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TRABALHO SOBRE A OBRA DOM CASMURRO O QUE DEVE SER APRESENTADO NO CORPO DO TEXTO DO TRABALHO? ⇢ Autor do livro, biografia do autor e data em o livro foi publicado ⇢ Tipo de narrador da obra ⇢ Tempo e espaço da narrativa ⇢ Personagens do livro ⇢ Elementos do enredo: 1) Apresentação da história. 2) Conflito. 3) Clímax. 4) Desfecho ⇢ Temas discutidos pelo livro ⇢ Crítica feita pelo livro ⇢ Resumo da história 1) Autor do livro, biografia do autor e data em o livro foi publicado a) Autor do Livro: Machado de Assis b) Biografia do Autor: Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839 na cidade do Rio de Janeiro, enquanto a capital fluminense ainda era a capital do então Império do Brasil. Neto de escravos alforriados, era filho de um brasileiro e de uma açoriana, os quais viviam como agregados na Quinta do Livramento (chácara que pertencia à rica madrinha do escritor), foi criado em uma família pobre e não pode frequentar regularmente a escola. Devido a seu enorme interesse por literatura, conseguiu se instruir por conta própria. Entre os seis e os quatorze anos, Machado de Assis perdeu sua irmã, a mãe e o pai. Sua primeira publicação ocorreu em 1854, aos 15 anos, o soneto “Ilustríssima Senhora D.P.J.A”, no Periódico dos Pobres, um jornal do Rio de Janeiro. Aos 16 anos, Machado conseguiu um emprego como aprendiz em uma tipografia, vindo a publicar seus primeiros versos no jornal “A Marmota”. Em 1860 passou a colaborar para o “Diário do Rio de Janeiro” e é dessa década que datam quase todas suas comédias teatrais e “Crisálidas”, um livro de poemas. Aos 21 anos, Machado de Assis já era considerado um intelectual carioca. Sua trajetória o levou a trabalhar como jornalista, repórter, crítico teatral, crítico literário, contista, poeta, cronista e dramaturgo. Em 1869 casou-se com Carolina Augusta Xavier de Novais sem o consentimento da família da moça, devido à má fama que Machado carregava. Porém, este casamento mudou sua vida, uma vez que Carolina lhe apresentou à literatura portuguesa e inglesa. Mais amadurecido literariamente, Machado pública na década de 1870 uma série de romances, tais como “A mão e a luva” (1874) e “Helena” (1876), vindo a obter reconhecimento do público e da crítica. Ainda na década de 1870, Machado iniciou sua carreira burocrática e em 1892 já ocupava o cargo de diretor geral do Ministério da Aviação. Através de sua carreira no serviço público, Machado de Assis conseguiu sua estabilidade financeira. A obra literária de Machado era marcadamente romântica, mas na década de 1880 ela sofre uma grande mudança estilística e temática, vindo a inaugurar o Realismo no Brasil com a publicação de “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881). A partir de então a ironia, o pessimismo, o espírito crítico e uma profunda reflexão sobre a sociedade brasileira se tornarão as principais características de suas obras. Em 1897, Machado funda a Academia Brasileira de Letras, sendo seu primeiro presidente e ocupando a Cadeira Nº 23. Em 1904, Machado perde a esposa após um casamento de 35 anos. A morte de Carolina abalou profundamente o escritor, que passou a ficar isolado em casa e sua saúde foi piorando. Dessa época datam seus últimos romances: “Esaú e Jacó” (1904) e “Memorial de Aires” (1908). Machado morreu em sua casa no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Seu enterro foi acompanhado por uma multidão e foi decretado luto oficial no Rio de Janeiro. Em sua carreira, o autor escreveu cinco livros de poesia, 10 peças teatrais, 10 romances, 216 contos e mais de 600 crônicas. Sua última obra publicada em vida foi o livro “Memorial de Aires”, em 1908, mesmo ano de sua morte. Seus principais romances são: “Ressurreição” (1872), “A mão e a luva” (1874), “Helena” (1876), “Iaiá Garcia” (1878), “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), “Quincas Borba” (1891), “Dom Casmurro” (1899), “Esaú e Jacó” (1904) e “Memorial de Aires” (1908). Além dessas obras, Machado de Assis possui uma extensa bibliografia que abrange poemas, contos e peças teatrais. c) Data de Publicação do Livro: Publicado pela primeira vez em 1899. 2) Tipo de narrador da obra: Narrador-personagem, ou seja, narrado em primeira pessoa pelo protagonista, conhecido como Bentinho. Ele está profundamente envolvido nos eventos, o que leva à uma perspectiva subjetiva dos acontecimentos. A narrativa é parcial, pois ele seleciona e interpreta os eventos de acordo com suas próprias experiências e visão de mundo. Bentinho não apenas relata os fatos, mas os interpreta, influenciado por suas emoções e opiniões pessoais. a) Estilo literário: realismo. b) Gênero literário: narrativo. c) Tipo de narrativa: romance. d) Tipo de romance: monofônico: foco narrativo sobre uma personagem; psicológico: centrado nos pensamentos do narrador, no seu mundo íntimo, em seus sentimentos e memórias; e aberto: nem tudo é expresso, a leitora e o leitor devem preencher as lacunas. e) Tipo de personagens: redondas, esféricas ou complexas. f) Número de capítulos: 148. 3) Tempo e espaço da narrativa: ⇢ Tempo da narrativa: "A narrativa relata fatos ocorridos no século XIX, sem especificar as datas, com exceção do ano de 1857, quando Bentinho tem 15 anos de idade; 1865, quando Bentinho e Capitu se casam; e, por fim, 1871, ano da morte de Escobar. Porém, o relato prossegue, de forma que é possível concluir que o tempo da narração, isto é, quando o narrador conta a história, está situado na década de 1890." Tempo de ação: quando a história acontece “de verdade” – Bento e Capitu crianças e adolescentes; Tempo de narração: Quando a história é contada – Bento já velho lembrando-se do passado. ⇢ Espaço da narrativa: "A história se passa na cidade do Rio de Janeiro, em endereços específicos, como: Rua de Matacavalos, no centro da cidade, onde fica a casa da família de Bentinho; o Seminário de São José, no qual Bentinho inicia sua formação como padre; bairro da Tijuca, lugar onde Bentinho e Capitu passam a lua de mel; bairro da Glória, onde moram o casal Bentinho e Capitu; bairro de Andaraí, onde moram Escobar e Sancha; bairro Engenho Novo, onde Bentinho passa a velhice. 4) Personagens do livro: ➜ Bento Santiago (Bentinho, apelidado de "casmurro", de velho, viúvo e calado): narrador-personagem da história, protagonista, que conta suas memórias, membro da elite carioca do século XIX; ➜ Capitolina: filha de Escobar e Sancha; ➜ Capitu (Capitolina): vizinha e grande amor de Bentinho, personagem de origem pobre, mas independente e avançada; ➜ Cosme: tio de Bento, advogado e irmão de Dona Glória; ➜ Dona Fortunata: mãe de Capitu; ➜ Dona Glória: mãe de Bentinho, é religiosa e adora o filho, além de querer que o garoto se ordene padre como cumprimento de uma promessa que fez; ➜ Dona Sancha: mulher de Escobar e ex-colega de colégio e amiga de Capitu; ➜ Escobar (Ezequiel de Souza Escobar): melhor amigo de Bento, a quem conheceu no seminário, quando estudaram juntos; ➜ José Dias: agregado que vive de favores na casa de Dona Glória. Suposto médico, tem o hábito de agradar aos proprietários da casa com o uso de superlativos. ➜ Justina: prima de Dona Glória; ➜ Pedro de Albuquerque Santiago: pai falecido de Bento, faleceu quando Bentinho ainda era ➜ Pequeno Ezequiel: filho de Bento e Capitu. ➜ Prima Justina: prima de dona Glória, que, segundo o narrador, não tinha papas na língua. ➜ Senhor Pádua: pai de Capitu; ➜ Tio Cosme: irmão de dona Glória, viúvo e advogado. 5) Elementos do enredo: P a) apresentação da história: O livro traz a história de um possível triangulo amoroso. Bento se apaixona por Capitu ainda criança, quando adultos, se casam e tem um filho que é batizado de Ezequiel, uma homenagem a Escobar, o melhor amigo de Bento. À medida que o filho vai crescendo, Bento o acha muito parecido com seu melhor amigo e quando este amigo morre, a reação de Capitu no enterro faz Bento ficar ainda mais desconfiado. Ele se torna uma ameaça para esposa e está vai morar na Europa com o filho, lá permanecem até a morte de Capitu. Bento que viveu um amor intensodesde sua infância termina sozinho. b) Conflito: Os principais conflitos de Bento são: a promessa de sua mãe de torná-lo padre, possível impedimento para que ele pudesse viver um romance com Capitu, sua amada e; depois, a suspeita da traição de Capitu (sua esposa) com Escobar, amigo próximo que conheceu no seminário e o fato de seu filho, o pequeno Ezequiel, ser parecido com Escobar. c) Clímax: Bentinho começa a duvidar de Capitu e se ela o traiu. Então, ele planeja se matar, mas quando seu filho entra no cômodo em que Bentinho está, este pensa em matar o próprio filho. d) Desfecho: Bento não mata seu filho, mas o repele e diz para ele que não é seu pai, nesse instante Capitu entra no gabinete onde estão e nega tudo. Após inúmeras discussões, o casal decide separar-se, então, Capitu arruma uma viagem para a Europa (Suíça) com o filho dos dois, mas se comunica com Betinho por meio de carta. Anos depois, Capitu morre no exterior e Ezequiel tenta reatar relações com ele, mas a semelhança extrema com Escobar faz com que Bento Santiago o rejeite novamente. O destino de Ezequiel é infeliz: ele morre de febre tifoide durante uma pesquisa arqueológica em Jerusalém. Triste e nostálgico, o narrador constrói uma casa que imita sua casa de infância, na rua de Matacavalos. 6) Temas discutidos pelo livro: adultério, amizade, amor romântico, ciúmes, corrupção humana, estilo de vida burguês, hipocrisia, jogo de interesses. "A obra contempla as seguintes temáticas: 7) Crítica feita pelo livro: Critica o romantismo e a burguesia, 8) Resumo da história: O romance é narrado pelo próprio Bento Santiago, conhecido como Bentinho, já velho (por volta dos seus 60anos), em um trem da Central. Ali, ele conhece um jovem poeta, que acaba recitando alguns versos. Mas pelo fato de o narrador fechar os olhos “três ou quatro vezes”, o rapaz se ofende e lhe dá o apelido de Dom Casmurro. O narrador, então, decide dar esse título (a princípio, provisório) para o seu livro: “Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo”. Então, Bentinho começa a contar sua história de amor por sua vizinha: Capitu. A trama tem como local a cidade do Rio de Janeiro durante o período do Segundo Império. Assim, com o objetivo de “atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência”, volta aos seus quinze anos, quando é vizinho de Capitu, uma menina de catorze anos. Ao perceber a proximidade entre os adolescentes, José Dias, um agregado da família, sugere a D. Glória, mãe de Bentinho, que já é hora de enviar o rapaz para o seminário, uma vez que a mãe do adolescente fez a promessa de que ele seria padre. Embora tenha tentado inverter a situação, Bento acaba indo para o seminário, no entanto, antes dá um beijo em Capitu. Além disso, promete se casar com ela. Ali conhece seu melhor amigo, Escobar. Enquanto Bento estuda para ser padre, Capitu se aproxima de sua mãe, Glória. Confusa com a promessa que havia feito, Glória pretende falar com o Papa para tirar o menino do seminário. Nesse momento, Escobar lhe oferece uma solução. Como ela havia prometido que faria um menino sacerdote, não necessariamente tinha de ser seu filho. Assim, Bentinho sai do seminário e em seu lugar é enviado um escravo. Mais adiante, Bento vai estudar Direito no largo São Francisco, na cidade de São Paulo. Depois de formado, ele casa-se com Capitu. Seu amigo Escobar, casa-se com uma amiga do colégio de Capitu, Sancha, e com ela tem uma filha: Capitolina. Durante muito tempo os casais saiam juntos e Capitu finalmente fica grávida. Decidem colocar o mesmo nome do amigo na criança em homenagem a ele. Com a chegada do filho do casal, o pequeno Ezequiel, Bento começa a desconfiar de sua esposa. Isso porque seu filho é muito parecido fisicamente com seu grande amigo Escobar. Num dos momentos da trama, seu grande amigo Ezequiel morre afogado. Bentinho permanece com a dúvida da traição de Capitu, o que gera diversas discussões entre eles. Num momento de fúria e confusão, ele tenta matar a criança, mas por fim, Capitu entra na sala. Entretanto, Bentinho chega a dizer para o pequeno Ezequiel que ele não é seu pai. Por fim, eles se separam e Bentinho vai para a Europa. De volta ao Brasil, torna-se cada vez mais amargurado e nostálgico por sua vida. Capitu, por sua vez, acaba por falecer no exterior. Após a morte da mãe, o filho tenta uma reaproximação com seu pai, que o rejeita novamente. Por fim, o filho do casal morre de febre tifoide numa expedição em Jerusalém. Bento constrói uma casa na antiga rua que vivia quando era criança e relembra dos momentos de sua vida. 9) Adaptações de Dom Casmurro ➜ Capitu (1968) — filme de Paulo César Saraceni (1932-2012). ➜ Dom Casmurro (1992) — ópera de Orlando Codá (1949-1996) e Ronaldo Miranda. ➜ Capitu — canção de Luiz Tatit. ➜ Amor de Capitu (1998) — romance de Fernando Sabino (1923-2004). ➜ Capitu (1999) — peça teatral de Marcus Vinícius Faustini. ➜ Criador e criatura: o encontro de Machado e Capitu (2002) — peça teatral de Flávio Aguiar e Ariclê Perez (1943-2006). ➜ Dom (2003) — filme de Moacyr Góes. ➜ Capitu (2008) — minissérie de Luiz Fernando Carvalho. ➜ Dom Casmurro (2012) — história em quadrinhos de Felipe Greco e Mario Cau. ➜ As sombras de Dom Casmurro (2016) — peça teatral de Toni Brandão." Referência de pesquisa: https://www.todamateria.com.br/dom-casmurro/ https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/dom-casmurro.htm https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/dom-casmurro-resumo-obra-de-machado-de-assis https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/dom-casmurro-2-analise-de-obra-de-machado-de-assis.htm?cmpid=copiaecola https://brasilescola.uol.com.br/literatura/dom-casmurro.htm#:~:text=Resumo%20da%20obra%20Dom%20Casmurro,-Romance%20realista%20de&text=Critica%20o%20romantismo%20e%20a,Tempo%20da%20narrativa%3A%20s%C3%A9culo%20XIX.