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06/03/2023 Disciplina:Matrizes do Pensamento III - Cognitiva Docente: Camille Lemos Cavalcanti Wanderley Discente: Anna Júlia Pontes Chaves Semestre: 1° semestre - matutino PRINCIPAIS TEÓRICOS E TEORIAS DE ABORDAGEM COGNITIVISTA 1. OBJETIVO Informar-se sobre os teóricos e suas teorias primordialmente fundamentais para o progresso da abordagem cognitivista. 2. REVISÃO TEÓRICA O discernimento será alcançado por meio da leitura de artigos e livros, exceto pelos estudos realizados em sala de aula. Os antecedentes da psicologia cognitiva foram de suma importância para o seu desenvolvimento, contribuindo para o aprofundamento dos estudos sobre processos cognitivos e suas teorias. 2.1 - OS ANTECEDENTES DA PSICOLOGIA COGNITIVA ● Jean Piaget - Interacionista (indivíduo aprende com o meio). As teorias concebidas por Piaget têm como principal função explicar como se desenvolve a inteligência nos seres humanos, e é por isso que sua ciência é chamada de Epistemologia Genética. Piaget acreditava que a inteligência é um mecanismo de adaptação do sujeito a uma situação, o que possibilita a construção de novas estruturas para o aprendizado. Portanto, o desenvolvimento intelectual dos indivíduos é influenciado pelos estímulos do ambiente em que vivem (Kesselring, T. Jean Piaget, 1993, p. 67). Além disso, é importante ressaltar que para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato e nem resultado de condicionamentos, mas sim de uma interação do sujeito com o meio que o cerca. Estamos predispostos a aprender porque temos base genética para o meio, por isso, essa aprendizagem adquirida vai resultar na perda do repertório primitivo. Ou seja, não existe um novo conhecimento sem que o organismo já tenha um conhecimento anterior para poder assimilá-lo. Segundo Piaget (1982), a adaptação intelectual é um “equilíbrio progressivo entre um mecanismo assimilador e uma acomodação complementar”. Ademais, de acordo com Piaget, a construção da inteligência ocorre através de estágios, com complexidades crescentes. A essa teoria, ele denominou Construtivismo Sequencial. Segundo o autor, existem quatro fatores que influenciam o desenvolvimento de um conjunto de estruturas cognitivas mais elaboradas: O primeiro de todos, a maturação (...) uma vez que esse desenvolvimento é uma continuação da embriogênese; o segundo, o papel da experiência, dos efeitos do ambiente físico na estrutura da inteligência, o terceiro, a transmissão social em sentido amplo (transmissão por linguagem, educação, etc); e o quarto fator, que é com freqüência negligenciado, mas que me parece fundamental e até o fator principal. Chamarei a este fator de equilibração, ou se preferirem, de autoregulação (PIAGET, 1995, p. 2). ● Edward C. Tolman - Neobehaviorismo/Operacionista. Em primeiro lugar, Tolman juntamente com Honzik (1930a; 1930b), adaptaram a ideia de aprendizagem latente, que foi formulada na metade da década de 1920 (Elliot, 1928; Blodgett, 1929). A aprendizagem latente consiste na exposição do organismo em uma situação problema com ou sem recompensa, posteriormente resultando na aprendizagem. Nesse contexto, Tolman busca componentes motivacionais e cognitivos na explicação de fenômenos psicológicos, já que para ele o comportamento não era apenas fisiológico. Ou seja, Tolman identificava que os teóricos do condicionamento deveriam refinar seu sistema explicativo em ao menos duas dimensões, quais sejam: a definição de estímulo e resposta (Tolman, 1933/1966e; 1937/1966f) e o papel das consequências na explicação do comportamento (Tolman, 1933/1966e). Logo em seguida, Tolman aprimorou os conceitos de estímulo e resposta para explicar o comportamento do sujeito nos eventos ambientais (Tolman, 1937/1966f). Nesse ínterim, Tolman e Honzik (1930 a; 1930b) fizeram um experimento com vários espécimes de ratos introduzidos em um labirinto, com o objetivo de examinar o processo de aprendizagem latente desses animais. Simultaneamente, Tolman queria provar essa aprendizagem latente por meio da memória dos ratos acerca do ambiente que estavam inseridos (labirinto), e não por tentativa e erro. Em resumo, os ratos aprenderam o layout do labirinto mais rapidamente quando foram reforçados a partir da décima vez que viajaram pelo labirinto, ou seja, os ratos aprenderam as rotas mesmo sem receber uma recompensa no final. Por outro lado, os ratos passaram a viajar mais apressadamente após a descoberta da comida no final. Para explicar os resultados de seus experimentos, Tolman cunhou o termo de “mapa cognitivo”, dizendo respeito à representação interna que o indivíduo possui. Os estímulos (...) não são conectados por simples circuitos um-para-um até sua resposta correspondente. Ao invés disso, os impulsos são comumente trabalhados e elaborados na sala de controle central em forma de tentativa, uma espécie de mapa cognitivo do ambiente. É este mapa de tentativa, indicando rotas e caminhos e relações ambientais, que determina nalmente quais respostas o animal irá emitir, se for emitir alguma. (TOLMAN, 1948/1966c, pp. 244-245). ● Clark L. Hull - Neobehaviorismo. Em 1943, o psicólogo Clark Hull publicou o livro Principles of Behavior, que se tornou um marco na história do pensamento comportamental. Hull propôs um novo paradigma, baseado no modelo S-O-R (estímulo-organismo-resposta), que desafiou algumas das ideias do behaviorismo de Tolman. Para Hull, todos os comportamentos humanos podem ser explicados pelos princípios de condicionamento. Vale ressaltar que, Hull é considerado neobehaviorista, pois segundo Moreira (2017), os teóricos neo-behavioristas argumentam que o organismo sofria a influência de outras variáveis. Seu pensamento era de que essas outras influências agindo sobre o organismo: podem ser tratadas como variáveis experimentais (como histórico de treino anterior, esquema de privação, injeção de drogas), e estas influências podem ser descritas tão objetivamente quanto os estímulos e respostas. Aquilo que acontece dentro do organismo nós precisamos inferir e, ao fazer estas inferências, postulamos certas variáveis intervenientes ou construções simbólicas. (HILGARD, 1973, p. 151). Em resumo, Hull observa a conexão entre organismo, estímulo e resposta, mas ele acredita que há interferências de outras variáveis nos experimentos. Os elementos-chave aqui são a contiguidade e o reforço. Segundo Hull, a aprendizagem ocorre quando existe uma contiguidade temporal muito estreita entre estímulo e reação. [...] Juntos, a contiguidade entre S e R e o reforço gradualmente aumentam sHR , isto é, a força do hábito. [...] Aprender é aumentar sHR . O fato de o caráter da aprendizagem ser incremental (“uma simples função do crescimento positivo”), e não repentino, condiz com os resultados que Hull havia obtido em sua tese sobre a aprendizagem de conceitos. (GOODWIN, 2010, p. 388). Desse modo, para Hull, [...] o S ER era afetado por diversos fatores, dos quais os mais importantes eram o impulso e a força do hábito. Ou seja, há maior probabilidade de uma reação ocorrer se tanto a força do hábito quanto o impulso forem altos. (GOODWIN, 2010, p. 389). Para adicionar, uma das principais características da teoria da aprendizagem de Hull, é a importância do hábito, ele determina que a força do hábito aumenta em função do número de ensaios de reforço. Ademais, de acordo com a teoria de redução de impulsos de Hull, quando um indivíduo sofre privação biológica, isso gera uma tensão acumulada que faz com que ele sinta a necessidade de agir para satisfazer a necessidade apresentada. Esse impulso psicológico é então concebido e, quando satisfeito, proporciona ao indivíduo uma sensação de prazer, que leva à redução do impulso. [...] na necessidade de redução, como quando o alimento alivia a necessidade de sustento do corpo, ou quando a fuga salva o organismo de algum dano. Assim, a qualidade reforçadora primária da recompensa e da punição é a mesma: a recompensa do alimento alivia a tensão da fome, a fugado choque reduz a tensão do choque. (HILGARD, 1973, p. 218). Por fim, Hull acreditava que a condição básica para a aprendizagem no behaviorismo, ocorre não pela satisfação do impulso, mas sim por sua redução. 2.2 - DESBRAVADORES DA PSICOLOGIA COGNITIVA: GEORGE MILLER, GEORGE KELLY, JEROME BRUNER, ULRIC NEISSER. ● George Miller Primeiramente, George Miller foi responsável por escrever um artigo intitulado “The magical Number Seven, Plus or Minus Two: Some Limits on Our Capacity for Processing Information” em 1956 (apud MATLIN, 2004, p.53). Nesse artigo, Miller apresentou a ideia de que nossa capacidade cognitiva é limitada, em questão da retenção da informação no processo de armazenamento na memória de curto prazo. Miller também argumentou que esse número era de cerca de sete elementos, mais ou menos dois (Lei de Miller, 1956), e que essa regra se aplicava a uma ampla variedade de tarefas cognitivas, desde a memória até a percepção e o raciocínio. Além disso, Miller (1956) também destaca que nossa aprendizagem é mais efetiva quando separa a informação por blocos, ou seja, uma noção de agrupamento por padrões. Esse agrupamento pode ser representado por um número ou uma letra (pares ou trios), por exemplo. Segundo Miller (1956), nossa memória é sensível somente ao número de porções e não ao tamanho delas. Ademais, desde as pesquisas da década de 1950 sobre o processamento de informação, essencialmente as de Miller (1956, apud MATLIN, 2004, p. 57), argumentam que todos os agrupamentos armazenados na memória são de certa forma semelhantes, diante disso, uma das hipóteses defendidas é que a capacidade de memória de trabalho é influenciada pelo tempo de pronúncia e a semântica dos termos. ● George Kelly Em 1955, George Kelly apresentou a ideia do Alternativismo Construtivista e, posteriormente, publicou seu livro: A Teoria dos Construtos Pessoais (TCP), onde descreveu uma nova forma de compreender o ser humano. Nessa teoria, Kelly enfatizou que as pessoas são questionadoras (cientistas) e que o universo está em constante transformação. Ele argumentou que cada pessoa tem uma perspectiva única em relação às situações, construída através de sua experiência de vida e aprendizado. Kelly (1963) esclarece a respeito dos elementos de percepção, ou construtos cognitivos: O homem cria a sua própria maneira de ver o mundo no qual ele vive [...]. Ele constrói os constructos, os prova e os experimenta. Seus constructos são algumas vezes organizados em sistemas, que são grupos de constructos personificados que subordinam e superordenam relacionamentos. Os mesmos eventos podem ser vistos sob a luz de dois ou mais sistemas de constructos. Contudo os eventos não pertencem a nenhum sistema (KELLY, 1963, p. 12). Além disso, Kelly destacou que essas perspectivas não são fixas e podem ser modificadas ao longo do tempo, à medida que a pessoa experimenta novas situações e aprende mais sobre si mesma e sobre o mundo ao seu redor. Kelly também explorou a ideia de que as pessoas têm a capacidade de construir e reconstruir suas realidades, moldando suas experiências de acordo com suas crenças e expectativas. Para Kelly (1963, p.15), “[...] a compreensão humana do Universo aumenta gradualmente e que ele está em constante mudança em relação a si mesmo”. Nesse sentido Kelly (1963), afirma que: [...] os conceitos são formados de uma unidade ainda menor, que denominou Construtos. Assim, os “construtos‟ se referem às características que uma pessoa identifica sobre um evento ou objeto, esses construtos formam o conceito de um objeto ou uma concepção (KELLY, 1963, p. 43-44). ● Jerome Bruner Jerome Bruner (1969) foi um renomado psicólogo estadunidense que contribuiu significativamente para a compreensão de como aprendemos. Ele desenvolveu o conceito da aprendizagem por descoberta, que é uma abordagem que estimula o aluno a procurar soluções por conta própria, em vez de simplesmente receber informações de forma passiva. Essa abordagem é baseada em um método indutivo, que permite que o professor faça diversas intervenções para facilitar a descoberta do conhecimento pelo aluno. Isso significa que o professor pode apresentar informações, fazer perguntas e fornecer dicas que ajudem o aluno a chegar às respostas por si só. Nesta perspectiva, Bruner (1969) revela aspectos para implementar a avaliação através de um ensino pautado na descoberta, sendo eles: i- Deve ser considerada informação educacional para orientar a elaboração de currículos didáticos; ii- para ser efetiva, precisa de alguma forma combinada a um esforço para ensinar, a fim de permitir avaliar a reação da criança a um processo específico de ensino; iii- A avaliação pode ser útil somente quando há um grupo totalmente dedicado, uma equipe completa consistindo de um acadêmico, um perito em currículo, o professor, a avaliação e os estudantes; iv- A avaliação, por sua própria natureza, tende a despertar suspeitas e preocupações no ambiente escolar convencional, no qual sempre se mostrou completamente inadequada à forma de emprego aqui preconizada; v- Deve, com frequência, o examinador projetar o ensino como meio de verificar e desenvolver habilidades intelectuais gerais; vi- Um currículo não pode ser avaliado sem referência ao professor que o ensina e ao aluno que o aprende; vii- A avaliação de currículos, para ser eficaz, deverá contribuir para uma teoria da aprendizagem (Bruner, 1969, p.183) Além disso, Bruner (1969) enfatizou a importância da estruturação do conteúdo de ensino de forma a torná-lo significativo e relevante para o aluno. Ele defendeu que o ensino (formato de um currículo em espiral) deve ser adaptado às habilidades e necessidades individuais do aluno, permitindo que ele se envolva de forma mais significativa com o conteúdo. Por outro lado, é visto que há uma semelhança entre a teoria de Piaget com os pressupostos de Bruner, pelo fato de salientar a interação do indivíduo com o ambiente como centro do processo de desenvolvimento e de formação da pessoa. Ainda mais, é fundamental ressaltar que a teoria de Piaget destaca a importância da maturação biológica na construção do conhecimento, enquanto os pressupostos de Bruner (1960) enfatizam a importância da linguagem e da cultura na formação do sujeito. Por fim, é válido salientar que ambos os teóricos concordam que o desenvolvimento cognitivo ocorre em estágios, embora com algumas diferenças em relação a como esses estágios são definidos e caracterizados. (Marques, 2001). ● Ulric Neisser Em 1967, Ulric Neisser publicou a obra Cognitive Psychology, que revolucionou o campo da psicologia e trouxe à tona novas perspectivas sobre o estudo da mente humana. Através de suas pesquisas e teorias, Neisser contribuiu significativamente para o desenvolvimento da psicologia cognitiva. Além disso, Neisser é reconhecido como um dos pioneiros da psicologia cognitiva, tendo sido fundamental para a consolidação dessa abordagem na psicologia moderna. Ademais, Neisser acreditava que a mente humana era mais do que um conjunto de processos isolados, mas sim uma rede de informações interconectadas que trabalham juntas para produzir nossas experiências e comportamentos. Ele definia a cognição como os processos pelos quais (entrada sensorial: input / saída da informação: output) “a informação sensorial recebida é transformada, reduzida, elaborada, armazenada, recuperada e usada (…) cognição está envolvida em tudo que o ser humano é capaz de realizar” (Neisser, 1967,p.4). De acordo com Neisser, os processos cognitivos criam códigos que são úteis para as pessoas, utilizáveis no seu dia-a-dia. Ele também salienta que, as bases da noção do conhecimento seriam desenvolvidas através desses códigos cognitivos, tornando as pessoas hábeis a fazer suas tarefas cotidianas. 2.3 - TEORIA SOCIAL COGNITIVA DE BANDURA De acordo com Zimmerman e Schunk (2003), Bandura iniciou sua pesquisa entre 1950 e 1960, fazendo uma série de estudos para entender os determinantes sociaise familiares do comportamento antissocial em adolescentes. Em suas pesquisas, Bandura concluiu que o comportamento desses jovens era influenciado pelas atitudes de seus pais. (BANDURA, ROSS, & ROSS, 1961,1963, apud ZIMMERMAN e SCHUNK, 2002). Essa descoberta levou Bandura a se aprofundar na análise da aprendizagem observacional, ou seja, o processo de aprendizado que ocorre através da observação e imitação de outras pessoas. Para Bandura, a aprendizagem observacional (ou modelação) é um dos principais mecanismos pelos quais as pessoas adquirem novos comportamentos e habilidades. Segundo Bandura (1977a), estes são os quatro processos necessários para que a modelação ocorra: atenção, retenção, reprodução motora e motivação. Além disso, Bandura (1977a) destaca a aprendizagem enativa, ou seja, o indivíduo não precisa vivenciar a situação para aprender. É um comportamento aprendido e modificado pelas consequências. Essa ideia de Bandura é uma das principais contribuições da sua teoria social cognitiva (TSC), que tem como foco a interação entre fatores cognitivos, comportamentais e ambientais na aprendizagem e na formação de comportamentos. De acordo com essa teoria, o comportamento humano não é determinado somente por estímulos do ambiente, mas também pelas interpretações e expectativas que as pessoas têm sobre esses estímulos. Como reflete o psicólogo Albert Bandura: “A aprendizagem é bidirecional: nós aprendemos com o ambiente e o ambiente aprende e se modifica de acordo com as nossas ações”. Ademais, uma das bases da TSC é o conceito da agência humana, que é a capacidade que o sujeito tem de influenciar seu próprio comportamento e alcançar seus objetivos (BANDURA, 1997). Ela pode ser fortalecida através da observação e imitação de modelos positivos, bem como da prática e da experiência. Conforme Bandura (2001), as quatro características fundamentais da agência são: Intencionalidade, antecipação, autorreatividade e autorreflexão. Ainda no desenvolvimento da agência, foi criado um programa de pesquisa voltado para elucidar a aquisição e o funcionamento das capacidades de autorregulação (Bandura, 1971 a, 1986). A autorregulação permite que as pessoas controlem seus próprios pensamentos, emoções e comportamentos. Bandura afirma que as três subfunções principais da autorregulação são: auto-observação, processos de julgamento e autorreação (Bandura, 1978, 1996; Polydoro & Azzi, 2009; Zimmerman & Schunk, 2011). O programa de pesquisa mencionado por Bandura teve como objetivo entender como as pessoas adquirem e desenvolvem a autorregulação ao longo do tempo, bem como como ela funciona em diferentes contextos e situações. Os resultados desses estudos foram importantes para a compreensão da agência humana e para o desenvolvimento de intervenções eficazes para promover a autorregulação em diferentes populações. Outrossim, Bandura (1991) também destaca a importância da autoeficácia para a autorregulação, que é a crença em si mesmo para realizar uma tarefa ou alcançar um objetivo específico (BANDURA 1977b). A autoeficácia tem um papel central na motivação e realização de objetivos, pois influencia a escolha de metas, o esforço investido e a persistência diante de obstáculos: “[...] uma variedade de estratégias comportamentais foi usada para verificar que as crenças de eficácia pessoal funcionam como determinantes de ações, em vez de ser simples reflexos secundários delas” (Bandura, 1997; Bandura e Locke, 2003). Bandura (1977b) também faz ênfase nas quatro fontes principais da autoeficácia: experiências de domínio, experiências vicárias, persuasão verbal e estados emocionais e fisiológicos. A maneira pela qual o indivíduo interpreta os acontecimentos de sua vida, fundamenta suas crenças de eficácia pessoal. Assim, a TSC enfatiza a importância da interação entre fatores cognitivos, comportamentais e ambientais na formação de comportamentos e na realização de objetivos. Essa abordagem integrativa tem sido aplicada em diversas áreas da psicologia, como a clínica, organizacional e educacional. 3 - CONCLUSÃO Dessa forma, é de suma importância aprofundar-se nas teorias dos principais teóricos da psicologia cognitiva, bem como nas abordagens que foram influenciadas a partir de suas propostas teóricas, a fim de adquirir um discernimento mais integralizado sobre a psicologia cognitiva e seu desenvolvimento ao longo do tempo. 4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APRENDIZAGEM latente: Tolman (teoria) e características.Maestrovirtuale, 2019. Disponível em: https://maestrovirtuale.com/aprendizagem-latente-tolman-teoria-e-caracteristicas/ . Acesso em: 16 mar. 2023. BORGES E FACUNDES, Karen Selbach Borges e Léa da Cruz Facundes. A teoria de Jean Piaget como princípio para o desenvolvimento das inovações, Educação Revista Quadrimestral, Porto Alegre, v. 39, n. 2, p. 242-248, maio-ago. 2016. BANDURA, A. Social learning theory. 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