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MATÉRIA PRÁTICA PROFISSIONAL: CIÊNCIA LABORATORIAL 
 
 
Prática profissional do biomédico 
Envolve atuação ética, técnica e científica em saúde, com foco na promoção da saúde, 
prevenção de doenças e diagnóstico laboratorial (exames feitos em laboratório para identificar 
doenças). 
 
História da Biomedicina 
No Brasil começou em 1966 com o curso de Ciências Biomédicas (modalidade médica, na 
Escola Paulista de Medicina). 
Objetivo: formar profissionais para pesquisa e docência (ensinar), nas áreas básicas de 
medicina e odontologia. 
Em 1979 ocorreu a regulamentação da profissão (lei que oficializou e deu direitos legais ao 
biomédico). 
Isso permitiu a criação de cursos de graduação e expansão da área de atuação. 
 
Formação do Biomédico 
Disciplinas teóricas e práticas, estágios supervisionados e possibilidade de habilitação em 
diversas áreas (áreas específicas em que o biomédico pode atuar, como análises clínicas, 
estética, imagenologia etc). 
 
Código de Ética 
Define condutas éticas (regras de comportamento), respeito à vida, sigilo profissional e 
compromisso com a ciência são pilares fundamentais. 
 
Uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) → jaleco, luvas, máscara, óculos, etc. 
 
 
Biossegurança 
Conjunto de ações, normas e procedimentos voltados à prevenção e controle de riscos. 
Atua entre segurança, saúde e prevenção e inclui barreiras físicas (estruturais) como cabines 
de segurança, e administrativas como protocolos e treinamentos. 
 
 
Classificação dos Riscos 
Biológicos: vírus, bactérias e fungos que causam infecção. 
Químicos: solventes inflamáveis, corrosivos, cancerígenos. 
Físicos: radiação (ionizante = raio X, não ionizante = micro-ondas), calor, frio, pressão. 
Ergonômicos: postura, movimentos repetitivos, mobiliário inadequado. 
Acidentes: situações não planejadas. 
 
 
Níveis de Biossegurança 
 
BS1 → manipulação de agentes de baixo risco. 
 
BS2 → manipulação de patógenos (microorganismos que causam doenças) em cabines de 
segurança. 
 
BS3 → patógenos com risco potencialmente letal (que podem causar morte). 
 
BS4 → patógenos altamente perigosos, sem tratamento disponível. 
 
 
Medidas Preventivas 
Higienização das mãos (lavagem correta segundo OMS/FIOCRUZ), descontaminação imediata 
de superfícies e materiais após uso, treinamentos constantes e POP’s (Procedimento 
Operacional Padrão) ↪ regras escritas que padronizam a forma correta de executar tarefas. 
 
 
Tipos de EPI’s 
Jaleco, luvas, máscara, protetor ocular (óculos), touca, sapato fechado, propé (cobre-sapato), 
avental. 
Medida de proteção coletiva (distanciamento ou o extintor de incêndio). 
 
 
Boas práticas 
Proibir alimentos, bebidas e cosméticos no laboratório, retirar objetos pessoais, prender cabelo 
e manter unhas curtas e evitar uso de celular em área de risco. 
⚠ Etiquetar reagentes (substâncias químicas usadas em exames) com informações 
completas. 
 
 
Fases do Processo Laboratorial 
 
● Fase Pré-analítica (antes do exame ser processado) 
 
1. Solicitação do exame → pedido médico correto, para evitar erro (conferir 
nome,idade,sexo,data e tipo do exame) 
 
2. Preparo do paciente → jejum, horário adequado, suspender medicamentos (conforme 
orientação médica), evitar atividade física. 
 
3. Coleta da amostra → técnica correta, ordem dos tubos, volume adequado, evitar hemólise 
(rompimento das hemácias = sangue "estragado"). 
 
4. Identificação da amostra → etiqueta com nome, data, hora. Feito na frente do paciente (evita 
trocas). 
 
5. Transporte da amostra → manter temperatura correta, usar caixa térmica. 
 
6. Armazenamento → refrigerado (2 - 8°C), congelado (-2 ou -20°C) ou ambiente. 
 
7. Rejeição de amostras → se estiver hemolisada, lipêmica (excesso de gordura), ictérica (com 
excesso de bilirrubina), em tubo errado ou sem identificação. 
 
 
● Fase Analítica (quando o exame é realizado) 
 
8. Execução do exame → técnicas laboratoriais automatizadas, seguir POP 's, pipetagem 
precisa (tempo correto de leitura do teste). 
 
9. Controle de qualidade: 
 
CQI (Controle de Qualidade Interno) = feito dentro do laboratório. 
 
CQE (Controle de Qualidade Externo) = feito por órgãos externos para garantir qualidade. 
 
10. Registros de resultados → rastreabilidade (saber quem coletou, analisou e liberou o 
exame), evitar erros de digitação. 
 
 
● Fase Pós-analítica (após o exame estar pronto) 
 
11. Validação dos resultados → emissão do laudo, conferência dupla, interpretação e tomada 
de decisão. 
 
 
12. Erros comuns: 
 
Pré-analítica: identificação incorreta, preparo errado, coleta em tubo. 
 
Analítica: teste mal executado, reagente vencido, equipamento descalibrado. 
 
Pós-analítica: erro de digitação, inversão de resultados, falha na comunicação, atraso na 
liberação. 
 
 
Gestão e Qualidade Laboratorial 
Ferramentas de gestão → indicadores de qualidade (requisição de exame, conferência dupla, 
epi, identificação), normas (ISO 9001, ISO 15189, DICQ, PDC), controle de qualidade (CQI e 
GE) 
Cultura de qualidade → ética, treinamento e profissionalismo. 
Documentos de qualidade → POP’s, registro de calibração, manutenção preventiva, registro de 
bombeiros e segurança do trabalho. 
Conceito → ciclo da qualidade (pré, analítica e pós). 
 
 
ISO 9001 - Norma internacional para sistemas de gestão de qualidade (estabelece requisitos para 
um sistema de gestão da qualidade eficaz) 
 
ISO 15189 - Norma internacional que especifica os requisitos de qualidade e competência para 
laboratórios clínicos. 
 
DICQ - Sistema de acreditação para laboratórios clínicos (visa garantir a qualidade dos serviços 
laboratoriais). 
 
PDC - Ciclo de melhoria contínua da qualidade (planejar, fazer, checar, agir) 
 
CQI - Controle de qualidade interno (processo realizado dentro do próprio laboratório para monitorar 
a qualidade dos resultados. 
 
GE - Garantia externa de qualidade (comparação de resultados entre laboratórios) 
 
 
 
Funções do Biomédico 
Responsabilidade técnica → garante funcionamento do laboratório e qualidade dos exames. 
Gestor de processo → organiza todas as etapas do exame. 
Agente de biossegurança → garante normas de higiene e uso de EPI. 
Educador de equipe → treina profissionais e estagiários. 
Fiscalizador científico → garante que os resultados sejam confiáveis. 
Ética e humanização → respeito ao paciente + precisão técnica. 
 
 
Interferências analíticas 
Hemólise (rompimento das células do sangue), Lipemia (excesso de gordura no sangue), 
Icterícia (excesso de bilirrubina), medicamentos, atividade física, tempo de jejum. 
 
 
Conteúdo Anatômico 
 
Sistemas 
Sistema Tegumentar pele (camadas, importância na antissepsia) 
Sistema Cardiovascular (anatomia venosa superficial do membro superior) 
- Veia cubital mediana (preferencial) 
- Veia cefálica 
- Veia basílica 
 
 
Sistema nervoso e muscular 
Evitar punção em áreas com risco de lesão nervosa (ex: nervo mediano na fossa cubital). 
 
Extensões possíveis 
● Coleta arterial e capilar (anatomia das polpas digitais e calcâneo em neonatos). 
 
Materiais utilizados para a coleta 
● Agulha preta (25x0,7) ou agulha verde (25x0,8). 
● Garrote (elástico para apertar o braço, não deve ser deixado no braço do paciente por 
mais de 1 minuto). 
● Adaptador para coleta / Canhão (peça plástica onde a agulha é fixada e que se conecta 
ao tubo de coleta, permitindo a troca dos tubos) 
● Álcool, adesivo para parar o sangue, gaze não estéril. 
● Seringa 
● Scalp (tipo de agulha com 2 “asinhas” e um tubo flexível) - usadas para veias mais 
difíceis. 
 
 
 SCALP CANHÃO

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