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Filosofia Antiga Aristóteles FIL0496 - (Enem) TEXTO I Olhamos o homem alheio às a�vidades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inú�l; nós, cidadão atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação. TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado). TEXTO II Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar jus�ça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados. ARISTÓTELES. Polí�ca. Brasília: UnB, 1985. Comparando os textos I e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a) a) pres�gio social. b) acúmulo de riqueza. c) par�cipação polí�ca. d) local de nascimento. e) grupo de parentesco. FIL0542 - (Uece) “Aquilo que conhecemos cien�ficamente não é sujeito a quaisquer variações. Portanto, o objeto do conhecimento cien�fico existe necessariamente. Ele é consequentemente eterno, pois todas as coisas cuja existência é absolutamente necessária são eternas. Além disso, toda ciência pode ser ensinada, e tudo que é cien�ficamente conhecido pode ser aprendido. Então, o conhecimento cien�fico pode também ser demonstrado. As coisas variáveis são objeto da fabricação e das ações pra�cadas.” ARISTÓTELES. É�ca a Nicômaco, 1139b. Trad. bras. Mário da Gama Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001. – Adaptado Essa definição da ciência (epistéme) por Aristóteles revela bem a diferença entre a concepção grega (an�ga) de ciência e a nossa (moderna). A diferença está em que, para nós, modernos, a) os objetos da ciência não são necessários, mas indeterminados. b) os objetos da ciência não são invariáveis, pois são modificáveis. c) o saber cien�fico não pode ser aprendido, pois não é ensinável. d) os conhecimentos cien�ficos não podem ser demonstrados. FIL0651 - (Uece) “[...] desde Aristóteles, o ideal da lógica tem sido encontrar as condições necessárias para que, de proposições verdadeiras, se obtenham conclusões verdadeiras. E é apenas o método dedu�vo que oferece essa possibilidade e garan�a. [...] a dedução é um modo de raciocinar, argumentar e demonstrar em que a conclusão é uma consequência lógica das premissas [...]”. COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos de filosofia. – 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 109. Sobre a dedução, é correto afirmar que parte de a) premissas singulares para uma conclusão universal. b) premissas universais para uma conclusão singular. c) uma proposição singular para se chegar a outra singular. d) uma proposição universal e chega-se a outra universal. FIL0102 - (Uece) Se na É�ca a Nicômaco Aristóteles visa encaminhar o indivíduo à felicidade, na Polí�ca ele tem por finalidade alcançar o bem comum, o bem viver. Por isso, ele 1@professorferretto @prof_ferretto compreende que a origem da polis está na necessidade natural do homem em buscar a felicidade. A comunidade natural mais incipiente é a família, na qual seus membros se unem para facilitar as a�vidades básicas de sobrevivência. E várias famílias se ligam para formar a aldeia. E as aldeias se juntam para ins�tuir a polis. Sobre isso, é correto afirmar que a) o homem não é naturalmente um animal polí�co, mas é, por natureza, um membro da família. b) a polis não é uma noção ar�ficial, mas natural, pois é o lugar do homem desenvolver as suas potencialidades em vista ao bem-viver. c) a felicidade do homem está nas condições que permitem sua sobrevivência no âmbito da família. d) a polis se cons�tui independente das famílias e das aldeias, pois é a única comunidade natural a que o homem pertence. FIL0109 - (Unisc) Aristóteles, na obra E�ca a Nicômaco, procura o fim úl�mo de todas as a�vidades humanas, uma vez que tudo o que fazemos visa alcançar um bem, ou o que nos parece ser um bem. Pergunta-se, então, pelo “sumo bem”, aquele que em si mesmo é um fim, e não um meio para o que quer que seja. Para Aristóteles, na É�ca a Nicômaco, o sumo bem está a) na honra. b) na riqueza. c) na fama. d) na vida feliz. e) na lealdade. FIL0093 - (Enem) Enquanto o pensamento de Santo Agos�nho representa o desenvolvimento de uma filosofia cristã inspirada em Platão, o pensamento de São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles – até então vista sob suspeita pela Igreja –, mostrando ser possível desenvolver uma leitura de Aristóteles compa�vel com a doutrina cristã. O aristotelismo de São Tomás abriu caminho para o estudo da obra aristotélica e para a legi�mação do interesse pelas ciências naturais, um dos principais mo�vos do interesse por Aristóteles nesse período. MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a obra aristotélica a) valorizar a inves�gação cien�fica, contrariando certos dogmas religiosos. b) declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida toda a moral religiosa. c) cri�car a Igreja Católica, ins�gando a criação de outras ins�tuições religiosas. d) evocar pensamentos de religiões orientais, minando a expansão do cris�anismo. e) contribuir para o desenvolvimento de sen�mentos an�rreligiosos, seguindo sua teoria polí�ca. FIL0690 - (Ufu) Em sua obra É�ca a Nicômaco, Aristóteles (384-322 a.C.) u�liza uma metáfora para expressar a sua concepção de como viver uma vida feliz. Diz ele que “a função de um tocador de lira é tocar a lira e a de um bom tocador de lira é tocar a lira de modo excelente”. Do mesmo modo, viver de modo excelente é viver por meio da virtude (areté, em grego). Assinale a afirmação que melhor define o conceito de virtude segundo Aristóteles. a) Disposição de caráter para agir segundo um princípio racional que visa a felicidade. b) Disposição de caráter para agir de acordo com as leis divinas. c) Disposição de caráter para escolher os extremos das paixões. d) Disposição de caráter para buscar os prazeres e fugir dos desprazeres. FIL0497 - (Enem) Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são pra�cadas com vistas ao que lhe parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este obje�vo e visa ao mais importante de todos os bens. ARISTÓTELES. Polí�ca. Brasília: UnB,1988. No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à discussão sobre a vida em comunidade, a saber: 2@professorferretto @prof_ferretto a) É�ca e polí�ca, pois conduzem à eudaimonia. b) Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora. c) Meta�sica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira. d) Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais. e) Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis. FIL0095 - (Enem PPL) Ao falar do caráter de um homem não dizemos que ele é sábio ou que possui entendimento, mas que é calmo ou temperante. No entanto, louvamos também o sábio, referindo-se ao hábito; e aos hábitos dignos de louvor chamamos virtude. ARISTÓTELES. É�ca a Nicômaco. São Paulo: Nova CuIturaI, 1973. Em Aristóteles, o conceito de virtude é�ca expressa a a) excelência de a�vidades pra�cadas em consonância com o bem comum. b) concre�zação u�litária de ações que revelam a manifestação de propósitos privados. c) concordância das ações humanas aos preceitos emanados da divindade. d) realização de ações que permitem a configuraçãoda paz interior. e) manifestação de ações esté�cas, coroadas de adorno e beleza. FIL0699 - (Enem PPL) Sem dúvida, os sons da voz (phone) exprimem a dor e o prazer; também a encontramos nos animais em geral; sua natureza lhes permite somente sen�r a dor e o prazer e manifestar-lhes entre si. Mas o lógos é feito para exprimir o justo e o injusto. Este é o caráter dis�n�vo do homem face a todos os outros animais: só ele percebe o bem e o mal, o justo e o injusto, e os outros valores; é a posse comum desses valores que faz a família e a cidade. ARISTÓTELES. A polí�ca. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (adaptado). Para o autor, a caracterís�ca que define o ser humano é o lógos, que consiste na: a) evolução espiritual da alma. b) apreensão gradual da verdade. c) segurança material do indivíduo. d) capacidade racional de discernir. e) possibilidade eventual de transcender. FIL0568 - (Uece) “Quando nós afirmamos ou negamos alguma coisa em relação a alguma outra coisa, isto é, quando julgamos ou formulamos proposições, ainda não estamos raciocinando. E, obviamente, também não raciocinamos quando formulamos uma série de juízos e relacionamos uma série de proposições desconexas entre si. Entretanto, raciocinamos quando passamos de juízo a juízo, de proposição a proposição, que tenham determinados nexos entre si e, de alguma forma, sejam umas causa de outras, umas antecedentes e outras consequentes.” REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia, vol. 1. São Paulo: Paulus, 1990, p. 214. A disciplina filosófica que estuda e estabelece as bases do raciocínio correto é a a) ontologia. b) psicologia. c) lógica. d) cosmologia. FIL0098 - (Enem) Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer jus�ficá-las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra a�tude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e ques�onar tudo o mais a fim de descobrir seu sen�do úl�mo. ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002. Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à 3@professorferretto @prof_ferretto a) adoção da experiência do senso comum como critério de verdade. b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas. c) pretensão de a experiência legi�mar por si mesma a verdade. d) defesa de que a hones�dade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade. e) compreensão de que a verdade deve ser jus�ficada racionalmente. FIL0091 - (Enem) Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento, porventura, grande influência sobre essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou faculdades cons�tui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais pres�giosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a polí�ca mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades �das em maior apreço, como a estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a polí�ca u�liza as demais ciências e, por outro lado, legisla sobre o que devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa ciência deve abranger as das outras, de modo que essa finalidade será o bem humano. ARISTÓTELES. É�ca a Nicômaco. In: Pensadores. São Paulo: Nova Gunman 1991 (adaptado). Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da polis pressupõe que a) o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses. b) o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade. c) a polí�ca é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade. d) a educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente. e) a democracia protege as a�vidades polí�cas necessárias para o bem comum. FIL0089 - (Enem) Vimos que o homem sem lei é injusto e o respeitador da lei é justo; evidentemente todos os atos legí�mos são, em certo sen�do, atos justos, porque os atos prescritos pela arte do legislador são legí�mos e cada um deles é justo. Ora, nas disposições que tomam sobre todos os assuntos, as leis têm em mira a vantagem comum, quer de todos, quer dos melhores ou daqueles que detêm o poder ou algo desse gênero; de modo que, em certo sen�do, chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a preservar, para a sociedade polí�ca, a felicidade e os elementos que a compõem. ARISTÓTELES. A polí�ca. São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado). De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve agir conforme a a) moral e a vida privada. b) virtude e os interesses públicos. c) u�lidade e os critérios pragmá�cos. d) lógica e os princípios meta�sicos. e) razão e as verdades transcendentes. FIL0096 - (Enem) A felicidade é portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes a�vidades, e entre essas a melhor, nós a iden�ficamos como felicidade. ARISTÓTELES. A Polí�ca. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a iden�fica como a) busca por bens materiais e �tulos de nobreza. b) plenitude espiritual a ascese pessoal. c) finalidade das ações e condutas humanas. d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público. FIL0099 - (Enem) Quanto à deliberação, deliberam as pessoas sobre tudo? São todas as coisas objetos de possíveis deliberações? Ou será a deliberação impossível no que tange a algumas coisas? Ninguém delibera sobre coisas eternas e imutáveis, tais como a ordem do universo; tampouco sobre coisas mutáveis, como os fenômenos dos sols�cios e o nascer do sol, pois nenhuma delas pode ser produzida por nossa ação. ARISTÓTELES. É�ca a Nicômaco. São Paulo: Edipro, 2007. (adaptado). 4@professorferretto @prof_ferretto O conceito de deliberação tratado por Aristóteles é importante para entender a dimensão da responsabilidade humana. A par�r do texto, considera-se que é possível ao homem deliberar sobre a) coisas imagináveis, já que ele não tem controle sobre os acontecimentos da natureza. b) ações humanas, ciente da influência e da determinação dos astros sobre as mesmas. c) fatos a�ngíveis pela ação humana, desde que estejam sob seu controle. d) fatos e ações mutáveis da natureza, já que ele é parte dela. e) coisas eternas, já que ele é por essência um ser religioso. FIL0108 - (Upe) Sobre o problema polí�co e social, atente ao texto a seguir: O homem verdadeiramente polí�co também goza a reputação de haver estudado a virtude acima de todas as coisas, pois que ele deseja fazer com que os seus concidadãos sejam bons e obedientes às leis. Mas a virtude que devemos estudar é, fora de qualquer dúvida, a virtude humana; porque humano era o bem e humana a felicidade que buscávamos. Aristóteles. É�ca a Nicômaco. São Paulo, 1973, p. 263. Na citação acima, Aristóteles retrata que a) a virtude humana é a busca da felicidade e não diz respeito à dimensão polí�ca que é da esfera do social. b) o verdadeiro homem prudente no âmbito polí�co busca e faz uso do equilíbrio da vida pessoal e social. c) os cidadãossão bons e obedientes às leis, isto é, declinam do valor da virtude humana. d) o homem verdadeiramente polí�co deve buscar o bem e a felicidade na esfera individual. e) a virtude humana é um projeto individual e indiferente no âmbito da convivência polí�co-social. FIL0579 - (Uel) Leia o texto a seguir. De facto, o homem livre manda no escravo, da mesma forma que o marido na mulher, e o adulto na criança. Nesses casos, as partes da alma estão presentes em todos esses seres, mas dispostas de modo diferente. O escravo não tem faculdade delibera�va; a mulher tem- na, mas não tem faculdade de decisão; a criança tem capacidade de decisão, mas ainda não desenvolvida. Deveríamos necessariamente admi�r, então, que o mesmo se passa com as virtudes morais. Todos devem par�cipar delas, embora não da mesma forma, mas na medida em que cada um cumpre a função que lhe é adequada. ARISTÓTELES. Polí�ca. Edição bilíngue. Tradução e notas de António C. Amaral e Carlos C. Gomes. Lisboa: Vega, 1998, p. 95. Com base no texto e no modo como Aristóteles concebia a par�cipação de homens livres, mulheres, crianças e escravos nas deliberações da Pólis ateniense, assinale a alterna�va correta. a) Mulheres e escravos possuem as mesmas partes da alma, sendo seres com virtudes intelectuais idên�cas, mo�vo pelo qual desempenham funções similares no âmbito domés�co. b) Todo ser humano é um ser social, ou animal polí�co, porque cada um cumpre a mesma função de par�cipação na Pólis, cabendo adicionalmente às mulheres a par�cipação nos banquetes. c) As funções dos homens livres, mulheres e escravos são determinadas pela alma, havendo igualdade em suas capacidades para cuidar da casa e da administração pública. d) As mulheres têm função de cuidadoras da casa e, embora tenham capacidade delibera�va, esta é dis�nta da dos homens, o que impede sua par�cipação polí�ca. e) As funções das mulheres são similares às dos homens livres, ainda que suas capacidades delibera�vas sejam desiguais, elas possuíam os mesmos deveres e direitos na Pólis. FIL0101 - (Uece) Chamo de princípio de demonstração às convicções comuns das quais todos partem para demonstrar: por exemplo, que todas as coisas devem ser afirmadas ou negadas e que é impossível ser e não ser ao mesmo tempo.” ARISTÓTELES. Meta�sica, 996b27-30. Em sua Meta�sica, Aristóteles apresenta um conjunto de princípios lógico-meta�sicos que ordenam a realidade e nosso conhecimento acerca dela. Dentre eles está o princípio de não contradição, o qual 5@professorferretto @prof_ferretto a) indica que afirmações contraditórias são lógica e metafisicamente aceitáveis, pois a contradição faz parte da realidade. b) estabelece que é possível que as coisas que tenham tais e tais caracterís�cas não as tenham ao mesmo tempo sob as mesmas circunstâncias. c) afirma que é impossível que as coisas que tenham tais e tais caracterís�cas não as tenham ao mesmo tempo sob as mesmas circunstâncias. d) é norma�vo, ou moral; portanto, deve ser rejeitado como an�meta�sico, ou seja, não caracteriza a realidade. FIL0647 - (Uece) Considerando o silogismo: “Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal”, é correto afirmar que a úl�ma proposição é resultado de uma a) indução que vai do singular ao universal. b) dedução que vai do singular ao universal. c) indução que vai do universal ao singular. d) dedução que vai do universal ao singular. FIL0107 - (Upe) Leia o texto a seguir sobre o Estado Democrá�co. Para Aristóteles, o mo�vo pelo qual nasce o Estado é o de tornar possível a vida e também uma vida feliz. De fato, a meta final da vida humana é a felicidade. Por isso, a razão de ser do Estado é facilitar o acesso a essa meta. MONDIN, B. O homem, quem é ele? São Paulo: Edições Paulinas, 1980, p. 157. Na citação acima, o autor faz uma reflexão filosófica sobre a dimensão do Estado, afirmando que a) o Estado é a felicidade da vida humana, e a razão tem valor secundário nessa meta. b) a meta final da vida humana é a felicidade, e o sen�do do Estado é obstar o acesso a essa meta. c) o Estado tem significância na meta da felicidade, e a vida humana é, por natureza, social. d) na esfera do Estado, a questão democrá�ca é prescindível. e) a democracia é condição secundária na razão de ser do Estado. FIL0094 - (Enem) Ambos prestam serviços corporais para atender às necessidades da vida. A natureza faz o corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. O escravo tem corpo forte, adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já o homem livre tem corpo ereto, inadequado ao trabalho braçal, porém apto à vida do cidadão. ARISTÓTELES. Polí�ca. Brasília: UnB, 1985. O trabalho braçal é considerado, na filosofia aristotélica, como a) indicador da imagem do homem no estado de natureza. b) condição necessária para a realização da virtude humana. c) a�vidade que exige força �sica e uso limitado da racionalidade. d) referencial que o homem deve seguir para viver uma vida a�va. e) mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por meio da experiência. FIL0104 - (Upe) Leia o texto a seguir sobre a Filosofia e a Consciência Moral. Na é�ca aristotélica, a sabedoria e a prudência, nossas virtudes intelec�vas, formam a diferença específica do ser humano, tornando-o uma espécie dis�nta de todas as outras. Então, no homem, a physis deu um fantás�co salto qualita�vo quando produziu o intelecto, que é teórico (sabedoria) e, ao mesmo tempo, prá�co (prudência); através dessas duas energias, o homem busca as razões profundas da existência e administra a vida quo�diana. (PEGORARO, Olinto. É�ca dos maiores mestres através da história. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 49.). Com relação a esse assunto, analise os itens a seguir: I. A prudência tem o poder de discernir e ponderar as ações do ser humano. II. O intelecto tem a potencialidade de penetrar na essência das coisas. III. A prudência dá o norte de toda a prá�ca é�ca. O papel do homem prudente é o alcance do seu bem possível diante do excesso ou da escassez. IV. A prudência ou sabedoria prá�ca induz à decisão do que seja o mal e o bem, do injusto e do justo no âmbito 6@professorferretto @prof_ferretto da vida co�diana. Estão CORRETOS a) apenas I, II e III. b) apenas II e III. c) apenas III e IV. d) apenas I e III. e) I, II, III e IV. FIL0597 - (Fer) “Toda pólis é uma forma de comunidade. [...] O homem é, por natureza, um ser vivo polí�co (zoon poli�kon). [...] Além disso, a pólis é anterior àfamília e a cada um de nós, individualmenteconsiderado; é que o todo é, necessariamente,anterior à parte. [...] É evidente que a pólis é, pornatureza, anterior ao indivíduo; como um indivíduo separado não é autossuficiente, ele permanece em relação à cidade como uma parte em relação ao todo. Quem for incapaz de ser em comunidade ou que não sente essa necessidade por causa de sua autossuficiência será um bicho ou um deus; e não faz parte de qualquer pólis”. ARISTÓTELES. Polí�ca, 1252a1; 1253a5-30 – Texto adaptado. Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a Polí�ca de Aristóteles, marque V, se for verdadeiro, e F, se for falso. (__) Para Aristóteles, a �rania, a oligarquia e a democracia são as três formas de governo más (degeneradas, corrompidas), porque favorecem os interesses de um só, dos mais ricos ou nobres ou da maioria pobre, respec�vamente. (__) Aristóteles e seu mestre Platão buscaram estabelecer, cada um a seu modo, os parâmetros de um bom e justo governo. Nenhum deles, entretanto, �nha admiração pela democracia, sobretudo em seu formato puro. (__) A Polí�ca aristotélica está in�mamente vinculada à É�ca, pois, se no âmbito individual, os homens buscam a Eudaimonia (felicidade), no âmbito cole�vo, o Estado deve buscar o bem comum, considerado pelo estagirita como Sumo Bem. (__) Para Aristóteles, a Polis é uma criação ar�ficial, já que os homens são naturalmente propensos a viverem isolados, buscando seus próprios interesses. Asequência correta, de cima para baixo, é: a) V, V, V, V. b) V, F, V, F. c) V, V, F, F. d) V, V, V, F. e) F, V, V, F. FIL0103 - (Uece) Leia atentamente a seguinte passagem: “A experiência parece um pouco semelhante à ciência (epistéme) e à arte (tékhne). Com efeito, os homens adquirem ciência e arte por meio da experiência. A experiência, como diz Polo, produz a arte, enquanto a inexperiência produz o puro acaso. A arte se produz quando, de muitas observações da experiência, forma-se um juízo geral e único passível de ser referido a todos os casos semelhantes” (Aristóteles, Meta�sica, 981a5). Com base no texto acima, considere as seguintes afirmações: I. Somente a ciência é conhecimento universal, cujos juízos gerais se aplicam a todos os casos semelhantes. II. A tékhne é uma forma de conhecimento universal, pois, com base nas experiências, se forma um juízo geral. III. Por ser semelhante à experiência, a tékhne não cons�tui um conhecimento universal. IV. A experiência é pressuposto dos conhecimentos universais (tékhné e epistéme), mas não é ainda um conhecimento universal. É correto somente o que se afirma em a) I e IV. b) II e III. c) I e III. d) II e IV. FIL0092 - (Enem) Ninguém delibera sobre coisas que não podem ser de outro modo, nem sobre as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como o conhecimento cien�fico envolve demonstração, mas não há demonstração de coisas cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser diferentemente), e como é impossível deliberar sobre coisas que são por necessidade, a sabedoria prá�ca não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de coisa. Resta, pois, a alterna�va de ser ela uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito às coisas que são boas ou más para o homem. 7@professorferretto @prof_ferretto ARISTÓTELES. É�ca a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980. Aristóteles considera a é�ca como pertencente ao campo do saber prá�co. Nesse sen�do, ela difere-se dos outros saberes porque é caracterizada como a) conduta definida pela capacidade racional de escolha. b) capacidade de escolher de acordo com padrões cien�ficos. c) conhecimento das coisas importantes para a vida do homem. d) técnica que tem como resultado a produção de boas ações. e) polí�ca estabelecida de acordo com padrões democrá�cos de deliberação. FIL0650 - (Uece) “Consideramos que o saber e o entender são mais próprios da técnica do que da experiência, e julgamos os que possuem a técnica mais sábios do que os que só possuem a experiência. E isso porque os primeiros conhecem a causa, enquanto os outros não a conhecem...” ARISTÓTELES. Meta�sica, 981a25. Tradução do italiano por Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2002. Em diálogo com a citação acima, é correto afirmar que a) a experiência não é um �po de saber, pois não conhece a causa. b) a experiência é superior à técnica, pois é conhecimento prá�co. c) a experiência é saber, pois possui o conhecimento da causa. d) a experiência é um �po de saber que não conhece a causa. FIL0106 - (Ufu) "O filósofo natural e o dialé�co darão definições diferentes para cada uma dessas afecções. Por exemplo, no caso da pergunta "O que é a raiva?", o dialé�co dirá que se trata de um desejo de vingança, ou algo deste �po; o filósofo natural dirá que se trata de um aquecimento do sangue ou de fluidos quentes do coração. Um explica segundo a matéria, o outro, segundo a forma e a definição. A definição é o "o que é" da coisa, mas, para exis�r, esta precisa da matéria." Aristóteles. Sobre a alma, I,1 403a 25-32. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2010. Considerando-se o trecho acima, extraído da obra Sobre a Alma, de Aristóteles (384-322 a.C.), assinale a alterna�va que nomeia corretamente a doutrina aristotélica em questão. a) Teoria das categorias. b) Teoria do ato-potência. c) Teoria das causas. d) Teoria do eudaimonismo. FIL0100 - (Uel) Leia o texto a seguir. [...] a arte imita a natureza [. . . ] Em geral a arte perfaz certas coisas que a natureza é incapaz de elaborar e a imita. Assim, se as coisas que são conforme a arte são em vistas de algo, evidentemente também o são as coisas conforme à natureza. ARISTÓTELES, Física I e II. 194 a20; 199 a13-18. Tradução adaptada de Lucas Angioni. Campinas: IFCH/UNICAMP, 1999. p.47; 58. Com base no texto e nos conhecimentos sobre mímesis (imitação) em Aristóteles, assinale a alterna�va correta. a) O ar�sta deve copiar a natureza, re�rando suas imperfeições ao imitá-la com base no modelo que nunca muda. b) O procedimento do ar�sta resulta em imitar a natureza de maneira realista, �pica do naturalismo grego. c) A arte, dis�nta da natureza, produz imitações desta, mas são criações sem finalidade ou u�lidade. d) A arte completa a natureza por ser a capacidade humana para criar e produzir o que a natureza não produz. e) A arte produz o prazer em vista de um fim, e a natureza gera em vista do que é ú�l. FIL0661 - (Uece) Parece ter havido para a poesia em geral duas causas naturais. Uma é que imitar é natural nos homens desde a infância e nisto diferem dos outros animais, pois o homem é o que tem mais capacidade de imitar e é pela imitação que adquire os seus primeiros conhecimentos; a outra é que todos sentem prazer nas imitações. [...] A razão disto é também que aprender não é só agradável para os filósofos, mas é-o igualmente para os outros homens, embora estes par�cipem dessa aprendizagem em menor escala. E que eles, quando veem as imagens, gostam dessa imitação, pois acontece que, vendo, aprendem e deduzem o que representa cada uma, por exemplo, ‘este é aquele assim e assim’.” 8@professorferretto @prof_ferretto ARISTÓTELES. Poé�ca, 1448b5-20. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. Com base na passagem anterior, marque a alterna�va correta sobre a teoria aristotélica da mímesis (imitação). a) A imitação é prazerosa, pois imitar é um modo de aprender. b) Somente os homens imitam, pois apenas eles são racionais. c) As imagens, feitas por imitação, agradam, mas não ensinam. d) Como aprender não agrada, os homens imitam só por prazer. FIL0598 - (Fer) A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consiste numa mediania, isto é, a mediania rela�va a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prá�ca. (Aristóteles. É�ca a Nicômaco.Trad. de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro II, p. 273.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a é�ca em Aristóteles, pode-se afirmar que a) A virtude, para Aristóteles, é a equidistância entre dois vícios, um por excesso, outro por falta. b) Uma ação justa ou virtuosa, para Aristóteles, é aquela que traz bene�cios para o maior número possível de indivíduos. c) Na É�ca a Nicômaco, Aristóteles defende os princípios de uma é�ca rela�vista, já que, ao defender o “justo meio”, acaba por defender a medida individual de cada sujeito. d) A virtude é�ca, segundo Aristóteles, pauta-se na eleição de um dos extremos como o mais adequado, isto é, ou o excesso ou a falta. e) O hábito nos torna melhores e�camente, contudo as virtudes independem da ação para o desenvolvimento moral do indivíduo. FIL0105 - (Uel) Leia o texto a seguir. Alguns julgam que a grandeza de uma cidade depende do número dos seus habitantes, quando o que importa é prestar atenção à capacidade, mais do que ao número de habitantes, visto que uma cidade tem uma obra a realizar. [...] A cidade melhor é, necessariamente, aquela em que existe uma quan�dade de população suficiente para viver bem numa comunidade polí�ca. [...] resulta evidente, pois, que o limite populacional perfeito é aquele que não excede a quan�dade necessária de indivíduos para realizar uma vida autossuficiente comum a todos. Fica, assim, determinada aquestão rela�va à grandeza da cidade. (ARISTÓTELES, Polí�ca 1326b6-25 Edição bilíngue. Tradução e notas de António C. Amaral e Carlos C. Gomes. Lisboa: Vega, 1998. p. 495- 499.) Com base no texto e considerando o papel da cidade- estado (polis) no pensamento é�co-polí�co de Aristóteles, assinale a alterna�va correta. a) As dimensões da polis determinam a qualidade de seu governo: quanto mais cidadãos, maior e melhor será a sua par�cipação polí�ca. b) A polis não é natural, por isso é importante organizá-la bem em tamanho e quan�dade de cidadãos para que a sociedade seja autossuficiente. c) O ser humano, por ser autossuficiente, pode prescindir da polis, pois o bem viver depende mais do indivíduo que da sociedade. d) A polis realiza a própria obra quando possui um número suficiente de cidadãos que possibilite o bem viver. e) O ser humano, como animal polí�co, tende a realizar- se na polis, mesmo que esta possua quan�dade excessiva de cidadãos. FIL0685 - (Ufu) Sobre as relações entre ato e potência e matéria e forma na filosofia de Aristóteles (384–322 a.C.), é INCORRETO afirmar que a) todo ente sensível, por exemplo, uma mesa ou um cavalo, é composto de matéria e de forma. b) na cons�tuição de qualquer ente sensível, a matéria é a potência e a forma é o ato. c) o que faz com que algo seja o que é, por exemplo, um ser humano ou um boi, é a sua matéria. d) somente um ser em ato pode dar origem a um ente determinado, isto é, a um animal ou a um artefato. FIL0534 - (Unesp) Não é fácil vencer uma discussão. Especialmente em um contexto inflamado, em que as opiniões se polarizam, no�cias falsas se proliferam, debatedores recorrem a ofensas e sarcasmo e festas de fim de ano criam ambientes propícios para a briga. Uma boa discussão, ao contrário do que a maior parte das pessoas pensa, não serve para a disputa – e, sim, para a construção do conhecimento. Nesse sen�do, saber sustentar uma boa argumentação é fundamental. 9@professorferretto @prof_ferretto (Beatriz Montesan� e Ta�ana Dias. “Por que ‘opinião não é argumento’, segundo este professor de lógica da Unicamp”. www.nexojornal.com.br, 28.02.2018.) O excerto explicita a relevância de uma área da filosofia que contribui para o desenvolvimento de boas discussões, qual seja, a) a lógica e a inves�gação da estrutura do pensamento humano. b) a esté�ca e a inves�gação do uso de imagens ao longo da história. c) a meta�sica e o entendimento das qualidades do ser. d) a é�ca e a compreensão dos modos de agir individual. e) a epistemologia e a verificação da natureza do conhecimento. FIL0678 - (Fuvest) Todos os homens, por natureza, tendem ao saber. Sinal disso é o amor pelas sensações. De fato, eles amam as sensações por si mesmas, independentemente de sua u�lidade e amam, acima de todas, a sensação da visão. Com efeito, não só em vista da ação, mas mesmo sem nenhuma intenção de agir, nós preferimos o ver, em certo sen�do, a todas as outras sensações. E o mo�vo está no fato de que a visão nos proporciona mais conhecimento do que todas as outras sensações e nos torna manifestas numerosas diferenças entre as coisas”. Aristóteles. Meta�sica, São Paulo: Loyola, 2002. Nessa passagem, a tese principal apresentada por Aristóteles é a de que “todos os homens, por natureza, tendem ao saber”. Com base na construção do argumento, descrever a sensação da visão tem, como função principal, a seguinte tarefa: a) Delimitar a tese, mostrando que o conhecimento se dá sobretudo nas sensações. b) Explicar a tese, mostrando qual o significado da tendência ao conhecimento. c) Refutar a tese, mostrando que o amor às sensações se sobrepõe à tendência ao saber. d) Deduzir consequências da tese, mostrando as implicações da tendência humana ao saber. e) Sustentar a tese, mostrando que o privilégio dessa sensação se deve à sua relação com o saber. FIL0090 - (Enem PPL) Dado que, dos hábitos racionais com os quais captamos a verdade, alguns são sempre verdadeiros, enquanto outros admitem o falso, como a opinião e o cálculo, enquanto o conhecimento cien�fico e a intuição são sempre verdadeiros, e dado que nenhum outro gênero de conhecimento é mais exato que o conhecimento cien�fico, exceto a intuição, e, por outro lado, os princípios são mais conhecidos que as demonstrações, e dado que todo conhecimento cien�fico cons�tui-se de maneira argumenta�va, não pode haver conhecimento cien�fico dos princípios, e dado que não pode haver nada mais verdadeiro que o conhecimento cien�fico, exceto a intuição, a intuição deve ter por objeto os princípios. ARISTÓTELES. Segundos analí�cos. In: REALE, G. História da filosofia an�ga. São Paulo: Loyola, 1994. Os princípios, base da epistemologia aristotélica, pertencem ao domínio do(a) a) opinião, pois fazem parte da formação da pessoa. b) cálculo, pois são demonstrados por argumentos. c) conhecimento cien�fico, pois admitem provas empíricas. d) intuição, pois ela é mais exata que o conhecimento cien�fico. e) prá�ca de hábitos racionais, pois com ela se capta a verdade. FIL0097 - (Enem) O termo injusto se aplica tanto às pessoas que infringem a lei quanto às pessoas ambiciosas (no sen�do de quererem mais do que aquilo a que têm direito) e iníquas, de tal forma que as cumpridoras da lei e as pessoas corretas serão justas. O justo, então, é aquilo conforme à lei e o injusto é o ilegal e iníquo. ARISTÓTELES. É�ca à Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 (adaptado). Segundo Aristóteles, pode-se reconhecer uma ação justa quando ela observa o a) compromisso com os movimentos desvinculados da legalidade. b) bene�cio para o maior número possível de indivíduos. c) interesse para a classe social do agente da ação. d) fundamento na categoria de progresso histórico. e) princípio de dar a cada um o que lhe é devido. FIL0583 - (Enem PPL) A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são cons�tuídos, e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem. Pois deve haver uma natureza qualquer, 10@professorferretto @prof_ferretto ou mais do que uma, donde as outras coisas se engendram, mas con�nuando ela a mesma. ARISTÓTELES. Meta�sica. São Paulo: Abril Cultural, 1973. O texto aristotélico, ao recorrer à cosmologia dos pré- socrá�cos, salienta a preocupação desses filósofos com a a) mutação ontológica dos entes. b) alteração esté�ca das condutas. c) transformação progressiva da ascese. d) sistema�zação crí�ca do conhecimento. e) modificação imediata da espiritualidade. FIL0110 - (Uel) Leia o texto a seguir. É pois manifesto que a ciência a adquirir é a das causas primeiras (pois dizemos que conhecemos cada coisa somente quando julgamos conhecer a sua primeira causa); ora, causa diz-se em quatro sen�dos: no primeiro, entendemos por causa a substância e a essência (o “porquê” reconduz-se pois à noção úl�ma, e o primeiro “porquê” é causa e princípio); a segunda causa é a matéria e o sujeito; a terceira é a de onde vem o início do movimento; a quarta causa, que se opõe à precedente, é o “fim para que” e o bem (porque este é, com efeito, o fim de toda a geração e movimento). Adaptado de: ARISTÓTELES. Meta�sica. Trad. De Vincenzo Cocco. São Paulo: Abril S. A. Cultural, 1984. p.16. (Coleção Os Pensadores.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a alterna�va que indica, corretamente, a ordem em que Aristóteles apresentou as causas primeiras. a) Causa final, causa eficiente, causa material e causa formal. b) Causa formal, causa material, causa final e causa eficiente. c) Causa formal, causa material, causa eficiente e causa final. d) Causa material, causa formal, causa eficiente e causa final. e) Causa material, causa formal, causa final e causa eficiente. FIL0543 - (Uece) “Como as pessoas que infringem as leis parecem injustas e as cumpridoras da lei parecemjustas, evidentemente todos os atos conforme à lei são justos no sen�do de as leis visarem ao interesse comum a todas as pessoas, de tal forma que chamamos justos os atos que tendem a produzir e preservar a felicidade para a comunidade polí�ca; e a lei determina igualmente que ajamos como homens corajosos, como homens moderados, como homens amáveis e assim por diante em relação às outras formas de virtudes, impondo a prá�ca de certos atos e proibindo outros.” ARISTÓTELES. É�ca a Nicômaco, 1129b. Trad. bras. Mario da Gama Kury. – 4 ed. Brasília: Editora da UnB, 2001 – Adaptado. Segundo a citação acima, é correto concluir que a) quaisquer leis existentes são justas e contribuem para a felicidade comum. b) as leis justas são aquelas que obrigam aos atos justos e proíbem os injustos. c) mesmo quando injustas, as leis obrigam às virtudes e proíbem os vícios. d) as leis visam aos interesses comuns, não aos atos justos dos indivíduos. FIL0774 - (Enem PPL) A definição de Aristóteles para enigma é totalmente desligada de qualquer fundo religioso: dizer coisas reais associando coisas impossíveis. Visto que, para Aristóteles, associar coisas impossíveis significa formular uma contradição, sua definição quer dizer que o enigma é uma contradição que designa algo real, em vez de não indicar nada, como é de regra. COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado). Segundo o texto, Aristóteles inovou a forma de pensar sobre o enigma, ao argumentar que a) a contradição que caracteriza o enigma é desprovida de relevância filosófica. b) os enigmas religiosos são contraditórios porque indicam algo religiosamente real. c) o enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo. d) as coisas impossíveis são enigmá�cas e devem ser explicadas em vista de sua origem religiosa. e) a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela é desligada de seu fundo religioso FIL0747 - (Enem PPL) Sem dúvida, os sons da voz (phone) exprimem a dor e o prazer; também a encontramos nos animais em geral; sua natureza lhes permite somente sen�r a dor e o prazer e manifestar-lhes entre si. Mas o lógos é feito para exprimir o justo e o injusto. Este é o caráter dis�n�vo do homem face a todos os outros animais: só ele percebe o 11@professorferretto @prof_ferretto bem e o mal, o justo e o injusto, e os outros valores; é a posse comum desses valores que faz a família e a cidade. ARISTÓTELES. A polí�ca. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (adaptado). Para o autor, a caracterís�ca que define o ser humano é o lógos, que consiste na a) evolução espiritual da alma. b) apreensão gradual da verdade. c) segurança material do indivíduo. d) capacidade racional de discernir. e) possibilidade eventual de transcender. 12@professorferretto @prof_ferretto