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Quais são os critérios para mudar a 
guarda unilateral?
A mudança da guarda unilateral para outro modelo, como a guarda compartilhada, exige a 
demonstração de que a situação atual não atende mais ao melhor interesse da criança ou adolescente. 
A decisão judicial é tomada com base em critérios específicos que visam garantir o bem-estar e o 
desenvolvimento integral do menor. Esta mudança pode representar uma alteração significativa na vida 
da criança, por isso o processo é criterioso e detalhado.
A mudança na guarda unilateral pode ser requerida pelo genitor não guardião, pelo Ministério Público 
ou, em casos excepcionais, pelo próprio menor, por meio de seus representantes legais, quando o 
menor já possui capacidade de discernimento. Vale ressaltar que o processo pode ser iniciado a 
qualquer momento, desde que existam evidências concretas que justifiquem a alteração.
Critérios Fundamentais para Alteração
Mudança significativa na dinâmica familiar que prejudique o bem-estar da criança ou adolescente, 
como instabilidade emocional, falta de apoio familiar ou deterioração do relacionamento entre os 
pais e a criança. Por exemplo, casos em que o genitor guardião desenvolve problemas de saúde que 
comprometem seus cuidados parentais ou situações de negligência comprovada.
Nova realidade familiar, como a formação de novo núcleo familiar pelo genitor não guardião, 
demonstrando condições de oferecer um ambiente seguro e estável para a criança ou adolescente. 
Isto inclui melhorias significativas nas condições de moradia, estabilidade financeira e suporte 
familiar adequado.
Demonstração de capacidade do genitor não guardião em exercer a guarda compartilhada, 
evidenciando comprometimento com a criação da criança, disponibilidade para o exercício do papel 
parental e capacidade de convivência pacífica com o outro genitor. Esta capacidade pode ser 
demonstrada através de registros de visitas regulares, participação ativa na vida escolar e atividades 
extracurriculares da criança.
Mudança no comportamento da criança ou adolescente, indicando a necessidade de maior 
proximidade com o outro genitor, como demonstração de desejo de convivência mais frequente ou 
sinais de sofrimento pela ausência do genitor não guardião. Estas mudanças podem ser identificadas 
através de relatórios escolares, avaliações psicológicas ou depoimento da própria criança, quando 
apropriado.
Comprometimento do genitor guardião em dificultar o contato da criança ou adolescente com o 
outro genitor, caracterizando atos de alienação parental ou obstrução ao exercício da parentalidade. 
Isso inclui cancelamentos frequentes de visitas sem justificativa, impedimento de comunicação ou 
manipulação psicológica da criança.
Documentação e Evidências Necessárias
Para solicitar a mudança de guarda, é fundamental apresentar documentação que comprove as 
alegações, que podem incluir:
Relatórios escolares e médicos da criança ou adolescente
Avaliações psicológicas e sociais
Registros de comunicação entre os genitores
Comprovação de mudança na situação financeira ou profissional
Evidências de alienação parental, quando houver
Testemunhos de familiares ou profissionais envolvidos no cuidado da criança
Processo de Transição
Quando aprovada a mudança de guarda, o juiz pode determinar um período de transição gradual para 
minimizar o impacto na rotina da criança. Este período pode incluir:
Aumento progressivo do tempo de convivência com o genitor que receberá a guarda
Acompanhamento psicológico para todos os envolvidos
Avaliações periódicas da adaptação da criança à nova situação
Ajustes no regime de visitas conforme necessário
É importante destacar que o juiz analisará cada caso individualmente, levando em consideração as 
particularidades da família e o que melhor se adequa ao desenvolvimento da criança ou adolescente. A 
mudança da guarda unilateral só ocorrerá se comprovada a necessidade de proteção e 
desenvolvimento integral do menor, sempre priorizando o seu bem-estar. O processo pode envolver 
múltiplas audiências, avaliações técnicas e período de adaptação, garantindo que a transição seja 
realizada da forma mais benéfica possível para a criança.

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