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Aula 05 - Platão

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03/04/2013 
1 
Platão : a reminiscência e a transcendência 
das ideias 
Universidade Estácio de Sá 
Disciplina: Filosofia 
Professora: Liana Ximenes 
Platão 
• Nascido em uma família nobre em Atenas por volta de 427 
a.C. 
• Tornou-se aluno de Sócrates. 
• A condenação à morte de Sócrates teria desiludido Platão, 
que abandonou Atenas. 
• Viajou bastante, passando um período no Sul da Itália e na 
Sicília. 
• Retornou a Atenas por volta de 385 a.C e fundou em Atenas 
uma escola conhecida como Academia. 
• Permaneceu líder da Academia até a sua morte,em 347 a.C. 
Sócrates e Platão 
• Em 399 a.C., o mentor de Platão, Sócrates foi condenado 
à morte. 
• Platão assumiu a responsabilidade de preservar para a 
posteridade o que tinha aprendido com Sócrates, pois 
este não deixou nada escrito. 
• Utilizou Sócrates como personagem de uma série de 
diálogos. 
• Nesses diálogos é difícil distinguir quais pensamentos são 
do mestre e quais ideias partiram de Platão. 
 
Principais Obras 
• Primeiros diálogos – Apologia, Criton, Górgias, 
Hípias menor, Mênon, Protágoras. 
• Diálogos intermediários – Fédon, Fedro, A 
república, O banquete. 
• Diálogos finais – Parmênides, Sofista, Teeteto. 
 
Platão 
• A obra de Platão se caracteriza como a síntese de uma 
preocupação com a ciência ( o conhecimento verdadeiro 
e legítimo), com a moral e com a política. 
• Obra de Platão pode ser entendida como uma longa 
reflexão sobre a decadência da democracia ateniense, de 
seus valores e ideais. 
• A filosofia corresponderia a um método para se atingir o 
ideal em todas as áreas, pela superação do senso comum. 
 
 
Paradoxo do conhecimento 
• Não é possível o homem procurar o que já sabe, nem o que não 
sabe, porque não necessita procurar aquilo que sabe, e, quanto ao 
que não sabe, não podia procurálo, visto não saber sequer o que 
havia de procurar.(Mênon, 81) 
• Este argumento dos sofistas ficou conhecido como paradoxo do 
conhecimento, que também pode ser expresso através da seguinte 
questão: como encontrar algo de que não se sabe nada? 
• Se não é possível o conhecimento verdadeiro, se o que 
temos são apenas meras opiniões e se o máximo que 
podemos fazer é persuadir o outro que nossa opinião é melhor 
que a dele, concluise, então, que não há certezas, tudo pode ser 
refutável, e estamos imersos em um relativismo total 
 
 
03/04/2013 
2 
Paradoxo do conhecimento 
• Em seu diálogo Mênon, Platão contrapondose 
aos sofistas, procura demonstrar que é possível 
transcender as meras opiniões e buscar um 
verdadeiro conhecimento, a episteme: um 
conhecimento que temos pelo fato de o 
termos buscado metodicamente, distinguindo-se, 
assim, da simples opinião por ser bem 
fundamentado racionalmente.. 
• A resposta oferecida por Platão ao paradoxo do 
conhecimento será a sua teoria da Reminiscência. 
 
 
Teoria da Reminiscência 
• As verdades possuem ligação entre si. 
• A alma unida ao corpo esquece as verdades que 
contemplou. 
• Entretanto, a alma, instigada pela realidade material e 
provocada por um “jogo” de perguntas e respostas (“jogo” 
que reflete o diálogo da própria alma no processo de 
“conhecer”, ou seja, rememorar) pode relembrar as 
verdades contempladas. 
• Conhecer, nessa teoria, é sempre um RE-CONHECER 
caracterizado pelo processo de rememoração. 
• 
 
 
Teoria da Reminiscência 
• Apresentada por Platão como resposta ao paradoxo do 
conhecimento. 
• O critério que garante a possibilidade de identificarmos e 
diferenciarmos o conhecimento do erro, ou a verdade do 
erro, é o processo de rememoração de verdades que a alma 
contemplou antes de se unir ao corpo (momento do 
“nascimento” na forma humana). 
• Segundo essa teoria, a alma pré -existe ao corpo e, separada 
desse, contemplou todas as verdades. 
• Corpo e alma têm natureza distinta e as verdades têm 
afinidade, portanto, com a alma, não com o corpo. 
 
 
Teoria da Reminiscência 
• Platão acreditava que os seres humanos possuiam corpo e 
alma. 
– Corpo – possui os sentidos e apreende mundo material. 
– Alma – pode aprender o mundo das ideias. 
• Platão concluiu que a alma, imortal e eterna, habitou o 
mundo das ideias antes do nosso nascimento e ainda deseja 
retornar aquele reino após a morte. 
• Por isso, as variantes das ideias que o mundo do sentidos 
apresenta soam como reminiscências. 
• Rememorar as lembranças inatas dessas ideias exige razão, 
um atributo da alma. 
Teoria da Reminiscência 
• A lembrança de apenas uma verdade e a retomada 
da certeza adquirida por essa lembrança pode 
desencadear na alma o processo de rememoração de 
todas as verdades, já que essas estão ligadas entre si. 
 
• O reconhecimento fica caracterizado por esse estado 
de certeza adquirido pela alma quando está diante 
de uma verdade inquestionável. Esse estado se 
aproxima do que será nomeado por Descartes (séc. 
XVII) como “evidência”. 
• 
 
 
Teoria da Reminiscência 
• A teoria foi demonstrada a Mênon por Sócrates por meio da 
apresentação de um problema geométrico a um escravo que 
não teria “aprendido” nada de matemática (a duplicação da 
área de um quadrado). 
• Sócrates conduz o processo de rememoração do escravo 
levando-o ao raciocínio pelo jogo de perguntas e respostas. 
• Ainda que o escravo nada pudesse rememorar sem a 
contribuição de Sócrates, quando chega diante da resposta 
correta sua alma “reconhece” ser aquela a reposta 
necessariamente correta, sem necessidade de um 
convencimento. 
 
 
 
03/04/2013 
3 
Teoria da Reminiscência 
• Sócrates começa desenhando um quadrado (provavelmente no chão) 
de lado medindo dois pés e pergunta em seguida ao escravo, qual seria 
o lado de um quadrado que tenha o dobro de área daquele quadrado 
inicial. 
• O escravo responde com total convicção que os lados do quadrado de 
área dobrada deverão ter também a medida do lado duas vezes maior. 
• Sócrates vai, então, sucessivamente questionando as respostas do 
escravo até que este, atônito, termina totalmente convencido de sua 
ignorância: “Por Zeus! Sócrates, não sei.” 
• O objetivo agora é conduzir o escravo através de um interrogatório, 
passo a passo, até que ele alcance a solução do problema 
matemático colocado inicialmente. 
 
Teoria da Reminiscência 
• É então que Sócrates pede ao escravo que junte ao quadrado inicial 
mais três quadrados de mesmo tamanho de modo a formar um 
quadrado de área quádrupla. Em seguida, orienta o escravo a dividir a 
área desses quadrados superpostos em triângulos a partir de suas 
diagonais, para que o escravo possa ver no interior do quadrado maior 
aquele quadrado que tem a área dobrada. 
• O escravo é levado, então, a observar que o lado deste quadrado central 
tem a mesma medida que a diagonal do quadrado inicial, solucionando-
se assim, o problema inicialmente colocado por Sócrates. 
• Platão demonstra, assim, a possibilidade de um conhecimento 
verdadeiro, que transcende as meras opiniões do mundo das aparências. 
 
 
• Obs: No site http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/seminario/platao/exmatprobl.htm está a 
explicação matemática do problema do escravo (com figuras explicativas). 
 
Inatismo 
• Teoria de versões diversificadas que defende uma 
certa condição e/ou um certo conteúdo que 
encontra -se no ser humano (ou o ser vivo que 
estiver sendo considerado) desde seu nascimento. 
• No contexto, pode-se considerar que a teoria da 
Reminiscência de Platão defende, de certa forma, 
um inatismo, pois o conteúdo do conhecimento, as 
verdades já estão presentes na alma desde o 
nascimento, havendo apenas a necessidade de ser 
recuperadas. 
 
 
 
Forma ideal do conceito 
• Sócrates tinha dito que para agir de maneira justa, 
você deveria primeiro perguntar o que é a justiça. 
• Platão sugeriu que, antes de nos referirmos a 
qualquer conceito em nosso pensamento ou 
raciocínio, devemos primeiro especificar o 
conceito. 
• Platão sugere que deve existiralguma espécie de 
forma ideal das coisas no mundo em que vivemos, 
sejam essas coisas conceitos morais ou objetos. 
 
 
Forma ideal do conceito 
• Quando vemos um cão, sabemos que é um cachorro e 
podemos reconhecer todas as raças, tipos de cães, mesmo 
que eles possam diferir em vários aspectos. 
• Todos os cães compartilham a mesma característica 
canina, que é algo que podemos reconhecer e nos 
garante que é um cão. 
• Platão argumentou que para existir tal característica 
canina, todos nós temos em nossas mentes uma ideia de 
cão ideal, que usamos para reconhecer qualquer 
exemplar específico. 
 
 
 
Ideia 
• Ideia - Modelo, paradigma, princípio, 
imaterial, una, em si, a partir do qual tudo 
no mundo sensível é o que é. 
• Mundo Inteligível - Referência ao "mundo 
das Ideias" que só pode ser apreendido 
pelo pensamento e não pelas sensações. 
 
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4 
Ideias e o Mundo Sensível 
• Em si - O que tem uma realidade em si 
mesmo e é independente de qualquer 
outra determinação. 
• As ideias para Platão são em si, 
enquanto o mundo sensível depende 
das Ideias para ser o que é. 
 
 Mundo Sensível 
• Mundo sensível - mundo de tudo o que 
apreendemos pelos sentidos: os seres e 
os artefatos humanos, as sombras, os 
reflexos, as imagens. 
• É dotado de materialidade. Aqui tudo 
encontra -se no devir e apresenta o 
caráter da multiplicidade. 
 
Fonte: O livro 
da Filosofia 
Mundo sensível x Mundo inteligível 
Mundo sensível Mundo inteligível 
Apreendido pelos sentidos Apreendido pelo pensamento 
 
Mundo das aparências Mundo da realidade de fato 
 
Mundo sujeito a mudanças Mundo eterno e imutável 
 
Imperfeito Perfeito 
 
Ideias (Razão ) x Objetos 
• Platão procurou mostrar que o verdadeiro 
conhecimento é alcançado pela razão em vez dos 
sentidos. 
• Ele afirmou que podemos formular em bases lógicas 
que a soma de três ângulos internos é sempre 180 
graus. 
• Sabemos da veracidade dessa informação, ainda que 
o triângulo perfeito não exista em nenhum lugar do 
mundo material. 
 
Mundo das Ideias 
• Platão concluiu que deve haver um 
mundo de ideias, ou formas, totalmente 
separado do mundo material. 
• Nesse mundo das ideias, existe a ideia 
do triângulo perfeito ou do cão 
perfeito. 
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5 
Alegoria ou Mito da Caverna 
• Platão nos convidou a imaginar uma 
caverna na qual as pessoas estão 
aprisionadas desde o nascimento, amarradas, 
encarando a parede ao fundo, na escuridão. 
• Elas só podem olhar para a frente. Atrás 
dos prisioneiros há uma chama brilhante 
que lança sombras nas paredes pelos quais 
eles olham. 
 
 
 
Alegoria ou Mito da Caverna 
• Há também uma plataforma, entre os 
prisioneiros e a fogueira, na qual as pessoas 
andam e exibem vários objetos de tempos 
em tempos, de modo que as sombras desses 
objetos são projetadas nas paredes. 
• Tais sombras são tudo o que os prisioneiros 
conhecem do mundo, e eles não tem noção 
alguma sobre os objetos reais. 
 
 
 Alegoria ou Mito da Caverna 
• Se um prisioneiro conseguir se desamarrar e 
se virar, verá ele mesmo os objetos. 
• Mas, depois de uma vida de confinamento, 
ele provavelmente ficará muito confuso e 
talvez fascinado pelo fogo, e muito 
provavelmente se voltará de novo para a 
parede, a única realidade que conhece. 
 
 
 
 Alegoria ou Mito da Caverna 
• Platão disse que tudo que nossos sentidos apreendem 
do mundo material não passa de imagens na parede da 
caverna, ou seja, são simples sombras da realidade. 
• Como o que aprendemos pelos sentidos é baseado em 
uma experiência de sombras imperfeitas ou 
incompletas da realidade, não podemos ter um 
conhecimento real das coisas. 
• No máximo, podemos ter opiniões, mas conhecimento 
genuíno só pode vir do estudo das ideias. 
 
 
 
 
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6 
Conhecimento 
• A filosofia não deve apenas dizer e afirmar, mas 
preocupar-se em chegar à verdade, à certeza, à 
clareza, através da razão. 
• Trata-se de um discurso que se funda na 
legitimidade, tendo um caráter universal, que se 
impõe pela argumentação racional. 
• A filosofia, para Platão, vai ser esse discurso 
legítimo se instaura como juiz, como critério de 
validade de todos os discursos. 
 
 
 
Conhecimento 
• Conhecimento caracteriza-se como uma 
verdade à qual se consegue acrescentar as 
justificativas, ou seja, consegue se explicar 
cada passo necessário para a sua sustentação. 
• No diálogo Mênon, Platão nomeou esse 
encadeamento de justificativas como “elos do 
raciocínio”. 
 
 
 
Opinião Verdadeira 
• No diálogo Menon, Platão estabelece a diferença entre 
conhecimento e opinião verdadeira. 
• Diferente do conhecimento, o estado de “opinião verdadeira” em 
que a alma pode se encontrar é o estado em que ela consegue 
reconhecer estar diante de uma verdade, mas não consegue 
justificá-la, sustentá-la através do encadeamento das ideias, “elos 
do raciocínio”. 
• No campo das opiniões, em que para os sofistas todas eram 
equivalentes, Platão identifica e estabelece as condições para o 
reconhecimento da opinião que é verdadeira. 
• Aponta para o critério da evidência como reconhecimento de uma 
verdade, porém, ainda se mantendo como opinião, não sabe se 
justificar. 
 
 
 
Opinião Verdadeira 
• Assim, a demonstração geométrica do teorema de 
Pitágoras é vista como uma descoberta extraída do 
próprio espírito do escravo, que sempre o teria 
possuído, na forma de opinião verdadeira. 
• “As opiniões verdadeiras despertam nele como 
em um sonho. Se o interrogarem amiúde e de 
diversas maneiras acerca dos mesmos assuntos, 
podes estar certo de que chegará a possuir um 
conhecimento tão exato como o mais sabedor.” 
(Sócrates em Mênon, 85) 
 
 
 
Opinião 
• A opinião embute nela valores, crenças e 
preconceitos. 
• Oculta as inconsistências da experiência. 
• É preciso ir contra a opinião, que não se apresenta 
como opinião, mas que se apresenta como certeza. 
• É preciso revelar que a opinião tem falsa 
consciência de si mesma. 
 
 
 
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7 
Dialética 
• Método que permite a passagem do mundo sensível 
ao mundo inteligível, através do dialogo. 
• O diálogo socrático visa o desmascaramento da 
realidade, buscando um consenso fundado no 
conhecimento verdadeiro. 
• O ponto de resolução dos conflitos entre opiniões é 
o próprio discurso, o diálogo. 
• A dialética é um processo de abstração, que se 
permite que chegue a definição de conceitos. 
 
Dialética 
 
• Deve admitir provisoriamente contradições para que 
elas sejam superadas. 
• Trata-se de um processo que visa ao interlocutor 
reconhecer a fragilidade de suas próprias crenças, 
• O método dialético exige uma atitude crítica, 
mostrando a necessidade de interrogação, um 
questionamento da própria opinião. 
Passagem ou Analogia da linha 
• O livro VI da República revela o que há de mais 
divino e supremo para Sócrates, o que está no 
ponto mais alto, o único a estar além da justiça: o 
bem. 
• O bem para Platão é para onde direciona todas as 
almas, todos os homens. É aquilo que todos nós 
almejamos e buscamos alcançar. Para Sócrates, 
quem atinge essa espécie de bem é filósofo, pois 
está no ponto mais alto das operações da alma. 
• Sócrates evidencia através dos seus argumentos 
no livro VI que enquanto o sol “reina” na esfera 
sensível, o bem “reina” na esfera inteligível: cada 
um desses possui o seu grau de importância onde 
ilumina. 
 
Passagem ou Analogia da linha 
O paralelo entre as duas esferas, sensível e inteligível, gera a 
comparação entre os seguintes elementos, sendo os da esquerda 
pertencentes à esfera sensível e os da direita esfera inteligível: 
Fonte: (Coelho, 2013). 
Passagem ou Analogia da linha 
• A analogia da linha constitui-se de uma linha dividida em duas 
partes inicialmente, separando esfera sensível abaixo e esfera 
inteligível acima. 
 
Mundo 
Inteligível 
Mundo 
Sensível 
Tripartição da alma 
• Tese apresentada por Platão no livro IV da Repúblicaem 
que às três partes da alma se estabelece uma analogia com 
a divisão da cidade em três classes. 
• A alma é constituída por: 
– uma parte apetitiva (diz respeito às necessidades 
materiais) que corresponderia na cidade aos artesãos; 
– uma parte irascível (diz respeito, principalmente, à 
honra) correspondente aos guerreiros 
– e uma parte racional, correspondente ao governante. 
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8 
Tripartição da alma 
• Alma apetitiva ou sensível –morada dos desejos e das 
paixões, à qual corresponde a virtude da moderação ou 
temperança; 
• Alma irascível, , que impele à ação e ao valor; 
• Alma racional - que pertence à ordem inteligível e permite 
ao homem recordar sua existência anterior (teoria da 
reminiscência) e aceder ao mundo das idéias, mediante o 
cultivo da filosofia. 
Tripartição da alma 
• Daí se desenvolve a concepção de justiça 
como a harmonia, no indivíduo e na 
cidade, entre as três partes e de injustiça 
como qualquer outra situação que a parte 
racional não esteja no governo ou não 
esteja governando instaurando a 
harmonia. 
 
 
Partes da alma Influência da filosofia de Platão 
• Impacto da divisão mente e corpo 
para a Psicologia. 
• Influência no movimento filosófico 
denominado racionalismo. 
 
 
 
Referências 
• Buckingham, W. et al. O livro da Filosofia. São Paulo: Globo, 
2011. 
• Marcondes 
• Chauí 
• Coelho, A. Livros VI e VII da República: Formas e Fenômenos 
em Platão. Revista Urutágua – revista acadêmica 
multidisciplinar. N.06. Acesso em: 
http://www.urutagua.uem.br/006/06coelho.pdf

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