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O chamado Avivamento da Rua Azusa, ocorrido em Los Angeles, nos EUA, há 100 
anos, foi um dos mais importantes movimentos evangélicos da história da igreja. Ali, 
pessoas de todo o pais e até do exterior vinham presenciar a manifestação do poder de 
Deus. 
 
 
 
AIMEE SEMPLE MACPHERSON 
 
(9 de outubro de 1890 - 27 de set de 1944) 
 
Havia muita coisa que uma mulher não podia fazer na primeira metade do século XX, 
mas boa parte delas Aimee Semple McPherson fez. Não é a toa que ela foi citada pela 
revista Time, junto com Billy Graham, como uma das 100 pessoas mais importantes do 
mundo durante o século XX. 
 
Quando mulheres não podiam subir em púlpitos para pregar a palavra de Deus, ela 
liderou reuniões para milhares de pessoas em diversos continentes. Sua fama se 
espalhou por todo o mundo. Centenas de milhares foram salvos, curados e tocados pelo 
Espírito Santo de Deus. 
 
Ela realizou milhares de campanhas, construiu o “Angelus Temple”, promoveu a 
abertura de mais de 400 igrejas no país, diplomou 3000 alunos pelo “Life Bible 
College”, inaugurou a primeira rádio evangélica e foi a primeira mulher a pregar a 
palavra de Deus em uma rádio nos Estados Unidos. 
 
Com todo esse currículo, porém, em uma lição de humildade, que faz com que qualquer 
um de nós sinta que não fez nada por Deus, ela termina sua vida dizendo: "...sinto que 
fiz muito pouco, embora tenha pregado ao redor do mundo e visto milhares de pessoas 
serem salvas. Sinto não ter feito virtualmente nada. Se fosse homem, poderia ter feito 
muito mais. Mas sou apenas uma mulher que se entregou a Deus para ser usada por Ele. 
Toda glória por qualquer coisa realizada pertence completa e unicamente ao Senhor, a 
quem amo e rendi toda a minha alma..." 
 
 
A HISTÓRIA DE SUA VIDA 
Aimee Semple McPherson, desde a sua adolescência, sentia o forte chamado de Deus 
que a impulsionava em busca da verdade. 
 
Em sua caminhada, assim como Jesus, ela foi caluniada, enganada e perseguida; chegou 
quase à morte, mas Deus a resgatou, porque aquela enfermidade era para a glória de 
Deus. 
 
Ela venceu a morte, venceu suas necessidades humanas, os seus esforços contribuíram 
para que Deus agisse de forma maravilhosa em seu ministério. 
 
O seu amor pelas almas era maior que as dificuldades que encontrava pelo caminho, sua 
vida foi dedicada, quase que por completo, ao ministério. Sua prioridade era levar a 
salvação, a cura e a restauração, através do poder do nome de Jesus Cristo. 
 
 
 
 
O SEU NASCIMENTO 
 
Em Salford, próximo a Ingersoll, em Ontário, Canadá, viviam o Sr. James Morgan 
Kennedy e sua esposa, a Sra. Elizabeth Kennedy. A senhora Elizabeth ficou muito 
doente e James publicou um anúncio para contratar alguém para cuidar dela. A Srta. 
Mildred Ona Pearce, ou simplesmente "Minnie", que tinha 14 anos de idade, aceitou o 
emprego. Ela era órfã e filha adotiva de um casal metodista que atuava no "Exército da 
Salvação", um movimento evangelista da Igreja Metodista. 
 
Algum tempo depois, a Sra. Elizabeth Kennedy veio a falecer e o Sr. Kennedy, já com 
50 anos de idade, tomou à jovem Minnie em casamento. Isso gerou muita confusão no 
lugar onde moravam, e se sentiram forçados a mudar para Michigan, nos Estados 
Unidos da América, amenizando o escândalo. 
Em nove de outubro de 1890, de volta ao Canadá e agora morando em uma fazenda 
perto de Ingersoll, nasce a filha única do casal James e Minnie, a qual recebeu o nome 
da falecida esposa de James, Elizabeth Kennedy. Com o passar dos anos, a menina, 
muito desenvolta, adotou para si mesma o nome de Aimee Elizabeth Kennedy para 
diferenciar-se da falecida Elizabeth Kennedy. 
 
Aimee passou sua infância e mocidade em Ingersoll, formando-se no colégio com 
honras especiais.Entre 14 e 16 anos, Aimee tornou-se muito ativa. 
 
Ela tinha um profundo desejo de ser atriz e interessou-se cada vez mais pelos programas 
sociais e recreativos da Igreja Metodista que ela freqüentava, usando seus talentos 
criativos nas apresentações teatrais da igreja. Cinema, patinação no gelo, romances e 
bailes foram as diversões que a traíram até o ponto de seu coração ficar cada vez mais 
frio e longe de Deus. 
 
 
Com a idade de dezessete anos, conheceu a Teoria da Evolução, de Darwin, o que muito 
a fascinou. Sendo muito perspicaz, poucos religiosos conseguiam debater com ela e 
vencer. Mesmo sendo criada num lar cristão, Aimee começou a duvidar da veracidade 
de suas crenças religiosas e até da existência de Deus. 
 
Nessa condição de indiferença ateísta, Aimee sentia-se infeliz. Entre as dúvidas e a 
tristeza por ter discutido com a sua mãe, tendo-a magoado com sua descrença, a luta em 
seu coração era muito grande. 
 
A CONVERSÃO DE AIMEE 
Uma noite ela foi para seu quarto, determinada a achar uma solução para suas dúvidas. 
Sem acender a lamparina, ajoelhou-se em frente à janela aberta onde contemplava a 
paisagem branca, toda coberta de neve. 
 
Levantando seus olhos aos céus, vendo a lua e as estrelas, pensou: "Certamente deve 
existir um grande Criador que fez tudo isto". De repente, ergueu os seus braços para o 
céu e clamou: "Ó Deus… se há um Deus... revele-se a mim!” 
 
“Suponho que o Pai Celestial responda a essa oração para cada ente humano que envie 
sua petição desesperada em direção aos céus. Pelo menos, Ele respondeu à minha antes 
da meia-noite seguinte", disse Aimee. 
 
Depois das aulas daquele dia, enquanto esperava o horário para o ensaio da peça de 
Natal no salão da prefeitura, Aimee saiu andando pela rua de neve com seu pai e notou 
um aviso no salão de Missões que dizia: "Reunião de Avivamento, Robert Semple, 
evangelista irlandês. Todos são bem vindos". 
 
O pai de Aimee sugeriu que entrassem e ela aceitou sem discutir, pois notícias desse 
reavivamento haviam chegado ao seu conhecimento e a curiosidade a impulsionava a 
estar ali. Tudo era interessante, os cânticos eram bastante animados, todos cantavam 
levantavam as mãos e Aimee se divertia com isso. 
 
A seriedade tomou conta do semblante de Aimee ao ver o evangelista entrar com a 
Bíblia debaixo do braço. Moço alto, tinha um topete de cabelo crespo castanho que 
teimava em cair sobre os olhos azuis irlandeses. Era possível rir com ele, pois sua 
mensagem borbulhava com um humor claro e sadio, mas não se podia rir dele: "Nem 
pensar!", comenta Aimee. 
 
"Leiamos Atos 2:38-39", Robert disse e leu…” Arrependei-vos e cada um de vós seja 
batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados e recebereis o dom 
do Espírito Santo“. 
 
E começou. Arrepios correram pelas costas de Aimee, pois ela jamais ouvira um sermão 
destes. Usando a Bíblia como espada, ele dividiu o mundo em dois. De um lado, 
colocou os cristãos, do outro, os pecadores. Segundo o seu evangelho, todos estavam 
destinados ao céu ou ao inferno. 
 
Ao ouvi-lo pregar, a pessoa entendia haver diferença visível entre o pecador e o 
membro da igreja. O pregador passou a falar do Espírito Santo e, de repente, a falar 
numa língua desconhecida. Aimee diz que, para ela, este pronunciamento, inspirado 
pelo Espírito Santo, era como a voz de Deus trovejando em sua alma palavras terríveis 
de juízo e condenação. 
 
Apesar da mensagem falada em línguas, ela entendia perfeitamente Deus dizer “que ela 
era uma pecadora, perdida no caminho do inferno…". Aquela noite mudou a vida de 
Aimee. 
 
Jamais alguém disse tamanha verdade a ela. Era como se mãos invisíveis houvessem se 
estendido sobre ela e começassem a sacudir sua alma. Uma convicção genuína a 
envolveu e ela sabia que havia um Deus e ela atuava como uma pecadora. Ainda assim, 
Aimee tentou fugir procurando pôr três dias, se distrair das palavras do evangelista 
ouvindo músicas de jazz. 
 
Mas numa tarde de dezembro de 1907, três dias após aquela pregação, voltando para 
casa de trenó, Aimee não conseguiu mais suportar. Era como se os céus de bronze 
fossem cair sobre ela e que em poucos momentos seria demasiado tarde."Deus, tenha misericórdia de mim, sou uma pecadora!", tudo mudou em sua volta e uma 
grande paz invadiu a sua vida. 
 
Diz Aimee: “Foi como se o sangue do calvário, ainda quente, se derramasse sobre todo 
o meu ser. Grandes lágrimas escorriam sobre minhas mãos enluvadas enquanto 
segurava as rédeas. Quando entrei em casa, senti Aquele que é invisível bem próximo 
de mim. Meus pais estavam no estábulo e me alegrei pôr estar só. A casa inteira parecia 
inundada de uma glória cor de ouro. Levantando a tampa do fogão de metal, na sala de 
estar, queimei minhas sapatilhas de dança, minhas partituras de jazz e meus romances. 
Meu pai quis saber o que estava acontecendo e expliquei: Converti-me e não tenho mais 
necessidade dessas coisas!" 
 
BUSCA DO ESPÍRITO SANTO 
 
Depois de sua conversão, Aimee passou duas semanas numa alegria impossível de 
descrever. Deste dia em diante, Aimee passou a buscar a presença de Deus. Não perdia 
tempo para orar e ler a Bíblia. Diz Aimee que, quando orava, falava com Cristo, e, 
quando lia a Sua Palavra, Ele falava com ela. 
 
Um dia, em oração, esta serenidade foi abalada ao analisar: “O Senhor me dá tudo e eu 
só recebo. O egoísmo é um traço de caráter abominável. Senhor, que posso fazer em 
troca?” Aimee abriu a Bíblia e leu “... o que ganha almas é sábio e ... resplandecerão 
como as estrelas sempre e eternamente." 
 
Era como se uma voz poderosa falasse em tom de clarim: "Agora que você foi salva, vá 
e ajude a salvar os outros." 
 
Começou a procurar almas. Desde aquele momento ela começou incessantemente a 
buscar o Espírito Santo, perdendo muitos dias no colégio para assistir reuniões na casa 
de uma senhora, já batizada com Espírito Santo, que pertencia à Missão Pentecostal 
onde Aimee ouvia o Evangelho. 
 
Quando a mãe de Aimee recebeu uma carta do diretor do colégio comunicando o fato 
dela estar perdendo muitas aulas, proibiu-a de freqüentar os cultos, chamando o povo da 
missão de fanáticos. 
 
Na segunda-feira seguinte resolveu não ir ao colégio, mas passar o dia em oração na 
casa da irmã da missão. Elas oraram juntas, pedindo ajuda a Deus para que Aimee 
ficasse na cidade até receber o batismo. O Senhor ouviu a oração e a neve começou a 
cair numa tempestade forte. 
 
Ela orou o dia todo e quando foi pegar o trem para voltar à sua casa, descobriu que 
todos os trens estavam parados, as linhas telefônicas interrompidas e as estradas 
intransitáveis. Essas condições prevaleceram uma semana e Aimee ficou na casa da 
irmã, passando a maior parte do tempo ajoelhada e orando horas a fio, comendo e 
dormindo pouco, levantando na madrugada, e, embrulhada em cobertores, continuava 
em oração. 
 
Na sexta-feira ela ficou na presença do Senhor até a meia noite. Levantando bem cedo 
no sábado, antes que qualquer pessoa da casa estivesse acordada, foi à sala, ajoelhou-se, 
levantou as mãos e começou a orar pedindo ao Espírito Santo, para melhor servir ao 
Senhor, contando o seu amor para os outros. Num momento, uma alegria maravilhosa 
encheu o seu coração e Aimee com os olhos fechados, viu o mundo como um vasto 
campo de trigo, já branco para a ceifa. 
 
Ainda em oração, o trigo começou a se transformar em rostos humanos; a folhagem, em 
mãos levantadas; e sobre tudo apareceram as palavras do Senhor: “Os campos já estão 
brancos para a ceifa. A ceara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai ao 
Senhor da ceara que mande ceifeiros para a sua ceara.” Naquela hora, o Senhor colocou 
na sua mão uma foice de dois gumes (A Palavra Deus) e no seu coração soaram estas 
palavras: 
 
“Vais recolher o trigo, mas lembre sempre que a foice te é dada para cortar o trigo. 
Muitos ceifeiros usam-na corretamente apenas poucas horas, e depois começam a cortar 
e marcar os seus colegas. Aplica-te a tarefa que está perante ti, corte somente o trigo e 
recolhe os molhos preciosos.“ 
 
Esta foi uma lição que a irmã Aimee nunca esqueceu. Apesar das críticas, perseguições 
e mesmo calúnias terríveis, não procurava se defender, criticando ou ferindo os outros. 
 
Naquele mesmo sábado inesquecível, Aimee Elizabeth Kennedy recebeu o batismo no 
Espírito Santo, louvando e glorificando ao Senhor numa língua que ela nunca aprendeu, 
“Segundo o Espírito lhe concedia que falasse.” 
 
Era quase meio dia quando se levantou com o rosto radiante, após ter ficado muito 
tempo na presença do Senhor em oração. Fora, a tempestade havia cessado, os irmãos 
da casa entraram na sala e regozijaram-se com Aimee. 
 
Ela escreveu mais tarde: “Dentro do meu coração ficaram duas convicções: a primeira, 
que o Consolador tinha entrado para ficar e eu deveria viver em consagrada obediência 
à Sua vontade; a segunda, que eu tinha recebido uma chamada para pregar o evangelho 
eterno.” 
 
CASAMENTO, VIAGEM PARA CHINA E VIUVEZ. 
 
Certa noite, enquanto Aimee estava na casa de um vizinho com duas crianças que 
tinham apanhado febre tifóide, a porta se abriu e Robert Semple, o evangelista, surgiu 
diante dela. 
 
Um impulso de alegria a envolveu. Robert disse-lhe que havia chegado de Stratford e, 
sabendo que as crianças adoeceram, viera fazer-lhes companhia. Naquela noite, as 
crianças tiveram os dois como enfermeiros. Aimee e Robert conversaram por algum 
tempo a respeito das cartas que trocavam entre si, sobre o batismo do Espírito Santo que 
ela havia recebido, e do grande desejo que ela tinha de ser ganhadora de almas. 
 
Enquanto ele falava, Aimee percebia os grandes olhos azuis de Robert fixos nela. Ele 
falava de sua estada em Stratford, de suas realizações como homem de Deus, de suas 
reuniões, salões cheios e milhares de homens e mulheres aceitando a Cristo. 
 
Aimee não escondia o seu contentamento e não negava o seu desejo de ser uma 
missionária. 
 
Ao olhar os livros espalhados sobre a mesa, Robert deparou com o livro de geografia e, 
folheando as páginas, abriu no mapa do Oriente. "A China será o meu desafio, o meu 
destino". "Que maravilha", suspirou Aimee. Gostaria de dedicar a minha vida a uma 
causa como esta. 
 
Foi então que Robert disse: “Aimee sei que tem apenas 17 anos, mas eu a amo de todo 
coração. Logo vai fazer 18. Quer casar-se comigo e ir em minha companhia para a 
China?" 
 
Aimee ficou olhando estarrecida para ele. O rosto honesto, não conseguia falar, mas um 
desejo irreprimível de ajudá-lo nasceu em seu coração. 
 
Ela sabia que o amava profundamente. Amava seu ministério, seu Cristo, seu ensino, 
sua mensagem. Não foi preciso respondê-lo imediatamente. Oraram juntos. Enquanto 
oravam, Aimee, numa visão, viu uma estrada longa e brilhante se estendendo em 
direção á Cidade Celestial, Robert e ela estavam subindo pôr um caminho ladeado de 
anjos que levava ao trono de Deus. Aimee o aceitou. 
 
Robert falou com os pais de Aimee, pedindo consentimento, e de maneira simples e 
franca tiveram sua bênção. 
 
No dia 22 de agosto de 1908 se casaram. E, segundo Aimee, ele foi o seu Seminário 
Teológico, seu mentor espiritual, seu marido terno, paciente e dedicado. 
 
Juntos entraram no campo evangelista, seguindo um programa de trabalho intensivo. 
Foi nessa fase do seu ministério que Aimee recebeu o dom de interpretação de línguas. 
Um dia, enquanto estava orando em seu quarto, começou a falar em línguas pelo 
Espírito Santo. 
 
Logo ela ficou consciente pelo fato de poder entender o significado das palavras dadas 
pelo Espírito Santo. Durante o culto daquela mesma noite, Reverendo Durham deu uma 
mensagem em línguas e Aimee recebeu a interpretação, mas, por causa da timidez, não 
deu a interpretação. Porém, na reunião seguinte, quando uma mensagem de línguas foi 
dada, com medo de apagar o Espírito, Aimee foi obediente, deixando que o Espírito 
Santo desse a interpretação através dela. 
 
Algum tempo depois, assistindo a uma série de conferências, Aimee caiu numa 
escadaria e fraturou o osso de um dos pés, ficando com quatro dos ligamentos 
completamente soltos, a ponto dos dedos serem puxados parabaixo apontando a direção 
do calcanhar. Depois de colocar o gesso, o médico deu pouca esperança de recuperação 
dos ligamentos e da flexibilidade do pé e do tornozelo. 
 
Com os dedos do pé inchados, pretos e com muita dor, Aimee foi assistir ao culto à 
tarde, dirigido pelo Reverendo Durham. Não suportando mais a dor, deixou o culto, 
resolvendo descansar no seu quarto, que ficava a um quarteirão de distância do salão 
dos cultos. 
 
Chegando ao quarto ela ouviu uma voz dizendo: “Se tu embrulhares o sapato do pé 
fraturado, e voltares ao culto, e pedires ao Reverendo Durham para orar por ti, levando 
consigo o sapato para calçá-lo na volta, eu curá-la-ei.” A principio ela estranhou a idéia, 
mas a voz no seu coração insistiu tanto que finalmente, com a ajuda de muletas, voltou 
ao culto levando o sapato. Chegou tremendo e atormentada porque, no caminho, a 
muleta entrou num buraco na calçada, causando aos dedos, já sensíveis, uma dor terrível 
por haverem tocado o chão. 
 
Contando aos irmãos reunidos o que Deus tinha falado e após uns momentos de oração 
silenciosa, o Reverendo Durham colocou suas mãos no tornozelo dela e disse: “No 
nome de Jesus receba a cura.” Instantaneamente, ela sentiu que fora curada; o gesso foi 
tirado e num salto ela colocou-se em pé e começou a andar, louvando ao Senhor. 
 
O testemunho de Aimee foi este: “Desde aquela vez o poder de cura divina se 
manifestou na minha vida e na daqueles que eu tive privilégio de oferecer a oração da 
fé. 
 
Pouco tempo depois disso, o casal Semple seguiu em viagem para a China, passando 
antes pela Irlanda para conhecer a família de Robert. Na viagem, enfrentaram uma forte 
tempestade e, em meio a enjôos, medos e temores, Aimee conta ao marido que está 
grávida. 
 
Depois da Irlanda, seguiram para a Inglaterra para encontrar Cecil Polhill, um 
milionário cristão que os ajudaria a chegar a China. Ali, Aimee fez a sua primeira 
pregação, numa convenção onde estavam reunidas cerca de 15 mil pessoas. 
 
Na China, Aimee foi acometida de uma malária tropical, ficando um mês, dia e noite, 
no leito. A sua única preocupação era a criança. Robert logo caiu doente, tentou relutar, 
mas a cada dia foi piorando e a malária levou sua vida sepultando-o em Hong Kong. 
Aimee disse ao ver o marido falecer: "O Senhor deu e o tomou. Bendito seja o nome do 
Senhor". 
 
Aimee teve uma menina a quem chamou de Roberta Star Semple. Menos de um mês 
depois da morte de Robert, Aimee voltou aos EUA para morar em Nova York 
 
 
AS DIFICULDADES PESSOAIS E MINISTERIAIS 
 
Com a morte de Robert Semple, Aimee passou pôr dificuldades financeiras e também 
necessitou dedicar mais tempo a sua filha, pois ela estava com a saúde muito fragilizada 
e os problemas pessoais a cada dia dificultavam mais sua vida ministerial. 
 
Em meio a tantas dificuldades pessoais e ministeriais, Aimee conheceu e se apaixonou 
por Harold McPherson, um contador de Nova York, com quem reconstruiu um lar 
seguro para ela e sua filha. 
 
Durante algum tempo o marido de Aimee passou pôr dificuldades financeiras; ela 
começou a arrecadar ofertas para o exercito de Salvação, com isso conseguia ajudar nas 
despesas da casa. Neste período engravidou; quando seu filho Rolf McPherson nasceu 
teve que parar de trabalhar. 
 
Aimee começou a dedicar-se aos filhos e à rotina do lar, porém, não estava feliz, 
porque, na intensa chamada de Deus e o dever com a sua família, Aimee caiu num 
estado de depressão pós-parto, adoecendo gravemente e sendo levada a um hospital. 
 
Aimee pedia a cura a Deus, mas a cada pedido ouvia o Senhor dizendo: "Tu irás? 
Pregarás a palavra?". Mas somente depois de um ataque repentino de apendicite, que a 
levou a cinco operações em um mesmo dia chegando ao ponto de pedir a morte, durante 
a madrugada ouviu a voz do Senhor: "Agora tu irás?"; quase sem forças respondeu-lhe; 
"Sim, Senhor, eu irei". 
 
Em 15 dias ela estava totalmente recuperada. Sentindo-se fraca para entrar em discussão 
com seu marido e sogra, quanto ao seu chamado divino, Aimee resolveu partir com seus 
filhos para o Canadá, buscando o apoio de seus pais, que se ofereceram para cuidar de 
seus filhos. 
 
Telegrafou então para seu marido, pedindo que fosse ao seu encontro. Aimee participou 
de um encontro Pentecostal em Ontário, onde teve um novo encontro com Deus, assim 
iniciando o seu ministério no Canadá; apesar de na época ser raro encontrar uma 
pregadora mulher, foi respeitada e aceita pelos sinais que Deus operava através de sua 
vida. 
 
O INÍCIO DO SEU MINISTÉRIO 
 
Na primeira noite, a irmã McPherson, como era conhecida, ficou desapontada ao 
encontrar um número reduzido de pessoas assistindo ao culto. Na segunda noite pregou 
àquelas mesmas pessoas, que durante ou por quase dois anos haviam freqüentado os 
trabalhos. Na terceira noite, antes do culto, ela pegou uma cadeira e dirigiu-se à esquina 
principal da pequena cidade, a apenas um quarteirão do salão de culto. Subiu na cadeira 
e, com os braços erguidos, começou a orar em silêncio. Logo após, ouviu vozes ao seu 
redor comentando o fato. Ela parou de orar e abrindo os olhos viu um grupo grande de 
pessoas. Pegando a cadeira, saiu correndo e gritando "depressa, venham comigo". 
Todos correram atrás dela, e, chegando ao salão, ela disse ao porteiro: "Quando todos 
estiverem dentro, feche a porta e não deixe ninguém sair". Realmente ninguém procurou 
sair da pregação que durou quarenta minutos. 
 
Na noite seguinte, o salão ficou lotado e muitos não puderam entrar. O problema só 
ficou resolvido com a remoção do culto para a grande área gramada que ficava atrás do 
salão. O número de pessoas que assistia às reuniões cresceu tanto que ultrapassou a 
quinhentos e, como resultado muitas almas se entregaram a Jesus. 
 
Harold McPherson mandou-lhe um telegrama para que voltasse para sua casa, mas 
Aimee recusou-se a voltar. Ele veio então ao seu encontro e ouvindo uma de suas 
pregações reconheceu o chamado de Deus na vida de Aimee, estimulando-a a continuar. 
 
No fim da primeira semana de trabalho ela recebeu uma oferta do povo e, com o 
dinheiro, foi à cidade vizinha e comprou uma tenda de lona já usada. O vendedor 
(homem desonesto) "abaixou" o preço com a condição que não seria necessário tirar a 
tenda da sacola antes de vendê-la. Quando ela voltou a Mount Forest e abriu a "catedral 
de lona", descobriu que estava mofada e rasgada. Foi necessário remendar e limpar a 
tenda, que com muito esforço finalmente ficou pronta. 
 
No primeiro culto realizado na tenda, quando Aimee ia começar a pregar, a lona 
começou a rasgar-se e vinha caindo sobre o povo ali presente, devido ao forte vento; 
irmã McPherson levantou os braços e orou: "Em nome do Senhor Jesus, ordeno que não 
caia até depois do culto". 
 
Naquele instante a lona ficou presa num prego e não caiu. No dia seguinte, um grupo de 
senhoras da congregação ajudou a remendar a tenda. Depois de trabalhar o dia todo, 
irmã McPherson sentiu-se tão cansada que resolveu cancelar o culto daquela noite. 
Deixando um aviso na tenda, foi para casa descansar. 
 
Antes de deitar-se, tomou a Bíblia e ajoelhou-se para orar e meditar nas Escrituras. A 
Bíblia caiu da cama e quando ela foi pegá-la no chão, percebeu que estava aberta neste 
versículo: "Qualquer que procurar salvar sua vida, perdê-la-á, e qualquer que perder a 
sua vida por amor de mim, esse a salvará." (Mateus 16:25). 
 
Ela entendeu que Deus tinha falado mais uma vez ao seu coração. Levantou-se e 
imediatamente se preparou para pregar na tenda. Ainda sentia grande cansaço quando 
subiu ao púlpito, mas, na hora em que se levantou para cantar o primeiro hino, todo o 
cansaço a tinha deixado. 
 
Depois de muitos anos no ministério ela escreveu este maravilhoso testemunho: "Tem 
sido assim desde aquela vez. Não importa o que seja, o labor ou os apuros do dia a dia, 
nem importa a fadiga física e mental que eles produzem em mim, estou sempre refeita 
no instanteem que fico em pé no púlpito." O resultado glorioso de sua obediência veio 
naquela noite, quando dezoito fazendeiros se converteram a Cristo. 
 
As campanhas em tendas de lona nas cidades de orla marítima do Atlântico continuaram 
até 19l8, com o povo em número sempre crescente, reunindo-se para ouvir esta 
extraordinária evangelista. 
 
Em junho de 1917 foi lançada a primeira edição da sua revista, "Bridal Call", contendo 
testemunhos e notícias das campanhas, sermões, poesias e outros artigos. Em de três 
meses, a revista foi aumentada de uma edição simples de quatro páginas somente, para 
uma revista mensal de dezesseis páginas. 
 
Atualmente a revista é publicada sob o nome "The Foursquare World Advance", 
contendo notícias da Igreja Quadrangular no mundo inteiro, com uma tiragem mensal 
de mais de 50.000 exemplares. 
 
As campanhas evangelistas desses primeiros anos foram marcadas com grandes 
experiências de fé e maravilhosas vitórias. Foi nesse período que Deus começou a usar 
irmã McPherson no ministério da cura divina. Uma noite ela pregou sobre o tema "Jesus 
Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente", mostrando que Ele vive hoje para curar e 
batizar com o Espírito Santo. 
 
A fé foi despertada e ela viu uma figura patética vindo voluntariamente à frente: uma 
moça auxiliada por duas pessoas, estava curvada, com o queixo puxado para baixo 
tocando no peito, pernas e mãos deformadas pela artrite reumatóide, chegava apoiando-
se em muletas. 
 
A moça foi carregada até o púlpito e assentada numa cadeira. Em poucos minutos, ela 
aceitou Jesus e, em seguida, foi batizada com o Espírito Santo. Depois de orar pela sua 
cura, irmã McPherson disse-lhe que levantasse as mãos e louvasse ao Senhor. 
 
Assim ela o fez, e louvando ao Senhor começou a levantar os braços e as mãos 
deformadas começaram endireitar-se. Com os braços libertos e erguidos, ainda 
louvando ao Senhor, o queixo e o pescoço, há tanto tempo endurecidos, foram-se 
tornando livres ao ponto dela poder olhar para o céu. 
 
Com isso ela se levantou e, apoiando-se com as mãos, começou a andar através da força 
que suas pernas receberam para sustentá-la. Saiu andando e glorificando ao Senhor. 
 
Numa campanha em Durant, Flórida, novamente Deus provou o Seu poder na vida de 
Aimee Semple McPherson. As reuniões foram realizadas num tabernáculo de madeira 
em local onde não havia eletricidade. 
 
A luz de lampiões a querosene e gasolina era muito fraca para o tamanho do 
tabernáculo, então, colocaram um aparelho de luz a gás para iluminar o lugar. 
 
Uma noite, antes do culto, enquanto irmã McPherson estava fazendo uns ajustes no 
aparelho, houve uma pequena explosão no mesmo e as chamas atingiram seu rosto. A 
dor foi tão aguda que ela, sem pensar nas conseqüências, saiu correndo e colocou o 
rosto numa bacia com água fria. 
 
Ao tirá-lo da água, a dor, já intensa, aumentou e bolhas brancas começaram a se formar. 
Irmã McPherson ficou andando de um lado para outro sob as árvores, esperando em 
Deus sempre, enquanto alguém consertava o aparelho danificado. O povo continuava a 
chegar, mas a hora de iniciar o culto já estava atrasada, devido ao imprevisto que 
acontecera com o aparelho. 
 
Um senhor, que estava combatendo as reuniões e a pregação de cura divina, 
aproveitando a oportunidade, levantou-se para avisar ao povo que não haveria reunião 
porque a pregadora da cura divina tinha queimado o rosto. 
 
Quando a irmã McPherson soube disso, orando e pedindo força, subiu ao púlpito e, em 
nome de Jesus, anunciou um hino com os lábios tão endurecidos por causa da 
queimadura que quase não pode pronunciar as palavras. Terminando a primeira estrofe, 
ela levantou sua mão e disse pela fé: "Louvado seja o Senhor que me cura e me tira toda 
a dor." 
 
O povo começou a louvar a Deus e, instantaneamente, o sofrimento intenso foi aliviado 
e, perante os olhos de todos, o vermelhão do rosto começou a diminuir e as bolhas 
desapareceram. No final do culto, a sua pele estava completamente normal e Deus foi 
glorificado. 
 
Na cidade de Filadélfia, em 1917, a campanha realizada numa tenda grande, trouxe 
pessoas de muitas cidades vizinhas que acamparam em tendas pequenas ao redor de 
cultos. Na primeira noite, o poder do Espírito Santo caiu sobre o povo que clamava a 
Deus pedindo um avivamento. Na segunda noite, o inimigo começou a atacar a obra. O 
terreno alugado para levantar a tenda, antes era utilizado como campo de futebol por um 
colégio vizinho e os jovens, ressentidos por terem perdido o campo, começaram a 
perturbar o culto. 
 
Centenas deles cercaram a tenda e, cada vez que havia uma manifestação do Espírito, 
eles zombavam e davam gargalhadas. O barulho tornou-se tão forte que dentro da tenda 
era impossível ouvir a voz dos solistas e dos dirigentes que falavam ao povo. 
 
Mais tarde foi descoberto que os jovens esconderam latas de querosene e gasolina para 
incendiar tudo que havia no terreno. Enquanto o povo cantava hinos, irmã McPherson 
orava pedindo a orientação do Senhor. 
 
A resposta veio pelo Espírito Santo de Deus, dizendo-lhe: "Começa a louvar, porque a 
alegria do Senhor é a tua força." 
 
Ela começou em voz baixa, com os olhos fechados; mas aos poucos, a sua voz tornou-se 
mais forte, então clamou: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim 
bendiga ao Seu Santo nome." O povo sentindo o Espírito, também levantou a voz 
louvando ao Senhor. Irmã McPherson relata o que aconteceu depois: 
 
"Enquanto eu louvava ao Senhor, vi muitos demônios com asas estendidas, semelhantes 
às de morcego, entrelaçadas uma a uma, lado a lado, ao redor do tabernáculo. Mas cada 
vez que eu dizia: Louvado seja o Senhor, eu percebia que as forças diabólicas davam 
um passo para trás, até que, finalmente, desapareceram entre as árvores." 
 
Ela continuou clamando: "Glória a Jesus! Aleluia! Louvado seja o Senhor." De repente 
viu que, no lugar onde as forças diabólicas haviam desaparecido, um grande bloco de 
anjos, vestidos de branco, estava avançando, também com asas estendidas e 
entrelaçadas, e cada vez que se expressava: "Louvado seja o Senhor", eles davam mais 
um passo à frente. Sem parar, avançavam ao ponto de cercar completamente a orla 
exterior da tenda de lona. 
 
Quando irmã McPherson abriu os olhos, os jovens que perturbavam o culto ainda 
estavam presentes, mas todos quietos, com os olhos atentos e olhando para ela. Houve 
uma atenção perfeita durante a pregação, muitos aceitaram Jesus como Salvador e nos 
outros cultos eles voltaram trazendo os doentes e aflitos para que recebessem a oração 
da fé. 
 
Sua primeira viagem transcontinental foi em 1918, quando atravessou o continente em 
seu carro com as frases escritas: “Carro do Evangelho” e "Jesus voltará, prepare-se!”. 
 
Viajava acompanhada pelo casal de filhos, sua mãe e uma secretária; irmã McPherson 
corajosamente pegou a direção do carro e enfrentou chuva, neve, tempestades terríveis, 
lama e montanhas na sua viagem de 6.400 km, pregando e distribuindo milhares de 
folhetos, ela se dirigiu a cidade de Tulsa, no estado de Oklahoma, ponto intermediário 
no seu itinerário para a Califórnia. Antes de lá chegar, recebeu um telegrama avisando-a 
que todas as igrejas de Tulsa estavam fechadas por causa de muitas mortes, resultantes 
da epidemia de gripe. Em oração, o Senhor falou com ela dizendo: "Não temas. 
Continues a viagem, e quando chegares ali, as igrejas estarão abertas". 
 
Quando chegou em Tulsa, num domingo pela manhã, ouviu os sinos de muitas igrejas. 
Perguntando a razão de tudo isso, irmã McPherson descobriu que a cidade de Tulsa 
estava regozijando-se pela reabertura de suas igrejas naquele mesmo dia. 
 
Entre 1918 e 1923, irmã McPherson atravessou os Estados Unidos oito vezes, 
realizando trinta e oito campanhas evangélicas nos maiores auditórios do país. Esses 
auditórios tinham capacidades entre 3.000 a 16.000 pessoas sentadas, e muitas 
chegaram para recebera salvação e a cura em Jesus, e para serem batizadas com o 
Espírito Santo. 
 
Durante a grande campanha na cidade de Oakland, na Califórnia, no ano de 1922, 
Aimée Semple McPherson foi inspirada a chamar sua mensagem de 
"QUADRANGULAR". 
 
Esta lhe foi revelada enquanto pregava sobre a visão de Ezequiel, dos quatro querubins 
com quatro rostos que simbolizavam o quádruplo ministério do Senhor Jesus Cristo: 
 
1 – O Salvador 
2 – O Batizador com o Espírito Santo 
3 – O Grande Médico 
4 – O Rei que há de Voltar 
 
Aimee começou a proclamá-la com o nome dado por Deus: " O EVANGELHO 
QUADRANGULAR" 
 
AS CORES DA BANDEIRA 
 
ESCARLATE – O Sangue de Jesus para salvação da humanidade 
AMARELO OURO – O Poder Ofuscante do Espírito Santo 
AZUL CELESTE – A Cura Divina que vem do céu 
PÚRPURA – A vestimenta do Rei Eterno (Jesus Cristo) 
 
No dia 1 de janeiro de 1923, foi inaugurado o templo Sede Internacional da Igreja 
Quadrangular, o “Angelus Temple” com capacidade para 5000 pessoas. Aimee dirigia 
21 cultos por semana; nos primeiros meses 7000 pessoas encontraram a Salvação em 
Jesus Cristo. 
 
Trinta e três dias depois, foi inaugurado o Instituto de Treinamento Evangélico e 
Missionário; Aimee também consagrou uma sala de oração baseada no versículo "Orar 
sem Cessar". 
 
Em 06 de fevereiro de 1924 consagrou a primeira rádio pertencente a uma igreja nos 
Estados Unidos e a terceira emissora em Los Angeles a KFSG. 
 
Aimee também foi autora de vários livros, 105 hinos e 13 óperas sagradas. 
 
Aimee não conseguiu conciliar sua vida de evangelista com a sua vida de esposa e, em 
1921, sentindo-se preterido devido às muitas viagens de Aimee, Harold pede o divórcio 
alegando abandono do lar. Seu casamento durou perto de 9 anos. 
 
Uma das grandes campanhas dessa época foi realizada na cidade de Denver, no estado 
de Colorado, no auditório municipal com capacidade para 15.000 pessoas. O auditório 
estava sempre lotado e, cada noite, milhares de pessoas que chegavam não podiam 
entrar; uma noite, o número de excedentes chegou a 8.000. Muitos se esconderam nos 
banheiros após o culto à noite, como garantia de que, no dia seguinte, haveria um lugar 
para assistir ao culto matinal. O número de conversões era tão grande que houve cultos 
nos quais quase a metade dos ouvintes se levantava para aceitar Jesus. Havia sempre um 
lugar especial para os cegos e paralíticos, cento e cinqüenta pessoas sobre macas foram 
colocadas numa área que ficava em frente ao grande palco. Por duas horas e quarenta e 
cinco minutos, irmã McPherson foi de maca em maca, orando pelos doentes, 
individualmente. Um repórter escreveu o seguinte relatório do culto: 
 
"Foi literalmente um reavivamento de corpos doentes. Pessoa por pessoa, uma após 
outra, levantou-se da maca, e erguendo as mãos e o rosto para o céu, declaravam sua 
cura." 
 
Outra campanha de grandes dimensões aconteceu em San Diego, na Califórnia. Os 
cultos foram realizados num ginásio de esportes reservado para lutas de boxe onde, na 
véspera da campanha, irmã McPherson conseguiu, no intervalo da luta, licença para 
fazer o aviso da campanha. 
 
Durante cinco semanas a cidade foi abalada e o número cresceu tanto que foi necessário 
reservar uma parte do ginásio para pessoas com convites especiais. Isto foi feito para 
dar oportunidade a mais pessoas assistirem aos dois cultos por dia. Grandes lojas 
pediram convites para os seus funcionários, entidades civis e militares também fizeram 
o mesmo. 
Cada noite era um grupo diferente que assistia ao culto. Não era possível orar por todos 
os doentes que chegavam, porque o ginásio, com capacidade para 3.000 pessoas, ficou 
pequeno demais. Finalmente conseguiram um lugar para a realização dos cultos de cura 
divina ao ar livre, na grande concha acústica do Parque de Balboa (somente por dois 
dias), um lugar para exposições e feiras, semelhante ao Parque do Anhembi, em São 
Paulo. 
 
Após marcada a campanha especial, a cidade foi convocada para oração e jejum. Na 
véspera, setecentos carros chegaram e seus ocupantes aguardavam o início dos 
trabalhos, dormindo nos próprios carros. Muitos chegaram a pé, empurrando cadeiras de 
rodas ou carregando os doentes em macas. As 10:30 hs, irmã McPherson deu início ao 
culto; depois de alguns hinos e testemunhos maravilhosos, ela pregou sobre a cura dupla 
– do pecado e da doença. Daí, ela e um grupo de ministros começaram a orar pêlos 
enfermos. 
 
Foi uma fila contínua o dia todo. Eles oraram desde cedo até o pôr-do-sol, ocupando 
apenas quinze minutos para um lanche. A polícia estimava que, conforme a hora, havia 
uma assistência que variava entre 10.000 a 30.000 pessoas durante o dia todo. No dia 
seguinte, Deus continuou os milagres de salvação e cura em nome de Jesus. 
 
O ministério de Aimee Semple McPherson tornou-se internacional em 1922 quando ela 
realizou uma campanha na Austrália. Mais tarde, ela levou o evangelho a muitas outras 
nações. O ministério da irmã McPherson foi marcado por uma paixão imensa pelas 
almas. A mensagem de salvação recebeu ênfase, seguida de sinais prodigiosos ou sinais 
e prodígios. 
 
Nessas campanhas de salvação e cura divina, a mensagem do Espírito Santo também foi 
proclamada. No final dos cultos, um outro culto de oração era realizado àqueles que 
estavam buscando o batismo com o Espírito Santo, o qual, muitas vezes, durou até as 
cinco ou seis horas do dia seguinte. 
 
O SEQÜESTRO 
Em 18 de maio de 1926, Aimee e sua secretária, Emma Schaffer foram à praia. Aimee 
foi ao mar e não mais foi vista. Inicialmente, achou-se que tinha-se afogado e grande 
rebuliço aconteceu em todos EUA, especialmente em Los Angeles, centro de suas 
atividades evangelistas ou evangelizadoras ou evangélicas. Equipes de busca foram 
organizadas e incansavelmente buscaram o corpo da Sra. Aimee Semple Mcpherson. 
Uma jovem, devota de Aimee, mergulhou em sua busca e acabou morrendo afogada. 
 
Aimee contou que foi abordada por uma senhora que chorava muito e pedia para que 
fosse orar por sua filha que estava morrendo no carro. Chegando ao carro, percebeu que 
era uma cilada e foi seqüestrada. 
 
Chegando ao cativeiro, indagou aos seqüestradores o porquê do seu seqüestro; eles 
disseram que pediriam um resgate e ficariam com o Templo. Ela ficou presa por quase 
um mês em uma casa, depois foi levada para uma cabana primitiva por dois ou três dias; 
quando se viu sozinha pulou a janela, conseguindo escapar para o deserto, onde andou o 
dia inteiro, passando pôr muitos perigos. Já era madrugada quando avistou uma casa, 
aonde foi pedir ajuda. 
 
O senhor Gonzáles, dono da casa, chamou a policia do Arizona para registrar o 
seqüestro e avisar sua mãe; a policia registrou o seqüestro e a encaminhou para o 
hospital. Não acreditando que se tratava da senhora McPherson, chamaram um editor 
para identificá-la; ele confirmou e assim ela pode entrar em contato com sua mãe pelo 
telefone. 
 
Todos, quando souberam da noticia, no Templo, ficaram muito felizes com a volta da 
irmã McPherson; nesta época ela foi muito perseguida pelos jornalistas e autoridades 
que não acreditaram em sua história. 
Depois de terem esgotado esta história, resolveram acrescentar algo mais picante, como 
se esse tempo de cativeiro fosse desculpa para encontros amorosos, denegrindo sua 
imagem de evangelista, inventaram até um possível aborto. 
 
Mais uma vez, Deus esteve com ela e nada foi provado, desta forma foi encerrado o 
inquérito por falta de provas. 
 
A VOLTA AO MINISTÉRIO 
 
Aimee voltou às suas viagens evangelistas. Uma parada nessa viagem foi na cidade 
Baltimore, onde os jornais divulgaram-na como “Mulher Milagrosa”. Através desse 
anúncio, o teatro ficou repleto de paralíticos e doentes e Aimee foi orar ao Senhor 
porque sabia que não tinha o poder para curá-los; e o Senhor respondeu-lhe que quem 
tem o poder de curar e salvar é Ele e que ela seria um instrumento em suas mãos. 
Naquela noite muitos milagresaconteceram. 
 
Durante as viagens evangélicas, sua mãe cuidava com eficiência do Templo em Los 
Angeles; com a morte de sua mãe, Aimee assumiu o Templo, tendo um desgaste físico e 
mental, adoecendo gravemente e seu filho Rolf, que havia voltado de uma viagem 
evangélica, assumiu a liderança. 
 
O SEU ÚLTIMO CASAMENTO E SUA MORTE 
 
Após os casamentos de seus filhos, Aimee sentiu-se muito sozinha; foi quando 
conheceu um cantor, David Hutton e apaixonou-se, casando-se novamente. Mais uma 
vez foi enganada pelos seus sentimentos, logo descobriu que ele não a amava, somente a 
usou para obter sucesso em sua carreira, assim divorciaram-se. 
 
Na noite de 26 de setembro de 1944, Aimee pregou o seu último sermão perante uma 
multidão na Califórnia. 
 
Esta foi a mesma cidade em que, 22 anos atrás, ela recebera a visão do Evangelho 
Quadrangular. O ministério terreno de Aimee terminou incansável como começara. 
 
Quando seu filho Rolf encontrou-a na manhã seguinte, ele soube que o desejo dela fora 
concedido. E assim ela partiu para o Senhor. 
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