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APRENDIZAGEM OBSERVACIONAL Piaget(1962e 1975)aodiscutira forma- çãodosímbolonacriançaconsideraaimitação comonecessáriaà adaptação,porserumme- canismoquetornapossívelainteraçãodopen- samentoentreindivíduose,conseqüentemen- te,aconstituiçãoe aquisiçãodassignificações coletivas. Para Piaget, o comportamento imitativode umsujeitoemanade si próprio,é frutodeoperaçãomental,deimagensinternas, e dependedoníveldedesenvolvimentoqueo indivíduoseencontra.Sendoassim,a imitação nãoé umameracópiadeummodeloexterno. Ao analisara interaçãoentreaprendiza- geme desenvolvimento,Vygotsky(1989)diz queaimitaçãonãoésimplesmentecópiadeum modelo,mas reconstruçãoindividualdaquilo queéobservadonosoutros.Essareconstrução ocorrecombasenaspossibilidadespsicológi- casdacriançaquerealizaaimitaçãoeconstitui, paraela,criaçãode algonovoa partirdoque observanooutro.Naproporçãoemqueacrian- ça imitaos maisvelhosem suas atividades padronizadasculturalmente,elageraoportuni- dadesparao seudesenvolvimentointelectual. Por exemplo,ao imitara escritado adultoa criançaestápromovendooamadurecimentode processosdedesenvolvimentoqueaconduzi- rãoaoaprendizadodaescrita.Dessamaneira, a imitação impulsionao desenvolvimento. Vygotskynão consideraa atividadeimitativa comoumprocessomeramentemecânico,mas comoumaoportunidadenaturaldacriançarea- lizaraçõesque estãoalémde suas próprias JoãoSerapiãode AGUIAR* capacidades,o que contribuiparao seu de- senvolvimento. A aprendizagemporimitação,vicáriaou observacionalfoiestudada,demodomuitoen- genhoso,porAlbertBanduraa partirdo final dosanos60.Banduraprimeirodedicou-seao desenvolvimentodeumateoriade aprendiza- gem social, baseada em parte no modelo operante(1977e 1979).Posteriormente,apar- tir de uma conceituaçãode aprendizagem observacional,naqualtêmlugarimportanteas variáveismediacionais,propôsumateoriaso- cial-cognitivasobreaaprendizagemeodesen- volvimento(Bandura,1986).Segundoseupon- todevista,todosos fenômenosdeaprendiza- gemresultantesdeexperiênciasdiretaspodem ocorrernumabasevicariante,atravésdaobser- vaçãode respostasde outraspessoase de conseqüênciasque estas trazempara elas. Essas conseqüênciasdas respostaspodem serexaminadasemtermosde recompensase punições.Assima imitaçãoé facilitadaquando omodelo,napresençadoobservador,é recom- pensadoporalgumcomportamentoe sustada quandoo modeloé punido.Alémdisso,se o observadorpercebeque o modeloreceberá querrecompensaoupunição,mesmoquees- tas nãopossamser observadas,ocorremas mesmastendênciasparaa imitaçãoou não imitação.Confirmandoesseprincípio,Geshuri (1972,apudKlausmeireGoodwin,1977)verifi- couquecriançasde pré-escolaqueobserva- ramcomportamentosdeumapessoa(modelo) n Doutor em Psicologia Educacional pela UNICAMP. Professor Titular do Institutode Psicologia. Faculdade de Educação e Faculdade de Educação Física da PUC-Campinas. RcvisladeEducação.rUC-Campinas.v.3.n.5.p.64-68.novembro1998 APRENDIZAGEMOBSERVACIONAL I > I I I serem verbalmenterecompensados,subse- qüentementemanifestaramcomportamentos do modelomas não reproduziramcomporta- mentosquenãoforamreforçadosverbalmente. O aspectodistintivodateoriadeBandura, éa inclusãodeprocessosmediadoresdenatu- rezacognitiva,dentreosquaisse ressaltamos mecanismossimbólicosdeauto-regulação,na explicaçãoda aquisiçãode comportamentos sociais,verbais,motores,moraise cognitivos, consideradoscomocomportamentoscomple- xos.O autorcritica,nateorizaçãobehaviorista radical,aconstruçãodeesquemasexplanatórios baseados numa só forma de controle comportamental,o reforçamentoexterno,com relativanegligênciade outrasvariáveise pro- cessosinternosevicários,aseuver,influentes. Criticaigualmenteos cognitivistaspor terem estadoexclusivamentepreocupadoscompro- cessosinternos.Consideraqueumateoriacom- preensivadocomportamentohumanotemque englobartrêsfontesderegulaçãodocomporta- mento:o controlepor meiode estímulos,o controleporprocessossimbólicosinternos(en- cobertos)eocontrolepelasconseqüências.Em muitassituações,doisoumaisdestesproces- sospodemoperarsimultaneamentedirigindoa reatividade.Na maioriadas funçõesde nível superior,as regrasimplícitasque regulamo comportamentonãopodemserdefinidasape- nasemtermosdepropriedadesdeestímulosou combinaçõesdeelementosestimuladores,mas, tambémemfunçãodeprocessosinternoscom- ponentesdoprocessodeobservação. Nomodelodeaprendizagemporobserva- çãooumod~laçãodesenvolvidoporBanduraa funçãodoseventos-estímuloexternosédefini- da pela mediaçãorealizadapeloindivíduo,a partirdesuasexperiênciasanteriorescomes- ses eventosou eventossimilares.Complexos mecanismosmotivacionaise cognitivosinter- vêmnaseleçãoe interpretaçãodessesestímu- los, dentreos quais tem realceo seu valor reforçador,com freqüênciadecorrentedas observaçõesqueoindivíduorealizounopassa- 65 doemrelaçãoaosseusefeitossobreocompor- tamentodeumsemelhante. O significadodos estímulose de seus efeitostambémpodesermediadoporproces- sos de abstraçãoque permitemao indivíduo derivaras regraseprincípiosqueregemdeter- minadasconfiguraçõesde estímulosantece- dentese conseqüentes.Bandura(1977)cha- moudemodelaçãoabstrataaessesprocessos emgrandeparteresponsáveisporaquisições lingüísticas,sociais,moraise cognitivas. Bandura(1986),destacaquatrosubpro- cessasquegovernama aprendizagemobser- vacional:1)processosdeatenção;2) proces- sosderetenção;3)processosdeproduçãoe4) processosmotivacionais.Assimos explica: 1.Processos deatenção:osujeitodeve prestaratençãoao modeloe ao(s)atributo(s) relevante(s)do comportamentodeste. Esse mecanismopermiteaseleçãodeestimulações ou de partedessas, que funcionarãocomo modelo. 2.Processos deretenção:apessoatem quesercapazdelembraroqueobservou.Para tantoo comportamentodo modelonecessita sercodificadoousimbolicamenterepresentado earmazenadonamemóriadoobservador.Essa lembrançaocorreatravésda representação imagísticaoudarepresentaçãoverbal.Os ele- mentosmemorizadossãoguiasparaodesem- penhodoobservador.A aprendizagemporob- servaçãopodeserfacilitadapelaintroduçãode pistas,desenhosou instruçõesverbais,que chamema atençãoparaaspectosquedevem serobservadose memorizadospeloobserva- dor. 3.Processos deprodução:responsável pelacópiadasaçõesdomodelo(imitaçãomatara com ou sem aparatoverbal),em formade seqüênciasintegradasde respostasqueo ob- servadordesempenhacomcrescentehabilida- de(aníveldesuacapacidade),comoporexem- plo,pelaimitaçãode movimentosdaginástica rítmicadesportiva,dedança,damímicacorpo- rale deconteúdose característicasda lingua- Rcvistade Educação,PUC-Campinas,v.3,n.5.p.64-68.novembro1998 ~ I 66 gemoral.O processodeproduçãotemaspec- tosobserváveisquesãoidentificáveispelode- sempenho,e mecanismosencobertos(ensaio simbólico),sóacessíveisaoprópriosujeitoque estásecomportando.Naproduçãodocompor- tamentoimitativooobservador,porensaioen- coberto,avaliasuas capacidades,organiza, reorganiza,selecionae decideas respostas quevaiemitir.Nocomportamentomodeladoo "feedbackintrínseco"informaoobservadorso- breo seudesempenhoe o auxiliaa refiná-Io. Essaauto-avaliaçãoqueocorrenoensaiomo- tor/simbólicopodeter sua ação corretivaou afirmatória completada por "feedback extrínseco".O ensaiosimbólicopodeserreali- zadopelapessoasozinha,naausênciadomo- delooudepistasparaaimitação,posteriormen- tedasituaçãooriginaldeobservação. 4. Processos motivacionais:vistossob a formade reforçamentoda respostaaprendi- da.O reforçamentopodeserexterno(como,por exemplo,umarecompensaouelogiodadoao observador),vicário(ocorreporintermédiodo comportamentodomodeloobservado,istoé,o observadortemaoportunidadede"experimen- tar"aconseqüênciareforçadoradeumadeter- minadaresposta,semseenvolverdiretamente comela),ouserauto-reforçamento(porexem- plo, geradopelo processode auto-compara- ção).O reforçamentoé, assim,considerado maiscomoumfacilitadordoquecomoumfator imprescindívelàmodelação.Banduradámaior valoraosprocessosdeauto-reforçamentoedereforçamentovicariante,doquepropriamente aoreforçamentoextrínseco,oquesignificaque 1.S. de AGUIAR a motivaçãoévistaporelecomoumprocesso cognitivoe afetivo.Daí a relevânciadadaao sensodeauto-eficácia,quedizrespeitoàcon- vicçãomotivadoraque a pessoatemde que pode executaralgumacoisa com êxitoe a confiançaquedepositaemsua(s)capacidade(s) dealcançarobjetivosemsituaçõesespecíficas. ParaBanduraocomportamentoé apren- didosimbolicamenteatravésdoprocessamento centraldeinformações.Éobservandoomodelo quea pessoa"formaumaidéia"da respostaa emitir.Essa emissãopodeocorrerimediata- menteou posteriormente(imitaçãoatrasada). Rappaport,Fiorie Davis(1981),analisandoo desenvolvimentona idadepré-escolar,dizem quea criançatemcapacidadeparaimitarum quantidadeenormedegestose situaçõespre- senciadasnocontatocomoutraspessoasede realizarestasimitaçõesmesmonassituações de modeloausente.A modelaçãosimbólica tempodermultiplicador.Aocontráriodoapren- der fazendo, baseado na aprendizagem discriminativae reforçamentodiferencial,que requermodelagemdasrespostasdecadaindi- víduo,o aprenderporobservaçãopermiteque umúnicomodelotransmitanovospadrõesaum extensonúmerode pessoas,eventualmente dispersasnoespaçoenotempo.Outroaspecto consideráveldamodelaçãoéageneralização, quepermitequeo sujeitoemitacomportamen- tosanteriormenteaprendidosporobservação emsituaçõesdiferentesdaoriginal,dandoori- gemà aplicaçõesnovas. Oparadigmadeaprendizagemporobser- vaçãopropostoporBandura(1977)éoseguin- te: [ COdificaçãosimbólica J Antecipaçãodo Sr-+Atenção-+SD-+ Organizaçã~Cognitiva -+ R Ensaio Decompondo-o,podemosverificarqueele é compostoporsetetermos: a) Antecipaçãodo sr, querepresentao estímuloreforçador,modelador; b) Atenção,que significaa observação discriminativaaoestímulo-modelo,que possuipropriedadesreforçadoras; c) SD,querepresentaadiscrimina-bilidade seletivaao(s) atributo(s)relevante(s) Revista de Educação.PUC-Campinas.v. 3, n. 5, p. 64-68,novembro1998 -- I r I I r ~ I. APRENDIZAGEM OBSERVACIONAL do estimulomodelo,cujarelevância dependedeaprendizagemanterior: d)Codlflcaçãosimbólica,oua capaci- dadedoobservadordeprocessaras informações(oselementosdoestímu- lo-modelo),de codificá-Iase de representá-Iasnamemóriasobformas verbaisoudeimagensvividas(percep- çõescentralmenteativas); e)Organizaçãocognltlva,istoé,comoo observadorprocessaasoperaçõesde codificaçãosimbólica,representandoa capacidadedosujeitoemtraduzir,clas- sificar,ordenar,agrupar,categorizar, organizarereorganizarasinformações; f) Ensaioquesãoasoperaçõesdapráti- ca encoberta(simbólicainterna)das respostasadquiridas'; g)R é a resposta(traduzidaemação) manifestadeemparelhamento. Naaprendizagemsocial-cognitivaosob- servadoresnãosão passivos,registrandoe estocandoindiscriminadamentetodasaspistas modeladas,massãoativosnainteraçãocomo meio.Namodelaçãodeordemsuperiorpodem ocorrerrespostascriativas,sobcondiçõesem quesãofornecidasoportunidadesparaaobser- vaçãodocomportamentodemodeloshetero- gêneos.Nestascondiçõesos observadores apresentampadrõesdecomportamentorepre- sentandodiversascombinaçõesentreelemen- tosdediferentesmodelos,abstraematributos comunsexemplificadosemdiversasrespostas modeladase formulamumprincípioparaa geraçãodepadrõesdecomportamentos,que podemser'semelhantesaosdosmodelos,ou entãonovos. Nessateoria,é importanteo papeldo estadoemocionaldoobservador,damotivação intrínseca,daauto-regulaçãoedaauto-avalia- ção,cujosefeitossomam-seaos incentivos extrínsecos.É importantetambémamaturida- dedapopulação,comoafaixaetáriaeonívelde 67 desenvolvimentoemocional,cognitivo,intelec- tuale motor. O ensinobaseadono processode modelaçãodevelevaremcontaessesaspec- tos,eentão,programarsituaçõeseconteúdos quefacilitemaobservação.Nesseensinopode- seutilizarrecursosdotipodemonstraçãoffsica (atravésdemodelosvivos,filmesouvídeos), representaçãopictóricaedescriçãoverbal. Públioeoutros(1995)realizaramumes- tudo,comcriançasdesetea12anosdeidade, queteveporobjetivoinvestigaros efeitosda demonstraçãoeinstruçãoverbalnaaquisição dehabilidadesmotorasdaginásticaolfmpica. Submeteramgruposexperimentaisatrêsdife- rentescondiçõesdeaprendizagem:1.demons- tração,2.instruçãoverbale 3.demonstração maisinstruçãoverbal.Os resultados,discuti- dosàluzdasproposiçõesteóricasdeBandura (1977e1986),mostraramefeitosdesuperiori- dadenaaprendizagemdosgrupossubmetidos a demonstraçãoe demonstraçãomaisinstru- çãoverbalemrelaçãoao gruposubmetido apenasainstruçãoverbal. Aguiar(1996e1998)apresentaumestu- doqueteveporobjetivosinvestigarainfluência deumprogramadejogosrecreativosinfantis sobrea aprendizagemde conceitosbásicos paraa leiturae escritaempré-escolarese verificarsuageneralizaçãoparasituaçõesde saladeaula.Foramsujeitos40criançasdetrês a cincoanosde idade.A análiseestatística apontouaeficiênciadaaplicaçãodoprograma dejogosrecreativosinfantisparaodomínioea generalizaçãodosconceitostreinadosàluzda aprendizagemsocial-cognitivade Bandura (1977e 1986). ParaHolle(1979),porvoltados3anosde idadeiniciam-seefetivamenteasbrincadeiras imitativas,dotipoemqueacriançaobservando comoas outrascriançasse comportamnas (I) As operaçõesde ensaio efetivamenteestabilizame fortalecemas respostasadquiridas. Revista de Educação,PUC-Campinas,v. 3, n. 5. p. 64-68,novembro1998 68 diferentes situações e as conseqüências reforçadorasdessescomportamentos,éincen- tivadaounãoa fazero mesmo. A aprendizagemobservacionalpodeser afetadaporfalhasdediscriminação,quepodem ter origem em deficiênciasde habilidades cognitivas,em limitaçõesdo aparelhosensó- rio-motorou em aprendizagemanteriordefi- ciente. A modelaçãopodeserumimportanteins- trumentonaaçãoeducacional.O conhecimen- todosprincípiose o domíniodosprocedimen- tosdemodelaçãopeloprofessorsãorelevantes recursosparaplanejar,realizareavaliaroensi- no de conhecimentos,atitudese habilidades intelectuaise motorasemtodosos níveisde desenvolvimento. Quandoo professorembasadonateoria social-cognitivapropõe, num procedimento metodológicodeensino,atividadesdesafiado- ras à clientela,estimulaa mesmaa construir conhecimentos,habilidadeseatitudes. Referências Bibliográficas AGUIAR, J. S. Elaboração e Avaliação de um ProgramadeJogos RecreativosInfantispara o Ensino de Conceitosa Crianças Pré-esco- lares. Tese de Doutorado apresentada à Faculdadede EducaçãodaUNICAMP, Cam- pinas, 1996. . 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