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<p>TECNOLOGIA EM</p><p>MEIO AMBIENTE</p><p>FOTO CAPA</p><p>RAFAEL AUGUSTO VALENTIM CRUZ MAGDALENA</p><p>9</p><p>UNIDADE 1</p><p>TECNOLOGIA E O PENSAMENTO</p><p>CIENTÍFICO NA HISTÓRIA</p><p>1. TECNOLOGIA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO NA HISTÓRIA</p><p>Ao analisar a história da humanidade é possível perceber as transformações que a</p><p>sociedade vivenciou por meio das diversas descobertas em diferentes campos do co-</p><p>nhecimento. Por sua vez, grande parte dessas descobertas, se não todas, foram possi-</p><p>bilitadas pelo desenvolvimento de tecnologias.</p><p>1.1 PRODUÇÃO TECNOLÓGICA E SEUS IMPACTOS</p><p>A partir do entendimento da importância que a tecnologia possui para o desenvolvimen-</p><p>to da humanidade, é necessário compreender o que se entende por tecnologia, que de-</p><p>riva do grego techne, que significa arte, e logos, tratado. Há algumas concepções sobre</p><p>o termo tecnologia, sendo a mais ampla dessas concepções a concretização das ideias</p><p>da classe dominante sobre toda a sociedade, ou seja, a elaboração de ações capazes</p><p>de promover o domínio e o poder sobre o recurso e sobre o outro.</p><p>De forma simplificada, tecnologia pode ser entendida como: o estudo da técnica e da habili-</p><p>dade do fazer que dispõe uma sociedade em qualquer fase histórica.</p><p>Não se pode, assim, ignorar o fato de que o desenvolvimento tecnológico está associado</p><p>ao Pensamento Científico. Porém, antes de definir o Pensamento Científico, deve-se</p><p>entender como pré-requisito o Princípio Socrático da Aceitação do ser humano da</p><p>própria ignorância, pois o conhecimento do cientista termina onde sua ignorância come-</p><p>ça e, assim, cria-se a necessidade de estudar e descobrir. A própria figura do cientista,</p><p>nesse contexto, se apresenta e se define por aquele que busca o conhecimento.</p><p>Fazendo referência a Mithen e a Daniel Dennett quando tratam de ciência e cientista, é</p><p>possível produzir uma conceituação de Pensamento Científico ao considerar a presença</p><p>de três fatores obrigatoriamente interdependentes. O primeiro fator é a habilidade de</p><p>gerar e testar hipóteses, o segundo fator se apresenta na aptidão de desenvolver e utilizar</p><p>ferramentas para a solução de problemas, ambas habilidades já foram amplamente</p><p>observadas em outros animais, principalmente outros primatas, o que não necessariamente</p><p>os apresentaria como criaturas capazes do Pensamento Científico. Com isso, temos o</p><p>último fator, a capacidade do uso de metáforas e analogias, ferramentas do pensamento.</p><p>Essa capacidade se apresenta como uma ferramenta poderosa quando associada a</p><p>uma entidade viva, como um fenômeno, objeto, natureza, entre outros. Por exemplo, a</p><p>analogia e a metáfora podem ser observadas em descrições como do sistema circula-</p><p>tório “rios de sangue” ou algo prazeroso como “um pedaço do céu”.</p><p>U1</p><p>10Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Produção tecnológica e seus impactos</p><p>Figura 01. Elementos do pensamento científico</p><p>Fonte: elaborada pelo autor</p><p>Dessa forma, o termo pensamento científico é, simultaneamente, simples e extremamente</p><p>complexo. Logo, pode-se apontar que essa é a forma de se pensar para obter uma</p><p>resolução para um problema identificado. De forma complexa, pode-se dizer que a mais</p><p>simples necessidade gera a procura de uma solução, mas a prática dessa solução não</p><p>necessariamente se encaixa como pensamento científico. Neste ponto, apresenta-se</p><p>um paradoxo, em que o ato da procura de uma solução para um problema se encaixa</p><p>como pensamento científico, mas a reprodução contínua dessa solução, não.</p><p>É importante salientar que o pensamento científico é um processo que apresenta os</p><p>primeiros vestígios datados pela arqueologia a partir dos últimos três mil anos, prova-</p><p>velmente com início na Idade Antiga (século VII ou VI a.C.).</p><p>Lembre-se que, a contagem dos séculos no período antes de Cristo, ou seja, a.C. é decrescente.</p><p>Importante</p><p>2. TECNOLOGIA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO NA PRÉ-HISTÓRIA</p><p>Os efeitos da produção tecnológica podem ser verificados nos períodos históricos.</p><p>Durante a Pré-História, as dimensões físicas do planeta Terra eram desconhecidas e</p><p>o homem se aventurava em desbravar novos territórios em busca de alimentação, por</p><p>necessidade o homem expandia o seu domínio pelas dimensões físicas do planeta.</p><p>Assim, pode-se definir o homem pré-histórico (Homo sapiens) como o homem mais</p><p>ignorante, ou seja, aquele que possuía o menor conhecimento sobre o planeta, pois ele</p><p>se encontra em um estado de transição do instintivo para o racional.</p><p>É possível também realizar alguns paralelos com a produção tecnológica que está sem-</p><p>pre ampliando seu domínio sobre as áreas do planeta, pois, o homem coletor da Pré-</p><p>-História teve seus hábitos modificados pela produção tecnológica. Nesse momento, a</p><p>prática de caça e coleta deixa de ser feita de forma natural e instintiva e se inicia a caça</p><p>racional, com o uso de técnicas desenvolvidas e seus ensinamentos.</p><p>Cap</p><p>ac</p><p>ida</p><p>de</p><p>do</p><p>us</p><p>o d</p><p>e</p><p>metá</p><p>for</p><p>as</p><p>e</p><p>an</p><p>alo</p><p>gia</p><p>s</p><p>Desenvolver e utilizer</p><p>ferramentas na resolução</p><p>de problemas</p><p>Pensamento</p><p>Científico</p><p>Habilidade de gerar e</p><p>testar hipóteses</p><p>11 Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>U1 Produção tecnológica e seus impactos</p><p>As moradias (cavernas) se tornaram o refúgio seguro para a sociedade humana pré-</p><p>histórica, tal tecnologia possibilitou ao homem se proteger das intempéries do tempo,</p><p>dos animais selvagens e dos clãs inimigos, prolongando a vida dos seres humanos.</p><p>Associadas às moradias estavam as vestimentas que, ao serem colocadas sobre a pele</p><p>frágil do ser humano, eram capazes de aquecer o corpo, proteger do frio e de infecções</p><p>que poderiam atingir o organismo exposto a sujeira.</p><p>Figura 02. Pintura rupestre pré-histórica de Tassili n’Ajjer, na Argélia</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>1</p><p>23</p><p>rf</p><p>As ferramentas, desde então, são tecnologias revolucionárias que serviram e servem</p><p>para promover o acesso e a facilitação dos recursos necessários para a sobrevivência</p><p>e recursos capazes de oferecer o conforto na existência em sociedade. Assim, a vida</p><p>do homem muda cada vez mais, ferramentas são feitas de metais, e novos metais são</p><p>descobertos e, até mesmo, aprimorados, como é o caso do ferro e do aço. O homem se</p><p>apresenta forjando sua própria sobrevivência, absorvendo o conhecimento do mundo</p><p>para sua adaptação ao ambiente.</p><p>Por último e não menos importante, assim como não possui a intenção de extinguir a</p><p>análise das diversas tecnologias que surgiram no período pré-histórico, é preciso destacar</p><p>o fogo como tecnologia que foi capaz de alterar a forma de viver da sociedade. O fogo se</p><p>tornou ferramenta para iluminar os ambientes escuros, para afugentar os animais ferozes</p><p>e propiciou uma mudança no hábito alimentar ao permitir o cozimento dos alimentos.</p><p>Desse modo, podemos concluir que, durante a Pré-História, o processo de</p><p>sustentabilidade era natural, pois o homem utilizava os recursos da natureza para</p><p>sobreviver, inicialmente era coletor e caçador e, após séculos, tornou-se agricultor e</p><p>criador. Esse mesmo homem vivia em equilíbrio com a natureza. Todas essas produções</p><p>tecnológicas não se limitaram apenas ao período da Pré-História, pois também é</p><p>possível percebê-las durante a Idade Antiga.</p><p>3. TECNOLOGIA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO NA IDADE ANTIGA</p><p>Na Idade Antiga, é possível destacar diferentes civilizações, como os Fenícios que,</p><p>motivados pela atividade comercial, desenvolveram os primeiros navios movidos a duas</p><p>forças motrizes, a vela e os remos, eram navios menores, porém, mais rápidos. Em</p><p>U1</p><p>12Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Produção tecnológica e seus impactos</p><p>caso de guerras, eles poderiam ser lançados contra navios maiores, pois sua grande</p><p>velocidade e proa pontiaguda (frente do navio) eram capazes de perfurar seus cascos.</p><p>Outra civilização de destaque são os Egípcios, que controlavam as cheias do rio Nilo,</p><p>que trazia às terras egípcias o Húmus, ou seja, um material orgânico que fertilizava o solo</p><p>propiciando plantio e fartas colheitas. No entanto, nas cheias do rio Nilo, popularmente,</p><p>eram concebidas como um ritual cíclico da deusa Isis de luto pela morte de Osíris, onde</p><p>suas lágrimas criariam a cheia. Heródoto</p><p>comprovou que esse fato era falso ao observar</p><p>que as cheias aconteciam após o desgelo da neve nas montanhas ao sul do Egito.</p><p>Dessa forma, Heródoto revolucionou o Pensamento Científico, sendo o primeiro a dar</p><p>importância às fontes e à confiabilidade da informação passada, onde, por meio da</p><p>observação e comprovação de fatos, encontrava-se a veracidade de teorias sobre eventos</p><p>naturais anteriormente concebidos como obras divinas. Além disso, na atualidade, ele é</p><p>amplamente criticado pela academia justamente por ter fontes históricas duvidosas.</p><p>Figura 03. Heródoto</p><p>Fonte: https://pixabay.com/pt/vectors/busto-famosos-</p><p>grego-her%C3%B3doto-2026845/. Acesso em: 29</p><p>mar. 2021</p><p>A Grécia foi um dos grandes berços do Pen-</p><p>samento Científico no mundo, Sócrates, por</p><p>meio de seus estudos sobre a lógica, foi o</p><p>pioneiro, que, apesar de atualmente ser</p><p>muito atacado, é respeitado pela sua “sim-</p><p>plicidade”, clareza de resultados e direta in-</p><p>fluência na lógica moderna.</p><p>Com Sócrates surgiu o Método Dedutivo,</p><p>permitindo, por meio da observação e inter-</p><p>pretação de fatos, que o homem começas-</p><p>se a observar os eventos naturais do nosso</p><p>mundo e criasse teorias sobre o porquê do</p><p>ocorrido, descartando assim algumas ex-</p><p>plicações precipitadas, na quais o próprio</p><p>Sócrates descreve como “portadoras de fal-</p><p>sidade” ou, simplesmente, falsas.</p><p>Essa forma de pensamento provavelmente não foi exclusiva de Sócrates, ela poderia ter</p><p>vindo, inconscientemente, para outros, mas ele foi o primeiro a organizar e praticar conscien-</p><p>temente esse pensamento científico.</p><p>A respeito dos aspectos da natureza, os gregos defendiam a natureza como recurso</p><p>infinito. Essa filosofia – como vários aspectos da sociedade grega – foi herdada pelos</p><p>romanos, em que a natureza não seria capaz de impor sequer um obstáculo perante as</p><p>construções romanas. O desenvolvimento científico durante o período romano estava</p><p>totalmente ligado a tornar as tecnologias já desenvolvidas em algo mais prático e que</p><p>facilitasse o esforço de guerra e expansão do império, a imensa qualidade de suas vias</p><p>pavimentadas que são utilizadas até os dias de hoje por manterem sua qualidade cons-</p><p>trutiva demonstram suas intenções.</p><p>https://pixabay.com/pt/vectors/busto-famosos-grego-her%25C3%25B3doto-2026845/</p><p>https://pixabay.com/pt/vectors/busto-famosos-grego-her%25C3%25B3doto-2026845/</p><p>13 Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>U1 Produção tecnológica e seus impactos</p><p>Figura 04. Via Ápia</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>h</p><p>ttp</p><p>s:</p><p>//u</p><p>pl</p><p>oa</p><p>d.</p><p>w</p><p>ik</p><p>im</p><p>ed</p><p>ia</p><p>.o</p><p>rg</p><p>/w</p><p>ik</p><p>ip</p><p>ed</p><p>ia</p><p>/c</p><p>om</p><p>m</p><p>on</p><p>s/</p><p>d/</p><p>d9</p><p>/V</p><p>ia</p><p>_a</p><p>pp</p><p>ia</p><p>.jp</p><p>g.</p><p>A</p><p>ce</p><p>ss</p><p>o</p><p>em</p><p>: 1</p><p>4</p><p>de</p><p>z.</p><p>2</p><p>02</p><p>0.</p><p>No auge do poder de Roma foram construídos cerca de 85.000km de estradas que liga-</p><p>vam a capital às fronteiras mais distantes do império. Irradiavam de Roma 29 grandes</p><p>estradas militares, das quais a mais conhecida é a via Ápia, que se estendia por 660km</p><p>e chega a ter 10 metros de largura em certos trechos.</p><p>4. TECNOLOGIA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO NA IDADE MÉDIA</p><p>Ao contrário do imaginado – principalmente pelo preconceito criado pelo termo “Idade</p><p>das Trevas” –, a Idade Média foi um momento de grandes descobertas nas áreas da</p><p>Matemática, Astronomia e Engenharia. Nesse sentido, é evidente que o motivo do ne-</p><p>gacionismo – comumente observado na historiografia desse período – foi a transição</p><p>do polo científico mundial da Europa para o Oriente Médio. Esse negacionismo tirou o</p><p>crédito de muitos cientistas medievais do Oriente Médio e o colocou sob uma bandeira</p><p>europeia, no entanto, é importante ressaltar que a Europa medieval não perdeu o pen-</p><p>samento científico.</p><p>Nesse período, pode-se lembrar do Império Mongol, quando Gengis Khan iniciou uma</p><p>grande rota de comércio e comunicação internacional. A comunicação tomou veloci-</p><p>dade, segundo Weatherford (2010), a notícia de uma morte foi levada da Mongólia a</p><p>Budapeste em apenas três semanas, em 1241, o que é impressionante, pois se trata de</p><p>uma distância de mais de 6.000km.</p><p>Genghis Khan foi o primeiro a construir um império participativo e multicultural. Além</p><p>de produtos, ele difundiu ideias, ou seja, desenvolveu tecnologias. Um sistema bancário</p><p>também foi instituído nos postos, assim, o viajante podia depositar dinheiro em uma</p><p>U1</p><p>14Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Produção tecnológica e seus impactos</p><p>estação e pegar de volta em outra. O império Mongol aprendeu a fazer vidro com os</p><p>iranianos, e o Irã aprendeu a fazer pólvora com os Mongóis. Dessa maneira, ocorreu</p><p>uma certa união das civilizações importantes da época ao se permitirem efetuar trocas</p><p>de tecnologia.</p><p>Figura 05. Genghis Khan, fundador do Império Mongol</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>h</p><p>ttp</p><p>s:</p><p>//p</p><p>t.w</p><p>ik</p><p>ip</p><p>ed</p><p>ia</p><p>.o</p><p>rg</p><p>/w</p><p>ik</p><p>i/G</p><p>en</p><p>gi</p><p>s_</p><p>K</p><p>ha</p><p>n#</p><p>/m</p><p>ed</p><p>ia</p><p>/F</p><p>ic</p><p>he</p><p>iro</p><p>:G</p><p>en</p><p>gh</p><p>is</p><p>_K</p><p>ha</p><p>n.</p><p>jp</p><p>g.</p><p>A</p><p>ce</p><p>ss</p><p>o</p><p>em</p><p>: 2</p><p>9</p><p>m</p><p>ar</p><p>. 2</p><p>02</p><p>1.</p><p>Durante a Idade Média, na Europa, ocorreu um recuo dos habitantes das cidades para o</p><p>campo devido às invasões bárbaras que ocorriam nas cidades. Isso levou a devastação</p><p>de áreas de bosques e florestas. O homem medieval devastou as florestas em busca de</p><p>madeira, promovendo o esgotamento de uma série de reservas minerais. Porém, ao in-</p><p>vadir o meio natural, o homem se tornou suscetível a uma série de doenças endêmicas</p><p>desse ambiente selvagem, que não os atingiam no meio urbano, como o vírus Ebola.</p><p>Por sua vez, a sustentabilidade deixou de existir no processo de avanço da civilização,</p><p>já que os recursos naturais eram abundantes e disponíveis.</p><p>5. TECNOLOGIA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO NA</p><p>IDADE MODERNA</p><p>Outro período de destaque para o desenvolvimento tecnológico foi a Idade Moderna. A</p><p>partir do século XV, sob a liderança de portugueses e espanhóis, os europeus começam</p><p>um processo de intensa troca de tecnologias, a chamada Expansão Marítima.</p><p>Assim, o homem europeu interagiu com povos de outros continentes, relacionando-se</p><p>comercialmente, culturalmente e tecnologicamente. Ele constrói grandes embarcações</p><p>capazes de atravessar os oceanos e resistir aos grandes impactos das águas, além do</p><p>desenvolvimento das novas rotas marítimas e de descoberta de novas localidades.</p><p>Como consequência, o eixo econômico mudou, deixando de ser o Mar Mediterrâneo e</p><p>passando a ser o oceano Atlântico. Consequentemente, com essas mudanças e des-</p><p>cobertas, é preciso elaborar tratados internacionais para acalmar os ânimos das gran-</p><p>des nações descobridoras. Nesse contexto, as grandes navegações trouxeram como</p><p>consequência a devastação das grandes áreas costeiras do Atlântico que propiciavam</p><p>locais perfeitos para instalação de feitorias e exploração de recursos naturais.</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gengis_Khan%23/media/Ficheiro:Genghis_Khan.jpg</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Gengis_Khan%23/media/Ficheiro:Genghis_Khan.jpg</p><p>15 Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>U1 Produção tecnológica e seus impactos</p><p>Nesse período, René Descartes desenvolveu o chamado Método Cartesiano, uma</p><p>evolução clara do pensamento Aristotélico, que se utiliza do ceticismo metodológico, em</p><p>que tudo aceito até aquele momento como verdade deve ser duvidado. Dessa forma,</p><p>Descartes defende a experimentação, registro, análise meticulosa dos dados coletados</p><p>para obter a verdade sobre o objeto de estudo.</p><p>Figura 06. René Descartes A partir desse período histórico, a Revolução In-</p><p>dustrial teve seu estopim, além disso, também foi</p><p>o início da crise ambiental no mundo, pois ainda</p><p>não se considerava as consequências do desen-</p><p>volvimento das tecnologias em relação aos recur-</p><p>sos utilizados em tecnologias e produtos.</p><p>Com sua origem na Inglaterra, a Revolução In-</p><p>dustrial se apresentou como uma evolução tec-</p><p>nológica totalmente interligada ao Pensamento</p><p>Científico da época. Com isso, criou-se o modelo</p><p>de produção industrial, como seu próprio nome</p><p>diz, que se apresenta mais efetivo e substitui os</p><p>modelos utilizados até aquele momento, como o</p><p>artesanato e a manufatura.</p><p>Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/</p><p>Ren%C3%A9_Descartes#/media/</p><p>Ficheiro:Frans_Hals_-_Portret_van_</p><p>Ren%C3%A9_Descartes.jpg.</p><p>Acesso em: 29 mar. 2021</p><p>É fundamental</p><p>entendermos o conjunto de transformações promovidas pela Revolução In-</p><p>dustrial, já que esse evento pode ser classificado em diversas fases, de acordo com o contex-</p><p>to político-econômico-tecnológico do período. Para Hobsbawm (2000), a vida do trabalhador</p><p>no início do século XVIII se caracteriza por uma transição, pois, em 1711, o trabalhador se</p><p>depara com a invenção do motor a vapor, fato que modifica o cálculo do lucro e do tempo de</p><p>produção; as fábricas que funcionam por mais tempo apresentam maior produção, a luz do</p><p>dia já não precisa ser levada em consideração, pois havia iluminação a gás; e o trabalhador</p><p>passa a se adequar ao ritmo das máquinas.</p><p>Inicia-se, com isso, um período de exploração do trabalho e, a partir da metade do sé-</p><p>culo XVIII, os trabalhadores perdem sua outra forma de subsistência, o cultivo em terras</p><p>rurais, já que tais propriedades rurais são reduzidas intensamente para dar mais espaço</p><p>aos cercamentos, política que incentivava a criação de ovinos para a produção de lã, a</p><p>fim de utilizá-la como matéria-prima na indústria.</p><p>Ademais, consolidam-se as principais características da Revolução Industrial, a explo-</p><p>ração do trabalho e do meio ambiente. O trabalhador se torna o operário que está</p><p>completamente envolvido e dependente da produção, como satiriza Charles Chaplin</p><p>em sua obra Tempos Modernos (1936), em que o homem se torna parte da máquina. O</p><p>meio ambiente começa a ser explorado em busca de matéria-prima, observa-se gran-</p><p>de avanço na mineração de carvão e ferro, o tempo de recuperação da terra pode ser</p><p>ignorado devido a invenção do fertilizante sintético, e praticamente todo aspecto de</p><p>exploração natural se intensifica de maneira descontrolada.</p><p>U1</p><p>16Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Produção tecnológica e seus impactos</p><p>A Revolução Industrial propiciou a separação do mundo natural do mundo do homem,</p><p>assim, o homem passou a ser visto como externo à natureza, devendo se apropriar da</p><p>natureza para sua sobrevivência.</p><p>6. TECNOLOGIA E O PENSAMENTO CIENTÍFICO NA</p><p>IDADE CONTEMPORÂNEA</p><p>Por fim, há a Idade Contemporânea, período de maior desenvolvimento tecnológico</p><p>em questão de quantidade, pois, nesse período, grandes alianças de interesses econô-</p><p>micos e políticos se formaram.</p><p>É nesse período histórico que ocorre a 2ª e a 3ª fase da Revolução Industrial. Porém, a</p><p>Revolução Industrial como um todo pode ser considerada o grande marco do desenvol-</p><p>vimento tecnológico da sociedade, em razão das máquinas automatizam e ampliam a</p><p>produção de uma forma nunca antes vista em toda a história da humanidade.</p><p>Esse é o cenário moderno do pensamento científico, o desenvolvimento incessante de</p><p>tecnologias, focando no comércio e no lucro. O impacto dessas tecnologias será con-</p><p>testado apenas após as grandes guerras do século XX.</p><p>Após o final da Segunda Guerra Mundial, ocorre a Polarização da economia, por meio</p><p>da disputa EUA X URSS (capitalismo x socialismo). O mundo Bipolar chega ao fim</p><p>quando o homem pisa na lua. Contudo, nesse processo, o desenvolvimento de novas</p><p>tecnologias avança velozmente e o acesso às novas tecnologias torna-se cada vez</p><p>mais popular. O mundo Multipolar tem início e o desenvolvimento tecnológico chega a</p><p>sua maturidade, mas não em seu fim.</p><p>O homem se encontra em uma situação de capacidade de produção cientifica em que a única</p><p>coisa que o impede de evoluir é a viabilidade dos recursos, o pensamento científico regride a</p><p>sua forma mais primordial, como encontrar mais recursos.</p><p>A humanidade, consequentemente, começou a se organizar de modo a formular</p><p>uma nova estratégia de desenvolvimento, na qual o meio ambiente era consi-</p><p>derado como parte fundamental do processo de evolução da sociedade. No ano</p><p>de 1992 ocorreu, no Rio de Janeiro, o maior e mais marcante evento em prol do</p><p>meio ambiente, a conferência batizada de Rio 92, ou “Cúpula da Terra”. O número</p><p>de participantes foi enorme, números nunca antes vistos em uma conferência com</p><p>esse propósito.</p><p>Neste contexto propiciado pela Conferência de Estocolmo, em 1972, e ampliado</p><p>na Conferência Rio 92, é possível apropriar-se da definição de Sustentabilidade</p><p>sendo: “[...] possuir uma economia capaz de suprir as necessidades das gerações</p><p>presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem às suas</p><p>próprias necessidades”.</p><p>17 Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>U1 Produção tecnológica e seus impactos</p><p>33% 33%33%</p><p>Economia AmbientalSocial</p><p>SUSTENTABILIDADE</p><p>Figura 07. Elementos da sustentabilidade</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>e</p><p>la</p><p>bo</p><p>ra</p><p>da</p><p>p</p><p>el</p><p>o</p><p>au</p><p>to</p><p>r</p><p>O tripé da sustentabilidade prevê que o ambiental, o social e o econômico estejam em</p><p>equilíbrio propiciado pelas ações humanas como protagonistas nos anos vindouros.</p><p>7. GRANDES DESASTRES AMBIENTAIS CONTEMPORÂNEOS</p><p>Com a passagem das décadas sobrecarregadas pelas atividades industriais e explora-</p><p>tórias intermináveis praticadas pela humanidade, a sociedade passa a assistir e viven-</p><p>ciar desastres ambientais de grande intensidade.</p><p>Neste ponto, é importante compreender e diferenciar os termos impacto ambiental e</p><p>desastre ambiental. A definição de impacto ambiental é estabelecida em detalhes na Re-</p><p>solução Conama 01/86, mas, resumidamente, ele pode ser entendido como qualquer al-</p><p>teração do meio ambiente causada por atividades humanas. Já a concepção de desastre</p><p>ambiental, ou acidente ambiental, pode ser entendida como uma sequência de eventos</p><p>não planejados, que geram consequências indesejadas ao homem e ao meio ambiente.</p><p>O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) foi criado pela Lei Federal nº</p><p>6.938/1981. Sendo esse o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do</p><p>Meio Ambiente (Sisnama).</p><p>Para saber mais sobre este órgão, acesse o link disponível em: http://www2.mma.gov.</p><p>br/port/conama/. Acesso em: 15 jan. 2021.</p><p>SA</p><p>IB</p><p>A</p><p>M</p><p>A</p><p>IS</p><p>Primavera Silenciosa (Silent Spring), de Rachel Carson, em 1962, foi a primeira obra a</p><p>detalhar os efeitos adversos da utilização dos pesticidas e inseticidas químicos sintéti-</p><p>cos, iniciando o debate acerca das implicações da atividade humana sobre o ambiente</p><p>e o custo ambiental dessa contaminação para a sociedade humana. Essa obra causou</p><p>um despertar para as questões relacionadas à natureza, e os países passaram a teste-</p><p>munhar desastres ambientais em seus próprios territórios.</p><p>O desleixo e inconsequência do pensamento industrial e exploratório fez eclodir</p><p>desastres ambientais, como o período do “Grande Fedor” do Rio Tâmisa, em Lon-</p><p>http://www2.mma.gov.br/port/conama/</p><p>http://www2.mma.gov.br/port/conama/</p><p>U1</p><p>18Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Produção tecnológica e seus impactos</p><p>dres, que estava em um estado deplorável devido ao despejo de dejetos humanos</p><p>e efluentes industriais.</p><p>De 1953 até 1997, 12.500 pessoas foram diagnosticadas com o “Mal de Minamata”.</p><p>Assim, a doença que degenera o sistema nervoso, provocada pelo despejo de efluentes</p><p>industriais, sobretudo mercúrio, contaminou o pescado da região, na Baía de Minamata,</p><p>no Japão.</p><p>Em 1986, a explosão do reator nuclear de Chernobyl (Ucrânia) espalhou radioativida-</p><p>de em quantidade superior a 10 bombas atômicas, causando a morte de 10 mil pessoas</p><p>e a contaminação de aproximadamente 800 mil pessoas.</p><p>Em 2010, ocorreu o derramamento tóxico de alumínio em Ajka, Hungria, em que uma</p><p>fábrica de alumínio acabou com um de seus diques de contenção arrebentados e derra-</p><p>mou, aproximadamente, 1 milhão de metros cúbicos de resíduos tóxicos nas ruas mais</p><p>próximas. O desastre ambiental, que aconteceu no dia 4 de outubro de 2010, resultou</p><p>em um “barro vermelho”, que chegou a 2 metros de altura, matando quatro pessoas e</p><p>deixando 123 feridos. Considerado o acidente mais grave da história da Hungria, es-</p><p>tima-se que pelo menos 400 moradores da região tiveram de ser removidos do local,</p><p>devido ao risco de queimaduras e irritação nos olhos que o chumbo e outros elementos</p><p>corrosivos poderiam causar.</p><p>No ano 2000, a Baía de Guanabara sofreu com um grave vazamento de óleo, em que</p><p>um navio petroleiro e cerca de 1 milhão de litros de óleo foram derramados.</p><p>Nesse caso,</p><p>o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)</p><p>aplicou multas à Petrobras, que totalizaram em cerca de R$ 52 milhões, pelos danos</p><p>causados a fauna e flora local.</p><p>Já em 2015, o desastre foi o incêndio na Ultracargo, um terminal portuário em Santos.</p><p>A Ultracargo foi multada pelo lançamento de efluentes líquidos de forma inapropriada e</p><p>pelos efluentes gasosos lançados na atmosfera.</p><p>Também em 2015, houve o Rompimento da barragem de Mariana, no mês de novem-</p><p>bro, tal rompimento causou a liberação de uma onda de lama e rejeitos de mais de 10</p><p>metros de altura. Em Minas Gerais, na última década, ocorreram desastres ambientais</p><p>com mineração em Nova Lima (2001), em Miraí (2007) e em Itabirito (2014).</p><p>7.1 DISCUSSÕES SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL</p><p>Os temas desastres ambientais e impactos ambientais são sempre muito abordados</p><p>atualmente, sendo o Aquecimento Global o grande ponto de discussão e repercussão</p><p>nos últimos anos. Porém, para melhor compreender o aquecimento global é necessário</p><p>esclarecer outro fenômeno que está completamente vinculado, ou seja, é preciso abor-</p><p>damos sobre o efeito estufa.</p><p>O efeito estufa é um fenômeno natural que possibilita a existência de vida na Terra, esse</p><p>fenômeno, por sua vez, é caracterizado pela presença de vapor de água e gases na</p><p>atmosfera, elementos que absorvem parcialmente a radiação solar e mantêm a tempe-</p><p>ratura média do planeta próximo a 15ºC.</p><p>19 Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>U1 Produção tecnológica e seus impactos</p><p>Sendo assim, o aquecimento do planeta por meio do efeito estufa é natural, no entanto,</p><p>o fato que não é natural é a intensificação dessa temperatura, isto é, do efeito estufa. A</p><p>essa intensificação convencionou-se chamar de Aquecimento Global, que é ocasionado</p><p>pela liberação de gases de efeito estufa por meio da queima de combustíveis fósseis e</p><p>áreas florestais e, também, pelas atividades industriais.</p><p>De acordo com os Cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima</p><p>(IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU), diversas consequências do aque-</p><p>cimento global podem ser previstas para um futuro próximo, como o derretimento das</p><p>calotas polares e geleiras e a consequente elevação dos níveis dos oceanos e mares.</p><p>Essas mudanças drásticas climáticas produzirão a extinção de uma grande variedade</p><p>de espécies da fauna e flora, extinção de áreas florestadas, aumento de áreas de de-</p><p>sertos, intensificação de chuvas e secas.</p><p>Para reduzir o aquecimento global foram elaborados alguns tratados e mecanismos.</p><p>O protocolo de Kyoto se trata de um tratado internacional com compromissos para a</p><p>redução de emissão dos gases que provocam o efeito estufa. Outro mecanismo criado</p><p>foram os Créditos de Carbono, ou o Mercado de Carbono, que surgiu durante a Rio-</p><p>92. A intenção central do Protocolo de Kyoto é fazer os países reduzirem e limitarem</p><p>suas emissões de gases de efeito estufa.</p><p>Figura 08. Impactos ambientais</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>1</p><p>23</p><p>rf</p><p>Nesse sentido, determinou-se que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corres-</p><p>ponde a 1 crédito de carbono. Com esse crédito, o país poderá realizar negociações</p><p>internacionais. Além do dióxido de carbono, existem outros gases que também podem</p><p>ser reduzidos e serem transformados em créditos de carbono, para essa conversão</p><p>utiliza-se do conceito de Carbono Equivalente.</p><p>Esses mecanismos apresentam alguns contrapontos, pois, a compra de créditos de car-</p><p>bono permite ao país ampliar a sua emissão de gases de efeito estufa, ou seja, o direito</p><p>U1</p><p>20Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Produção tecnológica e seus impactos</p><p>adquirido economicamente para poluir. Outro contraponto se relaciona ao meio ambien-</p><p>te, que se tornou um produto de mercado, sendo sua preservação um ato comercial.</p><p>Um último contraponto está no fato de que o país determina a sua meta de emissão de</p><p>Gases de Efeito Estufa (GEE) e, também, determina o quanto foi lançado na atmosfera, ou</p><p>seja, os países que tiverem uma emissão abaixo da quantidade permitida poderão vender</p><p>essa sobra para outros países que desejam emitir gases além dos limites estabelecidos.</p><p>Nesse contexto, o Brasil ocupa a terceira posição mundial entre os países que participam</p><p>desse mercado, com cerca de 5% do total mundial. Esse mecanismo incentivou a criação de</p><p>novas tecnologias para a redução das emissões de gases poluentes no Brasil.</p><p>Além disso, há outro grupo mais tímido de pesquisadores mais céticos em relação as</p><p>consequências do Aquecimento Global, esse grupo propõe a tese que o planeta ao lon-</p><p>go de sua história passou por vários momentos quentes e frios, sendo que o último ciclo</p><p>quente do passado não está relacionado com as ações humanas, já que a interferência</p><p>humana existente no passado era quase nula. Nesse sentido, as mudanças climáticas</p><p>estariam associadas aos fenômenos externos, como manchas solares, e fenômenos</p><p>internos, como vulcanismos. Para os céticos, uma evidência desse ciclo está no fato de</p><p>que, entre os anos de 1998 e 2007, a temperatura do planeta diminuiu, mesmo existindo</p><p>uma imensa concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.</p><p>Dessa forma, podemos observar que tratar sobre aquecimento global é um desafio,</p><p>logo, é preciso ponderações cientificas e políticas e, acima de tudo, equilíbrio, pois o</p><p>meio ambiente está sofrendo em diferentes aspectos com as ações humanas, por isso,</p><p>é preciso rever nossos hábitos e comportamentos. Por fim, é necessário cuidar do pla-</p><p>neta que é a casa da humanidade.</p><p>Figura 09. Timeline (Linha do Tempo)</p><p>A IDENTIFICAÇÃO DA TECNOLOGIA E PENSAMENTO CIENTÍFICO</p><p>A identificação da Tecnologia e do Pensamento Científico no decorrer da história.</p><p>Tecnologia é a habilida-</p><p>de de realizar</p><p>Pensamento Científico é a bus-</p><p>ca por uma resolução para um</p><p>problema identificado</p><p>O Pensamento Científico exige a ob-</p><p>servação e análise dos fatos e fontes</p><p>antes de teorizar</p><p>A necessidade gerou o “Desenvolvimento de</p><p>Tecnologias” e o “Pensamento Científico”</p><p>Existência ecologicamente sustentável</p><p>A utilização dos</p><p>recursos naturais</p><p>para sobreviverA Tecnologia é</p><p>o controle da</p><p>natureza</p><p>A natureza é infinita e submis-</p><p>sa ao homem</p><p>Idade Antiga</p><p>4.000 a.C.</p><p>Pré-História</p><p>2.500 a.C.</p><p>21 Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>U1 Produção tecnológica e seus impactos</p><p>Tecnologia é a habilida-</p><p>de de realizar</p><p>Pensamento Científico é a bus-</p><p>ca por uma resolução para um</p><p>problema identificado</p><p>O Pensamento Científica propõe ape-</p><p>nas o empirismo, a ação prática como</p><p>fonte de respostas</p><p>Exploração desenfreada dos recursos naturais</p><p>O pensamento Científico se volta para a am-</p><p>pliação da produção</p><p>O Pensamento Científico passou a aprimorar</p><p>as ciências como a Engenharia e Matemática</p><p>Surge o conceito de Sustentabilidade</p><p>Fenômeno natural intensificado</p><p>pelas ações humanas e alvo de</p><p>muitas polêmicas políticas-econô-</p><p>micas-ambientais.</p><p>Intercâmbio de</p><p>tecnologias</p><p>A Tecnologia se</p><p>miniaturiza e se</p><p>torna nuclear</p><p>A Tecnologia</p><p>produz novas</p><p>descobertas</p><p>O homem se apropria totalmen-</p><p>te da natureza como recurso.</p><p>A sociedade desperta para os</p><p>problemas ambientais, após</p><p>sofrer com diferentes</p><p>desastres ambientais.</p><p>Idade Moderna</p><p>1.453 d.C.</p><p>Desastres</p><p>Idade Média</p><p>476 d.C.</p><p>Idade Contempo-</p><p>rânea 1.789 d.C.</p><p>Aquecimento</p><p>Global</p><p>Fatalismo</p><p>x</p><p>Ceticismo</p><p>Futuro</p><p>Fonte: elaborada pelo autor.</p><p>U1</p><p>22Tecnologia em Meio Ambiente</p><p>Produção tecnológica e seus impactos</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>BRASIL. Resolução Conama nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/</p><p>conama/res/res86/res0186.html. Acesso em: 29 mar. 2021.</p><p>DENNETT, D. Consciousness Explained. Nova York: Little, Brown & Company, 1991.</p><p>HOBSBAWM, E. J. Mundos do trabalho: novos estudos sobre história operária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.</p><p>MITHEN, S. A pré-história da mente: uma busca das origens da arte, da religião e da ciência. São Paulo:</p><p>Unesp, 2002.</p><p>ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração do Rio de Janeiro. Estudos Avançados.</p><p>vol.6 no.15 São Paulo May/Aug. 1992. Disponível</p><p>em: https://doi.org/10.1590/S0103-40141992000200013.</p><p>Acesso em: 14 dez. 2020.</p><p>ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano. In:</p><p>Anais Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano. Estocolmo, 6p., 1972. Disponível em:</p><p>https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2167.pdf. Acesso em: 5 abr. 2021.</p><p>SMITH, R. Aristotle’s logic. The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Stanford, 17 fev. 2017. Disponível</p><p>em: https://plato.stanford.edu/archives/fall2020/entries/aristotle-logic/. Acesso em: 5 abr. 2021.</p><p>THOMPSON, E. P. A formação da classe operária inglesa: a árvore de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e</p><p>Terra, 1989.</p><p>WEATHERFORD, J. Gêngis Khan e a formação do mundo moderno. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.</p><p>https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/ORGANIZA%C3%87%C3%83O%20DAS%20NA%C3%87%C3%95ES%20UNIDAS/1010</p><p>https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/ORGANIZA%C3%87%C3%83O%20DAS%20NA%C3%87%C3%95ES%20UNIDAS/1010</p><p>https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/In:%20Anais%20Confer%C3%AAncia%20das%20Na%C3%A7%C3%B5es%20Unidas%20sobre%20Meio%20Ambiente%20Humano/1030</p><p>https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/In:%20Anais%20Confer%C3%AAncia%20das%20Na%C3%A7%C3%B5es%20Unidas%20sobre%20Meio%20Ambiente%20Humano/1030</p><p>Tecnologia e o pensamento científico na história</p><p>2. Tecnologia e o pensamento científico na Pré-História</p><p>3. Tecnologia e o pensamento científico na Idade Antiga</p><p>4. Tecnologia e o pensamento científico na Idade Média</p><p>5. Tecnologia e o pensamento científico na</p><p>Idade Moderna</p><p>6. Tecnologia e o pensamento científico na</p><p>Idade Contemporânea</p><p>7. Grandes desastres ambientais contemporâneos</p><p>A tecnologia e o uso dos Recursos Naturais</p><p>2. Questão ambiental e produção tecnológica</p><p>3. O papel da tecnologia no âmbito dos recursos naturais</p><p>Processos tecnológicos e seus resíduos</p><p>2. Classificações de resíduos, dentre eles, os resíduos industriais</p><p>3. Normas e métodos de descarte de resíduos no ambiente, com foco nos resíduos industriais</p><p>Tecnologias Limpas</p><p>2. O CONCEITO DE P+L E AS ETAPAS E PROCESSOS DE</p><p>SUA IMPLEMENTAÇÃO</p><p>3. A SÉRIE DE NORMAS ISO 14000 E SEUS OBJETIVOS</p><p>Ecoeficiência</p><p>2. Quais são as aplicações da ecoeficiência?</p><p>3. Exemplos de medidas ecoeficientes</p><p>Desempenho Ambiental</p><p>e Benchmarking</p><p>2. A implementação do Desempenho Ambiental e o conceito de indicadores e seus tipos</p><p>3. O histórico evolutivo geral das ações de benchmarking. Os tipos de benchmarking e suas vantagens e desvantagens. Benchmarking ambiental</p><p>Sustentabilidade Ambiental – Programas e Rotulagem</p><p>2. As diferenças entre eco-labelling</p><p>e eco-certification</p><p>3. Os tipos de programas de rotulagem ambiental</p><p>4. Os tipos de selo emitidos e as partes envolvidas</p><p>5. Exemplos de programas de rotulagem</p><p>6. Rotulagem ambiental no Brasil</p><p>Avaliação de Ciclo de Vida: Economia Circular</p><p>2. Histórico da Avaliação de Ciclo de Vida</p><p>3. Etapas na metodologia de Avaliação de Ciclo de Vida</p><p>Tecnologias aplicadas a prevenção e tratamento de corpos hídricos</p><p>2. Infraestrutura verde-azul</p><p>3. Tecnologias aplicadas ao tratamento de afluentes e efluentes</p><p>Tecnologias aplicadas ao controle e tratamento da poluição do ar e do solo</p><p>2. Multiciclones, lavadores de gás e filtros de manga</p><p>3. Biorremediação</p><p>Tecnologias aplicadas a gestão energética</p><p>2. Tecnologias com baixa emissão de carbono</p><p>3. Matriz energética nacional e o crescimento do consumo energético vinculado à crescente demanda tecnológica nos centros urbanos</p><p>Cidades Inteligentes</p><p>“Smart Cities”</p><p>2. Tecnologia de informação e comunicação</p><p>3. Sistemas de informação</p>

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