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Fisiologia Vegetal N2 Revisão 1-) CITE E DESCREVA OS PRINCIPAIS FATORES RELACIONADOS AO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DOS SERES VIVOS VEGETAIS. Fatores Internos (Endógenos) 1. Hormônios Vegetais Substâncias químicas naturais que regulam o crescimento e o desenvolvimento. Os principais hormônios vegetais são: · Auxinas: Promovem o alongamento celular e estão associadas ao tropismo. · Giberelinas: Estimulam o crescimento do caule, a germinação de sementes e o florescimento. · Citocininas: Estimulam a divisão celular e retardam o envelhecimento. · Etileno: Regula o amadurecimento de frutos e a senescência. · Ácido Abscísico (ABA): Atua na dormência de sementes e na resposta ao estresse hídrico. 2. Genética A composição genética de cada espécie determina seu potencial máximo de crescimento e desenvolvimento, além de características específicas, como altura, formato das folhas e tempo de maturação. 3. Estado Fisiológico da Planta A idade, saúde e equilíbrio entre as partes da planta (raízes, folhas e caule) influenciam seu crescimento. Por exemplo, a relação entre área foliar e volume de raízes afeta a absorção de nutrientes e energia. Fatores Externos (Exógenos) 1. Luz (Fotoperíodo e Intensidade Lumínica) A luz é essencial para a fotossíntese. Além disso, o fotoperíodo (duração do dia e da noite) regula processos como floração e germinação. 2. Temperatura Influencia a taxa de reações bioquímicas. Existe uma faixa ideal de temperatura para cada planta, acima ou abaixo da qual o crescimento é inibido. 3. Água Essencial para o transporte de nutrientes, fotossíntese e manutenção da turgescência celular. A falta ou excesso de água afeta diretamente o desenvolvimento. 4. Nutrientes Macronutrientes (como nitrogênio, fósforo e potássio) e micronutrientes (como ferro e zinco) são vitais para funções metabólicas. Deficiências causam anormalidades no crescimento. 5. Solo A textura, estrutura, pH e capacidade de retenção de nutrientes do solo afetam o desenvolvimento das plantas. Solos férteis e bem drenados são ideais. 6. Gases Atmosféricos O dióxido de carbono (CO₂) é fundamental para a fotossíntese, enquanto o oxigênio (O₂) é necessário para a respiração celular. 7. Estresse Ambiental Condições como seca, salinidade, poluição, pragas e doenças podem restringir o crescimento e o desenvolvimento. Interação Entre Fatores Esses fatores atuam de forma integrada. Por exemplo, a luz pode influenciar a atividade hormonal, e a disponibilidade de nutrientes está diretamente ligada à capacidade de absorção das raízes, que é influenciada pela água e pelas condições do solo. Compreender esses fatores é fundamental para manejar o cultivo de plantas de forma eficiente, maximizando sua produtividade e qualidade. 2-) QUAIS AS CLASSES HORMONAIS QUE ESTÃO RELACIONADAS A INIBIÇÃO E PROMOÇÃO DA DIVISÃO CELULAR DOS SERES VEGETAIS? As classes hormonais relacionadas à promoção e à inibição da divisão celular nos vegetais são: Promoção da Divisão Celular Os hormônios que estimulam a divisão celular são: 1. Citocininas · Função: Estimulam diretamente a divisão celular (mitose) e a diferenciação celular. · Mecanismo: Promovem a síntese de proteínas e de DNA, preparando a célula para a divisão. · Origem: São produzidas principalmente nas raízes e transportadas para outras partes da planta. · Exemplo: Zeatina, uma citocinina comum. 2. Giberelinas · Função: Embora mais conhecidas por promoverem o alongamento celular e o crescimento do caule, também podem estimular a divisão celular em tecidos meristemáticos. · Origem: São sintetizadas em sementes, folhas jovens e raízes. Inibição da Divisão Celular Os hormônios que inibem ou limitam a divisão celular são: 1. Ácido Abscísico (ABA) · Função: Atua como inibidor em condições de estresse (seca, salinidade), promovendo a dormência e reduzindo a atividade celular, incluindo a divisão. · Origem: É produzido em folhas, sementes e raízes. 2. Etileno · Função: Embora geralmente relacionado à maturação e senescência, em níveis elevados pode inibir a divisão celular em certos tecidos. · Origem: É produzido em quase todas as partes da planta, especialmente em condições de estresse. Equilíbrio Hormonal A divisão celular é controlada pelo equilíbrio entre citocininas e outros hormônios, como o ácido abscísico e o etileno. Por exemplo, um alto nível de citocininas em relação ao ácido abscísico promove a divisão celular, enquanto um predomínio de ABA pode inibi-la. Esse equilíbrio é essencial para a coordenação do crescimento e desenvolvimento da planta, especialmente em tecidos meristemáticos. 3-) O QUE SÃO ÁCIDOS HÚMICOS, ÁCIDOS FÚVICOS E COMPOSTOS INORGÂNICOS? DESCREVA CADA UM. Ácidos Húmicos, Ácidos Fúlvicos e Compostos Inorgânicos Essas substâncias estão associadas ao solo e ao desenvolvimento das plantas, mas têm origens e características distintas. Abaixo está a descrição de cada uma: 1. Ácidos Húmicos · Definição: São compostos orgânicos complexos derivados da decomposição de matéria orgânica no solo, especialmente da lignina e de outros componentes de plantas e organismos. · Características: · Cor escura (preto ou marrom). · Maior peso molecular e menos solubilidade em água, principalmente em pH baixo. · Alta capacidade de retenção de água e nutrientes, atuando como um condicionador do solo. · Função no Solo e para as Plantas: · Melhoram a estrutura do solo, aumentando a aeração e a retenção de umidade. · Facilitam a disponibilidade de nutrientes, formando complexos com íons metálicos. · Promovem o crescimento radicular e a atividade microbiana. 2. Ácidos Fúlvicos · Definição: Assim como os ácidos húmicos, são compostos orgânicos derivados da decomposição de matéria orgânica, mas com menor peso molecular e maior solubilidade. · Características: · Cor amarelada ou marrom claro. · Solúveis em água em uma ampla faixa de pH. · Baixo peso molecular, o que permite maior mobilidade no solo e nas plantas. · Função no Solo e para as Plantas: · Facilitam a absorção de nutrientes pelas plantas devido à alta mobilidade e interação com cátions e ânions. · Melhoram a capacidade de troca catiônica (CTC) do solo. · Estimulam processos metabólicos nas plantas, como fotossíntese e respiração. 3. Compostos Inorgânicos · Definição: São substâncias químicas que não contêm carbono em sua estrutura principal, ou seja, não são de origem orgânica. No contexto do solo e das plantas, geralmente referem-se a sais, minerais e fertilizantes sintéticos. · Características: · Composição química simples (ex.: nitratos, fosfatos, cloretos). · Alta solubilidade em água, dependendo do composto. · Facilmente disponíveis para as plantas como fonte de nutrientes. · Função no Solo e para as Plantas: · Fonte direta de nutrientes essenciais, como nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), além de micronutrientes como ferro (Fe) e zinco (Zn). · Atuam no equilíbrio do pH do solo, dependendo do tipo de composto aplicado. · Não melhoram a estrutura física do solo, mas aumentam a fertilidade química. Resumo Comparativo Característica Ácidos Húmicos Ácidos Fúlvicos Compostos Inorgânicos Origem Matéria orgânica decomposta Matéria orgânica decomposta Minerais e fertilizantes sintéticos Peso Molecular Alto Baixo Variável Solubilidade Baixa (em pH ácido) Alta (em qualquer pH) Alta Função Principal Melhorar solo e retenção de água Transporte de nutrientes Fornecer nutrientes diretamente Cor Marrom escuro ou preto Amarelo ou marrom claro Incolor ou branco (geralmente) Essas substâncias desempenham papéis complementares no manejo do solo e no desenvolvimento das plantas, sendo fundamentais em sistemas de cultivo sustentáveis e produtivos. 4-) POR QUE É CORRETO AFIRMAR QUE O TRANSPORTE DAS OXINAS É UNIDIRECIONAL? EXPLIQUE FISIOLOGICAMENTE. É correto afirmar que o transporte das auxinas é unidirecional porque ocorre de forma polarizada, ou seja, segue um fluxo específico da parte apical (extremidade superior) para a parte basal (extremidade inferior) da planta. Esse transporte é denominado transporte polar de auxinase está relacionado a mecanismos fisiológicos específicos. Razões Fisiológicas para o Transporte Unidirecional das Auxinas 1. Produção Apical das Auxinas · As auxinas, como o ácido indol-3-acético (AIA), são sintetizadas principalmente em meristemas apicais (pontas de brotos e folhas jovens). · Por isso, o transporte começa na região onde as auxinas são produzidas e se direciona para as partes inferiores da planta, como o caule e as raízes. 2. Mecanismo de Transporte Polarizado · O transporte unidirecional depende de proteínas transportadoras específicas localizadas nas membranas celulares: · PIN (PIN-FORMED): São proteínas que exportam auxinas da célula, localizadas preferencialmente na região basal (inferior) da célula. · AUX1/LAX: São proteínas de influxo que permitem a entrada de auxinas na célula. · Essas proteínas criam um gradiente de concentração de auxinas, forçando o movimento de célula em célula, sempre no sentido apical-basal. 3. Gradiente de pH na Parede Celular · A auxina é transportada na forma protonada (não carregada) através das membranas, graças ao pH ácido na parede celular (gerado pelas bombas de prótons - H⁺-ATPases). · No interior das células, onde o pH é neutro, a auxina se desprotona (forma carregada) e precisa das proteínas PIN para ser exportada novamente, garantindo o fluxo direcional. 4. Controle Hormonal e Tropismos · Esse transporte unidirecional é essencial para regular processos fisiológicos, como o crescimento apical dominante, elongação celular e respostas ao tropismo: · No fototropismo (crescimento em direção à luz), as auxinas migram lateralmente, acumulando-se no lado sombreado do caule para promover maior elongação celular. · No gravitropismo (crescimento em resposta à gravidade), as auxinas se redistribuem para o lado inferior dos órgãos, promovendo diferentes respostas em caules (estimulação do crescimento) e raízes (inibição do crescimento em altas concentrações). 5. Regulação Espacial e Temporal · O transporte polar de auxinas permite que elas regulem de forma precisa o crescimento e o desenvolvimento das plantas, influenciando a divisão e a elongação celular nos tecidos apropriados. Por que é Unidirecional? O transporte polar ocorre apenas no sentido apical-basal (de cima para baixo) porque: · As proteínas transportadoras estão estrategicamente posicionadas. · A gravidade e o gradiente hormonal determinam esse padrão. · As auxinas têm um papel-chave em estabelecer a dominância apical, direcionando o crescimento primário e suprimindo brotos laterais. Portanto, o transporte unidirecional das auxinas não é apenas um fenômeno físico, mas um processo bioquímico fundamental para o desenvolvimento ordenado e adaptativo das plantas. 5-) QUANTO A DIVISÃO CELULAR, EXPLIQUE A ALTA E BAIXA CONCENTRAÇÃO DE AUXINA NO CAULE E NA RAÍZ DAS PLANTAS. A concentração de auxinas (como o ácido indol-3-acético, AIA) exerce efeitos distintos no caule e na raiz, devido à sensibilidade diferente desses tecidos ao hormônio. Essa diferenciação está diretamente relacionada à regulação da divisão e elongação celular, que são fundamentais para o crescimento vegetal. 1. Concentração de Auxina no Caule · Alta Concentração de Auxina: · Estimula o crescimento celular no caule, promovendo a elongação celular e a divisão nos tecidos meristemáticos. · Mecanismo: · A auxina ativa bombas de prótons (H⁺-ATPases), que acidificam a parede celular e ativam enzimas como expansinas. Essas enzimas afrouxam a parede celular, permitindo a expansão da célula. · Resultado: · A alta concentração de auxina no caule favorece o crescimento direcional, como no fototropismo (crescimento em direção à luz) e no gravitropismo (crescimento contra a gravidade). · Baixa Concentração de Auxina: · Ainda pode estimular o crescimento, mas em uma taxa reduzida, insuficiente para sustentar o alongamento rápido. 2. Concentração de Auxina na Raiz · Alta Concentração de Auxina: · Inibe o crescimento na raiz, especialmente a elongação celular. · Mecanismo: · A sensibilidade das células da raiz à auxina é maior do que no caule. Altas concentrações do hormônio alteram o balanço hormonal local e suprimem o alongamento celular, resultando em uma desaceleração do crescimento. · Resultado: · Em processos como o gravitropismo, a redistribuição de auxina para o lado inferior da raiz causa inibição no crescimento desse lado, promovendo a curvatura da raiz para baixo. · Baixa Concentração de Auxina: · Promove o crescimento e a divisão celular, sendo suficiente para estimular o alongamento das células e o desenvolvimento das raízes. Por que o Efeito é Diferente no Caule e na Raiz? 1. Sensibilidade Diferencial: · As células do caule e da raiz têm diferentes receptores e respostas aos níveis de auxina. A raiz é mais sensível à auxina, e uma concentração alta que estimula o crescimento no caule pode inibir na raiz. 2. Interação com Outros Hormônios: · A auxina interage com hormônios como o etileno e o ácido abscísico (ABA) na raiz, amplificando sua inibição. No caule, a interação com giberelinas intensifica o alongamento celular. Resumo Comparativo Concentração de Auxina Caule (Divisão e Elongação) Raiz (Divisão e Elongação) Alta Estimula o crescimento Inibe o crescimento Baixa Estimula, mas com menor intensidade Promove o crescimento Aplicação em Tropismos · Fototropismo (Caule): A alta concentração de auxina no lado sombreado do caule estimula o alongamento celular, causando curvatura em direção à luz. · Gravitropismo (Raiz): A redistribuição de auxina para o lado inferior da raiz inibe o crescimento desse lado, resultando em curvatura para baixo, na direção da gravidade. Essa regulação precisa da divisão e elongação celular, mediada pela concentração de auxina, é essencial para a adaptação e o desenvolvimento da planta em diferentes condições ambientais. 6-) EXPLIQUE COMO OCORRE O PROCESSO DE DOMINÂNCIA APICAL QUANTO AO ÁPICE DE UMA PLANTA E SUAS GEMAS AXILARES. CITE OS HORMÔNIOS ENVOLVIDOS E SUAS AÇÕES. Dominância Apical: O que é? A dominância apical é o fenômeno em que o crescimento do ápice da planta (meristema apical) suprime o desenvolvimento das gemas axilares, controlando a ramificação lateral. Esse processo permite que a planta direcione seus recursos para o crescimento vertical, favorecendo a busca por luz e eficiência na competição. Como Ocorre o Processo de Dominância Apical 1. Produção de Auxina no Ápice · O meristema apical da planta produz grandes quantidades de auxinas (especialmente ácido indol-3-acético - AIA). · A auxina é transportada de forma polar para a base da planta, passando pelos tecidos vasculares e inibindo o crescimento das gemas axilares. 2. Inibição das Gemas Axilares · A auxina atua diretamente ou indiretamente nas gemas axilares, suprimindo sua divisão e elongação celular. · Esse efeito ocorre por meio da interação da auxina com outros hormônios, como citocininas e etileno, que regulam o balanço hormonal necessário para a ativação ou inibição das gemas. 3. Distribuição de Hormônios no Processo · Auxina: · Produzida no ápice, promove o crescimento apical e inibe a atividade das gemas axilares. · Citocininas: · Produzidas principalmente nas raízes, promovem a divisão celular e estimulam o crescimento das gemas axilares. · O transporte de citocininas para as gemas axilares é reduzido pela presença de auxinas, o que mantém as gemas em dormência. · Etileno: · Estimula a senescência e pode amplificar o efeito inibitório da auxina em altas concentrações, reforçando a dormência das gemas axilares. Remoção do Ápice e Liberação das Gemas · Quando o ápice da planta é removido (por exemplo, por poda), a fonte de auxinas é eliminada. Isso resulta em: · Redução da Inibição Hormonal: · A diminuição dos níveis de auxina permite o transporte de citocininas para as gemas axilares, estimulando seu crescimento. · Reativação das Gemas Axilares: · As gemas laterais iniciam o crescimento, promovendo maior ramificação. Importância Fisiológica da Dominância Apical 1. Crescimento Vertical Prioritário: · Permite quea planta alcance maior altura e capte mais luz solar. 2. Distribuição de Recursos: · Direciona energia e nutrientes para o ápice, maximizando o crescimento primário. 3. Adaptação a Ambientes: · Facilita a competição com outras plantas em ecossistemas densos. Resumo dos Hormônios e suas Ações Hormônio Produção Ação no Processo Auxina (AIA) Ápice (meristema apical) Inibe o crescimento das gemas axilares Citocininas Raízes Estimulam a divisão celular nas gemas Etileno Diversos tecidos Amplifica a dormência em altas concentrações O controle da dominância apical, portanto, resulta de uma interação hormonal complexa, onde a auxina desempenha o papel central, modulando a atividade de outros hormônios para determinar o padrão de crescimento da planta. 7-) QUAIS OS HORMÔNIOS PROVOCAM A ABSCISÃO FOLIAR DOS SERES VIVOS VEGETAIS? CITE E EXPLIQUE A AÇÃO DE CADA UM. A abscisão foliar é o processo de separação das folhas, flores ou frutos da planta, geralmente em resposta a mudanças sazonais, estresses ambientais ou envelhecimento natural (senescência). Esse processo é regulado por um equilíbrio hormonal, onde alguns hormônios estimulam a abscisão e outros a inibem. Hormônios que Provocam a Abscisão Foliar 1. Etileno · Função: Principal hormônio responsável por estimular a abscisão. · Ação: · Promove a formação da camada de abscisão, que ocorre na base do pecíolo foliar. · Estimula a produção de enzimas, como celulases e pectinases, que degradam as paredes celulares e os componentes da lamela média, resultando no desprendimento da folha. · O etileno também aumenta a sensibilidade da planta ao envelhecimento e ao estresse, acelerando o processo de senescência e, consequentemente, a abscisão. 2. Ácido Abscísico (ABA) · Função: Indireto, mas importante na regulação do processo. · Ação: · Promove a senescência foliar, criando condições para o aumento da produção de etileno. · Atua como sinalizador em condições de estresse, como seca ou falta de nutrientes, induzindo a abscisão foliar para preservar os recursos da planta. Hormônios que Inibem a Abscisão Foliar 1. Auxinas · Função: Hormônio chave para inibir a abscisão. · Ação: · Manutenção da integridade do pecíolo, impedindo a formação da camada de abscisão. · Quando os níveis de auxina caem (devido à senescência ou remoção do ápice), o etileno passa a predominar, promovendo a abscisão. 2. Giberelinas · Função: Contribuem para retardar a abscisão. · Ação: · Estimulam o crescimento e mantêm a atividade metabólica da planta, inibindo sinais relacionados à senescência. 3. Citocininas · Função: Auxiliam na manutenção das folhas. · Ação: · Retardam o envelhecimento ao promover divisão celular e a mobilização de nutrientes para as folhas. Interação Hormonal no Processo de Abscisão · O equilíbrio entre auxinas e etileno é fundamental: · Quando o nível de auxina é alto, o etileno é incapaz de ativar a formação da camada de abscisão. · Quando o nível de auxina diminui (devido à senescência ou estresse), a ação do etileno predomina, iniciando o processo de abscisão. · Ácido abscísico age indiretamente, enquanto citocininas e giberelinas retardam o processo ao manter a funcionalidade das folhas. Resumo dos Hormônios e suas Ações Hormônio Ação Principal Papel na Abscisão Etileno Estimula Principal responsável pela abscisão Ácido Abscísico Induz senescência Indiretamente estimula a abscisão Auxinas Inibe Evita a formação da camada de abscisão Giberelinas Retardam a senescência Prolongam a vida foliar Citocininas Promovem divisão celular Retardam a senescência e a abscisão A abscisão foliar é, portanto, o resultado de uma regulação complexa onde o aumento do etileno, frequentemente associado à redução de auxinas, desempenha o papel central no desprendimento das folhas. 8-) QUAL A RELAÇÃO ENTRE O HORMÔNIO VEGETAL A AUXINA E AÇÕES DE TROPISMO E FRUTOS SEM SEMENTE? EXPLIQUE. Relação entre Auxina, Tropismos e Frutos Sem Semente A auxina (como o ácido indol-3-acético - AIA) é um dos principais hormônios vegetais, desempenhando papéis cruciais no crescimento e desenvolvimento das plantas. Ela está diretamente envolvida nos tropismos (movimentos de crescimento direcionados por estímulos externos) e na formação de frutos sem sementes (partenocárpicos). 1. Auxina e Tropismos Os tropismos são respostas de crescimento direcionado que ocorrem devido à redistribuição assimétrica de auxinas nos tecidos da planta. Os principais tropismos mediados pela auxina incluem: Fototropismo · O que é? · Movimento de crescimento da planta em direção à luz (fototropismo positivo, como no caule) ou afastando-se da luz (fototropismo negativo, como em algumas raízes). · Como a auxina atua? · A auxina é redistribuída para o lado sombreado do caule. · No caule: · A concentração mais alta de auxina no lado sombreado promove o alongamento celular nesse lado, resultando na curvatura em direção à luz. · Na raiz: · Concentrações elevadas de auxina no lado sombreado inibem o crescimento celular, causando a curvatura em direção oposta à luz. Gravitropismo · O que é? · Movimento de crescimento em resposta à gravidade: · Positivo: raízes crescem na direção da gravidade. · Negativo: caules crescem contra a gravidade. · Como a auxina atua? · A auxina se redistribui para o lado inferior do órgão (causado pela percepção gravitacional pelos estatólitos, estruturas celulares especializadas). · No caule: · A alta concentração de auxina no lado inferior promove o alongamento celular, curvando o caule para cima. · Na raiz: · A alta concentração de auxina no lado inferior inibe o crescimento, curvando a raiz para baixo. 2. Auxina e Frutos Sem Sementes (Partenocárpicos) A formação de frutos partenocárpicos (frutos sem sementes) ocorre devido à ação direta ou exógena da auxina, que substitui a necessidade de fertilização do óvulo para induzir o desenvolvimento do fruto. Como a auxina promove frutos sem sementes? · Produção Natural: · Algumas espécies de plantas produzem auxinas naturalmente em níveis suficientes para iniciar o desenvolvimento do fruto, mesmo sem a fertilização do óvulo. · Aplicação Artificial: · Auxinas sintéticas (ou outros hormônios como giberelinas) podem ser aplicadas em flores para induzir o crescimento do ovário em frutos como tomate, uva e melancia, sem que ocorra a formação de sementes. Mecanismo de Ação da Auxina nos Frutos · Estimula a divisão e elongação celular no ovário, levando ao crescimento do fruto. · Promove a mobilização de nutrientes para o ovário, sustentando seu desenvolvimento. · Atua em conjunto com outros hormônios, como giberelinas e citocininas, para regular o processo. Resumo das Funções da Auxina Processo Papel da Auxina Efeito Tropismos Redistribuição assimétrica em resposta a estímulos Curvatura direcional em caules e raízes Frutos Sem Semente Estímulo ao crescimento do ovário (natural ou exógeno) Desenvolvimento do fruto partenocárpico Conexão Geral A auxina é um hormônio multifuncional que regula tanto respostas ambientais (como os tropismos) quanto processos reprodutivos (como a partenocarpia). Sua ação, que inclui a promoção de divisão celular, elongação e redistribuição de nutrientes, é fundamental para a adaptação e a produtividade das plantas. 9-) EXPLIQUE COMO A GIBERELINA FOI ISOLADA E DENOMIDA EM 1934. A giberelina foi isolada e nomeada pela primeira vez em 1934, no Japão, durante estudos conduzidos por cientistas interessados em investigar uma doença que afetava plantações de arroz. Esse processo está intimamente ligado ao fungo Gibberella fujikuroi. Contexto do Descobrimento · O fungo Gibberella fujikuroi é o agente causador da doença conhecida como "bakanae" (do japonês "planta tola"). · Essa doença fazia com que plantas de arroz crescessem excessivamente altas, ficassem fracas, e eventualmente tombassem, causando grandes prejuízos agrícolas. · Curiosos sobre o mecanismo por trás do crescimento anormal, os pesquisadores começaram a estudar o fungo e as substâncias que ele produzia. Isolamento e Nomeação 1. PrimeiroIsolamento · Em 1934, o químico japonês Eiichi Kurosawa conseguiu demonstrar que o fungo produzia uma substância que promovia o crescimento exagerado das plantas de arroz. · Ele isolou o composto ativo, que foi inicialmente chamado de "fator de crescimento". 2. Denominação "Giberelina" · O nome "giberelina" foi dado em referência ao fungo Gibberella fujikuroi, de onde o hormônio foi extraído. · A substância recebeu essa denominação para destacar sua origem e sua relação com a doença "bakanae". Avanços Posteriores · Após o isolamento inicial, outros pesquisadores identificaram que as giberelinas eram produzidas não apenas pelo fungo, mas também naturalmente pelas plantas. · Foi descoberto que as giberelinas são um grupo de compostos relacionados (hormônios), essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas, incluindo: · Elongação de caules. · Germinação de sementes. · Indução de floração em algumas espécies. Importância do Descobrimento A descoberta da giberelina foi um marco na fisiologia vegetal, pois revelou a existência de um hormônio que regula processos de crescimento de forma significativa, diferentemente da auxina, já conhecida na época. A partir desse isolamento inicial, as giberelinas passaram a ser amplamente estudadas e aplicadas em práticas agrícolas, como na promoção do crescimento de frutos e no controle da dormência de sementes. 10-) QUAL A RELAÇÃO ENTRE O HORMÔNIO VEGETAL GIBERELINA E A CULTURA DE ARROZ E CANA DE AÇÚCAR? EXPLIQUE. A giberelina, um dos principais hormônios vegetais, desempenha papéis fundamentais no desenvolvimento e na produtividade de culturas como arroz e cana-de-açúcar. Sua atuação está relacionada à regulação do crescimento, ao controle do ciclo de vida das plantas e à melhora do rendimento agrícola. Abaixo, exploramos a relação entre a giberelina e essas culturas. 1. Relação com a Cultura do Arroz Regulação do Crescimento · A giberelina promove o alongamento celular e o crescimento do caule, sendo essencial para variedades de arroz que precisam de maior altura para evitar o alagamento em campos inundados. · Contudo, em excesso, o crescimento exagerado pode deixar a planta mais propensa ao acamamento (tombamento), o que pode ser problemático em condições de ventos fortes ou chuvas intensas. Controle de Cultivares de Arroz Anão · Cultivares anãs de arroz, como as usadas na Revolução Verde, possuem mutações que reduzem a produção ou a sensibilidade às giberelinas. · Isso resulta em plantas mais compactas e resistentes ao acamamento, permitindo maior produtividade de grãos sem o risco de perdas devido ao crescimento excessivo. Germinação de Sementes · A giberelina é crucial no processo de germinação do arroz: · Durante a germinação, promove a ativação de enzimas como a amilase, que decompõe o amido armazenado no endosperma em açúcares, fornecendo energia para o crescimento do embrião. 2. Relação com a Cultura da Cana-de-Açúcar Aumento do Crescimento Vegetativo · A aplicação de giberelinas na cana-de-açúcar pode estimular o crescimento dos entrenós, resultando em colmos (caule) mais longos e maior produção de biomassa. · Isso é especialmente útil em regiões onde o crescimento da cana é limitado por condições ambientais ou manejo inadequado. Quebra de Dormência · Em algumas situações, as gemas apicais ou laterais da cana entram em dormência devido a estresses ambientais. · A giberelina pode ser usada para quebrar a dormência dessas gemas, estimulando o rebrotamento e garantindo a continuidade do crescimento da planta. Interação com Sacarose · Apesar do papel da giberelina no crescimento, sua aplicação excessiva pode reduzir a concentração de sacarose nos colmos. Isso ocorre porque o hormônio prioriza o crescimento vegetativo em detrimento do acúmulo de reservas de açúcar. · Portanto, o uso de giberelinas deve ser cuidadosamente balanceado para evitar prejuízos na qualidade do produto final. Resumo Comparativo: Giberelina no Arroz e na Cana-de-Açúcar Aspecto Arroz Cana-de-Açúcar Alongamento do caule Promove crescimento; excesso pode causar acamamento Estimula o crescimento dos entrenós Controle de altura Cultivares anãs têm sensibilidade reduzida Não aplicável diretamente Germinação Ativa enzimas para quebrar o amido Menor importância no ciclo da cana Dormência Não é relevante Quebra dormência de gemas apicais e laterais Acúmulo de reservas Não aplicável diretamente Aplicação excessiva pode reduzir a sacarose Considerações Gerais · A giberelina é uma ferramenta importante para o manejo dessas culturas, mas seu uso deve ser cuidadosamente planejado, pois: · No arroz, é essencial para germinação e crescimento, mas seu controle é necessário em cultivares modernas. · Na cana-de-açúcar, ela pode melhorar a produtividade vegetativa, mas deve-se equilibrar seu uso para não comprometer a qualidade do açúcar produzido. Com o manejo adequado, a giberelina pode contribuir para a sustentabilidade e a eficiência da produção agrícola dessas importantes culturas. 11-) EM RELAÇÃO AO CULTIVO DE UVA, QUAIS AS PRINCIPAIS AÇÕES DO HORMÔNIO VEGETAL GIBERELINA, ÁCIDO ABSCÍSICO E GÁS ETILENO? EXPLIQUE. Os hormônios vegetais giberelina, ácido abscísico (ABA) e etileno desempenham papéis cruciais no cultivo de uva (Vitis vinifera), influenciando diferentes aspectos do seu crescimento, desenvolvimento e qualidade do fruto. Cada um desses hormônios tem funções distintas, mas inter-relacionadas, que impactam o sucesso do cultivo de uvas. Abaixo, explicamos as principais ações de cada um desses hormônios no cultivo da uva. 1. Giberelina A giberelina é especialmente importante no cultivo da uva, pois influencia a crescimento do cacho e a formação dos frutos, além de melhorar a qualidade da uva em termos de tamanho e uniformidade. Principais Ações no Cultivo de Uva: · Aumento do Tamanho dos Frutos: · A giberelina é aplicada em algumas variedades de uva para aumentar o tamanho dos frutos, pois ela estimula a divisão celular e a elongação celular no cacho. Isso resulta em frutos maiores e mais atraentes, especialmente em variedades de uva de mesa. · Prevenção de Sementes: · A giberelina também pode ser usada para induzir a partenocarpia, ou seja, o desenvolvimento de frutos sem sementes. Isso é particularmente desejável nas variedades de uva de mesa, onde a presença de sementes é indesejada. · Alongamento do Cacho: · A aplicação de giberelinas pode ser usada para alongar o cacho de uva, o que ajuda a melhorar a qualidade do produto final, tornando-o visualmente mais atraente e facilitando a colheita. · Indução da Germinação: · Embora a giberelina não seja o principal hormônio envolvido na germinação das sementes de uva, ela pode ter um efeito indireto ao melhorar as condições gerais de crescimento da planta, o que pode favorecer o desenvolvimento das sementes. 2. Ácido Abscísico (ABA) O ácido abscísico é um hormônio relacionado principalmente com a regulação da maturação dos frutos e com a resposta ao estresse. Principais Ações no Cultivo de Uva: · Maturação dos Frutos: · O ácido abscísico desempenha um papel importante na maturação dos frutos, especialmente no início da maturação das uvas, quando ele ajuda na acumulação de açúcares e na alteração das características organolépticas (como sabor e cor) das uvas. · Durante a maturação, o ABA regula a síntese de antocianinas (pigmentos responsáveis pela cor das uvas) e promove a acumulação de compostos fenólicos, que impactam o sabor e a qualidade do vinho (para uvas destinadas à vinificação). · Resposta ao Estresse Hídrico: · O ABA é um hormônio chave na resposta das plantas ao estresse hídrico, promovendo o fechamento dos estômatos e, assim, reduzindo a perda de água pela transpiração. Isso ajuda a planta a se adaptar a períodos de seca, mas o manejo do ABA deve ser feito com cuidado, já que pode afetar a produção de frutas. · Regulação da Queda dos Frutos (Abscisão): · O ABA também está envolvido na indução da abscisão foliar e na queda prematura de frutos, especialmente em condições adversas (estresse). Em algumasbrotos em diferentes condições. 1. Auxina A auxina é um hormônio vegetais fundamental para o crescimento e desenvolvimento das plantas, especialmente na formação de raízes e na elongação celular. Ela é produzida principalmente nas pontas dos brotos (ápices) e nas raízes. Função da Auxina na Formação de Raízes: · A auxina é essencial para a formação de raízes em plantas. Em particular, ela regula o desenvolvimento das raízes adventícias (raízes que surgem a partir de outras partes da planta que não a raiz principal). · Estimulação da formação de raízes adventícias: Quando uma planta é induzida a formar raízes (por exemplo, em técnicas de estaquia), a aplicação de auxina pode acelerar e aumentar o número de raízes formadas. · Regulação do crescimento das raízes: Ela também promove o alongamento celular das raízes, permitindo seu crescimento para baixo e a exploração do solo. 2. Citocinina A citocinina é outro hormônio vegetal que está relacionado ao crescimento e desenvolvimento, sendo particularmente importante na divisão celular e na formação de brotos. Função da Citocinina na Formação de Brotos: · A citocinina é crucial para o crescimento dos brotos e para a formação de gemas laterais. Ela estimula a divisão celular nos pontos de crescimento (como nas gemas apicais e laterais), promovendo o crescimento e ramificação. · Além disso, a citocinina ajuda a atrasar a senescência de folhas, o que também pode contribuir para o vigor geral da planta e a manutenção de novas estruturas vegetativas. Interação entre Auxina e Citocinina na Formação de Raízes e Brotos · A auxina e a citocinina possuem ações opostas, mas complementares. O equilíbrio entre esses dois hormônios é o que determina se a planta formará raízes ou brotos. Na Formação de Raízes: · Auxina predominante: Quando a auxina está em maior concentração, ela favorece a formação de raízes. Por exemplo, em processos de propagação vegetativa como a estaquia, a aplicação de auxina pode estimular o crescimento de raízes. · Citocinina em menor concentração: A citocinina tem um efeito antagonista à auxina na formação de raízes. Se a citocinina for aplicada em excesso ou se estiver presente em maiores concentrações em relação à auxina, ela pode inibir a formação de raízes e estimular o crescimento de brotos. Na Formação de Brotos: · Citocinina predominante: A citocinina favorece a formação de brotos e gemas laterais. Quando a planta tem uma maior concentração de citocinina em relação à auxina, ela tende a desenvolver brotos e caules em vez de raízes. · Auxina em menor concentração: Quando a auxina está presente em quantidades menores em relação à citocinina, a planta pode formar brotos mais facilmente, pois a auxina favorece a formação de raízes e a citocinina favorece a formação de brotos. Equilíbrio entre Auxina e Citocinina O equilíbrio entre auxina e citocinina é crucial para determinar o tipo de estrutura vegetal (raiz ou broto) que se formará: · Maior quantidade de auxina → Preferência pela formação de raízes. · Maior quantidade de citocinina → Preferência pela formação de brotos e gemas laterais. · Proporção balanceada: Em concentrações equilibradas de ambos, pode haver diferenciação entre raízes e brotos, o que é importante para o desenvolvimento geral da planta. Resumo: · Auxina: Estimula a formação de raízes e o alongamento celular. · Citocinina: Estimula a divisão celular e a formação de brotos. · O equilíbrio entre esses dois hormônios determina se a planta formará raízes ou brotos em resposta a estímulos de crescimento ou técnicas de propagação. 15-) QUAL HORMÔNIO VEGETAL ESTÁ INTIMAMENTE LIGADO A SÍNTESE DE AMINOÁCIDOS E RETENÇÃO DE ÁGUA NOS TECIDOS VEGETAIS? EXPLIQUE. O ácido abscísico (ABA) é o hormônio vegetal intimamente ligado à síntese de aminoácidos e à retenção de água nos tecidos vegetais. Esse hormônio tem um papel crucial na resposta das plantas ao estresse hídrico, regulando tanto o metabolismo interno quanto a resposta a condições ambientais desfavoráveis. 1. Síntese de Aminoácidos O ácido abscísico está envolvido na regulação do metabolismo dos aminoácidos, especialmente em resposta ao estresse ambiental, como a falta de água. Ele pode influenciar a síntese de certos aminoácidos essenciais para a resposta ao estresse, como o prolina, que é acumulado em altas concentrações em situações de desequilíbrio hídrico. A prolina atua como um osmoprótico, ajudando a planta a manter a osmorregulação e a proteção celular em ambientes com pouca água. Além disso, o ABA também participa na sintetização de proteínas de defesa, que ajudam a planta a enfrentar condições adversas como a seca ou a salinidade. 2. Retenção de Água O ABA tem um papel fundamental na retenção de água nos tecidos vegetais, particularmente na regulação da abertura e fechamento dos estômatos. Os estômatos são pequenas aberturas nas folhas e caules responsáveis pela troca gasosa e transpiração. · Fechamento dos Estômatos: Quando a planta sofre estresse hídrico, o ácido abscísico é sintetizado em maior quantidade e induz o fechamento dos estômatos, o que ajuda a reduzir a perda de água por transpiração. Esse mecanismo de defesa é crucial para conservar água e evitar a desidratação da planta. · Aumento da Eficiência Hídrica: Além disso, o ABA ajuda a planta a aumentar a eficiência do uso da água ao regular o crescimento das raízes e melhorar a absorção de água em períodos de escassez. Resumindo: · Ácido abscísico (ABA) é o hormônio vegetal associado à síntese de aminoácidos (como a prolina) e à retenção de água nos tecidos vegetais. · O ABA regula o fechamento dos estômatos durante o estresse hídrico, ajudando a planta a conservar água e a proteger-se de desidratação. · O hormônio também influencia a síntese de proteínas de defesa e aminoácidos, como a prolina, que ajudam a planta a lidar com a falta de água. Dessa forma, o ácido abscísico tem um papel vital no controle do metabolismo de água e na adaptação da planta a condições de estresse. 16-) O QUE É O PROCESSO DE INIBIÇÃO DE SENSCÊNSIA OCORRIDO COM A APLICAÇÃO DE HORMÔNIOS? O processo de inibição da senescência ocorre quando a maturação ou envelhecimento das células e tecidos vegetais é retardado ou impedido, geralmente por meio da aplicação de hormônios vegetais. A senescência é um processo natural que envolve a diminuição da atividade metabólica nas plantas, levando ao declínio das funções celulares, como a fotossíntese, até o eventual apodrecimento ou queda das folhas, flores e frutos. Quando esse processo é inibido ou retardado, a planta pode manter suas funções vitais por mais tempo, o que é vantajoso para a produção de frutos, sementes e maior crescimento. A inibição da senescência pode ser promovida por certos hormônios vegetais, especialmente a citocinina e o ácido giberélico, e, em menor medida, também pelo ácido abscísico em algumas condições. Principais Hormônios que Inibem a Senescência: 1. Citocinina · A citocinina é um dos principais hormônios envolvidos na inibição da senescência. Ela desempenha um papel importante no retardamento do envelhecimento das células vegetais, principalmente nas folhas. · Ação: A citocinina estimula a divisão celular, o crescimento e a expansão das células, além de promover o atraso da senescência. Ela ajuda a manter a clorofila nas folhas, aumentando a capacidade fotossintética e evitando o amarelamento precoce. · Uso: Em agricultura e horticultura, a citocinina é frequentemente aplicada em corte de flores e frutos para prolongar a vida útil e melhorar a qualidade das plantas durante o armazenamento e transporte. 2. Ácido Giberélico (GA) · O ácido giberélico também pode contribuir para a inibição da senescência, embora seu papel principal seja no crescimento e alongamento celular. · Ação: O GA pode atrasar a senescência em algumas partes da planta, como nas flores e frutos, ao promover o alongamento celular e a continuidade do crescimento. Ele também pode influenciar a produção de etileno (um hormônio associado à senescência) em certos casos. · Uso: Na agricultura, o ácidogiberélico é utilizado em algumas culturas para aumentar o tamanho de frutos e retardar a maturação prematura. 3. Ácido Abscísico (ABA) · Embora o ácido abscísico (ABA) esteja geralmente associado à indução da senescência, especialmente em condições de estresse hídrico ou quando a planta entra em dormência, em algumas situações ele pode ter um efeito moderado de retardar a senescência, principalmente em condições de estresse. · Ação: O ABA pode atrasar a senescência nas folhas em resposta ao desequilíbrio hídrico, ajudando a planta a preservar suas reservas de energia e água durante períodos de escassez. Mecanismos de Inibição da Senescência: · Retardamento do amarelamento das folhas: A aplicação de citocinina e giberelina pode aumentar a síntese de clorofila, retardando o processo de amarelamento das folhas, que é um dos primeiros sinais de senescência. · Aumento da produção de proteínas e enzimas essenciais: A citocinina estimula a produção de proteínas de defesa, antioxidantes e enzimas envolvidas na fotossíntese, preservando as funções celulares. · Controle da queda de folhas: Ao influenciar a atividade das células nos pontos de crescimento, os hormônios ajudam a evitar a queda precoce das folhas e a morte prematura de tecidos. Exemplo Prático: · Flores e Frutas: Na indústria de flores e frutas, a aplicação de citocinina e giberelina é comum para prolongar a vida útil de flores cortadas e retardar a maturação de frutas, permitindo que elas permaneçam frescas e atrativas por mais tempo. Resumo: A inibição da senescência através da aplicação de hormônios vegetais, como citocinina e ácido giberélico, ajuda a retardar o envelhecimento das células e tecidos vegetais, prolongando a vida útil de flores, folhas e frutos e mantendo a vigorosidade da planta. Esses hormônios promovem o crescimento celular, manutenção da clorofila e diminuição dos sinais de envelhecimento, sendo utilizados em práticas agrícolas e comerciais para melhorar a qualidade e a durabilidade das plantas. 17-) COMO OCORRE O TRANSPORTE DE GÁS ETILENO NAS PLANTAS? O gás etileno (C₂H₄) é um hormônio vegetal que desempenha um papel essencial na regulação de diversos processos fisiológicos, como a maturação dos frutos, a senescência das folhas, a floração e a abscisão. Ao contrário de outros hormônios vegetais, que são transportados por fluxos específicos de vasos condutores (como o xilema e o floema), o etileno é um gás, o que torna seu transporte difuso e independente de sistemas vasculares. Mecanismo de Transporte do Etileno nas Plantas 1. Difusão Simples O principal mecanismo de transporte do etileno é a difusão. Como o etileno é um gás, ele se move de áreas de alta concentração para áreas de baixa concentração, por difusão simples, sem a necessidade de canais específicos ou transporte ativo. · Liberação do Etileno: As células da planta liberam etileno no ambiente extracelular, especialmente nas áreas onde ele é produzido em maior quantidade, como nas frutas em amadurecimento, nas folhas em senescência e nas raízes em resposta ao estresse. · Movimento no Tecido Vegetal: O etileno se move por difusão para outras partes da planta, atingindo tecidos distantes onde exerce seus efeitos. Isso pode ocorrer, por exemplo, durante o amadurecimento de uma fruta, onde o etileno produzido pela própria fruta pode influenciar o amadurecimento de outras frutas próximas. 2. Transporte Via Gás Como um gás, o etileno se espalha facilmente para as células vizinhas e para as partes superiores ou inferiores da planta. Ele se difunde de células produtoras (por exemplo, nas frutas) para as células alvo (como as folhas ou outras frutas) onde suas funções reguladoras, como a senescência ou abscisão, são ativadas. 3. Acúmulo e Resposta Local · Acúmulo local: Embora o etileno se transporte por difusão, ele pode se acumular em áreas específicas, como nas frutas maduras ou nas folhas que estão senescendo, aumentando sua concentração em certos tecidos. Esse acúmulo pode aumentar os efeitos fisiológicos que o etileno causa, como o amadurecimento de frutas ou a queda de folhas. · Resposta localizada: As células sensíveis ao etileno (como as nas frutas e flores) respondem rapidamente a esse aumento de concentração, desencadeando processos como a maturação de frutos, a floração, e a abscisão de flores e folhas. 4. Transporte no Ambiente Externo Além do transporte dentro da planta, o etileno também pode ser transportado no ambiente externo, influenciando plantas vizinhas. Isso é evidente em situações como: · Amadurecimento de frutas: O etileno liberado por uma fruta madura pode influenciar o amadurecimento de outras frutas ao seu redor. Esse é o princípio utilizado em câmaras de maturação de frutas, onde o etileno é controlado para acelerar o amadurecimento. · Resposta a estresses: O etileno também pode ser liberado em resposta a estresses ambientais, como o dano físico (por exemplo, quando uma planta é ferida), levando a respostas como abscisão de folhas ou flores para evitar a perda excessiva de energia ou nutrientes. Fatores que Influenciam a Liberação e Transporte do Etileno: · Estresse ambiental: Fatores como falta de luz, deficiência de nutrientes, dano mecânico ou stress hídrico podem aumentar a produção de etileno nas plantas. · Desenvolvimento de frutos e flores: A maturação de frutos e o processo de floração também são fortemente regulados pela produção e difusão de etileno. Resumo: O transporte de gás etileno nas plantas ocorre principalmente por difusão, movendo-se de áreas de maior concentração (como frutos em amadurecimento) para áreas de menor concentração, como outras partes da planta ou tecidos vizinhos. Esse transporte é não-direcional, ou seja, ele pode se espalhar por toda a planta, influenciando diversos processos fisiológicos, como a maturação dos frutos, a senescência das folhas e a abscisão. Além disso, o etileno também pode afetar plantas vizinhas, regulando o amadurecimento ou o envelhecimento. 18-) QUAL A PRINCIPAL AÇÃO DO PRODUTO MERCADOLÓGICO ETEFON? EXPLIQUE. O etefon é um produto mercadológico amplamente utilizado na agricultura como um regulador de crescimento vegetal. Ele é um precursor do etileno, ou seja, após ser aplicado nas plantas, o etefon se decompõe e libera etileno, o que ativa diversos processos fisiológicos. Principal Ação do Etefon: A principal ação do etefon é induzir a produção de etileno, o que, por sua vez, provoca uma série de respostas fisiológicas nas plantas. O etileno liberado após a aplicação de etefon está envolvido em vários processos importantes, como: 1. Maturação de Frutos: · O etefon é comumente utilizado para acelerar o amadurecimento de frutas em várias culturas, como a banana, tomate, mamão e maçã. A aplicação do etefon aumenta a concentração de etileno, o que estimula a produção de etileno natural na planta e acelera o processo de amadurecimento, tornando os frutos mais adequados para a colheita e o consumo. 2. Abscisão de Frutos ou Flores: · O etefon também pode ser utilizado para induzir a abscisão (queda) de frutos ou flores. Isso é útil, por exemplo, em algumas culturas de frutas, onde se deseja que o fruto caia da planta ou árvore para facilitar a colheita ou melhorar a qualidade do produto final. 3. Uniformização do Maturação: · Em algumas culturas, a aplicação de etefon ajuda a uniformizar o amadurecimento dos frutos, evitando que haja frutos muito maduros e outros imaturos, o que facilita a colheita em massa e melhora a qualidade do produto comercial. 4. Controle de Crescimento e Desenvolvimento: · Em algumas plantas, o etefon pode ser utilizado para modificar o crescimento e a forma das plantas, embora essa não seja a sua principal utilização. Ele pode induzir o fechamento prematuro dos estômatos ou aumentar a produção de etileno, o que pode afetar o crescimento de folhas e caules. Mecanismo de Ação: · O etefon, quando aplicado, é absorvido pelas plantas e é convertido em etileno dentro das células vegetais. O aumento do etileno ativa uma série de processos bioquímicos e fisiológicos, comoa senescência, a abscisão de folhas e frutos e o amadurecimento dos frutos. Resumo: O etefon é um regulador de crescimento que atua induzindo a produção de etileno na planta, o que acelera o amadurecimento de frutos, pode induzir a abscisão de frutos ou flores e também pode ser utilizado para uniformizar o amadurecimento de frutos, principalmente em fruticultura. É amplamente utilizado para controlar e otimizar a produção e colheita de várias culturas agrícolas. 19-) QUAL A RELAÇÃO ENTRE O HORMÔNIO VEGETAL ÁCIDO ABSCÍSICO E O FECHAMENTO DOS ESTÔMATOS? EXPLIQUE. O ácido abscísico (ABA) tem um papel crucial no fechamento dos estômatos das plantas, especialmente em condições de estresse hídrico. Os estômatos são pequenas aberturas localizadas nas folhas e caules das plantas, responsáveis pela troca gasosa (absorção de CO₂ e liberação de O₂) e pela transpiração (perda de água). O fechamento dos estômatos é um mecanismo vital para a conservação de água, e o ácido abscísico é o principal hormônio que regula esse processo. Mecanismo de Ação do Ácido Abscísico no Fechamento dos Estômatos 1. Detecção de Estresse Hídrico: · Quando a planta está sofrendo estresse hídrico (por exemplo, durante a seca ou falta de água no solo), o ácido abscísico é sintetizado em maior quantidade, principalmente nas raízes. · A síntese de ABA aumenta em resposta à baixa disponibilidade de água, o que sinaliza à planta a necessidade de preservar a água. 2. Transporte do ABA até os Estômatos: · O ABA produzido nas raízes é transportado para as folhas, onde exerce seus efeitos nos células-guarda dos estômatos (células especializadas em controlar a abertura e o fechamento dos estômatos). 3. Atuação nas Células-Guarda: · O ABA se liga a receptores específicos nas células-guarda dos estômatos, ativando uma série de processos bioquímicos. · Como resposta, ocorre a entrada de íons potássio (K⁺) e outros íons como cloro (Cl⁻) para fora das células-guarda, o que causa uma perda de turgor celular e um fechamento dos estômatos. 4. Fechamento dos Estômatos: · A saída de íons e a perda de água nas células-guarda reduzem a pressão interna dessas células, resultando em seu colapso e no fechamento dos estômatos. · Com os estômatos fechados, a planta reduz a perda de água por transpiração, o que ajuda a conservar recursos hídricos durante períodos de seca ou estresse hídrico. Função do Fechamento dos Estômatos Induzido pelo ABA: · O fechamento dos estômatos é um dos principais mecanismos de defesa da planta contra a desidratação, evitando a perda excessiva de água quando as condições de umidade no solo são desfavoráveis. · O ABA não apenas regula o fechamento dos estômatos, mas também pode modular a abertura dos estômatos durante períodos de recuperação, quando a planta recebe mais água, permitindo uma troca gasosa eficiente sem comprometer a conservação hídrica. Resumo: O ácido abscísico (ABA) é fundamental para o fechamento dos estômatos em resposta ao estresse hídrico. Em situações de falta de água, o ABA aumenta sua concentração, o que resulta no fechamento dos estômatos. Isso ocorre por meio da modulação do fluxo iônico nas células-guarda dos estômatos, promovendo a perda de turgor celular e reduzindo a transpiração, ajudando a planta a conservar água. Esse é um dos principais mecanismos de adaptação das plantas a condições de escassez de água. 4o mini 20-) POR QUE É CORRETO AFIRMAR QUE O ÁCIDO ABSCÍSICO PROVOCA AÇÕES DE PROTEÇÃO NO SER VIVO VEGETAL? SABEMOS QUE TAL É O PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELO BLOQUEIO DE CRESCIMENTO. O ácido abscísico (ABA) é um hormônio vegetal amplamente associado a ações de proteção nas plantas, especialmente em situações de estresse ambiental. Embora seja verdade que o ABA é responsável pelo bloqueio do crescimento em algumas circunstâncias, sua principal função é ajudar a planta a se adaptar e sobreviver a condições adversas, como falta de água (estresse hídrico), temperaturas extremas, danos mecânicos ou condições de luz desfavoráveis. Vamos explorar essas funções de proteção do ABA: 1. Resposta ao Estresse Hídrico (Seca) O ABA é essencial para a resposta ao estresse hídrico, ajudando as plantas a lidar com períodos de falta de água ou dano por seca: · Fechamento dos Estômatos: Quando a planta detecta falta de água no solo, o ABA é produzido principalmente nas raízes e transportado para as folhas. Ao chegar às células-guarda dos estômatos, o ABA provoca o fechamento dos estômatos, o que reduz a transpiração e evita a perda excessiva de água. Esse é um dos principais mecanismos de proteção contra a desidratação. · Redução da Perda de Água: O fechamento dos estômatos diminui a perda de água para a atmosfera, permitindo que a planta conserve seus recursos hídricos até que as condições melhorem. 2. Bloqueio do Crescimento em Condições Adversas O ABA também está envolvido no bloqueio do crescimento quando a planta enfrenta condições desfavoráveis: · Inibição do Crescimento de Brotos: O ABA pode inibir a divisão celular e o alongamento das células em áreas de crescimento, como nas gemas apicais e nas raízes. Esse bloqueio temporário do crescimento ajuda a planta a economizar energia e recursos, concentrando-os em sobreviver ao estresse em vez de continuar o crescimento. · Indução de Dormência: O ABA também pode induzir a dormência em sementes e gemas, evitando que a planta ou as sementes germinem ou brotem em condições ambientais desfavoráveis, como falta de água ou baixa temperatura. Isso assegura que o crescimento só ocorra quando as condições forem mais adequadas para a sobrevivência. 3. Proteção Contra Danos Físicos e Térmicos O ABA também desempenha um papel protetor contra danos físicos ou térmicos: · Resistência ao Frio e ao Calor: O ABA pode ajudar as plantas a resistir a temperaturas extremas (tanto altas quanto baixas), modulando a expressão de genes de defesa e promovendo a acumulação de substâncias protetoras, como osmólitos, que ajudam a estabilizar as células. · Indução de Proteínas de Defesa: Sob estresse térmico ou físico, o ABA pode ativar a síntese de proteínas de defesa que ajudam a proteger as células contra os danos causados pelo estresse. 4. Prevenção da Germinação Prematura O ABA também é responsável por impedir a germinação prematura de sementes durante condições desfavoráveis: · O ABA mantém a dormência das sementes, impedindo que elas germinem em momentos inoportunos (como quando o solo está seco ou as temperaturas são desfavoráveis). Isso assegura que a germinação e o crescimento das sementes só ocorram quando as condições ambientais forem mais favoráveis para o desenvolvimento da planta. 5. Interação com Outros Hormônios O ABA frequentemente interage com outros hormônios vegetais, como giberelinas (GA) e auxinas, para modular o crescimento e a resposta ao estresse: · Antagonismo com Giberelinas: O ABA atua de forma antagonista com as giberelinas, que geralmente estimulam o crescimento. Quando o ABA é elevado, ele pode bloquear os efeitos das giberelinas, reduzindo o crescimento e favorecendo a dormência ou o bloqueio de crescimento até que as condições se estabilizem. · Equilíbrio com Auxinas: O ABA também pode influenciar a ação das auxinas, hormônios que promovem o crescimento das raízes e brotos, modulando sua atividade para garantir que a planta não cresça excessivamente sob condições adversas. Resumo: O ácido abscísico (ABA) desempenha um papel protector vital nas plantas, especialmente durante condições de estresse ambiental. Ele inibe o crescimento em resposta a estresses como a seca, ajuda no fechamento dos estômatos para preservar a água, induz a dormência de sementes e gemas e protege contra danos físicos ou térmicos. Embora o ABA cause o bloqueio do crescimento, essa ação é fundamental para a sobrevivência da planta em situações adversas, permitindo que ela conserve energia e recursos até que as condições melhorem. Portanto, é correto afirmar que o ABA é um hormônio de proteção que ajuda as plantas a enfrentar condições ambientais desfavoráveis.a senescência, a abscisão de folhas e frutos e o amadurecimento dos frutos. Resumo: O etefon é um regulador de crescimento que atua induzindo a produção de etileno na planta, o que acelera o amadurecimento de frutos, pode induzir a abscisão de frutos ou flores e também pode ser utilizado para uniformizar o amadurecimento de frutos, principalmente em fruticultura. É amplamente utilizado para controlar e otimizar a produção e colheita de várias culturas agrícolas. 19-) QUAL A RELAÇÃO ENTRE O HORMÔNIO VEGETAL ÁCIDO ABSCÍSICO E O FECHAMENTO DOS ESTÔMATOS? EXPLIQUE. O ácido abscísico (ABA) tem um papel crucial no fechamento dos estômatos das plantas, especialmente em condições de estresse hídrico. Os estômatos são pequenas aberturas localizadas nas folhas e caules das plantas, responsáveis pela troca gasosa (absorção de CO₂ e liberação de O₂) e pela transpiração (perda de água). O fechamento dos estômatos é um mecanismo vital para a conservação de água, e o ácido abscísico é o principal hormônio que regula esse processo. Mecanismo de Ação do Ácido Abscísico no Fechamento dos Estômatos 1. Detecção de Estresse Hídrico: · Quando a planta está sofrendo estresse hídrico (por exemplo, durante a seca ou falta de água no solo), o ácido abscísico é sintetizado em maior quantidade, principalmente nas raízes. · A síntese de ABA aumenta em resposta à baixa disponibilidade de água, o que sinaliza à planta a necessidade de preservar a água. 2. Transporte do ABA até os Estômatos: · O ABA produzido nas raízes é transportado para as folhas, onde exerce seus efeitos nos células-guarda dos estômatos (células especializadas em controlar a abertura e o fechamento dos estômatos). 3. Atuação nas Células-Guarda: · O ABA se liga a receptores específicos nas células-guarda dos estômatos, ativando uma série de processos bioquímicos. · Como resposta, ocorre a entrada de íons potássio (K⁺) e outros íons como cloro (Cl⁻) para fora das células-guarda, o que causa uma perda de turgor celular e um fechamento dos estômatos. 4. Fechamento dos Estômatos: · A saída de íons e a perda de água nas células-guarda reduzem a pressão interna dessas células, resultando em seu colapso e no fechamento dos estômatos. · Com os estômatos fechados, a planta reduz a perda de água por transpiração, o que ajuda a conservar recursos hídricos durante períodos de seca ou estresse hídrico. Função do Fechamento dos Estômatos Induzido pelo ABA: · O fechamento dos estômatos é um dos principais mecanismos de defesa da planta contra a desidratação, evitando a perda excessiva de água quando as condições de umidade no solo são desfavoráveis. · O ABA não apenas regula o fechamento dos estômatos, mas também pode modular a abertura dos estômatos durante períodos de recuperação, quando a planta recebe mais água, permitindo uma troca gasosa eficiente sem comprometer a conservação hídrica. Resumo: O ácido abscísico (ABA) é fundamental para o fechamento dos estômatos em resposta ao estresse hídrico. Em situações de falta de água, o ABA aumenta sua concentração, o que resulta no fechamento dos estômatos. Isso ocorre por meio da modulação do fluxo iônico nas células-guarda dos estômatos, promovendo a perda de turgor celular e reduzindo a transpiração, ajudando a planta a conservar água. Esse é um dos principais mecanismos de adaptação das plantas a condições de escassez de água. 4o mini 20-) POR QUE É CORRETO AFIRMAR QUE O ÁCIDO ABSCÍSICO PROVOCA AÇÕES DE PROTEÇÃO NO SER VIVO VEGETAL? SABEMOS QUE TAL É O PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELO BLOQUEIO DE CRESCIMENTO. O ácido abscísico (ABA) é um hormônio vegetal amplamente associado a ações de proteção nas plantas, especialmente em situações de estresse ambiental. Embora seja verdade que o ABA é responsável pelo bloqueio do crescimento em algumas circunstâncias, sua principal função é ajudar a planta a se adaptar e sobreviver a condições adversas, como falta de água (estresse hídrico), temperaturas extremas, danos mecânicos ou condições de luz desfavoráveis. Vamos explorar essas funções de proteção do ABA: 1. Resposta ao Estresse Hídrico (Seca) O ABA é essencial para a resposta ao estresse hídrico, ajudando as plantas a lidar com períodos de falta de água ou dano por seca: · Fechamento dos Estômatos: Quando a planta detecta falta de água no solo, o ABA é produzido principalmente nas raízes e transportado para as folhas. Ao chegar às células-guarda dos estômatos, o ABA provoca o fechamento dos estômatos, o que reduz a transpiração e evita a perda excessiva de água. Esse é um dos principais mecanismos de proteção contra a desidratação. · Redução da Perda de Água: O fechamento dos estômatos diminui a perda de água para a atmosfera, permitindo que a planta conserve seus recursos hídricos até que as condições melhorem. 2. Bloqueio do Crescimento em Condições Adversas O ABA também está envolvido no bloqueio do crescimento quando a planta enfrenta condições desfavoráveis: · Inibição do Crescimento de Brotos: O ABA pode inibir a divisão celular e o alongamento das células em áreas de crescimento, como nas gemas apicais e nas raízes. Esse bloqueio temporário do crescimento ajuda a planta a economizar energia e recursos, concentrando-os em sobreviver ao estresse em vez de continuar o crescimento. · Indução de Dormência: O ABA também pode induzir a dormência em sementes e gemas, evitando que a planta ou as sementes germinem ou brotem em condições ambientais desfavoráveis, como falta de água ou baixa temperatura. Isso assegura que o crescimento só ocorra quando as condições forem mais adequadas para a sobrevivência. 3. Proteção Contra Danos Físicos e Térmicos O ABA também desempenha um papel protetor contra danos físicos ou térmicos: · Resistência ao Frio e ao Calor: O ABA pode ajudar as plantas a resistir a temperaturas extremas (tanto altas quanto baixas), modulando a expressão de genes de defesa e promovendo a acumulação de substâncias protetoras, como osmólitos, que ajudam a estabilizar as células. · Indução de Proteínas de Defesa: Sob estresse térmico ou físico, o ABA pode ativar a síntese de proteínas de defesa que ajudam a proteger as células contra os danos causados pelo estresse. 4. Prevenção da Germinação Prematura O ABA também é responsável por impedir a germinação prematura de sementes durante condições desfavoráveis: · O ABA mantém a dormência das sementes, impedindo que elas germinem em momentos inoportunos (como quando o solo está seco ou as temperaturas são desfavoráveis). Isso assegura que a germinação e o crescimento das sementes só ocorram quando as condições ambientais forem mais favoráveis para o desenvolvimento da planta. 5. Interação com Outros Hormônios O ABA frequentemente interage com outros hormônios vegetais, como giberelinas (GA) e auxinas, para modular o crescimento e a resposta ao estresse: · Antagonismo com Giberelinas: O ABA atua de forma antagonista com as giberelinas, que geralmente estimulam o crescimento. Quando o ABA é elevado, ele pode bloquear os efeitos das giberelinas, reduzindo o crescimento e favorecendo a dormência ou o bloqueio de crescimento até que as condições se estabilizem. · Equilíbrio com Auxinas: O ABA também pode influenciar a ação das auxinas, hormônios que promovem o crescimento das raízes e brotos, modulando sua atividade para garantir que a planta não cresça excessivamente sob condições adversas. Resumo: O ácido abscísico (ABA) desempenha um papel protector vital nas plantas, especialmente durante condições de estresse ambiental. Ele inibe o crescimento em resposta a estresses como a seca, ajuda no fechamento dos estômatos para preservar a água, induz a dormência de sementes e gemas e protege contra danos físicos ou térmicos. Embora o ABA cause o bloqueio do crescimento, essa ação é fundamental para a sobrevivência da planta em situações adversas, permitindo que ela conserve energia e recursos até que as condições melhorem. Portanto, é correto afirmar que o ABA é um hormônio de proteção que ajuda as plantas a enfrentar condições ambientais desfavoráveis.