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19
A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER E A ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL
RESUMO
O termo violência doméstica tem sido utilizado para denominar as mais variadas formas de violência praticadas dentro do ambiente familiar, sendo a violência contra a mulher a mais freqüente, porém, não a única. Este tipo de violência é um fenômeno antigo e complexo cujas causas são as mais variadas e vem adquirindo uma dinâmica maior, ameaçadora e sombria. A violência doméstica contra as mulheres pode ser de diversas formas: física, emocional, psicológica, patrimonial, sexual e moral. O artigo objetiva levantar a prática do trabalho do assistente social, em relação ao atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica. Expondo como o procedimento profissional é realizado em relação à prevenção, redução e intervenção pós agressão. O artigo objetiva levantar a prática do trabalho do assistente social, em relação ao atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica. Expondo como o procedimento profissional é realizado em relação à prevenção, redução e intervenção pós agressão. A metodologia que orientou o desenvolvimento dessa pesquisa foi a da pesquisa bibliográfica e da pesquisa qualitativa e descritivo-explicativo, que é um método de interpretação dinâmico e totalizante da realidade, tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre o tema proposto, e contribuir para o estudo, através da pesquisa em livros, artigos científicos e legislações referentes ao tema.
Palavras-chave: Violência doméstica. Assistente social. Lei Maria da Penha.
ABSTRACT
The term domestic violence has been used to name the most varied forms of violence practiced within the family environment, with violence against women being the most frequent, however, not the only one. This type of violence is an ancient and complex phenomenon whose causes are the most varied and has acquired a greater, threatening, and gloomy dynamic. Domestic violence against women can be in several ways: physical, emotional, psychological, patrimonial, sexual, and moral. The article aims to raise the practice of the work of the social worker, in relation to the care of women victims of domestic violence. Exposing how the professional procedure is carried out in relation to the prevention, reduction, and post-aggression intervention. The article aims to raise the practice of the work of the social worker, in relation to the care of women victims of domestic violence. Exposing how the professional procedure is performed in relation to prevention, reduction, and post-aggression intervention. The methodology that guided the development of this research was that of bibliographic research and qualitative and descriptive-explanatory research, which is a dynamic and totaling interpretation method of reality, aims to deepen knowledge on the proposed theme, and contribute to the study, through research in books, scientific articles and legislation related to the subject.
Keywords: Domestic violence. Woman. Social worker.
	
1	INTRODUÇÃO
Décadas de submissão e desigualdades produziram uma espécie de empoderamento dos homens em relação às mulheres e junto com eles a idéia nefasta da mulher como relação de objeto e prazer, estando sujeita aos seus comandos e a todo tipo de violência, desrespeito e arbitrariedades. Ninguém pode negar a história de inferiorização feminina desde o início da civilização, eis que, a subordinação está expressada reiteradas vezes na legislação vigente de vários países, inclusive no Brasil, nas mais diversas épocas, demonstrando que as mulheres não passavam de objetos de seus senhores (pais e maridos) e que sempre viveram num mundo machista e preconceituoso de supremacia masculina, com liberdade restrita e direitos suprimidos, anulados ou ignorados. 
A Carta Cidadã, Constituição Federal de 1988, tornou se um divisor de águas para as questões de gênero, trazendo em seu art. 5º que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. O inciso I, do mesmo artigo, declara que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Nessa mesma direção, a Carta Magna, incumbiu à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário novas funções e a construção desse novo caminho só se concretiza por intermédio da qualificação de suas atuações no sentido de fortalecer e induzir a proposição de políticas públicas. Contudo, acredita ser que esse fator impulsionador só se torna real a partir da articulação dessas instituições, com os demais agentes sociais responsáveis p ou seja, por meio de articulação com a rede de serviços. (Perin, 2010). 
No que concerne, aos direitos da mulher, observa elas políticas públicas, se que em 2006 acontece o marco significativo na defesa dos direitos humanos no Brasil, com a sanção pelo Presidente da República da Lei nº 11.340, inaugurando na legislação brasileira, um Sistema de Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - Lei Maria da Penha imprescindível na garantia de direito, constituindo se em uma ação afirmativa das mulheres e na equidade social. 
A COPEVID Comissão Permanente de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, em sua primeira Cartilha de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, lançada em 2011, apresenta dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5referentes ao fim da década de 80, em que cerca de 11% das brasileiras já foram espancadas pelo menos uma vez. 
A violência contra a mulher na sociedade moderna tem chamado à atenção da sociedade, pois busca-se entender o motivo pelo qual as mulheres que estão sofrendo violência intrafamiliar não denunciam seu agressor. E quando buscam, enfrentam uma infinidade de dificuldades para comprovação da violência sofrida, pelo fato de algumas não deixarem marcas visivelmente, como a agressão, humilhação psicológica.
Por ser uma questão social, a violência contra a mulher evidentemente traz consigo as marcas das sociedades patriarcais. Patriarcal quer dizer que o homem se torna o agente principal na organização social e ganha a autorização social para exercer seu poder sobre as mulheres. No entanto, passam despercebidas ou é caracterizado como algo natural do cotidiano.
Teles e Melo (2003) salientam que a violência contra a mulher pode ser considerada uma doença social, provocada pela sociedade que privilegia as relações patriarcais, marcadas pela dominação do sexo masculino sobre o feminino. Perante a lei, todos são iguais, como diz a Constituição Federal. Ninguém pode agredir física ou psicologicamente uma mulher ou qualquer indivíduo por crença, orientação sexual e social, entre outras diferenças. A partir dessa informação, a Lei Maria da Penha determina que:
Toda mulher, independente de etnia, crença, classe ou orientação social, deve ter seus direitos assegurados e que a mulher “goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social”. (Lei Maria da Penha nº 11.340/2016, Artigo 2º).
As políticas públicas de proteção para as mulheres que sofrem violência, psicológica, passaram garantir às mulheres que foram violentadas de serem atendidas e orientadas pela rede de atendimento. Logo, a Lei Maria da Penha objetiva dar uma proteção especial à mulher vítima de violência intrafamiliar.
Justifica-se esse estudo por trazer uma questão relevante para o conhecimento acadêmico, pois as inovações e alterações ocorridas nos últimos anos na Lei Maria da Penha, como nas políticas públicas e nas Secretarias de Políticas para as Mulheres-SPM desencadearam novos apontamentos. Assim, a intervenção do assistente social precisa estar em conformidade com a lei nesse tipo de situação, entre outras singularidades que podem surgir ou influenciar no seu trabalho perante mulheres vítimas de qualquer forma de violência.
Entretanto, sua finalidade ainda não está totalmente pacificada, gerando certa insegurança.A iniciativa da elaboração deste tema deu-se pela necessidade de conscientização da sociedade em geral, de assegurá-los que o assistente social está preparado para auxiliá-las, ampará-las de forma efetiva e interdisciplinar, para que se tenha a consequência de transformar esses preconceitos enraizados culturalmente na ideologia patriarcal alimentada por estereótipos. Deste modo, a Pergunta de Partida que origina a realização deste estudo e à qual se pretende obter resposta é:
Na abordagem profissional do/a Assistente Social na problemática da Violência Doméstica qual o impacto das dimensões de intervenção? Que papel desempenha cada uma delas? Como se articulam e interagem?
Esta investigação terá os seguintes objetivos gerais:
- Produzir conhecimento na área do agir profissional do Serviço Social, no problema da violência doméstica;
- Sistematizar e analisar os referenciais teóricos-metodológicos, éticos políticos e técnico-operativos, da intervenção do assistente social no problema da violência doméstica.
Como objetivos específicos definimos os seguintes:
- Analisar o conceito de violência doméstica a partir do trabalho do assistente social;
- Identificar e categorizar a intervenção do assistente social, circunscrita ao serviço de atendimento de vítimas de violência doméstica.
- Sistematizar ferramentas teóricas metodológicas no domínio do Serviço Social para a prevenção e intervenção no problema da violência doméstica;
- Interpretar as percepções do assistente social sobre o problema da violência doméstica;
- Analisar os processos de intervenção do assistente social nas situações de violência doméstica à luz da legislação e das políticas em vigor;
- Identificar os referenciais teóricos - metodológico, ético - política e técnico-operativo;
- Elaborar uma proposta metodológica para a intervenção do assistente social na violência doméstica.
Tendo por base a bibliografia consultada, consideramos as seguintes questões de investigação:
1- O Serviço Social através da investigação produz instrumentos/ferramentas técnicas operativas que dão suporte ao exercício do assistente social;
2- A intervenção do assistente social no problema da violência doméstica é condicionada pelo contexto institucional e jurídico normativo;
3- O assistente social desenvolve uma intervenção profissional junto de pessoas vítimas de violência doméstica de forma imparcial e objetivada no problema.
Para uma melhor apresentação, esse trabalho está estruturado em três capítulos. No primeiro capítulo é explicada a violência como um produto histórico e sua percepção no mundo e no Brasil. O segundo capítulo traz particularidades do Serviço Social, desde suas origens, até a contemporaneidade, atendo-se na sua constituição como profissão, finalizando com a relação do serviço social e a violência contra a mulher. Por fim, no terceiro capítulo está a descrição dos pressupostos metodológicos da pesquisa bibliográfica, técnica de coleta e análise dos dados, juntamente aos resultados e discussões. Ao final, estão as considerações finais e a lista das referências que deram base à pesquisa. 
2 VIOLÊNCIA CONTRA MULHER: ASPECTO HISTÓRICO
O termo violência remete a uma forma brutal e primitiva usada como meio para imposição de algo, é um método totalmente anacrônico em todas as suas formas e não condiz com uma sociedade considerada moderna. Suas formas são destrutivas, visa o outro para destruí-lo e atinge a humanidade como um todo. Verifica-se que a violência que faz refém à mulher no ambiente doméstico, é atemporal, não sendo proveniente de uma época, nem de uma localidade, nem classe social ou cultural.
Na Antiguidade Clássica existia uma sociedade marcada pela desigualdade e exercício despótico da autoridade pelo “pater família”, senhor absoluto e incontestável, que detinha poder de vida e morte sobre sua mulher e filhos, e sobre quaisquer outras pessoas que vivessem sob seus domínios. Em resumo, sua vontade era lei soberana e incontestável. O homem como papel de senhor absoluto de seus domínios perdurou através dos tempos e, ainda no Brasil – colônia, era permitido àquele que surpreendesse sua mulher em adultério, matar o casal de amantes, previsto na legislação portuguesa (DIAS, 2007, p. 21).
Em 1830, o primeiro Código Penal Brasileiro, suprimiu tal permissão, mas como mudar, de forma tão rápida como a vigência das leis exige, a cultura de um povo que durante anos suas gerações cresceram, viveram e presenciaram tal comportamento como se correto fosse? Pois ainda se acreditava que a infidelidade da mulher feria os direitos do marido, onde sua honra manchada só se lavava com sangue da adúltera (CUNHA, 2007, p. 82).
A violência contra a mulher traz em seu seio, relação com as categorias de gênero, classe e etnia e sua relação de poder. Tais relações estão retratadas numa ordem patriarcal proeminente da sociedade brasileira, a qual atribuiu aos homens o direito de dominar e controlar suas mulheres, podendo em certos casos, atingir os limites da violência, gerando a morte da vítima.
Nos anos 70, os movimentos feministas tinham uma força muito grande e eram muito atuantes, e um deles na época, o SOS Mulher catalogou 722 crimes impunes de homens contra mulheres cometidos por ciúmes. Diante dos dados coletados e do crime ocorrido em 1976, que abalou a sociedade brasileira, o caso Ângela Diniz que foi morta pelo seu companheiro com quatro tiros, houve uma comoção nacional. Como resultado, a mobilização da ala feminista e da sociedade, o agressor foi condenado e se tornou um marco na história da luta das mulheres, demonstrando que elas não estavam mais dispostas a aceitar passivos os desmandos de uma sociedade patriarcal, em que o homem é dono de sua vida e dela pode dispor (DIAS, 2007, p. 21).
O conceito de violência doméstica contra a mulher segundo o artigo 5º da Lei Maria da Penha nº 11.340/2006: Art. 5º” para os efeitos dessa Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.” A violência contra a mulher, tornando-se muitas vezes invisível. Geralmente, entre os membros da mesma família e tem o domicílio como o espaço físico onde freqüentemente se manifesta, sendo denominada violência doméstica e muitas das vezes deixam marcas imperceptíveis, tornando difícil o diagnóstico. Com base nos estudos de Medeiros (2014), esses sinais são muito subjetivos e só se tornam aparentes quando questionadas sobre seus sentimentos, então costumam falar em sofrimento, tristeza e medo.
2.1 Violência Doméstica 
A violência doméstica pode ser confundida com violência intrafamiliar, abrangendo demais membros da família, (meninos, homens, crianças ou idosos), neste caso modificando um pouco o espectro de agressores e agredidos, que muitas vezes diz respeito somente aos cônjuges ou companheiros. Mas no interior de todas essas concepções e termos usados para designar a violência contra mulheres, não há como negar a precedência da violência sexual, abrindo campo para evidenciar todas as demais. Neste caso, há outra mesclagem que se processa e a violência pode ser perpetrada por conhecidos ou por estranhos, desde que referida às relações sexuais não consentidas (SCHRAIBER, 2019).
Um dos maiores desafios para os assistentes sociais no combate a violência é articular uma efetiva rede de atendimento interdisciplinar, considerando essa como a articulação das ações entre as instituições e seus profissionais, que possam efetivamente amparar as vítimas da violência. E, claro, as dificuldades não ficam apenas no âmbito da assistência. Os serviços disponíveis, tanto na saúde, como na assistência e a segurança pública, atendem com déficit as mulheres vítimas de violência.
Dentre as formas de violência doméstica contra a mulher, a violência psicológica marca a perversidade do agressor, que dentro ambiente doméstico usa a intimidade que tem com a vítima sobre seus sentimentos e medos, para reprimir e dominá-la por meio de ameaçaou intimidação. A agressão psicológica é mais difícil de ser identificada por ser um tipo de violência que não deixa marcas visíveis, segundo o artigo 7º Inciso II da Lei Maria da Penha:
A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause danos emocional e diminuição da auto estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; (Brasil/Lei Maria da Penha11.340/2006).
De acordo com a Lei nº 11.340 de 07 de agosto de 2006 - Lei Maria da Penha, a violência contra a mulher se configura como qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado. Incluem-se a agressão física, sexual, psicológica e econômica. Segundo Marinheiro (2006), a violência de gênero sofre influência de fatores sociais, tais como escolaridade, desemprego, o uso de álcool ou drogas. Entretanto, não podemos desconsiderar que toda e qualquer mulher, independente de classe social está sujeita a ser vítima de violência.
Estudos mostram que, pelo menos uma em cada três mulheres já foi espancada, coagida ao sexo ou sofreu alguma outra forma de abuso durante a vida, onde o companheiro apresenta-se como o agressor mais freqüente. De acordo com o estudo coordenado por Schraiber (2007) em parceria com o SOS Corpo Instituto Feminista para a democracia – Pernambuco, de 96 mulheres entrevistadas, 75,2% relataram que foram vítimas de algum tipo de violência tendo como agressor o companheiro. De acordo com os relatos, as mulheres buscaram ajuda muitas vezes e de muitas formas, o que demonstra que a violência não é tão invisível quanto se pensa, mas, mesmo assim, nem todas conseguiram pôr um fim a sua situação. De acordo com a Secretaria de Gênero do Sintepe, em 2011, a Central de Atendimento à mulher recebeu 667.116, uma média de 1.828 denúncias por dia.
Essas estatísticas são resultadas de um complexo aprendizado social, e trabalho do governo e comunidade a fim de evitar que mais mulheres sejam vítimas de crimes como feminicídio, que ceifa a vida de milhares de mulheres no Brasil e no mundo todos os anos.
3 LEI MARIA DA PENHA 
Durante muito tempo as militantes dos movimentos de mulheres lutaram para que punições mais severas fossem dadas àqueles que agredissem suas mulheres, no intuito de alcançar penas realmente eficientes que combatessem a problemática da violência doméstica, porém, como a violência doméstica não era aceita como um crime, medidas relevantes para o combate a esse tipo de violência demoraram a ocorrer, contribuindo para o aumento dos casos de violência e da impunidade para com os agressores.
A partir de índices tão elevados e dos inúmeros casos de agressões que levaram à óbito suas vítimas, no ano de 2006, foi promulgada a Lei 11.340, intitulada de Lei Maria da Penha.
Segundo Dias (2012, p.15) esta recebeu o apelido em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, “farmacêutica, era casada com um professor universitário e economista. Viviam em Fortaleza, Ceará e tiveram três filhas”. Ela sofreu diversos tipos de agressões durante o casamento. Por duas vezes seu marido tentou matá-la, e em uma dessas tentativas Maria ficou paraplégica. Após várias denúncias, sem providências tomadas pela justiça, ela escreveu um livro, uniu-se ao movimento das mulheres e deu voz à sua indignação. Depois de quase vinte anos do ocorrido, o seu marido foi preso, mas cumpriu somente dois anos de prisão.
A estudiosa explica que a repercussão da história da mulher agredida foi tão grande, que foi formalizada uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos – OEA, e esta acatou pela primeira vez uma denúncia de crime de violência doméstica. O Brasil foi condenado internacionalmente a pagar uma indenização em favor de Maria da Penha, e foi responsabilizado por negligência e omissão frente à violência doméstica, sendo recomendada a adoção de várias medidas, entre elas “simplificar os procedimentos judiciais penais a fim de que possa ser reduzido o tempo processual” (DIAS, 2012, p.16).
4 SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL- SUAS
O Sistema Único de Assistência Social - SUAS foi instituído recentemente, decorrente da Constituição Federal de 1988, que reconheceu a Assistência Social como Política Pública, integrando o tripé da seguridade social, ao lado da Saúde e da Previdência. No processo de estruturação da Política, o primeiro marco histórico infraconstitucional, foi a promulgação da Lei Orgânica da Assistência Social, quatro anos depois, em 1993, fruto da ação organizada de diferentes segmentos dos Movimentos Sociais, estruturada a partir dos princípios da descentralização político administrativa e da participação social. 
Outro marco da estruturação da Política foi a aprovação pelo Conselho Nacional de Assistência Social, em 2005, da Norma Operacional Básica NOB - SUAS. Recentemente, essa Política ganhou um novo marco histórico, com a aprovação, em 2011, da Lei nº 12.435, que estabelece a integração do Sistema Único de Assistência Social plenamente ao escopo da Lei Orgânica da Assistência Social. A Assistência Social passa a ter equipamentos de referência, os Centros de Referência de Assistência Social - CRAS e os Centros de Referência Especial de Assistência Social - CREAS, para atendimento ao usuário da Política, e a rede de entidades sem fins lucrativos, ampliando a cobertura da proteção social. 
Organiza a prestação dos serviços classificando-a em níveis de proteção - básica e especial, estabelecendo a tipificação dos serviços. Tratar do SUAS requer refletir acerca da organização do Sistema, da definição das competências, das atribuições e de qual é o lugar da prestação efetiva do serviço à sociedade. Isso não ausenta e nem isenta nenhuma das esferas de governo, sobretudo, pelo princípio do Comando Único. 
O SUAS se torna uma proposta de superação com a benevolência, o assistencialismo, ações eleitoreiras, entre outras anteriormente comuns. 
De acordo com a NOB\SUAS 2005, são características necessárias para a implantação do Sistema Único de Assistência Social:
 “• A gestão compartilhada, o cofinanciamento e cooperação técnica entre os três entes federativos; 
• Divisão de responsabilidades entre os entes federativos para instalar, regular, manter e expandiras ações de assistência social como dever do Estado e direito do cidadão; 
• Fundamenta-se nos compromissos da PNAS\2004; 
• Orienta-se pela unidade de propósitos, principalmente quanto ao alcance de direitos pelos usuários; 
• Regula em todo o território nacional a hierarquia, os vínculos e as responsabilidades do sistema cidadão de serviços benefícios, programas, projetos e ações de assistência social, de caráter permanente ou eventual, sob critério universal e lógica de ação em rede hierarquizada; 
• Respeita a diversidade das regiões; 
• Reconhece as diferenças e desigualdades regionais, considerando-as no planejamento e execução das ações;
 • Articula sua dinâmica as organizações e entidades de assistência social reconhecidas pelo SUAS;” Logo, o SUAS é um sistema não contributivo, descentralizado e participativo que regula e organiza os elementos contidos na Política Nacional de Assistência Social. No que tange à proteção social, o SUAS terá como princípios fundamentais a matricialidade sócio família, territorialização, proteção proativa, integração a seguridade social, integração as políticas sociais e econômicas.
Para organizar a gestão da Assistência Social, foi criado o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), em 2003, que tem seus objetivos definidos na LOAS: (BRASIL, 1993). 
I - Consolidar a gestão compartilhada, o cofinanciamento e acooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva; 
II - Integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do art. 6o -C; 
III - Estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social;
 IV - Definir os níveis de gestão, respeitadas as diversidades regionais e municipais; 
V - Implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social; 
VI - Estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e 
VII - afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos (BRASIL, 1993). 
O SUAS divide o nível de gestão para os municípios em três níveis. Os municípios que estão habilitados em gestão inicial são os que tem conselho, fundo e elaboração de plano de assistência; a gestão básica é exigida a existência de CRAS (Centros de Referência em Assistência Social), ter que atender aos requisitos da gestão inicial; e a gestão plena, além das atribuições da gestão inicial e básica, requer um sistema municipal de monitoramento e avaliação, capacidade de atuação na proteção especial. (AMÂNCIO, 2008).
4.1 Atuação do Assistente Social na Violência doméstica
O Serviço Social é uma profissão historicamente determinada, e possui em sua gênese uma ligação intrínseca com as relações sociais que se constituíram com o advento do capitalismo. Essas relações são antagônicas e contraditórias. A proposta inicial para a profissão com forte caráter moralista, era o controle da classe operária, determinada pela burguesia e com intensa ligação com a Igreja Católica. Esse controle era realizado através de uma ação doutrinaria e corretiva, que buscava um consenso entre a classe operária e a burguesia, objetivando a construção de uma legitimação política para as classes dominantes, e uma legitimação ideológica para a Igreja Católica. A intenção era claramente ditar as regras de como as famílias deveriam viver e se comportar.
 Com o projeto desenvolvimentista no Brasil, o Serviço Social é inserido na divisão sociotécnica do trabalho, permanecendo ainda com seu caráter assistencialista e a favor da expansão do capital, através da exploração da força de trabalho. A atuação dos profissionais era baseada em ações assistencialistas, paliativas e normativas, e tinha como foco central repelir a organização dos trabalhadores para impedir possíveis mobilizações e reivindicações na luta por melhorias salariais e nas condições de trabalho.
Segundo Iamamoto e Carvalho (1983), a profissão Serviço Social surgiu devido às contingenciais geradas pelo capitalismo, o profissional de Serviço Social atua no âmbito das relações humanas e deve contribuir para que seja garantido o direto dos sujeitos. O objeto do Serviço social é a ‘Questão Social’4 e suas expressões sociais nas diversas áreas. 
O Profissional utiliza alguns instrumentos técnicos operativos para uma melhor avaliação e intervenções. A entrevista, é um dos instrumentais mais utilizado pelo profissional, onde se desenvolve através do processo de escuta inicial e observações técnicas. Outro instrumental comum é a visita domiciliar, essa é utilizada para conhecer a realidade da qual o sujeito vive. Os assistentes sociais no seu espaço de trabalho contêm inúmeras informações e conhecimentos sobre os usuários os quais ele atende.
Por fim, a dimensão técnico-operativa caracteriza-se pela atuação interventiva do assistente social, uma vez que orienta a adoção de instrumentos pelo Assistente Social com a finalidade de resolucionar a demanda que lhe foi proposta. Entendimento semelhante foi exposto por Lisboa e Pinheiro (2005, p. 205), conforme se observa: 
O Serviço Social é uma profissão interventiva, socialmente construída, inserida na divisão sociotécnica do trabalho. O assistente social tem apresentadas no seu cotidiano profissional, pois a natureza interventiva da profissão exige dos profissionais a utilização de instrumentos e técnicas articulados com as dimensões teórica, ética e política.
 Desse modo, a instrumentalidade² do Serviço Social está atrelada as três dimensões que fundamentam a atuação do Assistente Social. Com prioridade, Veloso (2013, p. 51) ainda dispõe sobre o modo de atuação do Assistente Social durante a execução da dimensão técnico-operativa: 
A dimensão teórico-metodológica possui grande relevância, pois orienta o Assistente Social para o estabelecimento de estratégias necessárias à satisfação de demandas que lhes são submetidas. 
Nesse sentido Iamamoto (2010, p.62-63) salienta que: As bases teórico-metodológicas são recursos que o Assistente Social aciona para exercer o seu trabalho: contribuem para iluminar a leitura da realidade e imprimir rumos à ação, ao mesmo tempo em que a moldam. Ainda de acordo com autora acima citada (2000, p. 53), “a apropriação da fundamentação teórico-metodológica é o caminho necessário para a construção de novas 22 alternativas no exercício da profissão”. Logo, cabe a essa dimensão nortear a prática do profissional, possibilitando a constituição de estratégias para resolucionar as expressões da questão social que lhe foi submetida.
 Acerca da dimensão ético-política, ressalta-se a importância do Código de Ética do Assistente Social, uma vez que este se constitui de relevante instrumento para o direcionamento de seu trabalho, pois impõe a adoção de postura ética e compromissada com os usuários dos serviços onde atua (LISBOA; PINHEIRO, 2005). 
Assim, a partir do pensamento das autoras compreendem-se que esta dimensão determina ao Assistente Social a adoção de postura ética na orientação as mulheres vítimas da violência doméstica, além de informar e debater sobre seus direitos e papel na sociedade, bem como lutar por políticas públicas.
São muitos os desafios que o profissional de Serviço Social enfrenta no combate à violência doméstica. Os serviços disponíveis onde se inserem estes profissionais, tanto nas áreas da saúde, da segurança pública e da assistência social não conseguem atender às mulheres de forma integral e articulada. 
O Serviço Social atua no combate à violência doméstica inserido nas instituições que prestam atendimento à mulher vítima de violência, após a reconceituação da profissão e a defesa de um projeto ético-político em favor da construção de uma sociedade mais justa, a profissão tem sido reconhecida, valorizada e requisitada, configurando um espaço na divisão sócio técnica do trabalho, merecendo a confiança das outras profissões e entidades diversas, conquistando espaço e demarcando a identidade da assistência social
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente trabalho encontra-se estruturado nos moldes das Normas da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT), possuindo assim, caráter científico. Logo, é apresentada uma linha de pensamento que tem a pretensão de levar o leitor ao entendimento dos objetivos propostos, através de uma metodologia específica.
A metodologia que orientou o desenvolvimento dessa pesquisa foi a da pesquisa bibliográfica e da pesquisa qualitativa e descritivo-explicativo, que é um método de interpretação dinâmico e totalizante da realidade, que segundo (Gil, 2002), tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre o tema proposto, e contribuir para o estudo, através da pesquisa em livros, artigos científicos e legislações referentes ao tema. A pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos mais amplo do que se pesquisasse diretamente.
[...] Um trabalho científico tem de ser coerente. Pode discutir as ambigüidades, as contradições, as incoerências de seu objeto de estilo, mas sua discussão de ter coerência, obedecer a certa lógica. [...] não se imagina um trabalho científico que não seja a revelação de um estudo profundo [...] Características como essas conformam o rigor metodológico, na busca incessante de lidar corretamente com a subjetividade do pesquisador [...] (VERGARA, 2000, p. 12)
6	CONSIDERAÇÕES FINAISA profissão do Serviço Social na América Latina e no Brasil tem uma trajetória histórica e dinâmica, o exemplo disso, é que a atuação profissional se reestruturou conforme o amadurecimento da profissão e sua compreensão da realidade social em que estava inserida. A ruptura com os ditames da classe dominante, e o firmamento de um compromisso com a classe que vive do trabalho, possibilitou à profissão a elaboração de um Código de Ética pautado nos valores de liberdade, democracia, justiça social, respeito e defesa das minorias.
É necessário ao profissional assistente social, que atua no combate à violência contra a mulher, descobrir alternativas e possibilidades para uma atuação que enfrente todos os desafios postos a essa área, decifrando as situações apresentadas, capacitando-se para o trabalho com as mulheres, trabalhado para a transformação no modo das condições de vida, na cultura de subalternidade imposta às mulheres, participando das discussões sobre a questão da violência contra a mulher, organizando eventos na área, militando nos conselhos objetivando que o governo priorize as políticas públicas de combate à violência em sua agenda. Sem, contudo, esquecer a trajetória histórica que atribui a identidade profissional conquistada pela categoria, e que se encontra explicitada nos onze princípios fundamentais do Código de Ética profissional do Serviço Social.
A violência doméstica contra a mulher constitui um grave problema que carece ser reconhecido e enfrentado, tanto pela sociedade como pelos órgãos governamentais, através da criação de políticas públicas que contemplem sua prevenção e combate, assim como o fortalecimento da rede de apoio à vítima. É imperioso que este fenômeno não seja compreendido em nível individual e privado, mas sim como uma questão de direitos humanos, pois, além de afrontar a dignidade da pessoa humana, impede o desenvolvimento pleno da cidadania da mulher. 
Questionar a forma como a sociedade é estruturada e organizada, através de relações desiguais de poder entre homens e mulheres, significa desarticular os pilares de sustentação da violência contra a mulher. A construção de papéis diferenciados é baseada em normas sociais e valores morais arraigados no tempo, que atribuem à mulher uma posição de inferioridade perante o homem, que se utiliza da violência como recurso maior para fazer valer sua supremacia.
Considerando os limites desta pesquisa, sobretudo pelo fato de se tratar de pesquisa bibliográfica é importante que as pesquisas continuem, de modo a dar mais visibilidade à violência doméstica contra as mulheres e contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre o tema.
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