Prévia do material em texto
O que é? É um conjunto de procedimentos médicos e tecnológicos que visam restabelecer a vida de um paciente em parada cardiorrespiratória (PCR). O SAV é realizado por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde especializados, como médicos, enfermeiros e técnicos em emergências médicas. Etapas principais do SAV: • Ressuscitação cardiopulmonar (RCP); • Desfibrilação; • Dispositivos de via aérea avançada e oxigênio; • Acesso venoso e drogas; • Dispositivos de compressão mecânica; • Dispositivos de oxigenação por membrana extracorpórea; • Monitoramento continuo dos sinais vitais do paciente. Ritmos cardíacos: Ritmos possíveis de choque: Fibrilação ventricular (FV); Taquicardia ventricular sem pulso (TVsp). Tratamento: 1- RCP de alta qualidade; 2- Administração de vasopressores e antiarrítmicos; 3- Desfibrilação. Ritmos não chocáveis: Atividade elétrica sem pulso (AESP): Definida pela ausência de pulso palpável na vigência de atividade elétrica cardíaca organizada. Condutas: Realizar compressões torácicas de qualidade; Realizar ventilações com máscara com ritmo de 30 compressões para 2 ventilações; Aplicar adrenalina intravenosa assim que houver acesso; Identificar e tratar as causas subjacentes da AESP, que podem ser: Hipovolemia; Hipoxemia; Hipo ou hiperpotassemia; Hipotermia; Acidose. Assistolia: A assistolia compreende no total ausência de atividade elétrica no miocárdio, podendo refletir o estágio final de uma PCR não tratada ou refratária. Condutas ao se deparar com um paciente com assistolia: 1- seguir com o protocolo da linha reta para, de fato, confirmar a ausência total de ritmo: 2- checar cabos e conexões; 3- Aumentar o ganho; 4- Mudar a derivação; 5- Se assistolia confirmada, prosseguir com o protocolo de RCP de qualidade e drogas. Cardiac Arrest Sonograp hic Assessme nt (CASA): É um exame criado para facilitar a realização do ultrassom point-of-care (USPOC), durante a PCR sem que haja diminuição da sobrevida do paciente pela interrupção das compressões torácicas. Permite avaliar com alto rendimento as causas reversíveis de PCR na AESP. Equipamentos essenciais na PCR: Monitor Multiparâmetro: Para monitorar ritmo cardíaco, pressão arterial e saturação de oxigênio. Desfibrilador: Desfibrilador Externo Automático (DEA) e o cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI). Ventilador mecânico: Para suportar a respiração em pacientes com insuficiência respiratória. Bombas de infusão: Controlam a administração de medicamentos e fluidos. Material de intubação e acessos: Inclui tubos endotraqueal, cânulas, e material para garantir acesso venoso ou arterial. Eletrocardiograma ECG; Equipamentos de proteção individual, como luvas, máscara cirúrgica, óculos, avental e gorro; Bolsa-válvula-máscara: Dispositivos de temporização, como um metrônomo: Para ajudar a atingir a taxa correta de compressões. Equipe na RCP: Líder: Delega funções antes de ocorrer a RCP, controla o tempo, toma decisões de tratamento, oferece feedback para o restante do time conforme necessidade e assume responsabilidade por funções não atribuídas. Reanimadores: Executa 5 ciclos de compressões e alterna com o DEA/Desfibrilador a cada ciclo. Desfibrilação:Reconhece os ritmos chocáveis (TV e TVSP) e aplica o choque. Fármacos:Realiza o AVP e administra os medicamentos que são a adrenalina e o amiodarona (os principais). Ventilação: (preferência médico) Ventila o paciente, abre via aérea, ventila com bolsa-válvula - máscara de 5 a 6 ventilações. A parada cardiorrespiratória pode ser dividida em três fases: Fase Elétrica: Compreende ao período inicial (de 3 a 4 minutos) da PCR, na maioria das vezes apresenta-se como fibrilação ventricular (FV). Aqui é necessário Desfibrilação imediata e RCP de alta qualidade. Fase Hemodinâmica: Essa fase vai de 4 a 10 minutos após a PCR. Compreende a depleção dos substratos para um metabolismo adequado, sendo a Desfibrilação e a RCP de alta qualidade ainda críticas para esses pacientes. Fase metabólica: Fase após os 10 minutos de PCR, em que há acidose e disfunção celular graves. Aqui é necessário cuidados pós parada e caso não ocorra volta da circulação espontânea, as chances de sobrevivência do paciente caem e ele geralmente não sobrevive. Diagnóstico da PCR: 1- Paciente não Responsivo. 2- Paciente sem pulso central palpável. Quando identificar, inicialmente deve realizar o suporte básico de vida. Alguns Protocolos de SAV: ACLS (Advanced Cardiovascular Life Support): Suporte Avançado de Vida em Cardiologia : Utilizado principalmente em casos de parada cardiorrespiratória. PALS (Pediatric Advanced Life Support):Suporte Avançado de Vida em Pediatria: Voltados para o atendimento pediátrico. ATLS (Advanced Trauma Life Support):Suporte Avançado de Vida no Trauma: Focado em suporte Avançado para traumas. Medicamentos utilizados na PCR: Epinefrina ou Adrenalina;Em ritmos Chocáveis é utilizada após segundo choque sem sucesso. Vasopressina; Indicado na Ressuscitação cardiorrespiratória, e no tratamento da fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular refratária à Desfibrilação elétrica. Corticosteroides; Os níveis de Cortisol são baixos durante a PCR e após. Amiodarona; É reservado para casos de Fibrilação ventricular e Taquicardia ventricular sem pulso após falha da Desfibrilação e após o uso da Adrenalina. Lidocaína;É considerada uma medicação de Segunda linha, deve ser usada somente na indisponibilidade da Amiodarona. Magnésio;Nós casos de TV Polimórfica. Bicarbonato de sódio. Não é usado de rotina, só é recomendado nos casos de PCR por hipercalemia, acidose metabólica ou intoxicação por antidepressivos tricíclicos. SAV-Suporte avançado de vida