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Psicologia Comportamental O mundo dentro da pele: observação e descrição Relato de sentimentos e comportamentos Identificação de causas do comportamento e autoconhecimento Profª Silvia Cristina Alves Andretta “Uma pequena parte do Universo está contida dentro da pele de cada um de nós.” “Não há necessidade de existir uma condição física especial por ela estar situada nesses limites.” “Um descrição completa será fornecida pela anatomia e pela fisiologia.” “Nós a sentimos e, num certo sentido, a observamos e seria loucura negligenciar tal fonte de informação só por ser a própria pessoa a única capaz de estabelecer contato com seu mundo interior.” (B.F.Skinner) Ver Ouvir Degustar Cheirar Sentir Observando e descrevendo o mundo dentro da pele Esses três sistemas evoluíram e com o surgimento do comportamento verbal as pessoas foram fazendo perguntas umas as outras cujo as respostas proporcionavam uma indicação do que se passava nesse mundo interior. Relatando coisas sentidas Para relatar o que se sente, primeiro é preciso discriminar o que se está sentindo, e isso não é uma tarefa fácil. A comunidade verbal pode ensinar respostas discriminativas de condições externas usando condições públicas correlatas. As descrições não são totalmente precisas, pois sofrem influências ontogenéticas. Relatando o comportamento Skinner, com esse tópico, vem falar das pistas discriminativas do comportamento encoberto. Ele define os seguintes comportamentos: Usual: “O que você está fazendo?” – informação pública, mas não está ao alcance de quem pergunta (ex. telefone, escuro). As descrições podem se limitar à topografia ou incluir efeitos sobre o ambiente. Provável: “Você está inclinado a fazer o quê?” – tender a fazer algo, as respostas dependem de uma acentuada probabilidade de ação e foram aprendidas por já terem ocorrido antes. Relatando o comportamento Perceptivo: “Você vê aquilo?” – a resposta é o nome ou uma descrição do que é visto. Passado: “O que você fez ontem?” – a resposta pode ter conexão com o comportamento usual. Descrever o comportamento é essencial para podermos lembrá-lo. Encoberto: “Em que é que você está pensando?” – pensando é um comportamento que não é visível aos outros. A resposta será condições privadas relacionadas com comportamentos públicos. Relatando o comportamento Ainda no encoberto podemos dizer: “eu disse a mim mesmo...” como sinônimo de pensei. Chamamos de comportamento perceptivo encoberto o imaginar ou fantasiar como meios de ver algo na ausência da coisa vista. As palavras utilizadas para descrever o comportamento encoberto são adquiridas por ocasião pública. Futuro: “O que é que você vai fazer?” – previsão de comportamento baseada em condições usuais com que o comportamento está relacionado. Pode ser também a probabilidade de assumir determinado comportamento. Identificando as causas do comportamento de alguém Na busca pela causa depara-se com a questão: “Fiz porque quis.” “Me deu vontade.” “Porque preciso de algo.” Se a comunidade verbal já aceitar isso como causa, nada mais surgirá. Um terapeuta vai ouvir a história e ir em busca de relações causais de que ainda não se tinha tomado consciência. O autoconhecimento O autoconhecimento Há uma diferença entre o comportamento e o relato do comportamento. A utilidade dos relatos para o behaviorista está em fornecer pistas para o comportamento passado e as condições que o afetaram, para o comportamento atual e as condições que o afetam, e para as condições relacionadas com o comportamento futuro. @silpsidoesporte https://www.facebook.com/ scapsicologiaclinicaedoesporte https://www.facebook.com/scapsicologiaclinicaedoesporte Referência Bibliográfica SKINNER, B.F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 11ªed., 1999. Cap. 2.