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Instrumentos de planejamento e público Bem-vindos ao Módulo 5 do nosso curso, onde nos aprofundaremos nos instrumentos essenciais de planejamento e gestão pública: a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a Lei Orçamentária Anual (LOA) e o Plano Plurianual (PPA). Esses três componentes formam a espinha dorsal do planejamento fiscal e estratégico no Brasil, sendo fundamentais para a gestão eficiente dos recursos públicos e a realização de políticas públicas eficazes. Instrumentos de planejamento e público Neste módulo, exploraremos cada um desses instrumentos detalhadamente, entendendo sua natureza, importância, e como eles se interconectam para formar um sistema integrado de planejamento. Examinaremos como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece as metas e prioridades do governo para o ano seguinte, orientando a elaboração da LOA e assegurando a congruência com o PPA. Instrumentos de planejamento e público Discutiremos a Lei Orçamentária Anual (LOA) como o instrumento que materializa as intenções do planejamento governamental, detalhando a previsão de receitas e fixação de despesas para o exercício financeiro subsequente. Instrumentos de planejamento e público Enfatizaremos a relevância do Plano Plurianual (PPA) no estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas da administração pública para um período de quatro anos, proporcionando uma visão estratégica e de longo prazo. Instrumentos de planejamento e público Por fim, o módulo também abordará a importância da transparência, participação cidadã e controle social na elaboração e execução desses instrumentos, elementos chave para uma gestão pública eficiente e responsiva às necessidades da população. Instrumentos de planejamento e público A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é um importante instrumento de planejamento financeiro na gestão pública, responsável por estabelecer as diretrizes para a elaboração do orçamento anual do governo. A LDO define as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o próximo exercício financeiro. Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO Instrumentos de planejamento e público Ela orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), assegura que o orçamento reflita as políticas e prioridades estabelecidas, e estabelece regras para a gestão fiscal, incluindo limites e condições para despesas com pessoal, dívida pública, e grandes projetos. A LDO é apresentada anualmente ao poder legislativo para aprovação, garantindo a transparência e a responsabilidade fiscal na gestão dos recursos públicos. Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO Instrumentos de planejamento e público A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Paraná é um instrumento crucial no processo de planejamento e gestão financeira do governo estadual. Ela estabelece as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária Anual (LOA) e define metas e prioridades para a administração estadual. A LDO também contempla ajustes no Plano Plurianual (PPA) e políticas de fomento, sendo fundamental para equilibrar receitas e despesas, controlar custos e avaliar resultados. Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO Instrumentos de planejamento e público Para o exercício de 2022, a LDO do Paraná foi aprovada com um total de 50 emendas propostas pelos deputados. O projeto de lei previa uma receita bruta de R$ 65,5 bilhões e uma receita líquida de R$ 48,3 bilhões. A LDO também incluiu previsões de déficits para os anos subsequentes e contemplou o total das despesas obrigatórias, incluindo despesas de pessoal e encargos sociais. Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO Instrumentos de planejamento e público Uma função fundamental da LDO é harmonizar a implementação da LOA com os objetivos de médio e longo prazo da administração pública. Isso envolve um diagnóstico dos riscos fiscais e orçamentários, a detalharão de passivos contingentes e demandas judiciais, além de fornecer esclarecimentos sobre o cumprimento das metas fiscais do exercício anterior. A natureza e os propósitos da LDO estão delineados no artigo 133 da Constituição do Estado do Paraná e na Lei Complementar Federal 101, de maio de 2000. Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO Instrumentos de planejamento e público Assim, a LDO no Paraná é uma peça chave no planejamento orçamentário do estado, garantindo que as prioridades do governo estejam alinhadas com as previsões financeiras e que os recursos sejam alocados de maneira eficaz e responsável. Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO Lei Orçamentária Anual - LOA No contexto da alocação de recursos e do planejamento estratégico na gestão pública, a Lei Orçamentária Anual (LOA) desempenha um papel crucial. Ela é o instrumento que define, em detalhes, a aplicação dos recursos públicos para um ano fiscal, alinhando-se com as estratégias e objetivos de longo prazo estabelecidos no Plano Plurianual (PPA) e com as diretrizes da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Lei Orçamentária Anual - LOA A LOA especifica quais programas e projetos receberão financiamento, garantindo que os recursos sejam alocados de acordo com as prioridades estratégicas do governo. Este processo permite que o governo execute suas políticas e cumpra suas funções de maneira eficiente, ao mesmo tempo em que fornece um mecanismo para a fiscalização e a transparência na utilização dos recursos públicos. Lei Orçamentária Anual - LOA Dessa forma, a LOA é essencial na implementação efetiva do planejamento estratégico na gestão pública, assegurando que os recursos sejam direcionados para áreas que maximizem o impacto positivo para a sociedade e contribuam para o alcance dos objetivos de longo prazo do governo. Lei Orçamentária Anual - LOA A Lei Orçamentária Anual (LOA) no Paraná funciona como um instrumento chave para o gerenciamento de recursos financeiros no âmbito estadual, seguindo diretrizes estabelecidas pelo Plano Plurianual (PPA) e pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Lei Orçamentária Anual - LOA A LOA estima as receitas para o ano subsequente, baseando-se no histórico de arrecadação e em uma previsão de crescimento ou redução das receitas de acordo com os movimentos do mercado. Ela autoriza as despesas do governo estadual, de acordo com a previsão de arrecadação. Lei Orçamentária Anual - LOA Os prazos para a LOA são os mesmos do PPA, com o encaminhamento ao legislativo até 30 de setembro e a devolução para sanção até o encerramento dos trabalhos no Poder Legislativo. Após a aprovação, os responsáveis por cada área governamental ficam cientes do valor máximo que podem gastar em cada uma das ações listadas no PPA. Lei Orçamentária Anual - LOA A LOA fixa despesas para cada ação do governo, não significando necessariamente que os valores estipulados estarão disponíveis em caixa, pois dependem da efetiva realização das receitas estimadas. Lei Orçamentária Anual - LOA A LOA abrange o orçamento fiscal, referente a todos os órgãos da administração direta e indireta; o orçamento do Regime Próprio de Previdência Social do Estado do Paraná (RPPS); e o Orçamento de Investimento das Empresas Públicas e das Sociedades de Economia Mista, entre outros detalhamentos. Lei Orçamentária Anual - LOA Ela prevê receitas, fixa despesas e indica programas e ações que serão realizados no ano, fornecendo um panorama da realidade econômica do Estado. Lei Orçamentária Anual - LOA Em suma, a LOA no Paraná é um instrumento fundamental para o planejamento financeiro do Estado, assegurando que as despesas governamentais estejam alinhadas com as metas estabelecidas no PPA e com as diretrizes da LDO. Ela fornece uma estrutura para a administração eficiente dos recursos públicos, garantindo a transparência e a responsabilidade fiscal na gestão dos fundos estaduais. Plano plurianual PPA Plano plurianual – PPA no contexto da alocação do planejamento estratégico da administração pública Plano plurianual PPA O Plano Plurianual (PPA) é um instrumentofundamental de planejamentoestratégico naadministração pública, utilizado para estabelecerdiretrizes, objetivos e metas de médio prazo paraas entidades governamentais. Vamos explorar opapel do PPA no contexto da alocação derecursos e planejamento estratégico: Plano plurianual PPA Definição: O PPA é um plano de médio prazo,geralmente abrangendo um período de quatroanos, que estabelece as prioridades do governo.Função Estratégica: O PPA serve como uma ponteentre as diretrizes de longo prazo e as ações decurto prazo, representadas pelo orçamentoanual. Conceito e Função do PPA: Plano plurianual PPA Participação e Consulta: O processo de elaboraçãodo PPA geralmente inclui ampla consulta aStakeholders, incluindo diferentes setores dogoverno, a sociedade civil e outras entidadesrelevantes. Definição de Prioridades: Identifica áreasprioritárias para ação governamental, com base emanálises de necessidades e recursos disponíveis. Elaboração do PPA: Plano plurianual PPA Vinculação com Objetivos Estratégicos: O PPAvincula a alocação de recursos aos objetivosestratégicos do governo, garantindo que ofinanciamento esteja alinhado com as prioridadesde longo prazo. Distribuição de Recursos: Define como os recursosserão distribuídos entre diferentes programas eprojetos ao longo do período do plano. Alocação de Recursos no PPA: Plano plurianual PPA Integração com Orçamentos Anuais: O PPA éimplementado por meio de orçamentos anuais,que detalham a alocação de recursos para cadaano. Monitoramento e Avaliação: Inclui mecanismospara monitorar o progresso na realização dosobjetivos e ajustar as estratégias conformenecessário. Implementação e Monitoramento: Plano plurianual PPA Comunicação com o Público: O PPA é umdocumento público, que promove transparênciana administração pública e facilita a prestação decontas. Revisões Periódicas: Permite revisões periódicaspara refletir mudanças nas prioridades ou noambiente operacional. Transparência e Prestação de Contas: Plano plurianual PPA Flexibilidade vs. Consistência: Equilibrar anecessidade de flexibilidade para responder amudanças inesperadas com a necessidade demanter consistência nas políticas e programas.Participação Efetiva: Garantir que o processo deconsulta para o PPA seja inclusivo e efetivo,refletindo uma ampla gama de interesses eperspectivas. Desafios e Considerações: Plano plurianual PPA O PPA é um instrumento essencial no planejamentoestratégico da administração pública, pois orienta aalocação de recursos de maneira que estejam emsintonia com as metas de médio e longo prazos dogoverno. Ele ajuda a garantir que os recursos sejamutilizados de forma eficiente e eficaz, ao mesmo tempoem que proporciona um quadro de referência para atomada de decisão, a prestação de contas e atransparência Desafios e Considerações: Plano Plurianual - PPA - Paraná O Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 do Estado do Paraná é uma ferramenta de planejamento de médio prazo essencial na administração pública, estabelecendo as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Estadual para o período especificado. A elaboração do PPA envolve várias etapas: Plano Plurianual - PPA - Paraná Estabelecimento de Diretrizes: Definição das linhas orientadoras do planejamento, com foco nos compromissos do Estado com o desenvolvimento econômico, social e ambiental. Plano Plurianual - PPA - Paraná Consulta Pública: Um passo importante para elaboração do PPA, permitindo a participação da população no processo de planejamento estadual. Plano Plurianual - PPA - Paraná Diagnóstico Temático Setorial: Órgãos públicos trabalham na identificação de problemas em suas áreas de atuação e na definição de objetivos para a resolução desses problemas. Plano Plurianual - PPA - Paraná Programas e Indicadores de Resultado: Desenvolvimento de programas baseados nos diagnósticos setoriais e resultados da consulta pública, associados a objetivos e indicadores de resultado. Plano Plurianual - PPA - Paraná Ações Orçamentárias e Suas Entregas: Definição de ações contínuas e novas para executar os objetivos dos programas, estabelecendo entregas e metas regionais. Plano Plurianual - PPA - Paraná Previsão de Receitas e Projeção de Orçamento: A Secretaria de Estado da Fazenda realiza a projeção do orçamento para as ações orçamentárias. Plano Plurianual - PPA - Paraná Audiências Públicas: Apresentação da proposta do PPA e coleta de sugestões para aprimoramento, envolvendo a sociedade no processo de planejamento do Estado. Plano Plurianual - PPA - Paraná Validação e Entrega do Anteprojeto de Lei: A proposta é consolidada em um projeto de lei, incluindo a previsão dos recursos financeiros, e enviada para a Assembleia Legislativa do Paraná. Plano Plurianual - PPA - Paraná O PPA do Paraná, portanto, é um instrumento crucial para alinhar a alocação de recursos com os objetivos estratégicos do Estado, promovendo o desenvolvimento regionalizado e atendendo às demandas da população. Atores envolvidos na elaboração do PPA paranaense O Plano Plurianual (PPA) é uma iniciativa de planejamento participativo que integra diversas entidades e órgãos da Administração Pública Estadual, abrangendo tanto a Administração Direta quanto a Indireta, incluindo os três Poderes e outras instituições autônomas constitucionais como o Ministério Público e a Defensoria Pública. Este processo envolve a formação de uma estrutura governamental dedicada à criação do PPA. Atores envolvidos na elaboração do PPA paranaense Vários atores governamentais contribuem em distintas fases do ciclo de planejamento do PPA, cada um desempenhando papéis únicos que contribuem para um esquema cooperativo tanto na elaboração quanto na supervisão do plano. Este esquema de formulação é composto por representantes dos órgãos estaduais de todos os poderes e órgãos autônomos, incluindo os chefes dos Núcleos de Planejamento Setorial (NPS) e a Coordenadoria de Monitoramento e Avaliação (CMA) da Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral (SEPL), o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES) e a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA). Fases e etapas da elaboração do PPA do Estado do Paraná Segundo o Guia de Elaboração, a elaboração do PPA necessita seguir uma sequência estruturada, compreendendo um ciclo com diversas fases e etapas. Esse ciclo deve ser caracterizado por uma ordem lógica, definindo claramente os objetivos, os participantes envolvidos e as referências essenciais para a formulação do plano. No caso do PPA para o período de 2024-2027, essa abordagem é adotada, verifica-se: Fases e etapas da elaboração do PPA do Estado do Paraná a) Uma fase de elaboração que exige a coordenação intergovernamental pelo Poder Executivo; b) uma fase de avaliação no poder legislativo que aprova o plano proposto e; c) uma fase pós elaboração. Fases e etapas da elaboração do PPA do Estado do Paraná E ainda, conforme o Guia Conceitual (PARANÁ, 2023) as fases do ciclo de planejamento contempla as seguintes etapas: a) implementação; b) execução; c) monitoramento; d) avaliação; e) revisão). Fases e etapas da elaboração do PPA do Estado do Paraná A fase de desenvolvimento do PPA, sob a coordenação da SEPL, é dividida em oito etapas principais, juntamente com suas respectivas atividades: 1. Estabelecimento de Diretrizes; 2. Consulta Pública; 3. Diagnóstico temático setorial; 4. Programas e seus Indicadores de resultado; 5. Ações Orçamentárias e suas Entregas; 6. Previsão de receitas e projeção de orçamento; 7. Audiência Pública; 8. Validação e entrega do Anteprojeto de Lei. Fases e etapas da elaboração do PPA do Estado do Paraná Neste processo sequencial, as três primeiras fases são dedicadas à fase inicial de concepção, onde, apesar da inter-relação, cada atividade possui características específicas que permitem ser executadas independentemente uma da outra. As etapas de quatro a sete são consideradas um processo intermediário, que culmina na estruturação efetiva do PPA e sua validaçãopor meio de audiências públicas. Fases e etapas da elaboração do PPA do Estado do Paraná A última fase é dedicada à avaliação e finalização da proposta, resultando na entrega do projeto de lei para os procedimentos legislativos correspondentes. Após a conclusão destas oito etapas, a SEPL deixa de coordenar a proposta, dando lugar à fase de avaliação pelo Poder Legislativo e os trâmites formais de aprovação, que podem incluir a adição de emendas e novas discussões públicas. Fases e etapas da elaboração do PPA do Estado do Paraná Embora a maioria das etapas ocorra de forma sequencial, algumas podem ser realizadas simultaneamente e frequentemente se influenciam mutuamente. Assim, cada etapa subsequente pode revisar e aperfeiçoar a anterior, antes da validação final da proposta apresentada como projeto de lei preliminar. O processo de construção do PPA envolve um intercâmbio constante de informações e coordenação entre os diversos órgãos e a secretaria responsável pela coordenação. Fases e etapas da elaboração do PPA do Estado do Paraná Entre as etapas três a seis, que incluem o Diagnóstico Temático Setorial, Programas e Indicadores, e Ações Orçamentárias, ocorrerão reuniões sistemáticas com os órgãos envolvidos para orientação sobre a elaboração dos diagnósticos e a estruturação dos programas. Fases e etapas da elaboração do PPA do Estado do Paraná Este Guia serve como um roteiro metodológico para cada etapa, estabelecendo as diretrizes gerais, mas não cobre todas as dinâmicas e interações rotineiras entre os participantes. As especificidades de cada fase serão detalhadas nos capítulos subsequentes, após uma breve introdução à estrutura principal do PPA. Estrutura Geral do PPA alinhada as suas Etapas de Construção Conforme o Guia de Elaboração do PPA 2024 – 2027, o PPA alinha os eixos estratégicos estabelecidos em decreto das Diretrizes, organizando Diagnóstico temático setorial para criação de Programas e seus indicadores, Ações Orçamentárias e suas entregas. Diretrizes: Alinhamento Do Nível Estratégico As diretrizes estratégicas definidas pelo Governo são fundamentais para direcionar a formulação dos programas do PPA. Elas refletem os compromissos do Estado para com a sociedade, englobando o progresso econômico, social e ecológico em todas as áreas de atuação, tanto em nível estadual quanto regional. Essas diretrizes funcionam como orientações para os trajetos que o Estado irá percorrer para alcançar suas metas e objetivos, visando o bem-estar da população do Paraná. Diretrizes: Alinhamento Do Nível Estratégico O Paraná não conta com um plano de desenvolvimento de longo prazo ou um plano estratégico geral, mas sim com planos específicos para diversos setores e políticas, que seguem diferentes diretrizes temporais e abordagens em relação ao seu objeto de atuação. Por essa razão, no PPA 2024-2027 do Estado do Paraná, as diretrizes estratégicas foram escolhidas com base em instrumentos que refletem compromissos já estabelecidos pelo Governo Estadual e estudos técnicos reconhecidos que direcionam a criação de políticas sob uma perspectiva de longo prazo. Diretrizes: Alinhamento Do Nível Estratégico Através de decreto foi detalhado os eixos e diretrizes estratégicas da Administração Pública Estadual, fundamentados no Plano de Governo registrado na Justiça Eleitoral. Esse instrumento também estabeleceu indicadores que orientam compromissos e dão suporte às propostas de políticas públicas estaduais. Estes indicadores foram selecionados a partir de estudos renomados e incluem: Diretrizes: Alinhamento Do Nível Estratégico a) Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU; b) Ranking de Competitividade dos Estados; c) Indicadores de estudos de desenvolvimento de longo prazo do IPARDES. Estes indicadores são fundamentais para o diagnóstico de cada órgão do Paraná. Diretrizes: Alinhamento Do Nível Estratégico a) Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU; b) Ranking de Competitividade dos Estados; c) Indicadores de estudos de desenvolvimento de longo prazo do IPARDES. Estes indicadores são fundamentais para o diagnóstico de cada órgão do Paraná. Diretrizes: Alinhamento Do Nível Estratégico As diretrizes estratégicas são interconectadas e refletem o compromisso ético e técnico do Paraná. Os eixos e diretrizes estratégicos da Administração Pública Estadual são a base do planejamento plurianual para 2024-2027. As diretrizes, que antecedem e orientam a elaboração do PPA, também servem de referência para a formulação dos programas, atuando como um guia para o processo. Elas são estabelecidas com base nos desafios que serão o foco do Governador, vinculando os programas do Executivo aos eixos estratégicos definidos no decreto. Diretrizes: Alinhamento Do Nível Estratégico Com uma direção clara do governo, segue-se a tarefa de identificar políticas existentes que devem continuar e problemas a serem resolvidos, utilizando diagnósticos variados. Para captar as realidades, são utilizadas diversas ferramentas, como consultas públicas, registros de demandas públicas, estudos internos dos órgãos e indicadores gerais que mostram desempenhos nas áreas de interesse. As etapas subsequentes, que incluem a consulta pública e o diagnóstico temático setorial, ocorrem de forma quase simultânea e representam a busca ativa por identificar desafios e definir os objetivos a serem atingidos em sua resolução. CONSULTA PÚBLICA A consulta pública é fundamental no processo de planejamento, oferecendo à população a oportunidade de contribuir ativamente na formulação do PPA. Durante esta etapa, os cidadãos são encorajados a compartilhar suas observações, identificando problemas específicos dentro das áreas de atuação do governo e sugerindo soluções potenciais. CONSULTA PÚBLICA O objetivo de coletar as contribuições durante a consulta pública é enriquecer os diagnósticos temáticos setoriais dos órgãos governamentais, incorporando a perspectiva dos cidadãos não especialistas. Por essa razão, parte do período de consulta ocorrerá simultaneamente à fase de diagnóstico. Esta fase é particularmente abrangente, pois marca o começo do processo de reconhecimento das demandas sociais. CONSULTA PÚBLICA Após a coleta dessas contribuições, segue-se um processo de organização e análise dos dados, verificando se as sugestões se enquadram nas áreas temáticas correspondentes e como podem ser agrupadas para apoiar a avaliação feita pelos órgãos responsáveis. A análise dos resultados será conduzida de maneira a garantir a confidencialidade dos participantes. Em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), Lei nº 13.709/2018, nenhuma informação pessoal será divulgada. CONSULTA PÚBLICA Os dados sistematizados, obtidos através da consulta pública, serão então disponibilizados aos gestores das políticas públicas. Eles servirão como material de referência para serem considerados nos diagnósticos temáticos setoriais e, sempre que viável, nas propostas dos Programas. Diagnóstico Temático- Setorial A administração pública moderna se baseia na interpretação da realidade como um instrumento essencial para a tomada de decisões. Existe uma variedade de formas para explicar e descrever o mundo real, e a incorporação eficaz dessas diversas perspectivas depende do propósito que guia a análise das informações. Além disso, é crucial que o planejamento estabeleça uma ligação entre a identificação de problemas e as propostas de soluções e melhorias nas intervenções governamentais, assegurando que esses esforços se alinhem com a gestão cotidiana das políticas públicas. Diagnóstico Temático- Setorial O diagnóstico é entendido como uma análise interpretativa da realidade, construída a partir de dados, indicadores e informações que permitam sua leitura e entendimento. Esta análise ajuda o gestor a compreender melhor as necessidades e demandas dos cidadãos, a identificar com mais clareza os problemas prioritários e suas causas, além de reconheceros recursos e potencialidades locais que delimitam as verdadeiras possibilidades para o desenvolvimento de uma intervenção. É importante reconhecer e aceitar as limitações e potencialidades dos diagnósticos, estudos, consultas e investigações da realidade - um passo inicial essencial em qualquer planejamento. Uma vez alinhadas as diretrizes, os órgãos públicos devem resumir as situações-problema sob uma temática comum, bem como suas causas e consequências. Reconhece-se também a complexidade da realidade e a vastidão das demandas por intervenção governamental, contrastando com a limitação de recursos disponíveis. Diagnóstico Temático- Setorial Neste contexto, o diagnóstico temático setorial baseia-se na elaboração de uma "árvore de problema" (conforme detalhado no Guia Conceitual: PARANÁ, 2023, páginas 31-35), para identificar as situações-problema que serão priorizadas e reconhecidas pelos gestores dos órgãos. É possível desenvolver mais de uma árvore, destacando as características únicas de cada uma. Estas servirão de base para a criação dos Programas e ajudarão a avaliar quais demandam maior atenção e prioridade. Diagnóstico Temático- Setorial Os esforços para descrever e identificar problemas devem utilizar demandas e/ou necessidades da população, planejamentos estratégicos de políticas públicas e indicadores reconhecidos por demonstrarem resultados ao longo do tempo em áreas específicas de atuação. Diagnóstico Temático- Setorial Cada diagnóstico será associado a um órgão e, se houver, a uma instituição a ele vinculada. Um órgão e sua instituição vinculada podem desenvolver mais de um diagnóstico, sendo essencial que cada um tenha um título distinto. Diagnóstico Temático- Setorial A discussão e avaliação dos temas e problemas devem ser conduzidas dentro dos órgãos governamentais e suas entidades vinculadas, contando com a participação ativa das direções-gerais, diretorias e coordenações, além dos especialistas das áreas de planejamento e orçamento. Essa interação é crucial para debater os problemas identificados e sugerir soluções de maneira eficaz. Diagnóstico Temático- Setorial Os interlocutores, com o suporte dos Núcleos de Planejamento Setorial (NPS) mencionados no capítulo 2, e estes com a ajuda dos Núcleos de Finanças Setoriais (NFS), são responsáveis por coordenar a criação das árvores de problemas para cada órgão e, em seguida, definir os objetivos. Diagnóstico Temático- Setorial A formulação do Diagnóstico Temático Setorial é um passo vital para o desenvolvimento subsequente de um Programa, tanto na identificação de problemas quanto na definição de objetivos. A distinção entre objetivos gerais e específicos é essencial para estabelecer com precisão os objetivos dos programas, o que é fundamental para a seleção de indicadores adequados que monitoram seus resultados. Diagnóstico Temático- Setorial A exposição dos problemas visa aumentar a transparência das políticas a serem implementadas pelos Órgãos, entidades vinculadas e parceiros de cooperação. Isso envolve uma análise retrospectiva para entender os erros e acertos do passado, além de uma avaliação prospectiva que permite às instituições se anteciparem a problemas emergentes ou demandas crescentes, bem como otimizar o uso de tecnologias e recursos disponíveis. Diagnóstico Temático- Setorial No entanto, é irrealista esperar que todos os problemas identificados possam ser transformados em intervenções públicas prioritárias. Portanto, é necessário um salto qualitativo da identificação dos diagnósticos para a transformação em Programas. Diagnóstico Temático- Setorial Na fase de criação dos Programas, ocorre a integração das diretrizes estratégicas com as atividades táticas e operacionais. Um Programa, conceitualmente, organiza a atuação do governo e é composto por um conjunto coordenado de Ações Orçamentárias e Entregas, visando atingir objetivos comuns. Este processo reflete como as diversas secretarias e órgãos governamentais se organizam para cumprir as promessas de valor à sociedade. Programas e seus Indicadores de Resultados Conforme mencionado antes, a estruturação dos programas é fundamentada nos diagnósticos temáticos setoriais. Este passo envolve a avaliação dos objetivos descritos nos diagnósticos e a determinação das prioridades viáveis. Os objetivos estabelecidos em cada Programa devem apontar soluções para os problemas identificados e responder às necessidades da sociedade. Programas e seus Indicadores de Resultados Os Programas são classificados conforme seu direcionamento e propósito: a) finalísticos, focados em produzir bens ou serviços diretamente para a população; b) de gestão, manutenção e serviços do Estado, que criam bens e serviços para o próprio aparato governamental; e c) obrigações especiais, que não estão diretamente ligados à entrega de benefícios para a população nem ao aprimoramento da estrutura administrativa do Estado. Programas e seus Indicadores de Resultados Os programas do PPA 2024-2027 são projetados para abordar múltiplas situações-problema, indo além do simples atendimento às necessidades da estrutura administrativa do Estado. Isso significa que uma Secretaria, mesmo possuindo vários departamentos ou coordenações, não necessariamente terá um programa dedicado a cada uma dessas subdivisões. A criação de um programa é orientada pelas situações- problema identificadas, e seus objetivos devem ser claros, alinhando-se com os diagnósticos realizados e com as diretrizes estabelecidas pelo Governo. Programas e seus Indicadores de Resultados Os Programas do PPA devem estar em harmonia, sempre que possível, com o planejamento dos órgãos e entidades estaduais e suas políticas públicas. É importante reconhecer que os Programas do PPA não são uma representação exata dos planos setoriais. No entanto, quanto mais alinhados estiverem, mais eficazmente o PPA refletirá as escolhas, preferências e decisões das entidades governamentais. Programas e seus Indicadores de Resultados Esse alinhamento pode começar se o órgão alinhar os objetivos de seus Programas com o que já foi planejado em seus próprios planos, considerando as prioridades também destacadas na análise dos problemas feita no diagnóstico. Além disso, o alinhamento se manifesta nas entregas previstas para as Ações Orçamentárias, que devem corresponder aos vários planos estabelecidos, incluindo e, em especial, as propostas do Plano de Governo. Programas e seus Indicadores de Resultados É importante enfatizar a relação direta entre os diagnósticos temáticos setoriais, que já destacam problemas e objetivos específicos para provocar mudanças, e a estruturação dos Programas. Essa conexão é crucial e deve ser cuidadosamente observada! A justificativa para a elaboração de programas e seus respectivos objetivos reside nos problemas identificados e na intenção de modificar essas situações indesejadas. Programas e seus Indicadores de Resultados Programas multissetoriais são estabelecidos em resposta a uma necessidade claramente definida pelo líder do Poder Executivo, com o intuito de implementar uma estratégia de ação abrangente para resolver um problema significativo. Estes programas devem ser verdadeiramente interdisciplinares, e não apenas uma coleção de ações isoladas de diferentes setores. Além disso, os resultados alcançados por diferentes programas podem, coletivamente, impulsionar ou induzir transformações mais extensas na sociedade. Programas e seus Indicadores de Resultados Para avaliar os resultados dos Programas, sejam eles finais ou intermediários, indicadores são estabelecidos, como será explicado mais adiante. Serão organizadas dinâmicas com os órgãos para realizar um pré-cadastro com as informações essenciais dos Programas e dos Indicadores, que serão divulgadas aos interlocutores designados. Programas e seus Indicadores de Resultados A inclusão dos detalhes dos Programas no sistema deve seguir as diretrizes do Manual de Preenchimento do SIGAME e é a última etapaa ser concluída em cada fase do processo, após a realização das dinâmicas e discussões tanto internas dos órgãos quanto externas com a CMA, assegurando que os pré-cadastros realizados pela coordenação já tenham sido feitos. Programas e seus Indicadores de Resultados Indicadores No contexto de políticas públicas, um indicador é uma representação quantitativa que reflete aspectos sociais, econômicos ou concretos de uma realidade, destinado a evidenciar ou demonstrar algo a alguém, mostrando o desempenho de processos ao longo do tempo. Em outras palavras, é uma informação mensurável que retrata e compara situações previstas e concretizadas, visando avaliar até que ponto uma ação está sendo (ou foi) eficaz e gerando (ou gerou) os resultados esperados. Indicadores Os indicadores são utilizados para monitorar condições relacionadas ao conteúdo das políticas públicas e, neste caso, aos objetivos dos Programas, uma vez que cada Programa pode ter diferentes motivações para mudança e intervenção, requerendo assim a observação de múltiplos indicadores. Indicadores Os Indicadores devem medir os resultados alcançados pelo Programa em relação às demandas ou problemas identificados e estar alinhados com os objetivos definidos para o Programa. Objetivos vagos, genéricos ou confusos dificultam a criação de indicadores apropriados. Eles podem ser estabelecidos como taxas, proporções, razões, percentuais, índices, entre outros. Indicadores Um indicador nem sempre consegue capturar a totalidade de uma intervenção pública e pode, em muitos casos, representar apenas medidas indiretas de um fenômeno. Ainda assim, é essencial que sejam tão precisos quanto possível em relação ao resultado desejado. Portanto, quanto mais complexas são as mudanças esperadas, maior é a necessidade de selecionar diversos indicadores de resultado. Indicadores A escolha de indicadores é um grande desafio, seja pela complexidade dos fenômenos envolvidos, pela limitação dos registros disponíveis, pela incerteza da disponibilidade futura de dados, pela temporalidade do que se deseja medir ou pela relutância em apresentar resultados, mesmo que parciais ou intermediários. Indicadores A determinação e escolha de indicadores é um processo que se apoia em estudos e discussões técnicas de planejamento, visando selecionar aqueles que melhor se alinham com o objetivo pretendido. Embora seja crucial considerar os critérios estabelecidos por lei, em certas situações, o indicador mais apropriado para os objetivos definidos pode não atender plenamente a todos os dez requisitos especificados. Indicadores Deve-se reconhecer tecnicamente que não existe uma correspondência total entre todas as facetas de um fenômeno e um único indicador. Assim, não é possível uma coincidência perfeita na mensuração de resultados de um Programa. Contudo, é recomendável tentar estabelecer uma conexão entre cada objetivo e um indicador apropriado, sempre que viável. Por último, a seleção de indicadores vai além de um exercício puramente matemático baseado em definições objetivas; ela exige um processo de discussão, ponderação, estudo, razoabilidade e aceitação. Previsão Da Receita E Projeção Orçamentária Essa fase do processo é sincronizada com a elaboração do orçamento, seguindo as diretrizes estabelecidas no Manual Técnico Operacional do Estado do Paraná (2023). Aqui, são ressaltados apenas pontos chave. Previsão Da Receita E Projeção Orçamentária É crucial reconhecer que essa fase ocorre simultaneamente à definição de Programas e à discussão sobre Ações Orçamentárias e seus resultados. Ela se baseia no trabalho da equipe da Secretaria de Estado da Fazenda e Receita Estadual do Paraná (REPR) e foca nos recursos financeiros alocados para as Ações Orçamentárias, visando à aquisição de bens e serviços. Previsão Da Receita E Projeção Orçamentária Isso leva à formação de um cenário de recursos necessários, incluindo cálculos que vão desde as vinculações Constitucionais e Legais até a distribuição de recursos disponíveis, abrangendo transferências e despesas regulamentares (ver PARANÁ, 2023, p. 19). A definição de recursos considera tanto a previsão de receitas quanto limites constitucionais para certos gastos sociais e categorias de despesas, como aquelas com pessoal. Previsão Da Receita E Projeção Orçamentária Após os cálculos, e considerando as vinculações constitucionais e legais, o saldo da previsão de receita é distribuído entre os órgãos e unidades da administração direta e indireta. Os recursos são definidos por tipo e origem, garantindo que as propostas consolidadas atinjam os valores da Receita Centralizada por Fonte. Previsão Da Receita E Projeção Orçamentária Após os cálculos, e considerando as vinculações constitucionais e legais, o saldo da previsão de receita é distribuído entre os órgãos e unidades da administração direta e indireta. Os recursos são definidos por tipo e origem, garantindo que as propostas consolidadas atinjam os valores da Receita Centralizada por Fonte. Previsão Da Receita E Projeção Orçamentária Para Programas e Ações Orçamentárias já existentes com entregas mantidas, os recursos propostos para o novo PPA devem estar alinhados com as execuções anteriores, permitindo ajustes conforme a viabilidade técnica e econômica. Como esta etapa ocorre paralelamente a outras, ao seu término, procede-se à revisão e consolidação dos recursos orçamentários. Ações Orçamentárias As Ações Orçamentárias representam métodos de intervenção governamental que visam concretizar os alvos dos Programas, estes baseados em diretrizes, demandas e desafios identificados durante a análise de mudanças governamentais almejadas. Ações Orçamentárias Cada Ação Orçamentária estipula modos de ação para alcançar os resultados pretendidos pelos Programas e induzir as alterações desejadas, além de preservar aspectos cruciais. Elas são quantificadas através da entrega de serviços, produtos e bens à sociedade e ao Estado, funcionando como um mecanismo para a alocação de recursos que financiam as atividades necessárias para cumprir os objetivos e resultados estipulados para cada ação. Ações Orçamentárias As ações são categorizadas, com base em suas peculiaridades, em três tipos: a) Atividade; b) Projeto; ou c) Operação Especial, como descrito no Manual Técnico Orçamentário do Paraná (2023, p. 14). Ações Orçamentárias A. PROJETOS: São instrumentos de programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, ou seja com início e fim, que resultam na expansão ou aperfeiçoamento da ação governamental Ações Orçamentárias B. ATIVIDADES São instrumentos de programação para alcançar os objetivos de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e permanente, e concorrem para a manutenção da ação governamental Ações Orçamentárias C. OPERAÇÕES ESPECIAIS - Conjunto de despesas que não contribuem para a manutenção das ações de Governo, das quais não resulta um produto e não gera contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços, representando, basicamente, o detalhamento da função “Encargos Especiais” Ações Orçamentárias As Ações Orçamentárias são baseadas nos objetivos específicos dos Programas, que são avaliados a partir das análises de problemas identificados nos diagnósticos temático-setoriais. Elas constituem estratégias focadas em alcançar os resultados desejados do Programa, melhorar seus indicadores, e fornecer entregas concretas para a sociedade ou o próprio estado, além de resolver problemas sociais. Ações Orçamentárias É crucial reconhecer que muitas dessas ações são atividades contínuas, revelando uma continuidade nas abordagens anteriores. Isso indica que o Plano Plurianual (PPA) não se compõe apenas de novas soluções para problemas, mas também inclui a manutenção e asseguração de políticas públicas já estabelecidas em planos anteriores. Ações Orçamentárias O Estado enfrenta uma ampla gama de ações, a maioriade natureza rotineira, focadas principalmente em preservar conquistas existentes ou em aspectos gerenciais. A inação não é uma opção. Portanto, o processo não se limita apenas à criação e inovação, mas também envolve revisões e melhorias. A seleção das Ações Orçamentárias deve considerar as capacidades dos órgãos envolvidos. Ações Orçamentárias As entregas de cada Ação Orçamentária devem apoiar a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). A LOA, já moldada pela abordagem qualitativa do PPA, detalha ainda mais os níveis quantitativos das despesas. Entregas As entregas, no âmbito das Ações Orçamentárias, representam os meios através dos quais bens e serviços são fornecidos ao público-alvo, seja este a sociedade ou o próprio estado. Elas estão intrinsecamente ligadas ao propósito das Ações Orçamentárias e às realizações do Estado. Entregas Anual e geograficamente quantificadas, as entregas elucidam a concretização da oferta governamental. É essencial identificar todas as entregas de cada Ação Orçamentária, que podem ser descritas com mais detalhes na Lei Orçamentária Anual (LOA). Cada Ação Orçamentária dentro dos Programas Finalísticos deve incluir, no mínimo, uma entrega. Entregas Em casos excepcionais, tais condições podem ser debatidas entre o Órgão e a CMA, como nas Ações Orçamentárias de gestão ligadas a Programas Finalísticos por necessidades estruturais, mas cujas entregas não sejam pertinentes. É aconselhável pensar em entregas para Programas não finalísticos também, especialmente aqueles que não se limitam à manutenção de contratos habituais, mas contribuem com um bem ou serviço para o próprio Estado. Entregas Contudo, definir entregas para Programas de Gestão e Manutenção não é mandatório. A integração das entregas com a LOA deve ser considerada, já que elas influenciam a formulação das leis do período do PPA. Entregas Dentro da estrutura de uma Ação Orçamentária, as entregas devem esclarecer os resultados fornecidos pelas ações do governo. Identificar todas as entregas ligadas à finalidade das Ações Orçamentárias é crucial. No novo PPA, é possível atribuir mais de uma entrega por Ação Orçamentária. Territorialização ou Regionalização A Divisão Regional é o processo de agrupar Municípios em regiões com o objetivo de aprimorar o conhecimento regional do Estado e estabelecer uma base territorial para a coleta e divulgação de dados estatísticos. Esta abordagem regional é uma exigência da Constituição Federal na elaboração dos Planos Plurianuais, assegurando que as ações governamentais alcancem todas as regiões, fomentando o desenvolvimento equilibrado. A regionalização facilita o direcionamento das políticas públicas de acordo com as prioridades e necessidades locais. Territorialização ou Regionalização No passado, o Plano Plurianual (PPA) do Paraná organizava suas ações com base nas mesorregiões geográficas do IBGE. No entanto, em 2017, o IBGE atualizou sua classificação de unidades mesorregionais e microrregionais, introduzindo as Regiões Intermediárias e Imediatas. As Regiões Geográficas Intermediárias servem como um nível de análise entre as Unidades da Federação e as Regiões Geográficas Imediatas. Territorialização ou Regionalização Essa nova divisão regional visa apoiar o planejamento e a gestão de políticas públicas nos níveis federal e estadual e oferece bases para a divulgação dos dados do IBGE para a próxima década. Territorialização ou Regionalização Diante da necessidade de se adotar uma base territorial única e oficial para orientar o planejamento estratégico dos programas governamentais e a alocação de entregas e atividades nas peças orçamentárias, o PPA 2024-2027 do Paraná adotará a regionalização Intermediária. Audiência Pública Esta fase do processo, que envolve a realização de Audiências Públicas para a apresentação da proposta do Plano Plurianual (PPA), é uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal e tem como objetivo facilitar o envolvimento da sociedade nas discussões sobre os planos da Administração Pública: Audiência Pública As Audiências Públicas são encontros abertos destinados à participação da comunidade. Este procedimento visa informar o público, esclarecer dúvidas, incentivar debates e coletar sugestões e propostas, promovendo assim transparência e participação social, culminando na aprovação ou rejeição das questões apresentadas. Para o PPA 2024-2027 do estado do Paraná, o intuito é criar um ambiente onde os cidadãos possam discutir e expressar opiniões sobre suas necessidades cotidianas e contribuir com possíveis soluções. Audiência Pública As audiências serão realizadas de forma híbrida, tanto presencial quanto virtual. Tendo já levantado, por meio de consulta pública, problemas e propostas dos cidadãos que influenciaram diagnósticos e possíveis ações governamentais, as audiências ocorrerão nas seis regiões intermediárias do Paraná, com um esboço prévio do PPA. O enfoque destas reuniões será apresentar a estrutura do PPA, enfatizando os resultados esperados para cada programa e suas entregas à sociedade, e abrir espaço para perguntas e contribuições. Audiência Pública Cada audiência será organizada por eixos temáticos conforme as diretrizes estratégicas do Governo, permitindo uma interação mais efetiva dos participantes. Informações sobre o funcionamento, calendário, locais e divulgação das audiências serão publicadas no site do PPA 2024-2027 do Estado do Paraná, próximos aos eventos. Audiência Pública Os feedbacks coletados nas audiências serão compilados e discutidos entre a Comissão Mista de Acompanhamento (CMA) e os órgãos responsáveis, visando ajustes, aprimoramentos e desenvolvimento de novas abordagens conforme as sugestões recebidas. Por fim, haverá também uma reavaliação da projeção orçamentária para as ações, levando em conta as alterações propostas. Validação e Entrega do Anteprojeto de Lei Após a finalização da proposta do Plano Plurianual, a totalidade dos procedimentos e dados gerados durante sua elaboração, conforme descritos anteriormente, constituem o documento do anteprojeto de lei. Este documento é então enviado à Casa Civil e preparado para a assinatura do Governador, que o acompanha de uma mensagem oficial e o encaminha para análise do Poder Legislativo. Este processo deve ser concluído até o dia 30 de setembro do ano corrente. Próximas fases do PPA Uma vez que a proposta de projeto de lei do Plano Plurianual é enviada pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, sua análise e eventual aprovação ocorrem seguindo os procedimentos da Assembleia Legislativa. Próximas fases do PPA Na Assembleia Legislativa, a Comissão Permanente de Orçamento tem a responsabilidade de emitir pareceres sobre projetos de lei relacionados ao plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual e créditos adicionais. Além disso, esta Comissão também apoia outras Comissões Permanentes na supervisão da execução das peças orçamentárias. Próximas fases do PPA Após a aprovação pela Assembleia Legislativa, o processo entra em uma nova fase pós- elaboração, que inclui implementação, execução, monitoramento, avaliação e revisão (conforme detalhado no Guia Conceitual, 2023, p.12-15). Este texto abordará brevemente as etapas de monitoramento e revisão do PPA, visto que cada etapa será tratada em detalhe em documentos específicos após a conclusão da elaboração do PPA. Monitoramento do PPA O acompanhamento do PPA 2024-2027 foca na observação e melhoria das políticas públicas estaduais. Monitorar consiste em uma ação que possibilita a avaliação constante do desempenho das Ações Orçamentárias, adquirindo informações sobre o progresso das atividades. A diretriz para o novo PPA 2024-2027 é que a definição de objetivos, resultados e entregas esteja alinhada de forma a refletir claramente a atuação do Estado. Monitoramento do PPA A análise do andamento do PPA é realizada por meio da verificação do desempenho físico e financeiro/orçamentário de suas entregas, assim como pelo rastreamentodos indicadores de resultados dos Programas. Essa verificação é feita quadrimestralmente, e os órgãos responsáveis devem fornecer informações atualizadas sobre a execução do PPA no sistema SIGAME. Estas informações quantitativas são complementadas por análises qualitativas. Monitoramento do PPA A Coordenação de Monitoramento e Avaliação - CMA fornecerá a metodologia, orientações e suporte técnico às secretarias e órgãos estaduais para o monitoramento do desempenho físico e financeiro/orçamentário das entregas do PPA e dos Indicadores de Resultado dos Programas, em um documento separado. Revisão do PPA O propósito da Revisão do PPA é assegurar sua atualização e relevância, realinhando-o às condições atuais e necessidades emergentes. As modificações no PPA podem ser motivadas por uma variedade de fatores, como alterações no cenário previsto inicialmente, mudanças nas prioridades governamentais, ajustes na estrutura administrativa do Estado, a busca contínua pela melhoria do planejamento ou a identificação de necessidades de ajuste durante o monitoramento do PPA, entre outros aspectos. Revisão do PPA Com base nessa lógica, a proposta de revisão do PPA será feita pelo Poder Executivo, por meio de um projeto de lei anual ou específico para modificar a Lei do Plano Plurianual, conforme as alterações que se mostrem necessárias. Os Projetos de Lei de revisão, quando requeridos, serão apresentados à Assembleia Legislativa até 30 de setembro de cada ano. Detalhes adicionais sobre o processo de revisão do PPA serão fornecidos em um documento separado.