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CURSO DE FORMAÇÃO QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO José Jocely de Oliveira Júnior UO-RNCE/ENGP/EIPA Outubro de 2012 PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 1 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. CONTEÚDO 1. PRINCIPAIS PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NAS OPER AÇÕES DE PRODUÇÃO 2. EQUIPAMENTOS DE DOSAGEM DE PRODUTOS QUÍMICOS 3. REQUISITOS DE SMS PARA PRODUTOS QUÍMICOS 4. CUIDADOS OPERACIONAIS 5. IMPACTOS DE PRODUTOS QUÍMICOS NOS EQUIPAMENTOS 6. IMPACTOS DE PRODUTOS QUÍMICOS NO REFINO 7. INCOMPATIBILIDADE ENTRE PRODUTOS QUÍMICOS 8. INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS OPERACIONAIS EM PRODUTOS QUÍMICOS 9. PROCEDIMENTOS DE AQUISIÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 2 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. 1. PRINCIPAIS PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NAS OPER AÇÕES DE PRODUÇÃO 1.1. CLASSIFICAÇÃO GERAL Produtos de performance Dependem diretamente das condições do processo (temperatura, pressão, nível, etc), devendo ser otimizados juntamente com a otimização do processo: - Desemulsificante - Antiespumante - Polieletrólito Produtos de dosagem fixa São produtos com concentração recomendada, e que podem ser otimizados de duas formas: buscando-se produtos mais eficientes; garantindo o cumprimento da concentração especificada: - Inibidor de corrosão para óleo e gás - Biocida (choque e contínuo) Produtos de reposição São repostos no sistema (make-up), dependem diretamente da eficiência de processos específicos, como desidratação do gás e operação dos sistemas de aquecimento e resfriamento, de forma que a sua otimização depende diretamente da otimização do processo. - MEG, TEG, MDEA Produtos de uso não rotineiro - Desengraxante - Removedor de incrustação PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 3 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. 1.2. PRODUTOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE ÓLEO Desemulsificante Substância utilizada para facilitar a “quebra” da emulsão água/óleo e promover a coalescência das gotas de água; contém características tensoativas, e ajudam a deslocar os tensoativos naturais (resinas, asfaltenos, etc) adsorvidos na interface água/óleo. Figura 1 – Representação dos tensoativos presentes na interface água/óleo. Figura 2 – Representação do mecanismo de ação dos desemulsificantes: (desestabilização, coalescência e segregação gravitacional). PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 4 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Os tipos de desemulsificantes mais empregados são: éster poliglicólico, sulfonatos, ésteres polimerizados, alcano-aminas e derivados de poliamina. A maioria dos produtos comerciais é formada por misturas destes compostos. Figura 3 – Algumas fórmulas-base de desemulsificantes A ação dos desemulsificantes pode ser favorecida por fatores como aquecimento, boas condições de mistura com a emulsão (turbulência controlada), tempo de contato e concentrações adequadas do produto (obtidas através de teste de garrafas). Por outro lado, o uso de quantidades excessivas do desemulsificante, presença de sólidos na emulsão e de outros produtos químicos com características tensoativas (e.g. inibidores de corrosão e incrustação) podem diminuir ou anular a sua eficiência. Figura 4 – Influência da concentração de desemulsificante no BSW de uma emulsão PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 5 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Sequestrante de H 2S São produtos utilizados para remoção do gás sulfídrico (H2S) presente em alguns petróleos. Este H2S pode ser formado originalmente no reservatório, a partir de decomposição térmica de compostos orgânicos contendo enxofre, geração microbiana (BRS) em épocas geológicas precedentes, redução termoquímica de sulfatos ou hidrólise de sulfetos metálicos (e.g. pirita). Pode haver, ainda, a geração de H2S durante a fase de produção do campo, normalmente pela presença de BRS no sistema reservatório/poço/instalações de superfície, devido à contaminação pelo uso de água injetada para recuperação secundária de petróleo (souring biogênico). Os sequestrantes de H2S mais utilizados no tratamento de petróleo são: i) Triazinas Atualmente em uso na PETROBRAS, tanto no segmento E&P, quanto em terminais TRANSPETRO, com a finalidade de enquadrar o petróleo em limites aceitáveis de H2S para transporte e entrega ao refino. São produtos de relativo baixo custo, de boa eficiência de sequestro, menos tóxicos que os aldeídos e de fácil solubilização em água. Apresentam como desvantagem a interferência na qualidade de alguns derivados (naftas) destinados à indústria petroquímica (detalhes no item 6 desta apostila). A reação com o H2S é irreversível, formando compostos cíclicos de nitrogênio e enxofre. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 6 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Figura 5 – Reação (genérica) de Triazina com H2S. O radical R pode ser um grupo metil ou hidroxi-etil. ii) Aldeídos São compostos mais tóxicos que as triazinas e com menor eficiência de sequestro. Exemplos de aldeídos usados como sequestrantes de H2S são a acroleína (propenal ou aldeído acrílico) e o glioxal (etanodial). Atualmente, em algumas unidades de produção da PETROBRAS utiliza-se o glioxal como sequestrante, em substituição à triazina, devido aos efeitos indesejáveis desta no refino. O O SH24+ OH SH SH OH SH SH SH SH OH SH SH SH O SH OH O O SH23+ O O SH22+ O O SH2+ O SH SH 4 H2O 3 H2O 2 H2O H2O + + + + + (I) (II) (III) (IV) (V) Figura 6 – Reações do glioxal com H2S. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 7 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Antiespumante Produtos que tem a finalidade de prevenir, reduzir ou eliminar a formação de espuma nos fluidos, pela ação na tensão interfacial. Os principais princípios ativos utilizados nos antiespumantes são: estearato de alumínio; octanol; derivados de silicone (mais utilizado); poliálcoois. Os produtos base silicone (PDMS – Polidimetilsiloxano) possuem impacto no refino, devido à distribuição, nos derivados, dos compostos provenientes de sua decomposição térmica (detalhes no item 6 desta apostila). Figura 7 – Molécula de PDMS – Polidimetilsiloxano. 1.3. PRODUTOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE GÁS Desidratantes de gás (TEG e MEG) Os produtos químicos desidratantes destinam-se à remoção da umidade presente no gás natural produzido, para atender a especificações de processamento ou de comercialização do gás natural. Os produtos usam o processo de absorção da água presente em uma torre absorvedora, com posterior regeneração e reutilização do produto “gasto”. O princípio ativo da maioria dos desidratantes usados na PETROBRAS é o glicol, seja na forma de MEG (monoetilenoglicol), DEG (dietilenoglicol) ou TEG (trietilenoglicol), sendo este último mais recomendado, por ser mais higroscópico, possuir menor pressão de vapor (o que minimiza perdas do produto por evaporação) e possibilita melhor recuperaçãodo produto gasto. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 8 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Tabela 1 – Propriedades dos Glicóis. PRODUTO PRESSÃO DE VAPOR ( mmHg ) a 25 ºC VISCOSIDADE Cp a 25 ºC PESO MOLECULAR TEMPERATURA DE DEGRADAÇÃO. ºC MEG DEG TEG 0,12 PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 15 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. 1.5. PRODUTOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE ÁGUA DO M AR PARA INJEÇÃO Biocidas (NaClO, Glutaraldeído, THPS, DNBPA e sais quaternários de amônio) A presença de microrganismos, em especial as bactérias na água de injeção, pode levar a diferentes problemas para a produção de petróleo como plugueamento dos poços injetores, corrosão influenciada por microrganismos (CIM), acidulação do reservatório (souring), com conseqüente comprometimento da qualidade dos fluidos produzidos em virtude das altas concentrações de H2S. O controle microbiológico, nos sistemas de injeção de água do mar, é realizado através de dois procedimentos: a cloração a montante da desaeração e o uso de biocidas orgânicos, a jusante da desaeração. No caso de reinjeção de água produzida são utilizados somente biocidas orgânicos. A eficiência desses produtos é medida através da contagem microbiológica, principalmente de bactérias sésseis, já que é este grupo de bactérias o responsável pelos processos corrosivos do aço e, também porque as planctônicas são mais suscetíveis aos efeitos do biocida. Sequestrante de oxigênio/cloro O tratamento comumente usado nos campos de produção para desoxigenação das águas é o processo físico (torres desaeradoras) seguido do processo químico de dosagem de sequestrante de oxigênio, onde o mais utilizado é o bissulfito de sódio O objetivo principal do uso de sequestrante é eliminar o oxigênio residual não retirado pelo processo físico de desaeração. Controla-se o Residual de Sulfito, na faixa de 2 a 3 ppm, com freqüência diária, para garantir o teor de oxigênio especificado e evitar corrosão pelo excesso de produto. Esse parâmetro deve ser medido através da norma APHA – Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater – Part 4500 B (SO3 =) – Iodometric Method. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 16 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. O sequestrante de cloro deve ser utilizado nos casos em que o sistema de tratamento da água do mar contém uma URS (Unidade de Remoção de Sulfato), pois assim evita- se o ataque das membranas, pelo cloro livre resultante da cloração a montante da desaeração. Nitrato de sódio Dentre as alternativas existentes para o controle do souring, destaca-se a dosagem de nitrato (de sódio ou cálcio) na água de injeção, objetivando reduzir a biogeração de H2S no reservatório, principalmente pelo mecanismo de biocompetição (BRS x BRN). Espessante (polimetacrilato). Adicionados à água, os polímeros aumentam a viscosidade da mesma, ampliando a eficiência do deslocamento do óleo no interior das rochas para o poço produtor. 1.6. PRODUTOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE ÁGUA PARA AQUECIMENTO/RESFRIAMENTO Em inúmeros processos industriais que envolvem aquecimento e resfriamento (trocadores de calor), é essencial um suprimento de água fria contínuo, econômico e de boa qualidade. Normalmente, nas refinarias de petróleo, 80% a 90% da água empregada é usada para sistemas de resfriamento. Inibidor de corrosão Esses produtos agem formando filmes protetores sobre o metal, aumentando sua resistência à corrosão. Em sistemas de resfriamento, os inibidores mais utilizados são à base de polifosfatos, fosfonatos, ácidos fosfino efosfono carboxílicos, nitrito de sódio, cromato (com restrições devido ao grau poluente) e molibdato. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 17 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. 1.7. PRODUTOS UTILIZADOS EM GARANTIA DE ESCOAMENTO Inibidor de incrustação Pode ser injetado, via mandril ou gas lift, no poço ou ainda no header de produção, para prevenir a formação de incrustações ao longo do processo de tratamento do óleo, em separadores, trocadores de calor, etc. Podem ter como matéria ativa os fosfonatos e sulfonatos. Inibidor de parafina Deposição de camadas de parafina nas paredes dos oleodutos é uma ocorrência relativamente comum em sistemas de produção submarinos e terrestres. A causa desse fenômeno é a solidificação das frações de parafinas pesadas (ceras) do petróleo em decorrência da queda de temperatura. A deposição da parafina começa a ocorrer após o fluido ter alcançado uma temperatura denominada de TIAC (Temperatura Inicial de Aparecimento de Cristais), que é dependente de cada tipo de petróleo. Óleos com altos teores de ceras parafínicas sofrem alterações marcantes na reologia devido à formação de um sistema gelificado, que pode levar à perda de fluidez devido ao congelamento do óleo. Os produtos químicos inibidores de parafinas atuam justamente sobre o processo de deposição, alterando a reologia do petróleo Estes modificadores de cristais atuam como núcleos de cristalização para as parafinas, alterando sua morfologia, geralmente formando agregados cristalinos esféricos que permitem diminuir consideravelmente a viscosidade do sistema. Podem ser compostos de surfactantes, mistura de polímeros modificados e sais de amônio em hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos. Inibidor de asfaltenos São produtos que atuam como dispersantes dos asfaltenos, impedindo que se formem depósitos em equipamentos e facilidades de produção e borras em separadores. O tratamento é baseado em injeção contínua do inibidor, mas podem ser feitos através de squeeze (sujeito a avaliação caso a caso). PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 18 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Figura 18 – Teste de precipitação de asfaltenos (a amostra do meio tem 100 ppm de inibidor). Inibidores de hidrato. O objetivo da aplicação desses produtos é evitar a formação de hidratos de gás em gasodutos de exportação, sistemas de gas lift e gás combustível, devido a presença de água livre e baixas temperaturas que ocorrem, principalmente, em linhas e dutos de gás no leito marinho a grandes profundidades. Nestas condições, há a formação de cristais compostos de moléculas de água e hidrocarbonetos, que ficam “encapsulados” nesta estrutura. Figura 19 – Estrutura de um hidrato de gás (metano). Podem ser usados como inibidor de hidratos: - MEG, TEG e álcoois (etanol e metanol)� Inibidores termodinâmicos (atuam deslocando a curva de equilíbrio do gráfico PxT, inibindo a formação do hidrato). - Polímeros (PVP, PVCAP) � Inibidores cinéticos (diminuem o tempo de formação do cristal). PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 19 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. 2. EQUIPAMENTOS DE DOSAGEM DE PRODUTOS QUÍMICOS 2.1. CONTENTORES E TANQUES DE ARMAZENAGEM Os produtos químicos adquiridos necessitam ser transportados e armazenados covenientemente, respeitando os aspectos de segurança à saúde e meio ambiente. Existem inúmeros tipos de contentores (a maioria retornáveis) de várias capacidades de armazenamento (1.000 e 5.000 litros são os mais comuns) e materiais de fabricação (plásticos ou metálicos). São normalmente utilizados em ambiente off-shore, onde é crítica a restrição de espaço. Em unidades onshore, é mais comum a presença de tanques fixos de armazenagem (metálicos, plásticos ou de fibra de vidro). Figura 20 – Contentores para uso offshore Figura 21 – Monitoramento de contentores via GPS (BR Supply). PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 20 CURSO DE FORMAÇÃODE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Figura 22 – Tanques de armazenamento de produtos químicos (UO-RNCE). 2.2. BOMBAS As bombas dosadoras de produtos químicos devem, antes de tudo, garantir a continuidade dos tratamentos com a máxima precisão possível, pois muitas vezes os volumes injetados são muito pequenos. Além disso, uma série de requisitos devem ser observados ao se adquirir equipamentos dessa natureza, como: - Compatibilidade do material de fabricação da bomba com o(s) produto(s). - Resistência da bomba às intempéries (ambientes salinos, altas temperaturas). - Adequação do equipamento a áreas classificadas (à prova de explosão). - Capacidade da bomba x Volume necessário de injeção. - Utilidades necessárias ao funcionamento (ar comprimido, eletricidade, água). - Facilidade de manutenção. - Equipamento reserva. Podem ser tipo deslocamento positivo (diafragma), centrífugas, alternativas ou micro engrenagens. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 21 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Figura 23 – Bombas dosadoras (UO-RNCE). 2.3. MEDIDORES (PROVETAS) Frequentemente, as bombas dosadoras podem vir com provetas acopladas ao seu sistema, para aferição dos volumes injetados. Essa aferição éfeita através de jogo de válvulas onde o fluxo do produto é direcionado para a proveta e medido em um intervalo de tempo. 2.4. PONTOS DE DOSAGEM (TOPSIDE E SUBSUPERFÍCIE) A depender do tipo de produto químico e da finalidade do tratamento, faz-se a seleção do melhor ponto de dosagem. Este ponto pode ser diretamente no poço, via umbilical, pela válvula de gas lift ou tubing (aço inox), ou ainda em instalações de superfície como a cabeça do poço (terrestre), equipamentos separadores, linhas de produção, linhas de surgência, manifolds, etc. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 22 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. 3. REQUISITOS DE SMS PARA PRODUTOS QUÍMICOS Todos os aspectos relativos à segurança (à saúde e ao meio ambiente) de um produto químico devem constar obrigatoriamente em dois formulários: A Ficha de Segurança e a FISPQ – Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (de acordo com a norma ABNT NBR-14725), que possui todas as informações necessárias para o uso do produto: - Identificação do produto e da empresa - Instruções de manuseio e de emergência (derramamento, incêndio, etc) - Instruções de armazenamento - Controle de exposição - Composição - Instruções para disposição e descarte - Informações toxicológicas - Primeiros socorros Estes documentos devem estar sempre disponíveis durante o transporte, estocagem, manuseio e uso final de qualquer produto químico. 3.1. SAÚDE OCUPACIONAL Toxicidade crônica e aguda Toxicidade Aguda é a dose de substância que provoca a morte imediata (24 horas) em cada um de 2 elementos de uma espécie numa determinada população, exprime-se pela dose letal a 50% (DL50), ou seja, miligramas de produto tóxico por quilograma de massa corporal. Toxidade Crônica é a dose de substância, não quantificável com rigor, mas que origina perturbações das quais não resulta morte imediata, mas em que o perigo advém, fundamentalmente, dos efeitos cumulativos (por exemplo, metais "pesados" como o mercúrio, o chumbo e o níquel). PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 23 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Formas de contaminação (contato, inalação, radiação ) Existem vários tipos de produtos químicos utilizados nas mais variadas formas (sólidos, líquidos e gases). Logo, as formas de contaminação podem, também, ocorrer de diversas maneiras. EPI (equipamentos de proteção individual) necessári os Sempre ao manusear produtos químicos, é obrigatório o uso de EPI apropriado para a atividade: óculos, botas, luvas, máscaras e roupas que cubram a maior parte do corpo, evitando que entrem em contato direto com as substâncias. As máscaras de proteção possuem, em sua maioria, sistema de filtros que devem ser trocados, adequando o tipo de filtro ao produto químico com o qual se vai ter contato. Existem filtros para vapores orgânicos, gases ácidos, etc. Figura 24 – Exemplo de uso de EPI para manuseio de produtos químicos. 3.2. MEIO AMBIENTE Ecotoxicidade crônica e aguda Ecotoxicidade � Propriedade potencial que uma amostra possui de provocar efeito adverso em consequência de sua interação com o organismo-teste em testes de ecotoxicidade. Ecotoxicidade aguda ou efeito tóxico agudo � Efeito deletério causado aos organismos vivos, por agentes físicos ou químicos, usualmente letalidade ou alguma outra manifestação que a antecede, em um curto período de exposição em relação ao seu ciclo de vida e obtidos em testes de ecotoxicidade. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 24 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Ecotoxicidade crônica ou efeito tóxico crônico � Efeito deletério causado aos organismos vivos, por agentes físicos ou químicos, que afetam uma ou várias funções biológicas dos organismos, tais como a reprodução, o crescimento e o comportamento, em um período de exposição que pode abranger a totalidade de seu ciclo de vida ou parte dele. Biodegradabilidade Característica de algumas substâncias químicas de poderem ser usadas como substrato por organismos vivos, que geram outras substâncias ou as utilizam em seu processo metabólico. Como em alguns processos de tratamento na indústria do petróleo, produtos químicos podem ser lançados no meio ambiente (e.g. polieletrólitos para tratamento de água produzida descartada), é cada vez mais importante que esses produtos sejam ambientalmente seguros, evitando impactos negativos ao meio. 3.3. SEGURANÇA Inflamabilidade Característica importante para a indústria de petróleo, em especial por se tratar de ambientes já intrinsecamente perigosos. 4. CUIDADOS OPERACIONAIS 4.1. TRANSFERÊNCIA DE PRODUTOS QUÍMICOS POR MANGOTE O uso de mangotes para transferência de produtos químicos é bastante comum em áreas industriais e torna-se particularmente crítico em instalações como plataformas de petróleo, por exemplo. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 25 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. É necessário atentar para o material de fabricação do mangote, procurando utilizar aqueles que não sejam atacados pelo produto que vai ser transferido ou que possam de alguma forma contaminar o produto químico. Figura 25 – Transferência de produto químico (por mangote) para tanque. 4.2. CONTAMINAÇÃO DE TANQUES E LINHAS COM PRODUTOS QUÍMICOS (SUBSTITUIÇÃO DE UM PRODUTO QUÍMICO POR OUTRO NA ME SMA LINHA) Além dos cuidados descritos no item 4.2, se for necessária a utilização de uma mesma linha (flexível ou não) para mais de um produto químico, deve-se atentar para o fato de, em caso de produtos químicos que possam apresentar alguma reatividade entre si, fazer uma limpeza prévia da linha ou do tanque, antes da nova utilização. É importante lembrar que alguns produtos podem reagir violentamente, gerando calor (risco de incêndio) ou gases/vapores tóxicos (risco de intoxicação por inalação). 4.3. INJEÇÃO VIA UMBILICAL Os umbilicais são “mangueiras” flexíveis que transportam, no mesmo corpo, cabos elétricos e fluidos hidráulicos até as linhas de injeção de produtos químicos, a partir deplataformas até o leito marinho (ANM). Os desafios no uso de umbilicais para injeção química são: - Baixas temperaturas e altas pressões da água do mar - Pequenos diâmetros (tamponamento devido à altas viscosidades) - Longas distâncias PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 26 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. - Compatibilidade dos produtos químicos com metais e elastômeros do umbilical - Estabilidade química quando há mistura de produtos químicos - Contaminações dos produtos químicos (em bombas, tanques, filtros) Figura 26 – Injeção de produto químico via umbilical (NALCO). 4.4. INJEÇÃO COM QUEBRA DE COLUNA Injeções a grandes distâncias (verticais). Gradiente hidrostático superior à perda de carga Possível falta de controle da vazão injetada Acarreta subdosagem ou sobredosagem. 5. IMPACTOS DE PRODUTOS QUÍMICOS NOS EQUIPAMENTOS 5.1. ANTIESPUMANTE E COMPRESSOR 5.2. SEQUESTRANTE DE H2S E RESFRIADOR DE GÁS PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 27 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. 5.3. INIBIDOR DE INCRUSTAÇÃO E AQUECEDORES DE ÓLEO Como a eficiência de ação dos inibidores de incrustação é função direta da temperatura do meio (entre outros fatores como pH), a estabilidade química também é afetada por este parâmetro. Logo, a temperatura do sistema a ser tratado pode ser fator decisivo na seleção do inibidor. Como regra geral a estabilidade térmica dos inibidores segue a seguinte ordem: Polímeros Sulfonados> Polímeros derivados do Poliacrilato> Penta-fosfonatos> Hexa- fosfonatos. Portanto, para a escolha de um inibidor de incrustação para tratar um óleo que vai ser submetido a aquecimento, deve-se observar se a estabilidade térmica do produto é adequada às faixas de temperatura do sistema. 5.4. BIOCIDA E TANQUES DE CARGA 6. IMPACTOS DE PRODUTOS QUÍMICOS NO REFINO 6.1. ANTIESPUMANTE E UNIDADES DE HDT (HIDROTRATAMEN TO) Os antiespumantes a base de silicone (polímero PDMS – polidimetilsiloxano) se decompõem a temperaturas próximas de 300oC, formando compostos voláteis que se distribuem nos diversos cortes de petróleo (nafta e QAV). PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 28 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Tabela 2 – Distribuição de silício (Si em mg/kg) nos cortes de petróleo, sem e com antiespumante No processo de HDT, o Si presente nesses derivados se deposita sobre o catalisador, inativando-o ou reduzindo seu tempo de campanha, nos casos extremos, em até 25%. Isso impede a obtenção, por exemplo, de derivados com menor teor de enxofre (diesel e QAV). Figura 27 – Redução da atividade do catalisador pela Sílica. HDN HDS PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 29 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. 6.2. SEQUESTRANTE DE H2S E TORRE DE DESTILAÇÃO (CS 2 e sais de MEA) Sequestrantes de H2S a base de triazinas geram, em sua reação com o H2S, uma molécula chamada ditiazina (ver item 1.2 dessa apostila), que é um composto cíclico contendo um átomo de nitrogênio e dois átomos de enxofre. Parte da ditiazina vai para a fase aquosa ainda presente no petróleo, porém a maior parte dela ainda permanece na fase oleosa, que vai para o refino. A ditiazina, quando aquecida a temperaturas acima de 150oC, sofre uma “quebra” na estrutura desse anel, liberando dissulfeto de carbono (CS2), conforme mostrado abaixo: Figura 28 – Representação da decomposição térmica da ditiazina. O CS2 formado concentra-se então no corte de nafta produzido na torre de destilação. Se a nafta for destinada a produção de combustível, o CS2 não representa maiores problemas. Porém, se a nafta for para processos petroquímicos (em especial para a produção de piperilenos – monômeros que são matéria-prima para a produção de colas e adesivos), o CS2 faz parte da especificação dessa nafta, não podendo ultrapassar limites de, aproximadamente, 7 a 15 ppm. Em 2006 houve um aumento expressivo no teor de CS2 da nafta produzida por uma refinaria da PETROBRAS, que fornecia esse insumo para uma unidade petroquímica que produzia piperileno. Após avaliação da cadeia produtiva do petróleo até o refino, foi constatada a influência da triazina, usada no E&P, no aumento da concentração de CS2 da nafta. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 30 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Outros fatores negativos do uso de triazina como sequestrante de H2S, é que o outro produto dessa reação, uma amina (normalmente MEA) pode provocar deposição de sais nitrogenados nas torres de destilação, além do fato de moléculas nitrogenadas afetarem o desempenho de filtros de argila que especificam a cor do QAV 6.3. ÁLCOOL E ESPECIFICAÇÃO DE GLP 6.4. ORGANOCLORADOS E CORROSÃO Os organoclorados podem se transformar em HCl na reforma. E ai irá ocorrer problemas de corrosão e problemas de formação de sais (cloretos) de amônia. 7. INCOMPATIBILIDADE ENTRE PRODUTOS QUÍMICOS 7.1. DESEMULSIFICANTE E POLIELETRÓLITO 7.2. SEQUESTRANTE DE H2S E INIBIDOR DE INCRUSTAÇÃO O sequestrante de H2S utilizado em boa parte das instalações de tratamento da PETROBRAS tem como matéria ativa triazina. Via de regra, estes sequestrantes tem um pH muito elevado (até 11). O uso intensivo e contínuo desses sequestrantes pode alterar significativamente o pH da fase aquosa, condição que afeta o desempenho de alguns inibidores de incrustação, que têm uma faixa ótima de trabalho, além de contribuir para formação de incrustações de cálcio, no caso de dureza e alcalinidade elevada da água. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 31 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. 7.3. INIBIDOR DE CORROSÃO PARA GÁS E FRAÇÕES PESADA S DO GÁS/SEQUESTRANTE DE H2S 7.4. INCOMPATIBILIDADE ENTRE SOLVENTES DE PRODUTOS QUÍMICOS DIFERENTES Define-se como “Incompatibilidade entre Produtos Químicos” a condição na qual determinados produtos tornam-se perigosos quando manipulados, misturados ou armazenados próximos a outros, com os quais podem reagir, criando situações perigosas. Estas informações são importantes pelo fato de, muitas vezes, termos dosagem de vários produtos químicos diferentes em uma mesma corrente de fluido (óleo, água ou gás). A tabela abaixo fornece uma relação de algumas substâncias e grupos químicos que, devido às suas propriedades químicas, podem reagir violentamente entre si. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 32 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Tabela 3 – Incompatibilidade entre alguns grupos de produtos químicos (fonte: USP – Laboratório de Resíduos Químicos) PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 33 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Gota Filme interfacial 8. INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS OPERACIONAIS EM PRODUTOS QUÍMICOS 8.1. TEMPERATURA X BSW X DESEMULSIFICANTE O envelhecimento da emulsão favorece a formação de um filme altamente viscoso e rígido na interface água-óleo promovendo uma barreira mecânica para a coalescência das gotas.Figura 29 – Representação do filme interfacial em emulsão A/O. O aumento de temperatura favorece a ação dos desemulsificantes, porque diminui a viscosidade da fase externa (óleo) facilitando a difusão e a adsorção do produto no filme interfacial. Além disso, possui os efeitos adicionais: - Eleva a taxa de colisão gota-gota por aumento do movimento das gotas; - Solubiliza as parafinas e parte dos tensoativos naturais adsorvidos na interface; - Reduz a rigidez do filme interfacial; - Aumenta a diferença de densidade entre o óleo e a água; Já a adição de água de lavagem favorece a coalescência da emulsão seja devido a diferença de pressão interna entre as gotas ou pela migração de parte das moléculas tensoativas inicialmente adsorvidas na superfície das gotas da emulsão para as gotas da água de lavagem adicionada. Quando as emulsões superam o limite de incorporação de água, as emulsões geradas tornam-se muito instáveis. O processo de lavagem é mais eficiente quando a água encontra-se previamente aquecida e a emulsão previamente dosada com desemulsificante. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 34 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Figura 30 – Esquema de tratamento. 8.2. TEMPERATURA X INCRUSTAÇÃO X INIBIDOR DE INCRUS TAÇÃO O potencial de incrustação de determinada água pode se inferido pelo seu I.S. (Índice de Saturação), uma medida é função de alguns parâmetros como T, P, pH e composição da água. Logo, mudanças na temperatura da água produzida podem provocar o aumento da ocorrência de incrustações, em especial de carbonato de cálcio, se essa água já estiver em uma condição de supersaturação. Daí a importância da adequação de cada inibidor de incrustação ao respectivo processo onde ele vai atuar. Condições diferentes podem implicar em necessidade de produtos diferentes (ou o mesmo produto com eficiências distintas). 8.3. TEMPERATURA E/OU PRESSÃO X ESPUMA X ANTIESPUMA NTE A eficiência de um antiespumante (base silicone) é função do tipo de polímero de silicone empregado. Alguns desses tipos não possuem estabilidade térmica suficiente para evitar a ciclização de suas moléculas. Nesses casos, o silicone toma a forma cíclica/volátil que, além de “envenenar” catalisadores de HDT, não possuem a mesma eficiência que as cadeias poliméricas originais. PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 35 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. 8.4. TEMPERATURA X UMIDADE X TEG Para se projetar uma unidade de desidratação de gás natural, entre os principais parâmetros a serem levados em consideração, está a temperatura do refervedor na regeneração do solvente. A temperatura do refervedor possui forte influência na pureza da solução de glicol regenerada. Quanto maior a temperatura no refervedor, maior quantidade do componente mais volátil (nesse caso a água) é retirado do sistema, deixando a solução de glicol mais pura e proporcionando assim, uma maior remoção de água do gás natural úmido. Neste ponto, o TEG possui vantagem frente aos outros glicóis, pois possui uma temperatura de decomposição mais elevada e é menos volátil, o que proporciona a utilização de temperaturas mais elevadas no refervedor; assim o gás tratado possui menor teor de umidade. 9. PROCEDIMENTOS DE AQUISIÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS Compra spot Modalidade de compra “avulsa”, para atendimento a uma necessidade específica e imediata. Pode ser via consulta ao mercado (licitação) ou compra direta (direcionada a um fornecedor/produto, devidamente justificada). Os produtos adquiridos podem ou não necessitar de qualificação técnica. Contrato Global Contrato de aquisição de um produto químico feito, normalmente, através de consulta ao mercado (licitação), envolvendo o máximo possível de fornecedores, com o objetivo de estimular a concorrência. São contratos feitos para um determinado período de vigência (anual, bianual, etc) podendo, em alguns casos, ser renovado (aditivado) em até 25% de seu valor. Contratão PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 36 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. Esta modalidade depende da necessidade da Unidade de produtos de performance. Com isso podem-se realizar contratos de longa duração, em que podem ser incluídos basicamente todos os produtos necessários ao PPP. Geralmente, o atendimento a este tipo de contratação é feito através da BR Distribuidora (Supply House), que faz a intermediação entre a PETROBRAS e o fornecedor, inclusive nas questões de armazenamento, modais de fornecimento (tambores, contentores, granel, etc), rastreamento de cargas, logística de distribuição, etc. Neste tipo de contrato o fornecedor disponibiliza um técnico a bordo das Unidades. Este técnico executa tarefas pré-determinadas em contrato e ainda atividades que a Unidade julgue conveniente. Os fornecedores especificam um preço por “metro cúbico de líquido tratado”. Este custo deve ser atendido e o excesso é glosado do fornecedor. Quando há otimização e operação com custo abaixo do determinado em contrato o fornecedor é bonificado com 50% do ganho no custo dos produtos químicos (desde que a otimização tenha sido realizada por ele). xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO 37 CURSO DE FORMAÇÃO DE QUÍMICO DE PETRÓLEO JR. BIBLIOGRAFIA Curso de Operadores de ETO e ETE Antônio Faria Lima – UO-RNCE Polieletrólito e tratamento de água produzida Baker Hughes Encontro Técnico Produtos Químicos, 2010 Produtos Químicos para o Tratamento do Óleo e Água Produzida: Desemulsificantes, Antiespumantes, Antiincrustantes e Polieletrólitos Curso de Aplicação de Produtos Químicos – UO-BC Filho, J.E. S “Processamento Primário de Fluidos: Separação e Tratamento” (notas de aula). Universidade Petrobras. Tratamento de água industrial GE Betz – Water & Process Technologies Manual de Injeção de água MA-3000.00-1251-940-PCI-001 Rev. 4, Novembro de 2011 Gentil, V., Corrosão, 5ª edição. LTC Desafio no uso de inibidores de Incrustação no Ativo de Golfinho Camila Manara Franco UO-ES/ATP-GLF/ISUP Aditivos para o controle de asfaltenos. Estudos de laboratório e utilização em campo Gaspar González - CENPES/PDP/TPAP Encontro Técnico Produtos Químicos, 2008. Aplicação de inibidor cinético na UO-BC Marcos Roberto da Rosa - UO-BC/ENGP/EIS Encontro Técnico Produtos Químicos, 2010 Apresentação BR Distibuidora Luiz Barbeiro – Supply House / BR Encontro Técnico Produtos Químicos, 2010 Resolução 081/2010 CEMA – Cons. Estadual do Meio Ambiente do Paraná. Norma NBR 14725 Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT Impacto No Refino Do Uso De Antiespumantes A Base De Silício Rosana Cardoso Lopes Encontro Técnico Produtos Químicos, 2010 Controle e Detecção de H2S Maria Luiza B. Tristão, Bruno Rodrigues de Moura – CENPES/PDEDS/QM Função dos Produtos Químicos na Exploração e Produção de Petróleo e Gás Padrão PG-1EP-00164-A