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Questões resolvidas

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Vestibulares
Formação das Palavras
GR0355 - (Uerj)
A questão refere-se ao conto “A terceira margem do rio”,
de João Guimarães Rosa.
 
De dia e de noite, com sol ou aguaceiros, calor, sereno, e
nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem arrumo, só
com o chapéu velho na cabeça, por todas as semanas, e
meses, e os anos – sem fazer conta do se-ir do viver.
 
A expressão sublinhada é um exemplo das recriações
linguís�cas do autor. Seu sen�do, com base no trecho
citado, pode ser definido como:
a) ação da natureza
b) passagem do tempo
c) presença de esperança
d) necessidade de cuidados
GR0045 - (Ifmt)
 
No texto, a palavra “pauta-bomba” é composta a par�r
do processo de composição por justaposição. Assinale a
alterna�va em que esse processo não ocorre:
a) Guarda-roupa; passatempo 
b) Amor-perfeito; girassol 
c) Planalto; fidalgo
d) Paraquedas; segunda-feira
e) Beija-flor; passatempo
GR0305 - (Unesp)
Leia o trecho do conto “A menina, as aves e o sangue”, do
escritor moçambicano Mia Couto (1955 - ).
 
Aconteceu, certa vez, uma menina a quem o coração
ba�a só de quando em enquantos. A mãe sabia que o
sangue estava parado pelo roxo dos lábios, palidez nas
unhas. Se o coração estancava por demasia de tempo a
menina começava a esfriar e se cansava muito. A mãe,
então, se afligia: roía o dedo e deixava a unha intacta. Até
que o peito da filha voltava a dar sinal:
— Mãe, venha ouvir: está a bater!
A mãe acorria, debruçando a orelha sobre o peito
estreito que soletrava pulsação. E pareciam, as duas,
presenciando pingo de água em pleno deserto. Depois, o
sangue dela voltava a calar, resina empurrando a
arrastosa vida.
Até que, certa noite, a mulher ganhou para o susto. Foi
quando ela escutou os pássaros. Sentou na cama: não
eram só piares, chilreinações. Eram rumores de asas,
brancos drapejos de plumas. A mãe se ergueu, pé
descalço pelo corredor. Foi ao quarto da menina e
joelhou-se junto ao leito. Sen�u a transpiração,
reconheceu o seu próprio cheiro. Quando lhe ia tocar na
fronte a menina despertou:
— Mãe, que bom, me acordou! Eu estava sonhar
pássaros.
A mãe sor�u-se de medo, aconchegou o lençol como se
protegesse a filha de uma maldição. Ao tocar no lençol
uma pena se desprendeu e subiu, levinha, volteando pelo
ar. A menina suspirou e a pluma, algodão em asa, de
novo se ergueu, rodopiando por alturas do tecto. A mãe
tentou apanhar a errante plumagem. Em vão, a pena saiu
voando pela janela. A senhora ficou espreitando a noite,
na ilusão de escutar a voz de um pássaro. Depois, re�rou-
1@professorferretto @prof_ferretto
se, adentrando-se na solidão do seu quarto. Dos pássaros
selou-se o segredo, só entre as duas.[...]
Com o tempo, porém, cada vez menos o coração se fazia
frequente. Quase deixou de dar sinais à vida. Até que
essa imobilidade se prolongou por consecu�vas demoras.
A menina falecera? Não se vislumbravam sinais dessa
derradeiragem.
Pois ela seguia pra�cando vivências, brincando, sempre
cansadinha, resfriorenta. Uma só diferença se contava. Já
à noite a mãe não escutava os piares.
— Agora não sonha, filha?
— Ai mãe, está tão escuro no meu sonho! 
Só então a mãe arrepiou decisão e foi à cidade:
— Doutor, lhe respeito a permissão: queria saber a saúde
de minha única. É seu peito... nunca mais deu sinal.
O médico corrigiu os óculos como se entendesse
rec�ficar a própria visão. Clareou a voz, para melhor se
autorizar.
E disse:
— Senhora, vou dizer: a sua menina já morreu.
— Morta, a minha menina? Mas, assim...?
— Esta é a sua maneira de estar morta.
A senhora escutou, mãos juntas, na educação do colo.
Anuindo com o queixo, ia esbugolhando o médico. Todo
seu corpo dizia sim, mas ela, dentro do seu centro,
duvidava. Pode-se morrer assim com tanta leveza, que
nem se nota a re�rada da vida? E o médico, lhe
amparando, já na porta:
— Não se entristonhe, a morte é o fim sem finalidade.
A mãe regressou à casa e encontrou a filha entoando
danças, cantarolando canções que nem existem. Se
chegou a ela, tocou-lhe como se a miúda inexis�sse. A
sua pele não desprendia calor.
— Então, minha querida não escutou nada?
Ela negou. A mãe percorreu o quarto, vasculhou
recantos. Buscava uma pena, o sinal de um pássaro. Mas
nada não encontrou. E assim, ficou sendo, então e
adiante.
Cada vez mais fria, a moça brinca, se aquece na torreira
do sol. Quando acorda, manhã alta, encontra flores que a
mãe depositou ao pé da cama. Ao fim da tarde, as duas,
mãe e filha, passeiam pela praça e os velhos descobrem a
cabeça em sinal de respeito.
E o caso se vai seguindo, estória sem história. Uma única,
silenciosa, sombra se instalou: de noite, a mãe deixou de
dormir. Horas a fio a sua cabeça anda em serviço de
escutar, a ver se regressam as vozearias das aves.
(Mia Couto. A menina sem palavra, 2013.)
 
Cons�tui exemplo de neologismo formado pelo processo
de sufixação a palavra
a) “inexis�sse” (18º parágrafo).
b) “derradeiragem” (7º parágrafo).
c) “intacta” (1º parágrafo).
d) “descobrem” (21º parágrafo).
e) “imobilidade” (7º parágrafo).
GR0036 - (Fgv)
Barcos de Papel
Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde �mida e lavada,
eu saía a brincar pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.
Fazia de papel toda uma armada
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem des�no,
ao longo das sarjetas, na enxurrada...
Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, tal como aqueles,
perfeitamente, exatamente iguais...
- que os meus barquinhos, lá se foram eles!
foram-se embora e não voltaram mais!
Guilherme de Almeida
 
Foram-se embora. EMBORA (em + boa + hora) - processo
de formação de palavra:
a) composição por justaposição 
b) composição por aglu�nação 
c) derivação prefixal 
d) derivação sufixal
e) parassíntese
GR0381 - (Unicamp)
O telejornalismo é um dos principais produtos
televisivos. Sejam as no�cias boas ou ruins, ele precisa
garan�r uma experiência este�camente agradável para o
espectador. Em suma, ser um “infotenimento”, para atrair
pres�gio, anunciante e rentabilidade. Porém, a atmosfera
pesada do início do ano baixou nos telejornais:
Brumadinho, jovens atletas mortos no incêndio do CT do
Flamengo, no�cias diárias de feminicídios, de valentões
armados matando em brigas de trânsito e
supermercados. Conjunções adversa�vas e adjuntos
adverbiais já não dão mais conta de neutralizar o tsunami
de tragédias e violência, e de amenizar as más no�cias
para garan�r o “infotenimento”. No jornal, é apresentada
matéria sobre uma mulher brutalmente espancada,
internada com diversas fraturas no rosto. Em frente ao
hospital, uma repórter fala: “mas a boa no�cia é que ela
saiu da UTI e não precisará mais de cirurgia reparadora
na face...”. Agora, repórteres repetem a expressão “a boa
2@professorferretto @prof_ferretto
no�cia é que...”, buscando alguma brecha de esperança
no “outro lado” das más no�cias.
(Adaptado de Wilson R. V. Ferreira, Globo adota “a boa
no�cia é que...” para tentar se salvar do baixo astral
nacional. Disponível em h�ps://cinegnose. Blogs
pot.com/2019/02/globo-adotaboa-no�cia-eque-
para.html. Acessado em 01/03 /2019.)
 
Para se referir a matérias jornalís�cas televisivas que
informam e, ao mesmo tempo, entretêm os
espectadores, o autor cria um neologismo por meio de
a) derivação prefixal.
b) composição por justaposição.
c) composição por aglu�nação.
d) derivação imprópria.
GR0041 - (Ufrgs)
1Hoje os conhecimentos se estruturam de modo
3fragmentado, 4separado, 5compar�mentado nas
disciplinas. 8Essa situação impede uma visão global, uma
visão fundamental e uma visão complexa.
13"Complexidade" vem da palavra la�na complexus, que
significa a compreensão dos elementos no seu conjunto.
As disciplinas costumam excluir tudo o que se
encontra fora do 9seu campo de especialização. A
literatura, no entanto, é uma área que se situa na
inclusão de todas as dimensões humanas. Nada do
humano 10lhe é estranho, 6estrangeiro.
A literatura e o teatro são desenvolvidos como
meios de expressão, meios de conhecimento, meios de
compreensãoda 14complexidade humana. Assim,
podemos ver o primeiro modo de inclusão da literatura: a
inclusão da 15complexidade humana. E vamos ver ainda
outras inclusões: a inclusão da personalidade humana, a
inclusão da subje�vidade humana, e, também, muito
importante, a inclusão; do estrangeiro, do marginalizado,
do infeliz, de todos que ignoramos e desprezamos na vida
co�diana.
A inclusão da 16complexidade humana é
necessária porque recebemos uma visão mu�lada do
humano. 11Essa visão, a de homo sapiens, é uma
17definição do homem pela razão; de homo faber20, do
homem como trabalhador; de homo economicus21,
movido por lucros econômicos. Em resumo, trata-se de
uma visão prosaica, mu�lada, 12que esquece o
principal22: a relação do sapiens/demens, da razão com
a demência, com a loucura.
Na literatura, encontra-se a inclusão dos
problemas humanos mais terríveis, coisas
18insuportáveis que nela se tornam suportáveis. Harold
Bloom escreve: 24"Todas as 25grandes obras revelam a
universalidade humana através de des�nos singulares, de
situações singulares, de épocas singulares". É essa a
razão por que as 19obras-primas atravessam 7séculos,
sociedades e nações.
2Agora chegamos à parte mais humana da
inclusão: a inclusão do outro para a compreensão
humana. A compreensão nos torna mais generosos com
relação ao outro23, e o criminoso não é unicamente mais
visto como criminoso, 26como o Raskolnikov de
Dostoievsky, como o Padrinho de Copolla.
A literatura, o teatro e o cinema são os melhores
meios de compreensão e de inclusão do outro. Mas a
compreensão se torna provisória, esquecemo-nos depois
da leitura, da peça e do filme. Então essa compreensão é
que deveria ser introduzida e desenvolvida em nossa vida
pessoal e social, porque serviria para melhorar as
relações humanas, para melhorar a vida social.
Adaptado de: MORIN, Edgar. A inclusão: verdade da
literatura. In: RÕSING, Tânia et ai. Edgar Morin: religando
fronteiras. Passo Fundo: UPF, 2004. p.13-18
 
Na coluna da esquerda, estão palavras re�radas do texto;
na coluna da direita, descrições relacionadas à formação
de palavras.
Associe corretamente a coluna da esquerda com a da
direita.
 
(__) complexidade (refs. 13, 14, 15 e 16)
(__) definição (ref. 17)
(__) insuportáveis (ref. 18)
(__) obras-primas (ref. 19)
 
1. Cons�tuída por composição através de justaposição.
2. Cons�tuída por prefixo com sen�do de negação e
sufixo formador de adje�vos a par�r de verbos
3. Cons�tuída por sufixo formador de substan�vo a par�r
de adje�vo.
4. Cons�tuída por sufixo formador de substan�vo a par�r
de verbo.
5. Cons�tuída por aglu�nação, tendo em vista a mudança
silábica de um dos elementos do vocábulo.
 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é
a) 4 - 3 - 2 - 1
b) 3 - 4 - 2 - 5
c) 4 - 3 - 1 - 5
d) 3 - 4 - 2 - 1
e) 3 - 2 - 1 - 5
GR0034 - (Pucsp)
ATEMOYA
É um híbrido da fruta-do-conde ('Annona squamosa')
com outra variedade do mesmo gênero a cherimoya
('Annona cherimolia'), originária dos Andes. O primeiro
3@professorferretto @prof_ferretto
cruzamento foi feito em 1908 pelo Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos, em Miami. As frutas
resultantes receberam o nome de atemoya, uma
combinação de "ate", nome mexicano da fruta-do-conde,
e "moya" de cherimoya. Passado quase um século, a
atemoya ainda é desconhecida da maioria dos brasileiros.
No país, as primeiras mudas foram plantadas em
Taubaté, nos anos 60. As variedades cul�vadas aqui são
em especial a Thompson, a Genifer e a African Pride. É
plantada em São Paulo, sul de Minas, norte do Paraná,
Espírito Santo e Rio de Janeiro. É cul�vada em grande
escala no Chile. Também a produzem Estados Unidos,
Israel, Austrália e Nova Zelândia. [...] Os frutos, cônicos
ou em forma de coração, em geral têm 10 cen�metros de
comprimento por 9,5 de largura. Sua casca con�nua
verde mesmo depois de maduros. A polpa, dividida em
segmentos e com poucas sementes, é branca,
perfumada, cremosa, macia, com textura fina. [...] O
sabor da atemoya lembra papaia, banana, manga,
maracujá, limão e abacaxi, com consistência de sorvete, o
que faz dela uma sobremesa pronta. Com sua polpa se
preparam os mesmos pratos feitos com cherimoya:
musses, sorvetes, recheios para tortas, salada de fruta.
Pode ser ingrediente de bebidas como coquetel de frutas
e drinques.
(Neide Rigo, nutricionista. CARAS, 13 set. 2002).
 
Recheio, fruta-do-conde e cruzamento - palavras
re�radas do texto - passaram, respec�vamente, pelos
seguintes processos de formação:
a) hibridismo, derivação sufixal e composição. 
b) derivação prefixal, composição e derivação sufixal. 
c) derivação prefixal, hibridismo e derivação sufixal.
d) hibridismo, derivação sufixal e derivação prefixal. 
e) derivação sufixal, hibridismo e composição.
GR0384 - (Unicamp)
Leia, a seguir, o �tulo e sub�tulo de uma reportagem.
 
 
Ao longo da pandemia da Covid-19 tornou-se cada vez
mais recorrente o uso da expressão de língua inglesa
home office (em tradução literal, “escritório em casa”)
para se referir a trabalho a distância ou a teletrabalho.
Indique a alterna�va que descreve o processo de
composição do neologismo “roça-office”, conforme
empregado no �tulo da reportagem.
a) A subs�tuição do vocábulo em inglês “home” por
“roça” torna o uso desse estrangeirismo mais
adequado à grafia do português.
b) A justaposição de “roça” e “office” produz um efeito
cômico pelo contraste entre os meios rural e urbano
na formação do neologismo.
c) A justaposição de “roça” e do neologismo “office”
baseia-se na similaridade foné�co-fonológica entre os
vocábulos “home” e “roça”.
d) A aglu�nação dos radicais “roça” e “office” adapta o
neologismo aos imóveis brasileiros e produz o efeito
de humor na manchete.
GR0376 - (Unicamp)
O brasileiro João Guimarães Rosa e o irlandês James
Joyce são autores reverenciados pela inven�vidade de
sua linguagem literária, em que abundam neologismos.
Muitas vezes, por essa razão, Guimarães Rosa e Joyce são
citados como exemplos de autores “pra�camente
intraduzíveis”. Mesmo sem ter lido os autores, é possível
iden�ficar alguns dos seus neologismos, pois são
baseados em processos de formação de palavras comuns
ao português e ao inglês. Entre os recursos comuns aos
neologismos de Guimarães Rosa e de James Joyce, estão:
 
I. Onomatopeia (formação de uma palavra a par�r de
uma reprodução aproximada de um som natural,
u�lizando-se os recursos da língua); e
II. Derivação (formação de novas palavras pelo acréscimo
de prefixos ou sufixos a palavras já existentes na língua).
Os neologismos que aparecem nas opções abaixo foram
de obras de Guimarães Rosa (GR) e James Joyce (JJ).
 
Assinale a opção em que os processos (I) e (II) estão
presentes:
a) Quinculinculim (GR, No Urubuquaquá, no Pinhém) e
ta�arra�at (JJ, Ulisses).
b) Transtrazer (GR, Grande sertão: veredas) e monoideal
(JJ, Ulisses).
c) Rtststr (JJ, Ulisses) e quinculinculim (GR, No
Urubuquaquá, no Pinhém).
d) Ta�arra�at (JJ, Ulisses) e inesquecer-se (GR, Ave,
Palavra).
GR0035 - (Ufsm)
A lenda da mandioca (lenda dos índios Tupi)
Nasceu uma indiazinha linda, e a mãe e o pai
tupis espantaram-se:
4@professorferretto @prof_ferretto
– Como é 7branquinha 1esta criança!
E era mesmo. Perto dos outros curumins da taba,
parecia um raiozinho de lua. Chamaram-na Mani. Mani
era 2linda, 8silenciosa e 3quieta. Comia 4pouco e pouco
bebia. Os pais preocupavam-se.
– Vá brincar, Mani, dizia o pai.
– Coma um 5pouco mais, dizia a mãe.
Mas a menina con�nuava quieta, cheia de
sonhos na cabecinha. Mani parecia esconder um
mistério. Uma bela manhã, não se levantou da rede. O
pajé foi chamado. Deu ervas e bebidas a menina. Mas
não a�nava com o que �nha Mani. Toda a tribo andava
triste. Mas, deitada em sua rede, Mani sorria, sem
doença e sem dor.
E sorrindo, Mani morreu. Os pais a enterraram
dentro da própria oca. E regavam sua cova todos os dias,
como era costume entre os índios Tupis. Regavam com
lágrimas de saudade. Um dia perceberam que do túmulo
de Mani rompia uma plan�nha verde e viçosa.
– Que planta seráesta? Perguntaram, admirados.
Ninguém a conhecia.
– É melhor deixá-la crescer, resolveram os índios.
E con�nuaram a regar o 9bro�nho mimoso. A
planta desconhecida crescia depressa. 6Poucas luas se
passaram, e ela estava al�nha, com um caule forte, que
até fazia a terra se rachar em torno.
– A terra parece fendida, comentou a mãe de
Mani.
– Vamos cavar?
E foi o que fizeram. Cavaram pouco e, à flor da
terra, viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor
dos curumins, nome que dão aos meninos índios. Mas,
sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha,
quase da cor de Mani. Da oca de terra de Mani surgia
uma nova planta!
– Vamos chamá-la 10Mani-oca, resolveram os
índios.
– E, para não deixar que se perca, vamos
transformar a planta em alimento!
Assim fizeram! Depois, fincando outros ramos no
chão, fizeram a primeira plantação de mandioca. Até hoje
entre os índios do Norte e Centro do Brasil é este um
alimento muito importante.
E, em todo Brasil, quem não gosta da plan�nha
misteriosa que surgiu na casa de Mani?
Fonte: GIACOMO, Maria T. C. de. Lendas brasileiras, n. 7,
2. ed. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1977.
(adaptado)
 
Assinale V na(s) afirma�va(s) verdadeira(s) e F na(s)
falsa(s).
(__) O texto se estrutura em estágios �picos da narra�va,
dentre os quais está a complicação, iniciada no momento
em que Mani não se levantou da rede.
(__) No estágio de orientação da narra�va, a personagem
principal é representada por meio de um nome próprio e
adje�vos que descrevem sua aparência, como “linda”
(ref. 2) e “branquinha” (ref. 7), e seu comportamento,
como “silenciosa” (ref. 8) e “quieta” (ref. 3).
(__) Palavras como “bro�nho” (ref. 9) e “branquinha”
(ref. 7) contribuem para estabelecer semelhanças entre a
planta então desconhecida e Mani, ao mesmo tempo em
que o emprego dos sufixos indicadores de diminu�vo
corroboram a representação de delicadeza e
sensibilidade.
(__) Ao nomearem a nova planta de “Mani-oca” (ref. 10),
os índios u�lizaram o processo de formação de palavras
por derivação prefixal.
 
A sequência correta é
a) V – F – F – F
b) V – V – V – F
c) F – V – V – V
d) V – F – F – V
e) F – F – V – F
GR0385 - (Unicamp)
Você provavelmente já encontrou pelas redes sociais o
famigerado #sqn, aquele jeito telegráfico de dizer que tal
coisa é muito legal, “só que não”. Agora, imagine uma
língua diferente do português que tenha incorporado um
conceito parecido na própria estrutura das palavras,
criando o que foi apelidado de “sufixo frustra�vo”. Bom,
é assim no ko�ria, um idioma da família linguís�ca
tukano falado por indígenas do Alto Rio Negro, na
fronteira do Brasil com a Colômbia. Para exprimir a
função “frustra�va”, o ko�ria usa um sufixo com a forma -
ma. Você quer dizer que foi até um lugar sem conseguir o
que queria indo até lá? Basta pegar o verbo ir, que é wa’a
em ko�ria, e acrescentar o sufixo: wa’ama, “ir em vão”.
(Adaptado de: LOPES, R. J. L. A sofis�cação das línguas
indígenas. Superinteressante, 18/11/2021.)
 
O excerto, re�rado de uma revista de jornalismo
cien�fico, exemplifica um processo de formação de
palavras na língua indígena ko�ria e o compara com o
uso da hashtag #sqn. É correto afirmar que essa
comparação
5@professorferretto @prof_ferretto
a) cria uma falsa equivalência, pois os processos
morfológicos em ko�ria e em português são
diferentes.
b) enfa�za a construção de efeitos de sen�do parecidos
por meio de processos dis�ntos em ko�ria e no
português de internet.
c) permite compreender processos idên�cos de
formação de palavras nas línguas portuguesa e ko�ria.
d) ressalta as diferenças no uso dos sufixos –ma, em
ko�ria, e #sqn, no português usado na internet.
GR0379 - (Unicamp)
Texto I
Os idiomas e suas regras são coisas vivas, que vão se
modificando de maneira dinâmica, de acordo com o
momento em que a sociedade vive. Um exemplo disso é
a adoção do termo “maratonar”, quando os
telespectadores podem assis�r a vários ou a todos os
episódios de uma série de uma só vez. Contudo, ao que
parece, a plataforma Ne�lix não quer mais estar
associada à “maratona” de séries. A maior razão seria a
tendência atual que as gigantes da tecnologia têm
seguido para evitar o consumo excessivo e melhorar a
saúde dos usuários.
(Adaptado de Claudio Yuge, “Você notou? Ne�lix parece
estar evitando o termo ‘maratonar’.”)
 
Texto II
(Disponível em h�p://www.will�rando.com.br/anesia-
417/. Acessado em 01/06/ 2019.)
 
Embora os dois textos tratem do termo “maratonar” a
par�r de perspec�vas dis�ntas, é possível afirmar que o
Texto II retoma aspectos apresentados no Texto I porque
a) esclarece o significado do neologismo “maratonar”
como esforço �sico exaus�vo, derivado de “maratona”.
b) deprecia a definição de “maratona” como ação
con�nua de superação de dificuldades e melhoria da
saúde.
c) reflete sobre o impacto que a falta de exercícios �sicos
e a permanência em casa provocam na saúde.
d) menospreza o uso do termo “maratonar” relacionado
a um es�lo de vida sedentário, antagônico a
maratona.
GR0291 - (Unesp)
Cena inicial da comédia O noviço, de Mar�ns Pena.
AMBRÓSIO: No mundo a fortuna é para quem sabe
adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é
aquele que não tem inteligência para vê-la e a alcançar.
Todo homem pode ser rico, se a�nar com o verdadeiro
caminho da fortuna. Vontade forte, perseverança e
per�nácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que,
resolvido a empregar todos os meios, não consegue
enriquecer-se? Em mim se vê o exemplo. Há oito anos,
era eu pobre e miserável, e hoje sou rico, e mais ainda
serei. O como não importa; no bom resultado está o
mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo
eu? Se em algum tempo �ver de responder pelos meus
atos, o ouro jus�ficar-me-á e serei limpo de culpa. As leis
criminais fizeram-se para os pobres...
(Mar�ns Pena. Comédias (1844-1845), 2007.)
 
Um vocábulo também pode ser formado quando passa
de uma classe grama�cal a outra, sem a modificação de
sua forma. É o que se denomina derivação imprópria. Na
fala de Ambrósio, cons�tui exemplo de derivação
imprópria o vocábulo sublinhado em
a) “O como não importa”.
b) “Mas um dia pode tudo mudar”.
c) “No mundo a fortuna é para quem sabe adquiri-la”.
d) “Pintam-na cega”.
e) “Em mim se vê o exemplo”.
GR0373 - (Unicamp)
Estrangeirismos são palavras e expressões de outras
línguas usadas correntemente em nosso co�diano. Sobre
o emprego de palavras estrangeiras no português, o
linguista Sírio Possen� comenta:
Tomamos alguns verbos do inglês e os adaptamos a
nosso sistema verbal exclusivamente segundo regras do
6@professorferretto @prof_ferretto
português. Se adotarmos start, logo teremos estartar (e
todas as suas flexões), pois nossa língua não tem sílabas
iniciais como st-, que imediatamente se tornam est-. A
forma nunca será startar, nem ostartar ou ustartar, nem
estarter ou estar�r, nem printer ou prin�r, nem atacher
ou atachir etc., etc., etc.
(Adaptado de Sírio Possen�, “A questão dos
estrangeirismos”, em Carlos Alberto Faraco,
Estrangeirismos: guerras em torno da língua. São Paulo:
Parábola, 2001, p. 173-174.)
 
As alterna�vas abaixo reproduzem trechos de um fórum
de discussão na Internet sobre um jogo eletrônico. Nessa
discussão, um jogador queixa-se por não ter conseguido
se conectar a uma par�da e ter perdido pontos. Escolha a
alterna�va que contém um exemplo do processo de
adaptação de verbos do inglês para o sistema verbal do
português, como descreve Sírio Possen�.
 
a) “Aconteceu logo na manhã deste domingo, quando
iniciei uma ranked.”
b) “Ela não deu load e pensei que era um bug no site.”
c) “Entrei no lolking para ver se a par�da estava sendo
computada.”
d) “Nem upei meu personagem de tanto problema no
server.”
GR0333 - (Fuvest)
Terça é dia de Veneza revelar as atrações de seu fes�val
anual, cuja 77.ª edição começa no dia 2 de setembro,
com a dramédia “Lacci”, do romano Daniele Luche�,
seguindo até 12/9, com 50 produções internacionais e
uma expecta�va (extraoficial) de colocar “West Side
Story”, de Steven Spielberg, na ribalta.Rodrigo Fonseca. “À espera dos rugidos de Veneza”. O
Estado de S. Paulo. Julho/2020. Adaptado.
 
Um processo de formação de palavras em língua
portuguesa é o cruzamento vocabular, em que são
misturadas pelo menos duas palavras na formação de
uma terceira. A força expressiva dessa nova palavra
resulta da síntese de significados e do inesperado da
combinação, como é o caso de “dramédia” no texto.
Ocorre esse mesmo �po de formação em
a) “deleitura” e “namorido”.
b) “passatempo” e “microves�do”.
c) “hidrelétrica” e “sabiamente”.
d) “arenista” e “girassol”.
e) “planalto” e “mul�cor”.
GR0037 - (Unifesp)
Pneumotórax
Febre, hemop�se, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
- Diga trinta e três.
- Trinta e três... trinta e três... trinta e três...
- Respire.
...........................................................................................
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o
pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argen�no.
(Manuel Bandeira, Liber�nagem)
 
"Pneumotórax", palavra que dá �tulo ao famoso poema
de Manuel Bandeira, é vocábulo cons�tuído de dois
radicais gregos (pneum[o]- + -tórax]. Significa o
procedimento médico que consiste na introdução de ar
na cavidade pleural, como forma de tratamento de
molés�as pulmonares, par�cularmente a tuberculose. Tal
enfermidade é referida no diálogo entre médico e
paciente, quando o primeiro explica a seu cliente que ele
tem "uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão
direito infiltrado". Esta úl�ma palavra é formada com
base em um radical: "filtro". Quanto à formação
vocabular, o �tulo do poema e o vocábulo "infiltrado" são
cons�tuídos, respec�vamente, por
a) composição, e derivação prefixal e sufixal
b) derivação prefixal e sufixal, e composição
c) composição por hibridismo, e composição prefixal e
sufixal
d) simples flexão, e derivação prefixal e sufixal
e) simples derivação, e composição sufixal e prefixal
GR0044 - (Unifor)
A morte do jangadeiro
Ao sopro do terral abrindo a vela
Na esteira azul das águas arrastada,
Segue veloz a intrépida jangada,
7@professorferretto @prof_ferretto
Entre os uivos do mar que se encapela.
 
Prudente, o jangadeiro se acautela
Contra os mil acidentes da jornada;
Fazem-lhe, entanto, guerra encarniçada
O vento, a chuva, os raios, a procela.
 
Súbito, um raio o prostra e, furioso,
Da jangada o despeja na água escura
E, em brancos véus de espuma, desdiloso
 
Envolve e traga a onda intumescida,
Dando-lhe, assim, mortalha e sepultura
O mesmo mar que o pão lhe dera em vida.
Pe. Antônio Tomás
 
Assinale, de acordo com o soneto do Pe. Antônio Tomás,
a alterna�va em que o vocábulo onomatopaico traduz,
no texto, o perigo, a traição e a ferocidade do mar diante
da frágil embarcação:
a) Raios.
b) Uivos.
c) Véus.
d) Acidentes.
e) Mortalha.
GR0368 - (Uerj)
Lugares de memória: para não esquecer
O Cais do Valongo, principal porto de entrada de
escravizados das Américas, recebeu em 2017 o �tulo de
Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco. A
dis�nção define o Valongo, localizado na região portuária
do Rio de Janeiro, como um “lugar de memória”, ao lado
de outros, como o campo de concentração de Auschwitz,
na Polônia, ou a cidade de Hiroshima, no Japão.
Inaugurado em 1811, o cais logo se converteu no
principal ponto de desembarque de africanos1
escravizados das três Américas. Localizado a poucos
passos do Palácio Real, não era raro aos monarcas
brasileiros ver os africanos, apressadamente
desembarcados, sendo separados de suas famílias,
limpos, ves�dos, pesados, tendo seus corpos marcados a
ferro.
Começava, então, uma nova viagem. Dessa vez,
rumo à tenta�va de desterritorialização2 e de
invisibilização dos africanos, de quem se procurava
apagar a memória, qualquer laivo de iden�dade e
orgulho que carregavam de suas nações. Vários viajantes
passaram pelo Valongo e constataram o triste espetáculo
que se apresentava naquele mercado, dentre eles o
ar�sta Jean-Bap�ste Debret (1768-1848).
Em sua aquarela, aparecem os mesmos
“esqueletos” descritos em texto. À direita, o comerciante
gorducho (cuja barriga simboliza a fartura) negocia com o
proprietário de terras, com seu chapelão e bengala, os
detalhes da venda do pequeno garoto postado à sua
frente. O ar�sta francês fez questão de caprichar no vazio
do ambiente, e nos africanos sem rosto, quase nus, que
apenas aguardam pelo des�no nas Américas. Um
desterro3 forçado nos campos tropicais do Brasil4.
Em 1911, o Cais do Valongo foi aterrado, da
mesma maneira como se tentou esconder e esquecer “os
males e as lembranças dos tempos da escravidão”. Esse
era o discurso civilizatório da Primeira República, que
procurava jogar para o Império a conta da escravidão,
cuja culpa é de todos nós. “Redescoberto” 100 anos
depois, o Cais do Valongo é hoje um sí�o arqueológico
que expõe na nossa atualidade as perversões do sistema
escravocrata5, mas também testemunha a resistência
dessas populações. Trata-se do mais importante acervo
de ves�gios materiais e simbólicos localizado fora da
África, com quase 500 mil itens.
A expressão “lugar de memória” foi criada pelo
historiador francês Pierre Nora. Seu obje�vo era
justamente evitar o desaparecimento dos registros
históricos, como arquivos, monumentos, museus e certos
espaços específicos. Podem ser desde objetos materiais e
concretos até ves�gios imateriais e orais. O importante,
porém, é que eles só se convertem, efe�vamente, em
“lugares de memória”, se a imaginação cole�va inves�-los
como lugares simbólicos.
Conforme define Alberto da Costa e Silva: “O
Brasil é um país extraordinariamente africanizado6. E só a
quem não conhece a África pode escapar o quanto há de
africano nos gestos, nas maneiras de ser e de viver e no
sen�mento esté�co do brasileiro7. Por sua vez, em toda a
costa atlân�ca da África, podem-se facilmente
reconhecer os brasileirismos. O escravo8 ficou dentro de
nós, qualquer que seja nossa origem.”
LILIA MORITZ SCHWARCZ. Adaptado de
nexojornal.com.br, 31/07/2017.
 
Palavras de um mesmo campo de significados podem
indicar diferentes valores, como o de definição de um
elemento e o de resultado de um processo.
 
Esses dois valores estão exemplificados, respec�vamente,
no seguinte par de palavras:
a) africanos (1º itálico) − africanizado (6º itálico)
b) desterritorialização (2º itálico) − desterro (3º itálico)
c) escravocrata (5º itálico) − escravo (8º itálico)
d) Brasil (4º itálico) − brasileiro (7º itálico)
GR0287 - (Unesp)
8@professorferretto @prof_ferretto
Leia o poema “Ausência”, de Carlos Drummond de
Andrade.
 
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E las�mava, ignorante, a falta.
Hoje não a las�mo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus
[braços,
 
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
(Corpo, 2015.)
 
As palavras podem mudar de classe grama�cal sem
sofrer modificação na forma. A este processo de
enriquecimento vocabular pela mudança de classe das
palavras dá-se o nome de “derivação imprópria”.
(Celso Cunha. Gramá�ca do português contemporâneo,
2013. Adaptado.)
 
No contexto do poema “Ausência”, observa-se um
exemplo de derivação imprópria no verso
a) “Hoje não a las�mo.”
b) “A ausência é um estar em mim.”
c) “que rio e danço e invento exclamações alegres,”
d) “ninguém a rouba mais de mim.”
e) “Por muito tempo achei que a ausência é falta.”
GR0397 - (Fuvest)
Evidentemente, não se pode esperar que Dostoiévski seja
traduzido por outro Dostoiévski, mas desde que o
tradutor procure penetrar nas peculiaridades da
linguagem primeira, aplique-se com afinco e faça com
que sua cria�vidade orientada pelo original permita,
paradoxalmente, afastar-se do texto para ficar mais
próximo deste, um passo importante será dado.
Deixando de lado a fidelidade mecânica, frase por frase,
tratandoo original como um conjunto de blocos a serem
transpostos, e transgredindo sem receio, quando
necessário, as normas do “escrever bem”, o tradutor
poderá trazê-lo com boa margem de fidelidade para a
língua com a qual está trabalhando.
Boris Schnaiderman, Dostoiévski Prosa Poesia.
 
O prefixo presente na palavra “transpostos” tem o
mesmo sen�do do prefixo que ocorre em
a) ultrapassado.
b) retrocedido.
c) infracolocado.
d) percorrido.
e) introver�do.
GR0038 - (Ufc)
Sobre o trecho "As PRÓPRIAS plantas venenosas são
úteis: a CIÊNCIA faz do veneno mais violento um meio
destruidor de MOLÉSTIAS, regenerador da saúde,
conservador da vida.", é correto afirmar que:
 
I – o período é composto por duas orações.
II – há somente três palavras formadas por sufixação.
III – a acentuação gráfica das palavras grifadas se jus�fica
pela mesma regra.
a) Apenas I é correta.
b) Apenas II é correta.
c) Apenas I e II é correta.
d) Apenas I e III é correta.
e) Apenas II e III é correta.
GR0033 - (Fuvest)
Assinale a alterna�va em que uma das palavras não é
formada por prefixação:
a) readquirir, predes�nado, propor.
b) irregular, amoral, demover.
c) remeter, conter, antegozar.
d) irrestrito, an�poda, prever.
e) dever, deter, antever.
GR0401 - (Unicamp)
9@professorferretto @prof_ferretto
 
Do ponto de vista da norma culta, é correto afirmar que
“coisarˮ é
a) uma palavra resultante da atribuição do sen�do
conota�vo de um verbo qualquer ao substan�vo
“coisaˮ.
b) uma palavra resultante do processo de sufixação que
transforma o substan�vo “coisaˮ no verbo “coisarˮ.
c) uma palavra que, graças a seu sen�do universal, pode
ser usada em subs�tuição a todo e qualquer verbo não
lembrado.
d) uma palavra que resulta da transformação do
substan�vo “coisaˮ em verbo “coisarˮ, reiterando um
esquecimento.
GR0032 - (Pucsp)
Ethos – é�ca em grego – designa a morada humana. O
ser humano separa uma parte do mundo para,
moldando-A ao seu jeito, construir um abrigo protetor e
permanente. A é�ca, como morada humana, não é algo
pronto e construído de uma só vez. O ser humano está
sempre tornando habitável a casa que construiu para SI.
�co significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a
tornar melhor o ambiente para que seja uma morada
saudável: materialmente sustentável, psicologicamente
integrada e espiritualmente fecunda.
Na é�ca há o permanente e o mutável. O permanente
é a necessidade do ser humano de ter uma moradia: uma
maloca indígena, uma casa no campo e um apartamento
na cidade. TODOS estão envolvidos com a é�ca, porque
todos buscam uma morada permanente.
O mutável é o es�lo com que cada grupo constrói sua
morada. É sempre diferente: rús�co, colonial, moderno,
de palha, de pedra... Embora diferente e mutável, o es�lo
está a serviço do permanente: a necessidade de ter casa.
A casa, nos seus mais diferentes es�los, deverá ser
habitável.
(BOFF, Leonardo. In: A ÁGUIA E A GALINHA. Petrópolis:
Vozes, 1997, pp. 90-91.)
 
Está presente, no texto, o processo de formação de
palavras por derivação imprópria. Assinale a alterna�va
em que ocorre tal processo.
a) A é�ca, como morada humana, não é algo pronto e
cons�tuído de uma só vez.
b) O ser humano está sempre tornando habitável a casa
que cons�tuiu para si.
c) Tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente.
d) Na é�ca, há o permanente e o mutável.
e) A casa, nos seus mais diferentes es�los, deverá ser
habitável.
GR0282 - (Unesp)
Leia o trecho do romance Grande sertão: Veredas, de
Guimarães Rosa.
Sei que estou contando errado, pelos altos.
Desemendo. Mas não é por disfarçar, não pense. De
grave, na lei do comum, disse ao senhor quase tudo. Não
crio receio. O senhor é homem de pensar o dos outros
como sendo o seu, não é criatura de pôr denúncia. E
meus feitos já revogaram, prescrição dita. Tenho meu
respeito firmado. Agora, sou anta empoçada, ninguém
me caça. Da vida pouco me resta — só o deo-gra�as; e o
troco. Bobeia. Na feira de São João Branco, um homem
andava falando: — “A pátria não pode nada com a
velhice...” Discordo. A pátria é dos velhos, mais. Era um
homem maluco, os dedos cheios de anéis velhos sem
valor, as pedras re�radas — ele dizia: aqueles todos anéis
davam até choque elétrico... Não. Eu estou contando
assim, porque é o meu jeito de contar. Guerras e
batalhas? Isso é como jogo de baralho, verte, reverte. Os
revoltosos depois passaram por aqui, soldados de
Prestes, vinham de Goiás, reclamavam posse de todos os
animais de sela. Sei que deram fogo, na barra do Urucuia,
em São Romão, aonde aportou um vapor do Governo,
cheio de tropas da Bahia. Muitos anos adiante, um
roceiro vai lavrar um pau, encontra balas cravadas. O que
vale, são outras coisas. A lembrança da vida da gente se
guarda em trechos diversos, cada um com seu signo e
sen�mento, uns com os outros acho que nem não
misturam. Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo
as coisas de rasa importância. De cada vivimento que eu
10@professorferretto @prof_ferretto
real �ve, de alegria forte ou pesar, cada vez daquela hoje
vejo que eu era como se fosse diferente pessoa. Sucedido
desgovernado. Assim eu acho, assim é que eu conto. [...]
Tem horas an�gas que ficaram muito mais perto da gente
do que outras, de recente data. O senhor mesmo sabe.
(Grande sertão: veredas, 2015.)
 
Para a formação do neologismo “vivimento”, o narrador
recorreu ao mesmo processo de formação de palavras
observado em
a) “desemendo”.
b) “velhice”.
c) “denúncia”.
d) “reverte”.
e) “adiante”.
GR0031 - (Mackenzie)
 
 
De acordo com os conceitos e regras propostos pelo
menino, é correto afirmar que:
a) formas nominais passam a ser usadas como formas
verbais e vice-versa; daí a sua esquisi�ce.
b) "esquisita" e "foi verbado" mostram que as formas
verbais criadas obedecem ao paradigma da primeira
conjugação, a dos verbos terminados em "-ar".
c) do nome "substan�vo" pode ser formado o verbo
"substan�var" e do nome "adje�vo", o verbo
"adje�vizar".
d) o processo de formação de palavras citado é o de
derivação parassinté�ca, que corresponde ao
acréscimo simultâneo de prefixos e sufixos aos nomes.
e) "Verbar esquisita o idioma" é uma frase com
predicado nominal, cujo núcleo é um adje�vo.
GR0637 - (Unifor)
Nunca imaginara o acontecimento daquilo, que se
inventava de repente - iô Liodoro, ele, tão verdadeiro e
gratamente enleado no real. E ela. Suspirou, por querer.
Admirava-o. Numa criatura humana, quase sempre há
tão pouca coisa. Tanto se desperdiçam, incompletos,
bulhentos, na vãidade de viver.
ROSA, Guimarães. Buri�. In: Noites do Sertão (Corpo de
Baile). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.
 
Guimarães Rosa, ao explorar as virtualidades lexicais da
língua portuguesa, revitalizando, assim, a linguagem,
u�liza vários e conhecidos recursos linguís�cos. 
Considerando o processo de formação do neologismo
“vãidade”, no texto, é correto afirmar que se trata de
a) nasalização da vogal a, em oposição de sen�do à
palavra vaidade.
b) composição por justaposição de um adje�vo mais
substan�vo.
c) composição por aglu�nação de um adje�vo mais
substan�vo.
d) composição por justaposição de substan�vo mais
substan�vo.
e) composição por aglu�nação de substan�vo mais
adje�vo.
GR0648 - (Uece)
Conheça 5 a�tudes simples para preservar o meio
ambiente
É possível mudar muito fazendo a�tudes simples em
seu co�diano.
Não é mais nenhum segredo que as mudanças
climá�cas e agressão ao meio ambiente estão entre as
ameaças mais graves à humanidade e, se nada for feito,
em poucos séculos, a Terra como conhecemos pode
deixar de exis�r. Mas [...] pouca gente parece perceber
ou compreender o que pode fazer de fato para mudar a
situação. Não é preciso muito: a�tudes simples no dia a
dia podem ajudar a minimizar os danos causados no
meio ambiente.
Economize energia
Comece trocando as lâmpadas por modelos
eficientes. [...]. Em seguida, preste atenção para não
deixar luzes acesas em cômodos que não estão sendo
u�lizados e desligue o computador durante a noite(18).
Nas tarefas domés�cas, busque ser mais eficiente, por
exemplo, esperando acumular roupas o suficientepara
encher uma máquina antes de lavá-las.
Economize papel
Evite impressões desnecessárias: ingressos (quando
há a opção de e-�cket), extratos(21) de banco, via da
compra no cartão, contas que podem ser pagas online…
11@professorferretto @prof_ferretto
[...] Ao usar papel para anotações, cer�fique-se de usá- lo
por completo antes de reciclar. E, na hora de dar
presentes, experimente reu�lizar(20) papéis an�gos ou
buscar novas formas cria�vas de embrulhá-los.
Tenha um dia vegetariano
Você não precisa parar de comer carne, mas
experimente deixar de consumir carne por somente um
dia. São necessários 9,5 mil litros de água para produzir
cada meio quilo de carne, e cada hambúrguer que vem
de animais que pastam em áreas desmatadas causou a
destruição de cinco metros quadrados de floresta.
Desligue a torneira
Só de desligar(20) a torneira ao escovar os dentes, por
exemplo, é possível economizar 18 litros de água por dia.
Experimente fazer o mesmo quando for ensaboar as
mãos ou as louças na pia na hora de lavá-las para
economizar ainda mais.
Reduza o consumo de plás�co
Você já deve ter ouvido falar da ilha de plás�co no
Pacífico. Ela é formada por 4 milhões de toneladas de
plás�co [...]. Reduzir o consumo de plás�co no dia a dia é
fundamental para reverter este cenário. Muitas cidades
brasileiras já aboliram a sacola plás�ca no supermercado
[...]. Tenha a própria garrafinha(19) para quando precisar
tomar água: cerca de 90% das garrafas de plás�co não
são recicladas e acabam em aterros. E, se for usar copos
plás�cos, [...] adote a técnica de marcar o nome com
uma caneta em vez de jogá-lo no lixo cada vez que for
tomar algo.
Adaptado de MARASCIULO, Marília. Conheça 5 a�tudes
simples para preservar o meio ambiente. Revista Galileu.
Disponível em:
h�ps://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Meio-
Ambiente/no�cia/2019/01/conheca-5-a�tudes-simples-
para-preservar-o-meio-ambiente.html. 2019. Acesso em:
20 de maio de 2019.
 
Algumas palavras da língua portuguesa são formadas a
par�r da combinação de morfemas. Sobre esse aspecto,
atente para as seguintes afirmações:
I. O sufixo inha do vocábulo garrafinha (19) indica
diminu�vo e o processo de formação dessa palavra se
chama derivação sufixal.
II. Os prefixos re e des dos vocábulos reu�lizar e desligar
(20) indicam, respec�vamente, repe�ção de uma ação e
negação, e o processo de formação dessas palavras se
chama derivação prefixal.
III. O prefixo ex do vocábulo extratos (21) significa que
algo está fora e o processo de formação dessa palavra é
denominado derivação prefixal.
a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e III.
GR0706 - (Unifenas)
‘Ninguém está imune aos efeitos psicológicos provocados
pelo isolamento social’, alerta psicanalista
Para a psicanalista, cada indivíduo é impactado de
maneira diferente com a situação em que o mundo vive,
por conta da Covid-19 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
08 de abril de 2021 - 19:43
Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium
MANAUS – O isolamento social provocado pela
pandemia do novo coronavírus tem afetado
psicologicamente até mesmo quem nunca apresentou
transtornos mentais, segundo a avaliação da terapeuta e
psicanalista Samiza Soares. De acordo com a especialista,
ninguém está imune aos sintomas caracterís�cos desses
transtornos, como irritabilidade, alterações repen�nas de
humor e fobias, por exemplo.
À REVISTA CENARIUM, a especialista destacou que o
indivíduo é impactado de maneira diferente com a
situação em que o mundo vive, por conta da Covid-19, e
tudo depende do estado emocional de cada pessoa, além
também do modo como a pandemia tem lhe (sic)
afetado.
“Por exemplo, para profissionais da linha de frente,
pessoas que perderam entes queridos ou até que se
infectaram e ficaram muito doentes, os efeitos são de um
jeito. Eu, inclusive, tenho pacientes que são da área
médica, infectologistas, enfermeiras etc. e estão na linha
de frente do combate à Covid19. Eles estão exaustos com
tristezas no coração, pois não conseguiram salvar todos
os seus pacientes e vejo o impacto que a luta diária
contra a doença causa a eles”, salientou.
(...)
Em meio ao agravamento da pandemia no país, onde
mais de 340 mil vidas foram perdidas, a terapeuta e
psicanalista Samiza Soares ressalta que o
acompanhamento de um profissional da saúde mental é
de extrema importância para auxiliar no enfrentamento
aos transtornos da mente.
Segundo ela, os pacientes com transtorno apresentam
sintomas caracterís�cos que vão desde pesadelos,
12@professorferretto @prof_ferretto
terrores noturnos, medo de sair de casa, irritabilidade,
hipersensibilidade emocional,
nervosismo e dificuldade de concentração, além de
alterações repen�nas do humor, choro e depressão.
“Nosso desafio é cuidar da saúde, do corpo e da
mente. Infelizmente, hoje não podemos nos relacionar
presencialmente como antes, o risco de nos infectarmos
é iminente, além, é claro, de ser irresponsabilidade
contrariar as medidas de segurança para conter o avanço
da doença. Sendo assim, nossa alterna�va é usar a
tecnologia a favor da ciência e apostar em alterna�vas,
como as terapias on-line”, concluiu.
(Disponível em:
h�ps://revistacenarium.com.br/ninguem-esta-imune-
aos-efeitos-psicologicos-provocados-peloisolamento-
social-na-pandemia-alerta-psicanalista/)
 
Leia o trecho: “Segundo ela, os pacientes com transtorno
apresentam sintomas caracterís�cos que vão desde
pesadelos, terrores noturnos, medo de sair de casa,
irritabilidade, hipersensibilidade emocional, nervosismo
e dificuldade de concentração, além de alterações
repen�nas do humor, choro e depressão.”
 
As palavras podem ser formadas a par�r de vários
processos. Os termos destacados são exemplos de
derivação
a) parassinté�ca e imprópria, respec�vamente.
b) sufixal e imprópria, respec�vamente.
c) sufixal e regressiva, respec�vamente.
d) sufixal e parassinté�ca, respec�vamente.
e) imprópria e regressiva, respec�vamente.
GR0724 - (Fgvsp)
Pastora de nuvens, fui posta a serviço por uma
campina tão desamparada que não principia nem
também termina, e onde nunca é noite e nunca
madrugada. (Pastores da terra, vós tendes sossego, que
olhais para o sol e encontrais direção. Sabeis quando é
tarde, sabeis quando é cedo. Eu, não.)
Cecilia Meireles.
 
Esse trecho faz parte de um poema de Cecília Meireles,
in�tulado Des�no, uma espécie de profissão de fé da
autora. A palavra desamparada é formada por:
a) derivação prefixal e sufixal.
b) derivação prefixal.
c) derivação parassinté�ca.
d) composição por aglu�nação.
e) composição por justaposição.
13@professorferretto @prof_ferretto

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