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05/03/2022
1
TRANSTORNOS RELACIONADOS A 
SUBSTÂNCIAS
Santhiago Souza 
Doutor em Psicologia - UFMG
Apresentação
Formação:
 Psicólogo - UNIVALE
 Formação Clínica em TCC – Instituto WP
 Especialista em Gestão em Saúde – FIOCRUZ
 Especialista em TCC – Instituto Cognitivo
 Mestre em Psicologia – UFMG
 Doutor em Psicologia: Cognição e Comportamento – UFMG
 Acadêmico de Medicina – FAMINAS-BH
Experiência:
 Experiência como psicólogo da saúde – Ministério da Saúde
 Experiência como psicólogo clínico – com foco em pacientes com Transtornos do Humor e Risco 
e Suicídio
 Docente em TCC na graduação e pós graduação
 Coordenador de Especialização em TCC
 Terapeuta e supervisor clínico em TCC
1
2
05/03/2022
2
Tempestade de ideias
3
4
05/03/2022
3
“Parece improvável que a humanidade em geral seja 
algum dia capaz de dispensar os ‘paraísos artificiais’, isto 
é, ... a busca de autotranscendência através das drogas 
ou ... Umas férias químicas de si mesmo... A maioria dos 
homens e mulheres levam vidas tão dolorosas – ou tão 
monótonas, pobres e limitadas, que a tentação de 
transcender a si mesmo, ainda que por alguns 
momentos, é e sempre foi um dos principais apetites da 
alma.”
(Aldous Huxley, escritor inglês in SUPERA, 4ª ed., 2011)
TCC E DEPENDÊNCIA QUÍMICA
 A dependência e o abuso de álcool e drogas representam 
um grande problema de saúde pública.
 Mesmo os melhores tratamentos do alcoolismo 
têm um prognóstico pouco favorável.
 O prognóstico para pacientes com uma maior 
cronicidade é menos favorável ainda
5
6
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4
TCC E DEPENDÊNCIA QUÍMICA
 As pessoas sentem de forma diferente os efeitos de uma
droga. E mesmo uma mesma pessoa pode sentir de
maneira diferente os efeitos de uma mesma droga, em
diferentes circunstâncias .
 Os efeitos dependem de: propriedades farmacológicas
(excitantes, depressoras, perturbadoras), personalidade,
condições físicas e psíquicas, expectativas.
 A importância do termo usado: “alcoólatra”,
“alcoolista”,”dependente”, “bêbado”... O estigma que
carrega.
TCC E DEPENDÊNCIA QUÍMICA
 Conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e
cognitivos que são resultados da interação de um 
organismo vivo e a droga.
 Sempre inclui uma compulsão de usar drogas para sentir 
seu efeito e/ou evitar o desconforto provocado pelo não 
uso.
Os comportamentos aditivos, ou seja de 
dependência, são o resultado de uma combinação 
entre uma substância e o meio ambiente.
7
8
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5
Epidemiologia
 Epidemiologia – “ciência do que ocorre com o povo”.
 Organização Mundial de Saúde: uso de álcool, tabaco e outras 
drogas está presente em quase todos os países do mundo.
 Padrão de consumo varia de acordo com países, tempo e grupos 
populacionais.
 Importante para combater mitos e planejar ações de políticas 
apropriadas.
(WHO, 2000)
Epidemiologia
 O mais abrangente levantamento epidemiológico sobre 
o consumo de drogas no Brasil foi realizado em 2005, 
denominado II Levantamento Domiciliar sobre o 
Uso de Drogas Psicotrópicas, que envolveu 108 
maiores cidades do Brasil.
 As drogas de maior uso na vida (exceto tabaco e 
álcool) foram em primeiro lugar a maconha (8,8%), 
seguida de solventes (6,1%) e Benzodiazepínicos (5,6%).
(Carlini & Galduróz, 2005, 2007)
9
10
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6
Epidemiologia
 O uso na vida de álcool correspondeu a 74,6% e tabaco, 
44,0%.
 Crack: 0,7% (discutir o papel da mídia aqui).
 Com relação ao diagnóstico de dependência de 
substâncias, estimou-se que em 2005, 12,3% dos 
participantes eram dependentes de álcool.
Epidemiologia
 Em segundo lugar, com 10,1% está a dependência de tabaco.
 Em terceiro lugar, 1,2% de dependentes de maconha, com a s 
demais drogas apresentando proporções menores que esta 
última.
(Martins, Sartes & Amato, 2013)
11
12
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7
Epidemiologia
 Considerando apenas as causas de morte, o tabaco é apontado 
como responsável por 9% e o álcool por 3,2% de todas as 
mortes no mundo.
 O consumo de tabaco e álcool são, respectivamente, o quarto e o 
quinto principal fator de risco para doenças evitáveis em todo o 
mundo.
(Martins et al., 2013)
Epidemiologia
 Percentagem de uso na vida: 9 mais usadas
Substância Uso 
ALCOOL 68,7 
TABACO 41,1 
MACONHA 6,9 
SOLVENTES 5,8 
OREXÍGENOS 4,3 
BENZODIAZEPÍNICOS 3,3 
COCAÍNA 2,3 
XAROPES (codeína) 2,0 
ESTIMULANTES 1,5 
 
13
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8
Epidemiologia
 Percentagem de dependentes
Substância Uso 
ALCOOL 11,2 
TABACO 9 
BENZODIAZEPÍNICOS 1,1 
MACONHA 1 
SOLVENTES 0,8 
ESTIMULANTES 0,4 
 
Tipos de Drogas
 Drogas são aquelas que atuam no nosso Sistema
Nervoso Central (SNC), ou seja, as psicoativas.
 Dentre as psicoativas, há um grupo chamado de drogas
psicotrópicas, que são aquelas que podem gerar abuso
e dependência.
15
16
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9
Tipos de drogas
 Elas agem nos mecanismos de gratificação e recompensa
do cérebro, provocando sensações de prazer, que fazem
com que as pessoas tenham vontade de usá-las
novamente.
 As drogas psicotrópicas podem agir de 3 maneiras no
SNC: estimulando, deprimindo e pertubando sua
atividade.
Classificação das substâncias 
 Estimulantes da atividade do SNC: de maneira
geral, estimulam o funcionamento do nosso SNC,
fazendo com que a pessoa fique mais “ligada”, agitada,
elétrica, sem sono e sem apetite.
(Sanchez & Santos, 2013)
17
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10
Substâncias Estimulantes do SNC
 Cocaína e Crack
 Anfetaminas
 Tabaco
Classificação das substâncias 
Perturbadoras da atividade do SNC: aquelas que
causam alterações no funcionamento cerebral quando
consumidas, modificando a percepção da realidade e
fazendo com que os consumidores tenham uma
percepção “perturbada” de si e do meio. Esses
fenômenos são parecidos com os que ocorrem em
doenças mentais, como as psicoses, e essas drogas
induzem alucinações, delírios e ilusões.
(Sanchez & Santos, 2013)
19
20
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11
Substâncias Perturbadoras do SNC
 Cannabis
 LSD
 Cogumelos
 Ayahuasca
 Anticolinérgicos
Classificação das substâncias 
Depressoras da atividade do SNC: aquelas que de maneira
geral diminuem o ritmo de funcionamento do SNC, fazendo com
que seus consumidores fiquem mais “devagar”, lentificados,
sonolentos.
(Sanchez & Santos, 2013)
21
22
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Substâncias Depressoras do SNC
Benzodiazepínicos
 Álcool
Solventes
 Opiáceos
Classificação das substâncias 
 São chamadas de “drogas de abuso” porque todas
têm potencial de alterar o humor e as funções
cerebrais, e quando estimulam o núcleo accumbens,
aumentam a produção de dopamina e geram prazer.
 Excesso de busca por este prazer pode gerar o abuso
destas drogas.
23
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13
Classificação das substâncias 
 De acordo com a CID-10 (OMS, 2008), indivíduos
que usam drogas eventualmente, mas exageram nesta
condição podem vir a ter problema s legais, de saúde
ou familiares decorrentes deste uso.
 O diagnóstico de uso nocivo/abuso requer que um
dano real tenha sido provocado à saúde física e
mental do usuário.
Principais efeitos das drogas
 2 mecanismos de ação são comuns a todas as drogas:
capacidade de gerar reforço e neuroadaptação.
 Reforço: papel da dopamina. Sexo e alimentação
também agentes capazes de ativar este circuito.
Euforia ➔ gera reforço. Simples cronicidade e
reforço não garantem a dependência.
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Vídeo DOPAMINA
Principais efeitos das drogas
 Neuroadaptação: droga induz alterações do SNC
com uso crônico. Organismo passa a agir como se a
droga fizesse parte de suas funções básicas ➔
acostuma com a presença. Ausência ➔ sintomas de
abstinência.
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Prazer
 Melhora da eficiência, fluência, confiança, 
perspicácia e criatividade
 Alívio de ansiedade, depressão e tédio
 Lidar melhor com estresse, preocupações, adversidade 
e frustrações
 Ambiente pouco reforçador
COMO ENFRENTAR?Políticas recomendadas pela organização mundial de saúde (OMS)
em relação à intervenção:
 Cuidados primários de saúde ➔ intervenções breves (IB);
 Organização de serviços especializados.
(Babor et al., 2003; WHO, 1993, SUPERA, 2014)
29
30
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COMO DETECTAR?
 Instrumentos de triagem e diagnóstico
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
Instrumentos
 Audit
 CAGE
 ASSIT
 URICA
31
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17
INSTRUMENTOS DE TRIAGEM:
 Função:
✓ Apontar, dentro de uma grande 
amostra populacional, aqueles 
sujeitos que têm tendência a 
apresentar determinada doença, 
ou seja eles rastrearão os 
pacientes mais susceptíveis.
✓ Deve ser um procedimento de 
rotina como acontece no caso da 
diabetes e hipertensão.
?
?
?
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
INSTRUMENTOS DE TRIAGEM:
 Função:
✓ Detectar (precocemente) o grau de envolvimento 
com substâncias e problemas relacionados;
✓ Determinar os focos principais da intervenção;
✓ Fornecer feedback:
 Oportunidade para discutir aspectos do 
consumo;
 Motivação para mudança.
(Miller & Rollnick, 1991 apud Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
33
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INSTRUMENTOS PARA TRIAGEM:
 Há vários instrumentos, adaptados para o português, para
triagem ou diagnóstico da gravidade do uso abusivo de
álcool em adultos como o questionário CAGE
(Masur & Monteiro, 1983 apud Senad & Unifesp, 2006)
e as escalas SADD e ADS
(Jorge & Masur, 1986 apud Denad & Unifesp, 2006).
AUDIT
Alcohol Use Disorders Identification Test
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
35
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AUDIT
Alcohol Use Disorders Identification Test
 Instrumento de detecção desenvolvido pela OMS;
 Utilizado para identificar bebedores de risco, medindo 
o consumo, sintomas de dependência e 
consequências pessoais e sociais do beber;
 Validação brasileira:
✓ 87,8% sensibilidade 
✓ 80,3 % de especificidade
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
AUDIT
 Instrumento de fácil aplicação, rápido e consistente com os
critérios diagnósticos da CID-10;
 Caráter preventivo, tarefa educativa
(consumo abusivo), identifica a
dependência, estimula e motiva a
mudança do hábito, realização de
intervenção breve e tratamento.
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
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AUDIT
 Avalia:
✓ Padrão de consumo e suas consequências nos últimos 12 
meses, através de 10 questões que incluem:
▪ 3 itens sobre o uso de álcool;
▪ 4 itens sobre dependência;
▪ 3 itens sobre problemas decorrentes.
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
EM QUEM APLICAR O AUDIT
 Todas as pessoas com mais de 15 anos 
que vá aos postos ou nas visitas 
domiciliares.
(Senad & Unifesp, 2006)
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(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
ESCORES DO AUDIT
 Escores variam de 0 a 40
NÍVEL DE RISCO INTERVENÇÃO ESCORES
ZONA I
Prevenção
Primária
0 – 7
ZONA II
Orientação 
Básica
8 – 15
ZONA III
Intervenção Breve 
e Monitoramento
16 – 19
ZONA IV
Encaminhamento 
para serviço 
especializado
20 – 40
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
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TEMPO MÉDIO PARA 
ADMINISTRAR O AUDIT
 Instrumento é útil para a triagem do abuso de álcool em
locais de atenção primária à saúde
✓ Tempo para aplicação não é excessivo
Média
2 – 4 minutos
Em APS
(Senad & Unifesp, 2006)
UMA DOSE PADRÃO É IGUAL A
140 ml de vinho
340 ml de cerveja
40 ml de destilado
1 garrafa de cerveja = 2 
doses
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
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NÍVEIS DE RISCO
 Não mais que 5 dias por semana.
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
• Homens (até 65 anos):
2 doses por dia
• Mulheres e homens com + de 65 anos:
1 dose por dia
NÍVEIS DE RISCO 
EM UMA ÚNICA OCASIÃO
 1 vez por semana
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
• Homens (até 65 anos):
4 doses
• Mulheres e homens com + 65 anos:
2 doses
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USO DE RISCO
 Pessoas que fazem uso de álcool 
que aumenta os riscos de situações 
prejudiciais para sua vida.
 Exemplo:
✓ Dirigir alcoolizado;
✓ Usar álcool em situações de 
trabalho que requer atenção.
(Senad & Unifesp, 2006)
USO DE RISCO
 Uso nocivo (abuso)
✓ Critérios diagnósticos pela CID 10
a) Padrão de uso que está causando prejuízo à saúde. 
O prejuízo pode ser físico ou mental.
b) não há síndrome de dependência de substância para a 
mesma classe de substância. 
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
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USO DE RISCO
 Uso nocivo (abuso)
✓ Critérios diagnósticos pela CID 10
a) Padrão de uso que está causando prejuízo à saúde. 
O prejuízo pode ser físico ou mental.
b) não há síndrome de dependência de substância para a 
mesma classe de substância. 
(Senad & Unifesp, 2006; SUPERA, 2014)
DSM - 5
 Critérios do DSM-V para Transtornos do Uso de Substâncias:
Um padrão problemático de uso de álcool, levando ao
comprometimento ou sofrimento clinicamente
significativo, manifestado por pelo menos dois dos
seguintes critérios, ocorrendo durante um período de 12
meses:
1. Tolerância, definida por qualquer um dos seguintes
aspectos:
 uma necessidade de quantidades progressivamente maiores da
substância para atingir a intoxicação ou o efeito desejado;
 acentuada redução do efeito com o uso continuado da mesma
quantidade de substância;
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DSM - 5
2. Síndrome de abstinência, manifestada por
qualquer um dos seguintes aspectos:
 síndrome de abstinência característica para a substância;
 a mesma substância (ou uma substância estreitamente 
relacionada) é consumida para aliviar ou evitar sintomas 
de abstinência;
Dois dos seguintes 
critérios, ocorrendo 
durante um período 
de 12 meses
Dois dos seguintes 
critérios, ocorrendo 
durante um período de 
12 meses
Dois dos seguintes critérios, ocorrendo durante um período 
de 12 meses
3. Existe um desejo persistente ou esforços mal sucedidos 
no sentido de reduzir ou controlar o uso da substância;
4. A substância é frequentemente consumida em maiores 
quantidades ou por um período mais longo do que o 
pretendido;
5. Muito tempo é gasto em atividades necessárias para a 
obtenção da substância, na utilização ou na
recuperação de seus efeitos;
Dois dos seguintes 
critérios, ocorrendo 
durante um período de 
12 meses
51
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DSM V
Dois dos seguintes critérios, ocorrendo durante um período 
de 12 meses
6. Fissura ou um forte desejo ou necessidade de usar a 
substância;
7. Uso recorrente da substância, resultando no fracasso 
em desempenhar papéis importantes no trabalho, na 
escola ou em casa;
8. Uso continuado da substância, apesar de problemas 
sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes 
causados ou exacerbados por seus efeitos;
Dois dos seguintes 
critérios, ocorrendo 
durante um período de 
12 meses
DSM V
9. Importantes atividades sociais, profissionais ou
recreacionais são abandonadas ou reduzidas em
virtude do uso da substância;
10. Uso recorrente da substância em situações nas quais
isso representa perigo para a integridade física;
11. O uso da substância é mantido apesar da
consciência de ter um problema físico ou psicológico
persistente ou recorrente que tende a ser causado ou
exacerbado pelo uso da mesma
Dois dos seguintes 
critérios, ocorrendo 
durante um período de 
12 meses
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CID 10
 O quinto capítulo da CID-10 refere-se aos “Transtornos
Mentais e de Comportamento” e inclui os transtornos 
provocados pelo uso de substâncias.
 Cada diagnóstico é codificado por uma letra e dois números.
 Os diagnósticos relacionados ao uso de substâncias 
psicoativas, incluindo as bebidas alcoólicas, têm sempre a letra
F seguida por dois números, que vão de 10 a 19.
 Estes são os códigos da CID-10 que indicam a que tipo de 
substância psicoativa o transtorno está associado.
 “Transtornos mentais e comportamentais decorrentes do
uso de substância psicoativa”:
F10 - transtornosmentais e comportamentais decorrentes 
do uso de álcool; 
F11 - transtornos mentais e comportamentais decorrentes 
do uso de opioides; 
F12 - transtornos mentais e comportamentais decorrentes 
do uso de canabinoides (maconha); 
F13 - transtornos mentais e comportamentais decorrentes 
do uso de sedativos e hipnóticos; 
55
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F14 - transtornos mentais e comportamentais decorrentes do 
uso de cocaína; 
F15 - transtornos mentais e comportamentais decorrentes do 
uso de outros estimulantes, incluindo a cafeína; 
F16 - transtornos mentais e comportamentais decorrentes do 
uso de alucinógenos; 
F17 - transtornos mentais e comportamentais decorrentes do 
uso de fumo (tabaco); 
F18 - transtornos mentais e comportamentais decorrentes do 
uso de solventes voláteis; 
F19 - transtornos mentais e comportamentais decorrentes do 
uso de múltiplas drogas e do uso de outras substâncias 
psicoativas. 
 0 - intoxicação aguda; 
 1 - uso nocivo para a saúde; 
 2 - síndrome de dependência; 
 3 - estado de abstinência; 
 4 - estado de abstinência com delírio; 
 5 - transtorno psicótico; 
 6 - síndrome amnésica; 
 7 - transtorno psicótico residual e de início tardio; 
 8 - outros transtornos mentais e de comportamento; 
 9 - transtorno mental e de comportamento não 
especificado. 
57
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 Exemplos:
O código F10.0 deve ser usado em casos de embriaguez
(intoxicação aguda devida ao uso de álcool);
O código F10.4 deve ser usado em casos de estado de 
abstinência de álcool com delírio.
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Pacientes que buscam ajuda
 Depressão 30-40%
 Pânico e TAG 15%
 Fobia Social 20%
 T Anti-social 44%
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QUANDO IDENTIFICAR A 
DEPENDÊNCIA?
 7 critérios (CID 10):
✓ Forte desejo ou compulsão para consumir a droga;
✓ Dificuldades para controlar o consumo;
✓ Diante da ausência ou diminuição da droga, surgem reações 
físicas (abstinência);
✓ Tolerância;
QUANDO IDENTIFICAR A 
DEPENDÊNCIA? CID 10
✓ Abandono progressivo de prazeres;
✓ Aumento do tempo necessário para usá-la e para recuperar-
se de seus efeitos;
✓ Persistência no uso apesar das consequências claramente 
nocivas.
65
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QUANDO IDENTIFICAR A 
DEPENDÊNCIA? 
 Os transtornos relacionados a substâncias e adição
abrangem 10 classes distintas de drogas: álcool, cafeína,
cannabis, alucinógenos, inalantes, opióides, sedativos,
hipnóticos e ansiolíticos, estimulantes, tabaco, e outras
substâncias.
 O DSM-5 removeu a divisão feita no DSM-IV-TR entre
diagnósticos de abuso e dependência de substâncias,
reunindo-os como Transtornos por uso de substâncias.
(Araújo & Lotufo Neto, 2014)
A nova classificação americana para os transtornos mentais
– DSM-5 –
QUANDO IDENTIFICAR A 
DEPENDÊNCIA? 
 O Transtorno por uso de substância somou os antigos critérios para abuso e 
dependência, mantendo-os com alguma alteração: exclusão de problemas legais 
recorrentes relacionados ao uso e inclusão de craving ou um forte desejo ou 
impulso para usar.
 O diagnóstico passou a ser acompanhado de critérios para intoxicação, 
abstinência, transtorno induzido por medicação/substância e transtornos 
induzidos por substância não especificada.
A nova classificação americana para os transtornos mentais
– DSM-5 –
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QUANDO IDENTIFICAR A 
DEPENDÊNCIA? 
O DSM-5 exige 2 ou mais critérios para o diagnóstico de 
transtorno por uso de substância e a gravidade depende 
do número de critérios preenchidos.
 2 ou 3: transtorno leve
 4 ou 5: distúrbio moderado
 6 ou mais: transtorno grave.
A nova classificação americana para os transtornos mentais
– DSM-5 –
QUANDO IDENTIFICAR A 
DEPENDÊNCIA? 
 Incluiu : abstinência de cannabis e de cafeína;
 Excluiu: diagnóstico de dependência de múltiplas drogas;
 Substituiu: transtorno por uso de nicotina por transtorno por uso de 
tabaco;
 Removeu especificadores: “com dependência fisiológica/sem dependência 
fisiológica”;
 Reorganizou especificadores de remissão: precoce (3 meses); sustentada 
(superior a 12 meses).
A nova classificação americana para os transtornos mentais
– DSM-5 –
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QUANDO IDENTIFICAR A 
DEPENDÊNCIA? 
 Incluiu transtorno do jogo entre os transtornos relacionados à 
substâncias e adição (antes era parte dos transtornos do controle 
dos impulsos) ➔ fortes evidências de que estes comportamentos 
atuam sobre o sistema de recompensa com efeitos semelhantes 
às drogas de abuso.
A nova classificação americana para os transtornos mentais
– DSM-5 –
TCC E DEPENDÊNCIA QUÍMICA
 Classificação do uso OMS
 Não-usuário: nunca utilizou drogas
 Usuário leve: utilizou drogas no último mês, mas o consumo 
foi menor que uma vez por semana
 Usuário moderado: utilizou drogas semanalmente, mas não 
todos os dias, durante o último mês
 Usuário pesado: utilizou drogas diariamente durante o último 
mês.
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TCC E DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Tabela: diagnósticos associados a classes de 
substâncias
TABELA 1 Diagnósticos associados a classes de substâncias
Trans-
tornos 
psicóti-
cos
Trans-
tornos 
bipola-
res
Trans-
tornos 
depressi-
vos
Trans-
tornos
de an-
siedade
Transtorno 
obsessivo-
compulsivo
e transtornos 
relacionados
Trans-
tornos
do sono
Disfun-
ções
sexuais Delirium
Trans-
tornos
neuro-
cogniti-
vos
Transtor-
nos por
uso de substância
Intoxica-
ção com 
substân-
cia
Absti-
nência
de subs-
tância
Álcool I/A I/A I/A I/A I/A I/A I/A I/A/P X X X
Cafeína I I/A X X
Cannabis I I I/A I X X X
Alucinógenos
Feniclidina I I I I I X X
Outros 
alucinógenos
I* I I I I X X
Inalantes I I I I I/P X X
Opioides I/A A I/A I/A I/A X X X
Sedativos,
hipnóticos ou 
ansiolíticos
I/A I/A I/A A I/A I/A I/A I/A/P X X X
Estimulantes*
*
I I/A I/A I/A I/A I/A I I X X X
Tabaco A X X
Outra 
substância (ou 
substância 
desconhecida)
I/A I/A I/A I/A I/A I/A I/A I/A I/A/P X X X
Nota. X = A categoria é reconhecida no DSM-5.
I = O especificador “com início durante a intoxicação” pode ser indicado para a categoria.
A = O especificador “com início durante a abstinência” pode ser indicado para a categoria.
I/A = Tanto “com início durante a intoxicação” como “com início durante a abstinência” podem ser indicados para a categoria.
P = O transtorno é persistente.
* Também para transtorno persistente da percepção induzido por alucinógenos (flashbacks).
** Inclui cocaína, substâncias tipo anfetamina e outros estimulantes ou estimulantes não especificados.
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Explicação para o Uso ou Abuso
Modelo de Aprendizagem Social
 O aprendizado do comportamento de beber
decorre de influências sociais da família e de pares
que modelam os comportamentos, crenças e
expectativas à respeito do álcool.
 Atitudes e comportamentos de pais sobre álcool são
os melhores preditores de beber na adolescência.
Exemplo: álcool como relaxante após o trabalho
 Atitudes extremadas quanto a temperança de pais
abstinentes também são risco aumentado para
desenvolver problemas de beber.
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 Modelação a partir de pais e pares e a partir da mídia
 Modelação do comportamento versus da substância
 Reforçamento positivo
- efeitos do álcool/ drogas
- efeitos sociais
 Reforçamento negativo
- redução de tensão e humor negativo
- alívio de dor
- liberação de inibições sociais
Modelo de Aprendizagem Social
 Papel de estímulos ambientais: condicionamentos
pavlovianos e operantes
 Fatores cognitivos e emocionais: próximos e 
distantes
 Existência ou não de repertórios alternativos
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Explicações para Uso de Substâncias
 Participar de grupo social com poucas exigências de
admissão e aceitação
 Esquiva de problemas da vida
 Dependência física
Explicações para Uso de Substâncias
 Lidar com depressão e ansiedade.
 Sensação de aumento da consciência (melhor auto
conhecimentoe compreensão)
 Crenças sobre a interrupção do uso
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Por quê as pessoas usam drogas?
 O comportamento é aprendido, adaptativo dentro
das consequências que os mantém.
Por quê as pessoas usam drogas?
 Para compreender qualquer comportamento é
necessário descrever e identificar as relações em 3 níveis:
 Variáveis ontogenéticas: modificação da relação do
organismo modificado pelo consumo da droga com
estímulos ambientais;
 Variáveis filogenéticas: as drogas atual
circuito de recompensa e por alterarem a
frequência da resposta de um organismo vivo sem
que aja treino prévio (adaptação do corpo à substancia)
 Variáveis culturais: aceitação a determinadas substâncias,
acessibilidade e valorização ou repressão social a outras
drogas.
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Crenças e regras sobre as vantagens do uso:
 Só posso ser feliz se usar
 Meu controle é melhor quando uso
 Vida não tem nada a me oferecer
 Sou um fracasso
 Vou perder meus amigos
 A fissura é mais forte do que eu
 Não tenho força de vontade
Pessoas vulneráveis
 Baixa tolerância à frustração
 Impulsividade
 Pouca assertividade
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Pessoas vulneráveis
 Sem repertório comportamental para enfrentar 
problemas
 Não aprenderam a obter reforços do ambiente
 Ambiente não emite reforços
 Genética e biologia dos receptores sinápticos
Dependência de álcool e drogas:
 Comportamento aprendido adquirido através de 
experiências.
 Se a substância produz resultados desejados (bons 
sentimentos, redução de tensão, etc.) em ocasiões
repetidas pode se tornar o modo preferencial de obter 
estes resultados.
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Tratamento
Terapia Cognitiva
 Descrição
 Pensamentos Automáticos Negativos
 Diálogo Socrático
 Análise das disfunções do pensamento
 Esquemas Cognitivos
 Crenças
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Objetivos do tratamento
 Identificar necessidades específicas que álcool 
ou drogas estão satisfazendo.
 Desenvolver habilidades alternativas para 
satisfazer essas necessidades.
 Comportamental - ênfase em antecedentes 
observáveis e consequências do comportamento.
 Cognitivo-comportamental - inclui cognições, 
pensamentos e emoções
TCC para Abuso de Substâncias
Princípios gerais entre as sessões:
 Estabelecer um tom de boa vontade desde o início
 Falar diretamente, simplesmente e honestamente.
 Focalizar na angústia do cliente.
 Redefinir a “resistência” do paciente como “ambivalência”.
 Explorar o objetivo e as metas do tratamento
 Discutir o assunto da confidencialidade.
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TCC para Abuso de Substâncias
Princípios gerais entre as sessões:
 Evitar comentários de julgamento.
 Apelar para as áreas de auto-estima positiva do paciente.
 Reconhecer que a terapia é difícil
 Pedir feedback e estar disponível para responder perguntas.
 Prestar atenção: lembrar o que o paciente disse.
TCC para Abuso de Substâncias
Princípios gerais entre as sessões:
 Falar a linguagem do paciente: usar imagens, metáforas.
 Ser consistente, confiável e disponível.
 Ser confiável, mesmo quando o paciente não o for.
 Manter-se calmo e frio, até quando o paciente não se mantiver.
 Ser “humildemente confidente”.
 Estabelecer limites de uma maneira respeitável.
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TCC para Abuso de Substâncias
A Relação Terapêutica e a Conceituação de Caso:
 Esforçar-se para compreender a dor e o medo atrás da
hostilidade e resistência do paciente.
 Explorar o significado e a função das ações aparentemente 
oposicionais e autodestrutivas do paciente.
 Avaliar as crenças do paciente sobre a terapia.
 Avaliar suas próprias crenças sobre o paciente.
Modelo Cognitivo da Dependência Química
 Beck 1977 e em 1993, descreveu mais completamente o
modelo.
 Neste modelo, enfatiza-se o papel das crenças no 
desenvolvimento, na manutenção e no tratamento do
abuso de substâncias.
 O conceito central deste modelo é que o uso da 
substância (inicial ou recaída) em certa situação envolve 
um processo de tomada de decisões ativo, sobre o
qual o individuo exerce uma forma de controle.
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Modelo Cognitivo da Dependência Química
 Existem três conjuntos de crenças envolvidas no abuso 
de substâncias.
São eles: crenças centrais/esquemas, crenças relativas às 
drogas e pensamentos automáticos.
1. Crenças centrais são aquelas que o indivíduo tem 
acerca dele, de outros (pessoas importantes para ele) e 
sobre o mundo, como resultado de sua experiência 
passada. Estas crenças podem ser influenciadas por novas 
experiências, mas também exercem influência na 
interpretação de novas experiências.
2. Crenças relativas às substâncias são similares às
expectativas em relação às substâncias, e podem 
ser antecipatórias (a expectativa de uma experiência 
positiva) ou orientadas para o alívio (expectativa de se 
sentir melhor ou lidar melhor com algo), ou ainda 
crenças facilitadoras (que permitem que o indivíduo 
saia da ambivalência através do uso).
3. Pensamentos automáticos estão relacionados com 
a situação vivida no momento, e são normalmente
passageiros, e podem aparecer em forma de frases ou 
imagens.
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Modelo Cognitivo da Dependência Química
✓ Os sintomas de abstinência serão tão intensos que não poderei suportá-los..
✓ Eu não serei feliz, a menos que eu use...
✓ Eu ainda posso controlar,mesmo após alguns drinques...
✓ Não posso continuar me sentindo desse jeito... (ansioso ou deprimido)
✓ A droga é necessária para manter o equilíbrio psicológico ou emocional.
✓ A droga melhorará o funcionamento social e intelectual.
✓ A droga trará prazer e excitação.
✓ A droga fornecerá força e poder.
✓ A droga terá efeito calmante.
✓ A droga trará alívio para a monotonia, ansiedade, tensão e depressão.
✓ Sem o uso da droga, o “craving-fissura” continuará, indefinidamente,e cada vez mais
forte.
“Craving” - Intenso desejo de consumir uma substância que pode ocorrer no início da abstinência ou após longo período sem usar a droga (Beck, 1993)“Craving” - Intenso desejo de consumir uma 
substância que pode ocorrer no início da abstinência 
ou após longo período sem usar a droga (Beck, 1993)
Algumas crenças mantenedoras do uso: 
Modelo Cognitivo da Dependência Química
 Beck ainda enfatiza que o indivíduo está mais propenso a
usar substâncias quando frente a CERTOS GATILHOS, 
os quais podem estar relacionados:
 estados emocionais internos (depressão, angústia, raiva),
 estados físicos negativos (sintomas de abstinência, dor) ou
 circunstâncias externas (lugares ou situações associadas 
com o uso de drogas).
Estes gatilhos ATIVAM CRENÇAS, as quais se 
transformam em gatilhos para o uso de drogas
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Modelo Cognitivo da Dependência Química
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“Craving” - Intenso desejo de consumir uma 
substância que pode ocorrer no início da 
abstinência ou após longo período sem usar a 
droga (Beck, 1993)
Modelo cognitivo para psicopatologia da dependência de drogas
Experiências durante o desenvolvimento
Desenvolvimento de
esquemas e crenças
Exposição a e experimentação de 
comportamentos aditivos
Desenvolvimento de crenças relacionadas 
a drogas
Uso Continuado
Pensamentos
automáticos
Estímulo
eliciador
Crenças
ativadas
Necessidade,
fissura
Modelo cognitivo para Psicopatologia da 
Dependência e Uso Nocivo de Substâncias 
psicoativas
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Intervenções
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O QUE É INTERVENÇÃO BREVE?
 O termo intervenção breve refere-se a uma 
estratégia de atendimento com tempo limitado, 
cujo foco é a mudança de comportamento do 
paciente; 
(Fleming & Maxwell, 1999)
 Resultados obtidos com tratamentos intensivos 
não demonstraram superioridade quando 
comparados com abordagem breve;(SUPERA, 2014)
O QUE É INTERVENÇÃO BREVE?
 Relação custo-benefício, portanto, dos tratamentos 
intensivos justificam a procura de novas formas de 
tratamento, menos custosas e mais efetivas, como as 
IB;
 São úteis na redução do consumo, em pacientes que 
ainda não apresentam dependência grave;
 Visa o desenvolvimento da autonomia, iniciativa,
responsabilidade por suas escolhas; (SUPERA, 2014)
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O QUE É INTERVENÇÃO BREVE?
 Utiliza procedimentos técnicos bem delineados, 
permitindo estudos sobre sua efetividade.
 Elementos essenciais:
✓Retorno ✓Menu de opções
✓Responsabilidade ✓Empatia
✓Aconselhamento ✓Autoeficácia
(SUPERA, 2014)
O QUE É INTERVENÇÃO BREVE?
 Segue os princípios da entrevista motivacional:
✓ Centrada no paciente;
✓ Respeita os estágios de mudança;
✓ Baseia-se na escolha pessoal;
✓ Evita confrontação e rótulos;
✓ Ajuda a perceber contrastes entre seu 
comportamento de uso da droga e suas crenças 
sobre o uso;
(Miller et al., 1993)
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O QUE É INTERVENÇÃO BREVE?
✓ Escuta reflexiva (parafrasear);
✓ Ajuda a resolver a ambivalência;
✓ Balanço de vantagens e 
desvantagens;
✓ Expressa otimismo quanto à 
mudança;
✓ Resumo ao final.
O QUE É INTERVENÇÃO BREVE?
 A mudança de comportamento é um processo (envolve alguns estágios) 
(Prochaska & DiClemente, 1986)
 A motivação está relacionada ao estágio em que se encontra o 
Indivíduo:
Pré-contemplação Contemplação
AçãoManutenção
Recaída
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Estágios de mudanças
Tratamento
 O que influencia negativamente no processo?
✓ Atitudes rígidas;
✓ Modelo moral;
✓ Medo;
✓ Negativismo;
✓ Hostilidade.
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Tratamento
 Tanto na IB quanto no tratamento propriamente 
dito, de base cognitivo-comportamental, o 
consumo excessivo de álcool/outras drogas é 
compreendido como um comportamento 
aprendido. (Beck et al., 1993)
 O aprendizado ocorre por: 
✓ efeito da substância;
✓ Função que a droga adquire em sua vida.
Tratamento
 Tais atribuições provêm de:
✓ Julgamentos positivo ou negativos sobre a droga;
✓ Repetidas experiências com a substância;
✓ Expectativas e crenças sobre o consumo.
(Beck et al., 1993)
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Estrutura do Tratamento
1. Diagnóstico (CID-10; DSM 5);
2. Desintoxicação (ambulatorial ou hospitalar); 
3. Avaliação clínica, psiquiátrica, psicológica e 
social;
4. Intervenção familiar;
5. Evitar contato com a(s) substância(s);
6. Identificação de estratégias que já utiliza em 
períodos de abstinência e investigação de 
crenças e sentimentos relacionados ao 
consumo;
7. Ampliação da rede social. 
(Beck et al., 1993; Edwards et al., 2005)
Objetivos do Tratamento
 Objetivos do tratamento: 
✓ Auxiliar o paciente a desenvolver habilidades próprias de 
observar o comportamento, emoções e cognições associadas 
ao consumo;
✓ Auxiliar o paciente a reconhecer situações de risco, horários 
de risco e adotar estratégias frente às mesmas;
✓ Investigar pensamentos e emoções associadas ao consumo;
✓ Identificar crenças e as funções da droga na vida do 
indivíduo;
✓ Sinalizar os limites do paciente e suas potencialidades.
(Beck et al., 1993)
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Princípios Básicos da TCC
✓ Construção de aliança segura:
▪ Ênfase na participação ativa e colaboração;
▪ Focalizada em problemas e orientada para metas;
▪ Enfatiza preferencialmente o presente.
(Beck et al., 1993)
Princípios Básicos da TCC
 Sessões estruturadas, plano de tratamento, 
avaliação da queixa, metas e estratégias, tarefas 
e feedback. 
(Beck, J, 1997) 
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Modelo Cognitivo da DQ
✓ Envolvimento do paciente no tratamento;
✓ Definição do problema (partir de uma
conceituação cognitiva):
▪ Vários acionadores;
✓ Situações de risco:
▪ Emoções agradáveis/ desagradáveis, pressão social,
conflito;
(Marlatt & Gordon, 1993; Beck et al., 
1993) 
✓ Modificação destes acionadores através de 
identificação das emoções antecedentes ao uso;
✓ Estratégias de enfrentamento para lidar com 
sentimentos;
✓ Identificação e desafio das crenças;
✓ Reatribuição do papel mal adaptativo da droga na 
vida do paciente;
✓ Criar estilo de vida alternativo;
✓ Tarefas e estratégias para mudança.
(Marlatt & Gordon, 1993; Beck et al., 1993) 
Modelo Cognitivo da DQ
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Modelo Cognitivo do Processo de 
Recaída (Marlatt & Gordon, 1985)
Situação de Alto 
Risco
Estratégia de 
Enfrentamento
Aumento da 
Autoeficácia
Diminuição da 
Probabilidade 
de Recaída
Ausência de 
Estratégias de 
Enfrentamento
Lapso/Recaída
PREVENÇÃO DE RECAÍDA
 Determinantes ou precipitadores de recaída 
intrapessoais
✓ Emoções agradáveis/desagradáveis;
✓ Desconforto físico (não aderência à medicação);
✓ Teste de controle pessoal;
✓ Impulsos/tentações momentâneas.
(Marlatt & Gordon, 1993; Beck et al., 1993)
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PREVENÇÃO DE RECAÍDA
 Determinantes ou precipitadores de recaída 
interpessoais
✓ Conflitos com outros;
✓ Pressão social:
▪ Direta,
▪ Indireta;
✓ Emoções agradáveis com outros.
(Marlatt & Gordon, 1993; Beck et al., 1993)
TCC e a DQ
 Aderência ao tratamento como um todo;
 Diminuição da frequência e tempo de 
hospitalização;
 Diminuição de recaídas e de seu impacto
sobre sua vida e a de seus familiares;
 Administração de sintomas subsindrômicos
(principalmente hipomaníacos e 
depressivos);
(Marlatt & Gordon, 1993; Beck et al., 1993)
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TCC e a DQ
 Identificação de sinais de recaída;
 Melhora funcional;
 Favorece a aceitação da doença, 
aderência ao tratamento farmacológico, 
diminuição de preconceito e sensibilização
da família;
 Treino de habilidades para lidar com fatores
de risco.
(Marlatt & Gordon, 1993; Beck et al., 1993)
Avaliação na TCC
 Diagnóstico do paciente:
✓ Quais são as queixas, como se desenvolvem e são 
mantidas?
✓ Pensamentos e crenças estão associados às queixas e 
quais reações estão associadas aos pensamentos?
✓ Hipóteses sobre as queixas: 
▪ Quais experiências antigas contribuem para a queixa?
▪ Como o paciente enfrenta suas crenças (visão de si, do outro 
e do futuro – tríade cognitiva)?
▪ Estressores que contribuem para a não resolução do 
problema.
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Estágios de mudanças
Principais técnicas
 Registro diário de penamentos disfuncionais 
(RDPD);
 Seta descendente;
 Solução de problemas;
 Exame de vantagens e desvantagens;
 Avaliação de situações de risco e elaboração 
de estratégias de enfrentamento;
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Principais técnicas
 Agendamento e monitoramento;
 Experimentos comportamentais;
 Cartões de enfrentamento;
 Dramatização;
 Treinamento de assertividade.
Role Play
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Estrutura do tratamento
 Psicoterapia
✓ Crenças básicas;
✓ Estratégias já utilizadas ao longo da vida;
✓ Pensamentos automáticos que auxiliam a 
manter o problema;
✓ Motivação do paciente para a mudança;
✓ Esclarecimentos para o paciente e a família 
sobre TCC;
✓ Estabelecer metas e sugerir tarefas;
✓ Dar feedback para o paciente.
Estrutura do tratamento
 Psicoterapia
✓ Auxiliar no desenvolvimento de 
habilidades (cognitivas, ocupacionais e 
sociais) para lidar principalmente com as 
perdas acarretadas pelo transtorno;
✓ Administrar sintomas: identificação 
precoce da piora sintomática, 
especialmente sintomas de ansiedade, 
depressão, e alterações de humor (TB)
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Contraindicações
 São poucas:
✓ Demência avançada,
✓ Outros transtornos amnésicos e
✓ Estados de confusão mais transitórios, como 
delirium. Pessoas com transtorno de personalidade 
antissocial grave ou outros quadros que 
comprometem o desenvolvimento de uma 
relação colaborativa.
Encaminhamento para DQ
 Psiquiatria
 Grupos de Apoio
 CAPS
 Rede de Proteção
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Saúde Pública e DQ
 RENAME
 Parcerias Privado – Público Rede
 Informação
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Desafios
Caso Clínico
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Importante...
 O diagnóstico dos problemas relacionados
ao consumo de substâncias psicoativas é
complexo. O profissional de saúde precisa
estar familiarizado com sistemas
diagnósticos para não minimizar quadros, ou
ao contrário.
Importante...
 Um dos maiores estigmas do diagnóstico da
dependência está na impossibilidade de
“cura”. Mas conhecendo bem modelos de
tratamento baseados em evidências, o
profissional pode auxiliar o paciente na
mudança de comportamento e no controle
do problema.
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Importante...
 Estar atento a novas perspectivas que
surgem na prevenção de recaídas é
fundamental, pois ainda estamos longe de
contar com modelos que sejam suficientes
no controle das mesmas. Mesmo os
tratamentos considerados padrão ouro
ainda contam com altos índices de
recaídas.
Dúvidas
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Indicações
IndicaçõesIndicações
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Indicações
Indicações
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Indicações
Filmes
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Filme/Documentário
Podcats
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158
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80
Bibliografia
 American Psychiatric Association [Apa]. (2014). Manual diagnóstico e estatístico 
dos transtornos mentais – DSM-5. (5ª. ed.). Porto Alegre: Artmed. (Original 
Publicado Em 2013). 
 Beck, A.T., Wright, F.D., Newman, C.F., & Liese, B.S. (1993). Cognitive therapy of
substance abuse. New York; London: The Guilford Press.
 Bowen, S., Chawla, N., & Marlatt, G.A. (2011). Mindfulness-based relapse prevention
for addictive behaviors: a clinician’s guide. New York: The Guilfordpress.
 Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas [Cebrid]. (2006). II Levantamento 
domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no brasil: estudo envolvendo as 108 
maiores cidades do país. São Paulo, SP: Cebrid.
 Marlatt, G.A., & Donovan, D.M. (2009). Prevenção de recaída: estratégias de 
manutenção de comportamentos aditivos. (2ª. ed.). Porto Alegre: Artmed. 
159
160
05/03/2022
81
Bibliografia
 Organização Mundial de Saúde [OMS]. (1993). Classificação de transtornos mentais 
e de comportamento da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto 
Alegre: Artmed. 
 Ribeiro, M., & Laranjeira, R. (2012). O tratamento do usuário de crack. (2ª. ed.). 
Porto Alegre: Artmed. 
 Ronzani, T.M. (Org.) (2013). Ações integradas sobre drogas: prevenção, abordagens e 
políticas públicas. Juiz de Fora: Ed. UFJF.
 Souza, I.C.W. (2013). A prática de mindfulness na prevenção de recaída. In R. B. 
Araújo, Guia de terapias cognitivo-comportamentais para os transtornos do exagero: 
tratando pacientes da vida real (pp. 295-306). Novo Hamburgo, RS: Sinopsys.
 Zanelatto, N.A., & Laranjeira, R. (2013). O tratamento da dependência química e as 
terapias cognitivo-comportamentais: um guia para terapeutas. Porto Alegre: Artmed. 
Gratidão!
santhiagosouza@yahoo.com.br
(31) 99451-8371
santhiagosouzatcc
Atendimento e supervisão
Av. Izabel Bueno, 788, sala 19, Santa Rosa, Belo Horizonte - MG 
Santhiago Souza
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Obrigado!
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