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XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO – TIPO 2 – VERDE 
PROVA APLICADA EM 20/02/2022 
 
17 
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Rômulo, 35 anos, José, 28 anos e Guilherme, 15 anos, durante 3 (três) 
meses, reuniram-se, na casa da mãe do adolescente, para discutirem 
a prática de crimes considerados de menor potencial ofensivo. 
Ao descobrir o objetivo das reuniões, a mãe de Guilherme informou 
os fatos à autoridade policial, que instaurou procedimento 
investigatório. Concluídas as investigações e confirmados os fatos, o 
Ministério Público ofereceu denúncia, em face de Rômulo e José, 
pelo crime de organização criminosa com causa de aumento pelo 
envolvimento do adolescente. 
Considerando apenas as informações narradas, a defesa de Rômulo e 
José poderá pleitear, sob o ponto de vista técnico, 
A) a desclassificação para o crime de associação criminosa, apesar 
de possível a aplicação da causa de aumento pelo envolvimento 
de adolescente. 
B) o afastamento da causa de aumento pelo envolvimento de 
adolescente, apesar de possível a condenação pelo crime de 
constituição de organização criminosa. 
C) a absolvição dos réus, já que, considerando a inimputabilidade de 
Guilherme, não poderiam responder nem pela constituição de 
organização criminosa nem pela associação criminosa. 
D) a desclassificação para o crime de associação criminosa, não 
havendo previsão de causa de aumento pelo envolvimento de 
adolescente, mas tão só se houvesse emprego de arma de fogo. 
 
 
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Francisco foi preso em flagrante, logo após a prática de um crime de 
furto qualificado, pelo rompimento de obstáculo. Agentes públicos 
compareceram ao local dos fatos e constataram, por meio de exame 
pericial, o arrombamento do fecho da janela que protegia a 
residência de onde os bens foram subtraídos. 
No interior da Delegacia, em conversa informal com a autoridade 
policial, Francisco confessou a prática delitiva, fato que foi registrado 
em gravação de áudio no aparelho celular pessoal do Delegado. 
Quando ouvido formalmente, preferiu exercer o direito ao silêncio 
que lhe foi assegurado naquele momento. 
Francisco, reincidente, foi denunciado, sendo juntados pelo 
Ministério Público, já no início da ação penal, o laudo de exame de 
local que constatou o arrombamento e o áudio da confissão informal 
encaminhado pela autoridade policial. 
No momento das alegações finais, o advogado de Francisco, sob o 
ponto de vista técnico, deverá destacar que 
A) a condenação não poderá se basear exclusivamente no laudo de 
exame de local, considerando que não foi produzido sob crivo do 
contraditório, e o áudio acostado, apesar de não poder ser 
considerado prova ilícita, se valorado na sentença, deverá 
justificar o reconhecimento da atenuante da pena da confissão. 
B) tanto o áudio com a confissão informal quanto o laudo de exame 
de local são provas lícitas, podendo, inclusive, o magistrado 
fundamentar eventual condenação com base exclusivamente no 
exame pericial produzido antes da instrução probatória. 
C) a confissão informal foi obtida de maneira ilícita, devendo ser o 
áudio desentranhado do processo, mas poderá o laudo pericial 
ser considerado em eventual sentença, apesar de produzido 
antes de ser instaurado o contraditório. 
D) tanto o áudio com a confissão informal quanto o laudo de exame 
de local são provas ilícitas, devendo ser desentranhados do 
processo.

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