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IMPORTANTE
Data limite para aplicação 
desta prova: 30/11/2024 
UNIP EAD 
Código da Prova: 124530956055
Curso: EDUCAÇÃO FÍSICA (BACHARELADO)
Série: 4 Tipo: Disciplina - AP
Aluno: 0537174 - JOSÉ ANDSON DA SILVA SANTOS
I - Questões objetivas – valendo 10 pontos 
Gerada em: 22/11/2024 às 15h40
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Instruções para a realização da prova:
1. Leia as questões com atenção.
2. Confira seu nome e RA e verifique se o caderno de questão e folha de respostas correspondem à sua disciplina.
3. Faça as marcações primeiro no caderno de questões e depois repasse para a folha de respostas.
4. Serão consideradas somente as marcações feitas na folha de respostas.
5. Não se esqueça de assinar a folha de respostas.
6. Utilize caneta preta para preencher a folha de respostas.
7. Preencha todo o espaço da bolha referente à alternativa escolhida, a caneta, conforme instruções: não rasure, não 
preencha X, não ultrapasse os limites para preenchimento.
8. Preste atenção para não deixar nenhuma questão sem assinalar.
9. Só assinale uma alternativa por questão.
10. Não se esqueça de responder às questões discursivas, quando houver, e de entregar a folha de respostas para o tutor 
do polo presencial, devidamente assinada.
11. Não é permitido consulta a nenhum material durante a prova, exceto quando indicado o uso do material de apoio.
12. Lembre-se de confirmar sua presença através da assinatura digital (login e senha).
Boa prova!
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Questões de múltipla escolha
Disciplina: 536630 - INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS
Questão 1: Leia os quadrinhos e o texto a seguir.
Disponível em: https://web.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144/5183862191659045. Acesso em: 8 fev. 2022.
Segundo Sarmento (2006), em linhas gerais, o discurso de ódio é uma manifestação de linguagem escrita ou oral que 
visa à incitação de discriminação, hostilidade e violência contra pessoa ou grupo de indivíduos, em virtude de sua 
orientação sexual, gênero, raça, religião, nacionalidade, condição física ou outra característica. Os comícios nazistas 
teriam sido uma incitação explícita, portanto trariam o enquadre mais típico desse discurso. Já as “piadas”, embora 
materialmente se revistam de todas as características do discurso de ódio, têm contornos irreverentes e de humor 
que dissimulam seu conteúdo e, assim, os componentes que caracterizam o ódio ficam disfarçados, acabam sendo 
transmitidos de forma velada, implícita, e passam despercebidas, embora estejam subliminarmente se prestando a 
propósitos semelhantes.
FREITAS, L. Performatividade no humor em stand up: discurso de ódio e violência simbólica. Revelli, v.8 n.1. abril/2016, p.170 (com adaptações).
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. Os quadrinhos e o texto apontam que o humor é, em alguns casos, disfarce para o discurso de ódio.
II. Segundo o texto, as piadas, mesmo que contenham discurso discriminatório, são irreverentes e não se prestam a 
propósitos de incitação do ódio.
III. O discurso de ódio caracteriza-se pela incitação à discriminação de pessoas por conta de características como 
gênero, orientação sexual, etnia, nacionalidade e condição física.
É correto o que se afirma em:
A) I, II e III.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) III, apenas.
Questão 2: Leia o trecho do sociólogo contemporâneo Zygmunt Bauman, extraído do livro Amor líquido, e o 
meme feito com sua imagem.
Nos compromissos duradouros, a líquida razão moderna enxerga a opressão; no engajamento permanente percebe a 
dependência incapacitante. Essa razão nega direito aos vínculos e liames, espaciais ou temporais. Eles não têm 
necessidade ou uso que possam ser justificados pela líquida racionalidade moderna dos consumidores. Vínculos e liames 
tornam “impuras” as relações humanas - como o fariam com qualquer ato de consumo que presuma a satisfação 
instantânea e, de modo semelhante, a instantânea obsolescência do objeto consumido. […]
A vida consumista favorece a leveza e a velocidade. E também a novidade e a variedade que elas promovem e facilitam. 
É a rotatividade, não o volume de compras, que mede o sucesso na vida do Homo consumens.
Em geral, a capacidade de utilização de um bem sobrevive à sua utilidade para o consumidor. Mas, usada 
repetidamente, a mercadoria adquirida impede a busca por variedade, e a cada uso a aparência de novidade vai se 
desvanecendo e se apagando. Pobres daqueles que, em razão da escassez de recursos, são condenados a continuar 
usando bens que não mais contêm a promessa de sensações novas e inéditas. Pobres daqueles que, pela mesma razão, 
permanecem presos a um único bem em vez de flanar entre um sortimento amplo e aparentemente inesgotável. Tais 
pessoas são os excluídos da sociedade de consumo, os consumidores falhos, os inadequados e os incompetentes, os 
fracassados - famintos definhando em meio à opulência do banquete consumista.
BAUMAN, Z. Amor líquido. p. 31.
Observação: Tinder é um aplicativo que promove relacionamentos.
Disponível em: https://www.picbear.org/tag/modernidadeliquida. Acesso em: 21 fev. 2020.
Com base na leitura, analise as asserções e a relação proposta entre elas.
I. Segundo o pensamento de Bauman, os relacionamentos atuais seguem a mesma lógica do consumo de 
mercadorias: observam-se a descartabilidade e a valorização da novidade.
PORQUE
II. O meme, ao colocar uma foto de Bauman em que ele parece espantado, ratifica as ideias do sociólogo, criticando a 
volatilidade dos relacionamentos atuais.
Assinale a alternativa correta:
A) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
B) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
C) A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa.
D) A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira.
E) As duas asserções são falsas.
Questão 3: Observe o gráfico, divulgado em setembro de 2021 após levantamento realizado pela Organização para 
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada por 38 países.
Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/noticia/professores-brasileiros-tem-um-dos-piores-salarios-do-mundo-diz-estudo/. Acesso 
em: 6 jan. 2023.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I. No Brasil, os professores ganham salários mensais de cerca de 25 mil dólares.
II. A média dos salários anuais dos professores nos Países Baixos é aproximadamente o triplo da observada no Brasil.
III. Na Nova Zelândia, na França e na Suécia, a média dos salários anuais dos professores é bem próxima da média da 
OCDE.
É correto o que se afirma em:
A) I, II e III.
B) I e II, apenas.
C) II e III, apenas.
D) I e III, apenas.
E) III, apenas.
Questão 4: Com base no texto a seguir, analise as afirmativas.
O vírus letal da xenofobia
Eliane Brum
Uma epidemia, como Albert Camus sabia tão bem, revela toda a doença de uma sociedade. A doença que esteve sempre 
lá, respirando nas sombras (ou nem tão nas sombras assim), manifesta sua face horrenda. Foi assim no Brasil na 
semana passada. Era uma suspeita de ebola, fato suficiente, pela letalidade do vírus, para exigir o máximo de seriedade 
das autoridades de saúde, como aconteceu. Descobrimos, porém, a deformação causada por um vírus que nos consome 
há muito mais tempo, o da xenofobia. E, como o outro, o “estrangeiro”, a “ameaça”, era africano da Guiné, exacerbada 
por uma herança escravocrata jamais superada.
O racismo no Brasil não é passado, mas vida cotidiana conjugada no presente. A peste não está fora, mas dentro de nós.
Foi ela, a peste dentro de nós, que levou à violação dos direitos mais básicos do homem sobre o qual pesava uma 
suspeita de ebola. Contrariando a lei e a ética, seu nome foi exposto. Seu rosto foi exposto. O documento em que pedia 
refúgio foi exposto. Ele não foi tratado como um homem, mas como orato que traz a peste para essa Oran chamada 
Brasil. Deste crime, parte da imprensa, se tiver vergonha, se envergonhará.
Ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou positivo, devemos 
desculpas.
Não sei se há desamparo maior do que alcançar a fronteira de um país distante, nessa solidão abissal. E pedir refúgio, 
essa palavra-conceito tão nobre, ao mesmo tempo tão delicada. E então se sentir mal, e cada um há de saber como a 
fragilidade da carne nos escava. Corrói mesmo aqueles que têm o melhor plano de saúde num país desigual. Ele, 
desabitado da língua, era desterrado também do corpo. Para alcançar o que viveu o homem desconhecido, porque o que 
se revelou dele não é ele, mas nós, é preciso vê-lo como um homem, não como um rato que carrega um vírus. Para 
alcançá-lo, é preciso vestir o homem. Mas só um humano pode vestir um humano.
E logo ouviu-se o clamor. “Não é hora de fechar as fronteiras?”, cobrou-se das autoridades. Que os ratos fiquem do lado 
de fora, onde sempre estiveram. Que os ratos apodreçam e morram. Para os ratos não há solidariedade nem compaixão. 
Parece que nada se aprendeu com a aids, com aquele momento de vergonha eterna em que os gays foram escolhidos 
como culpados, o preconceito mascarado como necessária medida sanitária.
E quem são os ratos, segundo parte dos brasileiros?
Há sempre muitos, demais, nas redes sociais, dispostos a despejar suas vísceras em praça pública. No Facebook, desde 
que a suspeita foi divulgada, comprovou-se que uma das palavras mais associadas ao ebola era “preto”. “Ebola é coisa 
de preto”, desmascarou-se um no Twitter. “Alguém me diz por que esses pretos da África têm que vir para o Brasil com 
essa desgraça de bactéria (sic) de ebola”, vomitou outro. “Graças ao ebola, agora eu taco fogo em qualquer preto que 
passa aqui na frente”, defecou um terceiro. Acreditam falar, nem percebem que guincham.
“Descrever uma epidemia é uma forma magistral de revelar as diversas formas de totalitarismo que maculam uma 
sociedade. Neste quesito, os brasileiros não economizaram. A divulgação, por meios de comunicação que atingem 
dezenas de milhões de pessoas, da foto de um homem negro, vindo da África, como suspeito de ebola, foi a apoteose do 
fantasma do estrangeiro como portador da doença”, afirmou a esta coluna Deisy Ventura, professora de direito 
internacional da Universidade de São Paulo, pesquisadora das relações entre direito e saúde, autora do livro Direito e 
saúde global - o caso da pandemia de gripe A (H1N1). “Veja que este fantasma é mobilizado em relação aos pobres, 
sobretudo negros, nunca em relação aos estrangeiros ricos e brancos. O escravagismo, terrível doença da sociedade 
brasileira, associa-se ao desejo conjuntural de dizer: este governo não deveria ter deixado essas pessoas entrarem. É uma 
espécie de lamento: tanto se esforçaram as elites para branquear este país, e agora querem preteá-lo?”.
A África desponta, de novo e sempre, como o grande outro. Todo um continente povoado por nuances e diversidades 
reduzido à homogeneidade da ignorância - a um fora.
Como disse um imigrante de Burkina Faso à repórter Fabiana Cambricoli, do jornal O Estado de S. Paulo: “Os brasileiros 
não sabem que Burkina Faso é longe dos países que têm ebola. Acham que é tudo a mesma coisa porque somos 
negros”.
Ele e dezenas de imigrantes de diversos países da África estão sendo hostilizados e expulsos de lugares públicos na 
cidade de Cascavel, no Paraná, onde o primeiro caso suspeito foi identificado. Tornaram-se “os caras com ebola”, 
apontados na rua “como os negros que trouxeram o vírus para o Brasil”.
O ebola não parece ser um problema quando está na África, contido entre fronteiras. Lá é destino. O ebola só é 
problema, como escreveu o pesquisador francês Bruno Canard, porque o vírus saiu do lugar em que o Ocidente gostaria 
que ele ficasse.
“A militarização da resposta ao ebola, que com a anuência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em setembro 
último, passou da Organização Mundial da Saúde a uma Missão da ONU, revela que a grande preocupação da 
comunidade internacional não é a erradicação da doença, mas a sua contenção geográfica”, reforça Deisy Ventura.
Para o homem que alcançou o Brasil em busca de refúgio e teve sua dignidade violada na exposição de seu nome, rosto 
e documentos, ainda existe a espera de um segundo teste para o vírus do ebola. Não importa se der negativo ou 
positivo, devemos desculpas. Devemos reparação, ainda que saibamos que a reparação total é uma impossibilidade, e 
que essa marca pública já o assinala. Não é uma oportunidade para ele, é para nós.
É preciso reconhecer o rato que respira em nós para termos alguma chance de nos tornarmos mais parecidos com um 
humano.
Disponível em: . Acesso em: 13 out. 2014.
I. Metaforicamente, a xenofobia é uma peste que se espalha na sociedade, alimentada por postagens em redes 
sociais.
II. A xenofobia manifesta-se, no Brasil, contra o estrangeiro em geral, pois somos um povo ainda culturalmente 
atrasado.
III. O ódio e o preconceito são geralmente dirigidos a grupos socialmente excluídos ou desprivilegiados. 
De acordo com o texto, é correto o que se afirma em:
A) I, II e III.
B) I, apenas.
C) II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) III, apenas.
Questão 5: Leia a charge e trechos de um ensaio, escrito pelo professor Eduardo Marks, publicado pela 
filósofa Marcia Tiburi.
Disponível em: . Acesso em: 5 fev. 2018.
Obs.: No primeiro quadrinho, vê-se uma caricatura do filósofo René Descartes (1596-1650) e a frase conhecida como 
a máxima do seu pensamento.
No campo das pós-verdades; ou quando o verde também é azul
Eduardo Marks de Marques
Highlight
Até meados de novembro de 2016, se alguém me falasse em “pós-verdade”, talvez a minha referência mental imediata 
fosse ao trabalho realizado pelo Ministério da Verdade na Inglaterra, (já nem tão) distópica criada por George Orwell em 
seu romance 1984. O referido ministério era responsável por promover ações de propaganda para a manutenção do 
partido no poder e, talvez mais sintomaticamente para os tempos em que vivemos, rever e reescrever a história para que 
ela sempre esteja alinhada aos interesses presentes do poder. Para mim, “pós-verdade” era isso: transformar o passado a 
partir dos alinhamentos ideológicos do presente. No entanto, com a nomeação do termo como a palavra do ano pelos 
lexicógrafos do Oxford Dictionaries, me vi obrigado a rever uma série de posições.
Conforme a definição, “pós-verdade” relaciona-se ou denota circunstâncias nas quais os fatos objetivos são menos 
importantes em moldar a opinião pública do que apelos emocionais e crenças individuais. Ao ler tal definição, fiquei 
duplamente surpreso; primeiramente, porque ela consegue, in a nutshell, resumir bem os últimos anos, ao menos no 
Ocidente. Quem frequenta as redes sociais como eu não consegue mais ignorar não só a polarização maniqueísta pela 
qual a sociedade está passando, mas também (e, quiçá, como sua causa e consequência ao mesmo tempo) essa 
tentativa voraz de transformar vivências e opiniões pessoais em experiência universal e senso comum. A pós-verdade 
surge para dar nome a essa prática humana assustadora não para entendê-la e eventualmente domesticá-la, mas, sim, 
para validá-la. A pós-verdade é meta-pós-verdade em sua essência.
Estamos perdendo a habilidade de refletir criticamente sobre a realidade que nos circunda, e essa tentativa constante de 
transformar ontologia em epistemologia de forma direta é sua consequência mais maligna, especialmente porque ela 
vem acompanhada de um complexo de deus […].
Na língua japonesa, o kanji pode referir-se ao mesmo tempo às cores azul e verde. O contexto faz com que saibamos 
a qual delas o ideograma aponta em determinado momento. A aceitação da polissemia faz com que haja harmonia em 
seuuso. Será que conseguiremos chegar a um estágio em que superemos as pós-verdades e consigamos voltar a 
conviver com dúvidas?
Disponível em: . Acesso em: 8 fev. 2018 
(com adaptações).
I. A charge valoriza a evolução do pensamento humano e a superação das ideias cartesianas, promovida pelo acesso 
à informação que temos atualmente.
II. A charge e o texto indicam que a pós-verdade é marcada pela supressão da razão, da reflexão, que é substituída 
pela mera crença.
III. De acordo com o texto, na era da pós-verdade, opiniões e crenças pessoais tendem a ser divulgadas como 
verdades universais e alimentam o senso comum, que é desprovido de reflexão crítica.
IV. O autor espera que a pós-verdade seja superada e, assim, as pessoas reaprendam, por meio da razão, a separar o 
azul do verde, eliminando dúvidas e divergências. 
Está correto o que se afirma somente em:
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) III e IV.
E) II e IV.
Questão 6: Leia o texto a seguir.
A descartabilidade das mercadorias e pessoas: consumo, obsolescência e relacionamentos humanos
Rita Alves
Recentemente, circulou pelas redes sociais digitais uma pequena história na qual um casal de idosos, juntos há décadas, 
é interrogado sobre o segredo de se manter um relacionamento tão longo; respondem que na época em que se casaram 
não se costumava jogar fora um aparelho quebrado, mas se buscava consertá-lo e, assim, seguia-se a vida por muitos 
anos com os mesmos equipamentos. O casal estava dizendo, em outras palavras, que a longevidade de seu 
relacionamento se baseava na capacidade de “consertar” as fissuras da relação em vez de descartá-la quando os 
problemas aparecem.
Os relacionamentos, assim como as mercadorias, passam por um período de intensa descartabilidade. O cientista social 
polonês Zygmunt Bauman já apontou a íntima relação entre as práticas de consumo contemporâneas e a fragilidade 
dos laços humanos na atualidade.
O consumo é pautado pela obsolescência planejada e pelo desejo intenso por novidades, mudanças e, principalmente, 
novos desejos. Para ele, a satisfação dos desejos é angustiante na medida em que nos obriga a eleger um novo objeto de 
desejo; aponta que atualmente “o desejo não deseja a satisfação; o desejo deseja o desejo”. Daí a sensação constante de 
angústia e a incessante busca por novos desejos e realizações. O mesmo acontece com os relacionamentos atuais. As 
relações amorosas, as amizades, os contratos de trabalho e até mesmo os laços familiares são afetados por essa lógica 
da descartabilidade e da efemeridade do consumo, ou melhor, do consumismo.
Segundo o antropólogo David Harvey, trata-se da lógica do capitalismo implementada após a Segunda Guerra Mundial, 
que trouxe a alteração das nossas noções de tempo e espaço a partir da aceleração do tempo de giro das mercadorias. 
Os bens materiais passaram a ser produzidos, distribuídos, consumidos e descartados com maior velocidade. Com essa 
compressão do tempo, passamos a valorizar a velocidade e a aceleração, que se transformaram em valores 
inquestionáveis, como se o veloz fosse, necessariamente, o bom e o desejável.
A partir daí, nosso cotidiano passou a ser pautado pela efemeridade, pela volatilidade, pela instantaneidade, pela 
simultaneidade e, no limite, pela descartabilidade. Para Bauman, neste mundo líquido, flexível e mutável em que 
vivemos, a única coisa sólida e perene que nos sobra é o lixo, que se amplia, acumula e permanece como um dos 
maiores problemas do planeta.
O desejo de mudança já está interiorizado e presente nas nossas ações. Desejamos mudar os cabelos, a cor das paredes 
das nossas casas, nossos corpos, automóveis. “Mude a sua sala de estar mudando apenas a mesinha de centro”, dizia o 
anúncio de uma revista de decoração.
“Mude, seja outra pessoa”, sugere a cultura contemporânea. Os reality shows de intervenção trocam todo o guarda-
roupa dos participantes e jogam no lixo toda sua história, todas as suas lembranças e memórias impregnadas nas 
roupas; trocam todos os móveis da casa por outros novos e alinhados com as tendências contemporâneas, mas que, 
sabe-se, não durarão mais que cinco ou seis anos em boas condições, posto que são feitos apenas para atender à moda 
do momento. Essas práticas de consumo envolvem não só a qualidade das mercadorias adquiridas, mas também a 
quantidade, nunca tivemos tantos objetos.
É esse o cenário que envolve também os relacionamentos humanos, dos matrimônios às amizades, da sexualidade aos 
circuitos familiares. As relações amorosas, por exemplo, entram na mesma lógica quantitativa e efêmera que 
desenvolvemos com os objetos, especialmente entre os jovens, que não escondem a valorização dos “ficantes” nas suas 
baladas noturnas; numa mesma noite “fica-se” com vários parceiros efêmeros e passageiros, às vezes nem mesmo 
perguntam-se os nomes e já partem para outra conquista rápida; ao final da noite, uma contabilidade geral indica o 
status de cada um. Mesmo quando a relação é duradoura, o tempo entre o namoro, o casamento e a separação pode ser 
de alguns anos, às vezes meses. A angústia do compromisso duradouro está na base dessa volatilidade amorosa; “será 
que estou perdendo algo melhor?”; o medo da descartabilidade aflige as duas partes: ou seremos descartados ou 
descartaremos nosso par. Entre as amizades juvenis, acontece quase o mesmo; troca-se de turma, incorporam-se novos 
amigos; as redes sociais digitais registram a intensidade do relacionamento, “adorei te conhecer!”, e, depois de alguns 
dias de exposição das afinidades e afetos, deixa-se que a nova amizade esfrie até que seja substituída por outra mais 
nova ainda. No âmbito de trabalho, antigamente dedicava-se à mesma empresa por 30 ou 40 anos; hoje em dia, dizem 
os especialistas em gestão de carreiras que não se deve permanecer num mesmo emprego por mais de cinco anos, que 
isso pode parecer acomodação e falta de ousadia profissional. Busca-se descartar o emprego antes de ser descartado 
pelo patrão.
De certa forma, as redes sociais digitais vieram contribuir para essa situação, provocando o aumento dos 
relacionamentos superficiais e passageiros, as conversas fragmentadas e teatralizadas, o excesso de “amigos” e convites 
para eventos aos quais não conseguimos dar muita atenção.
As vozes pessimistas consideram que as tecnologias digitais estão contribuindo para o isolamento, a separação e a 
superficialidade das relações humanas. Isso pode ser verdadeiro em muitas situações, mas existem outros lados dessa 
questão. As redes on-line também resgatam antigas amizades e recuperam, mesmo que pontualmente, relações 
deixadas no passado; recuperam-se fotografias antigas, marcam-se encontros de turmas do colégio, apresentam-se os 
filhos e maridos ou esposas. Com a recente entrada dos idosos nas redes sociais, temos presenciado interessantes 
alterações nas dinâmicas familiares, com a criação de novos canais de comunicação entre avós e netos, por exemplo, ou 
ainda entre parentes há muito separados pela distância ou dificuldades de locomoção; as separações geográficas e 
geracionais no âmbito familiar estão sendo reconfiguradas de forma interessante e contribuindo positivamente para o 
resgate da socialização dos idosos.
Apesar do quadro desalentador que envolve o consumo exacerbado e os relacionamentos humanos, temos observado 
práticas alternativas que vão na contramão dessa situação. Espalha-se pelo mundo o movimento slow, que questiona a 
velocidade e a descartabilidade das mercadorias e relações, propondo um retorno às práticas desaceleradas de tempos 
atrás. A vertente mais conhecida desse movimento é o slow food, que propõe que voltemos a preparar a comida 
lentamente, que conversemos com o açougueiro, o padeiro e o verdureiro; que convivamos com nossos amigos na beira 
do fogão enquanto preparamos a comida lentamente. Na contramão do fast food, o slow food busca resgatar os rituais 
de alimentação que sempre estruturaramas relações familiares e de amizades. Vemos ainda a emergência de grupos 
que questionam o consumo excessivo e inconsequente, propondo o consumo consciente no qual se buscam informações 
sobre as práticas sociais das empresas produtoras, questionam-se as embalagens, aponta-se a possibilidade de reutilizar 
e reciclar embalagens e objetos.
Existe ainda o recente consumo colaborativo, no qual os sujeitos partilham equipamentos como máquinas de cortar 
grama, furadeiras elétricas e até automóveis, considerando que individualmente estão subutilizados e que com os usos 
partilhados e coletivos pode-se otimizar os recursos. Do ponto de vista das relações humanas, temos observado nas 
grandes cidades o surgimento de grupos que propõem o resgate das relações de vizinhança, a ocupação e revitalização 
das praças públicas, a produção de hortas urbanas comunitárias, piqueniques coletivos e o resgate da convivência 
comunitária nos bairros. Na base desses movimentos está uma consciência ecológica renovada, que vai além dos 
discursos de preservação da natureza e que se volta à transformação dos cotidianos e das relações interpessoais. Para 
além da descartabilidade das mercadorias e pessoas, continuamos com a certeza de que a base da humanidade não 
está no avanço da tecnologia ou no acúmulo de riquezas, mas na força dos relacionamentos humanos; foram eles que 
ergueram o edifício da sociedade e da cultura e, seguramente, não serão descartados com tanta facilidade.
Disponível em: . Acesso em: 15 dez. 2015.
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.
I. O foco do texto é valorizar o mundo atual, em que os produtos são efêmeros e o consumo é possível, pois há 
liberdade de mercado.
II. Segundo o texto, apesar do consumismo desenfreado da sociedade atual, surgiram movimentos contrários a essa 
tendência, que propõem a desaceleração das atividades cotidianas e questionam a descartabilidade de objetos e 
relacionamentos.
III. Para o sociólogo Bauman, vivemos na época das relações líquidas e qualquer mudança é negativa.
IV. A autora posiciona-se contra o fim dos matrimônios, que deveriam ser indissolúveis como antigamente.
A) Apenas as afirmativas I e II são corretas.
B) Apenas a afirmativa II é correta.
C) Apenas as afirmativas II e III são corretas.
D) Apenas as afirmativas I, II e IV são corretas.
E) Nenhuma afirmativa é correta.
Questão 7: Leia a charge.
Disponível em: https://www.reddit.com/r/brasil/comments/mk5z37/brasil_2021/. Acesso em: 2 ago.2021.
O objetivo do texto é:
A) Criticar a linguagem científica, que é indecifrável para a população em geral.
B) Mostrar as vantagens do aprendizado por meio das novas tecnologias.
C) Criticar o discurso negacionista, que se opõe à ciência.
D) Enaltecer a agilidade da pesquisa nas redes sociais.
E) Valorizar a pluralidade de pontos de vista na ciência.
Questão 8: Assunto/tema. Sociedade: trabalho escravo.
Leia o trecho do texto de Natalia Suzuki e Thiago Casteli e observe a figura a seguir.
Trabalho escravo ainda é uma realidade no Brasil
O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi assumida pelo 
governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, o que fez com que se tornasse 
uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea em seu território. Daquele 
ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas às de escravidão em atividades 
econômicas nas zonas rural e urbana.
Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação trabalhista, tampouco 
se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação de direitos humanos não prende 
mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que acometem a dignidade e a liberdade do 
trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de exploração.
Quem é o trabalhador escravo? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores condições de 
vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas promessas de aliciadores ou migram 
forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta de opção econômica, guerras e até perseguições 
políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas 
também podem ser migrantes internacionais de países latino-americanos - como Bolívia, Paraguai e Peru -, africanos, 
além do Haiti e do Oriente Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros 
urbanos à procura de oportunidades de trabalho.
O trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção de carvão e os 
cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é verificada em centros urbanos, 
principalmente na construção civil e na confecção têxtil.
No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades para as quais esse 
tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam principalmente homens e jovens. Os 
dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% 
são analfabetos ou não concluíram o quinto ano do Ensino Fundamental.
Disponível em: http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/. Acesso em: 21 fev. 
2020. Adaptado.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=i5rdHZvekXY. Acesso em: 21 fev. 2020. Adaptado.
Com base na leitura, analise as afirmativas.
I. A figura visa denunciar, por meio dos produtos selecionados, os setores da indústria que mais se valem do trabalho 
escravo.
II. Em 2016, segundo o texto, havia 50 mil trabalhadores no Brasil em condições de escravidão.
III. O texto sugere uma relação entre a falta de instrução e a sujeição a condições que caracterizam o trabalho 
escravo.
É correto o que se afirma somente em:
A) I e II.
B) II e III.
C) I e III.
D) II.
E) III.
Questão 9: Observe a ilustração.
Observação: a imagem ilustra “um mar de aparelhos celulares”.
Disponível em: https://www.facebook.com/notaterapia/photos/a.1395172920517894/1896365387065309/?type=3&theater. Acesso em: 21 fev. 
2020.
O objetivo da ilustração é:
A) Valorizar a internet como um mar de informações.
B) Apontar o livro como um lugar seguro de conhecimento.
C) Criticar as mídias tradicionais, como o livro impresso.
D) Estimular a solidariedade, especialmente entre os jovens.
E) Incentivar o intercâmbio de conhecimentos.
Questão 10: Leia a charge a seguir.
Disponível em: http://inclusaodigital82013.blogspot.com.br/2013/. Acesso em: 21 fev. 2020.
Com base na leitura, assinale a alternativa correta:
A) A charge mostra como o acesso às novas tecnologias é importante e muda as condições de vida dos cidadãos.
B) A charge tem por objetivo criticar a inclusão digital, pois algumas pessoas não têm preparo suficiente para usar as 
novas tecnologias.
C) A charge propõe a reflexão sobre a prioridade das necessidades na definição das políticas públicas.
D) A charge visa a enaltecer as políticas governamentais de inclusão digital, pois elas atingem até comunidades do 
sertão.
E) A charge denuncia o consumismo, que faz as famílias pobres adquirirem bens desnecessários.

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