Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

1 OLIVEIRA, I. M; SILVA, O. L; MENEZES, T. JH; SANTOS, M. C, Graduandos do Curso de enfermagem do 
Centro Universitário 
Celso Lisboa 
2 SILVA, A. Katia Regina Professora e Orientadora do Curso de enfermagem do Centro Universitário Celso 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO CELSO LISBOA 
 
 
 
ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM NO PARTO 
HUMANIZADO 
 
 
 
 
Manoela Linhares de Oliveira 
Juliana Thaina Tavares de Menezes 
Cristiane Medeiros dos Santos 
 
 
 
 
Píofª. Dra. Katia Regina Araújo da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RIO DE JANEIRO 
 2024 
1 OLIVEIRA, I. M; SILVA, O. L; MENEZES, T. JH; SANTOS, M. C, Graduandos do Curso de enfermagem do 
Centro Universitário 
Celso Lisboa 
2 SILVA, A. Katia Regina Professora e Orientadora do Curso de enfermagem do Centro Universitário Celso 
 
 
OLIVEIRA, L. MANOELA; MENEZES, T. JULIANA THAINÁ; SANTOS, M. CRISTIANE. ASSISTÊNCIA 
DA ENFERMAGEM NO PARTO HUMANIZADO. Trabalho de Conclusão de curso de Graduação em 
enfermagem, Centro Universitário Celso Lisboa, Rio de Janeiro. 
 
OLIVEIRA, Manoela 
MENEZES, Juliana 
 SANTOS, 
Cristiane 
 
 
 
ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM NO PARTO HUMANIZADO 
RESUMO 
A partir do século XVIII, com o desenvolvimento da medicina, a própria natureza do ato do parto foi 
substituída por procedimentos invasivos, muitas vezes causando sofrimento às mulheres em trabalho de 
parto. Diante desse cenário surgiu a especialidade da enfermagem obstétrica, com o objetivo de apoiar 
humanamente as gestantes, avaliar o corpo da gestante e suas escolhas ao parir, e formar confiança e apoio 
para cada momento da gravidez. Com o objetivo geral de compreender como as enfermeiras obstétricas 
contribuem significativamente no processo de nascimento humano. 
 
Palavras-chave: Parto humanizado; Enfermagem obstétrica; Assistência ao parto;Humanização do 
parto; Práticas obstétricas; Saúde da mulher; 
NURSING ASSISTANCE IN HUMANIZED CHILDBIRTH 
ABSTRACT 
 
From the 18th century onwards, with the development of medicine, the very nature of the act of childbirth was 
replaced by invasive procedures, often causing suffering to women in labor. In light of this scenario, the 
specialty of obstetric nursing emerged, with the aim of providing humane support to pregnant women, 
assessing the pregnant woman's body and her choices when giving birth, and creating trust and support for 
each stage of pregnancy. The overall objective is to understand how obstetric nurses contribute significantly to 
the human birth process. 
 
Keywords: Humanized childbirth; Obstetric nursing; Childbirth care; Humanization of childbirth; 
Obstetric practices; Women's health; 
 
 
 
 
 
1 Introdução .......................................................................................................... 4 
2 Referêncial Teórico ............................................................................................ 6 
2.1 Humanização ..................................................................................................... 6 
3 Objetivos ............................................................................................................ 8 
4 Matérias e Metodos ............................................................................................ 9 
5 Resultados e dicussão ..................................................................................... 10 
5.1 Atuação do Profissional de Enfermagem Durante o Trabalho de Parto ...................... 10 
5.2 Comunicação e Empatia na Assistência ao Parto Humanizado .................................. 12 
5.3 Aspectos Éticos e Legais da Assistência da Enfermagem no Parto Humanizado ....... 13 
5.4 Desafios e Perspectivas para a Prática da Enfermagem no Parto Humanizado ......... 14 
6 Considerações finais ........................................................................................ 17 
7 Referências ...................................................................................................... 18 
4 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O parto é um processo natural e fisiológico presente no ciclo evolutivo da 
humanidade. Antes do século XVIII, os partos aconteciam na casa da gestante, e ela 
participava ativamente de todo o processo e contava com o auxílio de parteiras ou 
vizinhas, que possuíam conhecimentos empíricos sobre gravidez e parto, aprendidos e 
adquiridos pela experiência prática deles. No entanto, devido às más estruturas e 
condições da época, os riscos de infecções e de mortalidade materna e fetal eram 
generalizados devido à falta de conhecimento científico sobre procedimentos assépticos 
(SANCHES et al., 2019; SOUZA et al., 2019; VIANA et al., 2019). 
Com o avanço da medicina, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, o 
parto passou a ser cada vez mais realizado em ambientes hospitalares, caracterizando-se 
pela institucionalização do parto. Esse tipo de parto, muitas vezes denominado parto 
hospitalar tecnocrático, baseia-se em uma abordagem centrada no controle médico do 
processo de nascimento, com o uso de tecnologias e intervenções para monitorar e 
acelerar o parto. Nesse modelo, o parto natural passou a ser visto como um processo que 
necessitava de intervenções para garantir segurança e previsibilidade. Isso incluiu o uso 
frequente de procedimentos como indução do parto com medicamentos, o rompimento 
artificial da bolsa, analgesia (incluindo a epidural), o monitoramento eletrônico fetal 
contínuo, a episiotomia (corte no períneo), e, em muitos casos, o aumento das cesarianas 
(SILVA, 2006). 
A institucionalização do parto teve como principais benefícios a redução das taxas 
de mortalidade materna e infantil, graças à adoção de práticas mais seguras e ao controle 
de complicações por equipes médicas treinadas. No entanto, também levou a um aumento 
das cesáreas e de intervenções consideradas desnecessárias, gerando críticas sobre a 
desumanização do parto e o distanciamento das mulheres de uma experiência mais natural 
e centrada em suas necessidades. Esse modelo, embora tenha proporcionado avanços em 
termos de segurança, deu origem ao debate sobre a necessidade de resgatar práticas mais 
humanizadas, que respeitem o protagonismo da mulher no processo de parto e promovam 
o bem-estar físico e emocional da mãe e do bebê (SILVA, 2006). 
5 
 
 
 
 
 
No entanto, a literatura aponta que o parto normal humanizado ainda é uma prática 
pouco acessível para muitas mulheres, especialmente nos serviços de saúde públicos. 
Esse cenário levanta questões importantes: quais são as práticas adotadas pelas 
enfermeiras durante o nascimento que promovem a humanização do parto? Qual é a 
importância da enfermagem nesse contexto? Essas questões norteiam o objetivo deste 
estudo, que visa identificar, com base na literatura científica, a relevância da atuação da 
enfermagem no parto natural humanizado (TORRES; ROJAS; PERES, 2018). 
A atuação da enfermeira obstétrica, que tem ganhado destaque nas últimas 
décadas, é fundamental para garantir uma assistência de qualidade. A presença da 
enfermeira no momento do parto se consolidou com a realização de concursos públicos, 
como o que ocorreu no Rio de Janeiro, permitindo que enfermeiras obstétricas 
participassem diretamente da assistência à gestante, uma função que antes era 
exclusividade dos médicos. Esse marco foi importante para aumentar a confiança das 
gestantes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) e, além disso, em 1996, 
foram estabelecidas diretrizes de boas práticas na assistência ao parto e nascimento, 
trazendo melhorias significativas para a saúde das mulheres e dos recém-nascidos 
(FABRIZZIO et al., 2019; VARGENS; SILVA; PROGIANTI, 2017). 
As enfermeiras obstétricas são capacitadas desde sua formação para oferecer um 
cuidado integral, que reconhece as necessidades individuais de cada mulher. A 
assistência obstétrica humanizada promove o empoderamento da gestante, permitindo 
que ela tenha liberdadede escolha quanto às posições para o parto, ao direito de ter um 
acompanhante e aos procedimentos realizados durante o trabalho de parto. Dessa forma, 
a humanização no parto não se refere apenas ao uso de tecnologias, mas também à 
promoção de um cuidado baseado em princípios éticos, que respeite as dimensões 
espirituais, psicológicas e biológicas da mulher (TORRES; ROJAS; PERES, 2018; SILVA 
et al., 2013). 
6 
 
 
 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
2.1 - HUMANIZAÇÃO 
 
A humanização do parto é um conceito fundamental que vai além da simples 
assistência técnica, abrangendo uma abordagem integral que considera as dimensões 
emocionais, psicológicas e culturais da experiência de dar à luz (Reis et al., 2015). 
Historicamente, o parto era um evento doméstico assistido por parteiras experientes, onde a 
mulher desempenhava um papel ativo e central. No entanto, com a evolução da medicina e 
a institucionalização do parto, houve um aumento das intervenções médicas, muitas vezes 
sem necessidade comprovada, o que transformou o parto em um procedimento médico em 
vez de um evento natural da vida (Reis et al., 2015). 
Autores como Carvalho et al. (2021) ressaltam que a assistência humanizada busca 
resgatar o protagonismo da mulher e respeitar suas escolhas e individualidade. A 
enfermagem, ao adotar uma postura humanizada, desempenha um papel crucial no 
restabelecimento da experiência do parto como um evento único e pessoal (Carvalho et al., 
2021). A enfermagem obstétrica é essencial para a implementação das Boas Práticas de 
Atenção ao Parto e ao Nascimento, promovendo um ambiente acolhedor e respeitoso 
(Carvalho et al., 2021). 
As práticas humanizadas incluem o acolhimento, a escuta ativa, a explicação clara 
dos procedimentos, o respeito à privacidade e às escolhas da mulher. Estas práticas não 
apenas melhoram a experiência do parto, mas também têm impactos positivos na saúde 
física e emocional da mãe e do bebê (Possati et al., 2017). 
No entanto, apesar dos avanços, ainda existem desafios e lacunas na humanização do parto. 
A resistência a mudanças nas práticas institucionais e a falta de capacitação adequada dos 
profissionais são barreiras que precisam ser superadas (Souza et al., 2021). É crucial 
analisar a humanização do parto e nascimento sob a percepção das mulheres para 
compreender as estratégias de cuidado implementadas e demarcar as lacunas e desafios da 
humanização na atenção ao parto e nascimento (Souza et al., 2021). 
Em suma, a assistência da enfermagem no parto humanizado requer 
comprometimento, empatia e uma constante atualização profissional. É essencial que os 
enfermeiros estejam preparados para atuar de maneira qualificada e segura, com uma 
formação sólida nos princípios humanistas e conhecimento técnico atualizado. O objetivo é 
garantir que o parto seja uma experiência positiva, segura e transformadora, respeitando os 
7 
 
 
direitos e a dignidade da mulher. 
Além disso, a humanização do parto envolve também uma mudança cultural e 
estrutural nas instituições de saúde, que devem adotar políticas e práticas que priorizem o 
bem-estar e os direitos das gestantes. Isso inclui a criação de espaços físicos adequados, 
equipes multidisciplinares capacitadas e uma abordagem centrada na mulher e em suas 
necessidades individuais (Vargens; Silva; Progianti, 2017). 
Outro aspecto importante da humanização do parto é a promoção da participação 
ativa da mulher em todas as etapas do processo de nascimento. Isso implica no 
reconhecimento e respeito às suas escolhas e preferências, bem como na inclusão de seus 
familiares e acompanhantes como parte integrante do cuidado (Silva et al., 2013). 
A humanização do parto também está intimamente ligada à redução das intervenções 
médicas desnecessárias e à promoção de práticas baseadas em evidências científicas. Isso 
requer uma abordagem holística que reconheça e respeite o processo fisiológico do parto, 
evitando intervenções invasivas quando não são clinicamente indicadas (Fabrizzio et al., 
2019). 
Por fim, é importante destacar que a humanização do parto não se restringe apenas ao 
momento do nascimento, mas deve ser uma preocupação contínua ao longo do pré-natal, 
parto e pós-parto. Isso inclui o acompanhamento integral da gestante durante todo o ciclo 
gravídico-puerperal, oferecendo suporte físico, emocional e psicológico conforme necessário 
(Vargens; Silva; Progianti, 2017). 
8 
 
 
 
 
3. OBJETIVOS 
 
 
OBJETIVO GERAL 
 
Analisar por meio de uma revisão bibliográfica a importância da atuação da enfermagem 
obstétrica na promoção do parto natural humanizado, destacando práticas que favoreçam a 
humanização e a melhoria da experiência de parto para as gestantes. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
1. Revisar a literatura sobre a evolução histórica do parto, desde o modelo domiciliar com 
parteiras até a institucionalização hospitalar, avaliando os impactos para a saúde da mulher 
e do bebê. 
 
 
2. Identificar, com base em estudos existentes, as principais práticas de enfermagem 
obstétrica que promovem a humanização do parto, enfatizando a redução de intervenções 
desnecessárias e o respeito à autonomia da mulher. 
 
 
3. Analisar na literatura científica o impacto da assistência humanizada na saúde física e 
emocional da mãe e do recém-nascido, considerando as dimensões psicológicas e sociais 
do parto. 
 
 
4. Explorar, a partir de fontes bibliográficas, os desafios enfrentados por enfermeiras 
obstétricas para implementar práticas humanizadas, abordando as barreiras institucionais e 
a resistência às mudanças. 
9 
 
 
 
4. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
A metodologia deste estudo será baseada em uma revisão bibliográfica de caráter descritivo e 
exploratório, com o objetivo de compilar e analisar a literatura científica disponível sobre a 
atuação da enfermagem obstétrica no contexto do parto humanizado. A escolha dessa 
metodologia se justifica pela necessidade de investigar e consolidar o conhecimento existente 
sobre o tema, permitindo uma análise crítica das práticas, desafios e contribuições das 
enfermeiras obstétricas na promoção de um parto mais humanizado. A pesquisa será conduzida 
por meio da seleção e análise de artigos acadêmicos e outras fontes relevantes, que abordem o 
parto humanizado e o papel da enfermagem obstétrica. 
 
Para a coleta de dados, foram utilizadas bases de dados científicos, tais como Scielo (Scientific 
Electronic Library Online), Lilacs (literatura latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), 
PubMed e BDENF (Base de Dados de Enfermagem). Para a filtragem dos artigos foram 
adotados os seguintes critérios de inclusão e exclusão: 
 
Critérios de Inclusão: 
Estudos publicados em português, inglês ou espanhol encontrados por meio da combinação das 
seguintes palavras-chaves: Parto humanizado; Enfermagem obstétrica; Assistência ao parto; 
Humanização do parto; Práticas obstétricas; Saúde da mulher; 
 
Critérios de exclusão: 
Englobam estudos que não abordem diretamente o tema ou que não ofereçam evidências 
relevantes para os objetivos propostos. 
 
A análise dos dados será realizada de maneira qualitativa, utilizando técnicas de análise de 
conteúdo para identificar os principais conceitos, práticas e desafios discutidos nos artigos. A 
revisão também buscará evidenciar as implicações dessas práticas na experiência de parto das 
gestantes, focando nos aspectos físicos, emocionais e sociais envolvidos. 
10 
 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A humanização do parto é uma abordagem que busca transformar a experiência do 
nascimento em um processo mais respeitoso, acolhedor e centrado nas necessidades da 
mulher. Essa prática se fundamenta em princípios que visam garantir a autonomia da mulher, 
respeitar sua individualidade e promover um ambiente favorável ao parto normal. Segundo a 
Organização Mundial da Saúde (OMS), o parto deve ser um processo natural, em que as 
intervençõesmédicas sejam feitas apenas quando estritamente necessárias. De acordo com a 
OMS, "o cuidado humanizado deve ser uma prioridade para a saúde materna, promovendo a 
dignidade e o respeito" (OMS, 2018). 
A humanização do parto abrange diversas diretrizes e práticas que consideram as 
necessidades emocionais e físicas da mulher. O Ministério da Saúde do Brasil, por meio da 
Política Nacional de Humanização (PNH), define que a assistência ao parto deve ser orientada 
pela promoção do respeito à autonomia, à privacidade e ao vínculo mãe-filho (BRASIL, 2005). 
Além disso, a política enfatiza a importância da participação da mulher na escolha do local do 
parto e do acompanhante, reconhecendo o impacto positivo que essa presença pode ter no bem-
estar emocional da gestante. 
Diversos estudos têm demonstrado os benefícios da humanização no parto, não apenas 
para as mães, mas também para os recém-nascidos. Um estudo realizado por Viana et al. 
(2013) revelou que partos humanizados estão associados a menores taxas de complicações 
para a mãe e o bebê, além de aumentar a satisfação da mulher com a experiência de parto. A 
humanização também se conecta ao conceito de cuidado centrado na pessoa, que valoriza as 
particularidades e as escolhas individuais, alinhando-se às diretrizes de práticas baseadas em 
evidências. 
 
 
5.1 Evolução histórica do parto 
 
Historicamente, o parto foi um evento predominantemente domiciliar e assistido por parteiras 
e familiares, situando-se no âmbito doméstico até o final do século XIX. Segundo D’Oliveira et al. 
(2002), esse modelo de cuidado doméstico centrava-se na tradição oral e em práticas naturais, 
onde as parteiras desempenhavam um papel fundamental e eram responsáveis por garantir o 
suporte físico e emocional durante o nascimento. Com o avanço da ciência médica e o surgimento 
dos hospitais no século XX, o parto passou gradualmente para um contexto hospitalar, 
principalmente em países industrializados (Leavitt, 1986). 
Nos anos 1930 e 1940, houve um aumento na institucionalização do parto, com a introdução 
de práticas como a episiotomia e o uso de fórceps, promovendo a visão do parto como um processo 
11 
 
 
mecânico e necessitando de intervenções para garantir segurança (Diniz, 2005). Este período 
marcou o fortalecimento do modelo biomédico de assistência ao parto, que passou a tratar o 
nascimento como um evento de risco, o que resultou na desvalorização da participação feminina e 
da autonomia da mulher no processo (Gomes et al., 2020). 
A partir da década de 1970, movimentos feministas e as organizações de saúde começaram 
a questionar as práticas hospitalares excessivamente intervencionistas. Esse movimento foi 
impulsionado pelo reconhecimento de que a alta taxa de cesarianas e as práticas invasivas nem 
sempre eram necessárias e poderiam impactar negativamente a saúde física e emocional das 
mulheres e dos bebês (Odent, 1992). Em resposta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) 
recomendou, em 1985, que as cesarianas não ultrapassassem 15% dos partos, promovendo a 
humanização da assistência ao parto e o uso de práticas baseadas em evidências (WHO, 1985).  
Nos últimos anos, o Brasil tem adotado políticas públicas de incentivo ao parto normal e 
humanizado, como a Rede Cegonha e o Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento 
(BRASIL, 2011). Essas iniciativas buscam reduzir a medicalização excessiva, promover a 
autonomia das mulheres e oferecer um cuidado mais acolhedor e centrado na paciente durante o 
parto (Souza et al., 2017). Assim, a evolução histórica do parto reflete uma transição das práticas 
tradicionais para um modelo hospitalar tecnicista, seguido pelo movimento atual em busca da 
humanização e da valorização das escolhas e da experiência da mulher. 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
5.2 Principais práticas de enfermagem obstétrica que promovem a humanização do 
parto 
 
A atuação do profissional de enfermagem durante o trabalho de parto é essencial para 
proporcionar uma experiência positiva e humanizada. Esse especialista assume a responsabilidade 
de monitorar a saúde da gestante e do feto, oferecendo apoio emocional e realizando intervenções 
necessárias para garantir um ambiente seguro e acolhedor. As diretrizes que orientam essa atuação 
enfatizam a importância da individualização do atendimento, respeitando os desejos e necessidades 
da mulher durante todo o processo do parto. 
 
Monitoramento e Avaliação do trabalho de parto 
O profissional deve realizar avaliações contínuas ao longo do trabalho de parto, 
acompanhando os sinais vitais da mãe e do bebê, além de avaliar a evolução do processo. De 
acordo com a OMS (2018), a vigilância constante é crucial para identificar precocemente 
qualquer sinal de complicação, possibilitando intervenções rápidas e adequadas. É fundamental 
reconhecer as fases do trabalho de parto e intervir quando necessário, sempre respeitando o 
tempo e a fisiologia do corpo da mulher. 
 
Suporte Emocional e Físico a gestante 
Além do monitoramento clínico, esse profissional oferece apoio emocional, servindo como 
uma fonte de encorajamento e conforto para a gestante. O trabalho de parto é um momento de 
intenso estresse e ansiedade, e a presença desse especialista pode ajudar a mitigar esses 
sentimentos. Segundo Amato et al. (2019), "a empatia e a comunicação aberta são 
fundamentais para que a mulher se sinta segura e apoiada em um momento tão vulnerável". 
Esse apoio pode incluir técnicas de suporte, como massagens e mudanças de posição, além de 
métodos não farmacológicos para alívio da dor, como a imersão em água quente ou o uso de 
compressas. A pesquisa de Viana et al. (2017) destaca que "a utilização de intervenções não 
farmacológicas contribui para uma percepção positiva da dor, promovendo uma experiência de 
parto mais satisfatória". 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
Tomada de Decisão Compartilhada entre o enfermeiro e a gestante 
A atuação do profissional da enfermagem inclui a promoção da tomada de decisão 
compartilhada, na qual a mulher deve ser informada sobre as opções disponíveis e participar 
ativamente das escolhas relacionadas ao seu parto. A Resolução do COFEN nº 564/2017 
enfatiza que a autonomia da gestante deve ser respeitada, e o profissional deve atuar como um 
facilitador nesse processo, assegurando que a mulher compreenda as implicações de cada 
escolha. 
Por meio de um diálogo aberto, o especialista pode ajudar a mulher a expressar suas 
preferências em relação a intervenções, como analgesia, episiotomia ou outros procedimentos. 
Segundo Mello e Oliveira (2020), "a educação em saúde é um aspecto crucial que permite que 
a mulher exerça seu direito à informação e escolha, promovendo um parto mais empoderado". 
 
5.3 Impacto da assistência humanizada na saúde física e emocional da mãe e do recém-
nascido 
A comunicação e a empatia constituem pilares essenciais na assistência ao parto 
humanizado, impactando diretamente a experiência da mulher e o desfecho do evento. A 
maneira como o profissional interage com a gestante pode estabelecer um ambiente de 
confiança e segurança, elementos fundamentais durante o trabalho de parto. Uma comunicação 
clara e eficaz é vital para o empoderamento da mulher. Chernicharo et al. (2013) afirmam que 
"a qualidade da comunicação entre profissionais de saúde e gestantes impacta 
significativamente na percepção de segurança e satisfação durante o parto". Portanto, é crucial 
que o profissional utilize uma linguagem acessível, evitando jargões médicos que possam 
causar confusão ou medo. A transparência nas informações sobre procedimentos, riscos e 
benefícios é imprescindível para que a gestante tome decisões informadas. 
Ademais, a comunicação não-verbal desempenha um papel significativo; expressões 
faciais, gestos e postura podem transmitir empatia e suporte. Santos e Almeida (2021) indicam 
que "os gestos de cuidado, como olhar nos olhos eescutar atentamente, contribuem para a 
construção de uma relação de confiança, onde a mulher se sente valorizada e respeitada". 
A empatia na assistência obstétrica vai além de simplesmente ouvir; envolve a 
capacidade de compreender as emoções e necessidades da mulher. Esse aspecto se torna 
ainda mais relevante durante o trabalho de parto, um momento frequentemente marcado por 
medo e insegurança. Ferreira, Viana e Mesquita (2014) destacam que "a presença de um 
profissional empático pode reduzir a ansiedade da gestante, promovendo uma experiência de 
parto mais positiva e memorável". Fomentar um ambiente empático requer o reconhecimento da 
individualidade de cada mulher, uma vez que cada gestante traz consigo histórias, medos e 
14 
 
 
expectativas únicas. Ribeiro et al. (2020) enfatizam que "a individualização do cuidado, 
considerando as particularidades de cada mulher, é um aspecto crucial para uma assistência 
humanizada". 
A comunicação eficaz também abrange a interação com a rede de apoio da gestante, 
incluindo familiares e acompanhantes. O profissional deve incentivar a presença de pessoas 
significativas para a mulher, o que pode aumentar a sensação de segurança e conforto. A Lei 
Federal nº 11.108, aprovada em 2005, garante às mulheres o direito de ter acompanhantes de 
sua escolha durante o parto, sublinhando a importância do suporte emocional. É fundamental 
que o profissional mantenha uma comunicação não apenas com a gestante, mas também com 
seus acompanhantes, assegurando que todos estejam informados e confortáveis ao longo do 
processo. Essa interação positiva com a rede de apoio reforça o suporte emocional à mulher, 
promovendo um ambiente acolhedor e colaborativo. 
Para que o profissional desenvolva competências em comunicação e empatia, a 
formação acadêmica deve incluir aspectos práticos sobre relacionamentos interpessoais e 
atendimento centrado na mulher. Treinamentos em habilidades comunicativas e workshops 
sobre empatia podem preparar esses especialistas para um atendimento mais efetivo. A 
capacitação contínua é crucial, pois possibilita que o profissional aprenda novas abordagens e 
técnicas que melhorem a assistência durante o parto. Rocha e Fonseca (2010) ressaltam a 
relevância da formação contínua, afirmando que "profissionais bem treinados são mais 
propensos a adotar práticas que favorecem uma comunicação aberta e empática, resultando 
em um atendimento de qualidade". 
 
5.4 Aspectos Éticos e Legais da Assistência da Enfermagem no Parto Humanizado 
 
A assistência ao parto humanizado abrange uma variedade de aspectos éticos e legais 
essenciais para assegurar a segurança e o bem-estar tanto das gestantes quanto de seus 
recém-nascidos. Esses princípios não apenas orientam a prática dos profissionais de saúde, 
mas também garantem o respeito aos direitos das mulheres durante um momento tão delicado 
e significativo. 
Os princípios éticos que guiam a atuação em saúde, como autonomia, beneficência, não 
maleficência e justiça, são especialmente relevantes no contexto do parto humanizado. A 
autonomia da mulher, em particular, é um direito fundamental que deve ser garantido. A 
capacidade da gestante de tomar decisões informadas sobre seu corpo e seu parto é 
reconhecida por diversas legislações, como a Lei Federal nº 11.108, que assegura o direito ao 
acompanhante durante o trabalho de parto. A Resolução do Conselho Federal de Enfermagem 
(COFEN) afirma que "o respeito à autonomia da mulher é um dos pilares da ética na prática da 
15 
 
 
enfermagem obstétrica" (COFEN, 2019). 
A beneficência implica a promoção do bem-estar da paciente, exigindo que os 
profissionais atuem em prol da saúde e do conforto da mulher. Em contraste, a não maleficência 
estabelece a obrigação de evitar ações que possam causar danos. Assim, práticas que 
desconsideram a fisiologia do parto ou que aplicam intervenções desnecessárias são 
consideradas eticamente inadequadas. 
A legislação brasileira tem avançado no reconhecimento dos direitos das mulheres 
durante o parto. Além da Lei nº 11.108, que garante o direito ao acompanhante, o Ministério da 
Saúde tem promovido diretrizes que visam a humanização do atendimento, enfatizando a 
redução de cesarianas e a valorização do parto normal. De acordo com o documento "Parto e 
Nascimento: Um Manual para Gestantes", "o atendimento humanizado é fundamental para 
garantir os direitos das mulheres e a qualidade da assistência" (BRASIL, 2014). 
Além disso, o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem estabelece que os 
profissionais devem respeitar a dignidade da pessoa humana e garantir o direito à informação. 
A transparência nos procedimentos e a possibilidade de consentimento informado são 
elementos que contribuem para uma assistência respeitosa e ética. 
A formação dos profissionais de saúde deve incluir a ética e os direitos humanos em seu 
currículo. O conhecimento sobre a legislação vigente e a discussão de dilemas éticos são 
cruciais para que os profissionais atuem de maneira consciente e responsável. Chernicharo et 
al. (2013) enfatizam que "a capacitação em ética e direitos humanos é fundamental para 
garantir que a assistência ao parto respeite a individualidade da mulher e promova sua 
dignidade". 
Entretanto, apesar dos avanços legislativos e da crescente conscientização ética, 
desafios ainda persistem na prática. A medicalização do parto, por exemplo, representa uma 
realidade que pode conflitar com os princípios da humanização e da autonomia. A resistência a 
modelos de atendimento que priorizam a fisiologia do parto em detrimento de intervenções 
cirúrgicas é um obstáculo que precisa ser superado. Segundo Vieira et al. (2016), "a 
persistência de práticas interventivas, mesmo quando não necessárias, reflete uma cultura de 
medicalização que deve ser desafiada por profissionais comprometidos com a humanização do 
atendimento". 
 
5.5 Desafios enfrentados pelas enfermeiras obstétricas para implementar práticas 
humanizadas 
 
 
A prática da enfermagem no contexto do parto humanizado enfrenta diversos desafios 
que podem afetar a qualidade da assistência prestada. Contudo, as perspectivas para a 
16 
 
 
implementação efetiva desse modelo de atendimento são promissoras, especialmente diante da 
crescente conscientização sobre a importância de um cuidado centrado na mulher. 
Um dos principais obstáculos à prática da enfermagem no parto humanizado é a 
resistência cultural e institucional à mudança de paradigmas. Muitas instituições de saúde ainda 
operam sob modelos medicalizados, priorizando intervenções cirúrgicas e farmacológicas em 
detrimento de abordagens mais naturais e respeitosas. A predominância da cesariana como a 
via de parto mais comum no Brasil, que chega a ultrapassar 55% em algumas regiões, reflete 
essa cultura de medicalização (BRASIL, 2019). Além disso, a formação inadequada dos 
profissionais de saúde pode se configurar como um obstáculo significativo. Frequentemente, os 
currículos das instituições de ensino não abordam de maneira adequada as práticas de 
humanização e os direitos das mulheres durante o parto. Carvalho e Oliveira (2017) apontam 
que "a falta de capacitação em humanização pode levar a uma prática obstétrica que 
desconsidera as necessidades emocionais e físicas das gestantes". 
Outro desafio relevante diz respeito à escassez de recursos nas unidades de saúde, o 
que pode limitar a implementação de práticas humanizadas. A falta de infraestrutura adequada 
e de suporte emocional por parte da equipe de saúde pode prejudicar a experiência da mulher 
durante o parto, dificultando a criação de um ambiente acolhedor e seguro. 
Apesar desses desafios, as perspectivas para a prática da enfermagem no parto 
humanizado são encorajadoras. O aumento do interesse público e das políticas de saúde 
voltadas para a humanização do parto está contribuindo para a transformação do cenário atual.O Programa de Humanização do Parto e Nascimento, por exemplo, tem promovido a 
capacitação de profissionais e incentivado a criação de ambientes de parto mais acolhedores e 
respeitosos (BRASIL, 2015). 
A crescente participação de grupos de defesa dos direitos das mulheres e de 
profissionais de saúde comprometidos com a humanização também desempenha um papel 
crucial nesse processo. Movimentos sociais, ONGs e iniciativas comunitárias têm trabalhado 
para sensibilizar a sociedade e os gestores de saúde sobre a importância de um parto 
respeitoso e seguro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que "a promoção de 
práticas de parto humanizado é essencial para melhorar os resultados de saúde materno-infantil 
e a satisfação das mulheres com a assistência recebida" (OMS, 2019). 
Além disso, a utilização de tecnologias de informação e comunicação pode facilitar a 
disseminação de informações sobre práticas humanizadas e direitos das gestantes. A educação 
continuada e a formação em serviço são fundamentais para que os profissionais de saúde 
possam se atualizar e adaptar suas práticas às necessidades das mulheres. 
A pesquisa em práticas obstétricas humanizadas também desempenha um papel vital no 
fortalecimento da assistência. Estudos que documentam as experiências das mulheres durante 
17 
 
 
o parto, assim como a eficácia de práticas humanizadas, podem fornecer dados valiosos que 
sustentem mudanças nas políticas de saúde. Chernicharo et al. (2013) ressaltam que "a 
pesquisa deve ser um instrumento para a transformação da assistência obstétrica, evidenciando 
a importância do cuidado humanizado". 
 
Em suma, a prática da enfermagem no parto humanizado enfrenta desafios significativos, 
mas também apresenta oportunidades promissoras. A resistência cultural e institucional, a 
formação inadequada e a falta de recursos são barreiras que precisam ser superadas. 
Entretanto, o aumento das políticas de humanização, a mobilização social e a pesquisa sobre 
práticas humanizadas oferecem um horizonte otimista. Ao promover um ambiente de cuidado 
que respeite a autonomia e a individualidade das mulheres, a enfermagem pode contribuir para 
experiências de parto mais seguras e satisfatórias, alinhadas aos princípios da humanização. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A humanização do parto emerge como um paradigma essencial na assistência à saúde, 
destacando a necessidade de respeitar a autonomia e as singularidades das mulheres durante 
um momento tão significativo como o nascimento. Os resultados apresentados evidenciam que 
a abordagem humanizada não apenas melhora a experiência da mulher, mas também favorece 
desfechos positivos para o recém-nascido, promovendo uma assistência que prioriza a 
dignidade e o respeito. A atuação do profissional de enfermagem é um pilar fundamental nessa 
transformação, uma vez que seu papel vai além da monitorização clínica. A promoção de um 
ambiente acolhedor, o suporte emocional e a facilitação da tomada de decisões compartilhadas 
são aspectos que, quando bem executados, garantem que a gestante se sinta segura e 
empoderada. A importância da comunicação clara e da empatia não pode ser subestimada, 
pois são essenciais para construir uma relação de confiança e conforto, fatores que impactam 
diretamente a satisfação da mulher durante o parto. Além dos aspectos técnicos e humanos, a 
ética e a legalidade constituem bases inegociáveis para a prática da enfermagem no contexto 
da humanização. O reconhecimento dos direitos das mulheres, como a autonomia e o direito à 
informação, deve ser uma prioridade nas instituições de saúde. A formação contínua dos 
profissionais em ética, comunicação e humanização é crucial para superar os desafios 
impostos por uma cultura ainda fortemente influenciada pela medicalização. Os desafios, como 
a resistência cultural e a formação inadequada, representam barreiras significativas. Contudo, 
as perspectivas são encorajadoras. O crescente reconhecimento da importância do parto 
humanizado por meio de políticas públicas e iniciativas sociais abre espaço para um futuro 
mais respeitoso e seguro. O compromisso dos profissionais de saúde em abraçar essa 
mudança, aliado ao suporte institucional e à mobilização social, será determinante para a 
promoção de práticas que valorizem a individualidade e as necessidades das mulheres. 
Dessa forma, ao avançarmos na direção da humanização do parto, estamos não apenas 
transformando a experiência do nascimento, mas também contribuindo para uma saúde 
materno-infantil mais respeitosa e digna, alinhada aos princípios fundamentais da assistência 
centrada na pessoa. É necessário continuar a pesquisa e o debate sobre práticas obstétricas 
que priorizem a humanização, pois cada nascimento é único e merece ser celebrado com 
respeito, cuidado e amor. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
7 REFERÊNCIAS 
 
BATISTA, P.; SANTOS, N. R.; CUNHA, A. C. Humanização do parto: práticas e desafios. São Paulo: 
Editora Fiocruz, 2020. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para o cuidado humanizado durante o parto e nascimento. 
Brasília, 2015. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Estatísticas de Cesáreas no Brasil. Brasília, 2019. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Humaniza SUS: Política Nacional de Humanização. Brasília, 2005. 
BRASIL, Secretaria da Saúde. Manual técnico das casas de parto município de São Paulo. São Paulo, 
2016. 
CARVALHO, L. A.; OLIVEIRA, F. M. A humanização do parto: uma reflexão sobre a formação de 
profissionais de saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 70, n. 3, p. 574-579, 2017. 
CASSIANO, A. N. Percepção de enfermeiros sobre a humanização na assistência de enfermagem no 
puerpério imediato. Rev. Pesq. Cuid. Fund. Online, 2015; 1(7):2051-2060. 
CHERNICHARO, I. C. S.; MARCATO, P. S.; LIMA, L. B. Humanização do parto e nascimento: 
construindo novas práticas de cuidado. Revista de Saúde Pública, v. 47, n. 1, p. 136-144, 2013. 
DIAS, M. A. A Lei Federal nº 11.108/2005 e o direito ao acompanhante no parto. Revista Brasileira de 
Direito da Saúde, v. 1, n. 1, p. 55-63, 2011. 
DIAS, M. A. B. Humanização no parto: política pública, comportamento organizacional e ethos 
profissional. Caderno de saúde pública, Rio de Janeiro, v. 27, n. 5, 2011. 
DINIZ, S. G. Gênero, saúde materna e o modelo obstétrico. Revista Saúde Pública, v. 39, n. 2, p. 164-171, 
2005. 
FERREIRA, J. A.; VIANA, K. R.; MESQUITA, A. F. A humanização do parto: um olhar sobre a assistência 
obstétrica. Revista de Enfermagem da UFPE, v. 8, n. 8, p. 2200-2208, 2014. 
GOMES, R.; SCHRAIBER, L. B.; MENDES GONÇALVES, R. B. Práticas e saberes médicos: sociologia 
da prática médica. Hucitec, 2020. 
GUIDA, N. F. B.; LIMA, G. P. V.; PEREIRA, A. L. F. O ambiente de relaxamento para humanização do 
cuidado ao parto hospitalar. Rev. Min. Enferm, 2013; 3(17):524–530. 
LEAVITT, J. W. Brought to Bed: Childbearing in America, 1750 to 1950. Oxford University Press, 1986. 
LONGO, C. S. M.; ANDRAUS, L. M. S.; BARBOSA, M. A. Participação do acompanhante na humanização 
do parto e sua relação com a equipe de saúde. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, 2010. 
MABUCHI, A. S.; FUSTINONI, S. M. O significado dado pelo profissional de saúde para trabalho de 
parto e parto humanizado. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, 2008. 
MOTTA, S. A. M. F. Implementação da humanização da assistência ao parto natural. Rev. Enferm. UFPE 
online, 2016; 2(10):593–599. 
MOURA, F. M. J. S. P.; CRIZOSTOMO, C. D.; NERY, I. S.; MENDONÇA, R. C. M.; ARAÚJO, O. D.; ROCHA, 
S. S. A humanização e a assistência de enfermagem ao parto. 
20 
 
 
ODENT, M. The Nature of Birth and Breastfeeding. Bergin & Garvey, 1992. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Assistência ao parto normal: um guia prático. São Paulo: 
[s.n.], 1996. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Aumentar o acesso ao parto normal: uma abordagem 
humanizada. Genebra, 2019. 
PEREIRA, A. L. F.; MOURA, M. A.V. Hegemonia e contra-hegemonia no processo de implantação da 
Casa de Parto no Rio de Janeiro. Revista da Escola de Enfermagem USP, São Paulo, 2009. 
QUEIROZ, C. F.; PEREIRA, F. E.; MELO, A. M. A importância da humanização no parto. Revista 
Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia, v. 25, n. 3, p. 193-197, 2003. 
RATTNER, D. Humanização na atenção a nascimentos e partos: ponderações sobre políticas públicas. 
Interface – Comunicação, saúde e educação, Brasília, 2009. 
ROCHA, C. R.; FONSECA, L. C. Assistência do enfermeiro obstetra à mulher parturiente: em busca do 
respeito à natureza. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, 2010. 
ROCHA, A. L.; FONSECA, M. G. Autonomia da mulher durante o trabalho de parto: uma questão de 
direitos. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 63, n. 6, p. 965-971, 2010. 
SILVA, A. L. S.; NASCIMENTO, E. R.; COELHO, E. A. C. Práticas de enfermeiras para promoção da 
dignificação, participação e autonomia de mulheres no parto normal. Esc. Ann. Ner. Rev. Enferm, 2015; 
3(19):424–431. 
SOUZA, K. V.; RISCADO, L. C.; LOBO, S. F. A assistência ao parto na Rede Cegonha: uma análise do 
modelo proposto pelo Ministério da Saúde. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 17, n. 2, p. 
335-346, 2017. 
 
VIEIRA, M. J. O.; SANTOS, A. A. P.; SILVA, J. M. O.; SANCHES, M. E. T. L. Assistência de enfermagem 
obstétrica baseada em boas práticas: do acolhimento ao parto. Revista Eletrônica de Enfermagem, 
Alagoas, 2016. 
VIEIRA, R. D.; PIMENTA, C. A.; BARBOSA, T. F. Boas práticas obstétricas e a humanização do parto: 
uma proposta de classificação. Cadernos de Saúde Pública, v. 32, n. 6, p. 1-11, 2016. 
WHO (World Health Organization). Appropriate technology for birth. Lancet, v. 326, n. 8452, p. 436-437, 
1985. 
	CENTRO UNIVERSITÁRIO CELSO LISBOA
	Manoela Linhares de Oliveira
	Juliana Thaina Tavares de Menezes
	Cristiane Medeiros dos Santos
	ASSISTÊNCIA DA ENFERMAGEM NO PARTO HUMANIZADO RESUMO
	NURSING ASSISTANCE IN HUMANIZED CHILDBIRTH ABSTRACT
	1. INTRODUÇÃO
	2. REFERENCIAL TEÓRICO
	2.1 - HUMANIZAÇÃO
	3. OBJETIVOS
	OBJETIVOS ESPECÍFICOS
	4. MATERIAIS E MÉTODOS
	Critérios de Inclusão:
	Critérios de exclusão:
	5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	5.1 Evolução histórica do parto
	5.2 Principais práticas de enfermagem obstétrica que promovem a humanização do parto
	Monitoramento e Avaliação do trabalho de parto
	Suporte Emocional e Físico a gestante
	Tomada de Decisão Compartilhada entre o enfermeiro e a gestante
	5.3 Impacto da assistência humanizada na saúde física e emocional da mãe e do recém-nascido
	5.4 Aspectos Éticos e Legais da Assistência da Enfermagem no Parto Humanizado
	5.5 Desafios enfrentados pelas enfermeiras obstétricas para implementar práticas humanizadas
	6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	7 REFERÊNCIAS

Mais conteúdos dessa disciplina