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PROJETO DE INTERVENÇÃO (DISCIPLINA DE EXTENSÃO - DISCENTE) CÓDIGO: PEX-MDL-54 APROVADO POR: Francislene Hasmann-Diretor (a) Adjunto de Regulação DATA: 27/07/2022 VERSÃO: 00 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO SOBRE AS ALTERNATIVAS DE DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PARA ALUNOS DO NÍVEL FUNDAMENTAL 1 / 2 DADOS DO PROJETO CURSO(S) PROPONENTE(S): Engenharia Civil ÁREA TEMÁTICA: RECICLAGEM REUTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DISCENTES RESPONSÁVEIS: (nome e matrícula) Nome: Edilson Gomes de França Júnior Matrícula: 01698140 QUANTIDADES DE ALUNOS NO PROJETO 01 1. Introdução: Diariamente, e de uma forma até automática, descartamos resíduos sólidos sem pensar e sem se importar sobre o destino daquele material. Porém, é de grande importância perceber que esses resíduos são tratados como um grande problema em várias cidades ao redor do mundo, principalmente onde há alto desenvolvimento industrial e alto crescimento populacional ocasionando uma alta taxa de consumismo. Entretanto, se houver um tratamento adequado para esses resíduos eles poderiam ser reaproveitados, e transformarem-se em novos itens que vão impulsionar a economia e gerar empregos. Sem mencionar que irão contribuir para melhorar a qualidade ambiental do lugar onde seriam depositados. Primeiramente, o resíduos sólidos representam uma preocupação para o meio ambiente quando seu volume aumenta sem controle, resultando em poluição do ar, da água e do solo, sem que medidas sejam tomadas para combatê-lo. Em segundo lugar, esse mesmo resíduo se transforma em um desafio econômico por sua natureza destrutiva e pelo desperdício de recursos naturais, além de demandar investimentos financeiros na sua remoção. Em terceiro lugar, ele é encarado como uma questão social, devido aos riscos de saúde pública associados, manifestados através de doenças causadas por agentes patogênicos como ratos, baratas, insetos e micróbios, que proliferam nos locais de acumulação de lixo. Um outro aspecto social preocupante é observado nos lixões, onde os catadores se submetem a condições desumanas para coletar materiais que poderiam ser separados previamente, através do processo de coleta seletiva. Por fim, há a questão cultural, frequentemente abordada em palestras e debates por especialistas e políticos, como um problema educacional fundamental: para muitos, a questão do lixo está intrinsecamente ligada à educação básica, indicando uma falta de conscientização sobre a necessidade de reduzir, reutilizar e reciclar o lixo em nossa sociedade. Há portanto, uma necessidade urgente, de mudança de comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de se promover um modelo de consumo sustentável. Dessa forma, a utilização dos recursos naturais garante as necessidades atuais sem prejudicar as necessidades das gerações futuras (WCED, 1987). Nesse contexto, a Educação Ambiental (EA) desempenha um papel crucial ao sensibilizar e conscientizar as pessoas sobre as práticas atuais de consumo, uso dos recursos naturais e descarte de resíduos. Estendendo-se por todos os segmentos da sociedade e acessível a todas as faixas etárias, crenças, origens étnicas e classes sociais, a Educação Ambiental revela-se altamente eficaz também no ensino fundamental. No entanto, a educação ambiental nas escolas ainda é considerada um tema transversal, que muitas vezes não é trabalhada da forma correta e contínua no contexto escolar. A constituição de 1988 estabelece a obrigação do Poder Público de promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino. Mas, segundo o Ministério da educação e cultura, a “Educação Ambiental” poderia constar no currículo (BRASIL, 1997). A escola é um espaço importante de socialização e troca de experiências, e quanto mais cedo no desenvolvimento infantil a Educação Ambiental for aplicada, maiores as chances de se alcançar uma consciência ambiental efetiva. Além disso, a Educação Ambiental trabalhada nas crianças tem um grande efeito multiplicador dentro das famílias e da comunidade em que elas vivem (TRAVASSOS, 2006; REIGOTA, 2010). Quando a gente fala em educação ambiental pode viajar em muitas coisas, mais a primeira coisa que se passa na cabeça ser humano é o meio ambiente. Ele não é só o meio ambiente físico, quer dizer, o ar, a terra,a água, o solo. É também o ambiente que a gente vive – a escola, a casa, o bairro, a cidade. É o planeta de modo geral. (...) não adianta nada a gente explicar o que é efeito estufa; problemas no buraco da camada de ozônio sem antes os alunos, as pessoas perceberem a importância e a ligação que se tem com o meio ambiente, no geral, no todo e que faz parte deles. A conscientização é muito importante e isso tem a ver com a educação no sentido mais amplo da palavra. (...) conhecimento em termos de consciência (...) A gente só pode primeiro conhecer para depois aprender amar, principalmente, de respeitar o ambiente (SEGURA, 2001) Tanto o tema “lixo” quanto as suas formas de reaproveitamento e destinação, tem sido foco de vários projetos de Educação Ambiental, tanto em escolas (ALENCAR, 2005; LOPES; NUNES, 2010) quanto em outros setores da sociedade (SCHEREN; FERREIRA, 2004), utilizando metodologias variadas. Por fim, a educação ambiental nas séries iniciais do ensino fundamental ajuda a consciência de preservação e de cidadania. A criança aprende, desde cedo, que precisa cuidar, preservar, pois a vida do planeta depende de pequenas ações individuais que fazem a diferença ao serem somadas, as pequenas atitudes, que “vira uma bola de neve” e proporciona a transformação do meio em que mora. 2. Objetivo: · Desenvolver a responsabilidade ambiental desde cedo. · Conscientizar as crianças sobre os impactos negativos do descarte inadequado de resíduos sólidos. · Incentivar a reutilização de objetos e materiais, evitanto o disperdício no dia a dia. · Ensinar a importância da reciclagem na conservação dos recursos naturais. · Avaliar o grau de conscientização dos alunos em relação ao tema. 3. Caracterização da área: Com aproximadamente 644.037 habitantes e uma densidade populacional de cerca de 2.489,28 pessoas por quilômetro quadrado, de acordo com o último censo realizado em 2022, Jaboatão dos Guararapes é um dos 185 municípios do estado de Pernambuco, e se destaca como um dos maiores municípios do estado. Com uma área territorial de aproximadamente 258,724 km² em 2022, o município mostrado na figura 1, abriga uma variedade de ambientes, que vão desde áreas urbanas até espaços naturais, está inserido no bioma Mata Atlântica, e na Região Hidrográfica Atlântico NE Oriental. Figura 1 – Mapa de Jaboatão dos Guararapes O Município de Jaboatão dos Guararapes localiza-se na porção sul da Região Metropolitana do Recife – RMR. Situa-se, grosso modo, entre os paralelos 08º 03’ 00” e 08º 15’ 00” Sul, os meridianos de 34º 50’ 00” e 35º 05’ 00” Oeste de Greenwich. Apresenta um quadro natural caracterizado por clima tropical úmido (Ams’) segundo a classificação de Köeppen, com precipitação pluviométrica média anual elevada (1.720 mm), possuindo um período chuvoso e outro de estiagem, com temperatura média anual de 24º C. A morfologia do relevo é compreendia pela planície fluvio-marinha de topografia plana (0-5 m) e pela superfície de colinas, outeiros e morros arredondados, com altitude variando de 5 a 200 metros. A rede hidrográfica é composta principalmente pelos rios Jaboatão, Duas Unas, Mangaré, Palmeira, Zimbó, Carnijó e Mussaíba, que cortam o Município em várias direções e convergem suas águas para o Oceano Atlântico, através do leito principal, formado pelo rio Jaboatão. De um modo geral, a vegetação natural – Mata Atlântica – encontra-se descaracterizada por ter sido substituída, em sua maioria, pelas lavouras da cana-de-açúcar, que já foi a principal fonte de renda do Município. Economicamente, a subsistência do Município tem como base seu parque industrial, que compreende mais de 300 indústrias; aagricultura, destacando-se o cultivo da cana; o mercado imobiliário; o comércio em geral e o turismo, favorecido pelas praias e sítios históricos. Com o processo de metropolização, Jaboatão dos Guararapes transforma-se num grande canteiro de obras da construção civil, observando-se a construção de grandes conjuntos residenciais demandados pela produção das classes média e baixa, bem como a verticalização dos imóveis de luxo destinados à população de alto poder aquisitivo, concentrados na orla marítima. No entanto, mantém-se o perverso processo de segregação e exclusão sócio-espacial caracterizado, nitidamente, pelo número de favelas que existem incrustadas nos espaços intercalados dos bairros de luxo com as áreas periféricas. O município de Jaboatão dos Guararapes, pertencente à Região Metropolitana do Recife (RMR), apresenta diversos problemas devido à alta geração de resíduos sólidos e sua respectiva gestão, sendo necessário prover meios de planejamento, incentivar investimentos em saneamento básico e conscientizar a população no aspecto ambiental (SILVA, 2013; PEREIRA; FERREIRA, 2015; TAVARES; CAVALCANTI, 2018). O município sofre com o descarte irregular dos resíduos sólidos que tem causado sérios problemas ambientais, sociais e econômicos à sociedade. A deposição inadequada acontece em bordas de canais, calçadas, pistas de rolamento, parques e terrenos baldios, ocasionando um impacto não apenas ao meio ambiente mais também a saúde pública. Candeias, é o bairro onde será realizada a ação, é um dos três bairros que compõe a zona litorênea do município de Jaboatão dos Guararapes. Localiza-se entre o bairro de Piedade ao norte e entre o bairro de Barra de Jangada ao sul. O bairro conta com aproximadamente 3 quilômetros de faixa de praia além de possuir um calçadão bem localizado com áreas de esporte e lazer, conta com vários restaurantes em seu entorno. O bairro, apesar de contar com sistema de coleta seletiva de lixo, ainda encontra muitos problemas como a maior abrangência desse serviço, a falta de saniamento básico, problemas educacionais pois grande parte da população não separa o lixo de forma adequada, quantidade de lixo considerável depositada na sua praia e principal ponto turístico de Candeias. 4. Local de execução e público-alvo O Colégio e Curso Viver como pode ser visto na figura 2, pertencente à rede privada de ensino localiza-se na rua Maria Digna Gameiro, nº 470 no bairro de Candeias na cidade de Jabotão dos Guararapes no estado de Pernambuco. O colégio que no mês de março do ano de 2024 comemora 30 anos de funcionamento, conta com turmas do nível infantil figura 4, fundamental figura 5 e médio nos turnos da manhã e tarde. Figura 2: Entrada do Colégio Viver Com auxílio do software Google Maps como visto na figura 3, fizemos a estimativa do tamanho da localidade onde está situado o colégio. Chegamos ao valor de aproximadamente 3000 m2 de área. Figura 3: Vista superior do Colégio Viver A instituição conta em sua estrutura com 22 salas de aula como visto na figura 4 , 7 salas administrativas, 1 quadra, 1 parque infatil, 1 salão de jogos, 4 banheiros, 1 biblioteca, 1 refeitório, 1 cantina, 2 laboratórios (Ciência e Informática), 1 cozinha (destinada a produção de refeições para os funcionários) e o auditório (climatizado, equipado com sistema de som e vídeo, e com capacidade superior a 100 pessoas) onde será realizada a atividade. Figura 4: Salas de aula do infantil A turma escolhida para a realização da atividade foi a turma do 6º ano do ensino fundamental do turno da manhã mostrada na figura 5. A classe contém 20 alunos e tem entre 10 e 11 anos como média de idade dos estudantes. Esta ação foi direcionada a esta turma porque elas estão em fase de desenvolvimento, a qual é a melhor idade para se aprender, esses pequenos indivíduos farão história, pois quando “mais novos”, é mais fácil se moldar novos conhecimentos, pelo contrário, os alunos mais velhos já possuem hábitos e comportamentos rígidos e de difícil reeducação. Figura 5: Vista das salas de aula do fundamental 5. Materiais e métodos de abordagem O projeto será desenvolvido em 2 etapas: questionário e uma palestra. Etapa 1 (Questionário): Na primeira parte da ação, será destribuido entre os alunos um questionário contendo 7 questões fechadas, que irão avaliar o conhecimento prévio sobre os temas de reciclagem e reutilização de resíduos sólidos. As respostas do questionário serão apresentadas aos alunos de uma forma bem dinâmica e interativa durante a palestra. O fato de o questionário anteceder a palestra é pelo motivo de sondar o conhecimento prévio dos alunos e, manter os alunos curiosos sobre seu desempenho na avaliação. Utilizarei para a elaboração do questionário um computador para formatar o texto, uma impressora para imprimir as cópias e 30 folhas de papel tipo A4. A resolução do questionário será no auditório do colégio conforme a figura 6. Etapa 2 (Palestra): Nessa fase da ação, promoverei uma mini aula abordando vários conceitos sobre meio ambiente, lixo, desenvolvimento sustentável, educação ambientel, 5R’s, formas corretas de descarte, além de apresentar as repostas para o questionário. A palestra irá acontecer no auditório do colégio e farei uso de um computador com um projetor para exibir uma apresentação sobre o tema em slides feitos no PowerPoint, juntamente com um sistema de som com microfone e caixa amplificadora como visto na figura 7. Figura 7: Equipamentos utilizados Figura 6: Entrada do auditório Após finalizada a ação, será corrigido o questionário e as conclusões sobre o entendimento do tema pelos alunos na fase pré/pós palestra, serão divulgados no relatório de extensão. 6. Resultados esperados · Redução do descarte inadequado de resíduos sólidos, tanto na escola quanto na casa dos alunos. · Formação de cidadãos mais conscientes e engajados na promoção da sustentabilidade ambiental. · Desenvolvimento de habilidades de liderança e trabalho em equipe entre as crianças. · Sensibilização das famílias e comunidade, ampliando o impacto das ações das crianças. · Aumento da reutilização de objetos e materiais, estimulando a criatividade e o senso de responsabilidade. 7. Cronograma ATIVIDADES DO PROJETO 2024 JAN FEV MAR ABR MAI 1- Levantamento dos dados / pesquisa 21 2- Compra do Material 4 3- Preparação da apresentação 16 4- Visita ao local da ação 22 5- Realização da atividade na escola 26 8- Escrita do relatório de extensão 1 9- Envio do relatório de extensão 6 8. Referências Bibliográficas ALENCAR, M.M.M. Reciclagem de lixo numa escola pública do município de Salvador. Candombá - Revista Virtual. Salvador, v. 1, n. 2: 96-113, 2005. BRASIL. Ministério da educação e do desporto. Secretaria da Educação Fundamental. A Implantação da Educação Ambiental no Brasil: meio ambiente e saúde. Brasília, 1997. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Jaboatão dos Guararapes - PE". Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2024 Instituto Água e Saniamento. "Municípios e Saniamentos/PE/Jaboatãodos Guararapes". Disponível em: . Acesso em 10 mar. 2024 LOPES, F.M.; NUNES, A.N. Reutilização de materiais recicláveis para incentivo a educação ambiental e auxílio ao ensino didático de ciências em um colégio estadual de Anápolis- GO. Revista de Educação, Goiás, v. 13, n. 15: 87-103, 2010. PEREIRA, A.; FERREIRA, R. L. La educación ambiental y la importancia de la utilización de los residuos urbanos en el municipio de Jaboatão dos Guararapes – PE1. Revista MeioAmbiente E Sustentabilidade, v. 5, n. 2, p. 47-60, 2015. https://doi.org/10.22292/mas.v5i2.366 SCHEREN, M.A.; FERREIRA, F. A educação ambiental e a gestão integrada do tratamento e destino final dos resíduos sólidos no município de Sede Nova/RS. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 13: 151-161, 2004. SEGURA, Denise de S. Baena. Educação Ambiental na escola pública: da curiosidade ingênua à consciência crítica. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2001. 165p. SILVA, J. A percepção ambiental dos feirantes em relação aos resíduos orgânicos e a participação nos processos de coleta seletiva no mercado público das mangueiras em Jaboatão dos Guararapes–PE. In IV Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, 2013. Anais... Salvador: ConGeA, 2013. TAVARES, H. S.; CAVALCANTI, M. D. C. M. Saneamento Básico: considerações sobre as limitações e problemas encontrados no município de Jaboatão dos Guararapes-PE. Instituto Federal da Paraíba, 2018. TRAVASSOS, E.G. A prática de educação ambiental nas escolas. Porto Alegre, Mediação, 2006. WORLD Commission on Environment and Development Our Common Future. Oxford: WCED & Oxford University Press, 1987. OBSERVAÇÕES: · Todo o projeto deve ser escrito na cor preta, isto é, deve-se apagar os textos da cor vermelha (são apenas explicações, dicas e exemplos); · A letra do texto devem ser ARIAL, tamanho 12; · A área temática deve ser observada no material disponibilizado no seu ambiente virtual; · Observe os critérios de avaliação disponibilizados no ambiente virtual; · A formação de grupo deve respeitar as regras (Mesma área temática, mesma faculdade, mesma modalidade e todos os alunos devem participar da ação presencial); image2.png image3.jpg image4.png image5.jpeg image6.jpeg image7.jpeg image8.jpg image1.jpeg