Prévia do material em texto
UHE Nova Avanhandava UHE Três Irmãos UHE Água Vermelha Foz do Iguaçu UHE São Simão OCEANO ATLÂNTICO PARAGUAI ARGENTINA URUGUAI MS GO MG PR SC RS RJSP MS GO MG PR SC RS RJSP IBGE. Atlas Nacional do Brasil, 2006. A distribuição de energia elétrica na região Sul é controlada pela Eletrosul, com sede em Florianópolis (SC), que estende a atuação ao estado de Mato Grosso do Sul e também a outras áreas do Brasil, devido a interligações com a rede de energia da região Sudeste. Transportes O Sul é uma das regiões mais bem servidas no setor de transportes, dispondo de condições naturais e financeiras que facilitam a implantação de uma boa malha rodoviária e ferroviária. Além disso, o fato de sua população ser bem distribuída, sem grandes vazios populacionais, permite que sua rede de transportes seja mais eficiente e lucrativa. Embora quase todas as principais cidades da região sejam servidas por linhas da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), o transporte rodoviário é o mais desenvolvido. Duas rodovias federais são as principais vias de transporte de cargas e passageiros: a rodovia BR-101, que liga Porto Alegre a Curitiba pelo litoral, passando por Florianópolis; e a rodovia BR-116, que liga Porto Alegre a Curitiba pelo interior, passando por Lages (SC). De Curitiba a São Paulo, as rodovias se fundem na Régis Bittencourt, conhecida como a rodovia da morte, devido ao elevado número de acidentes que nela ocorrem. Como nas demais regiões do Brasil, o setor de transportes ferroviários e rodoviários necessita de investimentos que permitam a manutenção das vias já existentes e a abertura de outras novas. Atrás apenas do Sudeste e de Brasília, a região Sul possui os mais movimentados e modernos aeroportos do Brasil. Possui, ainda, vários portos marítimos em atividade: o porto de Paranaguá, que é o principal terminal graneleiro do país e exporta, principalmente, café e soja; os portos de Imbituba e Laguna, em Santa Catarina, exportadores de carvão mineral; os portos de São Francisco do Sul, Itajaí e Itapoá (o primeiro porto privado do Brasil), também em Santa Catarina, exportadores de madeira; e, finalmente, os portos de Rio Grande e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, pelos quais passam mercadorias diversificadas. Turismo A região Sul apresenta índices consideráveis em relação ao turismo nacional. Dados apresentados pela Embratur mostram que Florianópolis, Foz do Iguaçu, Porto Alegre e Camboriú figuram entre as cidades mais visitadas do país. O Parque Nacional do Iguaçu, onde se localizam as Cataratas do Iguaçu, é uma unidade de conservação brasileira. Está localizado no extremo oeste do estado do Paraná e possui área total de 185 262,2 hectares. Foi criado em 10 de janeiro de 1939, pelo Decreto-lei n. 1 035, e em 1986 recebeu o título, concedido pela UNESCO, de Patrimônio Mundial. J us tin O tt o / C re at iv e C om m on s Parque Nacional do Iguaçu. Durante os dias quentes de verão, as praias catarinenses são procuradas e frequentadas por turistas do Brasil inteiro e de outros países. Florianópolis, atrás apenas das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA), é uma das capitais brasileiras mais visitadas. Com o fim da crise econômica nos países do Mercosul, parte do movimento de argentinos, uruguaios e paraguaios voltou ao proveito do turismo de verão, em localidades como Balneário Camboriú e Barra Velha. Além disso, há, na região Sul, pontos turísticos considerados patrimônios da humanidade: as Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, e as Ruínas Jesuítico- -Guaranis de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul. As serras gaúcha e catarinense atraem turistas no inverno rigoroso, que desejam aproveitar as temperaturas mais baixas e a neve, inclusive em Urubici (SC). Em Cambará do Sul (RS), localiza-se o Parque Nacional de Aparados da Serra, onde fica a cachoeira do Itaimbezinho. H al le y Pa ch ec o de O liv ei ra / C re at iv e C om m on s Cachoeira do Itaimbezinho. O charme e o requinte da colonização europeia de Curitiba fazem com que a capital paranaense atraia um número cada vez maior de visitantes interessados em conhecer o planejamento urbano, o Museu Oscar Niemeyer, entre outros. Curitiba concentra, também, a melhor e maior estrutura hoteleira do Sul. • Do mesmo modo, a presença da Floresta Amazônica para além dos limites da região Norte tornou o estado do Tocantins e parte dos estados de Goiás e Mato Grosso áreas de atuação da Sudam e da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). ITAIPU GERA DISPUTA ENTRE BRASIL E PARAGUAI 08 mar. 2019 BRASÍLIA - [...] Se o Paraguai aceitar contratar a energia que consome pelo preço considerado adequado pelo lado brasileiro, os consumidores do país vizinho terão de arcar com um reajuste médio de cerca de 40% [...] Itaipu costuma produzir um volume de energia excedente – muito mais barata [...]. Esse volume também deveria ser dividido igualmente entre Brasil e Paraguai, mas um acordo firmado [...] em 2009, hoje questionado pelo Brasil, dá ao Paraguai direito a uma proporção maior dessa energia mais barata. [...] Desde o ano passado, esse acordo, apesar de favorecer o Paraguai, teria sido extrapolado [...]. O Paraguai tem se apropriado de todo o volume excedente e também de parte da eletricidade a que o Brasil tem direito. A Eletrobrás [...] se recusou a pagar pelo que não recebeu. O Paraguai quer manter inalterado o volume contratado e suprir a indústria local com os excedentes [...]. WARTH, Anne. O Estado de S. Paulo. Disponível em: . Acesso em: 28 mar. 2019. [Fragmento] ITAIPU MANTÉM LIDERANÇA NA GERAÇÃO DE ENERGIA ACUMULADA Após mais de duas décadas de liderança mundial no ranking de geração de energia anual, a Usina Hidrelétrica de Itaipu foi ultrapassada, em 2014, pela chinesa Três Gargantas. Em produção acumulada, no entanto, nenhuma outra gerou tanta energia quanto a usina brasileiro- paraguaia, que, no ano passado, completou 30 anos de operação. Ao fim de dezembro, a Itaipu atingiu a marca de 2,2 bilhões de megawatts-hora (MWh) de produção acumulada, quase três vezes mais do que Três Gargantas, que gerou 0,8 bilhão de MWh desde 2003, quando entrou em operação. DIFICULDADES DA DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA A divisão do Brasil em regiões administrativas não obedece exatamente aos limites naturais e humanos das diferenças de paisagens, problema comum a várias formas de regionalização. Como a divisão elaborada pelo IBGE segue os limites estaduais, ela causa algumas distorções. Vejamos alguns exemplos: • O limite entre o Sul e o Sudeste não poderia ser traçado na divisa entre São Paulo e o Paraná. Se a divisão fosse rigorosa, a porção setentrional do estado do Paraná deveria pertencer à região Sudeste, pois a paisagem não se modifica na linha exata da divisa. • O mesmo ocorre com o estado de Minas Gerais. A maior parte desse estado realmente possui as características da região Sudeste. No entanto, no limite com a Bahia, a paisagem é muito diferente, apresentando as características do Sertão nordestino: clima seco, vegetação de Caatinga, migração para outras áreas, baixa densidade demográfica. Essa constatação fez a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) incluir o norte mineiro em sua área de atuação. • Devido à presença da Floresta Amazônica, a porção oeste do estado do Maranhão apresenta todas as características próprias da região Norte. Por isso essa área esteve, simultaneamente, sob influência da Sudene e da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Frente A Regionalização Brasileira: Introdução e Região Sul Módulo 20 G EO G R A FI A 5554 Bernoulli Sistema de EnsinoColeção 6V https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,itaipu-gera-disputa-entre-brasil-e-paraguai,70002747280https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,itaipu-gera-disputa-entre-brasil-e-paraguai,70002747280https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,itaipu-gera-disputa-entre-brasil-e-paraguai,70002747280