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Conhecimento Morfofuncionais de Cabeça e Pescoço 
4° Período de Odontologia 
 
Alunos: Oséias Pontes, Ellen Pitaluga, Jane Pacheco, Milena Pacheco, Bruno 
Teodoro 
 
 
 
 
 
 
Fendas Orais e Palatinas 
Do Diagnóstico à Reabilitação 
Completa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNA – Catalão 
2024 
1. Introdução às Fendas Orais e Palatinas 
• Definição e Tipos: 
A fenda labial (ou lábio leporino) é uma alteração congênita que acontece quando 
os tecidos que deveriam formar o lábio superior não se juntam de forma correta 
durante o desenvolvimento do feto. Isso pode criar uma abertura ou separação no 
lábio, que pode ser de um lado só (unilateral) ou dos dois lados (bilateral). 
 
 Tipos de fenda labial: 
 
1. Fenda labial unilateral: 
 - Aparece em apenas um dos lados do lábio superior. 
 - Pode ser: 
 -Completa: Quando a fenda vai do lábio até o nariz, separando completamente 
as estruturas. 
 - Incompleta: Quando a fenda fica apenas no lábio e não chega até o nariz. 
 - Este tipo de fenda é o mais comum. 
 
2. Fenda labial bilateral: 
 - Acontece em ambos os lados do lábio superior. 
 - Pode ser: 
 - Completa: Quando as duas aberturas se estendem até o nariz em ambos os 
lados. 
 - Incompleta: Quando as fendas ficam limitadas ao lábio, sem alcançar o nariz. 
 - Em muitos casos, a fenda labial bilateral vem acompanhada de uma fissura no 
céu da boca (palato), já que essas condições frequentemente ocorrem juntas. 
 
A fenda labial, assim como a fissura palatina, é uma das malformações 
congênitas mais comuns no mundo, afetando o desenvolvimento do lábio e/ou 
palato. Aqui está um resumo sobre a epidemiologia, prevalência global e regional, 
e fatores de risco envolvidos: 
 
 Epidemiologia e Prevalência Global e Regional: 
- A prevalência global de fendas labiopalatinas varia bastante entre diferentes 
populações e regiões do mundo. 
- A média global é estimada entre *1 a 2 casos por 1.000 nascidos vivos*, embora 
esses números possam ser mais altos em algumas populações. 
- Regiões asiáticas tendem a apresentar uma prevalência maior, com taxas 
chegando a 1,5 a 2,5 por 1.000 nascidos vivos. 
- Países da América Latina e Europa têm uma prevalência intermediária, cerca de 
1 por 1.000 nascidos vivos. 
- Em populações africanas, a prevalência é geralmente menor, variando de 0,3 a 1 
por 1.000 nascimentos. 
 
Fatores de Risco Associados: 
 
1. Fatores Genéticos: 
 - A hereditariedade desempenha um papel importante nas fendas 
labiopalatinas. Se um dos pais tem a condição, o risco para os filhos aumenta 
significativamente. 
 - Certas mutações genéticas e síndromes, como a Síndrome de Van der Woude, 
estão associadas a um maior risco de desenvolver fenda labial ou palatina. 
 - Estudos mostram que mais de *400 genes* podem estar relacionados ao 
desenvolvimento dessas malformações, sendo o IRF6 um dos mais associados. 
 
 2. Fatores Ambientais: 
 - Exposição a toxinas ambientais durante o início da gravidez pode aumentar o 
risco de malformações. 
 - O uso de certos medicamentos, como anticonvulsivantes e corticoides, 
durante a gravidez está ligado a uma maior chance de o feto desenvolver fenda 
labial. 
 - A falta de ácido fólico na alimentação materna também pode contribuir para o 
surgimento de anomalias congênitas. 
 
3. Hábitos Maternos na Gravidez: 
 - Tabagismo durante a gestação é um dos principais fatores de risco 
relacionados a fendas labiopalatinas. Estudos indicam que mulheres que fumam 
durante a gravidez têm até 30% mais chances de gerar um bebê com essa 
malformação. 
 - O *consumo de álcool* durante a gravidez também está fortemente ligado a 
anomalias congênitas, incluindo fendas labiais e palatinas. 
 - A má nutrição materna, especialmente a falta de vitaminas essenciais como o 
ácido fólico, é um fator de risco significativo. 
 
Outros Fatores: 
 - Idade materna avançada pode estar associada a um risco ligeiramente 
aumentado de malformações congênitas, incluindo fenda labial. 
 - Infecções maternas durante a gravidez, como a rubéola, podem influenciar o 
desenvolvimento do bebê, incluindo a formação da face. 
 
Esses fatores mostram que a fenda labiopalatina tem uma origem multifatorial, 
envolvendo tanto predisposições genéticas quanto influências ambientais e 
comportamentais. 
 
As fendas orais e palatinas são malformações congênitas que afetam a formação 
do lábio e do palato, resultando em fendas que podem variar em gravidade. O 
diagnóstico precoce, tanto pré-natal quanto pós-natal, é crucial para o 
planejamento do tratamento e intervenções adequadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Diagnóstico Pré-Natal e Pós-Natal 
Diagnóstico Pré-Natal 
 
1. Uso do ultrassom e outros métodos: 
 - O ultrassom obstétrico, especialmente em sua forma de alta resolução, pode 
identificar fendas labiais e palatinas a partir da 13ª semana de gestação. Métodos 
avançados, como a ultrassonografia 3D, aumentam a precisão do diagnóstico. 
 - Outras técnicas, como a ressonância magnética, podem ser usadas em casos 
mais complexos, mas são menos comuns. 
 
2.Importância do diagnóstico precoce: 
 - O diagnóstico precoce permite um planejamento mais eficaz do tratamento, 
possibilitando que os pais se preparem emocional e financeiramente para os 
cuidados necessários. 
 - Facilita a coordenação de uma equipe multidisciplinar desde o início, 
melhorando os resultados a longo prazo para a criança. 
 
Diagnóstico Pós-Natal 
 
1. Exames clínicos e radiológicos: 
 - Após o nascimento, a identificação das fendas é feita por meio de exames 
clínicos realizados por pediatras e neonatologistas. A avaliação pode incluir a 
observação direta da anatomia oral e palatina. 
 - Exames radiológicos, como a tomografia computadorizada (TC) ou radiografias, 
podem ser utilizados para avaliar a extensão das fendas e o desenvolvimento da 
arcada dentária. 
 
2.Avaliação multidisciplinar inicial: 
 - É fundamental que uma equipe multidisciplinar participe do diagnóstico e 
planejamento do tratamento. Esta equipe geralmente inclui: 
 - Pediatras: Para cuidados gerais e monitoramento do desenvolvimento da 
criança. 
 - Cirurgiões: Especialistas que planejam e realizam as cirurgias necessárias 
para correção das fendas. 
 -Ortodontistas: Para avaliação e planejamento ortodôntico a longo prazo, 
especialmente para garantir um alinhamento adequado dos dentes e o 
desenvolvimento facial 
 
Esses diagnósticos são essenciais para proporcionar à criança um tratamento 
eficaz e uma qualidade de vida melhor. A abordagem multidisciplinar é vital para 
atender todas as necessidades médicas, nutricionais e psicológicas da criança e 
da família. 
 
As fendas orais e palatinas não afetam apenas a saúde física, mas também têm 
um impacto significativo nos aspectos psicológicos e sociais da vida da criança e 
de sua família. 
 
3 - Manejo Multidisciplinar das Fendas Orais e Palatinas 
 O manejo multidisciplinar das fendas orais e palatinas envolve uma abordagem 
integrada e colaborativa entre diversas especialidades. 
 
• Equipe Multidisciplinar são constituídas pelos seguintes profissionais: 
Cirurgião plástico, otorrinolaringologista, ortodontista, fonoaudiólogo, psicólogo, 
e assistente social. 
• Cirurgião Plástico: Realiza as intervenções cirúrgicas para reparar as fendas, 
melhorando a estética e a função. 
• Otorrinolaringologista: Avalia e trata problemas relacionados à respiração, 
audição e deglutição, que podem estar associados às fendas. 
• Ortodontista: Trabalha na correção da oclusão e no alinhamento dos dentes, 
preparando o paciente para futuras intervenções. 
• Fonoaudiólogo: Ajuda no desenvolvimento da fala e na reabilitação da 
comunicação, abordando dificuldades que podem surgir devido à fenda. 
• Psicólogo: Oferece suporte emocional e psicológico, auxiliando na adaptação 
do paciente e na superação de possíveis questões de autoestima.• Assistente Social: Apoia as famílias no acesso a recursos e serviços, ajudando a 
lidar com questões sociais e financeiras relacionadas ao tratamento. 
Importância do Manejo Multidisciplinar 
A abordagem multidisciplinar é essencial para tratar não apenas as questões 
físicas, mas também as emocionais e sociais, promovendo um cuidado integral ao 
paciente. Cada profissional contribui com sua expertise, garantindo um 
tratamento mais eficaz e abrangente. 
 
Plano de Tratamento Individualizado para Fendas Orais e Palatinas 
1. Cronograma de Cirurgias Reparadoras 
• Primeira Cirurgia (Fenda Labial): Geralmente entre 3 a 6 meses de idade. O 
objetivo é fechar a fenda labial e permitir uma alimentação adequada. 
• Segunda Cirurgia (Fenda Palatina): Normalmente realizada entre 9 meses e 1 ano 
e meio. Esta cirurgia visa fechar a fenda palatina, melhorando a função de fala e 
deglutição. 
• Cirurgias Adicionais: Podem ser necessárias para correção estética e funcional, 
como a rinoplastia (se necessário) e intervenções ortognáticas na adolescência. 
2. Uso de Dispositivos Ortopédicos e Ortodônticos 
• Dispositivos Ortopédicos: Como o lábio-palatal, podem ser utilizados nos 
primeiros meses para auxiliar na formação do arco dentário e na correção da 
posição dos tecidos. 
• Ortodontia: Acompanhamento ortodôntico deve ser iniciado após a cirurgia 
palatina, geralmente entre 4 a 6 anos de idade. Aparelhos ortodônticos serão 
usados para alinhar os dentes e preparar a mandíbula para intervenções futuras. 
3. Acompanhamento Fonoaudiológico e Psicossocial 
• Acompanhamento Fonoaudiológico: Início desde os 6 meses, com sessões 
regulares para estimular a comunicação e a fala, adaptadas às necessidades do 
paciente ao longo do desenvolvimento. 
• Suporte Psicossocial: Acompanhamento com psicólogo e assistente social 
desde o diagnóstico, visando apoiar a criança e a família na adaptação emocional, 
lidando com questões de autoestima e interação social. 
Considerações Finais 
Um plano de tratamento individualizado deve ser adaptado conforme as 
necessidades específicas de cada paciente, com revisões periódicas para avaliar 
a evolução e ajustar as intervenções conforme necessário. A comunicação entre 
os membros da equipe multidisciplinar é fundamental para o 
sucesso do tratamento. 
 
 
 
 
4. Intervenção Cirúrgicas: 
Cirurgia Primária: 
• Fechamento da Fenda Labial (quiloplastia) e da Fenda Palatina 
(palatoplastia): 
Nos primeiros anos de vida, o tratamento é geralmente realizado em duas 
cirurgias separadas: reparo do lábio (queiloplastia) e reparo do palato 
(palatoplastia). A técnica mais utilizada para fechamento do lábio é aquela 
realizada aos 3 meses de vida e a do palato com 1 ano de idade, sendo este o 
momento mais adequado, estabelecido mundialmente, quando alguns centros 
adotam condutas diversas. Em relação à cirurgia é possível observar que quanto 
maior o número de repetições cirúrgicas, maior será a intensidade de fibrose 
cicatricial e, por consequência, maior o impacto negativo sobre o crescimento da 
face média. Depois serão realizados outros procedimentos corretivos, visando a 
reparar os possíveis defeitos dessas duas etapas. 
 
• Tecnicas Cirúrgicas Modernas e suas Indicações: 
 
Fenda Labial 
Técnica de Millard: 
Utiliza um padrão de Z-plasty, permitindo uma melhor simetria e um contorno 
labial mais natural que são indicadas para fendas labiais unilaterais, 
especialmente em crianças jovens; 
Técnica de Flanders: 
Uma modificação da técnica de Millard, que promove uma melhor mobilização 
dos tecidos, que são indicadas para fendas labiais bilaterais ou complexas; 
Técnica de McRoberts: 
Foca em criar um sulco labial natural, minimizando a aparência de cicatrizes, que 
são indicadas para fendas labiais unilaterais, principalmente em pacientes mais 
jovens. 
 
Fenda Palatina 
Fechamento Primário: Envolve a sutura dos tecidos do palato duro e mole, 
utilizando abordagens como a técnica de von Langenbeck ou a técnica de Wardill-
Kilner, que são indicadas para fendas palatinas completas em crianças de 9 a 18 
meses. 
Técnica de Bardach: Usa um retalho em forma de V para fechar a fenda palatina, 
permitindo uma melhor distribuição dos tecidos, que são indicadas para fendas 
palatinas que afetam tanto o palato duro quanto o mole; 
Fenda Palatina Secundária: Realizada em crianças mais velhas para melhorar a 
função de fala e a estética, frequentemente após o fechamento primário, que são 
indicadas para problemas persistentes de articulação ou estética facial que são 
indicadas para problemas persistentes de articulação ou estética facial; 
 
Cirurgias Secundárias: 
 
• Correções Adicionais para Melhorar a Funcionalidade e a Estética, 
como Enxertos Ósseos Alveolares: 
Por volta dos 10 anos é preciso fazer um enxerto ósseo na região da fissura. Em 
alguns pacientes adultos há a necessidade de cirurgia ortognática, visando a 
corrigir alterações da fala como crescimento irregular do maxilar e da mandíbula. 
Funcionalidade 
Avaliação Multidisciplinar: Incluir uma equipe de profissionais (cirurgiões, 
ortodontistas e fonoaudiólogos) para um plano de tratamento abrangente. 
Enxerto Ósseo: Considerar o uso de enxertos autógenos para maior 
biocompatibilidade e integração óssea. 
Técnicas Avançadas: Utilizar técnicas de reconstrução tridimensional para 
restaurar a arquitetura do maxilar e melhorar a oclusão. 
Intervenção Precoce: Planejar enxertos durante as primeiras cirurgias, se 
possível, para maximizar a funcionalidade ao longo do desenvolvimento da 
criança. 
Estética 
Modelagem Personalizada: Criar enxertos que se adaptem ao contorno natural 
da face e maxilar, garantindo uma aparência harmoniosa. 
Correção de Cicatrizes: Usar técnicas de sutura minimamente invasivas para 
reduzir a visibilidade de cicatrizes nas áreas de enxerto. 
Estudos de Cor e Textura: Escolher materiais que imitem a cor e a textura do osso 
natural para resultados estéticos mais satisfatórios. 
Tratamentos Complementares: Considerar o uso de procedimentos estéticos 
adicionais, como preenchimentos ou cirurgia ortognática, para equilibrar a 
estética facial após a cicatrização do enxerto. 
 
• Revisões de Cicatrizes e cirurgias ortognáticas em Pacientes mais 
Velhos: 
Para pacientes mais velhos são utilizados outros métodos de cirurgia plástica para 
reparo da cicatriz, melhorando a forma do nariz. Além dessas, há em outros casos 
a necessidade de cirurgia no palato para melhorar a fala. A aparência das 
cicatrizes pode afetar a autoestima dos pacientes. Avaliações clínicas e 
fotográficas ajudam a monitorar a evolução e a eficácia de tratamentos. Em 
pacientes mais velhos, a cirurgia ortognática pode ser indicada para corrigir 
problemas funcionais e estéticos, como assimetrias faciais e dificuldades na 
mastigação. 
 
 
5 - Reabilitação e Cuidados Pós-Operatórios 
Ortodontia e Ortopedia Facial 
Papel do Ortodontista: 
• Alinhamento dos Dentes: O ortodontista atua no posicionamento 
adequado dos dentes, essencial após as cirurgias para garantir uma 
mordida funcional e estética. 
• Manejo do Crescimento Maxilofacial: Monitora e orienta o crescimento das 
estruturas faciais, utilizando técnicas para influenciar o desenvolvimento 
maxilar e mandibular, minimizando complicações futuras. 
Uso de Aparelhos Ortodônticos: 
• Aparelhos Fixos e Móveis: Empregados para corrigir a posição dos dentes e 
melhorar a oclusão. O tratamento pode iniciar logo após a cicatrização das 
cirurgias, geralmente a partir dos 7 anos. 
• Expansão Maxilar: Utilizado para alargar o arco maxilar, criando espaço 
para o alinhamento dos dentes e facilitando a correção de mordidas 
cruzadas. A expansão é mais eficaz durante a fase de crescimento. 
Cuidados Pós-Operatórios 
• Monitoramento: Consultas regulares para avaliar a cicatrização e o 
progresso ortodôntico. 
• Higiene Bucal: Instruções para manter uma boa higiene, especialmente 
após cirurgias, para prevenir infecções.• Gerenciamento da Dor e Inchaço: Uso de medicamentos prescritos e 
cuidados com a dieta para facilitar a recuperação. 
Considerações Finais 
A colaboração entre o ortodontista e a equipe multidisciplinar é crucial para 
garantir uma reabilitação eficaz, promovendo não apenas a saúde bucal, mas 
também o bem-estar emocional e social do paciente. 
 
Terapia Fonoaudiológica 
Tratamento de Dificuldades na Fala e Deglutição 
• Avaliação Inicial: Identificação de dificuldades específicas na fala, 
linguagem e deglutição. Realiza-se uma análise detalhada das habilidades 
comunicativas e das necessidades alimentares do paciente. 
• Intervenção em Deglutição: Treinamento para técnicas de deglutição 
segura, incluindo estratégias para melhorar a coordenação motora e a 
proteção das vias aéreas, quando necessário. 
Exercícios e Terapias 
• Exercícios de Articulação: Atividades focadas em sons específicos que 
podem ser difíceis para a criança, utilizando jogos e práticas lúdicas para 
incentivar o aprendizado. 
• Terapias de Ressonância: Técnicas para melhorar a qualidade vocal e a 
ressonância, abordando problemas como hipernasalidade, por meio de 
exercícios respiratórios e de controle da musculatura orofacial. 
• Reforço Positivo: Utilização de métodos motivacionais para encorajar a 
prática em casa e aumentar a confiança da criança na comunicação. 
Considerações Finais 
O acompanhamento fonoaudiológico deve ser contínuo, com sessões regulares 
para monitorar o progresso e adaptar as intervenções conforme necessário, 
assegurando um desenvolvimento eficaz das habilidades de fala e deglutição. 
 
6. Aspectos Psicológicos e Sociais 
As fendas orais e palatinas não afetam apenas a saúde física, mas também têm 
um impacto significativo nos aspectos psicológicos e sociais da vida da criança e 
de sua família. 
 
 Impacto Psicológico 
 
1. Autoestima e desenvolvimento social: 
 - Crianças com fendas podem enfrentar desafios relacionados à autoestima 
devido a diferenças físicas. Isso pode levar a sentimento de insegurança e 
isolamento, especialmente durante a infância e adolescência, fases críticas para 
a formação da identidade. 
 - A dificuldade na fala, que pode acompanhar essas condições, pode resultar em 
dificuldades de comunicação, aumentando o risco de exclusão social e bullying. 
 
2. Estratégias para suporte psicológico: 
 -Terapia psicológica: Acompanhamento com psicólogos pode ajudar crianças e 
famílias a lidarem com a autoestima e questões emocionais. Terapias de grupo 
também podem ser benéficas. 
 - Grupos de apoio: Conectar famílias e crianças que passam por experiências 
similares pode fornecer suporte emocional e prático. 
 -Educação e conscientização: Promover a compreensão sobre fendas nas 
escolas e comunidades ajuda a diminuir o estigma e a promover a aceitação. 
 
Integração Social e Educacional 
 
1. Dificuldades em ambientes escolares e comunitários: 
 - Crianças com fendas podem enfrentar desafios de integração, como 
dificuldades em se relacionar com os colegas e participar de atividades. Isso pode 
ser exacerbado por problemas de fala ou por reações negativas de outras 
crianças. 
 - A acessibilidade a recursos, como terapia da fala e suporte educacional, é 
essencial para ajudá-las a superar essas barreiras. 
 
2. Campanhas de conscientização e combate ao estigma: 
 - Campanhas educativas em escolas e comunidades são fundamentais para 
promover a inclusão e o respeito. Estas iniciativas podem ajudar a informar sobre 
fendas orais e palatinas, desmistificando a condição e promovendo a empatia. 
 - A participação de figuras públicas que compartilham experiências relacionadas 
a fendas pode aumentar a visibilidade e a compreensão social, reduzindo 
preconceitos. 
 
Considerações Finais 
 
O apoio psicológico e a promoção da integração social são essenciais para o 
desenvolvimento saudável de crianças com fendas orais e palatinas. Um 
ambiente acolhedor e bem informado pode fazer uma grande diferença na 
qualidade de vida dessas crianças e de suas famílias, permitindo que elas 
alcancem seu potencial máximo. 
 
 
7. Avanços Recentes e Pesquisas Futuras 
• Inovações em Cirurgia e Tratamentos: 
◦ Uso de células-tronco e engenharia tecidual para regeneração óssea e 
tecidual. 
As células-tronco têm um papel importante na promoção da formação de novo 
osso em locais com perda óssea, como em casos de fenda palatina e 
deformidades craniofaciais. A fenda palatina é uma malformação congênita que 
exige abordagens complexas para a reconstrução funcional e estética, sendo 
essencial a regeneração do osso maxilar e dos tecidos moles. Essa regeneração 
não apenas melhora a função da fala e da alimentação, mas também oferece 
resultados estéticos superiores. 
O futuro do tratamento de fendas palatinas, utilizando células-tronco e 
engenharia tecidual, é promissor. No entanto, essa área ainda demanda mais 
pesquisas para uma compreensão completa de sua eficácia e segurança. Os 
avanços nesse campo podem revolucionar a abordagem dessas condições, 
proporcionando melhor qualidade de vida e resultados significativos para os 
pacientes. 
 
 
◦ Desenvolvimento de novos materiais para próteses e dispositivos 
ortodônticos. 
O desenvolvimento de novos materiais para próteses e dispositivos ortodônticos 
destinados a pacientes com fenda palatina é uma área de grande relevância na 
odontologia e na medicina 
1. Materiais Biocompatíveis 
• Polímeros Avançados: Materiais como o polietileno tereftalato (PET) e o 
polimetilmetacrilato (PMMA) são utilizados por serem leves e 
biocompatíveis, minimizando reações adversas no tecido oral. 
• Cerâmicas e Compósitos: Materiais cerâmicos e compósitos que imitam 
a cor dos dentes naturais são importantes para garantir estética e 
funcionalidade. 
2. Tecnologia de Impressão 3D 
• Personalização: A impressão 3D permite a criação de próteses e 
dispositivos ortodônticos personalizados, ajustando-se perfeitamente à 
anatomia do paciente. 
• Redução de Tempo: Esse método reduz o tempo de fabricação e 
proporciona um encaixe mais preciso, melhorando o conforto do paciente. 
3. Dispositivos Ortodônticos Inovadores 
• Aparelhos Autoligados: Esses dispositivos podem facilitar o movimento 
dental, reduzindo o tempo de tratamento e melhorando a eficácia. 
• Tecnologia de Monitoramento: Alguns aparelhos estão sendo 
desenvolvidos com sensores que monitoram o progresso do tratamento em 
tempo real. 
4. Reabilitação Funcional e Estética 
• Próteses Maxilares: O desenvolvimento de próteses que não apenas 
restauram a função mastigatória, mas também melhoram a estética facial, 
é crucial para a autoestima dos pacientes. 
• Integração com Células-Tronco: Pesquisas estão sendo realizadas para 
integrar materiais que podem interagir com células-tronco, promovendo a 
regeneração tecidual ao redor das próteses. 
5. Desafios e Futuro 
• Durabilidade e Resiliência: É essencial que os novos materiais sejam 
duráveis e resistentes ao desgaste, especialmente em áreas que sofrem 
pressão constante. 
• Aceitação do Paciente: A estética, conforto e funcionalidade são fatores 
críticos na aceitação dos dispositivos pelos pacientes. 
Conclusão 
O desenvolvimento de novos materiais para próteses e dispositivos ortodônticos 
para fenda palatina é uma área em evolução que combina biotecnologia, 
engenharia de materiais e odontologia. Com avanços contínuos, espera-se que 
esses novos dispositivos ofereçam não apenas melhores resultados funcionais, 
mas também uma significativa melhoria na qualidade de vida e autoestima dos 
pacientes. 
 
 
 
 
 
Pesquisas Genéticas e Preventivas: 
◦ Identificação de novos fatores de risco genéticos 
Pesquisas recentes têm utilizado técnicas de associação em todo o genoma 
(GWAS) para identificar variantes genéticas associadas à fenda palatina. Essas 
variantes podem afetar o desenvolvimento do tecido facial durante a 
gestação.Genes também como IRF6, MSX1, e VAX1foram associados a um maior 
risco de fenda palatina. Estudos estão em andamento para descobrir outros genes 
envolvidos e como suas interações podem influenciar o desenvolvimento dessa 
condição, sabendo também que exposição a fatores ambientais, como uso de 
álcool e tabaco durante a gravidez, pode interagir com predisposições genéticas, 
aumentando o risco de fenda palatina. 
 
8. Discussão de Casos Clínicos 
A paciente N.N.O., com anos de idade, sexo feminino, cor parda, foi encaminhada 
à clínica de Odontopediatria de uma faculdade pública do Rio de Janeiro para 
tratamento odontológico. Durante a anamnese, a mãe relatou que a criança era 
portadora de fissura palatina e alterações cardíacas. Também confirmou a 
ausência de outros indivíduos na família afetados pela malformação. No histórico 
pré-natal, relatou hemorragia cessada através de medicamentos e 
acompanhamento médico somente no último trimestre da gestação. Logo após o 
nascimento, a criança recebeu uma placa obturadora e foi alimentada através de 
um bico especial adaptado a sua mamadeira até o primeiro ano de vida. No exame 
clínico intrabucal, foram verificados a presença de fissura palatina pós-forame 
incisivo incompleta, úvula bífida, lesões de cárie, além de um abscesso periapical 
envolvendo o segundo molar decíduo inferior esquerdo. Apresentou ainda relação 
de molares decíduos tipo degrau mesial e desvio de linha média. 
Sua fala era anasalada, deficiente e possuía halitose. Demonstrava medo, 
dificuldades no relacionamento pessoal e baixa auto-estima. 
 
 
 
 
 
 
 
Após uma avaliação detalhada da sua condição de fenda palatina, decidimos que 
a cirurgia é a melhor abordagem para promover a sua recuperação e melhorar a 
função e estética do seu sorriso. 
Objetivos da Cirurgia 
1. Reparação do Palato: O principal objetivo da cirurgia é fechar a fenda no 
palato, o que ajudará a restaurar a integridade da boca e a função da fala. 
2. Melhoria da Função Oral: Com a correção, espera-se que a alimentação 
se torne mais fácil e segura, além de melhorar a articulação da fala. 
3. Aprimoramento Estético: A cirurgia também visa proporcionar um 
aspecto mais harmonioso ao rosto, contribuindo para a autoestima do 
paciente. 
Preparação para a Cirurgia 
• Avaliações Pré-operatórias: Exames clínicos e, possivelmente, de imagem 
serão realizados para planejar a cirurgia de forma segura e eficaz.

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