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Prof.(a) ROSIMAR BESSA BEM-VINDO À DISCIPLINA CONTABILIDADE E MERCADO DE TRABALHO AULA 5 Relatórios Contábeis e seus objetivos. Nesta aula estudaremos sobre: AULA 5 3 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS “As demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados.” IBRACON (NPC 27). Introdução AULA 5 4 O artigo 176 da Lei 6.404/76 estabelece que, ao final de cada Exercício Social, a diretoria da empresa deve elaborar, com base na Escrituração mercantil, as seguintes Demonstrações Financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do Patrimônio da empresa e as mutações ocorridas no Exercício: RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados; Demonstração do Fluxo de Caixa; Demonstração do Valor Adicionado. AULA 5 5 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Todas as Demonstrações Financeiras elaboradas pela empresa deverão ser transcritas no Livro Diário; As Sociedades Anônimas de Capital Aberto são obrigadas a publicar seus Resultados anualmente, nos jornais de maior circulação do país; As Demonstrações Financeiras devem, ainda, ser complementadas por Notas Explicativas e por outros quadros analíticos necessários ao bom esclarecimento da situação patrimonial e do resultado do exercício; Nas Demonstrações é vedada a utilização de designações genéricas. Considerações sobre o posicionamento das entidades frente as Demonstrações: AULA 5 6 É uma demonstração contábil que tem por objetivo mostrar a situação financeira e patrimonial de uma entidade numa determinada data, representando portanto, uma posição estática da mesma. O Balanço apresenta os Ativos (bens e direitos), Passivos (exigibilidades e obrigações) e o Patrimônio Líquido, que é resultante da diferença entre o total de ativos e passivos. RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Balanço Patrimonial AULA 5 7 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Balanço Patrimonial ATIVO Graficamente apresenta-se do lado esquerdo do BP. Para que uma conta seja evidenciada no ativo é necessário preencher suas quatro características simultaneamente: Bens ou direitos; Propriedade; Mensurável em dinheiro; Benefícios presentes ou futuros. AULA 5 8 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Balanço Patrimonial ATIVO Composição dos Grupos (art. 178 da Lei 6.404/76) Ativo Circulante Ativo Não Circulante (RLP, Investimentos, Imobilizado e Intangível). Todas as contas estarão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez. AULA 5 9 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Balanço Patrimonial PASSIVO Graficamente apresenta-se do lado direito do BP. Contempla todas as dívidas, as obrigações da empresa. Composição dos Grupos (art. 178 da Lei 6.404/76) Passivo Circulante ou Exigível; Passivo Não Circulante (ELP e Receitas Diferidas ou REF); Patrimônio Líquido. AULA 5 10 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Balanço Patrimonial PATRIMÔNIO LÍQUIDO - PL Graficamente apresenta-se do lado direito do BP, compondo o Passivo. Evidencia os recursos dos proprietários aplicados no negócio. A aplicação inicial dos proprietários denomina-se Capital. A subdivisão compõe pelas contas (art. 178 da Lei 6.404/76) Capital Social; Reservas (Capital, Lucros); Ajustes de Avaliação Patrimonial; Lucros ou Prejuízos Acumulados. AULA 5 11 Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO Circulante Circulante Não Circulante Não Circulante RLP ELP Investimento REF Imobilizado Patrimônio Líquido Intangível CapitalSocial Reservas de Capital Ajustes de Avaliação Patrimonial Reservas de Lucros Lucros /Prejuízos Acumulados Total do Ativo Total do Passivo AULA 5 12 Balanço Patrimonial Situação Líquida Patrimonial A > PE → SL > 0 → Favorável ou Superavitária Havendo situação líquida positiva, se a sociedade for liquidada, será possível pagar todas as suas dívidas. Nesta hipótese, o excesso do ativo sobre o passivo exigível deverá ser rateado entre os sócios. 2. A < PE → SL < 0 → Desfavorável ou Passivo a Descoberto A situação líquida negativa ou deficitária, em situação de insolvência, ocorre quando o passivo exigível é superior ao ativo. Nesse caso, se a sociedade for liquidada, considerando apenas os recursos do ativo, não será possível o pagamento de todas as dívidas. 3. A = PE → SL = 0 → Nula Se uma sociedade com situação líquida nula for liquidada, seu ativo será suficiente apenas para o pagamento das dívidas. Não haverá acervo líquido a ser distribuído entre os sócios. AULA 5 13 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Praticando... 01. Uma empresa transferiu seus ativo e passivo por 165.000, importância recebida em dinheiro. Sabendo-se que o seu patrimônio líquido era de 145.000, pode-se afirmar que a operação gerou a) lucro de 310.000 b) lucro de 20.000 c) resultado nulo, nem lucro, nem prejuízo, porque a empresa foi vendida integralmente d) prejuízo de 310.000 e) prejuízo de 20.000 Situação Líquida Patrimonial AULA 5 14 É a demonstração contábil que tem por objetivo evidenciar a situação econômica da entidade, isto é, apuração do lucro ou prejuízo diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência, a DRE oferece uma síntese econômica dos resultados operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas anualmente para fins de divulgação, em geral são feitas mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais. A DRE, pode ser utilizada como indicadores de auxílio a decisões financeiras. RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) AULA 5 15 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RECEITA OPERACIONAL BRUTA Vendas de Produtos, mercadorias , Prestação de Serviços (-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Devoluções de Vendas Abatimentos Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas = RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) CUSTOS DAS VENDAS CPV, CMV, CSP = RESULTADO OPERACIONAL BRUTO AULA 5 16 CONTINUANDO... (-) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Com Vendas Despesas Administrativas Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (-)Variações Cambiais Passivas Variações Cambiais Ativas (+/-) RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS Resultado da Equivalência Patrimonial Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante = RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E DA CSLL (-) Provisão para Imposto de Renda (-) Contribuição Social Sobre o Lucro = LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES (-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, etc. (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS AULA 5 17 Tem por objetivo demonstrar a movimentação e distribuição ocorrida no saldo da conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. Evidenciando as alterações ocorridas no Patrimônio Líquido. COMPOSIÇÃO 1. o saldo do início do período e os ajustes de exercícios anteriores; 2. as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; e 3. as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) AULA 5 18 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) AULA 5 19 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS O fluxo de caixa apresenta-se como uma ferramenta de aferição e interpretação das variações dos saldos do Disponível da empresa. É o produto final da integração do Contas a Receber com o Contas a Pagar, de tal forma que, quando se comparam as contas recebidas com as contas pagas tem-se o fluxo de caixa realizado, e quando se comparam as contas a receber com as contas a pagar, tem-se o fluxo de caixa projetado. (Sá, 1998:03) Figura 1- O fluxo de caixa é o produto final da integração do Contas a Receber com o Contas a Pagar Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) AULA 5 20 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) O objetivo principal do fluxo de caixa é informar como se comporta o fluxo de entradas e saídas de recursos financeiros em determinado período. É um retrato fiel da composição da situação financeira da empresa. É imediato e pode ser atualizado diariamente, proporcionando ao gestor uma radiografia permanente das entradas e saídas de recursos financeiros da empresa. AULA 5 21 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) Fluxo de caixa projetado Além de identificar os possíveis excessos ou escassez de recursos, visa também obter outras informações importantes, tais como: verificar a capacidade da empresa de gerar os recursos necessários para custear suas operações; determinar o capital em giro no período; determinar o Índice de Eficiência Financeira da empresa. (IEF = capital em giro / capital de giro da empresa); determinar o grau de dependência de capitais de terceiros; etc. AULA 5 22 Fluxo de caixa realizado O estudo cuidadoso do fluxo de caixa realizado, além de propiciar análise de tendência, serve de base para o planejamento do fluxo projetado. pode ser apresentado por meio de duas formas: o método direto e o método indireto. Veja a representação gráfica, ao lado: Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS AULA 5 23 O método direto demonstra os recebimentos e pagamentos derivados das atividades operacionais da empresa em vez do lucro líquido ajustado. Mostra efetivamente as movimentações dos recursos financeiros ocorridos no período. Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS O método indireto é aquele no qual os recursos provenientes das atividades operacionais são demonstrados a partir do lucro líquido, ajustado pelos itens considerados nas contas de resultado que não afetam o caixa da empresa. AULA 5 24 Demonstração do fluxo de caixa - Método direto INGRESSOS DE RECURSOS Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Despesas administrativas e comerciais Despesas financeiras Impostos Mão-de-obra direta (=) Ingressos de recursos provenientes das operações Recebimentos por vendas do imobilizado (=) Total dos ingressos dos recursos financeiros DESTINAÇÕES DE RECURSOS Aquisição de bens do imobilizado Pagamentos de Empréstimos bancários (=) Total das destinações de recursos financeiros Variação líquida de Disponibilidades (+) Saldo inicial (=) Saldo final de Disponibilidade Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) AULA 5 25 Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) Demonstração do fluxo de caixa - Método indireto ORIGENS Lucro líquido do exercício Mais: Depreciações Aumento em imposto de renda a pagar Aumento em fornecedores Menos: Aumento em clientes (=) Caixa gerado pelas operações Venda do Imobilizado (=) Total dos ingressos de Disponibilidade APLICAÇÕES Pagamento de Empréstimos bancários Aquisição de Imobilizado (=) Total das aplicações de Disponibilidades Variação líquida das Disponibilidades (+) Saldo inicial (=) Saldo final das Disponibilidades AULA 5 26 DVA é o informe contábil que tem por objetivo evidenciar, de forma sintética, os valores correspondentes à formação da riqueza gerada pela empresa em determinado período e sua respectiva distribuição. E, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção. É obrigatória somente para as Sociedades Anônimas de capital aberto. RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Demonstração do Valor Adicionado (DVA) AULA 5 27 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Demonstração do Valor Adicionado (DVA) A utilização do DVA como ferramenta gerencial pode ser resumida da seguinte forma: 1) como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores de produção, comparando o valor das saídas com o valor das entradas, e 2) como índice de avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na distribuição da riqueza gerada, a participação dos empregados, do Governo, dos Agentes Financiadores e dos Acionistas. AULA 5 28 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Demonstração do Valor Adicionado em R$ mil DESCRIÇÃO 1-RECEITAS 1.1) Vendas de mercadoria, produtos e serviços 1.2) Provisão p/devedores duvidosos – Reversão/(Constituição) 1.3) Não operacionais 2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui ICMS e IPI) 2.1) Matérias-Primas consumidas 2.2) Custos das mercadorias e serviços vendidos 2.3) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 2.4) Perda/Recuperação de valores ativos 3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 4 – RETENÇÕES 4.1) Depreciação, amortização e exaustão AULA 5 29 5 –VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) 6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 6.1) Resultado de equivalência patrimonial 6.2) Receitas financeiras 7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 8.1) Pessoal e encargos 8.2) Impostos, taxas e contribuições 8.3) Juros e aluguéis 8.4) Juros s/ capital próprio e dividendos 8.5) Lucros retidos / prejuízo do exercício * O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7. RELATÓRIOS CONTÁBEIS E SEUS OBJETIVOS Continuando... AULA 5 30 Na próxima aula... Obrigatoriedade dos relatórios contábeis; Composição do Capital. Bons estudos! AULA 5
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