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Conteudista: Prof. Esp. Gabriel Henares Eroico Revisão Textual: Prof.ª Esp. Lorena Garcia Aragão de Souza Objetivos da Unidade: Entender o que são ações regressivas previdenciárias; Aprender o que é RAT/FAP e como a empresa paga mais contribuição se ela tiver mais acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho; Conhecer quais são os órgãos externos de fiscalização e de proteção da saúde do trabalhador; Demonstrar, por meio de um caso real de um acidente de trabalho fatal, as consequências financeiras que um processo trabalhista pode gerar para a empresa; Entender os principais pontos da elaboração do PCMSO e sua importância no controle da saúde dos trabalhadores; Entender o que é gestão de segurança em SST e como é formada a gestão de segurança industrial. A Gestão de Segurança e o Controle Médico da Saúde dos Trabalhadores 📄 Material Teórico 📄 Material Complementar 📄 Referências Gestão de Segurança em SST O principal objetivo da gestão de segurança do trabalho de uma indústria é evitar os acidentes de trabalho. Para isso, é necessário que a organização tenha uma política de prevenção de acidentes ligados ao seu processo produtivo, bem como um olhar voltado aos assalariados da empresa, ao meio ambiente e à população em geral. A prevenção dos acidentes não se relaciona somente aos trabalhadores da linha de produção, mas também aos outros setores da empresa, como recursos humanos, departamento de engenharia, administração, compras etc. No setor industrial, além da preocupação com os acidentes de trabalho, a gestão de segurança da empresa também deve se preocupar com os riscos que podem ocasionar um acidente ampliado, sendo que este ocorre quando o acidente ultrapassa os limites físicos da empresa e suas consequências afetam a população em volta da empresa ou a população em geral. A ergonomia da atividade (GUÉRIN et al., 2001) explana que o trabalho prescrito não é igual ao trabalho real (conceito visto anteriormente), portanto, para uma gestão de segurança mais eficiente, é necessário entender que nem sempre o trabalho prescrito (teórico/normatizado) dará conta de todos os cenários possíveis que estão presente na atividade, devido às variabilidades que podem aparecer em cenários de imprevistos, que podem impactar indiretamente ou diretamente o trabalho. O filme “Sully: O Herói do Rio Hudson” (2016) é um exemplo para entender que nem sempre o trabalho prescrito é igual ao real. Nesse filme, é retratada a reconstrução real de um acidente aéreo, ocasionado pela perda de ambos os motores de um avião civil, com cerca de 150 passageiros, devido ao avião ter colidido com pássaros. Ao perder ambos os motores, o piloto Página 1 de 3 📄 Material Teórico Chesley Sullenberger teve que decidir em poucos segundos o que faria para conseguir pousar. Ele decidiu, devido à situação, amerissar o avião no Rio Hudson, visto que, para ele, não era possível pousar o avião nos aeroportos próximos. Mesmo que o pouso tenha sido um sucesso e que ninguém tenha morrido devido ao acidente, a empresa aérea abriu um inquérito para apurar os fatos e isso ameaçou a reputação e a carreira de Chesley, visto que a empresa não entendia que o cenário de pouso no rio Hudson tinha sido o melhor para a situação e concluiu que Chesley tinha exposto os passageiros a um maior risco. A empresa aérea usou um simulador para replicar todo o cenário de voo da situação e provou que era possível Chesley ter pousado em um aeroporto. Com isso, ele teve que responder por descumprir os procedimentos da empresa. Acontece que Chesley disse que teve que tomar uma decisão totalmente inesperada e que a empresa aérea, quando programou o simulador, já sabia que o avião deveria, depois do acidente, pousar em determinado aeroporto; porém, ele, sendo um ser humano, não tinha como raciocinar isso imediatamente. Logo, Chesley pediu que fosse acrescentado, no simulador, cerca de 15 segundos de reflexão. Com esse tempo a mais, o simulador não conseguia mais pousar o avião nos aeroportos das redondezas. O filme Sully é um exemplo clássico que demonstra que nem sempre o trabalho conseguirá ser executado exatamente como determina o trabalho prescrito e planejado pela empresa, pois as variabilidades podem fazer com que ele entre em um estado crítico no qual não havia sido planejado para ser feito, considerando uma nova condição. Durante o planejamento da atividade, Glossário Amerissar: pouso na água. antes de ela ser executada, as variabilidades devem ser planejadas pela empresa, porém, como o trabalho é complexo, devido à interrelação entre diversos elementos de diversos sistemas, é possível que alguma variabilidade que não tenha sido prevista aconteça. Quando isso ocorre, em algumas situações, é possível parar o trabalho e planejar o que será feito, todavia, em determinadas situações, não é possível, como mostrado no caso do filme Sully. Daniellou, Simard e Bissières (2013) descrevem que a resposta do sistema para as situações que não conseguiram ser antecipadas no planejamento depende dos recursos locais, das equipes e do gerenciamento disponível em tempo real. Os autores relatam que a capacidade de antecipar, de detectar precocemente e de responder adequadamente às variações do funcionamento do sistema é denominada de resiliência, que tem por objetivo minimizar os efeitos sobre a estabilidade dinâmica, ou seja, quanto mais a gestão de segurança consegue antecipar as variabilidades que podem ocorrer durante a atividade, mais o sistema se torna resiliente. Ainda, segundo os autores, a resiliência depende de dois componentes: A segurança normatizada integra o trabalho prescrito, aquele que é devidamente planejado com antecedência pela gestão de segurança com base nos processos formais (procedimentos, ordens de serviços, permissões de trabalho etc.). A segurança em ação é a capacidade de lidar com o trabalho real, no qual o corpo técnico da empresa e os trabalhadores terão que lidar com as variabilidades não previstas. A segurança ideal é a junção entre a segurança normatizada e a segurança em ação, que formam a segurança industrial (Figura 1). Segurança normatizada: impedir todos os defeitos ou problemas previsíveis, por meio de regras, formalismos, automatismos, equipamentos de proteção e de medidas, formação relacionada aos “comportamentos seguros” e uma gestão que garanta o respeito às regras; Segurança em ação: capacidade de antecipar e de perceber os problemas não previstos pela organização e de dar respostas a essas situações. É baseado nos conhecimentos e na experiência humana, na qualidade das iniciativas, no funcionamento dos coletivos e das organizações e em um gerenciamento que está atento à realidade das situações, propiciando um engajamento entre diferentes tipos de conhecimentos úteis para a segurança. Figura 1 – Os componentes da segurança Fonte: Adaptada de DANIELLOU; SIMARD; BOISSIÈRES, 2013 #Paratodosverem: a Figura 1 possui três círculos vazios em branco, em que cada um deles possui um texto escrito. Os dois primeiros círculos se somam, formando, juntos, o terceiro círculo. No primeiro círculo, está escrito “Segurança normatizada: prever o melhor possível”. No segundo círculo, está escrito “Segurança em ação: Presença diante do imprevisto”. No terceiro círculo, está escrito “Segurança industrial”. Fim da descrição. Grande parte das empresas, inclusive empresas com alto investimento financeiro em segurança, se negam a reconhecer que o trabalho real é diferente do trabalho prescrito, pois acreditam que o procedimento é capaz de lidar com todas as situações que possam surgir. Nesse caso, pode-se dizer que essas empresas possuem uma segurança normatizada. Amalberti (2016) define que a segurança de um sistema complexo necessita passar por quatro etapas: a) conhecer onde estão os riscos e construir e priorizar um sistema de defesas; b) confrontar e ajustar o modelo do trabalho teórico ao trabalho real; c) levar em consideração os entraves macroeconômicose políticos e ter um olhar além da análise; d) quando as etapas anteriores tiverem sido feitas e o sistema tiver permanecido significativamente sob controle, é necessário questionar a sua resistência residual a circunstâncias excepcionais, tornando central a questão sobre a resiliência. De acordo com Amalberti (2016), a segurança do sistema nunca pode ser considerada uma obra acabada, pois ela sempre possui um estado de transição (devido à vida útil de seus processos no meio em que está inserida) que pode ser notado pelos clientes internos e externos e pelos órgãos fiscalizadores. Por isso, é fundamental que a gestão da segurança da empresa se questione novamente e perceba o equilíbrio entre o presente e o futuro, para que a empresa continue sobrevivendo. Conforme Reason (2000), a caracterização do erro humano como causa dos acidentes de trabalho, nas análises de acidente de trabalho, é um problema para a prevenção dos acidentes. O autor define que esse problema pode ser visto sob dois olhares, sendo eles a abordagem centrada no indivíduo e a organizacional: Reason (2000) explana que quando um acidente ocorre, a questão principal não é buscar quem errou, mas analisar de que maneira e por quais motivos as barreiras da organização falharam. Para que a empresa consiga construir um nível de segurança industrial, é preciso que a abordagem da gestão de segurança dela seja organizacional. Conforme Dwyer (2006), os acidentes de trabalho são relacionados a razões sociotécnicas, que, além de ter o caráter técnico (por exemplo, falha nas medidas de engenharia), possuem as Abordagem centrada no indivíduo: as violações dos procedimentos e os erros dos operadores são compreendidos como atos inseguros (falta de atenção, ausência de motivação, esquecimento, imprudência/negligência, falta de cuidado etc.) e as providências adotadas para esses casos se concentram em reduzir as variabilidades indesejadas do fator humano, ou seja, são centradas nos trabalhadores. Os meios para controlar o fator humano utilizados são centrados em reforçar ou criar novos procedimentos, enfatizando o cumprimento das normas, pôsteres que invocam o sentimento de medo nos indivíduos, medidas disciplinares pelo não cumprimento das regras, reforço ao treinamento, ameaça de litígio, atribuição de culpa e sentimento de vergonha; Abordagem organizacional: diferentemente da abordagem centrada no indivíduo, neste caso, a gestão já parte do princípio de que os seres humanos são falíveis e de que os erros são esperados, mesmo nas organizações mais complexas. Portanto, os erros são compreendidos muito mais como consequência do que como causa dos acidentes, nos quais as origens dos erros dos operadores estariam em condições latentes, incubadas na organização, e não na perversidade humana; relações sociais entre o trabalhador e o empregador. O autor explica que, para entender essa relação social, é necessário compreender três níveis sociais, que explicam o desenvolvimento da relação entre trabalhador e empregador: nível de comando, de recompensa e organizacional. A Gestão do FAP e do RAT sobre os Acidentes de Trabalho Toda empresa que não se enquadra no regime de faturamento do simples nacional terá a tributação do FAP (Fator Acidentário de Prevenção) e do RAT (Riscos Ambientais do Trabalho) em sua folha de pagamento. O FAP é um índice que é aplicado sobre a contribuição do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente do RAT, o qual pode resultar tanto em um acréscimo quanto em uma diminuição da contribuição. O índice do RAT é inerente ao grau de risco da atividade que a empresa exerce, portanto ele deve ser consultado com base no CNAE da empresa (Anexo V do Decreto n° 10.410/2020), logo, não há como alterá-lo. A alíquota do RAT é de 1%, 2% ou 3%, para o risco leve, médio e grave, respectivamente. O RAT também pode ser chamado de GILRAT (Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho). O FAP é um Nível de comando: está atrelado à forma como o empregador tenta administrar as ações feitas pelo empregado, por exemplo, por meio do autoritarismo, da servidão voluntária (realização de atividades perigosas e complexas na empresa, sem que o empregado se oponha a realizá-las e sem que ele receba recompensas extraordinárias para executar o serviço) e do desmembramento do grupo de trabalho (por exemplo, alta rotatividade de trabalhadores na função); Nível de recompensa: está relacionado à recompensa que o trabalhador recebe para executar a atividade (incentivos financeiros), visando ao aumento de produtividade e ao aumento da jornada de trabalho; Nível organizacional: subqualificação dos empregados (conhecimento aquém do necessário para realizar a atividade), falta de organização (por exemplo, falta ou falha de manutenção de máquinas ou equipamentos) e armadilhas cognitivas (situações que podem induzir o trabalhador ao erro) geradas pela rotina do trabalho. multiplicador sobre a alíquota do RAT e varia em um intervalo fechado contínuo de 0,5 a 2,0. A Tabela 1 apresenta a alíquota do RAT para algumas atividades econômicas. Tabela 1 – Alíquotas do RAT para algumas atividades econômicas CNAE Descrição da Atividade Econômica Alíquota RAT (%) 4330-4/01 Impermeabilização em obras de engenharia civil 3 4299-5/99 Outras obras de engenharia civil não especificadas anteriormente 3 4637-1/04 Comércio atacadista de pães, bolos, biscoitos e similares 2 4641-9/02 Comércio atacadista de artigos de cama, mesa e banho 3 4782-2/01 Comércio varejista de calçados 2 5913-8/00 Distribuição cinematográfica, de vídeo e de programas de televisão 1 6204-0/00 Consultoria em tecnologia da informação 2 CNAE Descrição da Atividade Econômica Alíquota RAT (%) 6920-6/01 Atividades de contabilidade 1 7119-7/04 Serviços de perícia técnica relacionados à segurança do trabalho 1 Fonte: Adaptada de BRASIL, 2020a Empresas que possuem maior índice de acidentes de trabalho registrados e que não possuem uma gestão de segurança eficiente no combate aos acidentes e às doenças ocupacionais terão um índice de FAP maior do que as empresas que investem em segurança. As empresas que possuem menor índice de acidentes e de doenças ocupacionais terão que pagar uma contribuição menor ao governo, pois o FAP delas será menor. Caso a empresa não tenha nenhum registro de acidentes e doenças ocupacionais, o FAP dela será de 0,5, logo, ela é bonificada com uma redução de 50% da alíquota. Se, porventura, a empresa tiver muitos registros, ela pode ser taxada a pagar uma alíquota de 2,0 de FAP, compreendendo, então, um aumento de 100% da contribuição. O FAP varia anualmente e é calculado para cada estabelecimento, considerando o desempenho nos índices de frequência, de gravidade e de custos relacionados aos acidentes de trabalho e às doenças ocupacionais registradas nos últimos dois anos. Portanto, a fórmula para o cálculo da contribuição que a empresa deverá pagar é: Contribuição anual (R$) = Valor total da folha de pagamentos × FAP × RAT Exemplo 1: empresa de construção civil com uma gestão de segurança eficiente para prevenção dos acidentes e das doenças ocupacionais. No ano de 2021, não houve nenhum registro de acidente ou doença ocupacional. Dados do Exercício: Contribuição anual (R$) = R$ 1.600,00 × 0,5 × 0,03 = R$ 24.000,00 Exemplo 2: considere exatamente a mesma empresa do Exemplo 1 (com os mesmos dados), porém supondo que ela possui uma gestão ineficiente em segurança para a prevenção dos acidentes e das doenças ocupacionais, com alto índice de afastamento do trabalho pelos seus empregados. Dados do Exercício: FAP: 2,0. Contribuição anual (R$) = R$ 1.600,00 × 2,0 × 0,03 = R$ 96.000,00 Comparando o Exemplo 1 com o Exemplo 2, caso a empresa não possua uma gestão de segurança eficiente no combate dos acidentes e das doenças ocupacionais, em seu pior cenário, ela terá que pagar uma contribuição anual de R$ 72.000,00 a mais do queela pagaria caso não tivesse nenhuma ocorrência. Essa contribuição é um dos motivos pelos quais muitas empresas sonegam a emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), pois quanto maior o Atividade principal: outras obras de engenharia civil não especificadas anteriormente; CNAE: 4299-5/99 (grau de risco 3); Valor total da folha de pagamento da empresa no ano de 2021: R$ 1.600.000,00 (um milhão e seiscentos mil reais); RAT: 3% / FAP: 0,5. número de registros, maior é a tendência de o FAP da empresa aumentar. Para as organizações que investem em segurança (Exemplo 1), há a bonificação de pagar metade do valor da contribuição devida, portanto, isso é um estímulo para que a empresa invista na segurança. Contribuição anual (R$) = R$ 1.600,00 × 2,0 × 0,03 = R$ 96.000,00 Comparando o Exemplo 1 com o Exemplo 2, caso a empresa não possua uma gestão de segurança eficiente no combate dos acidentes e das doenças ocupacionais, em seu pior cenário, ela terá que pagar uma contribuição anual de R$ 72.000,00 a mais do que ela pagaria caso não tivesse nenhuma ocorrência. Essa contribuição é um dos motivos pelos quais muitas empresas sonegam a emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), pois quanto maior o número de registros, maior é a tendência de o FAP da empresa aumentar. Para as organizações que investem em segurança (Exemplo 1), há a bonificação de pagar metade do valor da contribuição devida, portanto, isso é um estímulo para que a empresa invista na segurança. Ação Trabalhista por Acidente ou por Doença Relacionada ao Trabalho Quando um empregado sofre um acidente de trabalho, um acidente de trajeto, uma doença ocupacional ou uma doença do trabalho, ele ou sua família podem ajuizar uma ação na Justiça do Trabalho, pedindo danos materiais e morais. Quando o empregado precisa ficar afastado do trabalho por um período superior a 15 dias consecutivos, o INSS pode reconhecer o auxílio- doença acidentário (B91), que é um benefício por incapacidade temporária. Caso o empregado tenha alguma doença comum que não seja relacionada ao trabalho ou caso tenha sofrido algum acidente não relacionado ao trabalho, ele receberá o auxílio-doença previdenciário (B31). A diferença entre o B31 e o B91 é que, no B91, o INSS reconhece que as causas da lesão foram decorrentes do trabalho se for constatado o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), portanto, a empresa pode ser responsabilizada pelos danos. FAP: 2,0. O empregado afastado por B91 possui direitos trabalhistas garantidos, como: Estabilidade de um ano depois de retornar às suas atividades na empresa, depois de ser liberado pelo INSS; Rescisão indireta do contrato de trabalho pelo empregado, quando constatados o NTEP entre a incapacidade e o meio ambiente de trabalho, e a culpa do empregador; Indenização moral, quando constatado que houve culpa do empregador pelas condições do trabalho; Indenização material, quando constatado que houve culpa do empregador pelas condições do trabalho, com relação aos gastos médicos que o empregado teve (hospital, internação, exames, consultas, remédios etc.) Ou a outros prejuízos financeiros que o empregado teve; Manutenção do convênio médico, quando aplicável; Manutenção do seguro de vida, quando aplicável; Manutenção dos benefícios de cesta básica, vale-alimentação e complementos salarias; Pensão mensal, caso o empregado perca parte da sua capacidade laborativa ou toda sua capacidade. Essa pensão pode chegar a ser vitalícia, dependendo do estado clínico que o empregado acidentado apresentar durante sua evolução. Se, por acaso, o empregado falecer, a empresa pode ser condenada a pagar uma pensão mensal vitalícia à viúva e aos filhos, até estes se tornarem maiores de idade. O art. 186 do Código Civil (Lei 10.406/2002) cita que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” Ademais, o art. 927 cita que “aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Logo, juridicamente, havendo responsabilidade e culpa perante a justiça sobre o fato, o agente causador é obrigado a reparar o dano. Portanto, no caso de um acidente ou de uma doença relacionada ao trabalho, o empregador, juridicamente, pode ser responsável a arcar com todas as despesas que o acidentado teve. Glossário Rescisão indireta: o próprio empregado solicita sua demissão (o que difere do pedido de demissão) quando o empregador descumpre o acordo ou a lei sentenciada no momento da contratação. Importante! Cabe ressaltar que a justiça do trabalho, conforme determina a legislação, procura os responsáveis sobre o acidente do trabalho sob um olhar jurídico, pois a lei cita que estes devem ser responsabilizados pelos atos ilícitos cometidos. Todavia, em uma análise de acidente de trabalho, o olhar para a prevenção deve ser diferente do olhar jurídico, Exemplo de Caso Real de Ação Trabalhista Envolvendo Acidente de Trabalho Para ilustrar as proporções financeiras que uma ação trabalhista pode ter em uma empresa devido a um acidente de trabalho, será mostrado um caso real em que a empresa foi processada: ou seja, a análise não deve buscar os culpados, mas sim as verdadeiras causas latentes que causaram o acidente (REASON, 2000), estando tais causas relacionadas a problemas de falhas na gestão da organização. Caso a análise do acidente da empresa siga o caminho de culpar os envolvidos sobre os acontecimentos, a tendência é que muitos fatos sejam omitidos na investigação, visto que as pessoas terão medo de falar sobre o que aconteceu. Acidente de trabalho fatal ocorrido em 2012. A vítima prestou serviços para a empresa por 20 dias. O caso foi conduzido pelo Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região, 15ª Turma (processo de consulta pública). Os dados não serão colocados para preservar a vítima. Descrição de parte do processo: “É incontroverso que (nome da vítima) sofreu acidente de trabalho no dia 19 de julho de 2012, decorrente das atividades que desenvolvia para a reclamada, pois ao descarregar um caminhão no canteiro de obras se desequilibrou e caiu de uma altura aproximada de dois metros resultando na sua morte no dia 24 de julho de 2012, o que evidencia a existência do nexo causal, folhas 19 até 22 e 42. Condenação da empresa (novembro de 2014): - Processo da 15ª Turma do TRT 2ª Região Pagamento de indenização por danos materiais: • Pagamento de pensão mensal vitalícia para a viúva sobre o valor de 70% do último salário da vítima, até a idade que este completaria 70 anos de idade; E o dano restou incontroverso com o óbito do empregado que contava com quarenta e dois anos de idade, folha 22. Não houve comprovação de culpa exclusiva da vítima, assim como não houve comprovação do fornecimento ou de fiscalização de uso de equipamento de proteção individual adequados ao risco a que o empregado estava exposto. A reclamada não comprovou que adotasse medidas de segurança e medicina do trabalho, suficientes e adequadas para preservar a saúde e integridade física dos trabalhadores e evitar acidentes, como o ocorrido com a vítima, pois era seu dever fiscalizar a utilização dos equipamentos de proteção individual e não o fez, evidenciando sua culpa. Ao contrário, há declaração da testemunha (nome da testemunha), folha 78, de que não costumam usar capacete nem bota, e que o reclamante costumava auxiliá-lo usando chinelo. Não houve comprovação da existência de culpa exclusiva ou concorrente do empregado.” Ação Regressiva Previdenciária Sobre o Acidente ou sobre a Doença Relacionada ao Trabalho A ação regressiva previdenciária tem por objeto ressarcir a Previdência Social sobre as despesas previdenciárias advindas de atos ilícitos, por exemplo, o descumprimento das normas de saúde e de segurança do trabalho que resultaram em um acidente de trabalho. Portanto, em um acidente de trabalhoou em uma doença relacionada ao trabalho, caso o INSS consiga provar que a culpa foi exclusiva da empresa, ele poderá entrar com uma ação regressiva na esfera cível contra a empresa para reparar os danos causados aos cofres da Previdência Social. Quando houver exame concreto dos fatos e dos respectivos argumentos jurídicos que viabilizem a hipótese de responsabilização, incluindo crimes de modalidade culposa (crime praticado sem intenção), o INSS poderá dar ajuizamento em uma ação regressiva, em que esta será proposta quando houver elementos capazes de provar a ocorrência do ato ilícito, demonstrando o nexo causal, a culpabilidade e o demonstrativo das despesas que o INSS teve. Órgãos Externos de Fiscalização e de Proteção à Saúde e à Segurança do Trabalhador • Pagamento de pensão mensal para o filho menor de idade até completar 23 anos, sobre o valor de 30% do último salário da vítima. Pagamento de indenização por danos morais: R$ 100.000,00 (cem mil reais); Pagamento de custas processuais; Pagamento de honorários advocatícios fixados em 15% do valor da causa. Ministério Público do Trabalho (MPT): é o ramo do Ministério Público da União (MPU) que cuida da fiscalização sobre os cumprimentos das legislações trabalhistas de interesse coletivo, com o objetivo de regularizar e mediar as relações de trabalho entre trabalhadores e empregadores. O MPT pode abrir uma investigação na Figura 2 – Logotipo do Ministério Público do Trabalho Fonte: mpt.mr.br #Paratodosverem: logotipo do Ministério Público do Trabalho, escrito “MPT – Ministério Público do Trabalho” na cor bordô. A logotipo mostra, aparentemente, uma espada entre dois triângulos. O fundo dela é branco. empresa por meio de denúncia (qualquer cidadão pode fazê-la), pode ser intimidado por outro órgão para fazer a fiscalização, ou pode, ele mesmo, abrir uma investigação quando for cabível. Caso a investigação e a denúncia tenham fundamentos, será aberto um Inquérito Civil Público (ICP). O MPT também é responsável por propor ações para a defesa dos direitos de índios, de pessoas incapazes e de menores de idade, resultantes de relações trabalhistas. Quando a empresa é fiscalizada e intimada, as partes envolvidas são convocadas a comparecer às audiências e a fornecer os documentos requisitados e as informações necessárias para a investigação. Caso as melhorias necessárias para a regularização não sejam feitas, o MPT pode requisitar a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) pela empresa, com diversas cláusulas que são ajustadas com a realidade do caso, em que cada uma delas possui um prazo para adequação e uma multa caso a cláusula não seja regularizada no prazo. Se, porventura, a empresa não quiser assinar o TAC (os prazos e multas podem ser negociados), pode ser aberta pelo MPT uma Ação Civil Pública (ACP), na qual a Justiça do Trabalho irá julgar e tomar decisões sobre os fatos. Figura 3 – Logotipo do CEREST Fonte: crmpr.org #Paratodosverem: logotipo do CEREST, em que está escrita a palavra “CEREST” na cor preta, porém a letra “C” está escrita na cor branca dentro da figura de uma palma da mão. Embaixo do nome “CEREST”, está escrito “Centro de Referência em Saúde do Trabalhador” na cor vermelha Centros de Referências em Saúde do Trabalho (CEREST): promovem ações para melhorias das condições de trabalho e da qualidade de vida dos trabalhadores, por intermédio da vigilância e da prevenção. Os CERESTs são divididos em regionais e em estaduais. O órgão é um eixo estruturante da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalho (RENAST), que é coordenado pelo Ministério da Saúde com base nas políticas da rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). As atribuições do CEREST incluem o apoio a investigações de maior complexidade, assessoria à realização de convênios de cooperação técnica, subsídio à proposta de políticas públicas, atendimento e identificação de acidentes e de doenças relacionadas ao trabalho e a fiscalização de empresas quanto ao descumprimento das legislações trabalhistas no âmbito da saúde e da segurança do trabalhador. O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) O PCMSO é um programa de controle médico com o objetivo de preservar e proteger a saúde dos trabalhadores em relação aos riscos ocupacionais, conforme a avaliação definida no PGR da empresa. A norma regulamentadora que dá as diretrizes para esse programa é a NR-7. Seu item 7.3.2 define doze diretrizes que o programa deve conter: Auditoria Fiscal do Trabalho: parte integrante do Ministério do Trabalho e Previdência, conhecido antigamente como Ministério do Trabalho e Emprego, possui o papel de fiscalização em todo o território nacional em relação ao cumprimento das legislações trabalhistas por meio dos Auditores-Fiscais do Trabalho (AFT). Também fazem parte da atribuição dos AFT a verificação dos registros formais de trabalho; o combate à informalidade de emprego; a verificação do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); a verificação do cumprimento de acordos e convenções coletivas entre empregadores e trabalhadores; o embargo e a interdição de obras quando constatado risco grave e iminente ao trabalhador; o combate ao trabalho escravo e infantil; e a promoção da inserção de Pessoas com Deficiência (PCD) no mercado de trabalho. “a) rastrear e detectar precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho; b) detectar possíveis exposições excessivas a agentes nocivos ocupacionais; c) definir a aptidão de cada empregado para exercer suas funções ou tarefas determinadas; d) subsidiar a implantação e o monitoramento da eficácia das medidas de prevenção adotadas na organização; O PCMSO deve incluir ações de vigilância passiva e ativa. Pode-se entender por vigilância passiva quando o empregado procura espontaneamente os serviços médicos para relatar algum ocorrido, e vigilância ativa quando são feitos exames médicos previstos na NR-7 e exames complementares (se necessário) junto à coleta de dados sobre situações que podem agravar a saúde dos trabalhadores, conforme os riscos ocupacionais relatados. Segundo o item 7.4.1, alínea “c”, da NR-7, o responsável pelo preenchimento do PCMSO deve ser um médico do trabalho. Se, porventura, não houver médico do trabalho na localidade da - BRASIL, 2022 e) subsidiar análises epidemiológicas e estatísticas sobre os agravos à saúde e sua relação com os riscos ocupacionais; f) subsidiar decisões sobre o afastamento de empregados de situações de trabalho que possam comprometer sua saúde; g) subsidiar a emissão de notificações de agravos relacionados ao trabalho, de acordo com a regulamentação pertinente; h) subsidiar o encaminhamento de empregados à Previdência Social; i) acompanhar de forma diferenciada o empregado cujo estado de saúde possa ser especialmente afetado pelos riscos ocupacionais; j) subsidiar a Previdência Social nas ações de reabilitação profissional; k) subsidiar ações de readaptação profissional; l) controlar da imunização ativa dos empregados, relacionada a riscos ocupacionais, sempre que houver recomendação do Ministério da Saúde.” empresa, a empresa pode contratar médico de outra especialidade, conforme item 7.5.2 da NR-7. O PCMSO deve, obrigatoriamente, avaliar o estado de saúde dos trabalhadores em atividades críticas, considerando todos os riscos ocupacionais envolvidos, conforme definido no PGR, e investigar doenças que possam impedir a realização dessas atividades com segurança. Na hipótese do médico responsável pelo PCMSO encontrar alguma inconsistência no inventário de riscos do PGR, esse documento deve ser reavaliado em conjunto com o responsável pelo PGR. Anualmente, o médico responsável pelo programa deve preparar um relatório analítico, considerando a data do último relatório, incluindo, no mínimo: a) quantitativo de exames clínicos feitos; b) quantitativo e tipos de exames complementares feitos; c) estatísticas de resultados fora do padrão normal, referentesaos exames complementares, listados a partir do tipo de exame, do tipo de setor, da função ou da unidade operacional; d) estatísticas mostrando incidência e prevalência de doenças vinculadas ao trabalho, listadas por setor, por função ou por unidade operacional; e) informações sobre o quantitativo, os tipos de eventos e as doenças constatadas nas CATs da empresa; f) análise comparativa entre o relatório analítico atual e o relatório do ano anterior, discutindo as variações dos resultados. Conforme o item 7.6.6 da NR-7, para as empresas com grau de risco 1 e 2, com até 25 empregados, e para as empresas com grau de risco 3 e 4, com até 10 empregados, o relatório analítico pode ser elaborado apenas com as informações das alternativas “a” e “b”. De acordo com o item 7.5.6 da NR-7, o PCMSO deve conter os seguintes exames médicos obrigatórios: admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de riscos ocupacionais e demissional. O exame admissional sempre deve ser feito antes que o trabalhador inicie a execução de suas atividades, e o exame periódico deve ser feito a cada ano ou a cada período menor, se necessário (a depender da condição médica individual de cada trabalhador, definido pelo responsável do PCMSO), para trabalhadores que estão expostos a riscos ocupacionais identificados no PGR. Em trabalhos de condições hiperbáricas, a periodicidade do exame deve seguir o anexo IV da NR-7. Para os demais trabalhadores, não expostos aos riscos identificados no PGR, o exame clínico pode ser feito a cada dois anos. Quando o trabalhador ficar afastado por mais de 30 dias do trabalho, por motivo de acidente ou doença, independentemente de ser por motivos ocupacionais ou não, deve ser realizado o exame de retorno ao trabalho antes do trabalhador assumir suas funções. O exame de mudança de risco ocupacional, obrigatoriamente, deve ser feito antes da mudança ocorrer. Quanto ao exame demissional, este deve ser feito em até 10 dias depois da demissão, a não ser que o exame clínico ocupacional mais recente tenha sido feito a menos de 135 dias para empresas com grau de risco 1 e 2 e a menos de 90 dias para empresas com grau de risco 3 e 4. Os exames complementares são obrigatórios quando o nível de exposição ocupacional a determinado agente estiver acima do nível de ação estipulado pela NR-9, se a classificação de riscos do PGR determinar ou quando o levamento preliminar identificar a necessidade de medidas de prevenção imediatas. Para todos os exames clínicos feitos, o médico deverá emitir um Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), o qual deve ser disponibilizado ao trabalhador. Conforme o item 7.5.19.1 da NR-7, o ASO deve obrigatoriamente incluir: “a) razão social e CNPJ ou CAEPF da organização; b) nome completo do empregado, o número de seu CPF e sua função; c) a descrição dos perigos ou fatores de risco identificados e classificados no PGR que necessitem de controle médico previsto no PCMSO, ou a sua inexistência; d) indicação e data de realização dos exames ocupacionais clínicos e complementares a que foi submetido o empregado; e) definição de apto ou inapto para a função do empregado; Se, por acaso, for identificado, nos resultados dos exames complementares, ocorrência ou agravamento de doença relacionada ao trabalho ou disfunção orgânica, a empresa deverá tomar as seguintes providências, depois dela ser informada pelo médico responsável pelo PCMSO: a) emitir CAT; b) afastar o trabalhador da atividade ou do trabalho quando houver necessidade; c) encaminhar o trabalhador ao INSS quando o período de afastamento for maior do que 15 dias; d) reexaminar os riscos ocupacionais e as medidas de prevenção constatadas no PGR, a fim de mitigar os riscos. O médico responsável pelo PCMSO deve informar ao trabalhador o resultado dos exames alterados e avaliar a necessidade de executar os exames necessários nos outros trabalhadores que estão expostos às mesmas circunstâncias (caso isso já não tenha sido feito). - BRASIL, 2022 Glossário Disfunção orgânica: distúrbio de múltiplos órgãos que pode levar à morte. f) o nome e número de registro profissional do médico responsável pelo PCMSO, se houver; g) data, número de registro profissional e assinatura do médico que realizou o exame clínico.” Conforme o item 1.8.6 da NR-1, as empresas do tipo MEI, ME e EPP, graus de risco 1 e 2, que declararem suas informações de SST em modo digital, segundo estipulado pelo item 1.6.1 da NR- 1, e que não identificarem exposição a riscos ocupacionais (físicos, químicos, biológicos e ergonômicos) ficam dispensadas da elaboração do PCMSO. Mesmo com a dispensa do PCMSO, essas empresas devem realizar e custear os exames médicos ocupacionais admissionais, demissionais e periódicos de seus trabalhadores, a cada dois anos. O relatório analítico não é Saiba Mais A empresa não pode ter acesso ao prontuário médico do trabalhador, mesmo que a empresa exija para o médico, pois esse é um documento sigiloso entre o médico e o trabalhador, no qual esse sigilo é descrito no art. 76 do Código de Ética Médica, pois diz respeito à intimidade privada do trabalhador. Essa intimidade também é respaldada no art. 5 da Constituição Federal. O prontuário só pode ser liberado para a empresa se o trabalhador permitir essa liberação por espontânea vontade e assinar a permissão. Conforme o art. 76 do Código de Ética Médica, o sigilo só pode ser quebrado se o silêncio colocar em risco a saúde dos outros trabalhadores. O ASO é um documento que mostra para a empresa se o trabalhador está apto ou não a realizar a atividade, porém não expõe as particularidades de saúde do trabalhador. Caso o médico responsável seja substituído pela empresa, os prontuários devem ser passados de médico para médico. obrigatório para empresas do tipo MEI e para empresas ME e EPP, que estão dispensadas de fazer o PCMSO. Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Factores Humanos y Organizacionales de la Seguridad Página 2 de 3 📄 Material Complementar Segurança Normatizada/Segurança em Açao Factores Humanos y Organizacionales de la SeguridadFactores Humanos y Organizacionales de la Seguridad Segurança Normatizada / segurança em AçaoSegurança Normatizada / segurança em Açao https://www.youtube.com/watch?v=GbjyVHUA4rs https://www.youtube.com/watch?v=VPkU95-0JJ0 Leitura Culpa da Vítima: um Modelo para Perpetuar a Impunidade nos Acidentes do trabalho Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Influência da Segurança Comportamental mas Práticas e Modelos de Prevenção de Acidentes do Trabalho: Revisão Sistemática da Literatura Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE https://www.scielo.br/j/csp/a/n9YJ9gXknCxXCpBztHLB9LG/?lang=pt https://www.scielo.br/j/sausoc/a/hfnxCvbyhV4KkyjXgqVpTcf/?lang=pt AMALBERTI, R. Gestão da segurança: teorias e práticas sobre as decisões e soluções de compromisso necessárias. 1 ed. Botucatu: CS, 2016. BRASIL. Decreto nº 10.410, de 30 de junho de 2020. Altera o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1 jul. 2020a. BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002. BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Portaria n° 6.730, de 9 de março de 2020. Aprova a nova redação da Norma Regulamentadora nº 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 mar. 2020b. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. Portaria MPT n° 567 de 10 de março de 2022. Altera a Norma Regulamentadora nº 07 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1 abr. 2022. DANIELLOU, F.; SIMARD, M.; BISSIÈRES, I. Fatores humanos e organizacionais da segurança industrial: um estado da arte. 1 ed. Toulouse: Foncsi, 2013. DWYER,Tom. Vida e morte no trabalho. 1 ed. Rio de Janeiro: UNICAMP, 2006. Página 3 de 3 📄 Referências GUÉRIN, F. et al. Compreender o trabalho para transformá-lo: a prática da ergonomia. 1 ed. São Paulo: Blucher, 2001. REASON, J. Human error: models and management. The BMJ, [S.L.], v. 320, n. 7237, p. 768-770, mar. 2000. Disponível em: . Sully: O Herói do Rio Hudson (Sully: Miracle on the Hudson, EUA, Drama/Biografia, Dur.: 96 min., Dir.: Clint Eastwood, 2016).