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TRIBUTOS EM ESPÉCIE
PROF. FRANCISCO MALAQUIAS
livros: SABBAG, SCHOERI, RICARDO ALEXANDRE
AULA 1 - DIA 07/02/23
Legendas:
HI - Hipótese De Incidência
FG - Fato Gerador
OT - Obrigação Tributária
L - Lançamento
CT - Crédito Tributário
DA - Dívida Ativa
CDA - Certidão de dívida ativa
CONCEITO DE TRIBUTOS:
CTN (Art. 3º) “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada” (grancursos)
Obs: “valor que possa exprimir a moeda” é um valor que possa manifestar, revelar ou fazer conhecida a moeda.” Ex.: UFIR, imóveis, etc. 
L4320/64 - Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades.
O Tributo é expressado em dinheiro, nunca em dar outros bens fungíveis ou infungíveis; a obrigação tributária principal de pagar tributo é manifestada mediante entrega ao Fisco de moeda.
O tributo, para surgir como obrigação, pode até desconsiderar se o ato que configura o seu nascimento seja decorrente de um agir lícito ou ilícito. Assim, “auferir renda” é uma inflexão abstrata normativa que, quando ocorre no mundo da vida (no mundo real), faz nascer uma obrigação tributária. É dizer, “auferir renda” é um fato que gera uma obrigação tributária, pois subsume-se a uma previsão hipotética normativa. Se essa renda advém de um agir ilícito (como a venda de drogas) ou lícito (como o exercício de um emprego formal), não importa: o fato que gera uma obrigação tributária é interpretado objetivamente
O tributo não deve se confundir com uma sanção para atos ilícitos, embora penalidades possam ser cobradas em função da desatenção da legislação tributária, pois as penalidades possuem uma previsão de fato gerador distinta da previsão do fato gerador dos tributos.
A obrigação que tem por objeto o pagamento de um tributo nasce antes de qualquer atividade administrativa; ela nasce independente de qualquer acordo, tratativa ou reunião entre as partes. A obrigação surge pela ocorrência de um fato da vida que se amolda a uma norma hipotética. “Auferir renda”, diz a norma hipotética; se alguém, de carne e osso, obtém a renda, esse fato gera uma obrigação.
A obrigação surge a partir da ocorrência de um fato que é jurídico – que tem efeitos jurídicos e impositivos. Depois de surgida a obrigação é que vem a sua formalização, mediante uma atividade administrativa plenamente vinculada. Essa formalização, que sucede ao surgimento da própria obrigação tributária, é chamada de lançamento tributário e o seu conceito é encontrado no art. 142 do CTN: 
“Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo LANÇAMENTO, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível”.
Função principal de todos os tributos:
 Arrecadar recursos para os cofres públicos.
Curva de Laffer - representação teórica que considera o valor obtido entre 0 a 100%. Caso a alíquota seja de 0 não haverá receita tributária. Porém, segundo a teoria, uma tributação de 100% teria o mesmo efeito, já que desestimularia a produção e o trabalho.

FIM DA AULA 1
AULA 2 - DIA 14/02/23
DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA
Poder constitucionalmente atribuído ao ente público para editar leis que instituam tributos (LEGISLATIVA)
Não se pode confundir competência tributária (instituição, modificação e extinção de tributos) com capacidade tributária ativa, que envolve o exercício da administração tributária, no que tange a arrecadação e fiscalização tributária. 
A competência tributária só pode ser exercida por entes federativos, a capacidade tributária ativa pode ser exercida por toda pessoa jurídica de direito público. (p. 14 350 dicas)
A capacidade tributária ativa pode ser delegada (os entes federativos podem delegar capacidade tributárias às autarquias e fundações públicas), transferível (os entes federativos podem transferir capacidade tributária entre si, mediante previsão constitucional, como no caso de os Municípios arrecadarem e fiscalizarem o ITR, permanecendo com a totalidade do imposto arrecadado) e goza de precariedade (pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral). (p. 14, 350 dicas)
Competência Concorrente – art. 24, I, da CF
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico
Normas gerais: União 
Normas suplementares: Estados e DF 
CF, Art. 24. (...)
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.  
E se a União, posteriormente, editar normas gerais?
R: Haverá suspensão das normas estaduais, as quais retomaram a sua eficácia, caso a lei federal seja revogada (não é repristinação!)
Normas de interesse local: Municípios – art. 30, I, da CF;
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - Legislar sobre assuntos de interesse local;
Matérias Reservadas a Lei Complementar – art. 146 da CF
Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - Dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que:
I - Será opcional para o contribuinte
II - Poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento;
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes.
Código Tributário Nacional – Recepcionado como LC
Ex: Conflito de Competência; Prescrição; Lançamento; Crédito; Simples Nacional; etc
Ex: IGF + EC + Competência Residual
PREVISÃO NORMATIVA: art. 6º a 8º do CTN
Competência Tributária - CTN
Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.
Parágrafo único. Os tributos cujareceita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.
Art. 7º A competência tributária é indelegável, SALVO atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.
§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.
Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.
A competência tributária compreende a competência legislativa plena, prevista no art. 6.o do CTN. Nesse contexto, há em nossa ordem constitucional uma coincidência entre a competência legislativa com a competência tributária. 
Contudo, não se confunde uma com a outra, mostrando-se a primeira (Legislativa) como o poder de instituir tributo, enquanto a segunda (tributária) se apresenta como a competência para legislar sobre o Direito Tributário. (Sabbag, p. 102)
A competência tributária é aquela conferida pela CF para que entes políticos possam instituir, modificar ou extinguir tributos. Os tributos que podem ser instituídos, modificados ou extintos pelos entes federativos são aqueles definidos pelo STF na classificação pentapartida (STF, RE 138.284/CE), sendo impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais. (350 dicas, p.12)
Características da Competência:
1) Facultativo
Contudo, a LRF (art. 11 + §único) prevê como requisito essencial na gestão fiscal a previsão de todos os tributos, sob pena não de não realização das transferências voluntárias (ex: convênios, acordos, etc).
2) Indelegável (art. 7o, CTN)
Revogável a qualquer tempo
“salvo atribuição de funções de arrecadação ou fiscalização”: Capacidade Tributária Ativa. Ex: IR-Retido na Fonte; ITR-Municípios (art. 153, §4º, III + art. 158, III, da CF + Lei 11.250/05)
SÚMULA 447 STJ – Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores.
Impostos de Competência:
1- Federal: 
· IMPOSTOS: II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IEG, IGF (exclusiva)
OUTROS:
· TAXA, CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (Comum), 
· CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS, COMPETÊNCIA RESIDUAL (Novo Imposto ou Contribuição), EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (exclusiva)
2 - Estadual
· IMPOSTOS: ICMS, IPVA, ITCMD (exclusiva)
· TAXAS (Comum),
· CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (Comum),
· CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL – RPPS
3 - Municipal
· IMPOSTOS: IPTU, ISS, ITBI (exclusiva)
· TAXA(Comum),
· CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA (Comum),
· CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL – RPPS
· COSIP – (Obs.: SV 41) (exclusiva)
OBS: DF e os Territórios Federais? Art. 147 da CF - Cumulativa
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.
BIS IN IDEM E BITRIBUTAÇÃO
	
	BIS IN IDEM
	BITRIBUTAÇÃO
	CONCEITO
	Mesmo Ente Público institui mais de um tributo sobre o mesmo fato gerador
	Entes Distintos instituem tributo sobre o mesmo fato gerador
	POSSIBILIDADE 
EXEMPLOS
	Não há proibição Genérica
	Há Proibição
	
	Deve observar a impossibilidade de Competência Residual com mesmo Fato Gerador 
	Exceção:
- Bitributação Internacional
- IEG
	
	II e IPI-Importação
	
Nos casos em que a mesma situação é definida na lei como fato gerador de mais de uma incidência tributária, aparecem no mundo os fenômenos do bis in idem ou da bitributação. (Ricardo Alexandre, p. 260)
BIS IN IDEM 
Com a verificação do "fato gerador" do tributo, nasce a obrigação tributária. O natural é que a cada fato gerador nasça apenas uma obrigação tributária, de forma que as manifestações de riquezas ou as atividades estatais não estejam sujeitas a múltiplas incidências tributárias. 
Ocorre o bis in idem (duas vezes sobre a mesma coisa} quando o mesmo ente tributante edita diversas leis instituindo múltiplas exigências tributárias, decorrentes do mesmo fato gerador. Não há, no texto constitucional brasileiro, uma genérica vedação expressa ao bis in idem. 
A União está autorizada a criar contribuição social para financiamento da seguridade social incidente sobre a receita ou faturamento (CF, art 195, I, b). No exercício de tal competência, a União Federal instituiu não somente uma, mas duas contribuições (COFINS e PIS), num cristalino exemplo de bis in idem. (mesmo Ente, mais de um tributo pelo mesmo fato gerador).
BITRIBUTAÇÃO
Ocorre quando entes diversos exigem do mesmo sujeito passivo tributos decorrentes do mesmo fato gerador. 
A bitributação está, como regra, proibida no Brasil e os casos concretos verificados normalmente configuram conflitos aparentes de competência, 
O conflito é sempre aparente e a bitributação SEMPRE ILEGÍTIMA, uma vez que somente um ente é competente para a cobrança do tributo, dependendo a solução apenas da interpretação que o Judiciário considerar mais adequada às normas que regem o caso concreto. 
DUAS SITUAÇÕES EM QUE A BITRIBUTAÇÃO É LEGÍTIMA: IEG e Estados-Nações diversos (ex.: IR)
1 - Possibilidade de que a União institua, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária (CF/1988, art. 154, II). 
A União poderia tanto instituir um novo IR (tributo já compreendido em sua competência ordinária) quanto um novo ICMS (tributo compreendido na competência estadual). No primeiro caso, haveria bis in idem (o mesmo ente - União - cobrando mais de uma exação - IR ordinário e IR extraordinário de guerra - com base no mesmo fato gerador); no segundo, bitributação (dois entes - União e Estado - cobrando dois tributos - ICMS ordinário e ICMS extraordinário de guerra - sobre o mesmo fato gerador). 
O Imposto Extraordinário poderá ser criado em situação de guerra, ou sua iminência, objetivando gerar receitas extras para a manutenção das forças armadas em combate. A situação de guerra pode dar ensejo à instituição do Imposto Extraordinário ou do Empréstimo Compulsório (art. 148, I, da CF), ou de ambos. Os Empréstimos Compulsórios têm sua origem em lei complementar, e não em MP. Além disso, trata-se de uma permissão expressa na Constituição Federal para a bitributação e para o bis in idem, na medida em que é ampla a liberdade de escolha do fato imponível para o Imposto Extraordinário. Registre-se que o imposto, sendo criado, terá exigência imediata, pois se trata de exceção às anterioridades anuaL e nonagesimal (art. 150, § 1o, da CF). (Sabbag, p. 113)
2 - Os casos envolvendo Estados-nações diversos, principalmente no que concerne à tributação da renda. A título de exemplo, quando um residente no Brasil recebe rendimentos de trabalho realizado no Uruguai, os dois Estados podem cobrar imposto sobre a renda, sendo a bitributação legítima. A única maneira de evitar a dupla incidência é a celebração de tratado internacional, o que não ocorre nos casos envolvendo Brasil e Uruguai.
Os tratados e convenções internacionais em matéria tributária, depois de devidamente ratificados pelo Poder Legislativo, gozam de força de lei ordinária. Terão a finalidade de evitar a bitributação sobre a renda entre os países signatários e conceder incentivos fiscais relativos a importação e a exportação, não se confundindo com a vedação de concessão de isenções heterônomas,nos termos do artigo 151, III, da Constituição Federal. Assim, o Brasil poderá conceder estender isenções de ICMS, por exemplo, para produtos importados de países signatários de acordos internacionais, sem que isso afronte tal dispositivo (STF, súmula 575). (350 dicas, p. 12)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL - Repartição de Receita (art. 157 - art. 162, CF)
Definição: Método para realização de transferência de receitas.
Espécies: 
· Impostos: TODOS, exceto os municipais (ITBI, IPTU e ISS); ITCMD; alguns impostos federais (II, IE, IGF e IEG).
· CIDE Combustíveis (art. 159, III + §4º da CF)
· 29% para os Estados
· 25% do repasse para os municípios.
As transferências tributárias constitucionais da União para os Estados e Municípios podem ser classificadas em TRANSFERÊNCIAS DIRETAS (repasse de parte da arrecadação para determinado governo) ou TRANSFERÊNCIAS INDIRETAS (mediante a formação de Fundos Especiais). (...) Independentemente da classificação, as transferências sempre ocorrem do governo de maior nível para os de menores níveis, quais sejam: da União para Estados e Distrito Federal; da União para Municípios; ou dos Estados para Municípios. (Sabbag, p. 172)
REPARTIÇÃO DIRETA: Não perpassa por nenhum fundo ou por nenhuma intermediação.
· Previsão: Art. 153, §5º + art. 157 + art. 158 + art. 159, III, da CF
Ex: 50% IPVA para o Município onde houve o licenciamento (art. 158, III da CF)
REPARTIÇÃO INDIRETA: É a que demanda sempre que, ao ser repassado o recurso, analise-se alguns critérios, sendo, na maioria das vezes, realizada por intermédio de um FUNDO, que é mera individualização contábil destinando recursos a fins específicos. Fundos que realizam a divisão do produto da arrecadação entre os beneficiários
· Previsão: Art. 159, I, a, b, c + art. 159, II, da CF
Ex: 49% do IR e do IPI vão para o Fundo de Participação dos Municípios
DIRETAS
	UNIÃO
	ESTADO/DF
	MUNICÍPIO
	IR-FONTE (IRPF) (art. 157, I e art. 158, I da CF)
Súmula 447 STJ
	100%
	100%
	IOF sobre o Ouro (art. 153, §5º da CF)
	30%
	70%
	Competência Residual 
	20%
	x
	CIDE-Combustíveis
	29%
	25%
	ITR (art. 158, II + art. 153, §4º, III da CF)
	
	50% ou 100%
	
	IPVA (art. 158, III da CF)
	50%
	
	ICMS (art. 158, IV + §Único da CF)
	25%
	
	
	
	INDIRETOS
	IR
	IPI
	
	21,5% - FPE
	21,5% - FPE
	
	24,5% - FPM
	24,5% - FPM
	
	1,8% - FNE
	1,8% - FNE
	
	0,6% - FNO
	0,6% - FNO
	
	0,6% - FCO
	0,6% - FCO
	
	FPEX – Fundo de compensação pela Exportação de Produtos Industrializados
	IPI – Exportação – 10% aos Estados e ao DF proporcionalmente ao valor das exportações imunes de IPI. Desse valor, 25% é transferido aos Municípios nos mesmos moldes do ICMS.
	
	49%
	59%
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS
Dever de Repasse e as Renúncias Fiscais
· IR-Retido na Fonte é excluído para repasse aos FPE e FPM.
· Caso seja concedido isenção (IR, IPI ou ICMS), o Ente Público considerará o valor arrecado para fins de repartição de receita.
· RE 705423 – A União pode conceder incentivos relacionados com o IR e o IPI, mesmo que isso diminua os repasses destinados ao FPM.
· É constitucional a concessão regular de incentivos, benefícios e isenções fiscais relativos ao IR e IPI por parte da União em relação ao Fundo de Participação de Municípios e respectivas quotas devidas às Municipalidades. STF. Plenário. RE 705423/SE, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 17/11/2016 (repercussão geral) (Info 847).
· Bloqueio de Transferências
· Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos. 
Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo NÃO IMPEDE a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos: 
I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias;
II - ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III (Aplicação Mínima na Saúde)
Desvinculação de Receita dos Fundos
art. 167, IV, da CF: é vedada a vinculação da receita de impostos a qualquer espécie de fundo, órgão ou despesa. Tal situação, contudo, é relativizada pela Constituição Federal, quando da utilização de parcela da receita de impostos para a repartição de receitas tributárias (arts. 157. 162 da CF), para a aplicação de recursos mínimos à saúde (art. 198, §2o da CF) e à educação (art. 212 da CF), para o custeio da Administração Tributária (art. 37, XXII, da CF) e para a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita (art. 165, §8o da CF). (350 DICAS, p. 27).
repartição de receitas tributárias + recursos mínimos à saúde + educação + custeio da Administração Tributária + prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita
QUESTÕES DA AULA
1.FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2012 - OAB - Exame de Ordem Unificado - VI - Primeira Fase
A competência tributária não se confunde com a capacidade tributária ativa. Aquela se traduz na aptidão para instituir tributos, enquanto esta é o exercício da competência, ou seja, a aptidão para cobrar tributos. Nesse sentido, é correto afirmar que
A) compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos, taxas, contribuições de melhoria, assim como as contribuições para o custeio do serviço de iluminação pública.
B) em virtude do princípio federativo, que, entre outras consequências, delimita entre os entes políticos o poder de tributar, ao Distrito Federal compete apenas instituir espécies tributárias próprias dos Estados-membros da federação.
C) a União pode instituir, via lei ordinária, impostos além dos previstos na Constituição, mediante dois requisitos: que eles sejam não cumulativos e que não tenham fato gerador próprio dos impostos já previstos constitucionalmente.
D) em Território Federal, os impostos estaduais são de competência da União. Caso o Território não seja dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais também são de competência da União.
GAB D
2. OAB – Exame de Ordem Unificado XXXV – Primeira Fase
Marcelo, servidor do Estado X, verificando sua conta bancária, percebeu que houve a retenção a maior do imposto sobre a renda (IRRF) incidente sobre sua remuneração. Objetivando receber a quantia recolhida a maior de volta, Marcelo ajuizou ação de repetição de indébito, incluindo, no polo passivo, o Estado X. 
Sobre a hipótese descrita, assinale a afirmativa correta.
A) O imposto sobre a renda é um tributo de competência exclusiva da União, e, portanto, o polo passivo deve ser integrado pela União.
B) Marcelo não possui legitimidade ativa para propor a ação de repetição de indébito, visto que não suportou o ônus tributário.
C) Somente o Estado X tem legitimidade para figurar no polo passivo da ação de restituição de indébito do imposto sobre a renda retido na fonte proposta por seus servidores.
D) Tanto o Estado X quanto a União deveriam figurar solidariamente no polo passivo da ação de repetição de indébito.
GAB C 
3. TCE-PR – 2016 – CESPE
No regime de repartição de receitas tributárias:
a) Classifica-se como participação direta aquela na qual o ente da Federação recebe parcela da arrecadação de receita tributária de outro ente por intermédio de fundos que distribuem os valores conforme critérios estabelecidos em lei. (art. 159, CF)
b) Os municípios podem ficar com a totalidade da arrecadação do imposto sobre a propriedade rural, caso assumam a fiscalização e cobrança do imposto. (art. 158, II + art. 153, §4º, III)
c) Os Estados não estão autorizados a condicionar a entrega de recursos ao pagamento de seus créditos pelo município recebedor. (Art. 160, p.u.)
d) A União não está autorizada a condicionar a entrega de recursos à observância, pelo município recebedor, das regras constitucionais de aplicação de percentuais das receitas de impostos em ações e serviços públicos de saúde. (Art. 160, p.u.)
e) Os estados devem repassar aos municípios 30% da receita de imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviço detransporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. (ART. 158, IV)
GAB. B (ART. 158, II)
4. AUDITOR FISCAL – TERESINA – 2016 – FCC
De acordo com o texto constitucional, cabem aos municípios:
a) 50% do produto da arrecadação do IPVA, a ser repartido entre os municípios localizados no Estado competente para instituir o imposto, de modo proporcional ao número de habitantes.
b) De origem metal, 70% do montante da arrecadação do IOF, incidente sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial, devido na operação de origem. 
c) 50% do produto da arrecadação do ICMS.
d) 80% do produto de arrecadação do ITR, podendo chegar a 100%.
e) 75% do produto de arrecadação do IR, incidente na fonte.
GAB B. (Art. 153, § 5º, I e II)
Comentários da questão (qc) Prof. Fábio Dutra
Alternativa A:  errada. Realmente, 50% do produto da arrecadação do IPVA deve ser repartido com os Municípios. Contudo, o IPVA é repartido com base no imposto arrecadado em decorrência dos veículos automotores licenciados no território de cada Município.
Alternativa B: correta. O ouro ativo financeiro ou instrumento cambial submete-se à incidência exclusiva do IOF, devido na operação de origem, sendo 70% de sua receita repartida com o Município de origem. 
Alternativa C: errada. Cabe aos Municípios 25% do produto da arrecadação do ICMS sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
Alternativa D: errada. Os Municípios fazem jus a 50% do ITR, cabendo-lhes 100% desse produto, quando ele for fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.
Alternativa E: errada. No caso do IR, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos Municípios, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem, cabe a eles 100% do imposto retido.
FIM DA AULA 2
AULA 3 - 01/03
CRÉDITO TRIBUTÁRIO - cap. 09, p. 310
Definição: é a formalização da obrigação tributária (dever de pagar o tributo ou a penalidade pecuniária), depois que esta é tornada líquida, certa e exigível pelo lançamento.
Lançamento Tributário transforma a obrigação tributária, ainda ilíquida, incerta e não exigível, em crédito tributário, com exigibilidade.
A partir da sua formalização, o crédito tributário (não extinto), poderá ser inscrito em dívida ativa, extraindo-se a respectiva certidão de dívida ativa (CDA), para eventual ajuizamento da execução fiscal.
Lançamento: ato administrativo que declara a existência de uma obrigação tributária e constitui o crédito tributário, a qual deverá ser exercida pela autoridade fiscal. Instrumento de natureza jurídica misto - constitutivo e declaratório
Aplicação da Norma Tributária: Aplica-se a norma então vigente há época da ocorrência do fato gerador.
Art. 144. O LANÇAMENTO reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
OBS: Exceto em casos que se instituam novos critérios de apuração ou fiscalização, ampliação dos poderes de investigação das autoridades administrativas ou nas hipóteses do art. 106 do CTN. 
Art. 106 do CTN
I - Em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II - Tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
MODALIDADES DO LANÇAMENTO
1. Lançamento de ofício (Direto – Art. 149 do CTN): Quando o Fisco, sem a ajuda do contribuinte, calcula o valor do imposto devido e o cobra do sujeito passivo. Ex.: IPTU.
Também utilizado para revisões em caso de:
(i) dolo, fraude ou simulação; 
(ii) fatos não conhecidos anteriormente; 
(iii) omissão da autoridade fiscal.
Será calculado através do arbitramento.
2. Lançamento por declaração (Misto – Art. 147 do CTN): Quando, para que o Fisco calcule o valor devido, é necessário que o contribuinte forneça, antes, algumas informações sobre matéria de fato. Aqui o contribuinte não antecipa o pagamento. Apenas fornece esses dados e aguarda o valor que lhe vai ser cobrado. Ex.: ITBI e ITCMD. A autoridade fiscal poderá contestar as informações apresentadas pelo contribuinte.
3. Lançamento por homologação (“Autolançamento” – Art. 150 do CTN): a lei determina que é o próprio contribuinte quem, sem prévio exame da autoridade administrativa, deverá calcular e declarar o quanto deve, antecipando o pagamento do imposto. Depois que ele fizer isso, o Fisco irá conferir se o valor pago foi correto e, caso tenha sido, fará a homologação deste pagamento, de forma expressa ou tácita (art. 150 do CTN). EX.: de tributos sujeitos ao lançamento por homologação: IR, IPI, ITR, ICMS e ISS.
SÚMULA 436 DO STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. 
6 - SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - Hipóteses TAXATIVAS art. 111 e art. 141 do CTN
CTN. Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: MO DE REeRE COml ms COml ta PA
I - MOratória;
II - O DEpósito do seu montante integral;
III - As REclamações e os REcursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; 
IV - A COncessão de medida liminar em Mandado De Segurança.
V – A COncessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
VI – O PArcelamento. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo NÃO dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.
CTN -  Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal SURGE COM A OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória DECORRE DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Em síntese: a primeira contempla o “dar”, enquanto a última trataria do “fazer” ou “não fazer”. (Schoeri, p.487)
EFEITOS: Impede a execução fiscal, suspende o prazo prescricional, garante a certidão de regularidade fiscal e suspensão de inscrição no CADIN.
Se a suspensão ocorrer ANTES do lançamento tributário?
A) DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL: Direito subjetivo do contribuinte que visa suspender o Crédito Tributário que pretende discutir, evitando-se a fluência de juros e multa.
Apenas será aceito o depósito em dinheiro (Súmula 112 STJ), devendo ser depositado o montante cobrado pela Fazenda Pública.
Se o contribuinte é vitorioso, levanta o depósito realizado.
Se a Fazenda é vitoriosa, converterá em renda e extinguirá o crédito tributário.
Por “integral” - entende-se o depósito realizado em dinheiro, que engloba o tributo acrescido de juros e multas. Ressalte-se que seu valor será aquele exigido pelo Fisco, e não o pretendido pelo contribuinte. (sabbag, p. 346)
B) RECLAMAÇÃO E RECURSO ADMINISTRATIVO: o contribuinte impugna administrativamente o crédito tributário.
Súmula 373 STJ e SV21 – É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
O contribuinte poderá obter uma certidão positiva com efeito de certidão negativa (art. 206 do CTN).
C) LIMINAR E ANTECIPAÇÃO DE TUTELA: Nos processos judiciais, não há suspensão automática, devendo comprovar as razões processuais paraa concessão da medida cautelar.
OBS.: Na “C” e “D” os encargos serão cobrados!!!
 Duas causas suspensivas da exigibilidade do crédito tributário, oriundas de ordens emanadas do Poder Judiciário:
1. a concessão de medida liminar em mandado de segurança;
2. a concessão de tutela, em outras espécies de ação.
D) MORATÓRIA (CTN art. 152 a 155): Dilação do prazo de pagamento de tributos já vencidos, nos termos da Lei.
Não se confunde com ampliação do prazo do vencimento de tributo não vencido. 
Concedida de forma genérica ou individualizada (precisará comprovar condições pessoais e dependerá do despacho - análise - da autoridade tributante.
Pode ser concedida a uma região específica. Art. 152 do CTN permite a concessão da moratória de forma total ou parcial.
Geralmente relacionadas às situações excepcionais, como calamidade pública.
Não se confunde com ampliação do prazo de vencimento de tributo não vencido.
Concedida por lei, possui dois tipos:
1. Autonômica ou autônoma - concedida pelo detentor da competência tributária: moratória do IPI pela União;
2. Heterônoma:  concedida pela União quanto a tributos de competência dos Estados, Distrito Federal e Municípios. A
União deve, simultaneamente, conceder a moratória a seus tributos e às obrigações de direito privado
Art. 154, CTN: “Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo”
E) PARCELAMENTO: medida de política fiscal com a qual o Estado procura recuperar créditos e criar condições para a regularização dos contribuintes.
Será concedido por Lei Geral e Específica de cada órgão (art. 155-A do CTN)
A lei poderá dispor sobre incidência de juros e multas.
Parcelamento Ordinário
Programa Especiais de Parcelamento
Ex: PROFIS; REGULARIZE; etc;
Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica.
§ 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas.  
§ 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à moratória.  
§ 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. 
 § 4o A inexistência da lei específica a que se refere o § 3o deste artigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica.
11 - EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - p. 377, cap. 12. - rol EXEMPLIFICATIVO
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: PAG CO TRAN RE PRESDECA CONVER PAGHOM CON DECADM DECJUD DAÇÃO
I - o pagamento; 
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
 X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. 
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS: 
- Rol EXEMPLIFICATIVO; 
- Estados podem criar, através de lei ordinária, novas hipóteses (Ex: dação em pagamento bens móveis);
A) PAGAMENTO: art. 157 a 169 CTN
 Modalidade natural e DIRETA da extinção do crédito tributário - desnecessidade de autorização legal para efetivar.
O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento das demais
Deve-se guardar os comprovantes de pagamento até que ocorra a prescrição
Vencimento: 30 dias após a notificação do lançamento
Se for por homologação, deve ser feito até o prazo antecipado, isto é, na data do autolançamento.
Encargos: Correção, juros de mora e multa de mora.
É possível a concessão de desconto por antecipação do pagamento, através de lei.
Havendo simultaneidade de dívidas com o mesmo Ente Público, seguirá a seguinte ordem:
Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:
I - Em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria (contribuinte), e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária (responsável);
II - Primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos (grau de retributividade);
III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV - Na ordem decrescente dos montantes.
OBS.: Consignação em Pagamento e Repetição de Indébito.
B) COMPENSAÇÃO: art. 170 e 170 A, CTN - forma INDIRETA de extinção
Encontro de contas entre a Administração Fiscal e o sujeito passivo. O contribuinte tem valores a receber do Fisco e também tem créditos a serem exigidos.
Características:
· Fungibilidade: as obrigações não podem possuir natureza personalíssima, sendo fungível o bem que pode ser trocado ou substituído por outro da mesma espécie e valor, como o dinheiro;
· Créditos líquidos e certos, vendidos ou vincendos;
· Reciprocidade das obrigações;
· Lei autorizativa
CTN, Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, ANTES do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.
A compensação não pode ser realizada por mera iniciativa do contribuinte, pois depende de lei que a autorize, mais, especificamente, de uma autorização do Poder Executivo (com apoio naquela lei para sua aplicação).
O contribuinte não pode verificar a certeza e liquidez de seu crédito sem a homologação do Poder Executivo ou do Poder Judiciário. (Sabbag, p. 387)
C) TRANSAÇÃO: art. 171. - Forma INDIRETA de extinção
Acordos realizados entre as partes, não sendo possível a sua ocorrência de modo preventivo.
*Necessidade de Lei autorizativa.
Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário.
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso.
D) CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA OU DECISÃO IRRECORRÍVEL ADMINISTRATIVA OU JUDICIAL: 
Depósito do montante integral levantado pela Fazenda Pública ou decisão definitiva (adm ou jud.) favorável ao contribuinte.
E) REMISSÃO: ART. 172, CTN
Perdão da dívida tributária (tributos e/ou multa), com base em LEI específica, de crédito tributários já constituídos
Será acompanhada da estimativa do impacto orçamentário-financeiro, nos termos do art. 14 da LC 101/00.
F) DECADÊNCIA
Perecimento do “Direito de Lançar” - Prazo de 5 anos.
Regra Geral (art. 173 do CTN): Primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado
Lançamento por Homologação (art. 150, §4º do CTN): No momento da ocorrência do fato gerador.
Se o contribuinte declarou e pagou a menor (por entendimento da Fazenda, ele não homologou!) aplica-se o art. 150, §4º do CTN
art. 150 § 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito,salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
Se o contribuinte não declarou (Súmula 436 STJ) ou agiu com dolo/fraude, seguirá a Regra Geral, por se tratar de Lançamento de Ofício.
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; 
II - Da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
G) PRESCRIÇÃO
Constituição definitiva do CT
Após o vencimento (30 dias da notificação), mesmo após julgamento definitivo do processo administrativo
Suspensão da Prescrição:
Ex: Causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário
Interrupção da Prescrição:
Ex: “I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal” Propositura!!!
Decadência - refere-se ao decaimento (ou perecimento) do estatal direito de constituição do crédito tributário pelo lançamento. Sua ocorrência prevê a extinção do crédito tributário - art. 156, V, do CTN. (Sabbag, p. 330). 
Prescrição: é o fato jurídico que implica a perda do direito de ajuizamento da ação de execução fiscal. (Sabbag, p. 331).
Prescrição no lançamento por homologação - Marco inicial da prescrição para cobrança do tributo corretamente declarado e não pago será a data de vencimento para o pagamento constante da declaração. (Sabbag, p. 332).
LANÇAMENTO = PRAZO DECADENCIAL 
COBRANÇA = PRAZO PRESCRICIONAL.
H) CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Instrumento hábil a garantir ao sujeito passivo o exercício de seu direito de recolher o tributo (art. 164 do CTN), diante de determinadas circunstâncias, a saber:
a) recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou penalidade, ou cumprimento de obrigação acessória; 
b) subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; 
c) exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. Aqui, desponta o vício de bitributação, cujos efeitos a consignatória visa coibir.
I) DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL E DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO
Desde que favoráveis. No caso da Administrativa, cabe via judicial. 
J) DAÇÃO EM PAGAMENTO
Apenas para bens Imóveis.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
A) ISENÇÃO POR LEI
Não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
Interpretação Literal!
Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas e às contribuições ou tributos instituídos posteriormente a sua concessão
Pode ser concedida em caráter geral ou limitadamente
Quando não for geral, será concedida por despacho da autoridade administrativa
Pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo por DESPACHO da autoridade administrativa OU POR LEI, salvo se concedida por prazo certo ou por condições
Não gera direito adquirido
Lembrete: Nas obrigações solidárias, a isenção pessoal NÃO alcança os demais devedores, os quais permanecem obrigados perante o saldo!!!
B) ANISTIA
Abrange exclusivamente as infrações cometidas (sanções/multas), de crédito ainda NÃO constituídos!
Não alcança crime ou contravenções ou que sejam praticados com dolo, fraude ou simulação.
Interpretação literal!
Pode ser concedida em caráter geral ou limitadamente
Quando não for geral, será concedida por despacho da autoridade administrativa
Pode ser revogada ou modificada por despacho da autoridade administrativa
Não gera direito adquirido
CTN - Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I - a isenção;
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.
ISENÇÃO
Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, É SEMPRE decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção NÃO é extensiva:
I - às taxas e às contribuições de melhoria;
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.  
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para sua concessão.
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção.
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
ANISTIA
Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.
Art. 181. A anistia pode ser concedida:
I - em caráter geral;
II - limitadamente:
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;
c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.
QUESTÕES DA AULA
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXV - Primeira Fase
Devido à crise que vem atingindo o Estado Y, seu governador, após examinar as principais reclamações dos contribuintes, decidiu estabelecer medidas que facilitassem o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Por meio de despacho administrativo, autorizado por lei, perdoou débitos de IPVA iguais ou inferiores a R$ 300,00 (trezentos reais) na época da publicação. Além disso, sancionou lei prorrogando o prazo para pagamento dos débitos de IPVA já vencidos.
Com base no caso apresentado, assinale a opção que indica os institutos tributários utilizados pelo governo, respectivamente.
A) Remissão e isenção.
B) Moratória e anistia.
C) Remissão e moratória.
D) Isenção e moratória
GABARITO: C
Moratória (art. 151, I do CTN) Amplia o vencimento para CT já vencidos
Remissão (art. 156, IV e art. 172 do CTN) Perdoa-se o pagamento tributo e/ou multas já constituídas
Isenção (art. 175, I do CTN) Dispensa-se o pagamento, impedindo a constituiçãodo crédito tributário
Anistia (art. 175, II do CTN) Releva-se as Infrações já cometidas, porém ainda não constituídas
OBS.: Moratória precisa de Lei. - Todavia, é necessário lei para ampliação/prorrogação do prazo para pagamento do tributo? R: Não precisa de lei, nem se sujeite à anterioridade
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXI - Primeira Fase
A Pessoa Jurídica ABC verificou que possuía débitos de Imposto sobre a Renda (“IRPJ”) e decidiu aderir ao parcelamento por necessitar de certidão de regularidade fiscal para participar de licitação. Após regular adesão ao parcelamento e diante da inexistência de quaisquer outros débitos, a contribuinte apresentou requerimento para emissão da certidão.
Com base nessas informações, o Fisco deverá
A) deferir o pedido, já que o parcelamento é causa de extinção do crédito tributário.
B) indeferir o pedido, pois a certidão somente poderá ser emitida após o pagamento integral do tributo em atraso.
C) deferir o pedido, já que o parcelamento é causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
D) deferir o pedido, já que o parcelamento é causa de exclusão do crédito tributário.
GABARITO: C
Art. 151, III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo IMPEDEM a propositura da Execução Fiscal e evita a fluência dos juros e a imposição de multa
A suspensão não dispensa, contudo, o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal.
Regularidade Fiscal!
CTN - Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
OAB - Exame de Ordem Unificado - XV - Tipo 1 - Branca
Um empresário consulta um escritório de advocacia sobre a possibilidade de a sociedade da qual é administrador participar de uma licitação, sendo certo que, para tal, terá que apresentar uma certidão demonstrando a inexistência de débitos fiscais com o governo federal. Ele informa que a sociedade foi autuada pelo não recolhimento do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR), e a defesa administrativa, apresentada no prazo, ainda não foi apreciada pelo órgão competente.
Considerando apenas os dados apresentados, é correto afirmar que a sociedade
A) não poderá participar da licitação, pela existência de crédito tributário vencido e não pago
B) poderá participar da licitação, pois o crédito tributário está com a exigibilidade suspensa.
C) poderá participar da licitação somente após a defesa administrativa ser analisada
D) somente poderá participar da licitação se depositar o valor do crédito tributário.
GABARITO: B
Art. 155-A, § 1º Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas. 
Art. 151, III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo IMPEDEM a propositura da Execução Fiscal e evita a fluência dos juros e a imposição de multa (Suspendem?)
 A suspensão não dispensa, contudo, o cumprimento das obrigações assessórias dependentes da obrigação principal.
Regularidade Fiscal!
CTN - Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
OAB - Exame de Ordem Unificado - XV - Tipo 1 - Branca
O Fisco do estado “X” lavrou auto de infração contra a pessoa jurídica “Y” para cobrar ICMS sobre a remessa de mercadorias entre a matriz e a filial dessa empresa, ambas localizadas no referido estado. A empresa “Y” impetrou, então, mandado de segurança objetivando ver reconhecido seu direito líquido e certo ao não recolhimento do ICMS naquela operação. Pleiteou também medida liminar.
Assinale a opção que pode, validamente, ser objeto do pedido de liminar formulado pela pessoa jurídica Y.
A) Extinção do crédito tributário.
B) Exclusão de crédito tributário.
C) Constituição do crédito tributário.
D) Suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
GABARITO: D
Suspensão do Crédito Tributário
Art. 151, IV a concessão de medida liminar em mandado de segurança
Observação: Se for ação ordinária, caberá tutela antecipada! (art. 151, V, do CTN).
IMPEDE a propositura da Execução Fiscal e EVITA a fluência dos juros e a imposição de multa.
A suspensão não dispensa, contudo, o cumprimento das obrigações assessórias dependentes da obrigação principal.
OAB - Exame de Ordem Unificado - IV - Primeira Fase
José dos Anjos ajuíza ação anulatória de débito fiscal após realizar depósito do montante integral do crédito que busca a anulação. Nesse sentido, é correto afirmar que
A) o depósito prévio do montante integral é requisito de admissibilidade da ação ajuizada por José dos Anjos.
B) o depósito do montante objeto de discussão judicial poderá ser levantado caso José dos Santos tenha seu pedido julgado procedente perante o juízo de primeiro grau.
C) o depósito prévio do montante integral produz os efeitos de impedir a propositura da execução fiscal, bem como evita a fluência dos juros e a imposição de multa.
D) caso o contribuinte saia vencido, caberá à Fazenda promover execução fiscal para fins de receber o crédito que lhe é devido.
GABARITO: C
Suspensão do Crédito Tributário
Art. 151, II- o depósito de montante integral
IMPEDE a propositura da Execução Fiscal e EVITA a fluência dos juros e a imposição de multa
A suspensão não dispensa, contudo, o cumprimento das obrigações assessórias dependentes da obrigação principal.
NÃO É REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE DE IMPUGANÇÃO OU RECURSO ADMINISTRATIVO E DE AÇÃO JUDICIAL
SÚMULA VINCULANTE 21 e 28 do STF (Impede o solve et repete)
*OAB - Exame de Ordem Unificado - XVI - Primeira Fase*
Determinado contribuinte verificou a existência de débitos vencidos de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e da taxa de coleta de lixo com o Município M. Os dois tributos são relativos ao ano-calendário de 2012 e se referem ao imóvel onde reside. O contribuinte pagou ao Município M montante insuficiente para a quitação de ambos os tributos.
Diante de tais débitos, a autoridade administrativa municipal que recebeu o pagamento
A) determinará, primeiramente, a imputação do pagamento à taxa e, posteriormente, ao imposto.
B) determinará o pagamento na ordem decrescente dos prazos prescricionais.
C) determinará o pagamento na ordem crescente dos montantes.
D) determinará, primeiramente, a imputação do pagamento ao imposto e, posteriormente à taxa.
GABARITO: A
Art.  163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:
I - Em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária;
II - Primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; CM, TX, IMP
III - Na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV - Na ordem decrescente dos montantes.
OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase
Lei municipal específica instituiu contribuição de melhoria para custeio de pavimentação asfáltica integralmente custeada pelo ente público na Rua ABC, localizada no Município X. Finalizada a obra e seguido o devido procedimento previsto na legislação para cálculo e cobrança deste tributo, Lucas, proprietário de imóvel substancialmente valorizado em decorrência da obra, recebeu notificação, em 01/06/2021, para pagamento do tributo até 30/06/2021. Contudo, nem pagou nem impugnou o débito tributário.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
A) O prazo decadencial para constituição destecrédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir da data de 01/06/2021.
B) O prazo decadencial para constituição deste crédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir da data de 30/06/2021. 
C) O prazo prescricional para cobrança deste crédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir da data de 01/06/2021.
D) O prazo prescricional para cobrança deste crédito tributário se encerra em cinco anos contados a partir da data de 30/06/2021.
GABARITO: D (anulável)
LANÇAMENTO = PRAZO DECADENCIAL 
COBRANÇA = PRAZO PRESCRICIONAL.
O STJ promoveu uma releitura da parte final do art. 174 do CTN, posto que, até o último dia estabelecido para o vencimento, é assegurado ao contribuinte realizar o recolhimento voluntário, sem qualquer outro ônus, por meio das agências bancárias autorizadas ou até mesmo pela internet, ficando em mora tão somente a partir do dia seguinte. 
Desse modo, tem-se que a pretensão executória da Fazenda Pública (actio nata) somente surge no dia seguinte à data estipulada para o vencimento do tributo.
No caso em análise, a data estipulada para o vencimento consiste em 30 de junho de 2021, razão pela qual a pretensão executória inicia-se no dia 01 de julho de 2021.
OAB - Exame de Ordem Unificado - VII - Primeira Fase
A expiração do prazo legal para lançamento de um tributo, sem que a autoridade administrativa fiscal competente o tenha constituído, caracteriza hipótese de
A) remissão.
B) prescrição.
C) decadência.
D) transação.
GABARITO: C
OAB - Exame de Ordem Unificado - III - Primeira Fase
Segundo o Código Tributário Nacional, remissão é
A) uma modalidade de extinção dos créditos tributários e consiste na liberação da dívida por parte do credor, respaldada em lei autorizativa.
B) a perda do direito de constituir o crédito tributário pelo decurso do prazo.
C) uma modalidade de exclusão dos créditos tributários com a liberação das penalidades aplicadas ao sujeito passivo, respaldada em lei autorizativa.
D) uma modalidade de extinção dos créditos tributários em razão da compensação de créditos entre o sujeito ativo e o sujeito passivo, respaldada em lei autorizativa.
GABARITO: A - Remissão (art. 156, IV e art. 172 do CTN); Decadência (art. 156, V e art. 173 do CTN); Anistia (art. 175, II do CTN); Compensação (art. 156, II do CTN)
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase
João e Pedro são, por lei, contribuintes obrigados solidariamente a pagar determinado tributo. Foi publicada lei que isenta os ex-combatentes do pagamento de tal tributo, sendo este o caso pessoal somente de João. Tendo em vista essa situação, assinale a afirmativa correta.
A) Sendo um caso de isenção pessoal, a lei não exonera Pedro, que permanece obrigado a pagar o saldo remanescente, descontada a parcela isenta em favor de João.
B) Pedro ficará totalmente exonerado do pagamento, aproveitando-se da isenção em favor de João.
C) O imposto poderá ser cobrado de Pedro ou de João, pois a solidariedade afasta a isenção em favor deste.
D) Pedro permanece obrigado a pagar integralmente o imposto, nada obstante a isenção em favor de João.
GABARITO: A
Efeitos da Solidariedade (art. 124 e 125 do CTN):
A) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais
B) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo
Saldo = valor restante, após descontada a parte isenta!!!
C) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais
Decadência? NÃO!!!
24. FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVIII - Primeira Fase
Prefeito de um determinado município resolveu conceder isenção de IPTU, por 10 (dez) anos, a proprietários de imóveis que sejam portadores de deficiência e que realizem investimento nas condições de acessibilidade de suas propriedades.
Com base na situação apresentada, assinale a afirmativa correta.
A) É possível que o município institua a isenção por meio de decreto.
B) Tal isenção constitui caso de suspensão da exigibilidade daqueles créditos tributários.
C) Somente por meio de lei específica municipal pode ser concedida isenção de IPTU.
D) A isenção concedida em função de determinadas condições, como é o caso, pode ser revogada a qualquer tempo.
GABARITO: C
Fim da aula
AULA 4 – 08/03/23
GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Garantias: Regras que asseguram direitos à Fazenda Pública, pois facilitam a entrada do Estado no patrimônio particular para receber a prestação relativa ao tributo.
Schoeri, p. 834 – Em sentido amplo, garantias são todas as medidas adotadas pelo legislador para assegurar o cumprimento da obrigação tributária.
Nos termos do art. 183 do CTN, as garantias previstas no CTN não excluem outras que a lei possa atribuir.
A natureza da garantia não altera a natureza jurídica da obrigação tributária.
· Art.184 do CTN a totalidade do patrimônio e renda do devedor responder por suas obrigações tributárias, mesmo que o valor possa ultrapassar o valor da dívida. Excetuados os bens que a lei declare absolutamente impenhorável (art. 833, CPC)
· OBS.: Dívida de IPTU ou de tributos relacionados ao imóvel podem justificar a penhora do bem de família – art. 3º, IV da Lei 8.009/90
Privilégios: Regras que põem o crédito tributário em uma posição de vantagem quanto aos demais créditos (art. 186 do CTN - NÃO SÃO ABSOLUTOS)
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
Mesmo bens gravados por garantia real ou por cláusulas de inalienabilidade ou impenhorabilidade respondem pelo crédito tributário (Schoeri, p. 844)
Os créditos tributários preferem a qualquer outro, ressalvado os TRABALHISTAS e os de ACIDENTE DE TRABALHO. 
Ex: Falência (art. 83 da Lei 11.101/05 + art. 186, §único do CTN):
· Extraconcursais[footnoteRef:1] / Trabalhista (150 SM) / Garantia Real [1: Créditos extraconcursais - são os créditos contraídos pela Massa Falida durante o procedimento concursal, seja como encargos aos seus próprios agentes para o desenvolvimento do processo, seja por obrigações contraídas perante terceiros, ou ainda os créditos contraídos pelo devedor durante o procedimento de recuperação judicial e que veio a se convolar em falência. Com exceção dos créditos contraídos durante a recuperação judicial, são créditos constituídos em razão da arrecadação, liquidação dos ativos da Massa Falida e pagamento dos credores. ] 
· Tributário
· OBS.: Multas tributárias são créditos quirografários (oriundo de obrigações sobre as quais não recaem nenhuma garantia real e que não possuem qualquer privilégio).
Com a nova redação do art. 186, o crédito tributário “perdeu uma posição” na ordem de preferência. Caso haja falência, fica definida a seguinte ordem (Sabbag, P. 404): 
1. Créditos extraconcursais; 
2. Importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar (aquelas relativas a bens e direitos de terceiros e que se encontravam em poder do devedor na data da decretação de falência); 
3. Créditos trabalhistas e acidentários (art. 83, I, da Lei n.º 11.101/2005);
4. Créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado (art. 83, II, da Lei n.º 11.101/2005 c/c art. 186, parágrafo único, I, do CTN). 
5. Crédito tributário.
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.
Parágrafo único. Na falência: 
I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importânciaspassíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado;
II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; 
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados
GARANTIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PRESUNÇÃO DE FRAUDE NA ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO DE BENS E RENDAS 
Fraude à execução - instituto tipicamente processual. Mais grave do que a fraude contra credores, vez que cometida no curso de processo judicial, frustrando os seus resultados. Isso deixa evidente o intuito de lesar o credor, a ponto de ser tratada com mais rigor
OBSERVAÇÃO: No Direito Tributário independe da citação válida do devedor ou da má-fé do adquirente, como ocorre no direito civil (Súmula 375 STJ)
CTN, Art. 185. Presume-se fraudulenta (juris et de jure) a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. 
OBS: - Uma particularidade da fraude contra credores do direito tributário está no deslocamento do ônus probante para o polo do devedor, diferentemente do direito privado, ressalvado o devedor que reserva outros bens ou rendas suficientes para o pagamento total da dívida fiscal em fase de execução (art. 185, parágrafo único, do CTN).
[...] a nova redação dada pela LC n.º 118/2005, que definiu a simples inscrição em dívida ativa como suficiente para configurar a fraude na alienação ou oneração de bens. Sabbag, p. 402
Requisitos: cairá na prova
· Crédito inscrito em dívida ativa;
· Devedor não reservou bens ou rendas suficientes para o pagamento total da dívida tributária inscrita em dívida ativa
GARANTIAS DO CT - INDISPONIBILIDADE DE BENS E DIREITOS (art. 185-A do CTN)
Trata-se de uma autorização legal para que o Juízo determine a indisponibilidade de bens e comunique, através de meios eletrônicos, todos os órgãos e entidades que porventura tenham informações sobre o patrimônio do executado.
Características:
· Valores suficientes para garantir o crédito tributário (art. 185-A, § 1.º)
· Exaurimento das diligências em busca de bens penhoráveis
SÚMULA 560 STJ – A decretação da indisponibilidade de bens e direitos, na forma do art. 185-A do CTN, pressupõe o exaurimento das diligências na busca por bens penhoráveis, o qual fica caracterizado quando infrutíferos o pedido de constrição sobre ativos financeiros e a expedição de ofícios aos registros públicos do domicílio do executado, ao Denatran ou Detran".
OUTRAS GARANTIAS DO CT 
“A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos”. (art. 191, CTN)
(Art. 191-A) Concessão da recuperação judicial requer prova de quitação de todos os tributos ou que estejam suspensos
· A Lei 14.112/20 incorporou à legislação da recuperação judicial a alusão à alternativa de equalização da dívida tributária por meio de proposta de transação relativa a créditos.
Nas partilhas judiciais e extrajudiciais, é necessária a quitação de todos os tributos relativos aos bens e rendas do espólio.
· Os créditos tributários, vencidos ou vincendos, terão preferência nos processos de inventário e nas liquidações das empresas.
Em licitação, exige-se a prova de quitação de todos os tributos a todos os entes federados ou que estejam com exigibilidade suspensa.
PRIVILÉGIO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
AUTONOMIA DA EXECUÇÃO FISCAL
A cobrança judicial de crédito tributário é feita por execução fiscal, não se sujeitando a habilitação em falência, recuperação judicial, inventário ou arrolamento.
Logo, estando em curso uma execução fiscal, e sobrevindo a decretação da falência do devedor, não será necessário que a Fazenda Pública habilite seu crédito no juízo falimentar, não se aplicando à execução fiscal as regras da vis attractiva do juízo universal da falência.
Caso a Fazenda Pública opte pela inscrição no Juízo Falimentar, estará renunciando a Execução Fiscal (vedação à dupla garantia)
· Nos termos da Lei, decretada a falência, ficarão suspensas as execuções fiscais contra o devedor, sem prejuízo contra os corresponsáveis.
· STJ quando houver a suspensão da Execução Fiscal, poderá ocorrer a habilitação no Juízo Familiar.
· Se, no momento em que decretada a quebra, já havia penhora na execução fiscal, o bem constrito será levado a leilão na própria execução fiscal, devendo o seu produto ser repassado ao juízo da falência para apuração das preferências
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
Definição: Atividade do poder público voltada para a fiscalização e arrecadação tributária. Procedimento que objetiva verificar o cumprimento das obrigações tributárias, praticando, quando for o caso, os atos tendentes a deflagrar a cobrança coativa e expedir as certidões comprobatórias da situação fiscal do sujeito passivo.
Princípios:
1. Legalidade
2. Supremacia do Interesse Público
3. Impessoalidade
4. Presunção Relativa de Validade ou Legalidade
5. Presunção Relativa de Veracidade
FISCALIZAÇÃO
Definição: Poder-dever orientado pela isonomia, que, em matéria tributária, se prende à ideia de tributar cada pessoa na medida de sua capacidade contributiva. Aplica-se, inclusive, às pessoas naturais ou jurídicas que gozem de imunidade tributária ou isenção de caráter pessoal.
SÚMULA 439 STF: Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitando o exame aos pontos objetos da investigação.
· Todos estão submetidos, incluindo os isentos e imunes.
· Caso o contribuinte se recuse, poderá ensejar o Lançamento por Arbitramento.
· Deve-se conservar os livros contábeis, até o término do prazo prescricional.
· Sistema Público de Escrituração Digital (SPED)
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: 
I - Os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; 
II - Os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras; 
III - As empresas de administração de bens;
IV - Os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
 V - Os inventariantes;
VI - Os síndicos, comissários e liquidatários;
VII - Quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
Schoeri, p. 847 - a atividade de fiscalização foi prevista como corolário do Princípio da Capacidade Contributiva, no art. 145, § 1º, como segue: § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Impossibilidade de Sanção Política
STF tem uma visão protetiva do contribuinte frente ao poder fiscalizatório da administração, na medida em que inadmite interdição de estabelecimento (Súmula 70), apreensão de mercadorias (Súmula 323) e proibição que o contribuinte em débito adquira estampilha, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades profissionais (Súmula 547).
Pena de perdimento de produtos importados de forma irregular
SÚMULA 70, STF - É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo.
SÚMULA 323, STF - É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos.
SÚMULA 547, STF - Não é lícito à autoridade proibir que ocontribuinte em débito adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades profissionais.
Procedimento Fiscal
Processo administrativo estabelece o prazo máximo de 60 dias para duração do procedimento de fiscalização, prorrogável antes do prazo de vencimento, sucessivamente por igual período.
- Início: Registro feito no livro fiscal do sujeito passivo ou por meio de documento separado.
OBS: A partir do registro, já não caberá denúncia espontânea
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
· Se houver vazamento das informações, haverá pena de reclusão de 1 a 4 anos e multa, além da perda do cargo.
OBS.: INFORMATIVO 815/2016 – as autoridades e agentes fiscais poderão requisitar informações diretamente aos bancos, acerca das movimentações bancárias.
Deveres das Autoridades Fiscais 
· Dever de documentar o início do procedimento fiscalizatório:
Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo.
· Dever de manter sigilo: 
Exceto inscrição da Dívida Ativa, Parcelamento, Moratória, Concessão de Isenções e representações fiscais para fins penais.
É possível o intercâmbio de informações entre os entes públicos
Intercâmbio de informações sigilosas, serão realizadas através de processo administrativo, entregue pessoalmente, mediante recibo.
CTN Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.
§ 1º Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes:
I – Requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça;   
II – Solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa.  
§ 2º O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo.  
§ 3º Não é vedada a divulgação de informações relativas a: 
 I – Representações fiscais para fins penais;  
 II – Inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;  
 III - Parcelamento ou moratória; e  
IV - Incentivo, renúncia, benefício ou imunidade de natureza tributária cujo beneficiário seja pessoa jurídica.   
DÍVIDA ATIVA
Representa a consolidação do débito (tributo + multa + juros + correção monetária) perante a Fazenda Pública após sua constituição.
Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.
CDA – Título Executivo Extrajudicial
· Presunção (relativa) de certeza e liquidez.
Possibilidade de Protesto da CDA
· (Lei 9.492/97)
· Possibilidade de substituição da CDA, em caso de erro formal ou omissão. (art. 203)
· Não é possível a alteração do lançamento ou do contexto fático. Neste caso, o Fisco deve realizar novo lançamento.
· Possibilidade de redirecionamento da execução fiscal.
Art. 201 [...]
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
I - O nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
II - A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
III - A origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
IV - A data em que foi inscrita;
V - Sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.
A inscrição do crédito tributário em dívida ativa ocorre quando o crédito tributário não é suspenso, extinto ou excluído, de forma que a obrigação tributária, nascida com a ocorrência do fato gerador e não sendo satisfeita, gera a necessidade de cobrança administrativa contra o sujeito passivo, por meio do lançamento. Caso não se logre êxito na exigibilidade do tributo ora lançado, despontará a necessidade de inaugurar a cobrança judicial do tributo, por meio da inscrição em dívida ativa. Assim, a dívida ativa é o crédito tributário inscrito: DA = CT + INSCRIÇÃO. (Sabbag, p. 425)
Termo de inscrição na dívida ativa - documento que permite à Fazenda Pública dar início à execução, por meio do ajuizamento da ação de cobrança. (Sabbag, p. 425)
CERTIDÕES NEGATIVAS
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido. 
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição (não são úteis – Sabbag, p. 430).
 Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. (mesmos efeitos da Certidão Negativa)
Hipóteses: 
I) Não vencidos; 
II) Suspensão; 
III) Crédito em curso de cobrança executiva com penhora efetuada
SÚMULA Nº 446 DO STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legitima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
QUESTÕES DA AULA
OAB - Exame de Ordem Unificado - XIV - Primeira Fase
1 Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública:
a) por crédito tributário ainda não inscrito em dívida ativa, desde quenão tenham sido reservados pelo devedor bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida.
b) por crédito tributário regularmente inscrito em dívida ativa, desde que não tenham sido reservados pelo devedor bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
c) por crédito tributário regularmente inscrito em dívida ativa, mesmo que tenham sido reservados pelo devedor bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
d) por crédito tributário ainda não inscrito em dívida ativa, objeto de impugnação administrativa oferecida pelo contribuinte.
GABARITO: B - art. 185 CTN
2 Exame XXXII – 2021 – A sociedade empresária Quitutes da Vó Ltda. teve sua falência decretada, tendo dívidas de obrigação tributária principal relativas a tributos e multas, dívida de R$ 300.000,00 decorrente de acidente de trabalho, bem como dívidas civis com garantia real.
Diante desse cenário, assinale a afirmativa correta.
a) O crédito tributário de obrigação principal tem preferência sobre as dívidas civis com garantia real.
b) A dívida decorrente de acidente de trabalho tem preferência sobre o crédito tributário de obrigação principal.
c) O crédito tributário decorrente de multas tem preferência sobre a dívida de R$ 300.000,00 decorrente de acidente de trabalho.
d) O crédito relativo às multas tem preferência sobre o crédito tributário de obrigação principal.
GABARITO: B
CTN - Art. 186, Parágrafo Único + Lei de Falência Art. 83 e 84: 
1. Extraconcursais
2. Trabalhista e Acidente do Trabalho
3. Garantia Real
4. Tributos
5. Multas Tributárias
6. Créditos Subordinados
OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase
3 José está sendo executado por dívida tributária municipal não paga. Na Certidão de Dívida Ativa (CDA) que instrui a execução fiscal, constam o nome do devedor e seu domicílio; a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora; a origem e natureza do crédito, com menção do decreto municipal em que está fundado; e a data em que foi inscrito. José oferece embargos à execução, atacando a CDA, que reputa incorreta.
Diante desse cenário, José
a) tem razão, pois cabe à Fazenda Pública o ônus da prova de que a CDA cumpre todos os requisitos obrigatoriamente exigidos por lei.
b) tem razão, pois a CDA deve mencionar dispositivo de lei em que o crédito tributário está fundado.
c) não tem razão, pois esta CDA goza de presunção iuris et de iure (absoluta) de certeza e liquidez.
d) não tem razão, pois esta CDA contém todos os requisitos obrigatoriamente exigidos por lei.
 
GABARITO: B – art. 202, III CTN
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVIII - Primeira Fase
4 O médico João da Silva está há 4 (quatro) anos sem pagar a anuidade cobrada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). Diante desse cenário, o CRM poderá
a) inscrever o débito em dívida ativa de natureza tributária, depois promovendo a competente ação de execução fiscal, regida pela Lei nº 6.830/80, para cobrança.
b) promover a competente ação de execução fiscal regida pela Lei nº 6.830/80, sem necessidade de inscrição em dívida ativa, por serem as certidões de inadimplemento de anuidades expedidas pelos conselhos profissionais dotadas de natureza de título executivo extrajudicial.
c) promover a competente ação de cobrança das anuidades, regida pelo Código de Processo Civil, a partir da comprovação do não pagamento das anuidades em atraso.
d) promover a competente ação de execução das anuidades, regida pelo Código de Processo Civil, por serem as certidões de inadimplemento de anuidades expedidas pelos conselhos profissionais dotadas de natureza de título executivo extrajudicial.
GABARITO: A
Conselhos Profissionais Autarquias Federais
Anuidade CRM (art. 149 da CF)
Contribuição de Interesse de Categoria Profissional
Natureza TRIBUTÁRIA
Conclusão:
São inscritas da dívida ativa CDA!!!
Ajuizadas por execuções fiscais
OAB - Exame de Ordem Unificado - XVII - Primeira Fase
5 Após ser intimada da lavratura de um auto de infração visando à cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) dos últimos cinco anos, a pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. verificou que o tributo não era devido e ofereceu impugnação ao auto de infração. Como irá participar de uma licitação, a pessoa jurídica em questão irá precisar de certidão de regularidade fiscal – no caso, Certidão Positiva de Débito com Efeito de Negativa (CPD-EN).
Na hipótese, considerando que o contribuinte não possui outros débitos, assinale a afirmativa correta.
a) A impugnação ao auto de infração exclui o crédito tributário, sendo possível a emissão da CPD-EN.
b) A impugnação ao auto de infração, sem o pagamento do crédito, impede a emissão da CPD-EN.
c) A pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. somente terá direito à CPD-EN caso realize o depósito do montante integral.
d) A impugnação ao auto de infração suspende a exigibilidade do crédito, sendo possível a emissão da CPD-EN.
GABARITO: D
Art. 205 e 206 CTN
FIM DA AULA 04
AULA 05 - DIA 15/03
QUESTIONÁRIO EM SALA
01. 01 DEFINA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. 02 É DELEGÁVEL? 03 DIFERENCIE DE CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA. 04 DE QUEM É A COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (APONTE O ARTIGO CONSTITUCIONAL). 05 CITE 02 IMPOSTOS DE CADA ENTE PÚBLICO. 
01 R: 
CTN - Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. A competência tributária é aquela conferida pela CF para que entes políticos possam instituir, modificar ou extinguir tributos. 
02 R:
Toda competência tributária é indelegável, intransferível, irrenunciável e incaducável (imprescritível). 
03 R:
Não se pode confundir competência tributária (instituição, modificação e extinção de tributos) com capacidade tributária ativa, que envolve o exercício da administração tributária, no que tange a arrecadação e fiscalização tributária. 
Enquanto a competência tributária só pode ser exercida por entes federativos, a capacidade tributária ativa pode ser exercida por toda pessoa jurídica de direito público. (p. 14 350 dicas)
A capacidade tributária ativa pode ser delegada (os entes federativos podem delegar capacidade tributárias às autarquias e fundações públicas), transferível (os entes federativos podem transferir capacidade tributária entre si, mediante previsão constitucional, como no caso de os Municípios arrecadarem e fiscalizarem o ITR, permanecendo com a totalidade do imposto arrecadado) e goza de precariedade (pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral) (p. 14 350 dicas)
04 R:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
05 R: 
· União - IMPOSTOS: II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IEG, IGF (exclusiva)
· Estados - IMPOSTOS: ICMS, IPVA, ITCMD (exclusiva); 
· Municípios - IPTU, ITBI, ISS
02. 01 DEFINA AS MODALIDADES DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO. 02 EXPLIQUE 1 HIPÓTESE DE SUSPENSÃO, 1 DE EXTINÇÃO E 1 DE EXCLUSÃO. 
01R:
1. Lançamento de ofício (Direto – Art. 149 do CTN): Quando o Fisco, sem a ajuda do contribuinte, calcula o valor do imposto devido e o cobra do sujeito passivo. Ex.: IPTU.
Também utilizado para revisões em caso de:
(i) dolo, fraude ou simulação; 
(ii) fatos não conhecidos anteriormente; 
(iii) omissão da autoridade fiscal.
Será calculado através do arbitramento.
1. Lançamento por declaração (Misto – Art. 147 do CTN): Quando, para que o Fisco calcule o valor devido, é necessário que o contribuinte forneça, antes, algumas informações sobre matéria de fato.Aqui o contribuinte não antecipa o pagamento. Apenas fornece esses dados e aguarda o valor que lhe vai ser cobrado. Ex.: ITBI e ITCMD. A autoridade fiscal poderá contestar as informações apresentadas pelo contribuinte.
1. Lançamento por homologação (“Autolançamento” – Art. 150 do CTN): a lei determina que é o próprio contribuinte quem, sem prévio exame da autoridade administrativa, deverá calcular e declarar o quanto deve, antecipando o pagamento do imposto. Depois que ele fizer isso, o Fisco irá conferir se o valor pago foi correto e, caso tenha sido, fará a homologação deste pagamento, de forma expressa ou tácita (art. 150 do CTN). EX.: de tributos sujeitos ao lançamento por homologação: IR, IPI, ITR, ICMS e ISS.
SÚMULA N. 436 DO STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. 
02 R:
SUSPENSÃO
Concessão de Liminar em Mandado de Segurança e em Antecipação de Tutela: Nos processos judiciais, não há suspensão automática, devendo comprovar as razões processuais para a concessão da medida cautelar.
OBS.: Na “C” e “D” os encargos serão cobrados!!!
Atualmente, subsistem duas causas suspensivas da exigibilidade do crédito tributário, oriundas de ordens emanadas do Poder Judiciário, quais sejam:
1. a concessão de medida liminar em mandado de segurança;
2. a concessão de tutela, em outras espécies de ação.
EXTINÇÃO 
Transação: art. 171. - FORMA INDIRETA DE EXTINÇÃO
Acordos realizados entre as partes, não sendo possível a sua ocorrência de modo preventivo.
Necessidade de Lei autorizativa.
Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e consequente extinção de crédito tributário.
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso.
EXCLUSÃO 
Isenção por lei
Não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
Interpretação Literal!
Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas e às contribuições ou tributos instituídos posteriormente a sua concessão
Pode ser concedida em caráter geral ou limitadamente
Quando não for geral, será concedida por despacho da autoridade administrativa
Pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo por DESPACHO da autoridade administrativa OU POR LEI, salvo se concedida por prazo certo ou por condições
Não gera direito adquirido
Lembrete: Nas obrigações solidárias, a isenção pessoal NÃO alcança os demais devedores, os quais permanecem obrigados perante o saldo!!!
03. 01 DEFINA GARANTIA E PRIVILÉGIO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 02 DE ACORDO COM O CTN, EM QUAL SITUAÇÃO HAvERÁ A PRESUNÇÃO DE FRAUDE NAS ALIENAÇÕES FEITAS PELO CONTRIBUINTE. 03 O QUE É CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO? 04 CRÉDITO SUSPENSO TEM DIREITO A UMA CND (FUNDAMENTE COM BASE NO CTN)?
01 R: 
Garantias: São regras que asseguram direitos à Fazenda Pública, pois facilitam a entrada do Estado no patrimônio particular para receber a prestação relativa ao tributo. Schoeri, p. 834 – Em sentido amplo, garantias são todas as medidas adotadas pelo legislador para assegurar o cumprimento da obrigação tributária.
Privilégios: São as regras que põem o crédito tributário em uma posição de vantagem quanto aos demais créditos (art. 186 do CTN - NÃO SÃO ABSOLUTOS 
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis. observar a ordem de preferência na pág. 23.
Mesmo bens gravados por garantia real ou por cláusulas de inalienabilidade ou impenhorabilidade respondem pelo crédito tributário (Schoeri, p. 844)
02 R
CTN, Art. 185. Presume-se fraudulenta (juris et de jure) a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. 
03 R
A Certidão Negativa de Débitos (CND) é um documento que tem como objetivo comprovar que uma pessoa, empresa ou bem (carro, imóvel, terreno etc.) não possui débitos junto aos órgãos públicos e que não existem ações civis, criminais ou federais. (sebrae)
O documento comprova que a empresa não tem dívidas fiscais e tributárias com as esferas federal, estadual e municipal. Por isso, é comum que as pessoas tomem conhecimento do conceito, apenas quando precisam de comprovação de uma sua situação fiscal ou regularização perante aos órgãos públicos. (contabilizei)
A certidão negativa de débitos não serve, diretamente, como prova e quitação dos tributos. Isto porque a CND indica a inexistência de débitos tributários lançados ou inscritos em dívida ativa. Como o Fisco possui cinco anos para lançar os tributos, é possível que exista a CND e os fatos geradores já tenham ocorrido, estando ainda no prazo de lançamento dos tributos. (350, p. 42)
04 R
SIM. De acordo com Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido. 
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição (não são úteis – Sabbag, p. 430).
 Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. (mesmos efeitos da Certidão Negativa)
Hipóteses: 
1. Não vencidos; 
1. Suspensão; 
1. Crédito em curso de cobrança executiva com penhora efetuada
Súmula nº 446 do STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legitima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
FIM DA AULA 05
AULA 06 - DIA 22/03/2023 - EVENTO NO TJ (FALTEI)
TRIBUTOS FEDERAIS
II + IE + IR + ITR

IPI + IOF
(UBÍQUA)
FEDERAL
· Impostos: II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IEG
· IGF
· Competência Residual
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
- Competência: União
Art. 153, CF – Compete à União instituir impostos sobre: I – Importação de produtos estrangeiros;
- Fato Gerador: entrada do produto estrangeiro em território nacional que integra a economia brasileira (art. 19 do CTN)
- Aspecto Temporal: Ocorre na data em que for apresentada a declaração da importação que integra o despacho aduaneiro.
- Hipóteses de Lançamento de Ofício: 
1. de perdimento de mercadoria, desde que a declaração de importação não tenha sido apresentada e a mercadoria tenha sido consumida ou revendida; e, 
2. de mercadoria declarada, mas não localizada pela autoridade aduaneira
- Aspecto Espacial: Todo território nacional
- Lançamento: Mercadoria despachada para consumo: data do registro da declaração de importação na repartição aduaneira.
Aplica-se a legislação vigente à época do registro da declaração de importação, ato formal realizado por meio do Sistema Integrado de Comércio Exterior – Siscomex e homologação pelo Fisco, no momento do desembaraço aduaneiro.
- Aspecto subjetivo: Contribuintes:
· Importador: Pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional
· Destinatário: Remessa postal internacionalindicado pelo respectivo remetente
· Adquirente: Aquele que adquire a mercadoria que se encontrava em recinto alfandegário (ex: bens apreendidos, perdidos e leiloados).
- Aspecto Quantitativo: A Base de Cálculo (BC) do imposto será determinada de acordo com o tipo de alíquota, considerando o valor aduaneiro.
· Alíquota Específica: BC será a quantidade de mercadoria, expressa na unidade de medida estabelecida;
· Alíquota ad valorem (percentual a ser aplicado sobre a base de cálculo): BC será o valor aduaneiro apurado, segundo as normas do art. 7º do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio – GATT (General Agreements on Tarifs and Trade);
· Preço da Arrematação: Produto levado a leilão.
· As alíquotas são previstas em tabelas aduaneiras (Tarifa Externa Comum – TEC), com classificações diversas de cada mercadoria.
OBS: as alíquotas podem ser alteradas pelo Poder Executivo, obedecidas as condições e limites estabelecidos em lei.
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
- Competência: União - Art. 153, CF – Compete à União instituir impostos sobre: [...] II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
- Imunidades: Nas exportações, haverá imunidade: ISS (art. 156, §3º da CF), ICMS (art. 155, §2º, X da CF) e IPI (art. 153, §3º, III da CF.
- Fato Gerador: saída da mercadoria do território aduaneiro (do território nacional).
- Aspecto Temporal: Ocorre na data em que for expedida a Guia de Exportação, ou seja, o registro da exportação no Siscomex (Art. 1º, §1º do Decreto-lei 1.578/77 + Decreto 6.759/09).
- Hipótese de Lançamento de Ofício: 
1. de perdimento de mercadoria, desde que a declaração de importação(?) não tenha sido apresentada e a mercadoria tenha sido consumida ou revendida; e, 
2. de mercadoria declarada, mas não localizada pela autoridade aduaneira
- Aspecto Subjetivo: Contribuintes (art. 27 do CTN): 
· Exportador ou quem a lei equiparar (pessoa que promova à saída do produto do território nacional)
· Responsáveis pelo imposto - art. 32 do DL 37/66:
I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno; 
II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incubida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro.     
Parágrafo único.  É responsável SOLIDÁRIO:
I - o adquirente ou cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto; 
II - o representante, no País, do transportador estrangeiro; 
III - o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora. 
c) o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora; ????
d) o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora.     
- Lançamento (art. 23 do DL 47/66): Elaborar e registrar no Siscomex a declaração de exportação, cabendo ao Auditor verificar a exatidão e a homologação do lançamento (desembaraço aduaneiro).
- Aspecto Quantitativo (art. 2º do DL 1.578/77):
Base de Cálculo será o valor da mercadoria (apenas) e NÃO considerando a operação inteira (frete e seguros).
- Alíquota:
1. Específica: Unidade de medida adotada
2. Ad valorem: Preço normal da mercadoria
OBS.: alíquota base é de 30%, podendo ser reduzida a zero ou aumentada até 150% por ato do Poder Executivo (CAMEX).
IMPOSTO DE RENDA
- Competência: União - Art. 153, CF – Compete à União instituir impostos sobre: [...] III - renda e proventos de qualquer natureza;
- Fato Gerador (art. 43 do CTN): aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou de proventos de qualquer natureza, independente da sua denominação, localização, condição, nacionalidade, origem ou forma de percepção. Isto é, produto do capital ou do trabalho, bem como os demais acréscimos patrimoniais (princípio do non olet).
- Características Gerais:
1. Generalidade: Todos os indivíduos
2. Universalidade: Totalidade da renda, com exceção das isenções legais
3. Progressividade: Tabela Progressiva e Regressiva do IR
4. Exceção: à Anterioridade Nonagesimal, porém observa a Anterioridade Anual.
- Aspecto Subjetivo (art. 45 do CTN): Contribuinte é o titular da disponibilidade da renda e proventos.
- Lançamento: Os contribuintes devem fazer “declarações” que perfazem a sistemática de cálculo dos valores a pagar antecipadamente ao exame da autoridade fiscal (homologação).
- IR na Fonte: A lei pode atribuir à fonte pagadora de renda a condição de responsável pelo imposto. Observação!
Ex: IR de Servidor Público Estadual e Municipal
Pessoa Física
Pessoa Jurídica
- Aspecto Quantitativo (art. 44 do CTN):
BC montante da renda ou dos proventos
Pessoa Física: Incidirá sobre o rendimento bruto, com exceção de algumas deduções. (Ex: saúde e educação)
Pessoa Jurídica:
· Real: haverá efetivamente o cálculo do lucro, isto é, será apresentado o faturamento e as despesas legalmente autorizados para abatimento, com apuração trimestral ou anual.
· Presumido: Aplica-se um percentual legal (variável pela atividade) sobre o valor da receita bruta, obtendo como resultado um montante que se presume ser seu lucro. Ex: Advocacia é 32% do Faturamento (trimestral) x Alíquota de 15%. OBS.: Simples Nacional.
· Arbitrado: Técnica para se chegar a um valor razoável para servir para base de cálculo, principalmente quando o sujeito não cumpre regularmente sua obrigação acessória.
- Alíquota: Bastante Variável
SÚMULAS
· SÚMULA 125 – STJ: O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito à incidência do imposto de renda.
· SÚMULA 136 – STJ: O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade do serviço não está sujeito ao imposto de renda.
· SÚMULA 215 – STJ: A indenização recebida pela adesão a programa de incentivo à demissão voluntária não está sujeita à incidência do imposto de renda.
· SÚMULA 262 – STJ: Incide o imposto de renda sobre o resultado das aplicações financeiras realizadas pelas cooperativas.
· SÚMULA 386 – STJ: São isentas de imposto de renda as indenizações de férias proporcionais e o respectivo adicional.
· SÚMULA 447 – STJ: Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores.
· SÚMULA 463 – STJ: Incide imposto de renda sobre os valores percebidos a título de indenização por horas extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo. OBSERVAÇÃO
· SÚMULA 498 – STJ: Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais.
· SÚMULA 598 – STJ: É desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o reconhecimento judicial da isenção do Imposto de Renda, desde que o magistrado entenda suficientemente demonstrada a doença grave por outros meios de prova.
· SÚMULA 627 – STJ: O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do imposto de renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos sintomas da doença nem da recidiva da enfermidade.
IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE RURAL
- Competência: União - Art. 153, CF – Compete à União instituir impostos sobre: [...] VI – propriedade territorial rural.
- Fato Gerador (art. 29 do CTN): Propriedade, domínio útil ou posse de imóvel, localizado fora da zona urbana do Município.
- Entendimento do STJ: Não incide IPTU, mas ITR, sobre imóvel localizado na área urbana do município, desde que comprovadamente utilizado em exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial (REsp 1112646, Recurso Repetitivo)
- Aspecto Temporal: apuração anual, considerando o dia 1º de janeiro.
- Aspecto Subjetivo: Apesar da competência da União, a capacidade tributária ativa pode ser delegada ao Município, quem passará a ter 100% (e não apenas 50%) da arrecadação do imposto (arts. 153, §4º, III e 158, II, da CF).
- Aspecto Quantitativo (art. 2º do DL 1.578/77): BC será o valor fundiário (valor da terra nua e seu grau de utilização, desconsiderando construções,instalações, benfeitorias, etc...)
Alíquota: é progressiva de acordo com a área
- Lançamento: homologação
- Imunidade: OBSERVAÇÃO - O ITR não incide sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel (art. 153, § 4º, CF), nem sobre operações de transferência de imóveis desapropriados para fins e reforma agrária, que são imunes a quaisquer impostos (art. 184, § 5º, CF)
- Isenção: Art. 2º e 3º da Lei 9.393/96; e art. 4º, II e III (pequena e média propriedade) da Lei 8.629/93.
Lei 9.393/96, Art. 3º São isentos do imposto:
I - o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que, cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos:
a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção;
b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos no artigo anterior;
c) o assentado não possua outro imóvel.
II - o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total observe os limites fixados no parágrafo único do artigo anterior, desde que, cumulativamente, o proprietário:
a) o explore só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros;
b) não possua imóvel urbano.
Art. 3o-A.  Os imóveis rurais oficialmente reconhecidos como áreas ocupadas por remanescentes de comunidades de quilombos que estejam sob a ocupação direta e sejam explorados, individual ou coletivamente, pelos membros destas comunidades são isentos do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.
§ 1o Ficam dispensados a constituição de créditos da Fazenda Nacional, a inscrição na Dívida Ativa da União e o ajuizamento da respectiva execução fiscal, e cancelados o lançamento e a inscrição relativos ao ITR referentes aos imóveis rurais de que trata o caput a partir da data do registro do título de domínio previsto no art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 2o Observada a data prevista no § 1o, não serão aplicadas as penalidades estabelecidas nos arts. 7o e 9o para fatos geradores ocorridos até a data de publicação da lei decorrente da conversão da Medida Provisória no 651, de 9 de julho de 2014, e ficam anistiados os valores decorrentes de multas lançadas pela apresentação da declaração do ITR fora do prazo. 
Lei 8.629/93 - Art. 4º Para os efeitos desta lei, conceituam-se:
II - Pequena Propriedade - o imóvel rural:
a) de área até quatro módulos fiscais, respeitada a fração mínima de parcelamento;
III - Média Propriedade - o imóvel rural:
a) de área superior a 4 (quatro) e até 15 (quinze) módulos fiscais;
FIM DA AULA 06 - OBS: AULA 07, DIA 29/03 (UBÍQUA - NÃO ASSISTI)
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