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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO II 
DIREITO PROCESSUAL TRABALHISTA II 
 
 
 
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Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................... 2 
1. PROCESSO TRABALHISTA ..................................................................... 3 
2. PARTES ..................................................................................................... 4 
3. AÇÃO ........................................................................................................... 5 
4. ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS .......................................... 21 
5. RESPOSTAS DO RÉU ............................................................................... 22 
6. PROVAS ..................................................................................................... 25 
7. SENTENÇA ................................................................................................ 25 
8. RECURSOS ............................................................................................... 26 
9. EXECUÇÃO ............................................................................................... 32 
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 35 
 
 
 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de 
um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade capaz 
de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua 
formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos, 
técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e 
propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publicações e/ou outras 
normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de 
forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma 
base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de uma 
das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. PROCESSO TRABALHISTA 
 
O Direito Processual do Trabalho corresponde ao conjunto de regras, princípios 
e instituições disciplinadoras do processo do trabalho, do instrumento por meio do 
qual são conciliados e julgados os conflitos individuais e coletivos pertinentes às 
relações de trabalho. 
Trata-se de ramo instrumental, pois suas regras não se bastam em si mesmas, 
mas constituem meio de realização do direito material. Compreende-se, hoje, como 
ramo autônomo do direito, vez que apresenta legislação, princípios, institutos, 
organização jurisdicional, didática e fins próprios. 
A índole “social” do direito do trabalho também se faz sentir no processo, vez 
que este também visa a corrigir desigualdades inerentes às partes da relação 
trabalhista mediante a proteção da parte mais fraca. Ademais, na maior parte de seus 
dissídios, lida com créditos de natureza alimentar – por isso, é mais célere, simples e 
eficaz do que o processo comum. Tanto é verdade que, por vezes, o processo civil 
abeberou-se do processo do trabalho em seus aspectos mais modernos, como 
veremos a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. PARTES 
 
No processo trabalhista, chama-se o autor de reclamante e o réu de reclamado, 
conforme o art. 651 da CLT, mostrando assim autonomia em relação ao processo civil. 
Na representação atribui-se a outrem a qualidade para agir em nome de 
alguém, substituindo, é um terceiro, o trabalhador menor será representado em juízo. 
Há dois tipos de representação, a legal que decorre de lei, o sindicato representa uma 
categoria, as pessoas jurídicas são representadas; e a representação convencional, 
que é a faculdade de a parte se fazer representarem juízo, podendo ser preposto. 
A assistência ocorre quando há deficiência de vontade do assistido, não há 
substituição. O assistente não é a parte no processo, mas um terceiro que auxilia a 
parte. 
“Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar 
pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até 
o final. 
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão 
fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou 
provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por 
advogado. 
Art. 792 - Os maiores de 18 (dezoito) e menores de 21 (vinte e um) anos e as 
mulheres casadas poderão pleitear perante a Justiça do Trabalho sem a assistência 
de seus pais, tutores ou maridos. 
 
 
 
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Art. 793 - A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus 
representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, 
pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em Juízo.” 
A assistência judiciária é tratada na Lei 5.584/70, a partir do art. 14, é devida a 
todo trabalhador pobre e normalmente tem sido prestada pelo sindicato da categoria 
a que pertencer o empregado, havendo necessidade de comprovação da situação de 
hipossuficiência por atestado fornecido pela autoridade local do Mistério do Trabalho 
ou por delegado de polícia, não haverá tal necessidade se o empregado estiver 
desempregado ou se apresentar declaração de pobreza. Não havendo Varas de 
trabalho na comarca ou não existir sindicato da categoria profissional do trabalhador, 
a assistência é atribuída ao Promotor Público ou Defensores Públicos. 
 
3. AÇÃO 
A expressão usada pela Justiça do Trabalho para definir uma reclamação 
trabalhista ou ação trabalhista é dissídio, sejam elas individuais ou coletivas. 
Dissídio individual é o nome dado a reclamação trabalhista em que o 
empregado ajuíza uma ação contra seu empregador, pleiteando algum direito 
previsto na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) ou na convenção coletiva da 
categoria do empregado (CCT), que, por qualquer motivo, não tenha sido garantido 
pelo empregador. O dissídio coletivo, por sua vez, possui três abrangências. O 
primeiro consiste no dissídio coletivo de direito, que pode ser definido como uma 
ação que, geralmente, é ajuizada pelo sindicato da categoria e que pretende dar 
uma interpretação a uma norma que já exista, mas que não foi colocada em prática 
por falta de orientação do legislador sobre como essa efetivação poderia ocorrer. 
O dissídio coletivo também pode ser uma ação que visa criar outra norma 
que dará uma regulamentação a alguns pontos dos contratos de trabalho. 
Conhecido como dissídio coletivo de natureza econômica, discute questões que 
envolvem condições salariais, horas extras, garantias trabalhistas, dentre outros 
pontos que, muitas vezes, são específicos a determinada categoria profissional. Há, 
http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/535468/clt_e_normas_correlatas_1ed.pdf
 
 
 
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ainda, o dissídio que ocorre em situação de greve. Nessa situação, o Ministério 
Público do Trabalho ajuíza essa ação, em que caberá à Justiça do Trabalho decidir 
o conflito juntamente com o sindicato da categoria que paralisou as suas atividades. 
Em quase todas essas situações é cabível, e desejado pelos juízes, promotores,Legitimidade passiva  Diz a CLT (880) que a responsabilidade é do 
executado. Na J.T comumente é da empresa. A execução contra sucessores somente 
ocorre quando o empregador for empresa individual. 
Objeto  A CLT (883) é omissa e refere-se genericamente aos bens do 
executado. Mas o CPC em seu artigo 789 diz que são os bens presentes e os futuros, 
salvo as restrições legais. 
Quando a empresa não possuir bens, a J.T tem aplicado o princípio da 
despersonalização da pessoa jurídica. 
Em caso de fraude à execução há entendimento que os bens podem ser 
penhorados em mãos de quem se encontra (790, V, CPC), não necessitando de ação 
de nulidade, se ao tempo da alienação do bem já corria a demanda contra o devedor 
(792, II, CPC). 
Execução contra a fazenda pública  A fazenda é citada para apresentar 
embargos no prazo de 30 dias e não para pagar (art. 910 CPC). Já a CLT no artigo 
884 estabelece que os embargos são opostos no prazo de 5 dias. Os valores devidos 
deverão ser pagos por meio de precatórios – art. 100 CF/88 ou RPV (quando o débito 
for até 60 salários mínimos). O precatório, conforme art. 910, § 1º do CPC, deverá 
observar a ordem cronológica de apresentação. Contudo, o § 3º do art. 100 da CR/88 
faculta ao Juiz, no caso de execução de pequenos valores, buscar o pagamento por 
meio de R.P.V., conforme Súmula 303 do TST e artigo 535, § 3º, I, do CPC 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, André Luiz Paes de. Prática trabalhista. 4.ed. rev. e atual. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2010. 248 p. (Prática forense - Revista dos Tribunais, 
v.7). 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da república federativa do Brasil 
de 1988. Disponível em:procuradores e outros auxiliares da justiça, que as partes consigam chegar a um 
denominador comum para colocar um término em uma relação, que, muitas vezes, 
já causou um desgaste que não precisa ser mais prolongado. 
O acordo possui uma importância significativa no âmbito do direito do 
trabalho, pois as normas que regulamentam a relação de trabalho são, desde o 
início, impositivas. Proíbem que o empregado e o empregador possam chegar a um 
acordo para facilitar, até mesmo, a contratação do colaborador pelo empregador. O 
acordo nada mais é do que uma tentativa de colocar um fim à discussão iniciada 
mediante a assinatura, por todos os envolvidos, de um compromisso em que há a 
fixação de direitos e deveres por ambas as partes. 
Quanto à providência jurisdicional, as ações podem ser: de conhecimento, será 
apenas assegurado se o direito é ou não devido, sem exigência de cumprimento do 
que foi prolatado; executórias, será executado aquilo que já foi averiguado na fase de 
conhecimento, pretende-se que seja cumprida a obrigação imposta. Na Justiça do 
Trabalho será executadas as sentenças transitadas em julgado, os acordos não 
cumpridos, os termos de ajuste de conduta, a conciliação prévia, os créditos 
previdenciários de sentença; cautelares, que visa uma concessão antecipada, e em 
ação principal será discutido o mérito da questão. As cautelares a serem utilizadas na 
Justiça do trabalho são as mesmas previstas no CPC, principalmente arresto, 
protestos, justificações, sequestro, exibição e produção antecipada de prova etc. 
mandamentais, visa cumprimento de ordem pela autoridade. 
Pressupostos para existir o processo: 
 Jurisdição, a Vara que será dirigida a ação deverá ser competente para 
julgar o caso concreto; 
 Pedido, a petição inicial deverá conter a pretensão resistida, o pedido e 
exposto do mérito da questão; 
 
 
 
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 Partes, pessoas que tem uma controvérsia e pretendem que a Justiça 
Trabalhista a resolva. 
Pressupostos para validade do processo: 
 Competência, a Vara investida de poder para solucionar o conflito; 
 Insuspeição, o juiz não pode ser amigo íntimo ou inimigo das partes e ser 
sempre imparcial; 
 Inexistência de coisa julgada, não poderá ser discutido aquilo que já foi 
decidido por outro juiz, acontecerá quedo as partes forem as mesmas, o 
pedido e a causa de pedir forem iguais; 
 Inexistência de litispendência, não poderá ingressar com mesma ação por 
duas vezes aos mesmos órgãos, se já houver uma ação em andamento, 
não poderá ser distribuído outra ação idêntica a primeira; 
 Capacidade processual das partes, deverão ser maiores de 18 anos e os 
menores serão assistidos pelos pais ou procuradoria do trabalho; 
 Regularidade da petição inicial, que deverá atender os requisitos 
estipulados, caso contrário será considerada inepta; 
 Regularidade da citação, que seja feita a citação corretamente, sob pena de 
nulidade. 
Petição Inicial 
Poderá ser escrita ou verbal, sendo verbal será reduzida a termo. 
“Art. 786 - A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo. 
Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo 
motivo de força maior, apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à 
secretaria, para reduzi-la a termo, sob a pena estabelecida no art. 731” 
Na Justiça do Trabalho, é utilizado o termo reclamação para se referir à petição 
inicial trabalhista. É o mesmo termo que consta na Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT). Por isso, reclamação e petição trabalhista são usados praticamente como 
 
 
 
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sinônimos. Isso pode ser observado no próprio Art. 840 da CLT que informar como 
deve ser essa peça jurídica específica: 
Art. 840 – A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
§ 1º – Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a 
qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o 
pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a 
assinatura do reclamante ou de seu representante. 
§ 2º – Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas 
e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no 
parágrafo anterior. 
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo serão 
julgados extintos sem resolução do mérito. 
Com isso, já é possível perceber que há e quais são as diferenças nos 
requisitos da petição inicial que consta no Código de Processo Civil (CPC) para a 
petição trabalhista. 
Muitas dessas diferenças podem relacionar-se ao fato de que no processo do 
trabalho, há duas formas de elaborar a reclamação: escrita ou verbal. Talvez por isso, 
também, a CLT cunhou o termo reclamação para se referir à petição. Já que, na forma 
verbal, o trabalhador ou o contratante estará, de fato, reclamando de algo. 
Logicamente, isso precisa ser registrado de alguma forma. Por esse motivo, cada 
reclamação recebida pela Justiça do Trabalho é transcrita tal qual a descrição. 
Mas, embora essa possibilidade exista, o mais comum é o processo trabalhista 
ser iniciado por uma petição inicial escrita. Geralmente, a peça é redigida por um 
advogado e precisa atender às determinações do Art. 840 da CLT. 
A petição inicial é a peça mais importante da ação, deverá ser feita com 
cuidado, deve obedecer uma lógica cronológica dos fatos e fundamentos, para que se 
chegue a uma conclusão. Deverá ser feito o pedido com os cálculos dos valores 
pretendidos. Mesmo não existindo na CLT previsão quanto ao valor da causa, será 
 
 
 
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necessário indicá-lo, seguindo as determinações do CPC. Não será necessário 
declinar as provas que serão produzidas, pois deverá ser apresentadas na audiência, 
na forma do art. 845 da CLT. É prescindível que se peça a citação da outra parte na 
inicial, conforme o inciso VII do CPC, pois a citação é automática, a Vara deverá enviá-
la em 48 horas, independente do despacho do Juiz. 
Procedimentos 
O procedimento comum trabalhista subdivide-se em sumário, sumaríssimo e 
ordinário, classificados pelo valor da causa e por outras especificidades que serão 
aqui tratadas. 
O procedimento sumário é o mais raro na Justiça do Trabalho e ocorre nas 
causas em que a alçada é igual ou inferior a dois salários mínimos (§§ 3º e 4º da Lei 
n. 5.584/70); por sua vez, se o valor da causa for superior a dois e inferior a 40 salários 
mínimos, o rito poderá ser o sumaríssimo; se o valor da causa for superior a 40 salários 
mínimos, teremos o procedimento mais utilizado, o rito ordinário. 
Por fim, têm-se os procedimentos especiais, dentre os quais serão analisados 
a reclamatória com pedido de liminar e com pedido de tutela de urgência e a ação de 
consignação em pagamento. 
Passaremos a análise das audiências no procedimento ordinário. 
Procedimento ordinário: audiências de conciliação, instrução e julgamento 
 
No processo do trabalho, o procedimento ordinário dos dissídios individuais 
está regulamentado, de forma esparsa, entre o art. 763 e o art. 852 da CLT. As 
reclamatórias trabalhistas que se submetem a tal rito são aquelas em que os valores 
ultrapassem a 40 (quarenta) salários mínimos, na data de seu ajuizamento. 
Desta feita, em respeito ao princípio da concentração dos atos processuais, a 
teor do disposto no art. 843 da CLT, as ações ajuizadas perante a Justiça do Trabalho 
deveriam ser resolvidas em uma única audiência, o que englobaria a conciliação, a 
instrução e o julgamento em uma única oportunidade. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103579/lei-5584-70
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10653827/artigo-763-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644011/artigo-852-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645791/artigo-843-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
 
 
 
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Entretanto, diante da impossibilidade fática de cumprir a regra, outro 
procedimento tem prevalecido na prática trabalhista e as audiências têm-se dividido 
em Conciliação, Instrução e Julgamento. 
A petição inicial, portanto, se encarrega de provocar o juízo trabalhista, que, 
após 48 horas da sua recepção pelo secretário da Vara, notificará a parte ré pela via 
postal ordinariamente ou por edital - para os casos de Reclamada em local incerto e 
não sabido, para comparecer à audiência, que acontecerá no prazo mínimo de 05 dias 
(art. 841 CLT). 
A propósito, segundo o art. 813, da CLT, as audiências trabalhistas são 
públicas e se realizam na sede do Juízo ou Tribunal, nos dias úteis entre 08 e 18 
horas, não podendo se delongar por mais de cinco horas seguidas, salvo quando 
versarem sobre matéria urgente. 
Devidamente cientificadas, as partes – Reclamante e Reclamada - devem 
comparecer à audiência inicial, independentemente do comparecimento de seus 
representantes, na qual, não havendo conciliação, será concedido à parte ré o tempo 
de 20 minutos para que apresente oralmente sua resposta, que, em ato contínuo, será 
reduzida a termo (art. 847 da CLT). 
Vale esclarecer que, na prática, a resposta é sempre escrita, sendo possível, 
inclusive, inseri-la no processo judicial eletrônico, antes mesmo da audiência, 
novidade descrita pela reforma trabalhista, no parágrafo único, do art. 847, da CLT. 
Outro aspecto igualmente inovador se deu na representação do empregador 
em audiência, antes da reforma trabalhista, o preposto deveria ser necessariamente 
empregado da empresa, agora, as coisas mudaram, pois o empregador poderá ser 
representado em audiência por qualquer preposto, sem necessidade de vínculo 
empregatício com a reclamada, bastando que tenha conhecimento do fato (art. 843, § 
3º da CLT). 
E as novidades não param por aí, a Lei 13.467/2017 – reforma trabalhista - 
também impôs algumas mudanças, quanto à consequência da ausência das partes 
em audiência. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645996/artigo-841-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10648049/artigo-813-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645275/artigo-847-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645341/par%C3%A1grafo-1-artigo-847-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645275/artigo-847-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645791/artigo-843-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/172999834/par%C3%A1grafo-3-artigo-843-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/172999834/par%C3%A1grafo-3-artigo-843-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/478059431/lei-13467-17
 
 
 
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A ausência do Reclamado ou de seu preposto na 1ª audiência gera, em regra, 
a revelia, por não ter comparecido à assentada e a confissão ficta, pela qual se 
presumirão verdadeiros os fatos alegados pelo autor na exordial. 
Contudo, a revelia pode ser afastada, pois, ainda que ausente à reclamada, 
presente o advogado na audiência, serão aceitas a contestação e os documentos 
eventualmente apresentados. É o que dita o novo art. 844, § 5º, CLT, alterando 
completamente a revelia trabalhista. 
Por sua vez, em caso de ausência do Reclamante à audiência inaugural, o 
processo será arquivado e o autor, a partir da reforma trabalhista, será condenado ao 
pagamento de custas, ainda que beneficiário da justiça gratuita. É de se notar que o 
pagamento das custas se tornou, a teor do § 3º, do art. 844 da CLT, condição para a 
propositura de nova demanda. 
Nesse caso, a Lei 13.467/2017 deixou uma oportunidade ao Reclamante de 
afastar o arquivamento, concedendo-lhe a o prazo de 15 dias, para comprovar que 
sua ausência ocorreu por motivo “legalmente justificável”, inteligência do § 2º, do 
art. 844 da CLT. 
Outrossim, considerando a presença das partes, aberta a audiência inaugural, 
o juiz deverá propor a conciliação (art. 846 da CLT), que se exitosa, será lavrada a 
termo, no qual constará o valor, o prazo de pagamento e todas as demais condições 
para seu o cumprimento. 
Ato contínuo, não sendo possível a conciliação, o Magistrado concederá prazo 
para o Reclamante se manifestar sobre a contestação, normalmente 10 dias, 
intimando as partes para a audiência de instrução, na qual serão ouvidos os 
depoimentos pessoais de autor e réu, inquiridas as testemunhas e produzidas 
eventuais provas necessárias ao deslinde da questão (art. 848 da CLT). 
Na ocasião da audiência de instrução, prestarão depoimento em primeiro lugar 
as partes – Reclamante e Reclamada, em seguida, as testemunhas, no máximo 03 
(três) para cada parte, com exceção dos Inquéritos para Apuração de Falta Grave em 
que se admitem 06 (seis) testemunhas. Importante destacar que as partes não 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645658/artigo-844-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/172999818/par%C3%A1grafo-5-artigo-844-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/172999830/par%C3%A1grafo-3-artigo-844-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645658/artigo-844-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/478059431/lei-13467-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/172999832/par%C3%A1grafo-2-artigo-844-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645658/artigo-844-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645477/artigo-846-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645207/artigo-848-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
 
 
 
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necessitam apresentar com antecedência rol de testemunhas (art. 825 da CLT). Além 
disso, poderá haver a requisição de produção de prova pericial. 
A propósito, pode ocorrer de a audiência de instrução ser suspensa por motivos 
diversos, por exemplo, o cumprimento de carta precatória para oitiva de uma 
testemunha. Nessa hipótese será designada uma audiência chamada de 
encerramento de instrução. 
Encerrada a instrução, as partes poderão apresentar suas razões finais, pelo 
prazo máximo de 10 minutos cada um, para, em seguida, o juizrenovar a proposta de 
conciliação, e não sendo possível, será designada a data para a audiência de 
julgamento (art. 850 da CLT). 
Esclareça-se que na audiência de julgamento, em regra, as partes não 
comparecem, sendo apenas um prazo para que o juiz publique a sentença, a partir do 
qual as partes ficam intimadas e começa a fluir o prazo para eventual interposição de 
recursos (art. 849 da CLT). 
Por fim, os trâmites de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos 
em ata, da qual constará, na íntegra, a decisão (art. 851 da CLT), ou seja, será a 
prolatada a sentença, a qual a partir da sua publicação inicia-se o prazo recursal. 
Em suma, as principais características do rito ordinário são: a possibilidade de 
oitiva de até três testemunhas de cada parte, a possibilidade de produção de prova 
pericial, a ocorrência, em regra, de audiência inicial e de audiência de 
prosseguimento, admissibilidade de citação por edital, em caso de reclamado em local 
incerto ou não sabido, e, por fim, permissão de figurar como partes as entidades 
públicas, situação vedada nos demais procedimentos trabalhistas. 
Procedimento Sumaríssimo: audiência única 
O rito sumaríssimo foi instituído com o intuito de impor maior celeridade ao 
processo trabalhista, dando efetividade à satisfação da verba de natureza alimentar 
pleiteadas pelo trabalhador, na Justiça do Trabalho. O procedimento apresenta 
peculiaridades, na petição inicial, na audiência e na sentença, são detalhes 
importantes que serão aqui abordados. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10647380/artigo-825-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645009/artigo-850-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645071/artigo-849-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10644899/artigo-851-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
 
 
 
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As ações submetidas ao procedimento sumaríssimo - aquelas em que o valor 
da causa é superior a dois e inferior a 40 salários mínimos -, são instruídas e julgadas 
em audiência única, ou seja, há uma única oportunidade para a realização de todos 
os atos processuais, em homenagem ao princípio da imediatidade e da concentração 
dos atos processuais. 
São pressupostos próprios do rito sumaríssimo: 
Audiência única para produção de provas, cuja ata registra, resumidamente, os 
atos importantes; 
Pedido: certo ou determinado e líquido (art. 852-B, I, da CLT); 
Valor: somatório de todos os pedidos (art. 852-B, I, da CLT); 
Número de testemunhas: no máximo, 02 testemunhas; 
Citação por edital: proibida no sumaríssimo. Deverão ser indicados pelo 
reclamante, o nome e o endereço completos e corretos da reclamada (art. 852-B, II, 
da CLT); 
Não se aplica aos dissídios coletivos (art. 852-A, da CLT); 
Estão excluídas do procedimento as demandas em que é parte a administração 
pública direta, autárquica e fundacional (art. 852-A, da CLT); 
Estão incluídas no procedimento sumaríssimo as demandas em que são parte 
as sociedades de economia mista e as empresas públicas que explorem atividade 
econômica (inciso II do § 1º do art. 173 da CR/88); 
Apreciação da reclamação deverá ocorrer em 15 dias contados do ajuizamento 
da ação; 
A sentença é proferida na própria audiência e não há necessidade da emissão 
de relatório. 
A petição inicial no procedimento sumaríssimo exige cuidado, pois, além dos 
requisitos ordinários, deve apresentar o pedido certo e quantitativamente 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27981103/artigo-852b-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27981103/artigo-852b-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27981103/artigo-852b-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27981107/artigo-852a-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27981107/artigo-852a-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10660176/artigo-173-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 
 
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determinado, sob pena de arquivamento da reclamação e condenação de custas 
sobre o valor da causa (art. 852-B, § 1º, da CLT). 
Outro aspecto relevante é que como nas demandas sujeitas ao rito 
sumaríssimo não há citação por edital, o Reclamante deve indicar o nome e endereço 
do reclamado, sob pena de arquivamento da Reclamação. 
Cientificadas as partes, a Reclamação sujeita ao rito sumaríssimo será 
instruída e julgada em audiência una (art. 852-C, da CLT), podendo ser sugerida a 
conciliação pelo Juiz a qualquer tempo. As partes poderão levar no máximo duas 
testemunhas, as quais comparecerão à audiência de instrução e julgamento, 
independentemente de terem sido intimadas (art. 852-H, § 2º, da CLT). 
O processo trabalhista permite que as provas sejam produzidas em audiência, 
independentemente de requerimento antecipado, inclusive, a parte deverá se 
manifestar sobre os documentos, na própria audiência, exceto se provada a absoluta 
impossibilidade, por exemplo: um grande volume de documentos. 
A prova pericial é permitida no procedimento sumaríssimo e é chamada de 
prova técnica, podendo ser determinada de ofício ou por requerimento (art. 852-H, § 
2º, da CLT). Apresentado o laudo técnico, as partes serão intimadas a se manifestar 
no prazo comum de cinco dias, ficando vedada a retirada dos autos da secretaria. 
Vale destacar que não obstante a audiência seja única, será permitida a 
interrupção e o seu prosseguimento dar-se-ão no prazo de trinta dias, salvo por motivo 
relevante (art. 852-H, § 7º, da CLT). 
Enfim, a sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com 
resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. 
Procedimentos Especiais 
As ações especiais são importantes para o direito processual do trabalho, cada 
uma dispondo de características e finalidades próprias, concedendo aos demandantes 
meios de impugnar assuntos especiais relacionados ao trabalho, por meio de ações 
específicas. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27981103/artigo-852b-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27981091/artigo-852c-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27981081/artigo-852h-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27981081/artigo-852h-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/27981081/artigo-852h-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
 
 
 
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Você sabia? 
Quais são os procedimentos especiais aplicáveis ao processo do 
trabalho? A Ação de Consignação em Pagamento, as Medidas Cautelares; a Tutela 
Antecipada; Ação Rescisória; o Mandado de Segurança; a Ação Civil Pública; a Ação 
Monitória; as Ações Possessórias, o Dissídio Coletivo; a Anulação de Cláusulas 
Convencionais e a Ação de Cumprimento. 
 
 Reclamatória trabalhista com pedido de concessão de liminar 
No curso do processo de conhecimento, o Magistrado poderá conceder medida 
liminar nas hipóteses previstas nos incisos IX e X do art. 659 do texto consolidado, ou 
seja, em regra, pode ser requerida a liminar que vise tornar sem efeito a transferência 
abusiva de empregado, em que não foram observadas as previsões contidas 
nos parágrafos do art. 469 da CLT, bem como objetive a reintegração de empregado 
dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador. 
Para a sua concessão, o autor deverá apontar, na petição inicial, os seguintes 
pressupostos: 
fumus boni iuris - a provável existência de um direito, demonstrando, de forma 
clara e objetiva o direito do empregado de não ser transferido e do dirigente sindical 
de não ser afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador. 
periculum in mora - o perigo de dano irreparável que a demora na prestação 
jurisdicional trará ao autor; 
Vamos praticar? 
Assim, requer o Reclamante à concessão de liminar, nos termos do art. 659, 
inciso X, da CLT, para o reconhecimento da nulidade de sua dispensa arbitrária e a 
reintegração no emprego, a teor do inciso VIII do art. 8º da CR/88 e no § 3º do 
art. 543 da CLT”. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10673472/inciso-ix-do-artigo-659-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10673420/inciso-x-do-artigo-659-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10673758/artigo-659-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10711795/artigo-469-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10711795/artigo-469-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10673758/artigo-659-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10673420/inciso-x-do-artigo-659-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10725294/inciso-viii-do-artigo-8-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641170/artigo-8-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10698691/par%C3%A1grafo-3-artigo-543-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10698825/artigo-543-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
 
 
 
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Não se confunde o pedido liminar em Reclamação Trabalhista com a medida 
cautelar, a liminar é uma pretensão de caráter eminentemente satisfativo, que visa 
assegurar o direito em si, mesmo que de modo provisório, podendo ser modificada ou 
revogada de ofício pelo juiz, ou seja, deve estar vinculada à existência da Reclamação 
Trabalhista. A medida cautelar, por sua vez, objetiva providências urgentes e 
provisórias para assegurar os efeitos de outro processo, denominado principal, 
matéria a ser tratada a seguir. 
A peça em questão pode ser nominada de Reclamação Trabalhista com pedido 
de Concessão de Medida Liminar. 
Reclamatória Trabalhista com pedido de concessão de tutela provisória 
de urgência 
Importa destacar, inicialmente, que a CLT não trata especificamente da tutela 
provisória, mencionando, apenas, a medida liminar nos casos já estudados. 
Diante de tal omissão, a teor do art. 769 da CLT, aplica-se o direito processual 
civil ao processo do trabalho, desde que compatível com as normas do texto 
consolidado. Logo, sendo a tutela provisória informada pela garantia de uma 
prestação jurisdicional célere, que objetiva evitar o perigo dos males que o tempo pode 
gerar ao processo, mostra-se plenamente compatível ao processo do trabalho. É o 
que diz o inciso VI do art. 3º da Instrução Normativa nº 39/2016 do TST. 
A tutela provisória jurisdicional é fundada em cognição sumária, ou seja, no 
exame menos aprofundado da causa, razão pela qual se exige apenas um juízo de 
probabilidade e não de certeza. O Código de Processo Civil de 2015 subdividiu a 
tutela provisória em tutela provisória de urgência: cautela e antecipatória, e de 
evidência. 
A tutela de urgência se subdivide em tutela antecipada e tutela cautelar, ambas 
possuem os mesmos requisitos, apenas com uma diferença fundamental, a primeira 
tem natureza satisfativa e a segunda meramente protetiva e/ou assecuratória. 
Contudo, as duas tutelas visam proteger ou resguardar um direito de um risco 
imediato, iminente ou futuro, antes do provimento final. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10653444/artigo-769-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
 
 
 
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Portanto, a concessão de tutela provisória de urgência busca inibir qualquer 
dano que a demora na prestação da tutela jurisdicional possa gerar, seja por via 
asseguratória da tutela cautelar ou antecipatória, desde que cumpridos os requisitos 
o fumus boni iuris e o periculum in mora na tutela cautelar, e na tutela antecipada, 
além destes, necessária à verossimilhança da alegação e o fundado receio de dano 
ou abuso de direito de defesa. 
A natureza satisfativa da tutela de urgência antecipada é observada quanto ao 
momento de sua concessão, podendo ocorrer mesmo antes de ser ouvida a parte 
contrária, de forma liminar (inaudita altera pars), ou no curso do processo de 
conhecimento (incidental), contudo, antes da prolação da sentença. 
Nesse sentido, Alexandre Nery Oliveira afirma que o processo civil mudou: 
“ao invés de adotar veículo próprio, os pedidos 
cautelares, assim como antecipatórios, servem-se dos autos 
onde deduzida a demanda principal, quando requeridos 
contemporaneamente ao pedido principal ou incidentalmente à 
causa já instaurada, ou, na situação de apresentação em caráter 
antecedente (os anteriores requerimentos preparatórios), o 
veículo cautelar ou material que busca a tutela provisória 
correspondente depois se converte, por aditamento, na petição 
da própria demanda principal acautelada ou antecipada em 
momento antecedente (NERY, 2017, p. 1)” 
 
Assim, ainda que fundada em análise perfunctória do juízo, a tutela 
antecipatória é satisfativa sumária, pois, além de assegurar, antecipa um direito, para 
evitar o seu perecimento, podendo ocorrer antecipadamente ou incidentalmente no 
curso do processo. 
A tutela provisória de urgência cautelar, a seu turno, não antecipada um 
provimento jurisdicional, mas sim asseguraum direito de uma parte, conforme 
disposto no art. 301 do CPC, “a tutela de urgência de natureza cautelar pode ser 
efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894047/artigo-301-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
 
 
 
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contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para assegurar um direito” 
(BRASIL, 2015). 
Em suma, a tutela cautelar não tem fim em si mesma, há sempre uma 
referência a um direito acautelado, ou seja, assegura bens, pessoas e produção de 
provas relacionados a um direito específico. Pode ser concedida em caráter 
antecedente ou incidental no processo, sendo, nesta última hipótese, necessário o 
pagamento de custas para sua interposição. 
O caráter precário da tutela restou mantido, podendo, nos termos do 
art. 296 do CPC, ser revogada ou modificada a qualquer tempo no processo, desde 
que constante a fundamentação do juízo. 
Os pressupostos para concessão da tutela antecipada e cautelar, antecedente 
ou incidental, encontram-se descritos no art. 300 do CPC, quais sejam: a) 
probabilidade do direito, b) perigo de dano, para as tutelas antecipadas e c) risco ao 
resultado útil do processo, para as tutelas cautelares. Em razão da similaridade dos 
requisitos, optou o legislador por reconhecer a possibilidade de aplicação da 
fungibilidade, pela qual o juízo poderá conceder aquela mais adequada ao caso 
concreto (parágrafo único do art. 305 do CPC). 
A tutela provisória de evidência, a seu turno, requer a concessão de um direito 
incontroverso da parte, em sede de cognição sumária, independente do periculum in 
mora e do risco ao resultado útil do processo. 
O art. 311 do CPC elencou quatro hipóteses de concessão da tutela de 
evidência, quais sejam: a) abuso do direito de defesa ou manifesto propósito 
protelatório; b) quando as alegações de fato puderem ser comprovadas por meio de 
prova documental e tese firmada em precedentes repetitivos ou súmula vinculante; c) 
pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de 
depósito; d) inicial instruída com prova documental incontestável (BRASIL, 2015) 
Pela análise do dispositivo supramencionado, pode-se concluir que a tutela de 
evidência é pautada na incontestabilidade do direito do autor, ou seja, o juiz poderá 
conceder, de forma provisória, a tutela de evidência se restar incontroverso o direito 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894076/artigo-296-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894057/artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893965/par%C3%A1grafo-1-artigo-305-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893970/artigo-305-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893917/artigo-311-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
 
 
 
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disputado, reduzindo-se, com isso, os efeitos do tempo no trâmite normal de um 
processo, em razão de o autor, antecipadamente, ter se desincumbido a contento do 
seu ônus probatório. 
A tutela de evidência inova ao permitir que o Magistrado conceda parcialmente 
o mérito do pedido antes da prolação da sentença, isto é, em caráter definitivo, 
fazendo coisa julgada material, impugnável através de agravo de instrumento, a teor 
do art. 356, § 5º do CPC. Vale dizer que, nos casos em que a tutela é concedida 
liminarmente, a sua concessão normalmente ocorrerá após a contestação. 
Feitos tais esclarecimentos, passa-se a análise da aplicação do instituto tutela 
provisória. 
No processo do trabalho, para a concessão da tutela provisória, a parte deverá 
demonstrar, na petição inicial, a evidência da probabilidade do direito, e, ainda, que 
há fundado perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (caput do art. 300 
do CPC). 
Em suma, para a concessão da tutela provisória, a parte deve apresentar, de 
forma clara e inequívoca, a presença: a probabilidade do direito; a relevância do 
fundamento da demanda (fumus boni iuris); e o receio de ineficácia do provimento 
final em razão da demora jurisdicional (periculum in mora), para as tutelas 
antecipadas; o risco ao resultado útil do processo, para as tutelas cautelares. 
Além disso, no tocante à tutela de urgência antecipada de natureza satisfativa, 
o legislador estabeleceu também a necessidade de análise da reversibilidade jurídica 
da tutela para sua concessão, nos termos do § 3º do art. 300 do CPC. 
Portanto, cabe à parte demonstrar a urgência nas alegações do direito, apontar 
as provas com os elementos dos autos, para que o Magistrado possa concluir, 
perfunctoriamente, que a demora jurisdicional poderá comprometer o direito provável 
da parte, imediatamente ou futuramente. 
A tutela de urgência tem sido utilizada, no processo do trabalho, nos casos em 
que o Reclamante requer a entrega das guias de levantamento dos depósitos do 
FGTS; anotação ou retificação das anotações da Carteira de Trabalho do empregado; 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893256/artigo-356-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893237/par%C3%A1grafo-5-artigo-356-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894049/par%C3%A1grafo-3-artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894057/artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
 
 
 
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reintegração do empregado dispensado por motivo discriminatório (gênero, raça, 
origem, etc.); para impedir que o empregador exija atestados de gravidez ou 
esterilização; para determinar a entrega de equipamentos de proteção individual a 
empregado e, também, para assegurar o emprego do trabalhador que estiver às 
vésperas de aposentar-se, dentre outras hipóteses. 
Assim, a tutela de urgência, no processo do trabalho, pode ser concedida, 
liminarmente, no início do processo e sem a oitiva prévia da parte contrária, ou após 
justificação prévia (art. 300, § 2º, do CPC), ou no curso do processo, em caráter 
incidental, quando houve risco ao resultado útil do processo. 
Especiais: 
Inquérito judicial para apuração de falta grave – de acordo com Carlos Henrique 
Bezerra Leite é “uma ação constitutiva (negativa) necessária para apuração de falta 
grave que autoriza a resolução do contrato de trabalho do empregado estável por 
iniciativa do empregador”, seu procedimento está previsto nos arts. 494 a 499 e 853 
a 855 da CLT, a reclamação deverá ser escrita, dentro de trinta dias após a suspensão 
do empregado, este prazo é decadencial (S. 62 do TST). As custas serão pagar pelo 
vencido após o trânsito em julgada da sentença e para recurso deverão ser 
comprovadas dentro do prazo recursal. 
Dissídio coletivo – previsto nos arts. 856 a 871 e 873 a 875 da CLT. Amauri 
Mascaro Nascimento conceitua como “um processo destinado à solução de conflitos 
coletivos de trabalho, por meio de pronunciamentos normativos constitutivos de novas 
condições de trabalhos, equivalente a uma regulamentação para os grupos 
conflitantes”. 
Ação de cumprimento: a sentença ou a decisão normativa do processo 
trabalhista não é executada e sim cumprida, podendo ser espontâneo ou por coerção 
mediante a ação de cumprimento, conforme art. 872 da CLT. È permitida a ação 
imediata de cumprimento da sentença, independente do trânsito em julgado,salvo se 
for dado efeito suspensivo ao recurso interposto contra tal sentença. A petição deverá 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894057/artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894051/par%C3%A1grafo-2-artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
 
 
 
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ser escrita e deverá constar cópia da sentença (acórdão). Sua prescrição foi 
pacificada pela S. 350 do TST, inicia-se da data do trânsito em julgado da decisão. 
 
4. ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS 
A CLT trata dos atos, termos e prazos processuais nos artigos 770 a 782. O 
atos trabalhistas devem ser realizados em dias úteis, das 6 às 20h. 
Notificação (abrange citação e a intimação): poderá ser feita pelos correios 
(mais usual) ver súmula 16 do TST, pessoalmente pelo oficial de justiça, publicação 
do edital no diário oficial ou no órgão que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, 
por afixação do edital na Vara do trabalho, Juízo do Trabalho ou Tribunal do Trabalho. 
A lei 9.800/99 permite a transmissão de dados e imagens por fax, todavia, os 
originais deverão ser protocolados até cinco dias do prazo para a prática do referido 
ato ou do envio do fax. 
A Resolução Normativa 132/2005 editou a instrução normativa 28/2005, que 
permite a prática dos atos processuais por e-mail, criando assim o e-doc, que 
disponibiliza nas páginas da internet do TST e dos TRTs o envio de documentos via 
eletrônica. 
Os termos estão previstos na CLT nos artigos 771 a 773, e permite a aplicação 
subsidiária dos artigos 166ª 171 do CPC. 
Os prazos no processos trabalhistas são contados de acordo com os artigos 
774 e 775 da CLT, podendo aplicar subsidiariamente o art. 177ss dos CPC. Os prazos 
são contados a partir do conhecimento do notificado, excluindo o dia do começo e 
incluindo o dia do vencimento. 
 
 
 
 
 
 
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5. RESPOSTAS DO RÉU 
Exceções 
O art. 799 dispõe que nos processos trabalhista somente poderão ser opostas, 
as exceções de suspeição ou incompetência. As hipóteses de suspeição e 
impedimento estão reguladas pelo CPC nos arts. 134 a 138, que são aplicáveis ao 
órgão do MP, ao serventuário da justiça e ao perito. O procedimento da exceção de 
incompetência está regulado pelo artigo 800, e da suspeição no artigo 802 §§ 1º e 2º, 
ambos da CLT. Nos Tribunais, será observado o regimento interno. O réu pode 
oferecer mais de uma exceção ao mesmo tempo. Não se aplica ao processo 
trabalhista parte final do art. 299 do CPC, uma vez que a exceção será processada 
nos próprios autos da reclamação trabalhista, assim sua decisão será interlocutória, 
não caberá recurso. 
Contestação 
A CLT não define contestação e emprega genericamente o vocábulo “defesa”, 
sendo compatível a aplicação subsidiária do art. 300 do CPC. A contestação contra o 
processo está prevista no artigo 301 do CPC, que no entendimento do Carlos 
Henrique Bezerra Leite é aplicável com algumas adaptações ao processo trabalhista, 
assim, o réu, antes de discutir o mérito, alegar todos os incisos do artigo 301 do CPC, 
salvo o inciso IV a perempção e o XI a falta de caução. 
O réu pode também se opor ao pedido formulado pelo autor, neste caso a 
contestação poderá ser direta ou indireta: indireta, o réu reconhece o fato constitutivo 
do direito do autor, mas, opõe outro fato impeditivo, modificativo ou extintivo do pedido 
formulado na petição inicial; direta, é quando o réu ataca o fato constitutivo do direito 
alegado pelo autor seja pela negativa de sua existência, seja pela negativa de seus 
efeitos jurídicos. 
Reconvenção 
Disposta no artigo 315 do CPC, a doutrina majoritária admite que a 
reconvenção é perfeitamente compatível com o processo trabalhista, desde que sejam 
observadas algumas peculiaridades. Deverá ser feita na audiência de conciliação, 
 
 
 
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durante vinte minutos, não sendo obrigatório, mas recomenda-se que sua 
apresentação seja em peça distinta da contestação. Segundo Nelson Nery Júnior seus 
pressupostos são: que o juiz da causa principal não seja absolutamente incompetente 
para julgar a reconvenção; haver compatibilidade entre os ritos procedimentais da 
ação principal e da ação reconvencional; haver processo pendente e haver conexão. 
Inexistência ou nulidade de citação 
A citação é denominada notificação no processo do trabalho, sempre será feita 
via correios. Deverá sempre haver um prazo de cinco dias entre o recebimento da 
notificação e a audiência, para entes de direito público este prazo é de 20 dias. 
Art. 841 da CLT: “Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe 
de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, 
ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à 
audiência de julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. 
Prazo este que servirá para a elaboração da defesa e procura de documentos 
para contraprova, a súmula 16 do TST declara que o não recebimento da notificação 
ou se sua entrega tenha sido após o prazo, importa na nulidade do processo. 
Inépcia da inicial 
A petição inicial será considerada inepta quando houver alguma das hipóteses 
contidas no art. 295 e 296 do CPC: faltar o pedido ou a causa de pedir, narração dos 
sem lógica a concluir, o pedido for juridicamente impossível e contiver pedidos 
incompatíveis entre, não haver pedido, pedido não ser certo ou determinado. 
Litispendência 
Repetição de ação, contendo mesmas partes, a mesma causa de pedir e o 
mesmo objeto, impedindo assim que ações idênticas sejam julgadas em Varas 
diferentes, o pedido de existência da litispendência pede que uma delas seja extinta. 
A litispendência pode ser parcial, quando pertinente apenas a um ou alguns 
pedidos. 
 
 
 
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Coisa Julgada 
Quando a ação ingressada já foi julgada por sentença da qual não caiba mais 
nenhum recurso, neste caso o processo será extinto sem julgamento do mérito. 
Art. 836 da CLT: “É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de 
questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a 
ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da 
Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, sujeita ao depósito 
prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade 
jurídica do autor.” 
Conexão e continência 
Conexão: quando uma ação tem o mesmo objeto ou a mesma causa de pedir 
de outra; 
Continência: ocorrerá quando entre duas ou mais ações haja identidade de 
partes e de causa de pedir, e o objeto de uma abrange as demais; 
Nestes casos não haverá extinção e sem a prevenção do juízo que conheceu 
um dos casos em primeiro lugar, sendo assim remetidos para este as demais ações. 
Havendo alguns destes casos, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das 
partes, ordenará a reunião de todas as ações que foram propostas, salvo se ainda 
não houver sido instruído aguardando sentença. 
Carência da ação 
Haverá carência da ação quando inexiste possibilidade jurídica do pedido, 
legitimidade de parte e falta de interesse processual. A decisão que examinar estas 
questões será de mérito, não sendo o autor carecedor da ação. 
Incapacidade de parte, defeito de representação ou falta de autorização. 
Nestes casos o Juiz dará um prazo para regularização do processo sob pena 
de extinção sem julgamento de mérito. 
 
 
 
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Incapacidade de parte: menor de 18 anos sem representante legal, ou na sua 
falta, pela procuradoria; 
Defeito de representação: sem procuração nos autos ou sem o contrato social 
da empresa; 
Falta de autorização: outorga do cônjuge para ajuizamentoda ação, ou 
preposto sem a carta de preposição. 
6. PROVAS 
É válido também no processo trabalhista, o princípio da livre convicção do juiz, 
ou da persuasão racional da prova ou livre convicção motivada, sendo o Juiz livre para 
apreciar a prova, porém deverá indicar na sentença quais foram os motivos que lhe 
levaram a chegar a sentença. 
Conforme o art. 451 do CPC, ao iniciar a instrução processual, o Juiz, ouvidas 
as partes, deverá fixar os pontos controvertidos, sobre os quais serão feitas as provas 
em juízo. 
Todos os meios legais, de acordo com o art. 332 do CPC, são hábeis para 
provar a verdade dos fatos em que se funda a ação ou a defesa: depoimento pessoal, 
documentos, testemunhas, perícia, inspeção judicial e usos e costumes. 
 
7. SENTENÇA 
Conceitua Sergio Pinto Martins como “o ato pelo qual o Juiz põe fim ao 
processo, decidindo ou não o mérito da postulação”. 
A CLT emprega o termo “decisão” em vez de sentença, arts. 831, 832 e 850, a 
doutrina majoritária defende o uso do vocábulo “sentença” que melhor define a 
conclusão do Juiz num processo. 
No procedimento sumaríssimo a sentença deverá conter os elementos de 
convicção do juízo, com resumo dos fatos importantes ocorridos na audiência, e é 
 
 
 
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dispensado o relatório, portanto a sentença deverá conter a fundamentação e o 
dispositivo. 
Art. 852-I “A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com 
resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.” 
O prazo improrrogável para o Juiz publicar a sentença é de 48 horas, contado 
da audiência de julgamento. 
 
8. RECURSOS 
FUNDAMENTOS  É sabido que falha humana existe, e que ninguém está 
isento, nem mesmo o magistrado. Por isso, ele pode errar, pode julgar mal. Por isso, as 
sentenças de primeiro grau, comumente, são submetidas a reexame por um colegiado 
composto por julgadores que se presume mais capacitado, mais experiente. 
SISTEMA SIMPLIFICADO DA CLT  Tendo em vista a recepção do jus 
postulandi, o sistema celetista é apresentado de forma bastante simplificada. Isso acaba 
beneficiando, também, a celeridade processual. 
Interposição por simples petição  É o que dispõe o artigo 899 da CLT, bastando 
que na petição esteja demonstrada a vontade do reexame da matéria, ainda que despido 
de fundamentação. É claro, no entanto, que estando o reclamante acompanhado de 
advogado, sendo este um técnico, deve ser observada a boa técnica no manejo dos 
recursos. 
Recurso adesivo  Este recurso é previsto pelo artigo 997 § 2º do CPC e 
recepcionado pela CLT. É interposto em face de recurso ordinário, agravo de petição, 
recurso de revista e embargos de divergência ou infringentes. É apresentado no prazo 
da contra razão, em petição apartada. A súmula 283 do TST prevê sua admissibilidade 
no processo trabalhista. 
 
 
 
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Admissibilidade de outros recursos  É o artigo 893 da CLT que aponta o rol 
taxativo dos recursos de natureza trabalhista. Contudo, também são acolhidos outros, 
originados do direito comum. 
Recurso extraordinário – art. 102, III, CR/88; 
Embargos declaratórios – art. 897 – A CLT; 
Pedido de revisão – Rito sumário – Lei 5584/70; 
Correição – anual cf. art. 682, XI da CLT e ordem processual cf. art. 709, II CLT. 
PRINCIPIOS 
Vigência imediata da lei processual nova  Isto ocorre tendo em vista o direito 
intertemporal. A lei processual tem aplicabilidade imediata apanhando todos os 
processos em andamento e alterando o procedimento dos mesmos a partir da sua 
vigência. 
Unirrecorribilidade  Embora os recursos arrolados pela CLT e outros previstos 
pelo CPC sejam acolhidos, é certo, contudo, que não podem ser manejados mais de um 
recurso ao mesmo tempo, mas apenas sucessivamente. 
Variabilidade e fungibilidade  São princípios acolhidos. O primeiro, diz respeito 
ao fato de que, sendo movido um determinado recurso, se observados os pressupostos 
legais, pode-se postular outro recurso, e ter-se-á quanto ao anterior, sua desistência 
presumida. Ex. Prolatada a sentença, a parte maneja embargos de declaração, mas logo 
em seguida, interpõe o recurso ordinário, que é o principal. Tem-se que houve 
desistência quanto aos embargos aviados. 
Já quanto à fungibilidade, se interposto um recurso quando deveria ter sido outro, 
se observados os pressupostos legais, será recebido o recurso aviado como se o outro 
fosse. Ex. interponho recurso de revista quando deveria ser agravo de petição. 
ORIENTAÇÕES GERAIS 
Não se admite no processo trabalhista o recurso das decisões interlocutórias – 
893 § 1º CLT. 
 
 
 
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Não é admitida a reformatio in pejus, exceto se a outra parte também houver 
recorrido. 
A parte poderá a qualquer tempo, mesmo sem anuência da parte contrária, desistir 
do recurso que tiver aviado ( 998 CPC) ou renunciar ao direito de recorrer (999 CPC). 
 
REGRAS GERAIS 
Efeito meramente devolutivo – 899 CLT 
Acolhimento da execução provisória em face ao efeito devolutivo. 
Pressuposto subjetivo  Trata da legitimidade para recorrer: recte, recda, 3º 
interessado, sindicato – 857 CLT, Presidente do TRT ou MPT – 898 CLT. 
Pressupostos objetivos  adequação, prazo, regularidade de poder do subscritor, 
depósito recursal, custas, prazo. ATENÇÃO alterado o artigo 775, prazos contados 
em dias úteis. 
Com relação ao depósito recursal houve sensível modificação trazida pela Lei 
13.467/2017, que alterou o artigo 899, da CLT, sendo que agora o depósito será feito em 
conta vinculada ao juízo e não mais na conta vinculada em trabalhador junto ao FGTS. 
O depósito recursal foi reduzido pela metade conforme § 9º, do artigo 899 da CLT, 
para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos e microempresa e 
empresas de pequeno porte. 
Alterado o rol da isenção para aqueles beneficiários de justiça gratuita, entidades 
filantrópicas e empresas em recuperação judicial. 
E a outra mudança foi no sentido de que o depósito recursal pode ser substituído 
por fiança bancária ou seguro garantia judicial. 
Para o recurso de revista serão acrescentados mais dois: prequestionamento e a 
transcendência (política, jurídica, social e econômica) (art 896 A da CLT). 
Processo de execução: artigo 789 – A 
 
 
 
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Emolumentos: artigo 789 – B 
RECURSO ORDINÁRIO  art. 895 CLT 
 
O ser humano é falível, e com o magistrado não é diferente. Assim, na esperança 
de que a revisão do julgado por um tribunal composto por magistrados mais experientes, 
a parte entende que o direito almejado poderá ser melhor analisado por juízes mais 
vividos, com uma experiência jurídica maior, e pela experiência vivida na magistratura. 
É o mais amplo e genérico dos recursos. Tem a mesma natureza que o recurso 
de apelação da Justiça Comum. É voluntário. Contudo, tratando-se de ação onde se 
discute direito coletivo, que afetarem empresa de serviço público, deverá haver o recurso 
denominado de “ex-offício”, por parte do presidente do tribunal ou do Ministério Público 
do Trabalho. 
Este recurso devolve ao tribunal a reapreciação de toda matéria – 515 § 1º do 
CPC. 
É cabível de todas as decisões proferidas a nível de primeiro grau, nos dissídios 
individuais nas Varas, e nos dissídios individuais ou coletivos, a nível de competência 
originária dos TRT’s – 895, ‘a’, da CLT. Este recurso será utilizado por qualquer das 
partes, quando a sentença for definitiva, com ou sem exame de mérito. Ex. decisão que 
ordenar o arquivamento do processo. 
As decisões proferidas contra a fazenda pública, somente serão objeto de recurso 
“ex-offício” quando a condenação for superior a 60 salários mínimos – Súmula 303 TST. 
O efeito é meramente devolutivo – artigo 899 da CLT. 
Questões relativas a compensação e retenção somente poderão ser discutidas na 
defesa. Também areconvenção deverá ser apresentada quando da apresentação da 
defesa. 
O recurso é interposto por simples petição ou por fax, no prazo de 8 dias. O prazo 
para contra arrazoar é o mesmo. 
 
 
 
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Se houver indeferimento do recebimento do recurso, a parte poderá apresentar 
agravo de instrumento, no prazo de 8 dias. 
Há que ser observado todos os pressupostos exigidos, sob pena de indeferimento. 
RECURSO DE REVISTA  art. 896 da CLT. 
As decisões proferidas pelos tribunais sobre questões idênticas são às vezes são 
diferentes. Assim, o recurso de revista visa exatamente eliminar as divergências de 
interpretação das leis, padronizando o entendimento, bem como a uniformização 
jurisprudencial. 
O cabimento deste recurso obedece ao disposto das alíneas ‘a’ a ‘c’ do artigo 896, 
da CLT. 
Além daqueles pressupostos exigidos para o recurso ordinário, há ainda que ser 
observado o prequestionamento, que se faz por meio dos Embargos de Declaração (896, 
§ 1 A), e a Transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza: política 
(desrespeito ao princípio federativo ou harmonia dos poderes), jurídica (em face a 
desrespeito aos direitos humanos fundamentais ou interesses coletivos indisponíveis), 
social (em razão de comprometimento do mercado de trabalho) e econômica (que atinja 
entidades de direito público ou economia mista ou fato gerador de grave repercussão 
nacional), art 896-A CLT. 
O efeito é meramente devolutivo. O prazo para interposição e contrarrazões é de 
oito dias. O indeferimento sugere a interposição de agravo de instrumento. 
É dirigido ao TST e será apreciado por uma das suas Turmas. 
Não cabe recurso de revista em processo de rito sumaríssimo, com a exceção 
prevista no art 896, § 9º. 
Cabe lembrar que a Lei 13.467/2017 trouxe mudanças para o artigo 896, sendo 
revogados os §§ 3º, 4º, 5º e 6º, e acrescentado o § 14º. 
E com relação a transcendência foi alterado o artigo 896 A, com a inclusão os §§ 
1º ao 6º. 
 
 
 
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RECURSO DE EMBARGOS  art. 893 da CLT. 
A doutrina aponta para os embargos duas óticas distintas: como uma defesa  
que são os recursos infringentes e de divergência; como uma ação  que são os 
embargos do devedor, embargos de terceiros, embargos à arrematação e os embargos 
à adjudicação. 
Os embargos infringentes e de divergência são utilizados apenas perante o TST. 
Portanto, são dois os tipos de embargos existentes: infringentes e divergência. O 
primeiro tem a mesma natureza que o recurso ordinário e será utilizado para recorrer das 
decisões proferidas pelo TST, em competência originária, e sempre que a decisão não 
for unânime. Já a divergência apresenta a mesma natureza que o recurso de revista e 
será utilizada quando dos acórdãos proferidos pelas Turmas do TST, em decisão não 
unânime, em apreciação aos recursos de revistas que subirem dos TRT’s. 
Há que se observar os pressupostos exigidos para os demais recursos. O prazo 
será de 8 dias. O efeito é meramente devolutivo. Ambos serão enviados à SDI-I. 
RECURSO DE AGRAVO DE PETIÇÃO  art. 897, ‘a’, da CLT. 
Este é o único recurso utilizado contra as decisões proferidas nos embargos à 
execução movidos na fase de execução. Há que obedecer aos pressupostos de 
admissibilidade. Contudo, estando o juízo assegurado não há necessidade do depósito 
recursal – I.N. 3/93 DO TST. Não se admite de forma protelatória, daí porque há que se 
delimitar justificadamente a matéria hostilizada - § 1º 897 CLT. As custas serão pagas 
ao final da execução. O seu efeito é meramente devolutivo. O prazo para interpor e 
contraminutar é de oito dias. 
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO  897, ‘b’, da CLT. 
Tal recurso no processo trabalhista é utilizado apenas quando houver 
indeferimento ao seguimento de outro recurso apresentado. Não pode ser negado 
seguimento ao agravo de instrumento. O prazo para apresentação é de 8 dias. Tratando-
se de decisão proferida na Vara este recurso será apresentado diretamente no TRT. 
Tratando-se de acórdão proferido no TRT, este recurso será protocolizado no próprio 
 
 
 
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TRT que o remeterá, posteriormente, ao TST. Pode a decisão ser retratada, e nesse 
caso o agravo perderia seu objeto. Não há depósito recursal e à custa serão pagas ao 
final da execução. Seu efeito é meramente devolutivo. Compete à própria parte a 
formação do instrumento, observando, necessariamente, a juntada das peças exigidas§ 
5º do art. 897da CLT. Como pressuposto de admissibilidade a empresa deverá proceder 
ao depósito no correspondente a 50% do respectivo valor do depósito recursal, conforme 
determinado pelo § 7º do artigo 899 da CLT. 
Atenção – O rol dos recursos específicos do processo civil, no CPC, está 
apresentado no artigo 994. 
Os recursos específicos no processo civil são os seguintes: 
Apelação – art. 1009 a 1014 
Agravo de instrumento – art 1015 a 1020 
Agravo interno – art 1021 
Embargos de declaração – art 1022 a 1026 
Recurso ordinário – STF e STJ – art 1027 a 1028 
Recurso extraordinário/especial – art 1029 a 1041 
Agravo em recurso especial/extraordinário – art 1042 
Embargos de divergência – art 1043 e 1044 
Obs. O art 997, § 2º, do CPC, faz referência ao recurso adesivo. 
 
9. EXECUÇÃO 
A execução visa assegurar aquilo que garantido na sentença. A CLT tem 
poucos artigos sobre execução, são os arts. 876 a 892, só poderão ser executadas as 
sentenças transitadas em julgado, ou que ainda haja recurso com efeito suspensivo. 
 
 
 
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Contendo a sentença parte líquida e parte ilíquida, poderá ser executado a 
parte líquida, e a liquidação da ilíquida. 
Será chamada execução provisória quando se tratar de sentença impugnada 
mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito suspensivo. 
A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, pela parte, de 
ofício pelo juiz e pela Procuradoria do Trabalho. 
Os bens sujeitos à execução são todos aqueles que bastam para satisfazer a 
condenação, a penhora consistirá na apreensão dos bens do executado, acrescido de 
juros e despesas processuais. 
Caso a condenação estipule condição para o seu cumprimento, a execução 
somente será iniciada depois de cumprida a condição. Ex. Para reintegrar o 
empregado, este terá que primeiro devolver o valor recebido a título de rescisão de 
contrato que foi anulada. 
Caso haja na condenação parte líquida e parte ilíquida, pode-se executar a 
líquida e liquidar a outra parte. (783, CPC). E a competência para a execução é do 
Juiz que julgou a causa ou homologou o acordo. (877 CLT). 
Prescrição intercorrente  Com a recente alteração da CLT pela Lei 
13.467/2017, acrescentando o artigo 11 A, foi autorizada a aplicação da prescrição 
intercorrente. 
Com esta alteração foram revogadas as Súmulas 114 do TST e 327 do STF. 
O prazo inicial da referida prescrição é de 2 anos e tem seu inicio a partir da 
execução quando o exequente deixar de cumprir determinação judicial no curso da 
execução, sendo que a prescrição pode ser requerida pela parte interessada, como 
também pode ser declarada de ofício pelo Juiz, em qualquer grau de jurisdição. 
Execução provisória  É permitida por meio de carta de sentença (520 CPC). 
E a CLT (899) faculta a execução provisória, devendo ir até a penhora. 
 
 
 
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Legitimidade ativa  Está prevista pela CLT (878),cuja redação foi alterada 
pela Lei 13.467/2017, que a execução poderá ser proposta por qualquer interessado, 
ou ex officio pelo juiz. 
Para o juiz o seu poder na execução é limitado apenas quando as partes não 
tiverem advogado (jus postulandi), e ainda, não pode apresentar artigos e nem pode 
iniciar execução que tenha condição a ser cumprida pela parte e nem as de obrigações 
alternativas, pois a escolhe pertence sempre ao credor.

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