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Mosquitos e flebotomíneos de importância em saúde única Prof. Dr. Leonardo Bueno Cruvinel The New York Times, 2023. OMS, 2023. https://www.nexojornal.com.br/expresso/2024/03/31/dengue-grave-crianca-pequena Pinheiro, 2019. Morfologia Subordem Nematocera Pernas e probóscides alongadas. Antenas com múltiplos seguimentos. Biologia Subordem Nematocera • Fêmeas Hematófagas e machos alimentam-se de néctar. • Habitat: domiciliar, semidomiciliar ou silvestres. • Ativos: diurnos, vespertinos (crepuscularesou) ou noturnos. • Um macho pode copular com várias fêmeas e vice-versa. • Atração por estímulo visual e olfativo (CO2, ácido lático) – antenas e palpos. • Zoófilas – picam animais. Antropofílicas – picam homem. Ambos Biologia Subordem Nematocera Hematofagia • Repouso 2 a 3 dias Oviposição • Cerca de 100-300 ovos Incubação • 2 a 3 dias Larvas Ápteras. Vermiformes. Sifão respiratório geralmente no 8º segmento (exceto Anopheles spp.). Larvas Desenvolvimento na água. Alimentam-se de microorganismos ou predam outras larvas. L1-L4 (3-20 dias). Pupa Formato de vírgula. Trompa respiratória no cefalotórax. Superfície água e não se alimenta. Grande poder de locomoção. (2 a 7 dias). Holometábolos Metamorfose completa. Ovo, larva, pupa, imago, adulto (após sucessivas mudas) Família Culicidae Subfamília Culicinae Aedes spp. Culex spp. Subfamília Anophelinae Anopheles spp. Anopheles spp. – Mosquito prego Anopheles spp. – Mosquito prego • Oviposição em lagos ou represas. • Ovos – flutuadores laterais. • Larvas – Sem sifão respiratório (tegumento). Quase horizontal à superfície água. • Pupa com trompa respiratória larga. Anopheles spp. – Mosquito prego Anopheles spp. – Mosquito prego • Adultos com probóscides bem desenvolvidas. • Hábito crepuscular/noturno. • Vetor Plasmodium spp. (malária). • Asas longas com escamas. Culex spp. Culex spp. – Mosquito prego • Adultos de coloração marrom- amarelada. • Machos com antenas plumosas. • Fêmeas antropofílicas, morrem após postura. • Hábito noturno. • Vetores encefalite e filariose. Considerando a densidade de mosquitos encontrada nos domicílios e a detecção de mosquitos infectados com o verme em áreas um dia consideradas endêmicas para doença, além das precárias condições sanitárias observadas no entorno das residências, que facilita a propagação desses insetos, agora, é extremamente necessário investigar a doença entre humanos” Fiocruz, 2023. Lutz, 2021 Aedes spp. Larva Corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen. De aspecto globoso e mais robusto, a cabeça e o tórax têm uma maior quantidade de quitina, já o abdômen fino, liso, flexível e dividido por nove segmentos garante grande mobilidade. O décimo segmento é diferenciado em lobo anal. Pupa Divide-se em duas porções: cefalotórax (CT) (cabeça + tórax) e abdome (dividido em 8 segmentos). No cefalotórax existem duas estruturas tubulares chamadas trombetas ou trompas respiratórias. https://saude.rs.gov.br/arboviroses-ciclo-de-vida Fig. 2 Changes of LCC of Ae. aegypti between 1950, 2000 and 2050. Differences in LCC relative to LCC in 2000s (2000–2004 average). a Comparison with 1950s (1950–1954 average); b comparison with 2050s (2050–2054 average) under RCP 4.5; and c under RCP 8.5. Decreases in LCC are shown in ‘cool’ colours (blue and green) and the increases in ‘warm’ colours (orange and red). Aedes spp. • Principal vetor – Febre Amarela Urbana, Dengue, Zika e Chikungunya. • Hematofagia, cópula e oviposição são diurnas. • Criadouros – coleções de água (domiciliar e peridomiciliar). • 700m/dia. Flebotomíneos – Mosquito-palha Apesar do nome popular, flebotomíneos não são mosquitos Oviposição em matéria orgânica. Introdução Os flebotomíneos são os vetores das leishmanioses. No contexto mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam cerca de 1 milhão de casos de leishmaniose por ano - 20 mil resultam em óbito. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, entre os anos de 2011 e 2020 foram confirmados mais de 33 mil casos de leishmaniose- 3,3 mil por ano. Biologia flebotomíneos Fêmea – hábito hematófago crepuscular noturno. Normalmente uma única vez. Durante o dia tendem a se manter em lugares escuros e úmidos, protegidos de vento e insolação. Em áreas florestais – hematofagia diurna. Adulto: 20 – 30 dias de vida. Biologia flebotomíneos – Dispersão 200m florestas 500m domicílio Biologia flebotomíneos – Criadouros naturais Biologia flebotomíneos – Voos curtos Família Psychodidae, Gênero Lutzomyia - Morfologia 1,5 a 3mm. Olhos grandes. Muito pilosos. Cor palha a castanho claro Ovos - forma elíptica com 0,3-0,5 mm de comprimento e 0,1 a 0,15 mm de largura. L1 - As larvas possuem cabeça escura, minúsculas cerdas laterais e duas cerdas caudais. L2/L3 - As larvas possuem quatro cerdas caudais e são diferenciadas entre L2 e L3 pelo tamanho. L4 - Possuem 4 cerdas caudais; mas as cerdas laterais são mais pronunciadas e possuem uma placa anal dorsal fortemente esclerotizada. Em aproximadamente 24 horas as larvas tornam-se pupas. Bastos et al, 2016. Controle de mosquitos e flebotomíneos Controle eco-bio-social Educação social e ao cuidado com o meio ambiente como aliados do controle do mosquito. Materiais de educação em saúde apropriados social e culturalmente são desenvolvidos e utilizados por vários grupos. Mapeamento de risco Relacionar os dados espaciais com dados da vigilância entomológica (características, presença, índices de infestação, avaliação da eficácia dos métodos de controle), da vigilância epidemiológica, da rede laboratorial e de saneamento. Áreas prioritárias. Controle natural Wolbachia spp. Espécie de bactéria simbionte intracelular, inofensiva ao homem e a animais domésticos, encontrada naturalmente em mais de 60% dos insetos. É capaz de reduzir pela metade o tempo de vida de um mosquito adulto e é capaz de produzir - progênie estéril. Mosquitos dispersores de inseticidas Atrair as fêmeas do Aedes até pequenos recipientes, chamados de “estações de disseminação” - Proxifeno Inseticida em pó grudam no corpo do mosquito e são levadas por eles até os criadouros Quando as fêmeas pousam nos reservatórios para ovipor, as partículas do inseticida são deixadas por elas na água, e assim os reservatórios passam a ser letais para as larvas Nebulização espacial intradomiciliar residual Inseticida residual (a exemplo da deltametrina) dentro das residências, em pontos específicos que atraem os mosquitos adultos – como locais escuros atrás e embaixo dos móveis, o interior dos armários, dentro dos sapatos, atrás das cortinas, entre outros. Há evidências de efeito imediato e duradouro na redução de populações de Ae. aegypti imaturos e adultos. Dispositivos com inseticidas Dispositivos contendo inseticidas de liberação lenta e contínua, com durabilidade do efeito por até 20 dias. Configuram-se como desvantagens no uso dessa tecnologia a limitação do efeito do inseticida em ambientes muito amplos e a substituição dos dispositivos após a perda do efeito do inseticida. Controle químico Mosquitos transgênicos Em desenvolvimento. A primeira etapa consiste em reduzir ou mesmo eliminar espécies de mosquitos por meio do desenvolvimento de genes letais ou capazes de tornar os insetos estéreis. A segunda etapa envolve a transformação ou substituição da população, pela introdução de um gene efetor para reduzir ou bloquear a transmissão da doença na população selvagem. Obrigado Seção Padrão Slide 1: Mosquitos e flebotomíneos de importância em saúde única Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14: Morfologia Subordem Nematocera Slide 15: Biologia Subordem NematoceraSlide 16: Biologia Subordem Nematocera Slide 17: Larvas Slide 18: Larvas Slide 19 Slide 20: Pupa Slide 21: Holometábolos Slide 22 Slide 23: Anopheles spp. – Mosquito prego Slide 24: Anopheles spp. – Mosquito prego Slide 25: Anopheles spp. – Mosquito prego Slide 26: Anopheles spp. – Mosquito prego Slide 27 Slide 28: Culex spp. Slide 29: Culex spp. – Mosquito prego Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35: Aedes spp. Slide 36 Slide 37: Larva Slide 38: Pupa Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44: Aedes spp. Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51: Flebotomíneos – Mosquito-palha Slide 52: Apesar do nome popular, flebotomíneos não são mosquitos Slide 53 Slide 54: Introdução Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59: Biologia flebotomíneos Slide 60: Biologia flebotomíneos – Dispersão Slide 61: Biologia flebotomíneos – Criadouros naturais Slide 62: Biologia flebotomíneos – Voos curtos Slide 63: Família Psychodidae, Gênero Lutzomyia - Morfologia Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69: Controle de mosquitos e flebotomíneos Slide 70: Controle eco-bio-social Slide 71 Slide 72 Slide 73: Mapeamento de risco Slide 74: Controle natural Slide 75 Slide 76: Mosquitos dispersores de inseticidas Slide 77: Nebulização espacial intradomiciliar residual Slide 78: Dispositivos com inseticidas Slide 79: Controle químico Slide 80 Slide 81: Mosquitos transgênicos Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86: Obrigado