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DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSO 
TRIBUTÁRIO 
 
Módulo: Responsabilidade Tributária 
 
TEMA 05 – Causas de Extinção do Crédito 
Tributário: Pagamento e Compensação 
 
 
Aula 01 – Causas de Extinção do Crédito 
Tributário: Pagamento e Compensação 
 
Causas de Extinção do Crédito Tributário 
 
Art. 141 do CTN 
 
Após disciplinar as hipóteses de suspensão do crédito tributário, o Código 
Tributário Nacional passa a tratar das causas que extinguem a exigibilidade do 
crédito (arts. 156 a 174). Logo, o art. 141 do Código Tributário Nacional (CTN) 
prescreve que o crédito tributário somente se extingue “nos casos previstos nesta 
lei” , vejamos: 
Art. 141 CTN. O crédito tributário regularmente constituído 
somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa 
ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não 
podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade 
funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas 
garantias. 
 
 
Observa-se o referido artigo prevê a TAXATIVIDADE do rol de causas de 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Assim, conclui-se que o 
posicionamento adotado pela legislação infraconstitucional que trata sobre 
KELVIN CARLOS JONASSON - 06536528956
 
 
 
matéria geral em direito tributário, qual seja o Código Tributário Nacional 
(CTN), é no sentido da TAXATIVIDADE deste rol. 
Todavia, temos que tomar um certo cuidado, uma vez que o STF já se 
debruçou sobre o tema na ADI 1917 e na ADI-MC 2045 apresentando visões 
diferentes em cada uma delas. Na primeira ele falava sobre a taxatividade do rol, 
já na segunda estatuía a não taxatividade. Vejamos: 
• STF, ADI 1917 = TAXATIVIDADE 
• STF, ADI-MC 2045 = NÃO TAXATIVIDADE 
 
Sobre esta discussão, o professor Eduardo Sabbag disciplinou: 
A maioria dos autores consideram a enumeração do art. 156 do 
CTN taxativa (ou exaustiva), e não meramente exemplificativa. Isso 
significa que em regra, apenas as modalidades expressamente nela 
elencadas podem dar ensejo à validade e legitima extinção do crédito 
tributário, e qualquer acréscimo de outras hipóteses 
à lista requerer lei complementar da União sobre normas gerais 
tributárias. Essa também tem sido a orientação disposta em julgados 
mais recentes do STF1. 
 
Já o doutrinador Luciano Amaro entende de forma diversa, acreditando que 
este rol não seria taxativo, mas EXEMPLIFICATIVO: 
O rol do art. 156 não é taxativo. Se a lei pode o mais ( que vai até o 
perdão da dívida tributária) pode também o menos, que é regular 
outros modos de extinção do dever de pagar o tributo. A dação em 
pagamento, por exemplo, não figurava naquele rol até ser 
acrescentado pela LC n. 104/2001; como essa lei só se refere à 
dação de bens imóveis, a dação de outros bens continua não listada, 
mas nem por isso se deve considerar banida. Outro exemplo que 
nem sequer necessita de disciplina específica na legislação tributária, 
é a confusão, que extingue a obrigação se, na mesma pessoa, se 
confundem a qualidade de credor e a de devedor (CC/2002, art. 
381). Há ainda, a novação (CC/2002, art. 360)2. 
 
 
 
 
 
1 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 13 ed., São Paulo: Saraiva Educação, p.1086. 
2 AMARO, Luciano. Direito Tributário brasileiro, 14 ed, p. 390/391. 
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Hipóteses de Extinção do Crédito Tributário 
 
O art. 156 do CTN, apresenta as HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO 
TRIBUTÁRIO: 
 Art. 156 CTN. Extinguem o crédito tributário: 
 I - o pagamento; 
 II - a compensação; 
 III - a transação; 
IV - remissão; 
 V - a prescrição e a decadência 
 VI - a conversão de depósito em renda; 
 VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento 
nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
 VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 
2º do artigo 164; 
 IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a 
definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de 
ação anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e 
condições estabelecidas em lei. 
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou 
parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua 
constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para efeitos didáticos, podemos dividir as modalidades extintivas Passemos 
ao estudo de cada uma das modalidades de extinção do crédito tributário. 
Em resumo 
HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
• Pagamento; 
• Compensação; 
• Transação; 
• Remissão; 
• Prescrição e Decadência; 
• Pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no art. 150 
CTN; 
• Consignação em pagamento (art. 164, §2º, CTN); 
• Decisão administrativa irreformável (sem anulatória); 
• Decisão judicial passada em julgado; 
• Dação em pagamento de bens imóveis, na forma da lei. 
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Pagamento 
 
A primeira causa de extinção do crédito tributário que estudaremos é o 
PAGAMENTO, que se encontra presente nos arts. 157 a 164 do Código Tributário 
Nacional (CTN). 
O pagamento é a hipótese mais comum de extinção do crédito 
tributário, que de acordo com o art. 162 do CTN, pode ser efetuado em moeda 
corrente, cheque, vale postal e, nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel 
selado ou processo mecânico. Estas últimas hipóteses atualmente estão em desuso. 
Atente-se ao art. 162 do CTN: 
Art. 162 CTN. O pagamento é efetuado: 
I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; 
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por 
processo mecânico. 
§ 1º A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o 
pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne 
impossível ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente. 
§ 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o 
resgate deste pelo sacado. 
§ 3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto com a 
inutilização regular daquela, ressalvado o disposto no artigo 150. 
§ 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por 
esta modalidade, não dão direito a restituição, salvo nos casos 
expressamente previstos na legislação tributária, ou naquelas em que o 
erro seja imputável à autoridade administrativa. 
 
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Observe que o pagamento é descrito no Código Tributário Nacional, 
como o adimplemento da obrigação pecúnia, em moeda nacional ou valor que 
nela se possa exprimir (como a estampilha, o selo, etc.) 
A acepção da palavra pagamento utilizada pelo CTN no art. 156 e nos arts. 
157 a 164, é tida por restrita na teoria das obrigações, em contraste com 
acepção ampla, que indica adimplemento de qualquer tipo de obrigação, não 
só pecúnia3. 
Assim, em razão do conceito de tributo apresentado pelo art. 3o do 
CTN, não há o que se falar em pagamento: 
a) In Natura: prestação em bens. Ex: produtos ou animais; 
b) In Labore: prestação em serviços. Ex: serviço militar obrigatório, serviço 
eleitoral, serviço prestado ao ser jurado no Tribunal do júri. 
Todavia, com a inclusão da modalidade “dação em pagamento em bens 
imóveis” realizada pela Lei Complementar nº 101/2001, a acepção estrita 
originalmente empregada pelo Código perdeu o sentido4. 
Assim, não se esqueça que o pagamento É O METÓDO MAIS COMUM PARA 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, sendo certo que tal pagamento poderá 
se dar através: 
 
3 ROCHA, Roberval. Direito Tributário. Coleção Sinopses para Concursos, Editora Juspodivm, p. 319. 
4 ROCHA, Roberval. Direito Tributário. Coleção Sinopses para Concursos, Editora Juspodivm, p. 319. 
Atenção 
MEIOS DE PAGAMENTO DE TRIBUTO admitidos pelo CTN: 
1) MOEDA CORRENTE; 
2) CHEQUE RESGATADO PELO SACADO; 
3) VALE POSTAL; 
E nos casos previstos em lei 
4) ESTAMPILHA; 
5) PAPEL SELADO; 
6)PROCESSO MECÂNICO. 
 
 
 
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• DINHEIRO; 
• DAÇÃO EM PAGAMENTO DE BENS IMÓVEIS (Lei nº 13.259/16) 
Segundo o professor Eduardo Sabbag, 
O pagamento, disciplinado nos arts. 157 a 163 e 165 a 169 do CTN, 
é modalidade direta de extinção do crédito tributário, prescindindo 
autorização por lei. Em regra, o pagamento deve ser feito em 
pecúnia. Todavia, o art. 162 do CTN prece o pagamento por meios 
sucedâneos: cheque, dinheiro, vale-postal, estampilha, papel selado 
ou processo mecânico. (...) A bem da verdade, as formas de 
pagamento destacadas no inciso II do art. 162 do CTN são 
antiquadas e incomuns. De há muito, o pagamento por meio de vale 
postal deixou de ser utilizado. A estampilha, mencionada pelo 
legislador, é o selo. O pagamento por papel selado (papel em que o 
selo já se encontra presente) e por processo mecânico (impressão 
declarada mecanicamente no papel) praticamente não são mais 
utilizados, estando em franco desuso. A LC n. 104/2011 trouxe 
novidade ao CTN quando previu nova causa de extinção do crédito 
tributário: dação em pagamento, constante no inciso XI do art. 156 do 
CTN.5 
 
 
 
Aula 02 – PAGAMENTO 
 
Pagamento 
 
A IMPOSIÇÃO DE PENALIDADE não ilide o pagamento integral do 
crédito tributário, ou seja, a penalidade não absorve o pagamento do tributo. 
Vejamos: 
 Art. 157. A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral 
do crédito tributário. 
 
Outra lição importante sobre pagamento depreende-se do art. 158 do 
Código Tributário Nacional (CTN): 
Art. 158. O pagamento de um crédito não importa em presunção 
de pagamento: 
I - quando parcial, das prestações em que se decomponha; 
 
5 SABBAG. Eduardo. (Manual de Direito Tributário, 13 ed., São Paulo: Saraiva Educação, p.1086. 
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II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo 
ou a outros tributos. 
 
Verifica-se que o PAGAMENTO DE UM CRÉDITO não importa em 
presunção de pagamento quando PARCIAL, das prestações em que se 
decomponha; e quando TOTAL, de outros créditos referentes ao mesmo ou a 
outros tributos. 
Em regra, o CRÉDITO TRIBUTÁRIO deve ser adimplido na 
REPARTIÇÃO COMPETENTE DO DOMÍCILIO DO CREDOR. Vejamos: 
Art. 159. Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o 
pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do 
sujeito passivo. 
 
Observa- se que o artigo traz uma ressalva a esta regra : “ quando a 
legislação não dispuser a respeito”, ou seja, quando tivermos legislação tributária 
estatuindo de forma diversa o pagamento poderá ser realizado de outra forma. 
Não se esqueça que o Código Tributário Nacional (CTN) é uma lei da 
década de 606, sendo assim, temos que amoldar a lei à época. Ora, na época da 
promulgação do CTN o contribuinte pagava o tributo na repartição pública 
competente do domicílio do sujeito passivo. Com o passar dos anos, o pagamento 
passou a ser realizado nas agências bancárias. E atualmente, o pagamento pode 
ser realizado de várias formas: nas agências bancárias, pela internet, pelo celular, 
via PIX. Assim, conclui-se que apesar da previsão do art. 159 do CTN, o pagamento 
na repartição competente do sujeito passivo se tornou obsoleto em virtude das 
novas tecnologias e com a forma de viver do homem moderno. 
Caso a legislação tributária não fixe prazo para pagamento, o 
VENCIMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO SERÁ 30 (TRINTA) DIAS após a data 
da notificação do lançamento. Vejamos: 
 
6 A Lei nº 5.172/66 foi promulgada em 25 de outubro de 1966. Em sua certidão de batismo (o Ato Complementar 
36, de 13/3/1967), ganhou o nome pelo qual atende até hoje: Código Tributário Nacional. Lembre-se que nesta 
época a Constituição Federal em vigor era a de 1946. Nesta época o CTN nasceu como uma lei ordinária. Com a 
promulgação da Constituição Cidadã (Constituição Federal de 1988) o CTN ganhou “status de lei complementar”. 
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 Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o tempo do 
pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da 
data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. 
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela 
antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça. 
 
Observa-se da leitura do parágrafo único do artigo supracitado que a 
LEGISLAÇÃO pode permitir DESCONTO para os adimplementos antecipados. 
Por exemplo, no caso do IPVA você paga antes da data de vencimento você paga 
com desconto, senão você paga sem desconto e de forma parcelada. 
O CRÉDITO NÃO INTEGRALMENTE PAGO NO VENCIMENTO é 
acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem 
prejuízo da imposição de penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer 
medidas de garantia previstas na lei tributária. 
Em regra, os juros de mora são calculados à taxa de 1% (um por cento 
ao mês). Exceção: lei dispuser de modo diverso. Todavia, não incidirão juros 
se o sujeito passivo tiver formulado consulta dentro do prazo legal para o 
pagamento do crédito tributário. 
Todavia, NÃO INCIDIRÃO JUROS se o sujeito passivo tiver 
FORMULADO CONSULTA dentro do prazo legal para PAGAMENTO DO 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 
As previsões supracitadas encontram-se presentes no art. 161 do CTN: 
Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é 
acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da 
falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da 
aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou 
em lei tributária. 
 §1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são 
calculados à taxa de um por cento ao mês. 
 §2ºO disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta 
formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do 
crédito. 
 
Como já vimos, na parte I desta aula, o art. 162 do CTN prevê as FORMAS 
DE PAGAMENTO DO TRIBUTO: 
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Art. 162 CTN. O pagamento é efetuado: 
 I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; 
II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por 
processo mecânico. 
§ 1º A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o 
pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne 
impossível ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente. 
§ 2º O crédito pago por cheque somente se considera extinto com o 
resgate deste pelo sacado. 
§ 3º O crédito pagável em estampilha considera-se extinto com a 
inutilização regular daquela, ressalvado o disposto no artigo 150. 
§ 4º A perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por 
esta modalidade, não dão direito a restituição, salvo nos casos 
expressamente previstos na legislação tributária, ou naquelas em que o 
erro seja imputável à autoridade administrativa. 
 
 
Segundo o artigo supracitado crédito pago em estampilha considera-se 
extinto com a inutilização regular daquela. A perda ou destruição da estampilha, ou o 
erro no pagamento por esta modalidade não dão direito à restituição, salvo nos 
casos expressamente previstos na legislação tributária, ou naquelas que o erro seja 
imputável à autoridade legislativa. O pagamento em papel selado, ou por processo 
mecânico, equipara-se ao pagamento por estampilha. 
Destarte estas previsões do CTN, atualmente, o pagamento ocorre em 
pecúnia, estas outras formas como cheque, vale-postal, estampilha estão em 
desuso. Normalmente esse pagamento se dá por meio de guias com um código de 
barras a ser pago na instituição bancária, pela internet, via Pix. Como exemplo 
destas guias que importam código de barras temos: GIA, DARF, DARE, DAS, etc. 
Estas guias ao mesmo tempo escrituram a obrigação acessória e impõe o 
pagamento de tributo, contemplando toda obrigação principal e uma obrigação 
acessória como nos vimos até aqui. 
Atente-se ao art. 163 do CTN: 
Art. 163 CTN. Existindo simultaneamente dois oumais débitos 
vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa 
jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos 
ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a 
autoridade administrativa competente para receber o pagamento 
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determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, 
na ordem em que enumeradas: 
I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em 
segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; 
II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e 
por fim aos impostos; 
III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; 
IV - na ordem decrescente dos montantes. 
 
Verifica-se que EXISTINDO SIMULTANEAMENTE 2 (dois) ou mais 
débitos vencidos do MESMO SUJEITO PASSIVO para com a MESMA PESSOA 
JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO, relativo ao mesmo ou a diferentes tributos ou 
provenientes de penalidade pecuniárias ou juros de mora, a AUTORIDADE 
ADMINISTRATIVA competente para receber o pagamento determinará a 
respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras: 
 
Destaca-se que a escolha do débito a ser quitado cabe ao Fisco. Todavia, 
trata-se de uma regra em desuso porque atualmente a maioria dos recolhimentos é 
feito eletronicamente, em rede bancária, sem nenhuma intervenção das autoridades 
tributárias. Ademais, nos dias de hoje o recebimento direto na repartição fiscal é até 
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evitado pelo Fisco, para elidir corrupção e problemas de segurança (em razão da 
violência urbana). 
Não se esqueça que a cobrança judicial do crédito tributário não se sujeita a 
concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, 
inventário ou arrolamento, bem como que o concurso de preferência somente se 
verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: (i) União, (ii) 
Estado, Distrito Federal e Territórios, e (iii) Municípios. 
Destaca-se que quanto à preferência do crédito tributário federal em 
detrimento do municipal, fere o pacto federativo, pois ao conceder vantagens ao 
ente federativo com maior disponibilidade de recursos ocorre uma desvantagem 
excessiva aos Municípios. Ora, os Municípios são os entes que menos possuem 
recursos e mesmo assim encontram-se na última posição para rever seus créditos 
tributários em juízo. 
Atente-se ao art. 164 do CTN: 
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada 
judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: 
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento 
de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação 
acessória; 
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências 
administrativas sem fundamento legal; 
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, 
de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. 
§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante 
se propõe pagar. 
§ 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa 
efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada 
improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito 
acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. 
 
 
➢ PAGAMENTO INDEVIDO 
O PAGAMENTO INDEVIDO gera o DIREITO DE RESTITUIÇÃO para (i) o 
contribuinte; (ii) o responsável e (iii) o substituto ou (iv) o Estado. Este 
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PAGAMENTO INDEVIDO pode ter ocorrido (i) em razão de pagamento a maior 
do tributo; (ii) de pagamento realizado de forma indevida. 
O Estado não pode enriquecer de forma ilícita, ou seja, não pode ocorrer 
um enriquecimento sem causa do Estado. Em razão disso nasce o DIREITO DE 
RESTITUIÇÃO para (i) o contribuinte; (ii) o responsável e (iii) o substituto ou (iv) 
o Estado. Lembre-se que o Estado não paga impostos em virtude da imunidade 
recíproca, mas paga taxas, contribuições. 
O DIREITO DE RESTITUIÇÃO encontra-se previsto no art. 165 do CTN: 
 Art. 165 CTN. O sujeito passivo tem direito, independentemente de 
prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a 
modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 
162, nos seguintes casos: 
 I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior 
que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza 
ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; 
II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota 
aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou 
conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; 
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão 
condenatória. 
 
 
 
A RESTITIÇÃO - ADMINISTRATIVA 
 - JUDICIAL 
 
Destaca-se que O PRAZO para exercer o DIREITO DE RESTITUIÇÃO 
(tanto pela via Administrativa como pela via Judicial) é de 5 (cinco) anos contados 
da data do pagamento indevido. Vejamos: 
Art. 168 CTN. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o 
decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: 
 I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção 
do crédito tributário; 
 II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar 
definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão 
judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a 
decisão condenatória. 
P
ode 
ser 
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Lembre-se que tribunal administrativo não faz coisa julgada. 
Vamos imaginar que o CONTRIBUINTE pleiteia a RESTITUIÇÃO DE 
TRIBUTO PELA VIA ADMINISTRATIVA, mas perde, então ele ingressa com 
RECURSO ADMINISTRATIVO no grau recursal da via administrativa (que seria uma 
espécie de 2ª instância) e também perde. Neste caso, ele terá uma DECISÃO 
ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL. Diante disso, o CONTRIBUINTE munido 
dessa DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL (que é desfavorável) terá o 
prazo de 2 (dois) anos ingressar com a AÇÃO JUDICIAL, a qual é denominada 
AÇÃO ANULATÓRIA DE DECISÃO ADMINISTRATIVA. 
Ou seja, pretende-se anular a decisão administrativa que denegou o direito 
de restituição com base no art. 169 do CTN. Assim, o contribuinte possui o PRAZO 
de 2 ANOS para propositura da AÇÃO ANULATÓRIA DE DECISÃO 
ADMINISTRATIVA (art. 169 CTN), a contar da decisão administrativa 
irreformável que a denegou. Vejamos: 
Art. 169 CTN. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão 
administrativa que denegar a restituição. 
 Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da 
ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data 
da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda 
Pública interessada.” 
 
Aula 03 – PAGAMENTO 
 
Pagamento 
 
Lembre-se que O PRAZO para exercer o DIREITO DE RESTITUIÇÃO 
(tanto pela via Administrativa como pela via Judicial) é de 5 (cinco) anos contados 
da data do pagamento indevido(art. 168 CTN). 
Vamos imaginar que o CONTRIBUINTE pleiteia a RESTITUIÇÃO DE 
TRIBUTO PELA VIA ADMINISTRATIVA, mas perde, então ele ingressa com 
RECURSO ADMINISTRATIVO no grau recursal da via administrativa (que seria uma 
KELVIN CARLOS JONASSON - 06536528956
 
 
 
espécie de 2ª instância) e também perde. Neste caso, ele terá uma DECISÃO 
ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL. Diante disso, o CONTRIBUINTE munido 
dessa DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL (que é desfavorável) terá o 
prazo de 2 (dois) anos ingressar com a AÇÃO JUDICIAL, a qual é denominada 
AÇÃO ANULATÓRIA DE DECISÃO ADMINISTRATIVA. 
Ou seja, pretende-se anular a decisão administrativa que denegou o direito 
de restituição com base no art. 169 do CTN. Assim, o contribuinte possui o PRAZO 
de 2 ANOS para propositura da AÇÃO ANULATÓRIA DE DECISÃO 
ADMINISTRATIVA (art. 169 CTN), a contar da decisão administrativairreformável que a denegou. 
 
 
 
 
 
➢ RESTITUIÇÃO DOS TRIBUTOS INDIRETOS: 
Atente-se para o art. 166 do CTN: 
Art. 166 CTN. A restituição de tributos que comportem, por sua 
natureza, transferência do respectivo encargo financeiro 
somente será feita a quem prove haver assumido o referido 
encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por 
este expressamente autorizado a recebê-la. 
 
Para compreendermos a RESTITUIÇÃO DOS TRIBUTOS INDIRETOS 
primeiramente se faz necessário diferenciar o tributo direto do tributo indireto. Essa é 
uma classificação dos tributos que indicam quem são os responsáveis pelo 
pagamento efetivo de determinado imposto. 
Não se esqueça: 
 PRAZO: 5 ANOS para exercer o DIREITO DE RESTITUIÇÃO (tanto pela via Administrativa 
como pela via Judicial) contados da data do pagamento indevido. 
 
 PRAZO: 2 ANOS para propositura da AÇÃO ANULATÓRIA DE DECISÃO 
ADMINISTRATIVA (art. 169 CTN), a contar da decisão administrativa irreformável que a 
denegou. 
 
 
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Os IMPOSTOS DIRETOS são os pagos de diretamente ao governo pelo 
contribuinte, não dependem de intermediação de consumidores e incidem sobre um 
rendimento apurado. Nestes tributos a mesma pessoa que pratica o fato gerador é 
quem paga o tributo. Exemplos: IRPF, IPVA, IPTU. Já os IMPOSTOS INDIRETOS 
Incidem sobre as transações de mercadorias e serviços e são repassados ao 
consumidor inserindo a quantia no valor da mercadoria ou serviço. Pode-se dizer 
que eles incidem sobre as mercadorias de consumo, como comida, roupas etc. 
Estes tributos denotam uma repercussão econômica, ou seja, geram uma cadeia. 
Nestes tributos quem suporta o encargo econômico na cadeia não é aquele pratica o 
fato gerador. Exemplos: ICMS, PIS, COFINS, IPI. 
Lembre-se que os IMPOSTOS INDIRETOS são NÃO CUMULATIVOS. 
Diante desses esclarecimentos, destaca-se que quando se PAGA UM 
TRIBUTO DE FORMA INDEVIDA, entende o STF que quem pode se valer da 
restituição deste tributo é o CONTRIBUINTE DE DIREITO, que é aquele 
contribuinte que pratica o fato gerador e deflagra a obrigação de pagar. 
Ou seja, o STF admite repercussão econômica. 
Nesse sentido, o STF promulgou a Súmula nº 546 do STF: 
Súmula nº 546 do STF: Cabe a restituição do tributo pago 
indevidamente, quando reconhecido por decisão, que o contribuinte 
de jure não recuperou do contribuinte de facto o quantum respectivo. 
 
 
 
 
 
Existe uma única divergência no STJ em que nas ações que envolvem 
energia elétrica perante a concessionária de energia seria legitimado o consumidor 
final para fins de restituição. É a única divergência que há na jurisprudência, no 
mais, é o contribuinte de direito que pode e de restituir o valor do tributo. 
Atenção: Cabe a RESTITUIÇÃO DE TRIBUTO pago indevidamente, quando reconhecido 
por decisão que o contribuinte de jure não recuperou do contribuinte de facto o quantum 
respectivo. 
 
 
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No direito tributário, possuímos 2 (duas) espécies de contribuinte: (i) o 
contribuinte de direito e o (ii) o contribuinte de fato. O CONTRIBUINTE DE DIREITO 
é o contribuinte que pratica o fato gerador da obrigação tributária. Já o 
CONTRIBUINTE DE FATO não pratica o fato gerador, mas ele suporta o encargo 
econômico. Como exemplos de tributos que possuem contribuinte de direito e de 
fato temos os casos do IPI e do ICMS. Afinal, esses tributos são diretos e não 
cumulativos. 
Exemplo de caso concreto: Nós temos uma Refinaria de Petróleo, uma 
Distribuidora, um Posto de Gasolina e o consumidor final. Quem incialmente 
circulou a mercadoria foi a Refinaria de Petróleo para a Distribuidora, depois a 
Distribuidora para o Posto de Gasolina e dele para o consumidor final. Ou seja, 
quem pagou o tributo lá atrás e presumiu o preço na bomba de combustível foi a 
Refinaria de Petróleo. Ela agregou o valor, presumiu o valor de venda e recolheu o 
tributo. Os demais, só suportaram o valor financeiro. Da Distribuidora para a 
Refinaria de Petróleo houve um creditamento deste valor (pagou-creditou-pagou-
creditou). Isto é o que chamamos de não cumulatividade eu deduzo na consequente 
o que eu paguei na antecedente (é como se fosse um círculo), isso ocorre para que 
não ocorra a tributação em cascata e que o consumidor final suporte um encargo 
impossível de se pagar. 
Logo, para o STF caso haja um pagamento errado é a Refinaria de Petróleo 
que possui direito a restituição do tributo e não o consumidor final (que apenas 
suporta os encargos da operação financeira). Afinal, quem de fato foi contribuinte, 
circulou a mercadoria, industrializou a mercadoria foi a Refinaria de Petróleo lá no 
começo. 
Atente-se as Súmulas do STJ apresentadas pelo professor em aula que 
tratam dos encargos na Repetição de Indébito: 
➢ Súmula nº 162 STJ : Na repetição de indébito tributário, a correção 
monetária incide a partir do pagamento indevido. 
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Ou seja, a correção monetária observa o pagamento indevido. 
➢ Súmula nº 188 STJ : Os juros moratórios, na repetição do indébito tributário, 
são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença. 
Esta súmula pode ser interpretada direto pelo art. 165,§ ú, do CTN, prevê 
que os juros moratórios, isto é, os juros não capitalizáveis observam o trânsito em 
julgado da sentença, ou seja, eles correm a partir do transito em julgado da 
sentença. 
A Súmulas nº 162 e 188 do STJ valiam para quase todos os tributos até que 
Lei 9.250/95 no art. 39,§ 4º institui a TAXA SELIC para ser aplicada tributos federais. 
Com isso veio o questionamento: e para tributos não federais eu posso 
aplicar a taxa SELIC? A resposta veio na Súmula nº 523 STJ. 
➢ Súmula nº 523 STJ : A taxa de juros de mora incidente na repetição de 
indébito de tributos estaduais deve corresponder à utilizada para cobrança do 
tributo pago em atraso, sendo legítima a incidência da taxa Selic, em ambas as 
hipóteses, quando prevista na legislação local, vedada sua cumulação com 
quaisquer outros índices. 
Pela Súmula entendemos que depende, se houver lei que preveja a 
utilização da SELIC para aqueles tributos pode utilizar, se não houver uma lei local 
que preveja será aplicado os índices regulares (Súmulas nº 162 e 188 do STJ). 
Lembre-se que a TAXA SELIC não pode ser cumulada com nenhum outro 
índice, uma vez que ela num só tempo engloba: (i) o período de inflação e (ii) a taxa 
real de juros. 
Atualmente, quase todos os tributos são atualizados pela TAXA SELIC. 
Atente-se também aos artigos 167 do CTN: 
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 Art. 167 CTN. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à 
restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das 
penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter 
formal não prejudicadas pela causa da restituição. 
Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir 
do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. 
 
Observa-se que a RESTITUIÇÃO DO TRIBUTO independe de prévio 
protesto, ou seja, o contribuinte não precisa pleitear a restituição do tributo na 
via administrativa (é uma opção dada ele). Se ele preferir ele pode iniciar o 
PEDIDO DE RESTITUIÇÃO DIRETO NA VIA JUDICIAL, sem nunca passar pelo 
processo administrativo. 
Nesse sentido, Eduardo Sabbag disciplinou: 
É de destacar, ainda, que o particular não está obrigado a primeiro 
postular na órbita administrativa, para, após, recorrer à via judicial. 
Aliás para o STJ o prazo prescricional para a repetição do indébito não 
se interrompe e/ou se suspende em face de pedido formulado na 
esfera administrativa.7 
 
Observe um julgado nesse sentido: 
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO 
REGIMENTAL. FINSOCIAL. COMPENSAÇÃO. PRESCRIÇÃO. 
DECADÊNCIA. TERMO INICIAL DO PRAZO. PEDIDO 
ADMINISTRATIVO. INTERRUPÇÃO/SUSPENSÃO. INOCORRÊNCIA. 
PRECEDENTES (...).5. O prazo prescricional, para fins de restituição de indébito de tributo 
indevidamente recolhido, não se interrompe e/ou suspende em face de 
pedido formulado na esfera administrativa 
6. Precedentes desta Corte Superior. 
7. Agravo regimental não provido.”(AgRg no 629.189/MG, 1ª turma, 
rel. Min, José Delgado, j. em 03/05/2005) 
 
 
 
 
 
7 SABBAG. Eduardo. Manual de Direito Tributário, 13 ed., São Paulo: Saraiva Educação, p.1086 
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Aula 04 – COMPENSAÇÃO 
 
Compensação 
 
A COMPENSAÇÃO é uma das hipóteses de extinção do crédito 
tributário prevista no inciso II do art. 156 do Código Tributário Nacional (CTN). 
Vejamos: 
 Art. 156 CTN. Extinguem o crédito tributário: 
(...) 
II - a compensação; 
(...) 
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou 
parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua 
constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. 
 
Esta hipótese de extinção do crédito tributário encontra-se prevista nos arts. 
170 e 170-A do CTN, os quais estudaremos adiante. 
Observa-se que a COMPENSAÇÃO poderá ser utilizada para que se 
opere a extinção do crédito tributário quando o CONTRIBUINTE for ao mesmo 
tempo devedor e credor do Fisco. 
No entanto, tratando-se de matéria tributária não basta a existência de dívida 
recíproca, sendo também necessária a EXISTÊNCIA DE LEI que AUTORIZE A 
COMPENSAÇÃO. Ainda assim, o CRÉDITO do sujeito passivo contra a Fazenda 
Pública deve ser líquido quanto ao seu valor; certo quanto à sua existência; 
vencidos ou vincendos. 
Ou seja, o OBJETO DA COMPENSAÇÃO são créditos (i) líquidos, (ii) 
certos, (iii) vincendos e vencidos, desde que haja lei específica (AgRg REsp 
862.572/CE). 
Assim, conclui-se que a COMPENSAÇÃO nada mais é que um encontro 
de contas, ao mesmo tempo o CONTRIBUINTE é CREDOR e DEVEDOR da 
Fazenda. Ou seja, há uma situação em que há crédito x débito com o Fisco, onde 
existirá uma amortização. 
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Para o professor Eduardo Sabbag: 
A definição de compensação pode ser extraída do Direito Privado, 
conforme os arts. 368 a 380 do Código Civil (Lei nº 10.406/2002), 
segundo o qual a compensação é modalidade extintiva da 
obrigação, quando se é devedor e credor, concomitantemente. 
Ocorre, portanto ‘extinção de obrigações recíprocas entre as 
mesas pessoas que se reputam pagas (totalmente ou 
parcialmente). Trata-se de modalidade indireta (por lei) de extinção 
do crédito tributário, por meio de confronto entre créditos e débitos, 
evitando-se a desnecessária (...) ‘ multiplicação de providências 
administrativas e demandas judiciais”. Notória a vantagem da 
compensação na medida em que inúmeras transações se 
entrecruzam em sentidos diversos. Dessa forma, poupam-se várias 
complicações e ônus, em razão da simples amortização dos 
créditos recíprocos, eliminando-se repetidas transferências ou 
movimentações de dinheiro e os naturais riscos de atraso, perdas8. 
 
A REGRA da COMPENSAÇÃO era de que sempre fossem compensados 
tributos da mesma natureza. Sendo assim, impostos eram compensados com 
impostos, taxas com taxas, contribuições com contribuições. Entretanto, a Lei nº 
11.457/2007 que unificou a chamada Supra Receita (Receita Federal + Receita 
Previdenciária) permitiu a compensação de tributos que fossem administrados 
pela Secretária Receita Federal do Brasil, ou seja, impostos federais e 
contribuições sociais. Logo, hoje é plenamente possível se compensar Impostos 
Federais com as Contribuições Sociais. 
Atente-se a um julgado apresentado pelo professor em aula: 
10. A compensação, posto modalidade extintiva do crédito tributário 
(artigo 156, CTN), exsurge quando o sujeito passivo da obrigação 
tributária é , ao mesmo tempo, credor e devedor do erário público, 
senão mister, para sua concretização, autorização por lei específicas 
e créditos certos, vencidos e vincendos do contribuinte para com a 
Fazenda Pública (artigo 170, do CTN). (STJ, 1ª AgRg no Resp 
862.572/CE, Rel. Min. Luiz Fux, maio de 2008) 
 
 
8 SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 13 ed., São Paulo: Saraiva Educação, p.1109. 
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➢ Regime da Lei nº 8.383/91: Compensação de contribuições 
previdenciárias, a terceiros e outros tributos 
Além da compensação de impostos, taxas e outras contribuições, existe a 
possibilidade também de compensação de Contribuições Previdenciárias. Afinal, os 
valores pagos a previdência tem natureza tributária. 
A Lei nº 8.383/91 disciplina a Compensação de Contribuições 
Previdenciárias, a terceiros e outros tributos. 
➢ Contribuições Previdenciárias e terceiros: regidas pelo art. 66 da Lei nº 
8.383/91 e art. 89 da Lei nº 8.212/91. 
Lei nº 8.383/91: Art. 66. Nos casos de pagamento indevido ou a 
maior de tributos, contribuições federais, inclusive previdenciárias, e 
receitas patrimoniais, mesmo quando resultante de reforma, 
anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória, o 
contribuinte poderá efetuar a compensação desse valor no 
recolhimento de importância correspondente a período subsequente. 
§1º A compensação só poderá ser efetuada entre tributos, 
contribuições e receitas da mesma espécie. 
§2º É facultado ao contribuinte optar pelo pedido de restituição. 
§3º A compensação ou restituição será efetuada pelo valor do tributo 
ou contribuição ou receita corrigido monetariamente com base na 
variação da UFIR. 
§4º As Secretarias da Receita Federal e do Patrimônio da União e o 
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS expedirão as instruções 
necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo. 
 
Lei nº 8.212/91: Art. 89. As contribuições sociais previstas nas 
alíneas a, b e c do parágrafo único do art. 11 desta Lei, as 
contribuições instituídas a título de substituição e as contribuições 
devidas a terceiros somente poderão ser restituídas ou compensadas 
nas hipóteses de pagamento ou recolhimento indevido ou maior que 
o devido, nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da 
Receita Federal do Brasil; 
(...) 
§ 4o O valor a ser restituído ou compensado será acrescido de juros 
obtidos pela aplicação da taxa referencial do Sistema Especial de 
Liquidação e de Custódia – SELIC para títulos federais, acumulada 
mensalmente, a partir do mês subsequente ao do pagamento 
indevido ou a maior que o devido até o mês anterior ao da 
compensação ou restituição e de 1% (um por cento) relativamente ao 
mês em que estiver sendo efetuada. 
 (...) 
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§ 8o Verificada a existência de débito em nome do sujeito passivo, o 
valor da restituição será utilizado para extingui-lo, total ou 
parcialmente, mediante compensação. 
§ 9o Os valores compensados indevidamente serão exigidos com os 
acréscimos moratórios de que trata o art. 35 desta Lei. 
§ 10. Na hipótese de compensação indevida, quando se comprove 
falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo, o 
contribuinte estará sujeito à multa isolada aplicada no percentual 
previsto no inciso I do caput do art. 44 da Lei no 9.430, de 1996, 
aplicado em dobro, e terá como base de cálculo o valor total do 
débito indevidamente compensado. 
 § 11. Aplica-se aos processos de restituição das contribuições de 
que trata este artigo e de reembolso de salário-família e salário-
maternidade o rito do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972. 
 § 11. Aplica-se aos processos de restituição das contribuições de 
que trata este artigo e de reembolso de salário-família e salário-
maternidade o rito previsto no Decreto no 70.235, de 6 de março de 
1972. 
§ 12. O disposto no § 10 deste artigo não se aplica à compensação 
efetuada nos termos do art. 74 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro 
de 1996. 
 
 
➢ Demais tributos administrados pela RFB: art. 74 da Lei nº 9.430/96Quem regula a compensação dos demais tributos da Receita Federal do 
Brasil é o art. 74 da Lei nº 9.430/96. Vejamos: 
Lei nº 9.430/96: Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, 
inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou 
contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, 
passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na 
compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e 
contribuições administrados por aquele Órgão. 
§ 1o A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a 
entrega, pela sujeito passivo, de declaração na qual constarão 
informações relativas aos créditos utilizados e aos respectivos 
débitos compensados. 
§ 2o A compensação declarada à Secretaria da Receita Federal 
extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior 
homologação. 
§ 3o Além das hipóteses previstas nas leis específicas de cada tributo 
ou contribuição, não poderão ser objeto de compensação mediante 
entrega, pela sujeito passivo, da declaração referida no § 1o: 
I - o saldo a restituir apurado na Declaração de Ajuste Anual do 
Imposto de Renda da Pessoa Física; 
II - os débitos relativos a tributos e contribuições devidos no registro 
da Declaração de Importação. 
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III - os débitos relativos a tributos e contribuições administrados pela 
Secretaria da Receita Federal que já tenham sido encaminhados à 
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para inscrição em Dívida 
Ativa da União; 
IV - o débito consolidado em qualquer modalidade de parcelamento 
concedido pela Secretaria da Receita Federal - SRF; 
V - o débito que já tenha sido objeto de compensação não 
homologada, ainda que a compensação se encontre pendente de 
decisão definitiva na esfera administrativa; 
VII - o crédito objeto de pedido de restituição ou ressarcimento e o 
crédito informado em declaração de compensação cuja confirmação 
de liquidez e certeza esteja sob procedimento fiscal 
IX - os débitos relativos ao recolhimento mensal por estimativa do 
Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) apurados na forma 
do art. 2º desta Lei. 
§ 4o Os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela 
autoridade administrativa serão considerados declaração de 
compensação, desde o seu protocolo, para os efeitos previstos neste 
artigo. 
§ 5o O prazo para homologação da compensação declarada pela 
sujeito passivo será de 5 (cinco) anos, contado da data da entrega da 
declaração de compensação. 
§ 6o A declaração de compensação constitui confissão de dívida e 
instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos 
indevidamente compensados. 
§ 7o Não homologada a compensação, a autoridade administrativa 
deverá cientificar o sujeito passivo e intimá-lo a efetuar, no prazo de 
30 (trinta) dias, contado da ciência do ato que não a homologou, o 
pagamento dos débitos indevidamente compensados. 
§ 8o Não efetuado o pagamento no prazo previsto no § 7o, o débito 
será encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para 
inscrição em Dívida Ativa da União, ressalvado o disposto no § 9o. 
§ 9o É facultado ao sujeito passivo, no prazo referido no § 7o, 
apresentar manifestação de inconformidade contra a não-
homologação da compensação. 
§ 10. Da decisão que julgar improcedente a manifestação de 
inconformidade caberá recurso ao Conselho de Contribuintes. 
§ 11. A manifestação de inconformidade e o recurso de que tratam 
os §§ 9o e 10 obedecerão ao rito processual do Decreto no 70.235, 
de 6 de março de 1972, e enquadram-se no disposto no inciso III do 
art. 151 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código 
Tributário Nacional, relativamente ao débito objeto da compensação. 
§ 12. Será considerada não declarada a compensação nas 
hipóteses: 
I - previstas no § 3o deste artigo; 
II - em que o crédito: 
a) seja de terceiros; 
b) refira-se a "crédito-prêmio" instituído pela art. 1o do Decreto-Lei no 
491, de 5 de março de 1969; 
c) refira-se a título público; 
d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado; ou 
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e) não se refira a tributos e contribuições administrados pela 
Secretaria da Receita Federal - SRF. 
f) tiver como fundamento a alegação de inconstitucionalidade de lei, 
exceto nos casos em que a lei: 
1 – tenha sido declarada inconstitucional pela Supremo Tribunal 
Federal em ação direta de inconstitucionalidade ou em ação 
declaratória de constitucionalidade; 
2 – tenha tido sua execução suspensa pela Senado Federal; 
3 – tenha sido julgada inconstitucional em sentença judicial transitada 
em julgado a favor do contribuinte; ou 
4 – seja objeto de súmula vinculante aprovada pela Supremo 
Tribunal Federal nos termos do art. 103-A da Constituição Federal. 
§ 13. O disposto nos §§ 2o e 5o a 11 deste artigo não se aplica às 
hipóteses previstas no § 12 deste artigo. 
§ 14. A Secretaria da Receita Federal - SRF disciplinará o disposto 
neste artigo, inclusive quanto à fixação de critérios de prioridade para 
apreciação de processos de restituição, de ressarcimento e de 
compensação. 
§ 17. Será aplicada multa isolada de 50% (cinquenta por cento) 
sobre o valor do débito objeto de declaração de compensação não 
homologada, salvo no caso de falsidade da declaração apresentada 
pela sujeito passivo. 
§ 18. No caso de apresentação de manifestação de inconformidade 
contra a não homologação da compensação, fica suspensa a 
exigibilidade da multa de ofício de que trata o § 17, ainda que não 
impugnada essa exigência, enquadrando-se no disposto no inciso III 
do art. 151 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código 
Tributário Nacional. 
 
O art. 170 do CTN disciplina a compensação: 
Art. 170 CTN. A lei pode, nas condições e sob as garantias que 
estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade 
administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com 
créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo 
contra a Fazenda pública. 
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei 
determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu 
montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a 
correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a 
decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. 
 
Observa-se que caso o contribuinte se utilize do Poder Judiciário (ação 
tributária) ele fica vinculado ao transito em julgado da respectiva decisão judicial. 
Podendo demorar 20 anos , 30 anos, pouco importa, terá de esperar a decisão. 
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➢ Compensação de créditos tributários x precatórios??? 
 Não. Inexiste lei específica autorizadora. 
➢ Compensação exige o trânsito em julgado da sentença 
De acordo com o art. 170-A do CTN, os TRIBUTOS objeto da 
CONTESTAÇÃO JUDICIAL somente podem ser utilizados para fins de 
COMPENSAÇÃO após o TRÂNSITO EM JULGADO da respectiva decisão 
judicial. Vejamos: 
Art. 170-A CTN. É vedada a compensação mediante o 
aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito 
passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. 
 
Nesse sentido, o professor apresentou em aula o seguinte julgado: 
COMPENSAÇÃO. ART. 170-A DO CTN. REQUISITO DO 
TRÂNSITO EM JULGADO. APLICABILIDADE A HIPÓTESES DE 
INCONSTITUCIONALIDADE DO TRIBUTO RECOLHIDO. 
1. Nos termosdo art. 170-A do CTN, é vedada a compensação 
mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial 
pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva 
decisão judicial, vedação que se aplica inclusive às hipóteses de 
reconhecida inconstitucionalidade do tributo indevidamente recolhido. 
(STJ, 1a Seção, Resp 1167039/DF, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, 
ago. 2010) 
 
Atente-se a Súmulas do STJ apresentadas em aula pelo professor: 
➢ Súmula nº 460 STJ: É incabível o mandado de segurança para 
convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte. 
Ou seja , não se compensa através de MANDADO DE SEGURANÇA. No 
Mandado de Segurança você pleiteia o direito de compensação que não quer dizer 
compensação. Isto é, você pleiteia a declaração do direito de compensar. Com a 
declaração do direito de compensar em decisão judicial transitada em julgado o 
contribuinte vai para via própria, a via administrativa, o valor será quantificado e 
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haverá a compensação do débito através de uma DCOMP, de um PERDCOMP9 
(pedidos de compensação). 
➢ Súmula nº 212 STJ: A compensação de créditos tributários não pode ser 
deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória. 
Ou seja, não se compensa através de MEDIDA LIMINAR ou TUTELA 
ANTECIPADA. 
➢ Súmula nº 461 STJ: O contribuinte pode optar por receber, por meio de 
precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença 
declaratória transitada em julgado. 
Assim, o CONTRIBUINTE poderá optar pelo RECEBIMENTO DO 
INDÉBITO através de COMPENSAÇÃO ou PRECATÓRIO JUDICIAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 PER/DCOMP - Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação 
Em resumo: COMPENSAÇÃO 
 CONCEITO: Há, de forma simultânea, uma situação de crédito x débito perante a Fazenda 
Pública que gerará uma amortização. 
 PREVISÃO: art. 156,II, CTN e arts. 170 e 170-A CTN 
 OBJETO: CRÉDITOS (i) créditos líquidos; 
 (ii) certos; 
 (iii)vincendos OU vencidos. 
 NECESSÁRIO: a EXISTÊNCIA DE LEI que AUTORIZE A COMPENSAÇÃO. 
 
 REGRA: TRIBUTOS de MESMA NATUREZA. 
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 Bibliografia 
AMARO, Luciano. Direito Tributário brasileiro, 14 ed. 
 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 19 ed. Ver. São 
Paulo, Saraiva, 2007. 
 
COSTA, Regina Helena. Direito Tributário Brasileiro. 1 ed., São Paulo: 
Saraiva, 2009. 
 
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 36. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2015. 
 
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 13 ed., São Paulo: Saraiva 
Educação, 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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