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Em quais situações o desfibrilador deve 
ser utilizado?
O desfibrilador é um equipamento crucial no atendimento à parada cardiorrespiratória (PCR) que 
utiliza descargas elétricas para restaurar o ritmo cardíaco normal em casos de fibrilação ventricular 
(FV) ou taquicardia ventricular sem pulso (TVSP).
A desfibrilação é uma intervenção que deve ser realizada o mais rápido possível após o 
reconhecimento da PCR, pois cada minuto que passa sem desfibrilação reduz significativamente as 
chances de sobrevivência. Estudos mostram que a taxa de sobrevivência diminui entre 7-10% a cada 
minuto sem desfibrilação.
Ritmos Chocáveis e Não-Chocáveis
O desfibrilador deve ser utilizado em casos de FV ou TVSP, caracterizadas por um ritmo cardíaco 
irregular e sem pulso. A FV apresenta-se como ondas caóticas no monitor cardíaco, enquanto a 
TVSP mostra complexos QRS largos e regulares sem pulso palpável.
A desfibrilação é mais eficaz quando realizada nos primeiros minutos após a PCR, antes que o 
coração seja danificado pela falta de oxigenação. O sucesso da desfibrilação precoce pode chegar a 
90% nos primeiros minutos.
Em casos de assistolia (ausência de atividade elétrica cardíaca) ou atividade elétrica sem pulso 
(AESP), o desfibrilador não é eficaz e não deve ser utilizado, pois estas são condições não-
chocáveis.
Processo de Utilização do Desfibrilador
O uso do desfibrilador segue um protocolo específico:
Confirmar a ausência de pulso e identificar o ritmo cardíaco no monitor1.
Posicionar corretamente as pás ou eletrodos adesivos no tórax do paciente2.
Selecionar a carga apropriada (geralmente 200J para desfibriladores bifásicos)3.
Garantir que ninguém esteja em contato com o paciente durante a descarga4.
Administrar o choque e reiniciar imediatamente as compressões torácicas5.
Contraindicações e Precauções
É fundamental lembrar que o desfibrilador é um equipamento seguro e eficaz quando utilizado por 
profissionais treinados e qualificados. O uso inadequado do desfibrilador pode ser perigoso e causar 
complicações sérias, como:
Queimaduras cutâneas no local de aplicação dos eletrodos
Lesão miocárdica adicional se utilizado incorretamente
Interferência com dispositivos implantáveis como marca-passos
Risco para a equipe se os protocolos de segurança não forem seguidos
A desfibrilação precoce, quando indicada e realizada corretamente, é um dos principais 
determinantes da sobrevida em casos de parada cardíaca por ritmos chocáveis. Por isso, é essencial 
que as equipes de resgate estejam bem treinadas e familiarizadas com os protocolos de uso do 
desfibrilador.

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