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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RIO DAS OSTRAS INSTITUTO DE HUMANIDADES E SAÚDE DEPARTAMENTO INTERDISCIPLINAR DE RIO DAS OSTRAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM SUELEN ALONSO O CUIDADO DO ENFERMEIRO(A) NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA RIO DAS OSTRAS, RJ 2023 SUELEN ALONSO O CUIDADO DO ENFERMEIRO(A) NA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem do Instituto de Humanidades e Saúde da Universidade Federal Fluminense do Campus Universitário de Rio das Ostras, como requisito parcial para aprovação na disciplina Metodologia da Pesquisa I. Orientadoras: Sueli Soldati Abranches Thaís Mesquita Muros RIO DAS OSTRAS, RJ 2023 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO……………………….…………………………………………………….4 1.1 Apresentação temática………………………………………….…………………….4 1.2 Problemática…………………………………………………………………………….5 1.3 Motivação………………………………………………………………………………..5 1.4 Objeto de estudo……………………………………………………………………….5 1.5 Questão norteadora……………………………………………………………………5 1.6 Objetivo…………………………………………………………………………………..6 1.7 Contribuição…………………………………………………………………………….6 2.REFERENCIAL TEÓRICO……….………………………………………………………7 2.1. Dispositivos legais e políticas públicas de saúde na classificação de risco nos serviços de urgência e emergência……………….………………………..……..7 2.2.O acolhimento do enfermeiro na classificação de risco nos serviços de urgência e emergência………………………..………………………….……………….7 3. MÉTODO……………………...……………………………….…………………………..9 3.1. Tipo de estudo………………………………………………………………………....9 3.2 Local do estudo………………...………………………………………………………9 3.3 Participantes…………………………………………………………………………….9 3.4 Instrumentos e coleta de dados……………………………………………………..9 3.5 Análise dos dados………………………………………………………...………….10 3.6 Ética em pesquisa………………………………………………………………….…10 REFERÊNCIAS………….…………………………………………………………………11 DESCRITORES: Enfermeiro, medição de risco, e emergência. 1. INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação temática Os serviços de saúde, especialmente os serviços de emergência dos hospitais públicos e privados do nosso país, funcionam como porta de entrada para pessoas que buscam atendimento para diferentes tipos de problemas de saúde. Adicionalmente, considerando o aumento da demanda que busca atendimento desses serviços, e ainda, buscando organizar e agilizar o atendimento de acordo com as reais necessidades dos pacientes, foi criado o Protocolo de Acolhimento por Classificação de Risco (PACR) que é de responsabilidade do enfermeiro (BRASIL, 2009; CÂMARA, et al., 2018). O Ministério da Saúde, propôs por meio do programa Humaniza SUS, a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. De acordo com tal programa, humanizar é oferecer atendimento de qualidade articulando os avanços tecnológicos com acolhimento, como melhoria nos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais (BRASIL, 2009). O atendimento inicial do usuário é feito pelo enfermeiro que realiza a aferição dos sinais vitais,verificação da queixa principal, avaliação dos fatores de risco e breve exame físico direcionado. Quando possível, o enfermeiro avalia o potencial de risco de morte e/ou 7 complicações dos usuários no estado atual e o classifica de acordo com as prioridades de atendimento. (OLIVEIRA et al.,2011). Os pacientes são classificados por cores, sendo elas: vermelho (o paciente tem risco de morte iminente e é encaminhado diretamente à sala de emergência), amarelo (o paciente deve ser atendido o mais rápido possível, porém, não corre risco iminente), verde (o paciente não corre riscos, mas apresenta queixa que deve ser resolvida com prioridade oportuna) e azul (casos que deveriam ser atendidos na rede básica de saúde).(OLIVEIRA et al.,2011). 1.2 Problemática Os serviços de urgência e emergência constituem importante componente de assistência à saúde no Brasil. Nos últimos anos, houve importante crescimento da demanda, fato este relacionado ao crescimento do números de acidentes e da violência, sendo os fatores externos a terceira causa de morte no Brasil, estando atrás das doenças cerebrovasculares (SOUZA,2010). 1.3 Motivação O interesse pela temática surgiu em virtude da autora da presente pesquisa ser técnica em enfermagem neste cenário (JUNIOR, et. al., 2019). Dessa forma, visando atender os diferentes graus de especificidade e resolutividade na assistência realizada aos agravos agudos, de forma que a assistência prestada seja de acordo com os diferentes graus de necessidades ou sofrimento e não por ordem de chegada. Sabendo que todos os profissionais da área da saúde são potencialmente capazes de gerar transformações, garantindo um atendimento com qualidade e identificação imediata do problema apresentado pelo usuário (RONCALLI, et. al., 2017). 1.4 Objeto de estudo A assistência do profissional de enfermagem frente à relevância da classificação de risco nos serviços de urgência e emergência. 1.5 Questão norteadora Para nortear esta pesquisa foi formulada a seguinte questão: qual o papel do enfermeiro no processo de classificação de risco no setor de urgência? 1.6 Objetivo Caracterizar a assistência do enfermeiro(a) na Classificação de risco nos serviços de Urgência e Emergência. 1.7 Contribuição Considerando a importância do PACR, que além de promover um atendimento mais ágil, também é responsável por uma escuta qualificada gerando um atendimento mais humanizado, ou seja, um acolhimento completo de acordo com as reais necessidades de cada usuário. O acolhimento significa acolher de forma humanizada, com a finalidade de garantir o acesso de todas as pessoas que procuram o atendimento. Para isso, é fundamental que o enfermeiro tenha conhecimento e domínio sobre como aplicar o Protocolo de Acolhimento por Classificação de Risco. (BRASIL, 2009). A importância do acolhimento e da classificação de risco se justifica em função da observância de crescente demanda pelos serviços de urgência e emergência. Esses, nos quais se observa a existência de fluxos de circulação desordenada, exigindo a reorganização dos processos de trabalhos, visando atender diferentes graus de especificidade e resolutividade na assistência de acordo com diferentes graus de necessidade ou sofrimento que induzam utilizar outro recurso que não unicamente à ordem de entrada, nos estabelecimentos assistenciais. Tornando-se imprescindível para a humanização e organização dos serviços de saúde (AMORIM, 2008). 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Dispositivos legais e políticas públicas de saúde nos serviços de urgência e emergência Nesse sentido, vários países passaram a adotar a triagem estruturada como protocolo de atendimento aos seus usuários que é testada e adaptada para cada região. O Brasil, através do Sistema Único de Saúde (SUS), vem desenvolvendo novas propostas no sentido de melhorar a organização do atendimento na rede (JUNIOR, et al., 2019). A constituição federal de 1988, por meio da criação do Sistema Único de Saúde garante aos usuários um atendimento pautado nos princípios de integralidade, igualdade e equidade, inclusive nos serviços de urgência e emergência. O artigo n°196 da CF/88 define a Saúde como direito de todos e dever do Estado (BRASIL, 2009). Nesse sentido, foi criada a Política Nacional de Humanização (PNH) cuja finalidade é contribuir para uma atenção integral e equânime, ampliando o acesso dos usuários aos serviços de saúde. E, considerado um dos pilares do PNH, foi criado o PACR que tem por finalidade organizar o atendimento de acordo com as reais necessidades do usuário, substituindo a triagem excludente pelo modelo acolhedor (JÚNIOR, et al., 2019). 2.2. O acolhimento do enfermeiro na classificação de risco nos serviços de urgência e emergência A classificação de risco tem a funcionalidade para ser utilizada nos serviços de urgência e emergência com objetivo de agilizar os cuidados aos pacientes com necessidadesmais urgentes de atendimento e diminuir a superlotação. Esse cuidado dos enfermeiros em se aprofundar nos protocolos é essencial para um melhor atendimento aos usuários. Esse mecanismo já é utilizado desde as guerras napoleônicas pelos militares para escolher entre os soldados feridos em batalha quais necessitavam de prioridade no tratamento (MORAES, 2020). Desde então, esse processo de triagem vem sendo aplicado e desenvolvido por toda parte do mundo (SOUZA, 2010). Com o passar dos anos, tem sido observado um crescimento significativo nos serviços de urgência e emergência dos prontos-socorros no cenário nacional e internacional (CÂMARA, et al., 2018). 3. MÉTODO 3.1 Tipo de estudo Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, pois procura analisar a realidade segundo a visão de seus sujeitos, em face de suas condições sociais,históricas, com suas classes, valores e significados. (MINAYO, 2010). 3.2 Local do estudo A instituição utilizada para o estudo será uma unidade de pronto atendimento(UPA), que tem como funcionalidade principal prestar serviço de urgência e emergência à comunidade. Nesse caso, será utilizada a Unidade de Pronto Atendimento de Cabo Frio, localizada no bairro Parque Burle, no município de Cabo Frio no estado do Rio de Janeiro. (PJERJ, 2023). 3.3 Participantes A pesquisa será realizada com enfermeiros atuantes na urgência e emergência, visto que são estes profissionais que realizam a classificação de risco. Como critério de inclusão, será utilizado: ser enfermeiro atuante em UPA , que aceite participar do estudo e que estiver em exercício do trabalho durante a coleta de dados. Como critério de exclusão: profissionais que não estiverem presentes e aqueles que não aceitarem participar. 3.4 Instrumentos e coleta de dados A coleta de dados será realizada por meio de contato com a coordenação da Unidade de Pronto Atendimento. Será realizado agendamento das entrevistas em acordo com os participantes. Será utilizado entrevista com questões abertas e com questões fechadas (GODOY, 2010). 3.5 Análise dos dados A análise de dados seguirá a seguinte ordem: análise inicial, organização desse material e a interpretação (BARDIN, 2011). 3.6 Ética em pesquisa A ética em pesquisa é um conjunto de princípios e normas que regem o tratamento adequado e ético dos participantes em uma pesquisa. Esses princípios têm como objetivo garantir e prezar pelo respeito, direito e pelo bem estar dos participantes.Os princípios éticos serão respeitados conforme a Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, que traça as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. O estudo será encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa, da Universidade Federal Fluminense, no Campus de Rio das Ostras.(BRASIL, 2012). REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AMORIM, M. J. Análise da Implementação da Política Nacional de Humanização – PNH no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá- HPSMC. Monografia (Especialização) – Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá-MT, 2008. Disponível em: http://www.saude.mt.gov.br/upload/documento/104/analise-da-implementacao-da-poli tica-nacional-de-humanizacao-pnh-no-hospital-e-pronto-socorro-municipal-de-cuiaba -hpsmc-[104-020210-SES-MT].pdf . Acesso em: 26, junho, 2023. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. 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