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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
Leitura e interpretação de 
desenho técnico Mecânico
Elaboração
Leidy Catarina Felix dos Anjos
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 7
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 9
UNIDADE I
DESENHO E NORMALIZAÇÃO .............................................................................................................. 11
CAPÍTULO 1
NORMALIZAÇÃO GERAL......................................................................................................... 11
CAPÍTULO 2
EQUIPAMENTO PARA DESENHO ............................................................................................... 14
CAPÍTULO 3
ELEMENTOS DO DESENHO TÉCNICO ...................................................................................... 18
UNIDADE II
PROJEÇÕES 
E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO ............................................................................................... 23
CAPÍTULO 1
PROJEÇÃO E VISTAS ............................................................................................................... 23
CAPÍTULO 2
COTAGEM NOMINAL ............................................................................................................. 26
CAPÍTULO 3
REPRESENTAÇÃO ORTOGRÁFICA ............................................................................................ 39
UNIDADE III
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES ............................ 49
CAPÍTULO 1
REPRESENTAÇÃO DE ROSCAS, PARAFUSOS, PORCAS E ARRUELAS ........................................... 49
CAPÍTULO 2
REPRESENTAÇÃO DE PINOS, REBITES, CHAVETAS, ESTRIAS E SOLDAS ........................................ 69
CAPÍTULO 3
REPRESENTAÇÃO DE SUPERFÍCIES ......................................................................................... 102
UNIDADE IV
DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS ........................................................................................... 106
CAPÍTULO 1
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS E CONJUNTOS MECÂNICOS .................................. 106
CAPÍTULO 2
DESENHO DE CONJUNTOS EM PERSPECTIVA ISOMÉTRICA ..................................................... 112
CAPÍTULO 3
DESENHO DE CONJUNTOS EM PERSPECTIVA ISOMÉTRICA EXPLODIDA ................................... 114
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 115
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
7
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
8
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
9
Introdução
A qualidade de um projeto mecânico depende do conhecimento que os envolvidos 
possuem em como desenvolver o projeto com o aprendizado e a prática em leitura 
e interpretação de desenho técnico; para este caso, o desenho técnico mecânico. 
Esta apostila busca apresentar todos os fatores envolvidos no processo de aprendizado 
de leitura, interpretação e construção de um desenho técnico mecânico, tanto no 
que se refere ao desenho em si como as simbologias utilizadas, as peças específicas 
e o desenvolvimento desses desenhos para que assim o discente tenha consciência 
da melhor maneira de construir o desenho e pôr em prática a fabricação da peça, 
entendendo o conjunto mecânico tanto para a construção como para a montagem.
A Unidade I apresenta a necessidade de normalização nos desenhos técnicos. 
Abordam-se também as especificações do papel utilizado, o dobramento desses papéis, 
o desenvolvimento do desenho com linhas específicas, suas larguras e traços, além da 
caligrafia a ser usada e as escalas. 
A Unidade II descreve o sistema de projeções e vistas, o porquê de entendê-lo e sua 
importância na construção da compreensão do desenho para que, então, seja possível 
entender melhor as diversas regras para contagem, as representações ortográficas e 
axanométricas e qual a importância de cada uma. 
A Unidade III apresenta alguns elementos de fixação, como roscas, parafusos, porcas, 
arruelas, rebites, chavetas, estrias, soldas, eixos engrenagens, polias, acoplamentos 
e mancais. Todos esses elementos são apresentados de forma distinta e agrupados 
por capítulos, nos quais são descritos as suas funções, o seu desenvolvimento, a 
normalização de projeto e desenho técnico. Além desses elementos, são especificadas 
as representações de superfícies e como estas devem ser utilizadas.
A quarta e última unidade apresenta a aplicação de todos os capítulos anteriores, em 
que se vê os conjuntos mecânicos e como estes devem ser apesentados em folha de 
desenho técnico. Esses conjuntos mecânicos são estudados em forma de perspectiva 
isométrica e isométrica explodida. Deste último, consegue-se ver cada peça de forma 
separada, como se deve ocorrer a montagem do conjunto, além de perceber melhor 
cada peça no detalhe. 
Bonsmecânicos, nos quais os elementos de 
fixação possam produzir afrouxamento imprevisto no aperto de parafusos (devido a 
vibrações), utilizamos um elemento de máquina chamado arruela (SENAI-SP, 2000).
Figura 95. Representação de aplicação de uma arruela. 
 
 
 
Fonte: SENAI-SP (2000).
As arruelas têm como função distribuir, de forma igual, a força aplicada ao aperto entre 
a porca, o parafuso e as partes montadas. Em determinadas situações, também têm a 
função de elementos de trava (SENAI-SP, 2000).
Tipos de arruelas
Existem diversos tipos de arruelas, como lisa, de pressão, dentada, serrilhada, ondulada, 
de travamento com orelha e, ainda, as arruelas para perfilados. Existe um tipo ideal de 
arruela para cada tipo de trabalho (SENAI-SP, 2000).
Arruela lisa
Além da sua função essencial de distribuir igualmente o aperto, a arruela lisa tem a 
função de melhorar o aspecto do conjunto. Essa arruela, em razão de não ter nenhum 
elemento de trava, é usada em partes das máquinas que têm pequenas vibrações (Figura 
96) (SENAI-SP, 2000).
66
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Figura 96. Representação de uma arruela do tipo lisa. 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Arruela de pressão
Essa arruela é utilizada na montagem de conjuntos mecânicos, submetidos a 
grandes esforços e grandes vibrações. Funcionam como elemento de trava e evitam o 
afrouxamento do parafuso e da porca. É, ainda, muito empregada em equipamentos 
que sofrem variação de temperatura (automóveis, prensas etc.), conforme Figura 97 
(SENAI-SP, 2000):
Figura 97. Representação de uma arruela do tipo de pressão em 3D. 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Arruela dentada
Também é muito empregada em equipamentos sujeitos a grandes vibrações, mas com 
mínimos esforços, como em eletrodomésticos, painéis, elementos de equipamentos 
de refrigeração etc. O seu travamento ocorre entre o conjunto parafuso/porca. Já os 
dentes dessa arruela são inclinados, formam um tipo de mola ao serem pressionados e 
se cravam na cabeça do parafuso. Observe na Figura 98 (SENAI-SP, 2000):
Figura 98. Representação de uma arruela do tipo dentada. 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Arruela serrilhada 
Tem basicamente as mesmas funções da arruela dentada. Suporta esforços um pouco 
maiores. É utilizada para os mesmos tipos de trabalho da arruela dentada. Observe na 
Figura 99 (SENAI-SP, 2000):
67
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Figura 99. Representação de uma arruela do tipo serrilhada. 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Arruela ondulada
É indicada, especificamente, para superfícies que estão pintadas. O intuito é evitar 
a danificação da pintura. É adequada para equipamentos que utilizam acabamento 
externo e que são constituídos de chapas finas. Não possuem cantos vivos. Seguem 
detalhes na Figura 100 (SENAI-SP, 2000):
Figura 100. Representação de uma arruela do tipo ondulada. 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Arruela de travamento com orelha
É utilizada quando se dobra a orelha sobre um canto vivo da peça. Logo após, dobra-se 
a aba da orelha ao envolvê-la em um dos lados no qual existe o chanfrado do conjunto 
porca/parafuso. Observe a Figura 101 (SENAI-SP, 2000):
Figura 101. Representação de arruela do tipo de travamento com orelha em 3D. 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Arruela para perfilados
É uma arruela amplamente utilizada em montagens. Possuem cantoneiras ou perfis 
em ângulo. O seu formato de fabricação é devido a esse tipo de arruela. Exige que 
68
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
esta compense os ângulos e deixe-a perfeitamente paralela às superfícies que serão 
parafusadas (Figura 102) (SENAI-SP, 2000).
Figura 102. Representação de uma arruela do tipo perfilado. 
Fonte: SENAI-SP (2000).
69
CAPÍTULO 2
Representação de pinos, rebites, 
chavetas, estrias e soldas
Rebite
O rebite é composto de um corpo com formato de eixo cilíndrico e de uma cabeça. 
Esta pode ter diversos formatos, conforme Figura 103. O rebite é utilizado para unir 
de forma rígida as peças e chapas, geralmente em estruturas metálicas, de diversos 
tipos, como, por exemplo, reservatórios, caldeiras, máquinas, navios, aviões, veículos 
de transporte e treliças. Os rebites podem ser fabricados de aço, alumínio, cobre ou 
latão (SENAI-SP, 2000).
Figura 103. Representação de um rebite sendo utilizado. 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Tipos de rebite e suas proporções
A tabela abaixo mostra a classificação dos rebites em função do formato da cabeça e de 
sua aplicação em geral (SENAI-SP, 2000):
Tabela 7. Tipos de rebites, formato da cabeça e aplicação.
Tipo de rebite Formato da cabeça Aplicação
Cabeça redonda larga
Largamente utilizados devido à resistência que oferecem.
Cabeça redonda estreita
Cabeça escareada chata larga
Empregados em uniões que não admitem saliências.
Cabeça escareada chata larga
70
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Tipo de rebite Formato da cabeça Aplicação
Cabeça escareada com calota
Empregados em uniões que admitem pequenas saliências.
Cabeça tipo panela
Cabeça cilíndrica Usados nas uniões de chapas com espessura máxima de 7 mm.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Os rebites são fabricados de acordo com normas técnicas, as quais direcionam as 
medidas da cabeça, do corpo e do comprimento útil desses rebites. A Tabela 8 indica as 
proporções que são normalizadas para os rebites e demonstra alguns tipos de rebites, 
de acordo com o formato da cabeça (SENAI-SP, 2000):
Tabela 8. Representação de rebite de acordo com o tipo de cabeça.
Representação do rebite Tipo de cabeça
Cabeça redonda larga
Cabeça redonda estreita
Cabeça escareada chata larga
Cabeça escareada chata estreita
Cabeça escareada com calota
Cabeça tipo panela
Cabeça cilíndrica
Fonte: SENAI-SP (2000).
A expressão 2 x d utilizada na Tabela 8 significa que o diâmetro da cabeça do rebite é 
duas vezes o diâmetro do corpo do rebite. Utilizam-se rebites de aço de cabeça redonda 
com as seguintes características em estruturas metálicas:
71
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
 » Diâmetros são padronizados: de 10 até 36 mm (d).
 » Comprimentos úteis também são padronizados: de 10 até 150 mm (L).
Para serviços em funilaria, são empregados, frequentemente, rebites com cabeça 
do tipo redonda ou, ainda, com cabeça do tipo escareada. A Figura 104 representa 
esses dois tipos de rebites e as dimensões do rebite com cabeça redonda e com cabeça 
escareada. São, respectivamente (SENAI-SP, 2000):
d = 1,6 até 6mm d = 3 até 5mm D = 1,6d D = 2,4 até 1,8d
K = 0,7d K = ~0,3d L = 3 até 40mm L = 3 até 40mm
Figura 104. Representação de rebite com cabeça redonda e rebite com cabeça escareada. 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Existem, adicionalmente, rebites com nomes específicos, como: de tubo, de alojamento 
explosivo etc. O rebite do tipo explosivo possui uma pequena cavidade em que há carga 
explosiva e a explosão ocorre quando é aplicado um dispositivo elétrico nessa cavidade. 
Seguem alguns desses tipos de rebites na Figura 105:
Figura 105. Representação de rebite de tubo, explosivo e semitubo, respectivamente. 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Destaca-se, pela sua importância, o rebite de repuxo. Alguns o conhecem por “rebite 
pop”. É um elemento específico para união, muito conhecido e amplamente utilizado 
para fixar peças com rapidez, de forma econômica e simples. Abaixo, na Figura 106, 
mostramos a nomenclatura das partes de um rebite de repuxo. Esse rebite tem o corpo 
de alumínio e o mandril (haste) em aço, já o corpo e o mandril podem ser, ambos, de 
aço e também podem ser mandril de aço e corpo de aço inoxidável ou, ainda, o mandril 
pode ser de aço inoxidável (SENAI-SP, 2000).
72
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Figura 106. Representação de “rebite pop”, do tipo aberto e hermético, respectivamente.Corpo Mandril 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Sendo: 
d = diâmetro D1 = 0,6d / D2 = 2d / R = 0,9D2 / S = 1,5d
Especificação de rebites
Para a escolha mais assertiva no que se refere à aplicação na união de peças, montagem 
com barras de metal ou qualquer outro tipo de peça, e sendo essa união do tipo de fixação 
permanente, deve-se utilizar rebites. No entanto, deve-se conhecer as especificações 
dos rebites adequados, isto é, material de composição; tipo de cabeça; diâmetro do 
corpo; e comprimento útil.
O comprimento útil do rebite refere-se à parte do corpo que formará a união. Já a parte 
que ficará fora da união é a sobra necessária, e esta será usada para formar a outra 
cabeça desse rebite (SENAI-SP, 2000).
Para as especificações do rebite, é crucial que se saiba qual será o comprimento útil (L) 
e a sobra necessária (z). Para esse caso, é necessário levar em conta:
 » o diâmetro do rebite;
 » o tipo de cabeça a ser formado; e
 » o modo como vai ser fixado o rebite: a frio ou a quente.
Pinos e cavilhas
Os pinos têm por finalidade alinhar-se ou fixar-se nos elementos de máquinas, 
possibilitando uniões mecânicas, isto é, unem-se duas ou mais peças e determina-se 
conexão entre elas. Veja os exemplos na Figura 107 (SENAI-SP, 2000):
73
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Figura 107. Representação de aplicação de pino e cavilha. 
 
Cavilha 
 Alavanca 
Garfo Pino cilíndrico 
Fonte: SENAI-SP (2000).
As cavilhas são chamados também de pinos estriados, pinos entalhados, pinos 
ranhurados ou, também, de rebite entalhado. A grande diferença entre os pinos e 
as cavilhas é o formato dos elementos e as suas aplicações. Seguem exemplos: pinos 
usados em junções de peças que se articulam entre si e cavilhas usadas em conjuntos 
em que não há articulações. Para esse caso, são indicados pinos com entalhes externos 
na superfície; esses entalhes fazem com que não haja movimento no conjunto. Já os 
pinos são usados em junções resistentes a vibrações. Há vários tipos de pino, segundo 
sua função, conforme consta na Tabela 9 (SENAI-SP, 2000):
Tabela 9. Tipos e funções dos pinos.
Tipo Função
1. Pino cônico Ação de centragem.
2. Pino cônico com haste roscada A ação de retirada do pino de furos cegos é facilitada por um simples aperto da porca.
3. Pino cilíndrico
Requer um furo de tolerâncias rigorosas e é utilizado 
quando são aplicadas as forças cortantes.
4. Pino elástico ou pino tubular partido
Apresenta elevada resistência ao corte e pode ser assentado em furos, com variação de diâmetro 
considerável.
5. Pino de guia
Serve para alinhar elementos de máquinas. A distância entre os pinos deve ser bem calculada para evitar o 
risco de ruptura.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Figura 108. Representação de pinos: 1- Cônico, 2- Cônico com rosca, 3 - Cilíndrico, 4 - Elástico. 
Fonte: SENAI-SP (2000).
74
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
A cavilha é uma peça com formato cilíndrico, fabricada normalmente em aço, e a superfície 
externa recebe três entalhes que formam os ressaltos. A forma e o comprimento dos 
entalhes determinam os tipos de cavilha. A fixação dessas cavilhas é feita diretamente 
no furo que foi aberto por uma broca, e dispensa a necessidade de acabamento e a 
precisão do furo (SENAI-SP, 2000).
Figura 109. Representação de cavilhas e aplicação de fixação com cavilha. 
 Fonte: SENAI-SP (2000).
Chaveta
A chaveta é um elemento com formato prismático e, geralmente, retangular ou 
semicircular. Pode ter faces paralelas ou inclinadas em detrimento da grandeza do 
esforço e do tipo de movimento que se deve transmitir. Geralmente, é fabricada em 
aço. A união por chaveta é do tipo desmontável e possibilita que as árvores transmitam 
seus movimentos a outros elementos, tais como em acoplamentos, engrenagens e 
polias. A chaveta tem como principal função ligar dois elementos mecânicos (Figura 
110) (SENAI-SP, 2000).
Figura 110. Representação de cavilhas e aplicação de fixação com cavilha. 
 
 Rasgo de chaveta 
 
 Chaveta 
 Rasgo de chaveta 
 
 
 
Chaveta 
 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Classificação de chavetas
As chavetas são classificadas em: chavetas de cunha; chavetas paralelas; chavetas de 
disco.
75
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Chavetas de cunha
As chavetas são assim chamadas por serem parecidas com uma cunha (Figura 111). 
Possuem uma de suas faces inclinada para possibilitar a união das peças. A força de 
atrito é a responsável pelo princípio da transmissão que ocorre entre as faces da chaveta 
e o fundo do rasgo dos elementos. Pode ocorrer uma folga pequena nas laterais. Caso 
ocorra a folga entre os diâmetros da árvore e do elemento a ser movido, a inclinação 
da chaveta ocasionará a formação de determinada excentricidade, de modo que não 
é aconselhado o seu emprego em montagens que necessitem de precisão ou de altas 
rotações (SENAI-SP, 2000).
Figura 111. Exemplo de chaveta de cunha.
Fonte: SENAI-SP (2000).
As chavetas de cunha, representadas na Figura 112, classificam-se em dois grupos: 
chavetas longitudinais e chavetas transversais (SENAI-SP, 2000).
Figura 112. Chaveta de cunha.
Fonte: SENAI-SP (2000).
A inclinação é de 1:100 e as medidas principais são definidas quanto a: altura (h); 
comprimento (L); largura (b). As chavetas podem ser de diversos tipos: encaixada, 
meia-cana, plana, embutida e tangencial. 
Chavetas encaixadas 
São muito usadas e a sua forma se assemelha ao tipo mais simples de chaveta de cunha. 
O rasgo da chaveta no eixo é sempre mais comprido que a chaveta, o que possibilita o 
seu melhor emprego. Observe a Figura 113 (SENAI-SP, 2000):
76
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Figura 113. Chaveta encaixada.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Chaveta meia-cana 
Sua base é côncava (com o mesmo raio do eixo) e a inclinação é de 1:100, com ou 
sem cabeça. Não é obrigatório o rasgo na árvore, uma vez que a chaveta transmite o 
movimento por efeito do atrito. Então, quando o esforço no elemento conduzido for 
maior, a chaveta deslizará sobre a árvore (SENAI-SP, 2000).
Figura 114. Chaveta meia-cana.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Chavetas planas
O formato dessa chaveta é parecido com a chaveta encaixada. No entanto, para que sua 
montagem não abra o rasgo no eixo, é feito no eixo um rebaixo plano, conforme consta 
na Figura 115 (SENAI-SP, 2000):
Figura 115. Chaveta plana.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Chavetas embutidas 
Essas chavetas têm os extremos arredondados, conforme se observa na vista superior 
ao lado na Figura 116. O rasgo para o alojamento da chaveta tem o mesmo comprimento 
(SENAI-SP, 2000).
77
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Figura 116. Chaveta embutida.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Chavetas tangenciais
São formadas por um par de cunhas colocadas em cada rasgo. Sempre são usadas duas 
chavetas, já os rasgos são posicionados e formam 120º. Essas chavetas transmitem 
fortes cargas e são usadas quando o eixo está submetido a mudanças de cargas ou 
golpes, conforme ilustração da chaveta tangencial na Figura 117 (SENAI-SP, 2000):
Figura 117. Chaveta tangencial.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Chavetas transversais 
São aplicadas nos pontos em que há união de peças e estas transmitem movimentos do 
tipo rotativo e retilíneo alternativo, conforme consta na Figura 118.
Figura 118. Chaveta transversal.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Quando essas chavetas são utilizadas para uniões permanentes, sua inclinação varia 
no intervalo de 1:25 e 1:50. Caso a união seja submetida a montagens e desmontagens 
consecutivas, a inclinação pode ser de 1:6 a 1:15 (SENAI-SP, 2000). A seguir, 
representações de chavetas transversais:
78
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Figura 119. Chavetatransversal.
 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Chavetas paralelas ou linguetas
Essas chavetas possuem faces que são paralelas, então não têm inclinação. A transmissão 
do movimento é realizada pelo ajustamento de suas faces laterais para as laterais do 
rasgo da chaveta (Figura 120) (SENAI-SP, 2000).
Figura 120. Chaveta paralela.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Essas chavetas não possuem cabeça. Quanto ao formato de seus extremos, estes podem 
ser retos ou arredondados (SIMÕES, 2002; SENAI-SP, 2000). Podem, também, ter 
parafusos para fixação da chaveta ao eixo, conforme representado na Figura 121.
Figura 121. Chaveta paralela.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Chaveta de disco ou meia-lua (tipo woodruff)
É uma variante da chaveta do tipo paralela e tem esse nome em razão de sua forma 
ser parecida a um segmento circular. É geralmente empregada em eixos cônicos, pois 
79
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
simplifica a montagem e se adapta bem à conicidade do fundo do rasgo do elemento 
externo.
Figura 122. Chaveta paralela.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Estrias
As estrias são fabricadas em elementos responsáveis pelo transporte de potências 
elevadas. O exemplo mais claro de aplicação de estrias é uma ligação veio-furo de cubo 
de roda em que, para não aumentar o número de chavetas, o que enfraqueceria muito o 
veio devido aos escatéis, são usados veios estriados.
Nos acoplamentos, são usuais as estrias do tipo: estrias de flancos paralelos; e estrias de 
perfil envolvente de círculo (SIMÕES, 2002; SENAI-SP, 2000). A seguir, verificam-se 
representações de estrias de flancos paralelos e de perfil envolvente: 
Figura 123. Representação de estrias de flancos paralelos e de perfil envolvente de círculo, respectivamente.
Fonte: Simões (2002).
Estrias de flancos paralelos
Segundo Simões (2002), em acoplamentos meio-cubo com estrias de flancos paralelos, 
pode haver uma ligação fixa ou uma ligação deslizante. A centragem do veio e do furo 
do cubo é feita por meio de: 
 » Superfície cilíndrica interior (diâmetro dØ) (Figura 124) – Apresenta 
maiores superfícies de contato do que a centragem anterior. É normalizada.
 » Superfície cilíndrica exterior (diâmetro DØ). Não é normalizada (Figura 
125).
 » Flancos dos dentes (com largura b).
80
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Figura 124. Representação de superfície cilíndrica interior.
 
Fonte: Simões (2002).
Figura 125. Representação de superfície cilíndrica interior e exterior, respectivamente.
Fonte: Simões (2002).
Estrias de flancos paralelos
A Figura 124 e a Figura 125 mostram os acoplamentos por estrias com ajustamentos 
adequados para a centragem anterior: centragem interior (pela superfície dØ – diâmetro 
interno); centragem exterior (diâmetro DØ – diâmetro externo). Essas ligações são 
deslizantes para ligações fixas (SIMÕES, 2002).
Séries de veios com estrias 
Ainda de acordo com Simões (2002), são normais três séries de veios com estrias:
 » Série ligeira (apenas para centragem interior).
 » Série média (uso corrente, apenas para centragem interior).
 » Série forte ou pesada (apenas com centragem exterior).
A Tabela 10 indica os valores principais das estrias, expressos por z x d x D e b, sendo:
 » z – número de estrias;
 » d – diâmetro da superfície cilíndrica interior;
81
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
 » D – diâmetro da superfície cilíndrica exterior; e
 » b – largura das estrias.
A altura H das estrias é expressa pela fórmula H = (D - d)/2 e os raios de concordância 
R = 0,1H... 0,15H ou chanfros de C x 45° (sendo C≤R).
Tabela 10. Valores de z, d, D, e b para cada tipo de estria.
Série ligeira Série média Série forte
z x d x D b z x d x D b z x d x D b
6 x 11 x 14 3
6 x 13 x 16 3.5
6 x 16 x 20 4 10 x 16 x 20 2.5
6 x 18 x 22 5 10 x 18 x 23 5
6 x 21 x 25 5 10 x 21 x 26 5
6 x 23 x 26 6 6 x 23 x 28 6 10 x 23 x 29 6
6 x 26 x 30 6 6 x 26 x 32 6 10 x 26 x 32 6
6 x 28 x 32 7 6 x 28 x 34 7 10 x 28 x 35 7
8 x 32 x 36 7 8 x 32 x 38 6 10 x 32 x 40 6
8 x 36 x 40 7 8 x 36 x 42 7 10 x 36 x 45 7
8 x 42 x 46 8 8 x 42 x 48 8 10 x 42 x 52 8
8 x 46 x 50 9 8 x 46 x 54 9 10 x 46 x 56 9
8 x 52 x 58 10 8 x 52 x 60 10 16 x 52 x 60 10
8 x 56 x 62 10 8 x 56 x 65 10 16 x 56 x 65 10
8 x 62 x 68 12 8 x 62 x 72 12 16 x 62 x 72 12
10 x 112 x 120 18 10 x 112 x 125 18 20 x 112 x 125 18
Fonte: Simões (2002).
Solda
Nos desenhos técnicos mecânicos de uma peça a ser soldada, deve-se ou não haver uma 
preparação antes desse processo. Por preparação, deve-se ter entendimento se a peça 
será ou não chanfrada. Também deve ocorrer a limpeza da peça (VALE, 2006).
Cordão de solda
A solda pode ser realizada com cordão contínuo ou descontínuo e sua superfície pode 
ser representada com seções na forma de V, U, Y etc. (Figura 126). Já a superfície de 
solda pode ser plana, côncava ou convexa (VALE, 2006).
82
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Figura 126. Representação de soldadura em bordos dobrados e em Y, respectivamente.
 
 
Fonte: Simões (2002).
Representação completa da soldadura
Na representação completa, deve-se respeitar as normas gerais de representação 
ortográfica e de cotagem. Representando as dimensões do perfil do cordão de solda e 
caso o cordão de solda seja descontínuo, deve-se indicar o cumprimento útil do cordão 
e o intervalo entre os elementos do cordão. Quando o desenho estiver numa escala 
que permita a representação completa, deve-se realizar a representação completa por 
símbolos (Figura 127) (VALE, 2006).
Figura 127. Representação completa de um cordão de solda descontínuo e em ângulo.
 
Fonte: Simões (2002).
Representação completa da soldadura
Segundo Simeão (2002), a representação simbólica de soldas é comum, pois define as 
soldaduras de forma simples. São usados na representação simbólica (Figura 128):
 » Uma linha ou traço grosso, que representa o cordão.
 » Uma linha de chamada, traço fino acompanhado de uma seta que aponta 
para a linha que representa o cordão.
 » Uma linha de referência, a um traço fino, que parte da linha de indicação 
e que, de preferência, é traçada paralelamente ao bordo inferior do 
desenho (também pode ser perpendicular). 
 » A linha de referência é acompanhada da linha de identificação a tracejada 
fino.
83
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
 » Símbolo de soldadura, que varia de acordo com o tipo de cordão de solda 
utilizado.
Figura 128. Descrição da simbologia de soldadura.
Linha de 
Referência 
Linha de 
Identificação 
Símbolo de Soldadura
Linha de 
chamada
Junta
(cordão)
Fonte: Simões (2002).
Alguns símbolos podem ser adicionados à linha de chamada, como, por exemplo (Figura 
129):
 » Um círculo com centro no ponto de contato das linhas de indicação e de 
referência, para significar que a solda deve ser realizada em toda a volta.
 » Uma pequena bandeira indicando que a solda deve ser realizada na 
montagem final.
 » Um pequeno ângulo na extremidade da linha de referência para precisar 
a indicação de solda no local, de acordo com a norma.
Figura 129. Descrição da simbologia de soldadura.
Fonte: Vale (2006).
Em que, de acordo com Vale (2006):
 » S - Altura do cordão de solda (mm). Deve vir do lado esquerdo do símbolo 
da solda.
 » R - Abertura da raiz (mm). Distância entre duas peças a serem soldadas.
 » A - Ângulo do chanfro em graus. 
84
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
 » L - Comprimento do cordão de solda (mm). Deve vir do lado direito do 
símbolo da solda.
 » P - Passo do cordão de solda (mm). Deve vir após o comprimento do 
cordão de solda. 
 » T - Local para qualquer outra informação a respeito da solda, como tipo 
de eletrodo, posição e soldagem, processo de soldagem etc.
Essa simbologia pode ser complementada por algunsoutros símbolos listados nas 
Tabelas 11 e 12:
Tabela 11. Simbologia básica na representação de soldas em desenho técnico.
Simbologia básica
Sem preparação Com preparação
Filete ou canto Sem chanfro V Bisel U J
Fonte: Vale (2006).
Tabela 12. Simbologia complementar na representação de soldas em desenho técnico.
Simbologia complementar
Passe (ou reforço) Solda em toda volta
Solda no campo (ou na 
montagem)
Acabamento de solda
Fonte: Vale (2006).
Vale (2006) também informa que o símbolo, por exemplo, que caracteriza a forma de 
cordão pode ser colocado. 
A seguir, alguns exemplos de cotagem e de interpretação de junta soldada:
Figura 130. Solda de junta em L.
 Fonte: Vale (2006).
85
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Figura 131. Solda em toda volta.
 Fonte: Vale (2006).
Figura 132. Solda em toda volta.
 Fonte: Vale (2006).
Figura 133. Cotagem com comprimento e passo do cordão de solda.
Fonte: Vale (2006).
Eixos
Eixo é um tipo de elemento fixo. Possui em si suportes de rodas dentadas, polias etc. 
Está sujeito, essencialmente, a esforços de flexão (ALMEIDA; OLIVEIRA, 2012) (Figura 
134).
Figura 134. Representação de um eixo em funcionamento.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012).
86
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Tipos de eixos 
Segundo Almeida e Oliveira (2012), os eixos podem ser roscados, ranhurados, estriados, 
maciços, vazados, flexíveis, cônicos; características estas que serão descritas a seguir. 
Eixos maciços 
Grande parte dos eixos maciços tem sua seção transversal circular maciça e possuem 
degraus ou apoios para ajustagem das peças montadas sobre eles (Figura 135). 
As extremidades do eixo são chanfradas para evitar as rebarbas, e as arestas têm 
formato arredondado com o objetivo de aliviar a concentração de esforços (ALMEIDA; 
OLIVEIRA, 2012). 
Figura 135. Representação de eixo maciço.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012).
Eixos vazados 
As máquinas-ferramenta possuem, geralmente, o eixo árvore do tipo vazado para 
simplificar a fixação de peças com maiores comprimentos para a usinagem. Temos 
também os eixos vazados que são empregados em motores de avião, pois são leves 
(ALMEIDA; OLIVEIRA, 2012). 
Figura 136. Representação de eixo vazado.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012).
Eixos cônicos
Os eixos cônicos necessitam ser ajustados a um determinado componente em que este 
possua um furo para encaixe cônico (Figura 137). A parte que deve ser ajustada tem um 
87
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
formato cônico e é presa firmemente por uma porca. Para evitar a rotação relativa, uma 
chaveta é utilizada (ALMEIDA; OLIVEIRA, 2012). 
Figura 137. Representação de eixo cônico.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012).
Eixos roscados 
O eixo roscado é composto de rebaixos e também de furos roscados. Isso permite que 
seja usado como elemento responsável pela transmissão, assim como o prolongamento 
é utilizado na fixação de rebolos para questão da retificação interna e, adicionalmente, 
de ferramentas para usinagem utilizadas em furos (Figura 138) (ALMEIDA; OLIVEIRA, 
2012). 
Figura 138. Representação de eixo roscado.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012).
Eixo árvore ranhurado 
Esse tipo de eixo possui uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua 
circunferência (Figura 139). Tais ranhuras são engrenadas com os sulcos das peças que 
serão montadas ao eixo. Os eixos ranhurados são usados para transmitir grandes forças 
(ALMEIDA; OLIVEIRA, 2012). 
Figura 139. Representação e imagem de eixo ranhurado, respectivamente.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012).
88
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Eixo árvore estriado 
Segundo Almeida e Oliveira (2012), tanto eixos cônicos como chavetas são caracterizados 
por assegurar uma boa concentricidade e boa fixação. Os eixos-árvore estriados são 
também aplicados para que não haja rotação relativa, por exemplo, em barras de 
direção de automóveis, alavancas de máquinas etc. (Figura 140).
Figura 140. Representação de eixo estriado.
 
Fonte: Almeida e Oliveira (2012).
Engrenagens
Engrenagens são, essencialmente, elementos de máquinas com a finalidade de 
transmitir potências entre o eixos paralelos concorrentes ou reversos. De acordo com 
o acabamento, essas engrenagens apresentam altos rendimentos nas transmissões e 
também podem suportar grandes esforços. São excepcionalmente práticas quando 
se desejam variações de velocidades, como, por exemplo, para o caso dos câmbios de 
veículos e caixas de velocidades das máquinas operatrizes (ALMEIDA; OLIVEIRA, 
2012). 
Um conjunto de engrenagens é composta por duas rodas dentadas, em geral designadas 
por roda e pinhão (a menor). As rodas são acopladas a veios para transmissão de 
movimentos de rotação de um veio para o outro, com uma determinada razão de 
transmissão (SIMÕES, 2002). Para produzir o movimento de rotação, as rodas devem 
estar engrenadas (SENAI-SP, 2000). As partes da engrenagem estão destacadas na 
Figura 141:
Figura 141. Engrenagem e suas partes.
 
Chaveta 
 
Dente da engrenagem 
 
Cubo 
 
Vão do dente 
 
Corpo 
Fonte: SENAI-SP (2000).
89
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Principais tipos de engrenagens e suas 
representações
Engrenagem cilíndrica de dentes retos
De acordo com Vale (2006), os dentes das engrenagens são um dos elementos mais 
importantes. Observe as principais partes do dente de engrenagem na Figura 141.
Inclusive, uma engrenagem pode ser classificada mediante o formato de seus dentes. 
A engrenagem de dentes retos tem seus dentes sobre um cilindro, e esses dentes são 
paralelos à reta geratriz do cilindro (Figura 142). 
Para o desenho detalhado de uma engrenagem cilíndrica de dentes retos, em geral, 
não é obrigatório que se faça a vista que mostra a sua seção circular (Figura 142 – a) e 
também não é necessário representar os dentes nessa vista, a não ser em casos especiais, 
como em um projeto de modificação do perfil do dente. Normalmente, a vista de perfil 
(Figura 142 – b) é o bastante, pois já está representada a largura do dente assim como 
o diâmetro da engrenagem. Para os cortes e seções longitudinais em relação aos dentes, 
estes são representados sem as hachuras (Figura 142 – c). 
O diâmetro primitivo das engrenagens deve sempre ser representado, uma vez que é de 
grande importância para a análise cinemática e também para o seu dimensionamento. 
Para esse tipo de engrenagem, permite-se apenas o acoplamento entre eixos paralelos, 
como se observa na Figura 142 (d).
Figura 142. Engrenagem cilíndrica de dente reto.
 
Fonte: Vale (2006).
90
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Principais elementos da engrenagem com perfil 
do dente reto
Elementos fundamentais:
M – Módulo [mm]: é o número obtido quando se divide o diâmetro primitivo da 
engrenagem pelo número de dentes dessa engrenagem.
Z – É o número de dentes da engrenagem.
Ɵ - É o ângulo de pressão da engrenagem: define a direção da linha de ação da força que 
atua sobre o dente da engrenagem. Está ligado ao perfil do dente.
Elementos complementares:
dp – Diâ. primitivo = MZ a – Cabeça do dente = M P – Passo circular = Mp
de – Diâ. externo = dp + 2M b – Pé do dente = 1,25M e – Espessura circular = P/2
di – Diâ. interno = dp – 2,5M h – Altura do dente = a + b r – Raio do pé do dente = M/4
db – Diâmetro da base = dpcosƟ L – Largura do dente = k.M
Em que: 7≤k≤12
Figura 143. Elementos de uma engrenagem cilíndrica de dente reto.
Fonte: Vale (2006).
Geralmente, é difícil de determinar qual o módulo e o ângulo de pressão de engrenagens 
de qualquer tipo, essencialmente se os dentes da engrenagem estiverem modificados 
ou desgastados, o que é algo comum na indústria. A seguir, a Equação 2 possibilita 
determinaro módulo da engrenagem contanto que a altura da cabeça do dente não 
tenha sofrido alterações.
91
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
0 
2
dM
Z
=
+
(2)
Engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais
Esse tipo de engrenagem tem seus dentes sobre um cilindro e cada um desses dentes 
é um segmento de uma hélice. Sua representação se dá pelo tipo de engrenagem e é 
comumente parecido ao da engrenagem cilíndrica de dentes retos. Existem desenhistas 
que, para diferenciá-la, adicionam ao desenho as hélices da engrenagem, conforme 
Figura 144 (b) e (c). Caso essas engrenagens estejam conjugadas, esse tipo de 
engrenagem será acoplado de várias maneiras em detrimento dos ângulos de hélices (b) 
para cada engrenagem. Em geral, o ângulo entre os eixos das engrenagens helicoidais 
precisa satisfazer à Equação 3 e à Figura 149 (VALE, 2006).
∑ = β1 ± β2 (3)
Figura 144. Engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais.
Fonte: Vale (2006).
Veja agora as características de uma engrenagem cilíndrica com dentes helicoidais:
Figura 145. Engrenagem cilíndrica com dentes helicoidais.
Fonte: SENAI-SP (2000).
92
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Cremalheira
A cremalheira possui dentes sobre uma superfície plana (Figura 146). Esses dentes não 
possuem perfil evolvental, e, sim, perfil reto. A cremalheira reta se acopla à engrenagem 
cilíndrica de dentes retos e a cremalheira “helicoidal” se acopla à engrenagem cilíndrica 
de dentes helicoidais (VALE, 2006).
Figura 146. Engrenagem do tipo cremalheira reta.
Fonte: Vale (2006).
Engrenagem cônica reta
A engrenagem cônica reta possui dentes sobre um tronco de cone (Figura 147), os quais 
são paralelos à reta geratriz do cone e podem ser acoplados a eixos com 75º, 90º (mais 
comum) e 120º (VALE, 2006).
Figura 147. Engrenagem cônica reta.
Fonte: Vale (2006).
Sem-fim
O sem-fim é um tipo de parafuso com rosca trapezoidal (Figura 148). As características 
do perfil do dente devem ser em função do ângulo de pressão e também do módulo da 
engrenagem. Para a análise do ângulo existente entre eixos, é semelhante ao que foi 
visto nos casos de engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais. Isso possibilita que o 
parafuso ocupe posições semelhantes, eixos paralelos ou, ainda, eixos ortogonais (mais 
comum) e eixos reversos (VALE, 2006).
93
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Figura 148. Engrenagem sem fim.
Fonte: Vale (2006).
Dentes 
Como já sabemos, em regra geral não é necessário representar os dentes de uma 
engrenagem, mas, em casos especiais, deve-se representar um ou dois dentes no 
desenho. Não se deve esquecer de que a linha necessita ser contínua e larga, conforme 
NBR 8403 (ver Figura 149). Se necessário, deve-se representar a direção e a forma 
dos dentes de uma engrenagem ou cremalheira em uma das vistas. Deve-se utilizar 
linha contínua estreita, de acordo com a norma NBR 8403 (ver Figura 149 e Tabela 13) 
(VALE, 2006).
Figura 149. Representação em desenho técnico de dentes em uma engrenagem.
Fonte: ABNT (1991).
94
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Tabela 13. Símbolos para identificar a direção da engrenagem.
Sistema de dentes Símbolo
Helicoidal à direita
Helicoidal à esquerda
Dupla helicoidal 
(espinha de peixe)
Espiral
Fonte: ABNT (1991).
Raiz do dente
Não se deve representar a raiz do dente por regra geral, mas existem exceções, 
como em seções ou cortes. No entanto, se for preciso representá-la em uma vista, 
esta deverá ser representada com linha contínua estreita, conforme NBR 8403 (ver 
Figura 150).
Desenhos de conjunto (pares de engrenagens) 
Vale (2006) diz que, para desenho de conjuntos de engrenagens, as regras específicas 
para a representação de engrenagens em desenhos dos componentes são as mesmas 
para desenhos de conjunto. 
Nenhuma das duas engrenagens em um engrenamento tem prioridade para encobrir 
parte da outra (ver Figura 150), com exceção de dois casos a seguir: 
 » Caso uma das engrenagens encontre-se à frente da outra e, de fato, 
esconda a parte desta (ver Figura 150). 
 » Caso ambas as engrenagens encontrem-se representadas em seção axial 
e uma das duas escolhidas ocasionalmente assuma a parte que está 
escondida da outra (ver Figura 151).
95
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Figura 150. Representação de um conjunto de engrenagens.
Fonte: ABNT (1991).
Figura 151. Representação de um conjunto de engrenagens com ambas engrenagens em seção axial.
Fonte: ABNT (1991).
Polias
As polias são peças em formato cilíndrico, que são movimentadas pela rotação de um 
determinado eixo de um o motor e pelas correias. Uma polia constitui-se de uma coroa 
ou face, em que esta se enrola à correia. A face é, então, ligada a um cubo de roda por 
meio de um disco ou uns braços (ABNT,1991).
Figura 152. Representação aplicação de polias e correia.
Fonte: ABNT (1991).
96
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Tipos de polia
De acordo com Almeida e Oliveira (2012), os tipos de polia são classificados de acordo 
com a forma da superfície que a correia está assentada. As polias podem ser planas ou 
trapezoidais. As polias planas têm dois formatos em sua superfície de contato; plana 
ou abaulada. A vantagem da polia plana é conservar melhor as correias, já a polia com 
superfície abaulada guia melhor as correias (Figura 153). 
Figura 153. Polia plana e abaulada.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012).
A polia trapezoidal assim é nomeada pois a superfície na qual a correia se assenta tem 
a forma de trapézio (Figura 154). Essas polias devem possuir canaletes (ou canais) e 
são projetadas e fabricadas de acordo com o perfil padrão da correia que será utilizada. 
Verifique a seguir as canaletas em destaque de uma polia trapezoidal.
Figura 154. Polia trapezoidal e dimensões dos canais da polia.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012).
Verifica-se na Tabela 14 as dimensões dos canais da polia de acordo com as especificações 
do perfil da correia:
97
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Tabela 14. Dimensões dos canais da polia.
Perfil
Ângulo do canal
t s w y z H k x RDiâmetro externo 
(mm)
Graus
A
de 75 a 170 34°
9.5 15 13 3 2 13 5 5 1
acima de 170 38°
B
de 130 a 240 34°
11.5 19 17 3 2 17 6.5 6.25 1
acima de 240 38°
C
de 200 a 350 34°
15.25 25.5 22.5 4 3 22 9.5 8.25 1.5
acima de 350 38°
D
de 300 a 450 36°
22 36.5 32 6 4.5 28 12.5 11 1.5
acima de 450 38°
E
de 485 a 630 36°
27.5 44.5 38.5 8 6 33 16 13 1.5
acima de 630 38°
Fonte: Almeida e Oliveira (2012).
As polias para correias planas e trapezoidais existem e, adicionalmente, também 
existem as polias para cabos de aço e correntes, polias (ou rodas) de atrito, polias para 
correias redondas e para correias dentadas (SENAI-SP, 2000).
Acoplamentos 
Acoplamento é, em regra geral, um conjunto mecânico que é constituído por elementos 
de máquina, que emprega a transmissão de movimento de rotação entre duas árvores 
ou eixos-árvores, isto é, os acoplamentos são utilizados para transmitir movimento de 
rotação de uma árvore motora para uma árvore movida (Figura 155) (SENAI-SP, 2000).
Figura 155. Representação de aplicação de um acoplamento.
 
 Acoplamento 
 
Motor Bomba 
 
 
Fonte: Almeida e Oliveira (2012). 
Classificação
Os acoplamentos são: fixos, elásticos e móveis. 
98
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Acoplamentos fixos 
Os acoplamentos fixos são utilizados com o objetivo de unir árvores de modo que 
estas funcionam como se fossem uma única peça. Assim, alinham as árvores de forma 
precisa. Os acoplamentos, por motivos de segurança, devem serfabricados de forma 
que não tenham folgas ou saliência. Seguem abaixo alguns tipos de acoplamentos fixos 
(SENAI-SP, 2000): 
Acoplamento rígido com flanges parafusadas 
Esse tipo de acoplamento é usado para conectar árvores. É apropriado para a transmissão 
de grandes potências que se apresentam em baixa velocidade (Figura 156).
Figura 156. Acoplamento rígido.
Árvore
Flange
Fonte: Almeida e Oliveira (2012). 
Acoplamento com luva de compressão ou de aperto
Segundo Almeida e Oliveira (2012), esse tipo de luva proporciona melhor manutenção 
de máquinas e equipamentos. Como vantagem, não interfere na posição das árvores e 
pode ser montado, desmontado e movido sem problemas de alinhamento (Figura 157).
Figura 157. Acoplamento de luva de compressão.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012). 
Acoplamento de discos ou pratos
Almeida e Oliveira (2012) também informam que acoplamentos de disco ou pratos 
têm sua aplicação na transmissão de elevadas potências e, em alguns casos especiais, 
99
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
por exemplo, em árvores de turbinas. Esse tipo de acoplamento possui superfícies de 
contato que podem ser lisas ou dentadas.
Acoplamento elástico de garras
Nesse tipo de acoplamento, as garras, que são constituídas por tocos de borracha, 
encaixam-se nas aberturas do contradisco e transmitem o movimento de rotação 
(Figura 158).
Figura 158. Acoplamento elástico de garras.
 
Toco de borracha 
Contradisco 
Fonte: Almeida e Oliveira (2012). 
Acoplamento elástico de fita de aço
Esse acoplamento possui dois cubos, os quais contêm flanges ranhuradas que 
estão montadas a uma grade elástica que liga os cubos (Figura 159). Esse conjunto 
encontra-se alojado em duas tampas que contêm uma junta de encosto e de retentor 
elástico no cubo. Deve-se adicionar graxa ao espaço total entre os cabos e as tampas. 
Esse acoplamento é flexível, mas as árvores devem estar bem alinhadas no momento 
da instalação para que não provoquem vibrações excessivas em serviço (ALMEIDA; 
OLIVEIRA, 2012).
Figura 159. Acoplamento elástico de fita de aço.
 
Fonte: Almeida e Oliveira (2012). 
100
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Mancal
Mancal é uma parte da estrutura mecânica com o objetivo de suportar um eixo móvel 
ou fixo. Os mancais que sustentam eixos móveis possuem partes móveis que auxiliam 
esses eixos a realizar sua tarefa. O intuito é que essas partes móveis diminuam o atrito 
entre o mancal e eixo girante. Os mancais móveis dividem-se em duas classificações: 
mancais de deslizamento (com buchas) e mancais de rolamento (quando usa rolamento) 
(ALMEIDA; OLIVEIRA, 2012).
Figura 160. Mancal de deslizamento e rolamento.
 
Fonte: Almeida e Oliveira (2012). 
Classificação dos mancais
Para o sentido das forças que suportam, os mancais podem ser classificados em: axiais, 
radiais e mistos. 
 » Axiais: impedem o deslocamento em direção ao eixo, ou seja, absorvem 
os esforços na direção longitudinal (Figura 161).
Figura 161. Mancais axiais.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012). 
 » Radiais: evitam que haja deslocamento em direção ao raio, ou seja, 
absorvem esforços transversais (Figura 162).
Figura 162. Mancais radiais.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012). 
101
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
 » Mistos: possuem, ao mesmo tempo, os efeitos dos mancais nas direções 
axiais e radiais (Figura 163).
Figura 163. Mancais mistos.
Fonte: Almeida e Oliveira (2012). 
102
CAPÍTULO 3
Representação de superfícies
Segundo Simões (2002), o desenho técnico, além de mostrar as formas e as dimensões 
das peças, precisa conter outras informações e a indicação dos estados das superfícies 
das peças. Algumas representações devem ser levadas em consideração quanto à 
superfície, quais sejam, o acabamento e a rugosidade.
Acabamento 
É o grau de rugosidade que se observa na superfície da peça ao final da fabricação. 
As superfícies apresentam-se sob diversos aspectos, como bruto, desbastadas, alisadas 
e polidas (Figura 164) (SIMÕES, 2002).
Superfície em bruto é aquela que não foi usinada, mas limpa com a eliminação de 
rebarbas e saliências. Já a superfície desbastada é aquela em que os sulcos deixados 
pela ferramenta são bem visíveis e percebe-se facilmente a rugosidade. Superfície 
alisada é a que possui sulcos com pouca visibilidade após o processo de fabricação. 
A rugosidade é de pouca percepção. Na superfície polida, os sulcos que foram deixados 
pela ferramenta são imperceptíveis, e a rugosidade é detectada apenas por meio de 
aparelhos. 
Os graus de acabamento das superfícies são representados por símbolos indicativos de 
rugosidade na superfície e são normatizados pela norma NBR 8404, da ABNT, a qual 
está baseada na norma ISO 1302. Esses graus de acabamento podem ser obtidos por 
vários processos de trabalho e são dependentes das modalidades de operações e das 
características dos materiais adotados. 
Rugosidade 
A evolução tecnológica obrigou que houvesse o aprimoramento das indicações dos graus 
de acabamento em superfícies. Rugosidades são, na verdade, erros microgeométricos 
observados nas superfícies das peças. 
103
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Figura 164. Tipos de superfícies.
 
 Rugosidade 
Orientação 
 
 
 
 
 
 Linha média 
Fonte: Simões (2002).
A norma ABNT NBR 8404 dispõe sobre a forma de indicação do estado de superfície 
em desenho técnico por meio de símbolos (UFAL, 2020). Alguns desses símbolos estão 
especificados nas tabelas abaixo, os quais apresentam indicações de rugosidades e 
indicações complementares, respectivamente.
Tabela 15. Símbolo sem indicação de rugosidade.
Símbolo Significado
Símbolo básico. Só pode ser usado quando seu significado for 
complementado por uma indicação. 
Caracterização de uma superfície usinada sem maiores detalhes. 
Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não é permitida e indica que a superfície deve 
permanecer no estado resultante de um processo de fabricação anterior, mesmo que essa superfície tenha sido 
obtida por usinagem ou outro processo qualquer. 
Fonte: Simões (2002).
Tabela 16. Símbolos com indicação da característica principal da rugosidade Ra.
Símbolo 
Significado A remoção do material
É facultativa É exigida Não é permitida 
Superfície com uma rugosidade 
de um valor máximo: Ra = 
3,2µm
Superfície com uma rugosidade 
de um valor: 
Máximo: Ra = 6,3µm Mínimo: 
Ra = 1,6µm
Fonte: Simões (2002).
104
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Esses símbolos podem ficar combinados entre si ou com os símbolos apropriados.
Tabela 17. Símbolos com indicações complementares.
Símbolo Significado
Processo de fabricação: fresar.
Comprimento de amostragem: 2,5 mm.
Direção das estrias: perpendicular ao plano de projeção da vista.
Sobremetal para usinagem: 2 mm.
Indicação (entre parênteses) de um outro parâmetro de rugosidade diferente de Ra, por exemplo, Rt = 0,4µm.
Fonte: Simões (2002).
Símbolos para direção das estrias 
Caso haja necessidade de especificar a direção das estrias, ou seja, a direção predominante 
das irregularidades da superfície, deve ser utilizado um símbolo adicional ao símbolo 
do estado de superfície. A Tabela 18 caracteriza as direções das estrias e os símbolos 
correspondentes (SIMÕES, 2002):
Tabela 18. Símbolos para direção das estrias.
Símbolo Interpretação
Paralela ao plano de projeção da vista 
sobre o qual o símbolo é aplicado.
Perpendicular ao plano de projeção da vista sobre o qual o símbolo é aplicado.
Cruzadas em duas direções oblíquas em relação ao plano de 
projeção da vista sobre o qual o símbolo é aplicado.
Muitas direções.
Aproximadamente centralem relação ao ponto médio da 
superfície ao qual o símbolo é referido.
105
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Símbolo Interpretação
Paralela ao plano de projeção da vista 
sobre o qual o símbolo é aplicado.
Perpendicular ao plano de projeção da vista sobre o qual o símbolo é aplicado.
Cruzadas em duas direções oblíquas em relação ao plano de 
projeção da vista sobre o qual o símbolo é aplicado.
Muitas direções.
Aproximadamente central em relação ao ponto médio da 
superfície ao qual o símbolo é referido.
Fonte: Simões (2002).
A ABNT adota o desvio médio aritmético (Ra) para determinar os valores da rugosidade, 
que são representados por classes de rugosidade N1 a N2. Em cada classe o valor máximo 
está em µm, como se observa na Tabela 19: 
Tabela 19. Característica da rugosidade Ra.
Classe da rugosidade Desvio médio aritmético (Ra) 
N 12 50
N 11 25
N 10 12.5
N 9 6.3
N 8 3.2
N 7 1.6
N 6 0.8
N 5 0.4
N 4 0.2
N 3 0.1
N 2 0.05
N 1 0.025
Fonte: Simões (2002).
106
UNIDADE IV
DESENHO DE 
CONJUNTOS 
MECÂNICOS
CAPÍTULO 1
Leitura e interpretação de projetos e 
conjuntos mecânicos
De acordo com Vale (2006), tal tipo de desenho, tanto em nível de esboço como em 
nível de desenho com instrumento ou, ainda, auxiliado por computador, tem o objetivo 
de apresentar a imagem de uma máquina ou dispositivo montado, o que possibilita a 
visualização de forma adequada à posição que tal máquina ocupa e as diversas peças 
que compõem o conjunto e o seu funcionamento.
Em um desenho de um conjunto, não devem aparecer dimensões, exceto aquelas 
extremamente necessárias à montagem, como distância entre eixos, posição dos 
furos na base de uma máquina, uma tolerância geométrica. Já o posicionamento do 
desenho do conjunto na folha deve estar de acordo com a posição de funcionamento 
da máquina.
Outro fator importante é que o desenho de conjunto possua vistas (inclusive com arestas 
ocultas), cortes e seções necessárias, independentemente da quantidade. O intuito é 
melhor interpretar e apresentar esse conjunto e permitir uma melhor visualização das 
peças existentes em seu interior.
Não se deve esquecer de que todas as peças do desenho de conjunto necessitam ser 
enumeradas (peça 1, 2, 3, 4, 5,...). Caso o conjunto seja muito complexo (com muitas 
peças e diferentes áreas), este pode ser dividido em subconjuntos, por exemplo, em 
um automóvel: subconjunto da suspensão dianteira, subconjunto da parte de injeção, 
subconjunto da carroceria etc. Em seguida, após desenhar o subconjunto, enumere 
todas as peças desse subconjunto, por exemplo, os elementos do subconjunto A (A1, 
A2, A3, ...), do subconjunto B (B1, B2, B3, ...), e assim por diante. Utilize setas para 
enumerar as peças, conforme Figura 165.
107
DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS │ UNIDADE IV
Figura 165. Numeração de elementos mecânicos nos desenhos: parafuso.
 
 Errado 
 
 
 
Correto 
Corte A-A 
 
Errado 
 
 
 
Correto 
Corte A-A 
 
Fonte: Vale (2006). 
Nesse tipo de desenho não é permitida a numeração de peças de forma oculta (invisíveis) 
ou semioculta. Então, é necessária a execução de cortes e/ou seções que possibilitem a 
visualização de forma completa para cada peça que o conjunto compõe.
Apenas o desenho do conjunto deve ser representado em determinada folha. Não pode 
estar na mesma folha que o desenho de detalhes, de modo que é necessário que esse 
desenho esteja em outra folha.
No desenho do conjunto, é necessário representar todas as peças compostas pela 
máquina. As padronizadas (parafusos, rolamentos, pino, contrapinos etc.) e também as 
não padronizadas (engrenagens, suportes, eixos, manivelas, fusos etc.).
A legenda do desenho de conjunto apresentará o nome da máquina e a lista de peças. 
Constará nessa lista todas as peças do conjunto desenhado (Figuras 166 e 167). A seguir, 
o exemplo de um desenho em papel de um instrumento do conjunto.
Figura 166. Exemplo de cotagem em desenho de conjunto: motor elétrico e um redutor.
108
UNIDADE IV │ DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
Fonte: Vale (2006). 
Figura 167. Numeração de elementos mecânicos nos desenhos: pino cilíndrico.
 
Errado Errado Correto 
Fonte: Vale (2006). 
Desenho de detalhes – Recomendações
As peças são desenhadas em separado, tanto para esboço como para o desenho com 
instrumento, pois representa todos os detalhes das peças, de maneira a permitir a sua 
fabricação (VALE, 2006).
Esse desenho deve conter detalhes e apresentar vistas (inclusive arestas invisíveis), 
cotas, cortes, seções, indicações e notas.
Outro fator importante é a posição na folha, além da sequência do desenho das peças 
no desenho de detalhes, que pode ser qualquer uma. Não tem nenhuma relação com a 
orientação da peça no desenho de conjunto nem com o seu funcionamento.
Apenas peças que não são padronizadas necessitam ser representadas no desenho 
de detalhes. Uma peça padronizada só será representada no desenho de detalhes nas 
seguintes situações:
109
DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS │ UNIDADE IV
 » Caso haja necessidade de efetuar modificações na peça. Nesse caso, 
o desenho da peça padronizada terá todas as cotas e informações que 
possibilitem a realização dessa(s) modificação(ões).
 » Se a peça for usinada pelo usuário, deverá dispor de todas as normas a 
respeito do elemento.
 » Quando a peça padronizada é fixada por meio de solda (ou qualquer outra 
forma permanente de fixação) a uma outra peça de máquina qualquer.
Caso o número da peça no desenho de detalhes necessite ser o mesmo que consta no 
desenho de conjunto, deve vir no interior de uma circunferência, próximo ao desenho 
da peça, Figura 168.
Para cada peça representada no desenho de detalhes, essa peça pode ser desenhada em 
folha individual. Ademais, todas as peças podem ser desenhadas em uma única folha e 
cada peça pode ser representada numa escala específica diferente da outra.
Nesse tipo de desenho não é permitida a cotagem de aresta ocultas (Figura 169). Deve-
se realizar cortes e seções de maneira a tornar visíveis essas arestas.
Esse desenho deverá apresentar legenda com o nome da máquina, que consta no desenho 
de conjunto, e a lista de peças. Constará na lista de peças apenas a denominação e as 
especificações das peças desenhadas na folha (Figura 169).
Figura 168. Cotagem errada – Cotagem de aresta oculta.
Fonte: Vale (2006). 
110
UNIDADE IV │ DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
Figura 169. Cotagem correta – Realizada após o corte, com as arestas visíveis.
Fonte: Vale (2006).
Desenho de detalhes – Exemplo
No desenho a seguir, a peça n° 6 (porca sextavada) é representada, mesmo sendo 
uma peça padronizada, para que haja possibilidade de indicar qual o tipo de solda ou 
preparação a ser aplicada ao elemento. Observe as cotas de forma da porca (abertura da 
chave, altura da porca, acabamento etc.).
Interpretação da legenda
Adiante, tem-se o conjunto do grampo fixo desenhado numa folha de papel normalizada. 
No desenho que é para execução, a legenda é de extrema importância, uma vez que 
fornece informações indispensáveis para a execução do conjunto.
A legenda possui duas partes: o rótulo e a lista de peças. A disposição e o número de 
informações da legenda podem variar. Em geral, as empresas criam suas próprias 
legendas de acordo com suas necessidades, uma vez que a NBR 10 068/1987 normatiza 
apenas o comprimento da legenda (SENAI-SP, 2000).
Para interpretar a legenda, é necessário apenas ler as informações contidas no rótulo e 
na lista de peças. Facilitando a leitura do rótulo e da lista de peças, de forma explicativa, 
tem-se a análise separada de cada item. As informações mais importantes do rótulo são:
 » Nome do conjunto mecânico: grampo fixo.
 » Tipo de desenho: conjunto (a indicação do tipo de desenho é sempre feita 
entre parênteses).
111
DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS │ UNIDADE IV
 » Escala do desenho: 1:1 (natural).
 » Símbolo indicativode diedro: 1o diedro.
 » Unidade de medida: milímetro.
As outras informações que podem ser encontradas no rótulo do desenho de montagem 
são:
 » Número do desenho (correspondente ao lugar que deve ocupar no 
arquivo).
 » Nome da instituição responsável pelo desenho.
 » Assinaturas dos responsáveis pelo desenho.
 » Data da sua execução.
Veja a seguir a lista de peças. Todas as informações da lista de peças são importantes:
 » A quantidade de peças que formam o conjunto.
 » A identificação numeral de cada peça.
 » A denominação de cada peça.
 » A quantidade de cada peça no conjunto.
 » Os materiais usados na fabricação das peças.
 » As dimensões dos materiais de cada peça.
Acompanhe a interpretação da lista de peças do grampo fixo. O grampo fixo é composto 
de cinco peças, quais sejam, corpo, encosto móvel, parafuso, manípulo e cabeça. 
Para montagem do grampo fixo, são necessárias duas cabeças e uma unidade de cada 
uma das outras peças.
Todas as peças são fabricadas com aço ABNT 1010-1020. Esse tipo de aço é padronizado 
pela ABNT.
112
CAPÍTULO 2
Desenho de conjuntos em perspectiva 
isométrica
Perspectiva isométrica
Desenho de conjunto se refere ao desenho da máquina, aos dispositivos ou à estrutura, 
assim como às suas partes montadas. Essas peças são representadas nas mesmas 
posições que ocupam no conjunto mecânico (Figura 170). O conjunto abaixo representa 
um grampo fixo e será utilizado para interpretar desenhos, montagens e a execução de 
conjunto mecânico (SENAI-SP, 2000).
Figura 170. Representação de um conjunto de grampo fixo.
Fonte: SENAI-SP (2000).
O grampo fixo é uma ferramenta utilizada para fixar peças temporariamente. 
Essas peças serão fixadas no espaço “a” (conforme Figura 170). O espaço “a” pode 
ser reduzido ou ampliado, pois depende do movimento rotativo do manípulo (peça 
no 4), em que este aciona o parafuso (peça no 3) e o encosto móvel (peça no 2). Esse 
deslocamento do manípulo aumenta e diminui o espaço “a”, que é fixado ao diminuir 
o espaço. Quando aumenta, a peça é solta. O desenho de conjunto é representado, 
geralmente, em vistas ortográficas. Cada uma das peças que compõe o conjunto deve 
ser identificada por um numeral de forma visível, no sentido horário e ligada a cada 
peça por linhas de chamada. Essas linhas de chamada são representadas por uma linha 
contínua estreita. 
113
DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS │ UNIDADE IV
As peças são desenhadas da mesma maneira como devem ser montadas no conjunto, 
o que facilita a percepção de como elas se relacionam e possibilita a dedução do 
funcionamento de cada uma, bem como o tipo de montagem.
O desenho de conjunto, para montagem, pode ser representado em perspectiva 
isométrica, como mostra a ilustração seguinte. Nessa perspectiva, tem-se a ideia de 
como o conjunto ficará montado. Outra maneira de representar o conjunto é por meio 
do desenho de perspectiva não montada. As peças são desenhadas de forma separada, 
mas permanece clara a relação que mantêm entre si (SENAI-SP, 2000).
Figura 171. Representação do conjunto de um grampo fixo em perspectiva isométrica.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Figura 172. Representação do conjunto de uma serra tico-tico em perspectiva isométrica.
Fonte: SENAI-SP (2000).
114
CAPÍTULO 3
Desenho de conjuntos em perspectiva 
isométrica explodida
Perspectiva explodida
Esse tipo de perspectiva refere-se ao desenho que contém apenas informações ligadas 
à sequência de montagem e manutenção da máquina. É também utilizado em catálogos 
de peças da máquina, Figura 173.
Geralmente, os desenhos em perspectiva são raramente usados para fornecer 
informações para a construção de peças. O uso da perspectiva é mais comum nas 
revistas e nos catálogos técnicos (SENAI-SP, 2000). É usada em catálogos de partes, 
montagem, manutenção e em outras instruções técnicas. Servem também para atender 
àqueles que não têm o domínio da leitura das vistas ortográficas normais.
Figura 173. Perspectiva explodida.
Fonte: SENAI-SP (2006).
115
Referências
ALMEIDA, A. B. de; OLIVEIRA, C. E. S. Desenho Técnico Aplicado. 2012. Disponível 
em: https://pt.scribd.com/document/382466446/Apostila-de-Desenho-Vol-1-Fatec-
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 8403: Folha de desenho – 
Apresentação de linhas em desenhos. Rio de Janeiro: Moderna, 1984.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 8404: Folha de desenho – 
Indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos. Rio de Janeiro: Moderna, 
1984.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 10068: Folha de desenho - 
Leiaute e dimensões. Rio de Janeiro: Moderna, 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 10126: Folha de desenho – 
Cotagem em desenho técnico. Rio de Janeiro: Moderna, 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 10582: Folha de desenho – 
Apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro: Moderna, 1988.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 11534: Folha de desenho – 
Representação de engrenagem em desenho técnico. Rio de Janeiro: Moderna, 1991.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 8402: Folha de desenho – 
Execução de caracter para escrita em desenho técnico. Rio de Janeiro: Moderna, 1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 13142: Folha de desenho – 
Dobramento de cópia, 1999.
BARBOSA, J. P. Desenho Técnico Mecânico. São Mateus: Ifes, 2013.
BARETA, D. R.; WEBBER, J. Apostila Teórica de Desenho Técnico I: revisão 
2. Revisão 2. 2009. Disponível em: http://paginapessoal.utfpr.edu.br/luizpepplow/
desenho-eletrico/apresentacoes-das-aulas/desenho-auxiliado-por-instrumentos/
cotagem.pdf/at_download/file. Acesso em: 29 ago. 2020.
CATAPAN, M. F. Apostila de Desenho Técnico. Curitiba: UFPR, 2016. Disponível 
em: http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_marcio/wp-content/uploads/sites/ 
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23 ago. 2020.
116
REFERÊNCIAS
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II. Disponível em: https://docplayer.com.br/14261977-Leitura-e-interpretacao-de-
desenho-tecnico-mecanico.html. Acesso em: 2 set. 2020.
SILVA, J. B. Desenho Técnico – Projeções Ortográficas. Natal: UFRN. Disponível 
em: http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/725/desenho_tecnico_10.
pdf?sequence=4&isAllowed=y. Acesso em: 27 ago. 2020.
SILVEIRA, J. Desenho Técnico – Projeções. IFSC. Disponível em: http://
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BARISON, M. B. Perspectiva em Geometria Descritiva, UEL, 2007. Disponível 
em: http://www.mat.uel.br/geometrica/php/pdf/gd_pdf/gd_perspectivas_t.pdf. 
Acesso em: 27 ago. 2020.
SENAI-ES. Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico. Vitória: 
SENAI-ES,1996.
SENAI-SP. Elementos de Máquinas 1: módulos especiais - telecurso 2000. São 
Paulo: Departamento Regional de São Paulo, 2000.
MORAIS, J S. Desenho Técnico Básico 3. Porto: Porto Editora. 22ª edição. 2002.
SILVEIRA, J. Projeções Ortogonais. Disponível em: http://docente.ifsc.edu.br/
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Acesso em: 26 ago. 2020.
UFAL. Universidade Federal de Alagoas. Desenho Técnico: apostilas - engenharia 
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VALE, F. A. M. do. Desenho de Máquinas. 2006. Disponível em: file:///C:/Users/
Dell/Downloads/Apostila_de_Desenho_de_Maquinas.pdf. Acesso em: 7 set. 2020.
VIEIRA, A. F. C. SEM 0564 - DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I: aula 2 projeção: 
tipos, vistas e diedros. Aula 02 – Projeção: tipos, vistas e diedros. 2018. Disponível 
em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4239046/mod_resource/content/0/
Aula%202_DTM1.pdf. Acesso em: 26 ago. 2020.estudos!
10
Objetivos
 » Entender o desenvolvimento do desenho técnico ao longo dos anos e a 
importância da normalização.
 » Compreender os conceitos que envolvem o desenvolvimento de um 
desenho técnico mecânico.
 » Avaliar qual a melhor representação do desenho técnico mecânico, o 
porquê utilizar determinadas vistas e projeções e qual maneira deve ser 
utilizada.
 » Estudar o processo de desenho técnico, segundo as normas dos principais 
elementos de fixação.
 » Entender o desenho técnico de um conjunto mecânico.
11
UNIDADE IDESENHO E 
NORMALIZAÇÃO
CAPÍTULO 1
Normalização geral
Introdução 
No desenho técnico são utilizadas simplificações na representação as quais proporcionam 
melhor clareza e rapidez para a interpretação do desenho. Para tal, foram estabelecidas 
normas de uso internacional, chamadas de normas técnicas, que tornaram do desenho 
técnico em uma linguagem universal, a qual pode ser lida por qualquer técnico e em 
qualquer país (SIMOES MORAIS, 2002).
O desenho mecânico, na realidade, é uma linguagem técnica, e baseia-se na necessidade 
de regras e normas. Por isso, com o objetivo de transformar o desenho técnico em uma 
linguagem gráfica, foi necessária a padronização dos procedimentos de representação 
gráfica. Esta demonstra determinada peça e possibilita que todos intervenham na sua 
fabricação, mesmo que em tempos e países diferentes. O intuito é interpretar e produzir 
peças tecnicamente iguais, conforme observa-se na Figura 1 (CATAPAN, 2016).
Por isso, com o objetivo de transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica, foi 
necessária a padronização dos procedimentos de representação gráfica. Esta é feita por 
normas técnicas seguidas e respeitadas internacionalmente. No Brasil, as normas são 
administradas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) (BARBOSA, 2013).
Figura 1. Desenho técnico mecânico.
Fonte: SENAI-ES (1996).
12
UNIDADE I │ DESENHO E NORMALIZAÇÃO
Normas para desenho técnico
Entidades normalizadoras 
A seguir, temos uma lista das principais entidades de normalização, segundo Catapan 
(2016):
 » ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
 » ASME – Sociedade Americana de Engenharia Mecânica (American 
Society of Mechanical Engeering).
 » ASTM - Sociedade Americana para Testes e Materiais (American Society 
for Testing and Materials).
 » BS – Normas Britânicas (British Standards).
 » DIN – Instituto Alemão para Normalização (Deutsches Institut für 
Normung).
 » ISO – Organização Internacional para Normalização (International 
Organization for Standardization).
 » JIS – Normas da Indústria Japonesa (Japan Industry Standards).
 » SAE – Sociedade de Engenharia Automotiva (Society of Automotive 
Engeering).
Principais normas da ABNT
Ainda segundo Catapan (2016), os procedimentos devem ser guiados mediante o 
exercício dos desenhos técnicos. Estes aparecem em normas gerais que tratam da 
indicação, da distribuição dos desenhos e das maneiras de representação gráfica, as 
quais estão todas baseadas na ABNT. São elas:
 » NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico. 
A NBR 10067 (ABNT, 1995) fixa a forma de representação aplicada em 
desenho técnico. Normaliza o método de projeção ortográfica, que pode 
ser no 1o diedro ou no 3o diedro, a denominação das vistas, a escolha das 
vistas, as vistas especiais, os cortes e as seções e generalidades.
 » NBR 10068 – Folha de desenho layout e dimensões: objetiva padronizar 
as dimensões das folhas na execução de desenhos técnicos e definir seu 
layout com suas respectivas margens e legenda.
13
DESENHO E NORMALIZAÇÃO │ UNIDADE I
 » NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico: normaliza a 
distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, 
o espaço para desenho etc.
 » NBR 13142 – Desenho técnico: dobramento de cópias. Fixa a forma de 
dobramento de todos os formatos de folhas de desenho para facilitar a 
fixação em pastas.
 » NBR 8402 – Execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos.
 » NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos: tipos de linhas e larguras 
das linhas.
 » NBR 8196 – Desenho técnico: emprego de escalas.
 » NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em 
desenho técnico.
 » NBR10126 – Cotagem em desenho técnico. 
 » NBR 8404 – Indicação do estado de superfície em desenhos técnicos 
NBR 6158: sistema de tolerâncias e ajustes.
 » NBR 8993 – Representação convencional de partes roscadas em desenho 
técnico.
 » NBR 6402 – Execução de desenhos técnicos de máquinas e estruturas 
metálicas.
14
CAPÍTULO 2
Equipamento para desenho
Formato do papel
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulariza, na NBR 10068, o uso 
dos papéis a serem utilizados em desenho técnico. Esses papéis deverão corresponder 
a um dos formatos da série A, conforme norma. Todos os formatos dessa série advêm 
do formato A0, que possui as dimensões de 841 x 1189 mm e uma área igual a 1m², 
conforme Figura 2. Com isso, ao dividir a folha A0 ao meio, o maior lado produzirá 
um novo formato, que será o formato abaixo. Essa relação que existe entre o lado de 
um quadrado e a sua diagonal é o formato guardado entre si, conforme Equação 1 e 
Figura 2.
1 
2
x
y
= (1)
Figura 2. Relação entre as dimensões da folha formato A0 e a Equação 1.
Fonte: ABNT (1987).
A seguir, na Figura 3, está a representação das dimensões do formato A e, na Tabela 1, 
os seus valores. Na Figura 3 também estão representadas as dimensões do formato A0 
e as dimensões posteriores de acordo com a dobradura da folha A0, e as dimensões são 
relacionadas conforme a equação 1.
15
DESENHO E NORMALIZAÇÃO │ UNIDADE I
Figura 3. Dimensões dos formatos e semelhanças geométricas dos formatos da série A.
 
Fonte: ABNT (1987).
Tabela 1. Dimensões dos formatos da série A – Unidade em mm.
Formato Dimensões
Margem 
esquerda
Margem direita
A largura referente à linha do 
quadrado, conforme NBR 8403
A0 880 x 1230 25 10 1,4
A1 625 x 880 25 10 1,0
A2 450 x 625 25 7 0,7
A3 330 x 450 25 7 0,5
A4 240 x 330 25 5 0,5
A5 165 x 240 25 5 0,5
A6 120 x 165 25 5 0,5
Fonte: Barbosa (2013) e ABNT (1987).
Margens
As margens são as limitações dadas pelo contorno externo da folha e do quadro. 
Esse quadro delimita o espaço disponível para o desenho e a legenda. Além disso, as 
margens esquerda e direita, assim como as larguras das linhas, devem ter as dimensões 
apresentadas na Tabela 1. A margem esquerda serve para que a folha seja perfurada e 
utilizada no arquivamento (ABNT, 1987).
Legendas
Sobre a legenda, esta deve estar dentro do quadro no qual será inserido o desenho. 
Esse quadro conterá a identificação do desenho (número de registro, título, origem 
etc.) e sua posição deve estar no canto inferior direito, tanto para os casos em que as 
folhas estejam posicionadas horizontalmente como para as que estiverem posicionadas 
verticalmente (Figura 4). A norma destaca que, para manter a uniformidade da folha de 
16
UNIDADE I │ DESENHO E NORMALIZAÇÃO
desenho, o número de registro do desenho pode estar repetido em determinado lugar 
de evidência, conforme a necessidade (ABNT, 1987). 
Figura 4. Detalhamento das margens e da legenda.
 
 
Espaço para desenho 
 
Espaço para desenho 
 
Espaço para texto Legenda Legenda 
Fonte: ABNT (1987).
Conforme Norma 10068, a legenda precisa ter 178 mm de comprimento para os 
formatos A4, A3 e A2, e 175 mm para os formatos A1 e A0. Também deve ser utilizada 
para acrescentar informações importantes, indicações e identificações do desenho e do 
projetista. É crucial que a legenda seja traçada. As informações contidas na legenda são 
as seguintes (ABNT, 1988): 
 » designação da firma; projetista, desenhista ou outro responsável pelo 
conteúdo do desenho; 
 » local, data e assinatura; 
 » nome e localização do projeto; conteúdo do desenho; 
 » escala (conforme NBR 8196); 
 » número do desenho; designação da revisão; indicação do método de 
projeção (conforme NBR10067); e 
 » unidade utilizada no desenho, de acordo com a norma NBR 10126. 
Dobramento de cópias
O formato da folha ao final do dobramento de desenhos nos formatos A0, A1, A2 e A3 
deverá sempre ter o formato A4. Deve-se lembrar de, posteriormente, dobrá-la e deixar 
a legenda visível (NBR 10582). Esse dobramento precisa começar no lado direito. 
Dobra-se verticalmente, conforme as medidas descritas nas Figuras 5 e 6. Caso as cópias 
de desenho em formato A0, A1 e A2 necessitem ser perfuradas para arquivamento, 
podem ser dobradas para trás, com o canto superior esquerdo. Observe as Figuras 5 e 
6 (ABNT,1999). 
17
DESENHO E NORMALIZAÇÃO │ UNIDADE I
Figura 5. Dobramento de cópia para formatos A0 e A1.
 
Fonte: ABNT (1999).
Figura 6. Dobramento de cópia para formatos A2 e A3.
 
Fonte: ABNT (1999).
Escala
Para realizar o desenho da forma mais realista possível, e quando razoável, deve-
se procurar fazer o desenho nas medidas reais da peça, o que transmite uma ideia 
melhor de sua grandeza. Para algumas peças demasiadamente pequenas, precisa-
se fazer ampliações que possibilitem a representação detalhada de acordo com a 
norma. Para casos em que a peça seja grande em seu tamanho, o desenho deverá ter 
formatos menores, com a possibilidade de sua execução ocorrer dentro dos formatos 
padronizados. A Norma NBR 8196 OUT / 1983 estabelece que a designação completa 
de uma escala deve equivaler à palavra “ESCALA”. Em seguida, deve-se ter indicações 
dessa relação, por exemplo: Escala natural: 1:1; Escala de redução: 1:2, 1:5 etc.; Escala 
de ampliação: 2:1, 5:1 etc. (CATAPAN, 2016).
18
CAPÍTULO 3
Elementos do desenho técnico
Traços e linhas no desenho técnico
 » Linha: reta ou curva, regular ou irregular, é o elemento geométrico 
formado por um traço cujo comprimento é maior do que metade da 
espessura. Pode conter traços (contínuos, curtos ou longos) e/ou pontos.
 » Ponto: é o traço de comprimento não superior à metade de sua espessura.
 » Plano: pode-se ter noção do que é um plano ao observar uma parede. 
Pode-se imaginar esse plano como o formato de um conjunto de retas 
dispostas consecutivamente em uma mesma direção ou, ainda, com o 
resultado do deslocamento de uma determinada reta em uma mesma 
direção. Sendo assim, o plano é ilimitado; não possui nem começo nem fim.
Largura das linhas
A largura das linhas deverá corresponder ao escalonamento 2 , assim como aos 
formatos de folhas papel para desenhos técnicos. Isso permite que, tanto na redução 
como na reampliação por microfilmagem (projeção), para que o formato do papel dentro 
desse escalonamento de 2 , obtenham-se igualmente larguras de linhas originais, com 
a condição de que tal procedimento seja realizado com canetas técnicas e instrumentos 
normalizados. As larguras das linhas necessitam ser escolhidas, acordando-se com o 
tipo, a dimensão, a escala e a densidade de linhas no desenho. Deve-se seguir o seguinte 
escalonamento: 0,13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm (esses valores 
estão dimensionados de forma que deve ser igual a relação dos lados homólogos dos 
formatos das folhas A0, A1 etc.). 
De maneira geral, as linhas utilizadas no desenho técnico são divididas em grosa, média 
e fina. Uma é a metade da espessura da outra (ABNT,1984).
Tabela 2. Especificações de algumas das linhas empregadas no desenho técnico.
 Linha Denominação Aplicação geral
Grossa Contínua larga Contornos visíveis e arestas visíveis
Média Traço e ponto estreita Linhas de centro
19
DESENHO E NORMALIZAÇÃO │ UNIDADE I
 Linha Denominação Aplicação geral
Média
Tracejada estreita Arestas e contornos não visíveis
Contínua estreita a mão livre
Limitando vistas ou cortes parciais ou 
interrompidas
Fina
Contínua estreita Linha de chamada
Contínua estreita Hachuras
Traço e ponto estreita
Eixos de simetria, linhas de centro e linhas 
básicas
Fonte: Barbosa (2013).
Exemplos de linhas
 » São empregadas em arestas e contornos visíveis e têm sua espessura 
grossa e de traço contínuo (Figura 7).
Figura 7. Exemplo de linha para arestas e contornos visíveis.
Fonte: Barbosa (2003).
 » São utilizadas para arestas de contornos não visíveis e são de espessura 
média e tracejada (Figura 8a).
Figura 8a. Exemplo de linha para arestas e contornos não visíveis.
Fonte: Barbosa (2003).
 » São usadas para demonstrar linhas de centro e de eixo de simetria. 
Possuem espessura fina e formadas por traços e pontos (Figura 8b).
Figura 8b. Exemplo de linha de simetria.
Fonte: Barbosa (2003).
20
UNIDADE I │ DESENHO E NORMALIZAÇÃO
 » As linhas de corte são de espessura fina, formadas por traços e pontos. 
Servem para indicar cortes e seções (Figura 9).
Figura 9. Exemplo de linha de corte.
Fonte: Barbosa (2003).
 » Linhas para hachuras são de espessura fina, traço contínuo ou tracejas 
e, em geral, são inclinadas a 45º. Demostram as partes cortadas de 
determinada peça (veja a Figura 9 da linha de corte). Já as linhas de 
cota são de espessura fina, traço contínuo e limitadas por setas nas 
extremidades (Figura 10).
Figura 10. Exemplo de cota.
Fonte: Barbosa (2003).
 » As linhas de chamada ou extensão possuem espessura fina e traço 
contínuo. Não podem tocar o contorno do desenho e prolongam-se para 
além da última linha de cota que limitam (Figura 11).
Figura 11. Exemplo de linha de chamada.
Fonte: Barbosa (2003).
 » As linhas denominadas de rupturas são de espessura média, traço 
contínuo e sinuoso e têm como função indicar pequenas rupturas ou, 
ainda, cortes parciais (Figura 12).
Figura 12. Exemplo de linha de ruptura.
Fonte: Barbosa (2003).
21
DESENHO E NORMALIZAÇÃO │ UNIDADE I
 » Linhas para representações simplificadas são de espessura média, traço 
contínuo e são utilizadas para indicar o fundo de filetes de roscas ou, 
ainda, de dentes de engrenagens (Figura 13).
Figura 13. Exemplo de linha para representação.
Fonte: Barbosa (2003).
Escritas nos desenhos técnicos
Generalidades
As letras e os algoritmos inscritos nos desenhos técnicos e documentos associados 
devem permitir fácil leitura e interpretação, além de correta reprodução.
Caligrafia técnica
Conforme a ABNT (1994), as exigências básicas para o uso de caligrafia técnica 
em desenhos técnicos são: legibilidade; uniformidade e compatibilidade para a 
microfilmagem e os demais processos de reprodução.
Para a microfilmagem e outros processos de reprodução, é necessário que a distância 
entre caracteres (a) corresponda, no mínimo, a duas vezes a largura da linha (d), 
conforme Figura 14 e Tabela 3. Mas, para o caso de larguras e para linhas dissemelhantes, 
a distância necessita satisfazer à da linha mais larga (d).
Outro fator importante a ser considerado é que os caracteres necessitam ser escritos 
de maneira que as linhas sempre se transpassem ou se toquem perpendicularmente. 
Além disso, a altura h deve possuir razão 2 condizente à razão dos formatos de papel 
para determinado desenho técnico.
Quanto à altura h das letras maiúsculas, estas devem ser tomadas como modelo para o 
dimensionamento. Tanto as alturas h como as c não podem ser menores do que 2,5 mm 
(Figura 14). Na aplicação paralela de letras maiúsculas e minúsculas, essa altura h não 
pode ser menor do que 3,5 mm.
22
UNIDADE I │ DESENHO E NORMALIZAÇÃO
Figura 14. Características da forma de escrita e caligrafia.
Fonte: ABNT (1994).
Tabela 3. Proporções e dimensões de símbolos gráficos.
Características Relação Dimensões (mm)
Altura das letras maiúsculas h (10/10) h 2,5 3,5 5 7 10 14 20
Altura das letras minúsculas c (7/10) h 2,5 3,5 5 7 10 14
Distância mínima entre caracteres a (2/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4
Distância mínima entre linhas de base b (14/10) h 3,5 5 7 10 14 20 28
Distância mínima entre palavras e (6/10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12
Largura da linha d (1/10) h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2
Fonte: ABNT (1994).
Exemplos de escritas
Figura 15. Formas de escrita.
Fonte: ABNT (1994).
23
UNIDADE II
PROJEÇÕES 
E CONTAGENS EM 
DESENHO TÉCNICO
CAPÍTULO1
Projeção e vistas
Introdução
Para compreender claramente o conceito de vista em desenho técnico, precisa-se 
informar com rapidez sobre três tópicos: o objeto, o observador e o plano de projeção, 
(Figura 16). O objeto é o que que será reproduzido através de sua projeção no plano. 
O observador é a pessoa que vê e desenha o objeto representado no plano. Já o plano de 
projeção é o plano no qual o objeto será projetado, para o caso de um desenho técnico. 
Pode ser tanto em uma folha de papel como em uma tela de computador (CATAPAN, 
2016). 
Figura 16. Conceito de projeção.
 
Observador 
Objeto 
Plano de 
Projeção 
Fonte: Vieira (2018).
Existem três tipos de vistas: a superior, a lateral e a frontal (Figura 17). Estas são uma 
das vistas principais, que são projeções do tipo ortogonais de determinado objeto sobre 
seis planos paralelos de projeções de forma dois a dois ou são, então, as projeções 
ortogonais de um determinado objeto sobre as seis faces de um cubo envolvente. 
Utilizam-se projeções para expressar o formato de um desenho 3D (três dimensões) 
24
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
em uma folha de papel (2D – duas dimensões) e a projeção de um objeto no plano; essa 
projeção do objeto é então chamada de vista (SILVA, 2020). 
Figura 17. Tipos de vistas.
Fonte: Catapan (2016).
Sistemas de projeções
Esse sistema é determinado por três elementos a serem estudados: o plano de projeções 
ou anteparo; o centro de projeção e o raio de projeção. 
O centro de projeções tem a possibilidade de ser determinado ou até inexistente. 
Também pode ser chamado de próprio ou impróprio, respectivamente. Sendo o centro de 
projeções do tipo próprio, então a concentração dos raios de projeções serão concorrentes 
no centro de projeções e passarão por um único ponto no centro de projeção. Se o centro 
de projeções é impróprio, então todos esses raios de projeções serão apresentados de 
formas paralelas com uma direção fixa chamada de direção de projeções. Considere agora 
determinado objeto (F) no espaço, chamado então de figura objetiva, denominando-se 
projeção de (F) sobre um plano de projeções (α). A figura F então é projetada e contida 
em (α), de modo que são obtidas pelas interseções, em (α ), dos raios de projeções que 
se cruzam do centro de projeções C e que passam pelos pontos de (F). Tais informações 
conseguem ser observadas na Figura 18 (SILVEIRA, 2020):
Figura 18. Sistema de projeções.
 
Centro de 
projeção 
Raio de 
projeção 
Raio de 
projeção 
Fonte: Silveira (2020).
25
PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO │ UNIDADE II
Projeção cônica
Projeção cônica é obtida quando o centro de projeção é o próprio (O), estando a uma 
distância finita do plano de projeção, como se pode ver na Figura 19. Com isso, os raios 
de projeções dos pontos de determinadas curvas no espaço, como uma circunferência, 
formam um cone de vértice em (O). Tal sistema é assim denominado em razão 
desse fato.
Figura 19. Projeção cônica.
Fonte: Silveira (2020).
Projeções cilíndricas
Para o tipo de sistema de projeções cilíndricas, o centro de projeções é então impróprio, 
ou seja, o centro de projeção tende a uma distância infinita do plano de projeções. 
Com isso, os raios de projeções necessitam ser paralelos a uma direção (d) determinada 
e, assim, esses raios de projeções dos pontos de determinadas curvas no espaço, como 
uma circunferência, formam um cilindro. Com isso, justifica-se a nomenclatura dada 
ao sistema. Se a direção (d) dada é perpendicular ao plano (α) de projeções, tem-se o 
sistema de projeções cilíndricas ortogonais, conforme Figura 20:
Figura 20. Projeção cilíndrica e cilíndrica ortogonal.
Fonte: Silveira (2020).
26
CAPÍTULO 2
Cotagem nominal
Segundo Bareta e Webber (2009), o sistema de cotas consegue colocar no desenho as 
cotas relativas às dimensões da peça. Ao interpretar o desenho, deve-se ter sempre 
em mente que é impossível para o profissional medir e reproduzir as dimensões com 
exatidão, com exceção do caso em que o desenho indique todas as dimensões e ainda 
os dados auxiliares, como, por exemplo, o tipo do material que deve ser utilizado, o 
tratamento térmico ou, ainda, o acabamento superficial.
Esse sistema de cotas é baseado na norma NBR 10126, e este capítulo demonstrará 
situações comuns na indústria mecânica e em suas soluções de forma mais adequada. 
A Figura 21 ilustra os componentes básicos da representação da cotagem em determinado 
desenho técnico mecânico.
Figura 21. Exemplo básico de cotagem.
 
Seta 
Linha de 
chamada 
Linha de 
chamada 
Cota 
Linha de 
chamada 
Fonte: Bareta e Webber (2009).
Na aplicação dessa Norma NBR 10126, é necessário ainda consultar: 
 » NBR 8402 - Execução de caracteres para escrita em desenhos.
 » NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenhos: tipos de linhas, larguras 
das linhas.
 » NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico: 
vistas e cortes.
O sistema de cotas facilita a interpretação do desenho. É necessário que o desenhista 
padronize a representação desses elementos, conforme Figura 22 a seguir, e seus 
detalhes devem ser de extremo cuidado ao projetista (BARETA; WEBBER, 2009).
27
PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO │ UNIDADE II
Figura 22. Detalhes da cotagem.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
Linhas de cota
As linhas de cota devem ser utilizadas para elementos retos, em que essas retas possuem 
espessura fina, traço contínuo e delimitadas por setas em seus extremos. 
As linhas de extensão possuem espessura fina, traço contínuo, não devem tocar o 
contorno do desenho da peça e também devem prolongar-se um pouco após a última 
linha de cota que englobam (SENAI-ES, 1996). Para fazê-las, deve-se seguir as instruções 
abaixo:
 » Traçar as linhas de cotas e de chamada mais finas do que as linhas 
referentes às arestas de contorno visível ou invisível da peça. O objetivo é 
obter um bom contraste, como ilustrado na Figura 23:
Figura 23. Espessura das linhas de cota.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
28
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
 » Traçar as linhas de cota de forma paralela à linha do objeto ou ao 
comprimento a ser cotado.
 » Não se esquecer de desenhar uma seta em ambas as extremidades.
 » A linha de cota não deve coincidir com a linha de centro ou com o 
prolongamento dessa linha de centro.
 » A linha de cota não deve ser interrompida, apenas se aceita para o caso 
de fornecer um espaço quando necessário para a inserção do número 
referente ao valor da dimensão dessa peça mecânica a ser cotada. Isso só 
deve ocorrer caso o padrão usado na cotagem seja o adotado na Figura 
24. Esse estilo de cotagem deve ser evitado, pois é mais trabalhoso e, 
caso seja usado, deve-se tomar o cuidado para não misturá-lo a outros 
padrões (BARETA; WEBBER, 2009).
Figura 24. Espessura das linhas de cota.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
Linhas de chamada
Bareta e Webber (2009) explicam que as linhas de chamada também são conhecidas 
como linhas de demarcação. São as prolongações do objeto e mostram os limites de 
uma dimensão. Existem algumas regras que devem ser observadas: 
 » As linhas de chamada devem ser traçadas com a mesma espessura que as 
linhas de cotas. 
 » As linhas de chamada devem ser perpendiculares à linha de cota que está 
sendo colocada na peça. Deve-se deixar um pequeno intervalo entre a 
linha referente à aresta da peça assim como à linha de chamada de 1 a 2 
mm, como se observa detalhadamente na Figura 25:
29
PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO │ UNIDADE II
Figura 25. Espaçamento entre aresta e linha de chamada.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
 » A linha de chamada deve ser prolongada de 1 a 2 mm após a linha de cota, 
conforme exemplo abaixo:
Figura 26. Comprimento da linha de chamada.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
 » As linhas de chamada não devem se cruzar, exceto quando é extremamente 
indispensável. Caso necessário, esse cruzamento pode ocorrer sem 
interrupções, como se observano exemplo da Figura 27:
30
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
Figura 27. Cruzamento entre linhas de chamada.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
 » A linha de chamada também não deve ser interrompida quando cruza 
com uma linha de um objeto (Figura 28).
Figura 28. Cruzamento de linha de chamada com aresta.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
 » Para casos especiais, como em curvas do tipo planas, quando não existe 
espaço adequado para as linhas de chamada de forma perpendiculares, 
estas são inseridas com um ângulo (Figura 29). São também paralelas à 
aresta que estão dimensionando.
Figura 29. Linhas de chamada inclinadas.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
31
PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO │ UNIDADE II
Linhas de referência ou linhas auxiliares
Bareta e Webber (2009) citam que a linha de referência é a linha que se estende de 
determinada parte indicada do desenho, através de uma seta, até uma instrução 
referente àquele detalhe de um desenho da peça. São traçadas com base nas regras 
abaixo estabelecidas:
 » As linhas de referência devem ser traçadas com a mesma espessura das 
linhas de cota. 
 » As linhas de referência devem ser traçadas e formar um ângulo. Ainda caso 
seja necessário, deve-se traçar um pequeno segmento horizontalmente 
na extremidade da linha de referência (Figura 30).
Figura 30. Exemplo de linha de referência.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
 » Caso as linhas de referência indiquem determinada linha (aresta) da peça, 
devem ser terminadas com uma seta, conforme ilustrado na Figura 31. 
 » Caso as linhas de referência indiquem uma área (superfície), sua 
extremidade deve ser um ponto, conforme ilustrado nos destaques 2 e 3 
abaixo:
Figura 31. Extremidades das linhas de referência.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
32
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
 » As linhas de referência devem ser construídas de forma que não façam 
um ângulo menor que 30° com a aresta a qual indicam. 
 » Uma linha de referência, quando se refere a um círculo ou arco, deve ser 
traçada de forma que a seta toque o círculo, ou arco, mas não toque o 
centro. E caso seja traçado o prolongamento, este deve passar pelo centro 
do círculo. 
 » Para o caso de existirem dois círculos concêntricos, assim como acontece 
com o traçado de um furo roscado ou rebaixado e/ou cônico, a linha de 
referência deve indicar o primeiro círculo encontrado (Figura 32).
Figura 32. Cotagem de dois círculos concêntricos.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
 » Caso a mesma cota se aplique a um grupo de elementos, a linha de 
referência necessita indicar apenas um elemento do grupo (Figura 33).
Figura 33. Cotagem a um grupo de elementos.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
 » Alguns detalhes devem ser excluídos: linhas de referência longas; linhas 
de referência nas posições horizontal e vertical; linhas de referência 
paralelas às linhas de cota adjacentes.
Setas
Deve-se fazer uma seta em cada extremidade da linha de cota e ainda em uma das 
extremidades da linha de referência. Essas setas devem ser desenhadas conforme as 
seguintes regras:
33
PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO │ UNIDADE II
 » A seta deverá ser, ao menos, três vezes mais longa que larga (Figura 34).
Figura 34. Tamanho da seta.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
 » As setas devem ter aproximadamente 3 mm de comprimento, no entanto 
esse tamanho pode variar com o tamanho de folha usada; isso para a 
maior parte dos desenhos.
 » A seta, para o desenho técnico mecânico, pode ser traçada aberta ou 
compacta seguindo a técnica utilizada na indústria (Figura 35).
Figura 35. Estilos de seta.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
 » A seta deve possuir simetria para o seu comprimento e deve coincidir 
harmoniosamente com a linha de cota (Figura 36).
Figura 36. Linha de cota com extremidades iguais.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
Símbolos
O exemplo mostrado na figura a seguir (Figura 37) ilustra a simplificação muito utilizada 
no execução do desenho técnico, em que é comum a utilização de símbolos gráficos 
padronizados para reduzir as vistas ortogonais e facilitar o entendimento. No primeiro 
momento, são necessárias apenas duas vistas para o entendimento da peça e, ao lado, 
por meio de recursos de símbolos, o desenho pode ser realizado em somente uma vista, 
em que se detalha a profundidade do furo.
34
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
Figura 37. Exemplo de símbolos utilizados na cotagem.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
A Figura 38 demonstra alguns símbolos-padrão utilizados na cotagem. Como exemplos, 
verificam-se furos rebaixados, com escareamento ou com rosca. São geralmente 
especificados de forma padronizada por símbolos ou até mesmo abreviaturas, como 
descrito nas Figura 38 e 39. 
Figura 38. Símbolos-padrão. 
 
 
 
Profundidade Rebaixo Escareamento Inclinação Quadrado Comprimento de arco 
Vezes Raio Diâmetro Referência 
Fonte: Bareta e Webber (2009).
Figura 39. Cotagem de furos utilizando símbolos e cotagem de furos equidistantes por símbolos.
35
PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO │ UNIDADE II
Fonte: Bareta e Webber (2009).
Sistema de colocação de cotas
De acordo com Bareta e Webber (2009), a cotagem deve fornecer todos os elementos 
disponíveis para o dimensionamento de uma peça e ter, portanto, dois aspectos: o do 
dimensionamento da grandeza para cada peça sólida e o da localização de cada peça 
em relação às outras. Entende que se deve referir alguns elementos de determinada 
peça a outras. Alguns elementos de referência são utilizados para a cotagem com mais 
frequência, como: 
 » Eixos, centros e pontos de concorrência de eixos.
 » Superfícies usinadas externamente ou, ainda, de extremidade. 
 » Apoios ou superfícies de não extremidade.
Em resumo, são dois os sistemas de cotagem: a cotagem em série e a cotagem em paralelo. 
Dessas cotagens derivam ainda a cotagem combinada e a cotagem em coordenada.
Cotagem em série
Nesse tipo de cotagem, as cotas são colocadas uma após a outra e, então, indicam 
as distâncias entre elementos contínuos. Usa-se esse sistema de cotagem quando a 
distância entre os elementos contínuos é de importância predominante. 
No desenho, faz-se necessário representar a cota por meio da totalização da distância 
da peça entre parênteses, pois assim fica entendido que essa cota não é necessária para 
o entendimento da peça (BARETA; WEBBER, 2009). 
36
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
Figura 40. Cotagem em série de furos.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
Cotagem em paralelo e cotagem progressiva
Para esse tipo de cotagem, as cotas que possuem a mesma direção têm uma única 
origem de sua referência. Então, isso evita o acúmulo de erros construtivos, em que se 
verifica para o caso precedente. Essa cotagem é extremamente útil nos casos em que ou 
o trabalho ou o controle dos custos sejam realizados com máquinas por coordenadas 
ou, ainda, por exemplo, com máquinas ou instrumentos que possuam afastamento 
progressivo partindo de uma dada referência. No exemplo da Figura 41, a referência é 
constituída por uma superfície plana (BARETA; WEBBER, 2009). 
Figura 41. Cotagem em paralelo com referência em uma superfície.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
Quando se utiliza apenas uma linha de medida, como mostra a Figura 42, a cotagem 
paralela assume a denominação de cotagem progressiva, uma vez que esta fica de forma 
simplificada. Para tal caso, as cotas devem ser escritas acima das linhas de referência, 
respectivamente, e de forma perpendicular à única linha de cota. 
A cota origem “0” é demarcada e corresponde à intersecção da linha de cota com a 
linha de referência da parte da peça que foi escolhida com base no sistema de cotagem. 
37
PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO │ UNIDADE II
Para a cota origem “0”, utiliza-se, exclusivamente um ponto. Para o caso das flechas, 
estas devem ser distribuídas no lado em quehá o afastamento da origem. E caso não 
haja espaço adequado para desenhar as flechas, estas podem ser substituídas por dois 
pontos (um para cada extremo) (BARETA; WEBBER, 2009).
Figura 42. Cotagem progressiva com uma linha de medida.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
Cotagem combinada
Para esse caso de cotagem, e por exigências de funcionalidade, de execução ou de 
controle, pode-se ter com frequência casos em que somente um elemento de referência é 
insuficiente. No exemplo da Figura 43, tem-se um caso particular de cotagem combinada 
no qual são usados, concomitantemente, os sistemas de cotagem em paralelo e em série. 
Para este, são empregados como referência os extremos ou as saliências (superfícies planas 
“a” e “b”). O sistema de cotagem combinada condiz com todas as exigências construtivas 
de quando nenhum dos dois sistemas for suficiente (BARETA; WEBBER, 2009).
Figura 43. Cotagem combinada.
Fonte: Bareta e Webber (2009).
Cotagem em coordenada
Para facilitar, e em alguns casos particulares (Figura 44), é possível substituir a cotagem 
por uma tabela que indica, para cada furo convenientemente determinado por números 
progressivos, o valor das duas coordenadas “X” e “Y” cartesianas e o diâmetro do furo.
38
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
Figura 44. Cotagem em coordenada.
Fonte: Bareta e Webber (2009). 
39
CAPÍTULO 3
Representação ortográfica
Espaço ortográfico
A representação para objetos tridimensionais por meio de desenhos bidimensionais, 
quando são utilizadas projeções ortogonais, foi criada por Gaspar Monge, no século 
XVIII. Esse sistema é denominado geometria descritiva; importante campo da 
geometria de representação por projeções em que se estuda essa forma de representação 
de objetos. As vistas e suas posições no plano do desenho (papel) são dadas de acordo 
com tal sistema de projeção adotado na geometria descritiva. 
Segundo Gaspard Monge, o espaço é dividido em 4 (quatro) partes, as quais se chamam 
diedros devido à intercessão de dois planos perpendiculares que serão os planos de 
projeção. Estes são denominados de planos horizontal e vertical e o espaço deve ser 
visto pelo observador, como considerado na Figura 45. Esse sistema projetivo considera 
o objeto a ser projetado em qualquer diedro, no entanto, para o desenho técnico, 
são considerados apenas o 1o ou o 3o diedro. O 1o diedro é usado no Brasil e adotado 
originalmente na Alemanha, já o 3o diedro é considerado como padrão pelos ingleses e 
americanos (SILVEIRA, 2020).
Figura 45. Representação das projeções de um objeto no 1o e 3o diedros.
Fonte: Silveira (2016). 
A Figura 46 indica que o desenho técnico está representado no 1o diedro. Esse símbolo 
deve aparecer no canto inferior direito (dentro da legenda) da folha de papel dos 
desenhos técnicos.
40
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
Figura 46. Representação de desenho técnico no 1o diedro.
Fonte: Silveira (2016). 
Caso o desenho técnico esteja representado no 3o diedro, deve-se observar este outro 
símbolo, como na Figura 47:
Figura 47. Representação de desenho técnico no 3o diedro.
Fonte: Silveira (2016). 
Para o desenho técnico, pode-se representar até mesmo 6 vistas principais (ortogonais) 
de determinado objeto, no entanto a NBR 10067 recomenda que seja representado o 
menor número de vistas possível, em que comumente sejam adotadas apenas 3 (três) 
vistas principais (SILVEIRA, 2020).
Obtendo projeções de objetos no primeiro diedro
Segundo Silveira (2020), para captar as projeções em 1o diedro de um objeto, é necessário 
posicioná-lo na região compreendida pelo 1o diedro, sem esquecer de considerar uma 
vista lateral (Figura 48). Como o objeto vai estar entre o plano e o observador, tem-se 
sequência direita de projeção.
Figura 48. Projeção em 1o diedro – Sequência direita.
Fonte: Silveira (2016). 
A vista frontal (VF) está descrevendo a face que vai representar melhor o objeto e deve 
ser projetada no plano vertical que está atrás do objeto. As demais vistas serão dadas 
com base na escolha da vista frontal. No exemplo a seguir, tem-se a vista superior (VS) 
41
PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO │ UNIDADE II
projetada no plano horizontal, que se encontra abaixo do objeto, e a vista lateral direita 
(VLD) projetada no plano lateral esquerdo, sendo este mantido em todas as sequências 
diretas de projeção. 
Como se sabe, o desenho técnico é realizado em uma folha de papel. Então, é necessário 
que todas as vistas estejam sob o mesmo plano, segundo a NBR 10067, a qual orienta 
que a planificação deverá ser feita em consideração aos conceitos da geometria 
descritiva de Gaspard Monge. Segue a maneira que ocorre: os planos de projeção a 
mais serão rebatidos sobre o plano de projeções. Nesse caso, o vertical “abrindo para 
trás os planos”. Observa-se que o plano horizontal é projetado ao ser girado para baixo 
e faz com que a vista superior nele contida fique abaixo da vista frontal. O plano lateral 
esquerdo, então, é girado para a esquerda, de modo que a vista lateral direita fique à 
esquerda da vista frontal, conforme Figura 49:
Figura 49. Projeção em 1o diedro – Sequência direita.
Fonte: Silveira (2016).
Exemplo de projeções de objetos no primeiro diedro
Para o caso da exemplificação de projeções de objetos no primeiro diedro, deve-se 
considerar a peça da Figura 50 e também 3 planos ortogonais para obter 3 vistas conforme 
descrito anteriormente. Antes de planificar as vistas projetadas, é aconselhável que, 
primeiramente, escolha-se qual a mais adequada para ser a vista frontal; a vista que 
melhor represente o objeto.
Figura 50. Exemplo 1 de escolha de vista frontal do 1o diedro.
42
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
Fonte: Silveira (2016).
Para a Figura 51, conforme se vê, foi escolhida como vista frontal a que está indicada 
por meio da seta. Sabendo-se que a vista frontal necessita ser projetada no plano 
vertical de projeções, tem-se que os planos vertical, horizontal e lateral são, então, os 
que estão indicados por PV, PH e PL, respectivamente. Com isso, tem-se as três vistas 
nas posições indicadas.
Figura 51. Exemplo 1 de escolha de vista frontal do 1o diedro.
 
PL PV 
 
 
PH 
Fonte: Silveira (2016).
Para a Figura 52, foi adotada como vista frontal uma vista diferente daquela da Figura 
50, conforme observa-se na seta que indica a vista frontal escolhida. Procedendo à 
planificação, obtém-se as três vistas nas posições indicadas.
Figura 52. Exemplo 2 de escolha de vista frontal do 1o diedro.
 
PL PV 
 
 
PH 
Fonte: Silveira (2016).
43
PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO │ UNIDADE II
Obtendo projeções de objetos no terceiro diedro
Ainda segundo Silveira (2020), obter projeções em 3o diedro de um objeto segue um 
raciocínio parecido com o do 1o diedro, em que a diferença inicial é de que o objeto deve 
ser posicionado na região do 3o diedro, conforme descrito na Figura 53. Para esse caso, 
o plano deve estar entre o objeto e o observador, em que será gerada uma sequência 
indireta de projeção.
Figura 53. Projeção em 3o diedro – Sequência indireta.
Fonte: Silveira (2016).
Já para a representação em 3o diedro, a face que deve representar de forma mais 
adequada o objeto deverá ser projetada no plano vertical no qual está em frente ao 
objeto e será nomeada de vista frontal (VF). Os demais nomes serão dados a partir 
da escolha da frontal. Na Figura 54, temos a vista superior (VS) projetada no plano 
horizontal que se encontra acima do objeto e da vista lateral direita (VLD) projetada no 
plano lateral direito. 
Assim como ocorre para o caso de projeções no 1o diedro, esses planos de projeção 
serão também rebatidos no plano vertical de projeções, porém, para esse caso, estão se 
“abrindo os planos para frente”. Observa-se que o plano horizontal girará para cima e 
fará com que a vista superior inserida nele fique acima da vista frontal e, então, o plano 
lateral direito fique para direita.Isso faz com que a vista lateral direita esteja à direita 
da vista frontal, conforme Figura 54.
Figura 54. Planificação do 3o diedro.
 
S 
 
 
 
 F LD 
Fonte: Silveira (2016).
44
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
Exemplo de projeções de objetos no primeiro diedro
Observando a Figura 53 e a Figura 54, entende-se que, no que se refere à frontal no 1o 
diedro, as vistas que ficam posicionadas de maneira oposta a seus nomes (direita na 
esquerda e superior na de baixo), e, para o caso do 3o diedro, as posições coincidem 
com os nomes dados às vistas (superior em cima, direita à direita). Seguindo o mesmo 
exemplo (Figura 55), observe que no 3o diedro, ainda que utilizemos o sistema indireto 
de projeções, as vistas não se diferenciam para o sistema direto. Assim, as 3 vistas da 
peça da Figura 52 são as mesmas para o 3o diedro e somente mudam as posições das 
outras em relação à vista frontal. Isso se dá porque a planificação ocorre como se vê nas 
figuras abaixo.
Figura 55. Exemplo 1 de escolha de vista frontal do 3o diedro.
 
 PH 
PV 
 
 PL 
Fonte: Silveira (2016).
Para a Figura 56, foi escolhida como vista frontal a mesma da Figura 52. Como também 
se consideram 3o diedros os planos vertical, horizontal e lateral, estes ficam conforme 
estão destacados por PV, PH e PL, respectivamente. Comparando-se as posições das 
vistas com a Figura 52, do 1o diedro, para a Figura 54, foi adotada como vista frontal a 
mesma da Figura 52. Como se considera o 3o diedro, também serão os planos vertical, 
horizontal e lateral, os quais ficam como indicado por PV, PH e PL, respectivamente. 
Figura 56. Exemplo 2 de escolha de vista frontal do 3o diedro.
PV
PL PH 
Fonte: Silveira (2016).
45
PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO │ UNIDADE II
Representação axonométrica ortogonal
Representação axanométrica
De acordo com Barison (2007), axonometria tem a seguinte origem: axonometria = 
axon (eixo) + metreo (medida). Essa projeção é a do tipo cilíndrica, em que as figuras 
são referenciadas em um sistema ortogonal de três eixos que formam um triedro.
A representação axonométrica, também conhecida como perspectiva paralela e 
axonometria, nada mais é do que uma projeção cilíndrica ortogonal em um plano oblíquo 
em relação às três dimensões do corpo a ser representado. A aplicação mais utilizada da 
axonometria é para a perspectiva de instalações hidráulicas e para a representação de 
peças, em que o problema de medidas é crucial. As perspectivas do tipo axonométricas 
podem ser classificadas em:
 » Axonometria oblíqua (perspectivas: militar e cavaleira).
 » Axonometria ortogonal (perspectivas: isométrica, dimétrica e 
anisométrica) (Figura 57).
Figura 57. Representação dos tipos de axonometria.
 
Oblíqua Ortogonal 
Fonte: Barison (2007).
Perspectiva axonométrica isométrica
Para esse tipo de perspectiva, percebendo no plano cartesiano os eixos x, y e z, tem-se 
a inclinação semelhante no que se refere ao plano vertical. As projeções dos eixos 
formam entre si ângulos de 120°. Obtém-se a perspectiva isométrica quando se apoia 
um cubo no plano horizontal de projeção e, com uma face lateral, forma-se 45° com 
o plano vertical. Então, após, gira-se o cubo de 35°16’ em torno de um eixo paralelo 
à linha, de forma que uma de suas diagonais estejam paralelas ao plano vertical. 
Na prática, para desenhá-la, basta escolher uma única escala para os três eixos. Veja na 
Figura 58 (BARISON, 2007):
46
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
Figura 58. Representação da perspectiva isométrica e suas projeções.
Fonte: Barison (2007).
Perspectiva axonométrica dimétrica
Nessa perspectiva, analisa-se um cubo e obtém-se a dimetria no plano vertical se este 
for apoiado no plano horizontal de projeção com uma das faces lateral e formar 20° com 
o então plano vertical. Girando-se então o cubo em torno de um eixo que esteja paralelo 
à linha de terra, de forma que sua base forme 20° em relação ao plano horizontal de 
projeção, a projeção vertical será a perspectiva dimétrica. 
Na prática, a perspectiva dimétrica constrói-se da mesma maneira que a perspectiva 
isométrica, com ressalva à mudança de ângulo e à escala para um dos eixos. Para essa 
perspectiva, a face da frente conservará a largura e a face de fuga (eixo x) será reduzida 
a 2/3, conforme Figura 59 (BARISON, 2007):
Figura 59. Representação da perspectiva dimétrica e suas projeções.
 
Fonte: Barison (2007).
47
PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO │ UNIDADE II
Axonometria oblíqua
Perspectiva axonométrica cavaleira
A perspectiva cavaleira é também conhecida como axonometria oblíqua em razão de ser 
uma projeção que presume que o observador esteja no infinito e, consequentemente, 
utilize os raios paralelos e oblíquos ao plano projetado. Caso a inclinação dos raios 
projetantes seja de 45°, os coeficientes de redução serão 1:1:1, conforme Figura 60. 
Na prática, a face da frente se conserva em forma e dimensões e a face de fuga (eixo x) 
é a única face que será reduzida (Figura 60) (BARISON, 2007).
Figura 60. Representação da perspectiva cavaleira e suas projeções.
Fonte: Barison (2007).
Figura 61. Relação das dimensões na perspectiva cavaleira.
Fonte: Barison (2007).
Perspectiva axonométrica militar
A perspectiva do tipo militar também é conhecida como perspectiva aérea ou, ainda, voo 
de pássaro. Na Figura 62, os raios projetantes estão inclinados a 45°. Essa perspectiva 
tem, na prática, eixos x e y que formam entre si um ângulo reto. Para construir esse 
48
UNIDADE II │ PROJEÇÕES E CONTAGENS EM DESENHO TÉCNICO
tipo de perspectiva, é necessário diminuir as medidas do eixo z (eixo das alturas) em 
2/3. Todos os segmentos que pertencem ao plano dos eixos x e y são representados 
em verdadeira grandeza e os coeficientes de redução dessa perspectiva militar são, 
respectivamente, x, y e z, sendo 1:1:2/3 (Figura 63) (BARISON, 2007).
Figura 62. Representação da perspectiva militar e suas projeções.
Fonte: Barison (2007).
Figura 63. Relação das dimensões na perspectiva militar.
Fonte: Barison (2007).
49
UNIDADE III
ELEMENTOS DE 
FIXAÇÃO, ELEMENTOS 
DE TRANSMISSÃO 
E ESTUDOS 
DE SUPERFÍCIES
CAPÍTULO 1
Representação de roscas, parafusos, 
porcas e arruelas
Roscas
Roscas são peças com formato cilíndrico em que estão cavadas ranhuras, em formato 
de hélice, com perfil triangular. Geralmente, são utilizadas em ligações desmontáveis de 
duas ou mais peças em que também são utilizadas peças roscadas, pois estas asseguram 
confiabilidade ao sistema mecânico e possibilitam montagens e desmontagens fáceis. 
O parafuso que move a mandíbula móvel da morsa é um exemplo de movimento de 
peças, conforme Figura 64 (SIMÕES, 2002): 
Figura 64. Detalhes de uma rosca e aplicação desta em porca e parafuso.
 
 Mandíbula móvel 
 Mandíbula fixa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Parafuso 
Fonte: SENAI-SP (2000).
50
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Outra definição, desta vez de forma mais técnica para caracterizar uma rosca, é a de 
um conjunto de reentrâncias e saliências que possui um perfil constante, com formato 
helicoidal, que se desenvolve externa ou internamente ao redor de uma superfície 
cilíndrica ou cônica. Essas saliências são chamadas de filetes, já as reentrâncias são 
chamadas de vãos, conforme Figura 65 a seguir. Além disso, essa figura também 
mostra que o parafuso (externamente) e a porca (rosca internamente) contêm roscas. 
Quando roscamos um parafuso em uma porca, os filetes da rosca e dos parafusos se 
encaixam nos vãos da rosca da porca e vice-versa (SIMÕES, 2002).
Figura 65. Detalhes de uma rosca e aplicação desta em porca e parafuso.
Filete Vão
Entrada do Parafuso
Porca
Rosca Externa
Rosca interna
P ParafusoFonte: CEDAC (2020).
Características das roscas
De acordo com Senai-SP (2000), as principais características das roscas são: entrada, 
avanço e passo.
 » Entrada: é o ponto em que se inicia a rosca. Uma informação importante 
que as roscas podem ter uma ou mais entradas. Estas são usadas quando 
é necessário um avanço mais rápido do parafuso na porca ou vice-versa 
(Figura 66).
 » Avanço (A): é a distância que o parafuso ou a porca caminham em 
relação ao seu eixo ao concluir uma rotação.
 » Passo (P): é a distância entre dois dos filetes próximos.
 » Rotação (R): é uma volta completa do parafuso ou da porca em relação 
ao seu eixo. Quando o avanço é igual ao passo, a porca é denominada de 
uma entrada.
51
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Figura 66. Detalhes de roscas com uma, duas e três entradas, respectivamente.
Fonte: CEDAC (2020).
Sentido e direção das roscas
Simões (2002) também informa que, dependendo do sentido dos filetes em relação ao 
eixo do parafuso, as roscas podem ser classificadas da seguinte forma, de acordo com o 
sentido: à direita ou à esquerda.
 » Rosca à direita: é a rosca na qual o parafuso ou a porca avançam e giram 
para a direita (no sentido dos ponteiros do relógio), conforme Figura 67.
 » Rosca à esquerda: é a rosca na qual o parafuso ou a porca avançam e 
giram para a esquerda (no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio), 
conforme Figura 67.
Figura 67. Representação de roscas no sentido da direita e da esquerda, respectivamente.
Fonte: SENAI-SP (2000).
52
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Nomenclatura de roscas
A sua aplicação independe de que as roscas tenham os mesmos elementos. Variam apenas 
os formatos e as dimensões, conforme representado na Figura 68 (SENAI-SP, 2000):
Figura 68. Representação dos elementos de uma rosca.
 
P = passo (em mm) 
i = ângulo da hélice 
d = diâmetro externo 
c = crista 
d1 = diâmetro interno 
D = diâmetro do fundo da porca 
d2 = diâmetro do flanco 
D1 = diâmetro do furo da porca 
a = ângulo do filete 
h1 = altura do filete da porca 
f = fundo do filete 
h = altura do filete do parafuso 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Roscas triangulares
As roscas do tipo triangulares são classificadas conforme o seu perfil, e são de três tipos:
 » Rosca métrica.
 » Rosca whitworth.
 » Rosca americana.
Rosca ISO normal e rosca métrica ISO fina NBR 9527
A rosca métrica do tipo ISO normal e rosca métrica do tipo ISO fina NBR 9527 podem 
ser observadas na Figura 69. O perfil básico de uma rosca métrica é de um triângulo 
equilátero e o ângulo formado internamente entre os passes formados é de 60° 
(SIMÕES, 2002).
A rosca métrica fina, em um determinado comprimento, tem maior número de filetes 
do que a rosca normal. Com isso, permite melhor fixação e evita afrouxamentos, para o 
caso de vibração de máquinas. Exemplo de aplicação: em veículos (SENAI-SP, 2000).
53
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Figura 69. Representações de rosca ISO normal e rosca métrica ISO fina NBR 9527.
 
 
 
 
 
Fonte: SENAI-SP (2000).
 » Ângulo do perfil da rosca: a = 60º.
 » Diâmetro menor do parafuso (Ø do núcleo): d1 = d - 1,2268P.
 » Diâmetro efetivo do parafuso (Ø médio): d2 = D2 = d - 0,6495P.
 » Folga entre a raiz do filete da porca e a crista do filete do parafuso: 
f = 0,045P.
 » Diâmetro maior da porca: D = d + 2f.
 » Diâmetro menor da porca (furo): D1 = d - 1,0825P.
 » Diâmetro efetivo da porca (Ø médio): D2 = d2.
 » Altura do filete do parafuso he = 0,61343P.
 » Raio de arredondamento da raiz do filete do parafuso: rre = 0,14434P.
 » Raio de arredondamento da raiz do filete da porca: rri = 0,063P.
Rosca whitworth normal – BSW e rosca whitworth 
fina – BSF
A rosca whitworth foi criada em 1841 pelo inglês Joseph Whitworth. Essa rosca inglesa 
tem as seguintes características: o perfil básico tem um triângulo isóceles e ângulo de 
55° entre os flancos adjacentes, além de cristas e fundos arredondados e dimensões no 
sistema inglês (em polegadas), conforme Figura 70 (SIMÕES, 2002):
54
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Figura 70. Representação de rosca whitworth normal - BSW e rosca whitworth fina - BSF.
 
 
 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Fórmulas:
a = 55º
P = 1"
. n de fios
hi = he = 0,6403P
rri = rre = 0,1373P
d = D
d1 = d - 2he
D2= d2 = d - he
A fórmula utilizada para confecção das roscas do tipo whitworth normal e whitworth fina é 
a mesma. Variam apenas o número de filetes por polegada. Utilizando as mesmas fórmulas 
anteriores, serão obtidos os valores para cada elemento da rosca (SENAI-SP, 2000).
Dimensionamento de roscas
A Tabela 4 mostra os tipos mais comuns de roscas, simbologias, perfis e como devem 
ser indicados em desenho técnico e leitura.
Tabela 4. Tipos mais comuns de roscas, perfis e aplicações.
Roscas Símb. Perfil Indicação Leitura
Whitworth normal *
 
 
Rosca whitworth normal com ∅ 1” (é 
dispensável o uso do símbolo W).
Whitworth fina W
 
Rosca whitworth fina com ∅ 1” e 10 filetes 
por 1” linear de avanço.
Whitworth para cano RC
 
Rosca whitworth para cano com furo de ∅ 1”.
55
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Roscas Símb. Perfil Indicação Leitura
Métrica M Rosca métrica normal com ∅ 16.
Métrica fina M Rosca métrica fina com ∅ 60 e passo 4.
SAE para automóveis SAE
 
Rosca SAE com ∅ 1”.
American National 
Coarse
NC
 
Rosca NC com ∅ 2”.
American National 
Fine
NF
 
Rosca NF com 1”.
Trapezoidal Tr Rosca trapezoidal com ∅ 48 e passo 8.
Quadrada Quad. Rosca quadrada com ∅ 30 e passo 6.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Representação normal de roscas
Figura 71. Representação de rosca triangular.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Figura 72. Representação de rosca quadrada.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Figura 73. Representação de rosca trapezoidal.
Fonte: SENAI-SP (2000).
56
UNIDADE III │ ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES
Representação convencional de tipos de rosca
Figura 74. Representação de roscas em desenho técnico.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Figura 75. Representação de furos roscados em desenho técnico.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Figura 76. Representação simplificada de uma rosca externa e interna, respectivamente.
Contínua fina 
Contínua grossa Contínua grossa
Contínua fina
Fonte: CEDAC (2020).
57
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO, ELEMENTOS DE TRANSMISSÃO E ESTUDOS DE SUPERFÍCIES │ UNIDADE III
Representação de união por parafusos e porcas
Figura 77. Representação de rosca com união por parafuso e porca.
 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Representação de união por parafusos e porcas
Figura 78. Representação de rosca com união por parafuso.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Parafusos
Parafusos são elementos usados para fixação e união não permanente de peças, ou seja, 
as peças podem ser montadas e desmontadas com facilidade. São apenas necessários o 
aperto ou desaperto dos parafusos que mantêm as fixações unidas. 
Os parafusos se diferenciam pela forma da rosca, da cabeça, da haste e do tipo de 
acionamento (Figura 79). Geralmente, o parafuso possui duas partes: cabeça e corpo 
(Figura 80) (SENAI-SP, 2000).
Figura 79. Diferenciações de um parafuso.
 
Haste 
 Rosca 
 
 
 
 
 
 
 Cabeça Tipo de acionamento 
Fonte: SENAI-SP (2000).
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Figura 80. Partes de um parafuso.
 
Cabeça Corpo 
Fonte: SENAI-SP (2000).
O corpo do parafuso pode ter o formato cilíndrico ou cônico, sendo totalmente roscado 
ou parcialmente roscado. A cabeça do parafuso pode ter vários formatos, no entanto 
há parafusos sem a cabeça. Na Figura81, temos parafusos dos tipos cilíndrico, cônico e 
prisioneiro, respectivamente (SENAI-SP, 2000).
Figura 81. Tipos de parafuso.
Fonte: SENAI-SP (2000).
As diferenças citadas anteriormente são determinadas pela aplicação dos parafusos, 
o que permite classificá-los em quatro grupos: parafusos passantes, parafusos não 
passantes, parafusos de pressão e parafusos prisioneiros (SENAI-SP, 2000).
Parafusos passantes
Esses parafusos são os que atravessam de um lado a outro as peças a serem unidas. 
Passam livremente nos furos, conforme Figura 82. Dependendo do serviço, esses 
parafusos utilizam porcas, arruelas e contraporcas como acessórios. Esses parafusos 
podem ser com cabeça ou sem cabeça (SENAI-SP, 2000).
Figura 82. Representação de parafusos passantes.
 
Porca Arruela 
Contraporca 
 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Parafusos não passantes 
São parafusos que não utilizam porcas, como se vê na Figura 83. O papel de porca é 
desempenhado pelo furo roscado, feito numa das peças a ser unida (SENAI-SP, 2000).
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Figura 83. Representação de parafusos não passantes.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Parafusos de pressão
Esses parafusos são fixados por meio de pressão. A pressão é exercida pelas pontas dos 
parafusos contra a peça a ser fixada. Os parafusos de pressão podem ou não apresentar 
cabeça, conforme demonstrado na Figura 84 (SENAI-SP, 2000):
Figura 84. Representação de parafusos de pressão.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Parafusos prisioneiros
Esses parafusos não possuem cabeça e têm rosca em ambas as extremidades. 
São recomendados em determinadas situações em que se exijam montagens e 
desmontagens intermitentes, haja vista que o uso de outros tipos de parafusos acabam 
prejudicando a rosca dos furos. As roscas que os parafusos prisioneiros possuem têm 
a possibilidade de ter passos diferentes ou, ainda, sentidos opostos, ou seja, uma rosca 
no sentido horário e a outra no sentido anti-horário. 
Para fixar o prisioneiro no furo da máquina, utiliza-se uma ferramenta especial e, caso 
não se tenha essa ferramenta, deve-se improvisar um apoio com o uso de duas porcas 
travadas em cada extremidade do prisioneiro. Depois da fixação do prisioneiro por uma 
outra extremidade, as porcas são retiradas. A segunda peça é, então, apertada sob uma 
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porca e arruela e aplicada à extremidade livre do prisioneiro. O parafuso prisioneiro 
permanecerá no lugar até quando as peças forem desmontadas (SENAI-SP, 2000).
Figura 85. Representação de parafusos de pressão.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Formato de cabeça de parafusos
Segue Tabela 5 com a síntese de características da cabeça, do corpo, das pontas e com 
indicação dos dispositivos de atarraxamento de um parafuso.
Tabela 5. Características das formas de cabeça de um parafuso.
Formas de cabeça Formato de corpo Pontas
Dispositivo de 
atarraxamento
Sextavada Com parede roscada de tamanho igual ao da não roscada Cônica
Sextavado
Quadrada Com parede roscada de tamanho maior ao da não roscada Arredondada Quadrado
Redonda
Plana com chanfro
Sextavado interno
Abaulada
Plana
Fenda
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Formas de cabeça Formato de corpo Pontas
Dispositivo de 
atarraxamento
Cilíndrica
Fenda cruzada
Escareada Borboleta
Escareada abaulada Recartilhada
Fonte: SENAI-SP (2000).
Formato do parafuso
Segue adicionalmente a Tabela 6 com a ilustração dos tipos de parafusos em sua forma 
completa.
Tabela 6. Representação de parafusos.
Representação lateral
Representação 
frontal
Representação lateral
Sextavado ]Parafuso sextavado com rosca total
Sextavado com porca Parafuso com autoatarraxante de cabeça sextavada
Parafuso de cabeça cilíndrica com sextavado interno
Parafuso de cabeça quadrada
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Representação lateral
Representação 
frontal
Representação lateral
Parafuso de cabeça cilíndrica com fenda Parafuso de cabeça redonda com fenda
Parafuso de cabeça abaulada com fenda Parafuso de cabeça escareada com fenda
Parafuso de cabeça escareada abaulada com fenda
Parafuso sem cabeça com fenda
Parafuso para madeira de cabeça escareada com fenda Parafuso sem cabeça com rosca total e fenda
Parafuso tipo prego de cabeça escareada
Parafuso de cabeça panela com fenda cruzada Parafuso de cabeça escareada com fenda cruzada
Parafuso de cabeça redonda com fenda cruzada Parafuso de cabeça abaulada com fenda cruzada
Parafuso para madeira de cabeça escareada com fenda 
cruzada
Parafuso para madeira de cabeça escareada, abaulada, 
com fenda cruzada
Fonte: SENAI-SP (2000).
Porcas
A porca é um tipo de peça que possui forma prismática ou cilíndrica, em geral metálica, 
com um furo roscado em que se encaixa um parafuso (Figura 86) ou, ainda, uma barra 
roscada. A porca é um acessório que trabalha na união de peças em conjunto com um 
parafuso, uma vez que a porca estará sempre ligada a um parafuso. A parte externa de 
uma porca tem diversos formatos para atender a vários tipos de aplicação. Dessa forma, 
existem porcas que são utilizadas como elementos de fixação e de transmissão (SENAI-
SP, 2000).
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Figura 86. Representação uma porca e sua aplicação.
 
 Parte externa 
 Rosca interna 
 
Porca utilizada 
em aro de bicicleta 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Tipos de roscas 
O perfil de uma rosca varia seguindo o tipo de aplicação que se pretende. As porcas 
utilizadas para fixação, em geral, têm roscas com perfil do tipo triangular. Segue na 
Tabela 6 alguns outros tipos de perfis. As porcas utilizadas para transmissão de 
movimentos possuem roscas com perfis quadrados, redondos, trapezoidais e dentes de 
serra (SENAI-SP, 2000).
Figura 87. Representação de perfis de roscas utilizadas nas porcas.
 
Perfil Triangular 
Utilizada em com parafusos em uniões e 
tubos 
Fonte: SENAI-SP (2000).
Tipos de porcas 
Para aperto manual, são mais utilizadas as porcas borboleta, recartilhada alta e 
recartilhada baixa (Figura 88).
Figura 88. Tipos de porcas: borboleta, recartilhada e recartilhada alta, respectivamente.
Fonte: SENAI-SP (2000).
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Há também as porcas cega baixa e cega alta. Além de propiciarem boa fixação, deixam 
as peças unidas e com melhor aspecto (Figura 89).
Figura 89. Tipos de porcas: cega baixa e cega alta, respectivamente.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Para o ajuste axial (em eixos de máquinas), são usadas as porcas conforme segue 
Figura 90:
Figura 90. Tipos de porcas: redonda com fenda, redonda com entalhes, redonda com furos radiais e redonda 
com dois furos paralelos, respectivamente.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Certos tipos de porcas apresentam ranhuras próprias para uso de cupilhas. Utilizamos 
cupilhas para evitar que a porca se solte com vibrações.
Figura 91. Tipos de porcas: sextavada com fendas, castelo e castelo chata, respectivamente.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Veja a seguir alguns dos tipos mais comuns de porcas, conforme Figura 92.
Figura 92. Tipos de porcas: sextavada, sextavada chata, quadrada e quadrada chata, respectivamente.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Pode-se utilizar as porcas ilustradas na Figura 93 para montagem de chapas nos locais 
em que o acesso seja difícil.
Figura 93. Tipos de porcas: rápida e rápida dobrada, respectivamente.
Fonte: SENAI-SP (2000).
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Figura 94. Representação em desenho técnico dos tipos de porcas: rápida e rápida dobrada, respectivamente.
Fonte: SENAI-SP (2000).
Arruelas
Para evitar alguns inconvenientes em conjuntos

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