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Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Abelhas II Profa. Dra. Esp. Danielle Nascimento Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU MEDICINA VETERINÁRIA INSPEÇÃO DE OVOS, MEL E PESCADO LEGISLAÇÃO RIISPOA de 18/08/2020 - Dispõe sobre a Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal Portaria SIPA n. 006 de 25/06/1985 - Aprova as Normas Higiênico-Sanitárias e Tecnológicas para mel, cera de abelhas e derivados Portaria n° 207 de 21 de novembro de 2014 - Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel de Abelha social sem ferrão gênero Melipona Portaria SAR nº 37, 04 de novembro de 2020 - NIR – Mel de Abelhas Sem Ferrão Portaria MAPA nº 289, de 13 de setembro de 2021 - Enquadramento dos produtos de abelhas e seus derivados em Artesanal para concessão do selo ARTE Portaria SDA nº 795, 10 de maio de 2023 - Define as normas higiênico sanitárias e tecnológicas para os estabelecimentos que elaborem produtos de abelhas e seus derivados. Instrução Normativa n.11 de 20/10/2000 - Aprova o REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DO MEL Instrução Normativa n. 3 de 19/01/2001 - Aprova os REGULAMENTOS TÉCNICOS DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE Apitoxina, Cera de Abelha, Geleia Real, Geleia Real Liofilizada, Pólen Apícola, Própolis e Extrato de Própolis Decreto nº 178, de 22 de maio de 2015 - Criação, o comércio e o transporte de Abelhas-sem-ferrão (meliponíneas) MEL É o produto produzido pelas abelhas melíferas a partir de néctar das floresou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas (que ficam sobre as partes vivas de plantas) que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam maturar nos favos da colméia. » Pólen: proteína com todos os aminoácidos » Néctar: fonte de água e carboidratos Art. 414 - RIISPOA Legislação • RIISPOA 2020 • Estudo prévio do local de instalação • Liberação da área por Órgão competente • Construção e equipamentos seguindo os parâmetros dos órgãos competentes • Veterinário responsável – ART • Inscrição do estabelecimento no CRMV • Licença ambiental • Embalagens e rotulagens - liberados pelo ministério da agricultura UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS DE ABELHA 1. Sala de recepção dos méis UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS DE ABELHA 2. Sala de engarrafamento de Mel e pesagem de Sachês 3. Sala de produção, separação e lavagem de Sachês 4. Sala de estocagem de embalagens e rotulagem 5. Sala de encaixotamento e expedição de produtos FLUXOGRAMA DO MEL NO CAMPO Recepção das Melgueiras CentrifugaçãoCentrifugaçãoDesoperculação Filtragem d o M el Decantação Envase Armanezamento do produto Expedição FLUXOGRAMA DO PROCESSAMENTO DO MEL PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 • III - extração do mel: • Retirada do mel dos favos, ou potes, por processo sanitariamente aceito e tecnologicamente adequado, podendo ocorrer na propriedade rural; em local apropriado; em unidades móveis; ou na unidade de beneficiamento de produtos de abelha; compreendendo as etapas de desoperculação e de centrifugação, para o mel de abelhas do gênero Apis, e de sucção para o mel de abelhas da tribo Meliponini, conforme os requisitos estabelecidos nesta Portaria; • IV - desoperculação: • retirada dos opérculos que recobrem cada alvéolo do favo, permitindo a extração do mel; • V - centrifugação: • aplicação de força centrífuga, para a retirada do mel dos alvéolos, com o uso de equipamento sanitariamente aceito e tecnologicamente adequado; PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 • VI - decantação: • etapa obrigatória do beneficiamento, para a retirada de impurezas leves ou pesadas e de gases diluídos no mel; sendo opcional na obtenção do extrato de própolis, ou outros produtos apícolas; • VII - filtração: • etapa obrigatória do beneficiamento, para a retirada de fragmentos ou pedaços de ceras, abelhas, e demais partículas estranhas à composição do mel, também aplicada em demais produtos apícolas, quando necessário, realizada em equipamento sanitariamente aceito e tecnologicamente adequado; PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 • VIII - homogeneização: • etapa facultativa do beneficiamento, para uniformizar a composição dos méis, do extrato de própolis, ou dos outros produtos apícolas, realizada em equipamento sanitariamente aceito e tecnologicamente adequado; • IX - envase: • etapa do beneficiamento, para o acondicionamento do mel e outros produtos, em recipiente sanitariamente aceito; PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 • X - descristalização: • etapa facultativa do beneficiamento, para transformação do mel cristalizado, para o estado líquido, em equipamento ou instalação sanitariamente aceita e tecnologicamente adequada, por meio de aquecimento controlado; • XI - maceração do extrato de própolis: • etapa do beneficiamento, para extração dos componentes solúveis da própolis em álcool neutro, de grau alimentício, por processo sanitariamente aceito e tecnologicamente adequado; • XII - fusão: processo de beneficiamento da cera, por meio de aquecimento controlado, até a obtenção do produto em estado líquido; PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 • XIII - pasteurização: • etapa facultativa do beneficiamento, para redução da carga microbiana, por meio de aquecimento controlado, cujo binômio tempo e temperatura sejam capazes de reduzir a carga de micro-organismos patogênicos a um nível aceitável de segurança, sem alteração da constituição física e química do produto; PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 • XIV - desumidificação: • etapa facultativa do beneficiamento, por meio de aquecimento controlado, com binômio tempo x temperatura, para reduzir o teor de umidade do mel, ou de outro produto apícola, recebido dentro dos padrões estabelecidos nos regulamentos técnicos específicos, ou no caso dos produtos das abelhas sem ferrão, quando recebido nos limites do padrão indicado em seu registro; PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 • XV - desidratação: • é o processo de redução da umidade, por meio de ventilação e aquecimento controlado, estabelecido em regulamento técnico específico, utilizando equipamento sanitariamente aceito e tecnologicamente adequado; • XVI - liofilização: • processo de desidratação realizado em baixas temperaturas, que envolve a remoção de água dos produtos, por meio de equipamento sanitariamente aceito e tecnologicamente adequado; PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 • XVII - sucção: • método utilizado para a coleta do mel de abelhas sem ferrão, feita diretamente de dentro dos potes, realizada por meio de bombas de sucção manual ou elétrica, elaborada com material sanitariamente aceito e tecnologicamente adequado; • XXI - condenação: • destinação dada pelo estabelecimento, ou pelo serviço oficial, às matériasprimas e aos produtos que se apresentarem em desconformidade com a legislação, para elaboração de produtos não comestíveis, assegurada a inocuidade do produto final, quando couber; PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 • XXII - destinação industrial: • destinação dada pelo estabelecimento às matérias-primas e aos produtos, devidamente identificados, que se apresentem em desconformidade com a legislação, ou não atendam às especificações previstas em seus programas de autocontrole, para serem submetidos a tratamentos específicos, ou para elaboração de outros produtos comestíveis, asseguradas a rastreabilidade, a identidade, a inocuidade e a qualidade do produto elaborado; PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 • XXIII - re-beneficiamento: • destinação dada pelo estabelecimento, ou pelo serviço oficial, ao produto devidamente identificado, que se apresente em desconformidade às especificações previstas no programa de autocontrole, para serem submetidos a tratamentos específicos e reaproveitamentocomo mesmo produto originário, assegurada a rastreabilidade, a identidade, a inocuidade e a qualidade do produto elaborado; e • XXIV - inutilização: • destinação para a destruição, dada pelo estabelecimento, ou pelo serviço oficial, às matérias-primas e aos produtos que se apresentam em desacordo com a legislação. PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Art. 264 - dos Produtos de Abelhas e Derivados abrange a verificação da extração, do acondicionamento, da conservação, do processamento, da armazenagem, da expedição e do transporte dos Produtos de abelhas. Art. 413. I. Produtos de abelhas do gênero Apis: o mel, pólen apícola, geléia real, própolis, cera de abelhas e apitoxina. II. Produtos de abelhas sem ferrão ou nativas: o mel de abelhas sem ferrão, pólen de abelhas sem ferrão, própolis de abelhas sem ferrão. RIISPOA Definição Entende-se por cera de abelhas o produto de consistência plástica, de cor amarelada, muito fusível, secretado pelas abelhas para formação dos favos nas colméias (Instrução Normativa n. 3 de 19/01/2001) Cera de abelhas APIS Fonte: Google imagens • Material do favo • Produto de origem animal • Mel + pólen => digestão => gordura => glândula abdominais (24h) => cera • 6 a 7kg de mel – 1 kg cera • → cera pré-moldada Cera de abelhas APIS Fonte: Google imagens • Composição: • ácidos graxos cerótico (70%) e palmítico (1%), • ácidos graxos livres (14%), • álcool (1-2%), • hidrocarbonetos (12 – 16%), • umidade (1-2%), • outras substâncias (própolis, pigmentos etc, 1-5%) • temperatura de fusão: cerca 60oC Cera de abelhas APIS Classificação Cera de abelhas bruta - quando não tiver sofrido qualquer processo de purificação, apresenta cor desde o amarelo até o pardo, untuosa ao tato, mole e plástica ao calor da mão, fratura granulosa, odor lembrando o do mel, sabor levemente balsâmico e ainda com traços de mel; Cera de abelhas branca ou pré-beneficiada - quando tiver sido descolorida pela ação da luz, do ar ou por processos químicos, isenta de restos de mel, apresentando-se de cor branca ou creme, frágil, pouco untuosa e de odor acentuado. (Instrução Normativa n. 3 de 19/01/2001) Definição Entende-se por pólen apícola o resultado da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas abelhas operárias, mediante néctar e suas substâncias salivares, o qual é recolhido no ingresso da colméia. (Instrução Normativa n. 3 de 19/01/2001): Pólen Fonte: Google imagens Pólen apícola • Composição básica: proteínas, lipídios, açúcares, fibras, sais minerais, aminoácidos e vitaminas: • Classificação, segundo teor de umidade: • Pólen Apícola: É o produto coletado em sua forma original • Pólen Apícola Desidratado: É o produto submetido ao processo de desidratação em temperatura não superior a 42ºC (Instrução Normativa n. 3 de 19/01/2001) Requisitos físico-químicos Umidade Pólen Pólen apícola: max. 30% 4% apícola desidratado: max. Cinzas máximo de 4% (m/m) na base seca Lipídios mínimo de 1,8% (m/m) na base seca Proteínas mínimo 8% (m/m) na base seca Açúcares totais 14,5% a 55,0 % (m/m) na base seca Fibra bruta mínimo 2% (m/m) na base seca Acidez livre máximo 300 mEq/kg pH 4 a 6 (Instrução Normativa n. 3 de 19/01/2001) Pólen apícola • Usos terapêuticos: • Prevenção de problemas de próstata, dessensibilização frente a alergias, efeito bacteriostático e bactericida; • Em teste: como a prevenção do envelhecimento celular, de aterosclerose e de vários tipos de câncer; Geléia Real Secreção das glândulas hipofaringeanas e mandibulares (5º e o 15º dia vida das operárias) → Alimentação das larvas nas primeiras 72h → Alimentação das larvas-rainha COMPOSIÇÃO: Resíduo seco (30%); Água (70%) Proteína (48%); Açúcares (39%); Gorduras (10%); Cinzas (2%); Vitaminas (112mg) Fonte: Google imagens Classificação • Segundo o procedimento de obtenção • Geléia Real Fresca: É o produto coletado por processo mecânico a partir da célula real, retirada a larva e filtrada. • Geléia Real in natura: É o produto mantido e comercializado diretamente na célula real, após a remoção da larva. (Instrução Normativa n.3 de 19/01/2001) Critérios microbiológicos MICRO-ORGANISMO CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO CATEGORIA ICMSF MÉTODO DE ANÁLISE Coliformes (45°C)/g n=5 c=0 m=0 5 APHA 1992 c.24 Salmonella ssp e Shigella ssp em 25g n=5 c=0 m=0 10 FIL 93 1985 Fungos e leveduras UFC/g n=5 c=2 m=10 M=100 2 FIL 94B: 1990 (Instrução Normativa n. 3 de 19/01/2001) Geléia Real • Atividade biológica: • Antioxidante, • Neurotrófico, • Hipoglicemiante, • Hepatoprotetor, • Hipocolesterolêmico, • Hipotensivo, Pavel C. et. al./Scientific Papers: Animal Science and Biotechnologies, 2011, 44 (2) • Regulador da pressão sanguínea, • Antitumoral, antibiótico, anti-inflamatório, • Imunomodulador, • Antialérgico, • Tônico geral • Anti-envelhecimento Própolis • Definição: é o produto oriundo de substâncias resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas pelas abelhas, de brotos, flores e exsudados de plantas, nas quais as abelhas acrescentam secreções salivares, cera e pólen para elaboração final do produto. • Classificação, quanto ao teor de flavonóides: □ Baixo teor: até 1,0 % (m/m); □ Médio teor: >1,0% - 2,0 % (m/m); □ Alto teor: >2,0 % (m/m) Fonte: Google imagens Própolis Na colméia é usado para: => fechar as frestas => proteção da colméia: entrada de inimigos, chuva e vento (manter a temperatura) => higienização de favos => mumificação predadores mortos • COMPOSIÇÃO: • Resinas e bálsamos (50-55%); • cera (30%)’; • óleos essenciais e subst. voláteis (10-15%); • pólen (acidentalmente -5%); • outras subst. orgânicas e minerais (5%) Própolis 1.Preta: + comum – mistura de plantas 2. Verde: flores do alecrim-do-campo 3. Vermelha (isoflavona): rabo-de-bugio (Dalbergia ecastophyllum) certificação de denominação de origem – Alagoas Composição do Mel (Apis) Componentes Porcentagem Água 12 a 20% Sacarose 0,1 a 10% Glicose 24 a 36% Levulose 40 a 48% Ácido fórmico 0,03 a 0,2% Cinzas 0,3 a 0,9% Solução concentrada de glicose, frutose e outros hidratos de carbono, além de enzimas, aminoácidos, ácidos orgânicos, minerais, substâncias aromáticas, pigmentos, cera e grãos de pólen. Classificação • Origem: mel floral (uni e multiflorais); mel de melato • Processo de obtenção: escorrido; prensado; centrifugado • Apresentação e/ou processamento: mel; mel em favos ou em secções; com pedaços de favo; cristalizado ou granulado; cremoso; filtrado INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11 / 2000 Mel de Flores: obtido a partir do néctar das flores • Uni ou monofloral: • Flores de uma mesma família, gênero ou espécie e possui características sensoriais, físico-químicas e microscópicas próprias • Multi ou polifloral: • Diferentes origens florais 1. Quanto à origem INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11 / 2000 • Mel de Melato: obtido principalmente a partir das secreções das partes vivas das plantas ou de excreções de insetos sugadores de plantas que se encontram sobre ela. • - Retardada tendência à cristalização (da glicose - frutose – menos solúvel em água • origem botânica, temperatura ambiente, umidade 3. Apresentação e/ou processamento INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11 / 2000 • Mel • Melato ou mel de melato • Podendo agregar, em caracteres não maior que a palavra MEL, sua classificação segundo o procedimento de obtenção (escorrido, prensado, centrifugado) e segundo sua apresentação e/ou processamento (favos /secções, pedaçãos de favo, cristalizado ou granulado, cremoso, filtrado) Designação de venda INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11 / 2000 Características Sensoriais Sensoriais • Aroma e Sabor: de acordo com sua origem (definido por compostos voláteis e não voláteis) • Cor: de acordo com a origem floral (variável de quase incolor à pardo-escura) => espectrofotometria (560 nm em célula de 1 cm e usando-se como branco, glicerina pura) Consistência • Variável de acordo com o estado físico em que o mel se apresenta INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11 / 2000 Características físico-químicas Maturidade Pureza Deterioração Acondicionamento INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11 / 2000 • Maturidade • 1. açúcares redutores (calculados como açúcares invertidos): • mel floral: mínimo 65g/100g • melato, mel de melato e sua mistura com mel floral: mínimo 60g/100g • 2. sacarose aparente: • mel floral: máximo 6g/100g • melato, mel de melato e sua mistura com mel floral: máximo 15g/100g Características Físico-químicas Características Físico-químicas Maturidade • 3. umidade: máximo 20g/100g (é fator determinante da fluidez, viscosidade e tendência à fermentação do mel) desumidificação Características Físico-químicas Deterioração ❖ fermentação: o mel não deve ter indícios de fermentação (espuma) ❖ acidez: máxima de 50 mil equivalentes por Kg (portaria SIPA: pH=3,3 a 4,6) ❖ HMF: máximo de 60 mg/kg ❖ atividade diastásica: mínimo 8 na escala Göthe (méis com baixo conteúdo de enzimático aceita-se como mínimo o 3 sempre que o conteúdo de HMF não exceda a 15mg/kg) Umidade Relativa x Tendência à Fermentação (Crane, 1976) 20 % de umidade: semprefermentável →baixo teor de açúcares quando há fermentação MEL INDUSTRIAL É aquele se apresenta fora das especificações para o índice de diástase, de hidroximetilfurfural, de acidez ou em início de fermentação, que indique alterações em aspectos sensoriais que não o desclassifique para o emprego em produtos alimentícios. RIISPOA Características Físico-químicas Pureza – “autenticidade” ❖ sólidos insolúveis em água: 0,1g/100g (exceto no mel prensado - tolera-se até 0,5g/100g) ❖ minerais (cinzas): máximo 0,6g/100g (tolera-se até 1,2% em melato ou mel de melato e suas misturas com mel floral) ❖ pólen: o mel deve, necessariamente, apresentar grãos de pólen Características físico-químicas • Acondicionamento – Apresentação •a granel ou fracionado – Acondicionado •Embalagem apta para alimento – Armazenamento proteção contra contaminação 70 • As embalagens mais recomendadas – plásticas ou de vidro – hermeticamente fechadas Aditivos • É expressamente proibida a utilização de qualquer tipo de aditivo. Higiene • Considerações gerais: atender BPF • Critérios macro e microscópicos: não deve conter substâncias estranhas, de qualquer natureza, tais como insetos, larvas, grãos de areia etc Condições para coleta do mel ASF • De colônias populosas, o que ocorre durante e logo após o período de florada; • De potes fechados, que é considerado como mel maduro, evitando a coleta nos potes abertos, que normalmente apresentam maior teor de água; • Efetuada com rapidez, eficiência e cuidado para evitar contaminações. Armazenamento • Mel in natura: 4 a 8 °C • Mel pasteurizado: pode ser entre 4 a 8 °C ou em temperatura ambiente. • Mel desidratado e/ou o mel maturado: pode ser em temperatura ambiente, desde que as características físico-químicas sejam preservadas. • Acondicionamento do mel in natura, pasteurizado, desidratado e/ou maturado: embalagem a granel ou fracionada, apta para alimento, devidamente rotulada e adequada para as condições previstas de armazenamento, conferindo proteção apropriada contra a contaminação. Portaria n° 207 de 21 de novembro de 2014 Classificação De acordo com o método de extração: - Por sucção: método em que o mel é retirado dos potes por equipamentos que promovam diferença de pressão. - Por escoamento: método em que o mel escorre dos potes abertos pela inversão da alça superior ou melgueira. De acordo com a apresentação: - Mel líquido - Mel cristalizado: - Mel cremoso: - Mel em pote: mel acondicionado em potes naturais cerume (mistura de cera e resinas) ou artificiais. Portaria n° 207 de 21 de novembro de 2014 De acordo com o processamento -Mel in natura: mel extraído dos potes e mantido sob refrigeração - Mel desidratado: mel que após a extração é submetido ao processo de desidratação, no qual ocorre redução do teor de umidade e da atividade de água, visando ao aumento da sua vida de prateleira em temperatura ambiente. Classificação Portaria n° 207 de 21 de novembro de 2014 De acordo com o processamento - Mel pasteurizado: mel que após a extração passa por processo térmico de pasteurização para redução e/ou inibição do desenvolvimento microbiológico e/ou da atividade enzimática no produto, sendo posteriormente mantido à temperatura ambiente ou sob refrigeração. - Mel maturado: mel que após a extração passa pelo processo de maturação em temperatura ambiente, caracterizado por sua fermentação natural, a partir do desenvolvimento das leveduras osmofílicas naturalmente presentes. Classificação Portaria n° 207 de 21 de novembro de 2014 Requisitos Características sensoriais Cor: variável de quase incolor a pardo-escuro, de acordo com a sua origem Sabor e aroma: deve ter sabor e aroma característicos de acordo com a sua origem Consistência: variável de acordo com o estado físico em que o mel se apresenta https://hbjunior19.files.wordpress.com/2015/10/regulamentacao_mel_asf_bahia.pdf Portaria n° 207 de 21 de novembro de 2014 Tabela 1. Parâmetros relacionados às características físico--químicas de maturidade, pureza e deterioração do mel de ASF, respectivos limites e referências metodológicas. Portaria n° 207 de 21 de novembro de 2014 Tabela 2. Critérios microbiológicos para mel de abelhas sem ferrão. Portaria n° 207 de 21 de novembro de 2014 FRAUDES – TESTES QUALITATIVOS • Reação de Lugol – Iodo/ iodeto de potássio (lugol) – Adulterado •amido e dextrinas 80 FRAUDES – TESTES QUALITATIVOS 81 • Prova de Lund – Substâncias albuminóides • componentes normais no mel e que são precipitados pelo ácido tânico adicionado na amostra • Mel natural: um depósito de 0,6 a 3,0mL no fundo da proveta • Mel artificial: reação não ocorre • Mel adulterado: formação de menor quantidade de precipitado FRAUDES – TESTES QUALITATIVOS 82 • Prova de Fiehe – Análise qualitativa – HMF • adulterações no mel por xaropes e glicose comercial • Superaquecimento – Cor vermelha persistente: positivo QUALIDADE DO MEL • Coleta do mel – Clima – Fumegador • Manipulador – Higiene – Limpeza 83 • Embalagem – Limpas • Estocagem – Tempo e temperatura MEL E BOTULISMO • Característica da Doença • Ingestão de Toxinas pré-formadas • Distúrbios Digestivos • BOTULISMO INFANTIL • Ingestão de esporos presente em mel • Crianças menores de 1 ano de idade • PERÍODO DE INCUBAÇÃO • 12 a 36 horas Fonte: Google imagens • Botulismo infantil – Criança • imaturidade da flora intestinal • germinação, multiplicação e produção de neurotoxina botulínica no intestino infantil 33 Fonte: Google imagens Boas Práticas de Fabricação em todas as etapas: colheita, extração, beneficiamento e envaseSlide 19: Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Abelhas II Slide 20 Slide 21: MEL Slide 22: Legislação Slide 23 Slide 24 Slide 25: FLUXOGRAMA DO MEL NO CAMPO Slide 26 Slide 27: PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Slide 28: PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Slide 29: PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Slide 30: PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Slide 31: PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Slide 32: PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Slide 33: PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Slide 34: PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Slide 35: PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Slide 36: PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Slide 37: PORTARIA SDA Nº 795, DE 10 DE MAIO DE 2023 Slide 38: RIISPOA Slide 39: Definição Slide 40 Slide 41 Slide 42: Classificação Slide 43: Definição Slide 44: Pólen apícola Slide 45: Requisitos físico-químicos Slide 46: Pólen apícola Slide 47: Geléia Real Slide 48: Classificação Slide 49: Critérios microbiológicos Slide 50: Geléia Real Slide 51: Própolis Slide 52: Própolis Slide 53: Própolis Slide 54: Composição do Mel (Apis) Slide 55: Classificação Slide 56: Mel de Flores: obtido a partir do néctar das flores Slide 57 Slide 58: 2. Quanto a obtenção de mel do favo Slide 59: 3. Apresentação e/ou processamento Slide 60: 3. Apresentação e/ou processamento Slide 61: Designação de venda Slide 62: Características Sensoriais Slide 63: Características físico-químicas Slide 64: Características Físico-químicas Slide 65: Características Físico-químicas Slide 66: Características Físico-químicas Slide 67: Umidade Relativa x Tendência à Fermentação (Crane, 1976) Slide 68: MEL INDUSTRIAL Slide 69: Características Físico-químicas Slide 70: Características físico-químicas Slide 71: Aditivos Slide 72: Condições para coleta do mel ASF Slide 73: Armazenamento Slide 74: Classificação Slide 75: Classificação Slide 76: Classificação Slide 77: Requisitos Slide 78 Slide 79 Slide 80: FRAUDES – TESTES QUALITATIVOS Slide 81: FRAUDES – TESTES QUALITATIVOS Slide 82: FRAUDES – TESTES QUALITATIVOS Slide 83: QUALIDADE DO MEL Slide 84: MEL E BOTULISMO Slide 85