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Tecnologia da Informação e Comunicação no Ensino de História. Seja bem-vindo (a) à disciplina de Tic no Ensino de História. Pensar o tema desta disciplina é um desafio fundamental na formação profissional. Convite ao professor ir muito além do senso comum, dos modismos, do tecnologia pelo consumo. Explorar mais o conceito de tecnologia de forma crítica e construtiva. Temas entre tecnologia e a educação: a responsabilidade ambiental, segurança da informação, inovação, cibercultura e inclusão digital. 1 A imagem (crianças na horta da escola) nos ajuda lembrar quais responsabilidades temos diante dos nossos tempos: consumo, educação ambiental, era da informática, redes sociais, questões de sustentabilidade e o lixo eletrônico. - A disciplina é uma oportunidade para pensar nesse caminho. TÓPICO 1 – TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS, AS TICS E AS MÍDIAS ELETRÔNICAS 2 DISCUTINDO SOBRE AS TICS E AS MÍDIAS ELETRÔNICAS TICs: Tecnologias da Informação e Comunicação = um grupo de meios de comunicação ou artefatos cujo objetivo principal é a transmissão de informação entre diferentes sistemas, a exemplo da televisão, computador e DVD. Em geral, essas tecnologias mediam, direta ou indiretamente, a comunicação de massa – para um grande número de pessoas. Entretanto, pensando com maior amplitude, cartazes, painéis, jornais escritos também são exemplos de tecnologias e que estão envolvidas no papel da comunicação. Logo, considerados como TICs, teremos muitos exemplos de artefatos tecnológicos e sistemas de comunicação. O termo TICs representa a diversidade de tecnologias e recursos que colaboram para criar, armazenar e transportar todo tipo de informação. Mídias eletrônicas: Elas apresentam uma dimensão cujos artefatos/aparelhos são essencialmente: informatizados, com telas eletrônicas e de alto poder de entretenimento, a exemplo dos celulares, iphones, tablets e computadores. Um trocadilho interessante vem a ser útil nesse momento do texto: nem todas as TICs são mídias eletrônicas, mas todas as mídias eletrônicas são TICs. Comunicação de massa: informação, num único sentido. Ou seja, apenas quem emite a mensagem tem papel ativo na comunicação, restando ao receptor apenas a passividade de receber e consumir a informação. É um tipo de comunicação para um grande número de pessoas, ao mesmo tempo, com a ideia predominante de mercado em escala e de homogeneização da comunicação, a fim de atingir maior audiência possível. A exemplo do cinema, rádio, jornal e televisão. (ALVES; FONTOURA; ANTONIUTTI, 2012, p.100). Desafios enfrentados pelos professores no trabalho com as TICs. Falta de formação, recursos, má distribuição dos recursos públicos e condições gerais das escolas. Questionar o que representa a tecnologia na aprendizagem pode dar uma nova perspectiva de trabalho ao professor. Porém, compreender esse processo como uma via em que há perdas e ganhos nos deixa um pouco mais atentos à complexidade das tecnologias aplicadas ao processo de ensino de história. Entretanto, o intuito não é excluir tecnologias novas ou já conhecidas, mas incluí-las ou reaproveitá-las sem que elas se tornem ferramentas de práticas desatentas às necessidades da atual comunidade escolar. 3 O CONTEXTO DA INCORPORAÇÃO DAS MÍDIAS NA EDUCAÇÃO A UNESCO sugere que as tecnologias são capazes de trazer qualidade, capacitação e melhor acesso das pessoas à educação formal. Nessa direção, segundo a UNESCO, o Brasil precisa ampliar a capacidade e formação dos professores em relação às tecnologias aplicadas na educação. Sobre a incorporação das TICs na escola (em especial nas iniciativas públicas e na criação de salas informatizadas) é um ponto de partida para compreendermos três situações: a) Compreender a complexidade de uma tentativa de inovação em termos nacionais e internacionais. Que foi o caso dos eventos e iniciativas de incorporação das tecnologias educacionais. b) Desvendar alguns dos valores morais e estéticos, gradativamente inseridos através da história, que envolvem a atual discussão sobre o ensino eletrônico na educação. c) Compreender que existe uma aposta significativa nas ditas “novas tecnologias” para solucionar os problemas contemporâneos da educação formal. A Figura apresenta um prisma teórico sobre a inclusão das TICs no espaço escolar, que compreende que há uma visão predominante de mercado consumidor, mas que também sugere questões não tão evidentes sobre a presença de sistemas tecnológicos na educação. A partir da modernidade, constitui-se uma ideologia da tecnologia desenhada através da percepção de maravilhamento diante de um cenário espetacular de aparelhos e resultados tecnológicos. Tal maravilhamento fez crer que o atual estágio da humanidade superou qualquer outro momento da história. Com isso, a tecnologia se converte em um valor moral de qualidade, segurança, bem-estar e organização. A categoria da eficiência gerada através desses recursos e valores forma uma maneira de compreender o mundo como mais ideal, correta ou possível. Somando-se a tais valores sociais temos ainda a concepção mecanicista da sociedade, que se moldou e reinventou desde o início da modernidade até hoje. Alguns autores como Vieira Pinto e Marcuse chamam essa conjuntura de “paradigma da eficiência e da condição técnica” (VIEIRA PINTO, 2005; CUPANI, 2011; MARCUSE, 1972). Cabe então à formação dos professores contemplar e dar conta da ausência de preocupações sociológicas e filosóficas dessa história. Além disso, procure observar o campo de trabalho dos professores em seu estágio ou escola que já trabalha. Tente observar quais as tecnologias mais reverenciadas na escola e na ação pedagógica. Serão os artefatos das mídias eletrônicas como o computador e o celular as atuais “sereias” do ensino eletrônico? 4. UM CONTEXTO DE CONTRADIÇÕES A ampliação do uso de computadores nos mais diversos setores da vida não nos convida, por exemplo, a discutir sobre o lixo tecnológico gerado por esta produção. É sem dúvida, que no ambiente escolar esse debate seja necessário, apesar de ainda ser pouco expressivo. Pouco ou quase nada tem se discutido sobre as perdas ocorridas com a implantação de tecnologias como computadores e tablets na escola e na metodologia de ensino. Mesmo que essa condição seja merecedora de muitas questões para refletir. Então, precisamos nos perguntar sempre: Quais tecnologias são predominantes na escola e no fazer pedagógico? Quem decide sobre os investimentos públicos em tecnologia na educação? Ao decidir sobre tais investimentos, o que se entende por tecnologia? Os professores são ouvidos no processo de incorporação das TICs na educação? Quais tecnologias são consideradas sinônimos de inovação educacional? Por outro lado, na conjuntura da economia globalizada, a comunicação e as TICs podem ser um diferencial nas estruturas sociais como a escola. As mídias eletrônicas são consideradas ferramentas colaborativas no ato de ensinar e aprender Graças à ampliação das TICs na sociedade a escola vem perdendo espaço e hegemonia como instituição do conhecimento. TÓPICO 2 - A CIBERCULTURA E OS DESAFIOS NA EDUCAÇÃO . 2. A Geração da Cibercultura. As aproximações entre História e TICs se apresentam em autores como Paul Virilio, Jean Baudrillard, Neil Postman e Pierre Lévy, ao definirem a sociedade contemporânea, utilizam termos como: sociedade da informação, do conhecimento ou pós-industrial. E na aproximação das TICs na decorrência da disciplina de história poderá contribuir para uma concepção mais dinâmica, viva e contemporânea da história. A cibercultura, ou também sociedade em rede, altera impressionantemente o pensamento humano (razão, conhecimento, emoção, memórias, tradições) e gera uma nova cultura. Pierre Lévy ao tratar da cibercultura expõe de maneira a evidenciar as potencialidades, contradições e inconsistências de um modo de existir antropológico e socialmente. O contexto alterado pela cibercultura e as novas condições exigidas pelas tecnologias na sociedade são analisados através da narrativade termos e questões como: inteligência coletiva, veneno e remédio da cibercultura, técnica do digital, infraestrutura do virtual, o conhecimento desmaterializado, a multimídia, hiperdocumentos, questões planetárias, arte no espaço virtual, o saber e da educação através do prisma da economia, a simulação do real, a democracia eletrônica, crítica à comunicação de massa, o pensamento crítico e a diversidade cultural ameaçada pela cibercultura (LÉVY, 1999). AS GERAÇÕES Seniores: Geração mais antiga inserida no início do século XX. Acompanhou a crise mundial do capitalismo nos anos 1920. Builders: Chamados de “construtores” viveram entre 1926 e 1945. Presenciaram a Segunda Guerra Mundial, a revolução armamentista e a ascensão americana. Baby Boomers: Entre 1946 e 1964 vivenciaram a reconstrução do pós-guerra, a reestruturação da burocracia dos Estados/superpotências e as revoluções profissionais. Conhecidos também como excluídos digitais. Geração X: De 1965 a 1980 aprenderam a contestar as gerações anteriores, a conviver com a comunicação de massa, a publicidade e sérias mudanças tecnológicas. Vivenciaram mudanças no modo familiar com maior inserção da mulher no mercado de trabalho. Às vezes conhecidos como imigrantes digitais, pois aderiram às tecnologias da informação após a inserção no mercado de trabalho. Geração Y: Surgiu a partir de 1980, essa geração vivenciou os conceitos de sociedade da informação, interatividade, integração, conhecimento não linear e virtualidade. São considerados nativos digitais. Geração Z: Ainda pouco conhecida, surge a partir dos anos 2000. Naturalizou a intensa presença do consumo e das mídias eletrônicas no cotidiano. Tanto na geração Y quanto Z, os indivíduos estão mergulhados no cotidiano da internet, conectividade, redes sociais e da realidade virtual. 3. O QUE DIZER SOBRE O VIRTUAL O primeiro momento (Pierre Lévy): três sentidos: o ligado à informática (técnico), o senso comum (o ciberespaço), o filosófico. No aspecto filosófico o virtual representa algo que está localizado antes de sua realização ou atualização. Como um projeto completo em todas as dimensões de uma obra. Uma palavra, um planejamento, um programa ou previsão também são exemplos de virtual. Na compreensão comum do termo, o virtual se opõe ao real como uma irrealidade. Algo que não pode ser materializado, apenas se mostra como num faz-de-conta ou brincadeira (LÉVY, 1999). O segundo momento incide sobre o conceito de inteligência coletiva, uma realidade composta de saberes, habilidades, desejos e tecnologias que serve como remédio ou veneno para os que participam de sua dinâmica. A cibercultura, por sua vez, serve de suporte para a inteligência coletiva. Por um lado, a inteligência coletiva (como remédio), que se utiliza da cibercultura como suporte, democratiza o acesso a determinadas informações e possibilita ao indivíduo ser mais participativo, socializado, por outro (como veneno), pode ser extremamente excludente para os que não estão em sintonia com o ritmo da alteração técnico-social - a exemplo da utilização de novos celulares e aplicativos de redes sociais - (LÉVY, 1999). 4. A NOVA RELAÇÃO COM O SABER Com a escrita, o saber é transmitido pelo livro e há a necessidade do intérprete. O intérprete dominava o conhecimento, entretanto, com o ciberespaço, o conhecimento já não pode ser dominado, talvez validado. De qualquer maneira, a introdução de elementos reorganizadores das relações entre indivíduos e indivíduos com os saberes, apesar de serem comparadas a algum fim trágico, não eliminaram a necessidade da presença do homem na ação, na aprendizagem. Mesmo com a expansão da cibercultura, a ameaça de extinção do livro não se cumpriu, e o homem ainda continua no centro da dinâmica da comunicação. 5. O VIRTUAL E A SIMULAÇÃO Na cibercultura a simulação possui um lugar centralizado e exclusivo. A simulação é um de seus trunfos. A partir deste recurso a cibercultura se mostra como potencializadora de inteligências, memória, cálculos e raciocínio. E todo desenvolvimento, em tese, pode ser compartilhado contribuindo na resolução de problemas antes insolúveis pela limitação de escala, progressão ou distância. A simulação, como um tipo de conhecimento, é um caminho exclusivo da cibercultura. As técnicas de simulação, a partir da interação de imagens e códigos, estendem as capacidades humanas de imaginação, raciocínio e pensamento. No caso da memória de curto prazo, onde se articulam capacidades como criação, inovação e nosso campo internacional com o mundo externo, é que a simulação da cibercultura encontra seu espaço de poder (LÉVY, 1999). TÓPICO 3 DISCUTINDO O CONCEITO DE TECNOLOGIA O surgimento da técnica nos leva à pré-história, por isso sua origem não é bem exata. Autores como Heidegger e Vieira Pinto confirmam uma mudança no trabalho medieval para o modelo operário fabril. Nesse momento ocorre um ponto de transição da história da tecnologia, figurando em duas fases. Até a Idade Média, o ser humano produziu técnicas, artefatos e ferramentas. A partir da modernidade, a Revolução Industrial proporcionou uma alteração: técnica e ciência aplicada à produção industrial (produção tecnoeconômica) gerou uma novidade: a tecnologia. Ortega y Gasset (apud MORAIS, 1988), em sua abordagem histórica, dividiu a história da tecnologia em: • Técnica do acaso (como exemplo a descoberta do fogo na pré-história). • Técnica do artesão (trabalho manual especializado como no caso das escolas de ofício). • Técnica do técnico (surgimento e a especialização da máquina). A idade da técnica inicia com as primeiras ferramentas construídas pelo homem na pré-história até o fim da Idade Média quando a produção de ferramentas figurava nas corporações de ofício. Sobressaem-se inovações como o surgimento da escrita, agricultura e do Estado e do racionalismo clássico, base das engenharias química e física. (GAMA, 1985; MORAIS, 1988). A idade da tecnologia surge na transição entre a Idade Média e Moderna. O antropocentrismo, as novidades científico-culturais do renascimento e união das universidades com a pesquisa empírica passaram a celebrar o ser humano como senhor do mundo. A Revolução Industrial colaborou na formação do homem moderno e na passagem da técnica para a tecnologia. Também ocorreu a difusão do capitalismo mundial, as Guerras Mundiais, os avanços na medicina e bioquímica, a descoberta da energia nuclear e o advento das TICs. (GAMA, 1985; MORAIS, 1988). Já Conceição (2007) apresenta visão evolutiva das revoluções tecnológicas em cinco etapas (ondas longas) da Revolução Industrial. Utiliza uma forma de entender a tecnologia com uma ideia de juntar técnica e economia (paradigma tecnoeconômico), relacionando inovação industrial, tecnologias, economia, organização produtiva. Realidades que influenciaram diretamente o cotidiano das cidades e da vida familiar. 1º etapa: (1780-1848) - A fase inicial da Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, com a expansão do setor têxtil, com o uso da energia hidráulica, com a ampliação dos meios de transporte de mercadorias e com a concentração dos trabalhadores nas fábricas. 2° etapa: 1848-1895) - Ampliaram-se os transportes em ferrovias. Com as ferrovias foi preciso produzir ferro em grande escala. A máquina a vapor foi empregada para funções bem além do transporte. 3º etapa: (1895-1940) A eletricidade e o aço foram marcante – expansão indústria para demais países. A expansão da eletricidade exigiu novos investimentos em infraestrutura. Aparecimento do Fordismo e Taylorismo. 4° etapa: 1940-1990) - destacaram-se duas invenções principais: a química dos derivados do petróleo e as políticas de administração da economia. O consumo de massa, a invenção dos materiais sintéticos, o motor de combustão interna, a motorização, a linha de montagem, a popularização do automóvele da indústria automobilística. 5º etapa: (1990-hoje) - as TICs apresentam seu papel na força comunicativa e formadora de um novo tempo: a “idade da informação”. Com a internet e a ampliaçãoda computação eletrônica, 3.UM OLHAR PARA OS CONCEITOS DE TÉCNICA E TECNOLOGIA A explicação da palavra tecnologia é considerada um problema, pois não existe consenso entre os autores. É um termo complexo proporcionalmente à complexidade da existência humana. Johann Beckmann é um autor citado na historiografia da técnica e da tecnologia. Considerado o “pai da tecnologia” devido às suas publicações, em especial com a “Instrução sobre a Tecnologia” em 1777 (GAMA, 1985). O termo tecnologia foi moldado para designar a disciplina que descreve e ordena os ofícios e as indústrias. A aproximação de três elementos (técnica, ciência e produção) feita por Beckmann é o ponto central para a definição atual de tecnologia de autores como Bunge (1980), Vieira Pinto (2005) e Conceição (2007). O autor brasileiro Álvaro Vieira Pinto em seu livro O Conceito de Tecnologia (2005) vol.1, distingue o conceito de tecnoestrutura. Chamou de tecnoestrutura uma ideologia que oculta os agentes do poder financeiro através de uma cortina tecnológica, a exemplo do Estado ou de corporações privadas. Tecnoestruturas são corporações cujos indivíduos não são visíveis. Estão acobertados pela cortina da tecnologia. Para superar o impasse, Bunge difere a palavra tecnologia como “um corpo de conhecimentos” conciliável com a ciência contemporânea e usado para criar ou controlar coisas (processos), naturais ou sociais (BUNGE, 1980). O termo “técnica” entendemos tanto o universo dos meios (as tecnologias), que em seu conjunto compõem o aparato técnico, quanto a racionalidade que preside o seu emprego, em termos de funcionalidade e eficiência. Heidegger (2007) separa a técnica da técnica moderna. Primeiro, usa para o termo “essência da técnica” que resumidamente consideram o ser a visão antropológica do ser humano extrair da natureza energia e matéria para o máximo aproveitamento. Segundo a “essência da técnica moderna” resume ser uma “moldura”. A moldura é o elemento fundamental do uso das ciências. O homem ao extrair a energia da natureza constrói um esquema lógico, um planejamento, a fim de armazenar energia, transformá-la e depois ser novamente distribuída. 4. A IDEOLOGIA DA TECNOLOGIA A ideologia faz com que as pessoas estabeleçam modos de relações sociais com base em condições materiais e teóricas. São relações sociais que criam formalidades que se prendem e se legitimam através de instituições como a família, política, igreja, trabalho. Em certos momentos essas formalidades ou representações escondem parte da arquitetura social do trabalho, economia e da política. E é através da ideologia que se justificam diversos tipos de exploração e dominação, incorporadas naturalmente como valores de verdade ou justiça (CHAUÍ, 1997). Dessa forma, a tecnologia como uma ideologia passa a ser vista naturalmente como uma evolução do que há de bom entre as criações humanas. E da mesma maneira, as mídias eletrônicas, em especial, o computador, assume a representação mais elevada dessa evolução tecnológica. Antes as máquinas livravam o homem dos trabalhos desgastantes, agora o computador nos livra do cansaço mental do cálculo repetitivo e da desnecessária memorização. A ideologia da tecnologia (e do computador) tem uma relação estreita com a ideia de progresso. Ela se afirma através de um pensamento essencialista e triunfalista afirmando inquestionavelmente: mais tecnologia resulta mais riqueza e mais riqueza resulta em bem-estar social. 5. A EFICIÊNCIA COMO UM MODO DE SER Um elemento específico foi enfatizado a partir do advento das sociedades industriais (modernidade). Uma obsessão pela otimização do tempo, energia e recursos. 5. O TOTALITARISMO DA TECNOLOGIA Foi a partir da modernidade, que a tecnologia se impôs sistematicamente em quase todas as dimensões da vida. Ela conseguiu, de forma agradável mascarar a violência do processo de controle social. A razão da tecnologia é soberana sobre qualquer decisão quando representa e justifica a eficiência. A tecnologia se tornou onipresente no cotidiano e passou a predominar sobre outros saberes. O conhecimento tecnocientífico converteu-se em uma força nova incapaz de ser freada. As tecnologias alteram nosso senso de como é o mundo: a ordem natural das coisas, o que é sensato, vital, necessário, inevitável, o que é real. Ela institui uma prática, aparentemente inofensiva, de atribuir notas ou graus ao desempenho de estudantes, trabalhadores, políticos e qualquer coisa na qual se queira julgar. TÓPICO 4 – DIFERENTES TICS APLICADAS NO ENSINO DE HISTÓRIA DISCUTINDO ALGUNS RECURSOS Os recursos disponíveis que intercalam produção de conhecimento, aprendizado e tecnologias da comunicação, dificilmente caberão em qualquer lista que possamos escrever. Citamos: audioconferência, chat, teleconferência, videoconferência, listas de discussão, fóruns, blogs, fotologs, videologs, museus físicos e virtuais, sites, vídeos (produção, reprodução, edição, visualização), cartazes, músicas e tantos outros diversos recursos que a imaginação possa transcorrer. Numa distinção simples, teríamos as fontes históricas disponíveis em: - Natureza material e imaterial. - Recursos físicos, digitais e on-line. - Forma de texto, imagem ou som. - Materiais fossilizados. - Fontes artificiais ou naturais. JORNAL E REVISTA (MATERIAL IMPRESSO E ON-LINE) Tanto na ação de construir um jornal a partir de conteúdos estudados em sala de aula, como na consulta de jornais on-line, a aproximação com esta modalidade textual é capaz de formar um terreno fértil para a inovação, criação e aprendizado em todo o Ensino Fundamental e Médio, respeitando as respectivas fases cognitivas dos estudantes. image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png