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Direito Eleitoral Exemplificado __________________________________ Aula 09 – Lei das Eleições – Parte 04 @fabianopereiraprof ______________________________________________ Página 29 1. Pesquisa Eleitoral abrange o levantamento de dados relativos à opinião dos eleitores e a sua preferência por candidatos e/ou partidos envolvidos na disputa eleitoral. A interpretação desses dados, também abrangida pela pesquisa eleitoral, visam à verificação do desempenho dos disputantes no que tange à sua aceitação, rejeição ou indiferença pelos eleitores no contexto das eleições. 2. Pesquisa eleitoral NÃO se confunde com enquete (ou sondagem). São institutos completamente distintos. 3. As enquetes ou sondagens eleitorais são proibidas durante o período de campanha eleitoral, qual seja, de 16/08 do ano eleitoral até a data do pleito. Antes disso, é permitida e não requer registro perante a Justiça Eleitoral. 4. Nos termos do art. 33 da Lei nº 9.504/97, as entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, para cada pesquisa, a registrar, junto à Justiça Eleitoral, até cinco dias antes da divulgação, as informações elencadas nos incisos I a VII. 5. A formalização desse registro deve ser feita perante o Juiz Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral ou Tribunal Superior Eleitoral, conforme a competência relativa ao registro de candidaturas. Assim, por exemplo, na eleição municipal, as informações relativas às pesquisas eleitorais serão registradas perante o Juiz Eleitoral. 6. A divulgação de pesquisa sem o prévio registro das informações de que trata o art. 33, I a VII, sujeita os responsáveis a multa no valor de cinquenta mil a cem mil Ufirs. 4. Resumo de véspera de prova Fagner Cardoso dos Santos cardosoluzinete@terra.com.br https://www.instagram.com/fabianopereiraprof/ Direito Eleitoral Exemplificado __________________________________ Aula 09 – Lei das Eleições – Parte 04 @fabianopereiraprof ______________________________________________ Página 30 7. Nas Seções Eleitorais em que não for usado o sistema eletrônico de votação e totalização de votos, serão aplicadas as regras definidas nos arts. 83 a 89 desta Lei e as pertinentes da Lei 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. 8. As cédulas oficiais serão confeccionadas pela Justiça Eleitoral, que as imprimirá com exclusividade para distribuição às mesas receptoras, sendo sua impressão feita em papel opaco, com tinta preta e em tipos uniformes de letras e números, identificando o gênero na denominação dos cargos em disputa. 9. Os candidatos da eleição majoritária são identificados pelo nome indicado no registro de candidatura e pela sigla adotada pelo partido ao qual pertencem. E não aparecem em ordem alfabética, mas sim conforme a ordem estipulada em sorteio feito pela Justiça Eleitoral. 10. Para a eleição proporcional, a cédula terá espaços para que o eleitor escreva o nome ou o número do candidato escolhido, ou a sigla ou o número do partido de sua preferência. 11. Em caso de dúvida na apuração de votos dados a homônimos, prevalecerá o número sobre o nome do candidato. 12. Considerar-se-á voto de legenda quando o eleitor assinalar o número do partido no local exato reservado para o cargo respectivo e somente para este será computado. 13. Ao final da transcrição dos resultados apurados no boletim, o Presidente da Junta Eleitoral é obrigado a entregar cópia deste aos partidos e coligações concorrentes ao pleito cujos representantes o requeiram até uma hora após sua expedição. 14. Cada partido ou coligação poderá credenciar até três fiscais perante a Junta Eleitoral, funcionando um de cada vez. 15. Em que pese a diversidade de tipos penais eleitorais e também dos diplomas que os preveem, não há no ordenamento um regramento específico no que tange a uma teoria específica voltada para crimes eleitorais. Dessa maneira, o Código Eleitoral determina a aplicação das regras gerais do Código Penal aos tipos penais eleitorais (art. 287, CE). 16. A doutrina majoritária e também a jurisprudência do STF classificam os crimes eleitorais, apesar de especiais, na categoria de crimes comuns, afastando-os da condição dos crimes políticos e dos crimes de responsabilidade. 17. Não existe a forma culposa para crimes eleitorais, seja no Código Eleitoral, seja na legislação extravagante. Os crimes eleitorais previstos possuem o dolo como tipo subjetivo, forma direta (autor quer o resultado) ou na forma eventual (autor assume o risco de produzir o resultado). Fagner Cardoso dos Santos cardosoluzinete@terra.com.br https://www.instagram.com/fabianopereiraprof/ Direito Eleitoral Exemplificado __________________________________ Aula 09 – Lei das Eleições – Parte 04 @fabianopereiraprof ______________________________________________ Página 31 18. Dada a objetividade e importância do conteúdo, sugiro o estudo dos crimes eleitorais previstos na LE diretamente nos respectivos subtópicos. Fagner Cardoso dos Santos cardosoluzinete@terra.com.br https://www.instagram.com/fabianopereiraprof/