios e nas leveduras, 
mas quando L-DOPA é adicionado ao meio de cultivo, hifas também podem 
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melanizar. Além disso, a melanina formada a partir de L-tirosina é um composto 
solúvel que pode recobrir as células fúngicas, sem polimerizar-se na parede celular ao 
contrário dos outros dois tipos de melanina, conferindo proteção contra luz 
ultravioleta, fármacos antifúngicos, reativos de oxigênio e de nitrogênio. Também foi 
verificado que a melanização das diferentes espécies de Sporothrix pode ser 
influenciada pelo contato com bactérias, principalmente as espécies Pantoea 
agglomerans e Pseudomonas aeruginosa, vivendo no mesmo ambiente que o fungo. 
A primeira bactéria inicialmente inibe o crescimento fúngico, porém com sua morte 
Sporothrix consegue crescer mais e produzir mais melanina do que quando cultivado 
isoladamente. Já a inibição do crescimento relacionada a P. aeruginosa é maior em S. 
brasiliensis do que em S. schenckii, o que pode estar relacionado à maior resistência 
desta espécie a fármacos antifúngicos. 
A produção de urease também foi diferenciada entre essas duas espécies, 
podendo a maior produção desta enzima por S. brasiliensis estar relacionada ao 
elevado número de casos de regressão espontânea desta micose no Rio de Janeiro. 
Não foi possível correlacionar nenhum fator de virulência, termotolerância ou 
antígenos de Sporothrix spp. com manifestações clínicas da esporotricose, sugerindo 
que estas sejam fruto de uma combinação de fatores envolvendo a virulência do 
fungo e o status imunológico do hospedeiro.
 Em relação aos fatores de virulência dos fungos responda:
1) Fungos melanizados como aqueles do complexo do Sporothrix, são considerados 
mais patogênicos. Qual o papel da melanina na proteção e na virulência do fungo? 
2) Descreva os tipos de fatores de virulência que os fungos podem apresentar e qual 
o seu papel?
3) Qual a vantagem da administração de Anfotericina na forma encapsulada ou 
coloidal?
4) De que forma as micoses cutâneas se manifestam.

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