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19 daniele de jesus brogio da silva EDUCAÇÃO inclusiva: a impotância e os desafios da educação especial no ensino regular PRIMAVERA DO LESTE - MT 2024 daniele de jesus brogio da silva EDUCAÇÃO inclusiva: a impotância e os desafios da educação inclusiva no ensino regular Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário FAVENI - UNIFAVENI no Curso de Licenciatura em Pedagogia, com pré-requisito para aprovação. Orientador: Prof. Dr. XXXXX (ver titulação) Coorientador: Prof. Me. XX (ver titulação) PRIMAVERA DO LESTE - MT 2024 Dedico este trabalho a Deus. Sem ele nada seria possível. "A escola tem que ser um lugar onde as crianças têm a oportunidade de ser elas mesmas e onde as diferenças não são escondidas, mas destacadas” (Maria Tereza Eglér Mantoan). EDUCAÇÃO inclusiva: a impotância e os desafios da educação especial no ensino regular Daniele de Jesus Brogio da Silva¹ RESUMO - A presente pesquisa, de caráter bibliográfico, vem discorrer sobre a educação infantil especial, demonstrando a importância e as dificuldades encontradas no processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, inicia-se com a exposição do percurso da educação inclusiva no Brasil, bem como irá ser tratado a importância das políticas públicas adotadas para uma efetiva diminuição dos desafios encontrados por esses estudantes, para uma participação plena no ensino regular. Desta feita, o trabalho desenvolvido segue os preceitos de estudo exploratório, por meio de uma pesquisa bibliográfica que deve ser desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído de livros, artigos acadêmicos e científicos publicados nos últimos dez anos. Os dados científicos para o estudo estão sendo retirados do banco de dados do Google Acadêmico, Scielo, CAPEs, livros didáticos e leis. Palavras-chave: Educação Especial. Educação Infantil. Inclusão. ABSTRACT This research, of a bibliographic nature, discusses special early childhood education, demonstrating its importance and the difficulties encountered in the teaching and learning process. In this sense, it begins with an exposition of the path of inclusive education in Brazil, as well as the importance of public policies adopted to effectively reduce the challenges faced by these students, for their full participation in regular education. Therefore, the work developed follows the precepts of exploratory study, through a bibliographic research that should be developed from material already prepared, consisting of books, academic and scientific articles published in the last ten years. The scientific data for the study are being taken from the databases of Google Scholar, Scielo, CAPEs, textbooks and laws. Keywords: Special Education. Early Childhood Education. Inclusion. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BNCC Base Nacional Comum Curricular CF Constituição Federal PNE Plano Nacional de Educação PNEE Plano Nacional de Educação Especial PNEPEI Perspectiva da Educação Inclusiva LDB Lei de Diretrizes e Base SUMÁRIO 1. introdução 9 2. marcos históricos da educação inclusiva 11 2. conceito da educação especial inclusiva 13 3. a importância da educação inclusiva no ensino regular 15 4. os desafios da educação inclusiva no ensino regular 17 5. considerações finais 19 6. REFERÊNCIAS 20 introdução A educação inclusiva é um tema que tem ganhado cada vez mais destaque na sociedade contemporânea, refletindo uma mudança significativa no paradigma educacional e social. Nesta introdução, exploraremos em profundidade os avanços e desafios associados à promoção da educação inclusiva como um meio fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Nos últimos anos, temos testemunhado um aumento notável na conscientização sobre a importância da educação inclusiva. Isso se deve, em parte, à crescente compreensão de que todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidades individuais, merecem ter acesso a uma educação de qualidade. Esse reconhecimento representa um passo significativo em direção a uma sociedade mais inclusiva, na qual a diversidade é não apenas aceita, mas valorizada e respeitada. Um dos avanços mais notáveis na educação inclusiva é a implementação de políticas e práticas que visam eliminar as barreiras que muitos alunos enfrentam para participar plenamente do sistema educacional. Isso inclui a adaptação de currículos para atender às diversas necessidades dos alunos, o treinamento de professores em estratégias inclusivas e a criação de ambientes escolares acolhedores e acessíveis. Essas iniciativas visam garantir que todos os alunos tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver da melhor forma possível. No entanto, mesmo com esses avanços notáveis, ainda existem desafios significativos a serem superados. A resistência a mudanças nas práticas educacionais tradicionais e a falta de recursos adequados são obstáculos frequentes que muitos sistemas educacionais enfrentam ao buscar a implementação de uma educação verdadeiramente inclusiva. Além disso, atitudes sociais arraigadas e estereótipos negativos em relação às pessoas com deficiência e outras diferenças ainda persistem, dificultando a plena inclusão. É importante ressaltar que a construção de uma sociedade mais justa está intrinsecamente ligada à promoção da educação inclusiva. A educação é um dos principais meios pelos quais os indivíduos podem adquirir habilidades, conhecimento e oportunidades para alcançar seu potencial máximo. Portanto, garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade é fundamental para reduzir desigualdades sociais e promover a justiça. Desse modo, a educação inclusiva representa um avanço positivo em direção a uma sociedade mais justa, na qual a diversidade é celebrada e todos têm a oportunidade de participar plenamente da vida social e econômica. No entanto, para superar os desafios que ainda persistem, é necessário um compromisso contínuo com a promoção da inclusão e a eliminação de barreiras educacionais, a fim de garantir que a educação seja verdadeiramente acessível a todos. Neste artigo, exploraremos em detalhes esses avanços e desafios, analisando como a educação inclusiva pode contribuir para uma sociedade mais justa e equitativa. marcos históricos da educação inclusiva A política de educação inclusiva é primordial para que o aluno com necessidades educacionais especiais possa ter condições de equidade para aprender de modo equivalente aos demais, respeitando suas desigualdades naturais e sociais (MAZZOTA, 2011). Assim, uma escola inclusiva deverá responder a singularidades do aluno, focando em suas potencialidades, de modo a garantir a qualidade de ensino aprendizagem de todos. No entanto, a inclusão escolar ainda traz incertezas de como ela poderá ocorrer, haja vista que muitas vezes as escolas mostram um despreparo ou falta de formação para receber o aluno com deficiência na sala regular de ensino (ARAULO; LIMA, 2011). Pois bem, destaca-se que a inclusão ganhou força após movimentos nacionais e internacionais que buscavam a elaboração de políticas de integração e de educação inclusiva. O seu auge foi em 1994 na Conferência Mundial de Educação Especial, que contou com a presença de 88 Países e 25 organizações internacionais, na cidade de Salamanca na Espanha em 1994 (Brasil,1994). Este evento foi intitulado como “Declaração de Salamanca", na qual traz pontos importantes, que devem servir de reflexão e mudanças da realidade atual, tão hostilizada. Nesse sentido, a Declaração de Salamanca proclama que, toda criança tem o direito à educação de qualidade que busque valorizar os interesses, características, habilidades e necessidades individuais de cada uma, pois cada aprendizagem é única, a convenção também propõe que os estudantes com deficiência devam ter acesso ao ensinoregular que busque acomodá-los dentro de um Pedagogia centrada em atender as necessidades da criança e do adolescente (Maciel, 2019). A educação para as pessoas portadoras de deficiência se divide em três marcos, o primeiro ocorreu em 12 de setembro de 1854, quando imperador Dom Pedro II, por meio de um decreto imperial fundou no Rio de Janeiro o Imperial Instituto dos Meninos Cegos conhecido hoje por Instituto Benjamin Constant (IBC), que tem como intuito atender crianças e adolescentes com deficiência visual. O segundo momento aconteceu por volta de 1957 a 1990, quando nasceram as campanhas direcionadas especialmente para as pessoas com deficiência, elas visavam fomentar todas as medidas necessárias para a educação e assistência desse público em todo país. Conjuntamente a essas campanhas, aconteciam pressões por parte de entidades públicas e filantrópicas, que pressionavam o governo por mais dignidade dessas pessoas, graças a essas pressões esse público ganhou um capítulo sobre a educação da pessoa com deficiência na primeira Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de (Brasil, 1961). Após anos o Governo Federal aprovou a Lei 10.172/ 2001 Plano Nacional de Educação (PNE), (Brasil, 2001), que estabeleceu diretrizes, objetivos e metas que deveriam ser cumpridas em período decenal. A Educação Especial foi considerada uma modalidade de ensino, e dentre as diretrizes do PNE foi posto a plena integração da pessoa com deficiência em todos os locais da sociedade, a esse público foi garantido o direito de que sempre que possível a matrícula deveria ser efetivada preferencialmente no ensino regular com todos os alunos “ditos normais”. Dessa forma a inclusão escolar e social ganhou força, esse novo conceito trouxe mudanças importantes para as pessoas com deficiência que outrora eram obrigadas a serem habilitadas para viver em sociedade agora com a inclusão escolar e social as iniciativas mudam e a sociedade que teve o papel de se preparar para receber as pessoas com deficiência. 2. conceito da educação especial inclusiva A Educação Especial é uma área fundamental da educação que visa atender e educar crianças e jovens com necessidades especiais, proporcionando-lhes adaptações curriculares e práticas pedagógicas diferenciadas. Essas adaptações são essenciais para que esses alunos possam desenvolver todo o seu potencial, tornando-se mais autônomos e independentes. Ressoa que é considerado pessoa com deficiência especiais, aquelas que possui impedimentos de longo prazo que podem ser físicos, mentais, sensoriais ou intelectuais, de forma que o contato com diversas barreiras, podem impedir sua participação ampla e efetiva em igualdades de condições com as demais pessoas. De acordo com Arruda e Dikson (2018), a educação inclusiva busca eliminar barreiras que impedem a participação e a aprendizagem de todos os alunos, com ênfase especial nas necessidades daqueles que são vulneráveis à exclusão. Esta definição sublinha a importância de um ambiente escolar que promove a igualdade de oportunidades e a participação de todos, independentemente de suas características individuais. Segundo os autores, a inclusão não se limita apenas à inserção física dos alunos com deficiência nas escolas regulares, mas também envolve a criação de um ambiente educacional que valorize a diversidade e promova o desenvolvimento pleno de todos os alunos. Segundo a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (Brasil, 2006) o seu principal propósito é fomentar a proteção e assegurar a pessoa com deficiência condições para que ela possa se desenvolver de maneira plena tendo todos os direitos humanos garantidos de maneira que possa viver com dignidade e respeito. Pois, mesmo nos tempos atuais, as pessoas com deficiência enfrentam inúmeros obstáculos no sistema educacional tradicional, desde barreiras físicas, como a falta de acessibilidade em escolas, até barreiras atitudinais, incluindo preconceitos e baixas expectativas em relação ao seu potencial. Assim sendo, vivenciamos uma realidade preocupante, pois uma porcentagem significativa de pessoas com deficiência está fora do sistema educacional. Isso se deve, em parte, à falta de recursos e suporte adequados para atender às suas necessidades específicas, como professores treinados e materiais didáticos adaptados. Para que a educação inclusiva seja efetiva, é necessário adaptar as práticas pedagógicas e os currículos escolares. Isso implica na utilização de metodologias diversificadas e na personalização do ensino para atender às necessidades individuais dos alunos. Conforme Santos e Rios (2022), a formação contínua dos professores é fundamental para capacitá-los a lidar com a diversidade em sala de aula. Os educadores devem estar preparados para adaptar suas práticas pedagógicas e utilizar recursos didáticos acessíveis, como tecnologias assistidas, que facilitem o processo de aprendizado dos alunos com deficiência. Nesse sentido, o objetivo central da educação inclusiva é a eliminação de barreiras que impedem a participação e a aprendizagem de todos os alunos. Arruda e Dikson (2018) enfatizam que a educação inclusiva busca remover obstáculos físicos, atitudinais e pedagógicos, garantindo que todos os alunos, especialmente aqueles vulneráveis à exclusão, possam participar do ambiente escolar. Este esforço envolve a adaptação dos ambientes escolares, a capacitação dos professores e a implementação de políticas públicas que suportem a inclusão. a importância da educação inclusiva no ensino regular A educação inclusiva desempenha um papel crucial na promoção de um ambiente educacional que valorize e respeite a diversidade, garantindo que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade. Este capítulo examina os diversos aspectos que destacam a importância da educação inclusiva no cenário educacional atual. A educação inclusiva é essencial para o desenvolvimento de uma sociedade equitativa. Ao garantir que todos os alunos, independentemente de suas habilidades ou limitações, tenham acesso à educação, promove-se a igualdade de oportunidades. Esta abordagem não apenas beneficia os alunos com deficiência, mas também enriquece a experiência de aprendizagem de todos os estudantes, ao fomentar um ambiente onde a diversidade é valorizada. Conforme Barbosa e Bezerra (2021), a inclusão escolar é um direito humano fundamental que assegura a todos os alunos a oportunidade de desenvolver suas potencialidades em um ambiente que respeite suas diferenças e particularidades. A inclusão educacional tem um impacto significativo no desenvolvimento acadêmico e social de todos os alunos. Ao promover a inclusão, as escolas criam um ambiente de aprendizagem diversificado, onde todos os alunos podem desenvolver habilidades sociais, empatia e compreensão mútua. Guerreiro (2023) observa que um ambiente inclusivo fomenta o desenvolvimento de competências essenciais para a vida em sociedade, preparando os alunos para lidar com a diversidade de forma positiva e construtiva. Esse ambiente inclusivo é fundamental para formar cidadãos conscientes e empáticos, contribuindo para a construção de uma sociedade colaborativa. Além dos benefícios sociais, a educação inclusiva também contribui para a melhoria do desempenho acadêmico de todos os alunos. A implementação de práticas pedagógicas inclusivas, como metodologias de ensino diversificadas e personalizadas, promove um aprendizado eficaz. Miguel (2019) sugere que a adaptação constante das estratégias de ensino é necessária para garantir que todos os alunos, independentemente de suas habilidades ou limitações, possam aprender de forma eficaz. Esta personalização do ensino ajuda a atender às necessidades individuais dos alunos, promovendo seu desenvolvimento acadêmico e pessoal. A educação inclusiva também é vital para a formação de professores. Conforme Santos e Rios (2022), a inclusão nas escolas oferece uma oportunidade única para os educadores desenvolverem habilidades e competências para lidar com a diversidade em sala de aula. Esta formaçãonão apenas melhora a prática pedagógica, mas também contribui para a criação de uma cultura escolar que valoriza e respeita todas as formas de diversidade. Os professores são agentes fundamentais na promoção da inclusão e na construção de um ambiente educacional equitativo para todos os alunos. A formação contínua dos educadores é, portanto, um elemento crucial para o sucesso da educação inclusiva. A inclusão educacional está alinhada com os princípios de direitos humanos e justiça social. Leite (2020) argumenta que a educação inclusiva deve ser compreendida como um direito humano fundamental, que garante a todos os alunos a possibilidade de aprender e desenvolver suas potencialidades em um ambiente que respeite suas diferenças e particularidades. Este ponto de vista sublinha que a inclusão é uma questão de justiça, onde todos os indivíduos têm o direito de participar da sociedade. A promoção da educação inclusiva, portanto, contribui para a construção de uma sociedade igualitária. Embora a importância da educação inclusiva seja reconhecida, a sua implementação enfrenta diversos desafios. Barreiras físicas, atitudinais e pedagógicas precisam ser superadas para garantir a participação plena de todos os alunos. Arruda e Dikson (2018) destacam que a educação inclusiva busca a eliminação de barreiras que impedem a participação e a aprendizagem de todos os alunos, com ênfase especial nas necessidades daqueles que são vulneráveis à exclusão. Este esforço envolve a adaptação dos ambientes escolares, a capacitação dos professores e a implementação de políticas públicas que suportem a inclusão. Em suma, a educação inclusiva é vital para promover a igualdade de oportunidades, o respeito à diversidade e o desenvolvimento de uma sociedade justa. Ao garantir que todos os alunos possam participar do processo educacional, a inclusão educacional não apenas beneficia os alunos com deficiência, mas também enriquece toda a comunidade escolar e prepara os cidadãos para uma convivência respeitosa. A formação contínua dos professores, a adaptação das práticas pedagógicas e a implementação de políticas públicas eficazes são elementos essenciais para a efetivação da educação inclusiva, assegurando uma educação de qualidade para todos. os desafios da educação inclusiva no ensino regular A Educação Inclusiva está fundamentada na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva do Ministério da Educação (MEC), que dispõe sobre a educação especial e o atendimento educacional especializado. Seu objetivo é garantir que todos os alunos aprendam juntos no ensino regular, de modo a respeitar a diversidade, seja de raça, gênero, sexo, classe ou necessidades educacionais especiais (MEC, 2008). Para que a escola se transforme em uma escola inclusiva, vai muito além de práticas pedagógicas eficientes ou leis que assegurem o acesso e a permanência de todos, demanda o reconhecimento e o respeito pelas individualidades dos sujeitos. Conforme sublinha Mantoan, A meta da inclusão é, desde o início, não deixar ninguém fora do sistema escolar, que deverá adaptar-se às particularidades de todos os alunos (...) à medida que as práticas educacionais excludentes do passado vão dando espaço e oportunidade à unificação das modalidades de educação, regular e especial, em um sistema único de ensino, caminha-se em direção a uma reforma educacional mais ampla, em que todos os alunos começam a ter suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação regular. (MANTOAN, 1997). Diversos são os obstáculos enfrentados durante o processo de inclusão, podendo ser destacados como: a falta de recursos materiais; turmas com grande quantidade de alunos; desvalorização social da profissão; escassez de recursos humanos; baixos salários para os professores; pouco investimento na formação de professores; carência de um trabalho conjunto da equipe pedagógica; falta de capacitação adequada do professor de apoio; e o apoio dos pais ou familiares, que devem aceitar a deficiência do filho e incentivá-lo a viver de forma igualitária (DUEK, 2007). Esses pontos são resultados da precariedade do sistema existente nas escolas públicas, o que leva, muitas vezes, ao desânimo do professor com a profissão e ao receio dos pais quanto ao sistema inclusivo, acarretando diretamente na ineficiência do sistema. Sendo assim, torna-se necessária uma reestruturação da escola, transformando seu sistema de ensino conforme assegurado pelo Estado, fazendo com que as pessoas com deficiência deixem de se sentir excluídos e que sintam capazes tais quais os demais. No âmbito educacional, isso ocorre ao estabelecer-se um sistema de ensino que se preocupe em adquirir recursos, adequar ambiente e capacitar seus professores e demais funcionários para lidar com alunos com deficiência, respeitando suas diferenças e proporcionando uma qualidade de ensino igualitário. Assim, de acordo com Werneck (1997), a inclusão exige a transformação da escola, pois visa modificar o sistema tradicional de ensino para um sistema de ensino inclusivo, que atenda alunos com diferentes déficits e necessidades, sendo de responsabilidade da escola a adaptação para esta inserção. Como vimos a inclusão do aluno com deficiência no ambiente escolar é ofício desempenhado por todos os integrantes da instituição de ensino, estando fundamentada na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva como “uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação” (BRASIL, 2008). considerações finais Neste artigo, discutimos a importância da inclusão de alunos com necessidades especiais na educação regular, abordando os desafios enfrentados e o papel fundamental da sociedade nesse processo. A inclusão não se limita ao acesso físico às escolas; ela exige mudanças profundas nas atitudes sociais, políticas públicas eficazes e um comprometimento coletivo para garantir que todos os alunos tenham a oportunidade de aprender em um ambiente acolhedor e adaptado às suas necessidades. A efetivação da inclusão escolar não só beneficia os alunos com deficiência, mas também enriquece a experiência de aprendizagem de todos, promovendo um ambiente mais diversos e respeitosos. Por isso, é vital que educadores, famílias e a sociedade como um todo se unam para superar os obstáculos existentes. Futuras pesquisas devem explorar estratégias inovadoras para a formação de professores e a adaptação curricular, além de investigar a eficácia de programas de inclusão em diferentes contextos. Apenas assim poderemos construir uma educação verdadeiramente inclusiva e acessível a todos. A inclusão deve ser um compromisso de todos, pois é na diversidade que encontramos a verdadeira riqueza do aprendizado e da convivência humana. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão; Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. 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Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/edpe/article/download/15493/10403 image1.jpeg PRIMAVERA DO LESTE - MT 2024 DANIELE DE JESUS BRO GIO DA SILVA EDUCAÇÃO INCLUSIVA : A IMPOTÂNCIA E OS DE SAFIOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO REGULAR PRIMAVERA DO LESTE - MT 2024 DANIELE DE JESUS BROGIO DA SILVA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A IMPOTÂNCIA E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO REGULAR