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ACIDENTES DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
 
 
 
 
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Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ................................................................................................... 4 
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 5 
2. HISTORIA NA HUMANIDADE ............................................................................. 6 
3. ESPECIES DE ACIDENTES DO TRABALHO ..................................................... 7 
3.1 Acidente Típico ............................................................................... 7 
3.2 Doenças Ocupacionais ................................................................... 9 
Atípico (ou doença do trabalho) ................................................................. 9 
Atípico ...................................................................................................... 10 
3.3 Concausas .................................................................................... 10 
3.4 Acidente de Trajeto ....................................................................... 11 
3.5 Outras Hipóteses .......................................................................... 12 
4. BENEFÍCIOS E SERVIÇOS PRESTADOS PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL ...... 13 
4.1 Auxilio Doença Acidentário ........................................................... 14 
4.2 Auxilio Acidente ............................................................................. 14 
4.3 Aposentadoria por Invalidez .......................................................... 15 
4.4 Pensão por Morte .......................................................................... 16 
4.5 Habilitação e Reabilitação Profissional ......................................... 18 
5. SEGUROS ......................................................................................................... 20 
6. RESPONSABILIDADES DA EMPRESA ............................................................ 24 
7. BENEFÍCIOS ..................................................................................................... 26 
8. PREVENÇÃO DE ACIDENTES ......................................................................... 31 
9. CIPA – "COMISSÃO INTERNA DE "PREVENÇÃO DE ACIDENTES" .............. 34 
10. CUSTOS DO ACIDENTE ................................................................................. 37 
 
 
 
 
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11. ACIDENTE DE TRABALHO ............................................................................. 38 
Classificação dos acidentes de trabalho ............................................. 38 
Exceções ............................................................................................ 38 
Verificação .......................................................................................... 39 
Comunicação de Acidentes de Trabalho - CAT .................................. 39 
Auxílio-doença .................................................................................... 40 
Pagamento do auxílio-doença............................................................. 40 
Cessação do benefício ........................................................................ 40 
Auxílio-acidente ................................................................................... 41 
Pagamento do auxílio-acidente ........................................................... 42 
12. ESOCIAL .......................................................................................................... 42 
13. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 53 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
As relações de emprego nem sempre são favoráveis para ambas as partes - 
empregador e empregado. Na maioria das vezes, o trabalhador é tratado em situação 
de inferioridade em relação ao detentor dos meios de produção. O empregador nem 
sempre cumpre com o seu dever de diligência fornecendo os equipamentos de 
proteção individual e as condições de trabalho necessárias ao desenvolvimento das 
atividades laborativas. Assim, este desleixo pode gerar danos ao empregado, tal 
como o acidente do trabalho. Neste enfoque, este trabalho procura enfatizar quais os 
benefícios previdenciários que o trabalhador acidentado possui. 
É considerado acidente de trabalho toda lesão corporal ou perturbação da 
capacidade funcional que, no exercício do trabalho, ou por motivo dele, resultar de 
causa externa, súbita, imprevista ou fortuita, que cause a morte ou a incapacidade 
para o trabalho, total ou parcial, permanente ou temporária. A constituição federal, em 
seu artigo 7º, inciso XXVIII, declara que é direito dos trabalhadores o seguro contra 
acidentes do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este 
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. A lei 8.213 de 24 de julho de 1991, 
em seu artigo 19 conceitua acidente de trabalho como aquele "...que ocorre pelo 
exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos 
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou 
temporária, da capacidade para o trabalho". 
Em 26 de dezembro de 2006, a Lei n. 11430 introduziu o art 21-A na Lei n. 
8213/91, instituindo o nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, 
decorrente da relação entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora 
da incapacidade. Esta criação teve a finalidade de combater a subnotificação dos 
acidentes do trabalho, no ano de 2008 pelo mecanismo do nexo epidemiológico foram 
detectados 204957 casos de acidente do trabalho sem a emissão da comunicação de 
acidente do trabalho correspondente. 
https://www.infoescola.com/direito/seguro-de-acidente-de-trabalho/
https://www.infoescola.com/direito/seguro-de-acidente-de-trabalho/
 
 
 
 
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O art. 7, XXVIII da Constituição Federal garante aos trabalhadores o direito aos 
benefícios do seguro contra acidentes do trabalho, independente da indenização a 
que o empregador está obrigado quando ocorrer dolo ou culpa por parte do mesmo. 
Para o trabalhador postular seus direitos, exige se primeiro que o fato esteja 
enquadrado nas hipóteses previstas na Lei n. 8213/91, que determina como acidente 
trabalho. 
Em sua maioria, os acidentes de trabalho são evitáveis, bastando a adoção de 
simples medidas, como o uso de equipamentos de proteção individual (fornecidos 
obrigatoriamente pelas empresas). Grande parte dos trabalhadores não faz usoa R$78 milhões 
 
 
 
 
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Grupo 02 - Empresas com faturamento inferior a R$78 milhões, exceto as 
optantes pelo SIMPLES 
Grupo 03 - ME e EPP optantes pelo SIMPLES, MEI, empregadores pessoas 
físicas (exceto domésticos), entidades sem fins lucrativos 
Grupo 04 - ME e EPP optantes pelo SIMPLES, MEI, empregadores pessoas 
físicas (exceto domésticos), entidades sem fins lucrativos. 
 
Apesar de ter o objetivo de desburocratizar o sistema de obrigações fiscais, 
trabalhistas e previdenciárias, o eSocial exigiu das empresas brasileiras um esforço 
significativo para adequar todas as suas informações. 
 
Eventos do eSocial 
Com a substituição de uma quantidade enorme de documentos, é de se 
esperar que o eSocial contemple muitas informações, de diferentes tipos, 
periodicidades e frequência de reutilização. Estas informações são organizadas 
em eventos, cada um contendo seu layout próprio e os campos com informações 
pertinentes à ele. 
Os 48 eventos do eSocial são classificados em 4 tipos: Eventos Iniciais, 
Eventos de Tabelas, Eventos Não-periódicos e Eventos Periódicos. Esses eventos 
possuem uma sequência lógica de envio. 
Eventos Iniciais 
Esses eventos contém informações sobre o empregador, como classificação 
fiscal e estrutura administrativa. Os dados enviados nestes eventos são aproveitados 
em eventos periódicos e não-periódicos. No momento da implantação do eSocial na 
empresa, deve-se enviar eventos deste tipo para cadastramento inicial dos vínculos 
dos empregados ativos. 
 
 
 
 
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Na versão 2.2 do eSocial, existia o evento “S-2100: Cadastramento Inicial do 
Vínculo”. Com a versão 2.3 do layout, as informações contidas neste evento foram 
absorvidas pelo evento “ S-2200: Admissão do Trabalhador”. Assim sendo, o S-2100 
foi removido e restou somente um Evento Inicial: 
 S-1000 – Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público 
 
Eventos de Tabela 
Complementando os eventos iniciais, os Eventos de Tabelas incluem 
informações importantes, que se repetem em diversos eventos periódicos e não-
periódicos, aparecendo várias vezes no layout. 
Devem ser transmitidos imediatamente após os Eventos Iniciais, pois as 
informações aqui contidas são imprescindíveis para a composição do restante dos 
eventos do eSocial. 
Uma vez enviadas as informações para preenchimento destas tabelas, é 
necessário mantê-la perfeitamente atualizada, enviando eventos de retificação 
conforme ocorram alterações. 
Os Eventos de Tabelas possuem um campo chamado “data de início de 
validade” e “data de fim de validade” que estabelecem a validade das informações. 
Sempre que necessário enviar um evento de alteração das tabelas, deve-se alterar a 
data de validade. 
Os Eventos de Tabelas são: 
 S-1005 – Tabela de Estabelecimentos, Obras ou Unidades de Órgãos Públicos 
 S-1010 – Tabela de Rubricas 
 S-1020 – Tabela de Lotações Tributárias 
 S-1030 – Tabela de Cargos/Empregos Públicos 
 S-1035 – Tabela de Carreiras Públicas 
 S-1040 – Tabela de Funções/Cargos em Comissão 
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740513-S-1000-Informa%C3%A7%C3%B5es-do-Empregador-Contribuinte-%C3%93rg%C3%A3o-P%C3%BAblico
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614734-S-1005-Tabela-de-Estabelecimentos-Obras-ou-Unidades-de-%C3%93rg%C3%A3os-P%C3%BAblicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740613-S-1010-Tabela-de-Rubricas
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740533-S-1020-Tabela-de-Lota%C3%A7%C3%B5es-Tribut%C3%A1rias
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740393-S-1030-Tabela-de-Cargos-Empregos-P%C3%BAblicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614614-S-1035-Tabela-de-Carreiras-P%C3%BAblicas
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614674-S-1040-Tabela-de-Fun%C3%A7%C3%B5es-Cargos-em-Comiss%C3%A3o
 
 
 
 
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 S-1050 – Tabela de Horários/Turnos de Trabalho 
 S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho 
 S-1070 – Tabela de Processos Administrativos/Judiciais 
 S-1080 – Tabela de Operadores Portuários 
 
Eventos Não-Periódicos 
Como o nome sugere, são eventos que acobertam acontecimentos que não 
tem uma data pré-fixada para acontecer, relacionados à direitos e deveres 
trabalhistas, previdenciários e fiscais. 
Por exemplo, a admissão de um novo empregado, alteração salarial, acidente 
de trabalho, demissão, entre outros eventos sem periodicidades fixas para ocorrer. 
Os Eventos Não-Periódicos são: 
 S-2190 – Admissão de Trabalhador – Registro Preliminar 
 S-2200 – Cadastramento Inicial do Vínculo e Admissão/Ingresso de 
Trabalhador 
 S-2205 – Alteração de Dados Cadastrais do Trabalhador 
 S-2206 – Alteração de Contrato de Trabalho 
 S-2210 – Comunicação de Acidente de Trabalho 
 S-2220 – Monitoramento da Saúde do Trabalhador 
 S-2221 – Exame Toxicológico do Motorista Profissional 
 S-2230 – Afastamento Temporário 
 S-2240 – Condições Ambientais do Trabalho – Fatores de Risco 
 S-2245 – Treinamentos, Capacitações, Exercícios Simulados e Outras 
Anotações 
 S-2250 – Aviso Prévio 
 S-2260 – Convocação para Trabalho Intermitente 
 S-2298 – Reintegração 
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614694-S-1050-Tabela-de-Hor%C3%A1rios-Turnos-de-Trabalho
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614754-S-1060-Tabela-de-Ambientes-de-Trabalho
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740453-S-1070-Tabela-de-Processos-Administrativos-Judiciais
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740353-S-1080-Tabela-de-Operadores-Portu%C3%A1rios
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740373-S-2190-Admiss%C3%A3o-de-Trabalhador-Registro-Preliminar
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614834-S-2200-Cadastramento-Inicial-do-V%C3%ADnculo-e-Admiss%C3%A3o-Ingresso-de-Trabalhador
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614834-S-2200-Cadastramento-Inicial-do-V%C3%ADnculo-e-Admiss%C3%A3o-Ingresso-de-Trabalhador
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740793-S-2205-Altera%C3%A7%C3%A3o-de-Dados-Cadastrais-do-Trabalhador
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740773-S-2206-Altera%C3%A7%C3%A3o-de-Contrato-de-Trabalho
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012615114-S-2210-Comunica%C3%A7%C3%A3o-de-Acidente-de-Trabalho
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614934-S-2220-Monitoramento-da-Sa%C3%BAde-do-Trabalhador
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012755334-S-2221-Exame-Toxicol%C3%B3gico-do-Motorista-Profissional
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740733-S-2230-Afastamento-Tempor%C3%A1rio
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740853-S-2240-Condi%C3%A7%C3%B5es-Ambientais-do-Trabalho-Fatores-de-Risco
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012887053-S-2245-Treinamentos-Capacita%C3%A7%C3%B5es-Exerc%C3%ADcios-Simulados-e-Outras-Anota%C3%A7%C3%B5es
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012887053-S-2245-Treinamentos-Capacita%C3%A7%C3%B5es-Exerc%C3%ADcios-Simulados-e-Outras-Anota%C3%A7%C3%B5es
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614894-S-2250-Aviso-Pr%C3%A9vio
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614954-S-2260-Convoca%C3%A7%C3%A3o-para-Trabalho-Intermitente
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614914-S-2298-Reintegra%C3%A7%C3%A3o
 
 
 
 
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 S-2299 – Desligamento 
 S-2300 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Início 
 S-2306 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Alteração 
Contratual 
 S-2399 – Trabalhador Sem Vínculo de Emprego/Estatutário – Término 
 S-2400 –Cadastro de Benefícios Previdenciários – RPPS 
 S-3000 – Exclusão de eventos 
 S-5001 – Informações das contribuições sociais por trabalhador 
 S-5002 – Imposto de Renda Retido na Fonte 
 S-5003 – Informações do FGTS por Trabalhador 
 S-5011 – Informações das contribuições sociais consolidadas por contribuinte 
 S-5012 – Informações do IRRF consolidadas por contribuinte 
 S-5013 – Informações do FGTS consolidadas por contribuinte 
 
Eventos Periódicos 
Eventos Periódicos são eventos relacionados à acontecimentos com datas 
fixas para acontecer, como por exemplo, a folha de pagamentos. 
Os Eventos Periódicos são: 
S-1200 – Remuneração de trabalhador vinculado ao Regime Geral de Previd. 
Social 
S-1202 – Remuneração de servidor vinculado a Regime Próprio de Previd. 
Social 
S-1207 – Benefícios previdenciários – RPPS 
S-1210 – Pagamentos de Rendimentos do Trabalho 
S-1250 – Aquisição de Produção Rural 
S-1260 – Comercialização da Produção Rural Pessoa Física 
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740833-S-2299-Desligamento
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740813-S-2300-Trabalhador-Sem-V%C3%ADnculo-de-Emprego-Estatut%C3%A1rio-In%C3%ADcio
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740713-S-2306-Trabalhador-Sem-V%C3%ADnculo-de-Emprego-Estatut%C3%A1rio-Altera%C3%A7%C3%A3o-Contratual
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740713-S-2306-Trabalhador-Sem-V%C3%ADnculo-de-Emprego-Estatut%C3%A1rio-Altera%C3%A7%C3%A3o-Contratual
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614994-S-2399-Trabalhador-Sem-V%C3%ADnculo-de-Emprego-Estatut%C3%A1rio-T%C3%A9rmino
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740753-S-2400-Cadastro-de-Benef%C3%ADcios-Previdenci%C3%A1rios-RPPS
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740693-S-3000-Exclus%C3%A3o-de-eventos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012615054-S-5001-Informa%C3%A7%C3%B5es-das-contribui%C3%A7%C3%B5es-sociais-por-trabalhador
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614974-S-5002-Imposto-de-Renda-Retido-na-Fonte
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012678794-S-5003-Informa%C3%A7%C3%B5es-do-FGTS-por-Trabalhador
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012615034-S-5011-Informa%C3%A7%C3%B5es-das-contribui%C3%A7%C3%B5es-sociais-consolidadas-por-contribuinte
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740673-S-5012-Informa%C3%A7%C3%B5es-do-IRRF-consolidadas-por-contribuinte
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012845793-S-5013-Informa%C3%A7%C3%B5es-do-FGTS-consolidadas-por-contribuinte
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740553-S-1200-Remunera%C3%A7%C3%A3o-de-trabalhador-vinculado-ao-Regime-Geral-de-Previd-Social
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740553-S-1200-Remunera%C3%A7%C3%A3o-de-trabalhador-vinculado-ao-Regime-Geral-de-Previd-Social
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614854-S-1202-Remunera%C3%A7%C3%A3o-de-servidor-vinculado-a-Regime-Pr%C3%B3prio-de-Previd-Social
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614854-S-1202-Remunera%C3%A7%C3%A3o-de-servidor-vinculado-a-Regime-Pr%C3%B3prio-de-Previd-Social
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614714-S-1207-Benef%C3%ADcios-previdenci%C3%A1rios-RPPS
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614794-S-1210-Pagamentos-de-Rendimentos-do-Trabalho
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740473-S-1250-Aquisi%C3%A7%C3%A3o-de-Produ%C3%A7%C3%A3o-Rural
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740633-S-1260-Comercializa%C3%A7%C3%A3o-da-Produ%C3%A7%C3%A3o-Rural-Pessoa-F%C3%ADsica
 
 
 
 
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S-1270 – Contratação de Trabalhadores Avulsos Não Portuários 
S-1280 – Informações Complementares aos Eventos Periódicos 
S-1295 – Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência 
S-1298 – Reabertura dos Eventos Periódicos 
S-1299 – Fechamento dos Eventos Periódicos 
S-1300 – Contribuição Sindical Patronal 
 
Eventos removidos 
S-1030 – Tabela de Cargos/Empregos Públicos; 
S-1035 – Tabela de Carreiras Públicas; 
S-1040 – Tabela de Funções/Cargos em Comissão; 
S-1050 – Tabela de Horários/Turnos de Trabalho; 
S-1060 – Tabela de Ambientes de Trabalho; 
S-1080 – Tabela de Operadores Portuários; 
S-1250 – Aquisição de Produção Rural; 
S-1295 – Solicitação de Totalização para Pagamento em Contingência; 
S-1300 – Contribuição Sindical Patronal; 
S-2221 – Exame Toxicológico do Motorista Profissional; 
S-2245 – Treinamentos, Capacitações, Exercícios Simulados e Outras 
Anotações; 
S-2250 – Aviso Prévio; 
S-2260 – Convocação para Trabalho Intermitente. 
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740593-S-1270-Contrata%C3%A7%C3%A3o-de-Trabalhadores-Avulsos-N%C3%A3o-Portu%C3%A1rios
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614774-S-1280-Informa%C3%A7%C3%B5es-Complementares-aos-Eventos-Peri%C3%B3dicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740413-S-1295-Solicita%C3%A7%C3%A3o-de-Totaliza%C3%A7%C3%A3o-para-Pagamento-em-Conting%C3%AAncia
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614634-S-1298-Reabertura-dos-Eventos-Peri%C3%B3dicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012740573-S-1299-Fechamento-dos-Eventos-Peri%C3%B3dicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/360012614814-S-1300-Contribui%C3%A7%C3%A3o-Sindical-Patronal
 
 
 
 
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Eventos incluídos 
S-2231 – Cessão/Exercício em Outro Órgão; 
S-2405 – Cadastro de Beneficiário – Entes Públicos – Alteração; 
S-2410 – Cadastro de Benefício – Entes Públicos – Início; 
S-2416 – Cadastro de Benefício – Entes Públicos – Alteração; 
S-2418 – Reativação de Benefício – Entes Públicos; 
S-2420 – Cadastro de Benefício – Entes Públicos – Término; 
S-8299 – Baixa Judicial do Vínculo. 
 
eSocial Simplificado (S-10) 
O eSocial Simplificado é uma nova versão do eSocial, que visa facilitar as 
etapas para o envio das informações. Foi apresentado pelo Governo Federal no final 
de 2020. 
O novo sistema busca deixar o sistema mais intuitivo e de fácil utilização nos 
seus eventos. Ele foi desenvolvido por diversos órgãos e empresas como, por 
exemplo, as Confederações patronais, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), 
a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação 
(Brasscom), o Sebrae, a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e 
das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), 
visando que a nova versão possibilite a integração com outros sistemas. Algumas das 
diretrizes essenciais que o diferenciam do eSocial 2.5 vigente: 
 Foco na desburocratização: substituição das obrigações acessórias; 
 Não solicitação de dados já conhecidos; 
 Eliminação de pontos de complexidade; 
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008573441-S-2231-Cess%C3%A3o-Exerc%C3%ADcio-em-Outro-%C3%93rg%C3%A3o
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008546802-S-2405-Cadastro-de-Benefici%C3%A1rio-Entes-P%C3%BAblicos-Altera%C3%A7%C3%A3o
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008546822-S-2410-Cadastro-de-Benef%C3%ADcio-Entes-P%C3%BAblicos-In%C3%ADcio
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008573601-S-2416-Cadastro-de-Benef%C3%ADcio-Entes-P%C3%BAblicos-Altera%C3%A7%C3%A3o
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008546842-S-2418-Reativa%C3%A7%C3%A3o-de-Benef%C3%ADcio-Entes-P%C3%BAblicos
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008546862-S-2420-Cadastro-de-Benef%C3%ADcio-Entes-P%C3%BAblicos-T%C3%A9rmino
https://atendimento.tecnospeed.com.br/hc/pt-br/articles/1500008547002-S-8299-Baixa-Judicial-do-V%C3%ADnculoFaculdade de Minas 
51 
 Modernização e simplificação do sistema; 
 Integridade e continuidade da informação; 
 Respeito pelo investimento feito por empresas e profissionais. 
 
SST no eSocial 
SST significa Saúde e Segurança do Trabalho. As normas e procedimentos 
legalmente estabelecidos para Saúde e Segurança do Trabalho (SST) devem ser 
informados corretamente no eSocial, com objetivo de tornar o ambiente de trabalho 
mais saudável e seguro para os trabalhadores. Entre os principais eventos de SST 
no eSocial estão: 
 S-2210 - Comunicação de Acidente do Trabalho- Evento utilizado para 
prestação de informações a comunicação do acidente de trabalho pelo 
empregador/contribuinte/órgão público, ainda que não haja afastamento do 
trabalhador de suas atividades laborais. 
 S-2220 - Monitoramento de Saúde do Trabalhador- Evento utilizado para 
prestação de informações relativas ao monitoramento da saúde do trabalhador 
(avaliações clínicas), durante todo o vínculo laboral com o 
empregador/contribuinte/órgão público, por trabalhador, no curso do vínculo ou 
do estágio, bem como os exames complementares aos quais foi submetido, 
com respectivas datas e conclusões. 
 S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Agentes Nocivos- Evento 
utilizado para prestação de informações relativas as condições ambientais de 
trabalho, bem como da exposição aos fatores de risco aos quais o colaborador 
está exposto e das condições de insalubridade ou periculosidade, 
aposentadoria especial. 
 
Agora, por meio de apenas uma declaração no eSocial, todas as entidades do 
governo recebem os dados de uma só vez ao invés de inúmeras obrigações 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
52 
diferentes com as mesmas informações. São eles: CEF, Receita Federal, Ministério 
da Economia/Secretária Especial de Previdência e Trabalho. Aliás, cada um desses 
órgãos possuem um representante que juntos, formam o Comitê Gestor do eSocial, 
responsável pela implantação e transmissão do eSocial. 
 
Para maior entendimento sobre o eSocial, veja os vídeos: 
 
O que é eSocial?: 
https://www.youtube.com/watch?v=PAPjIDAFl6o&t=271s 
 
ENIT Escola Nacional da Inspeção do Trabalho: (veja os vídeos eSocial 
ponto a ponto) 
https://www.youtube.com/channel/UCII0hpg3zsILGJSFQJTxy7A/playlists 
 
Material complementar, disponibilizado pelo Governo Federal: (Curso - 
eSocial Aprenda Ponto a Ponto) 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/escola/e-social-aprenda-ponto-a-
ponto 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=PAPjIDAFl6o&t=271s
https://www.youtube.com/channel/UCII0hpg3zsILGJSFQJTxy7A/playlists
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/escola/e-social-aprenda-ponto-a-ponto
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/escola/e-social-aprenda-ponto-a-ponto
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/escola/e-social-aprenda-ponto-a-ponto
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
53 
13. REFERÊNCIAS 
 
ALVES, S.; LUCHESI, G. Acidentes do trabalho e doenças profissionais no 
Brasil: a precariedade das informações. Informe Epidemiológico do SUS, [S. l.], v. 1, 
n. 3, p. 5-20, 1992. 
BRASIL. Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança 
e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder 
Executivo, Brasília, DF, 16 jul. 1990. p. 13563. 
BINDER, M. C. P.; ALMEIDA, I. M. Acidentes do trabalho: acaso ou descaso? In: 
MENDES, R. (Org). Patologia do trabalho. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2003. v. 1, p. 
769-808. 
BINDER, M. C. P.; CORDEIRO, R. C. Sub-registro de acidentes do trabalho em 
localidade do Estado de São Paulo, 1997. Rev. Saúde Pública, [S. l.], v. 37, n. 4, p. 
409-416, 2003. 
CARMO, J. C. et al. Acidentes do trabalho. In: MENDES, R. (Org). Patologia do 
trabalho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995. p 431-455. 
CARVALHO, A. O.; EDUARDO, M. B. P. Sistemas de Informação em saúde para 
municípios. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 
1998. 
COHN, A. et al. Acidentes do trabalho: uma forma de violência. São Paulo: 
Brasiliense, 1985. 
DAS NEVES. MAURÍCIO. O eSocial e os Eventos de SST – Um Novo Panorama 
a Partir de 2022. Contabilizar Web. Disponível em: Acesso em 10 mar.2022. 
Esocial: o que é, obrigações e tudo o que você precisa saber. Senior. Disponível 
em: . Acesso em 10 mar.2022. 
DE LUCCA, S. R.; MENDES, R. Epidemiologia dos acidentes do trabalho fatais 
em área metropolitana da Região Sudeste do Brasil – 1979-1989. Rev. Saúde 
Pública, [S. l.], v. 27, p. 168-176, 1993. 
FREITAS, C. M.; PORTO, M. F. S.; MACHADO, J. M. H. Acidentes industriais 
ampliados: desafios e perspectivas para o controle e prevenção. Rio de Janeiro: 
Fiocruz, 2000. 
MACHADO, J. M. H.; GÓMEZ, C. M. Acidentes de trabalho: concepções e dados. 
In: MINAIO, M. C. S. Os muitos Brasis: saúde e população na década de 80. Rio de 
Janeiro: Hucitec, Abrasco, 1999. p. 126-142. 
MORITA, I. A questão do trabalho: análise conceitual de uma variável 
fundamental na reprodução social. Ciências Sociais Unisinos, São Leopoldo, v. 41, 
n. 2, p. 82-88, maio/ago. 2005 
OLIVEIRA, P. A. B.; MENDES, J. M. Acidentes do trabalho: violência urbana e 
morte em Porto Alegre - R.S. Cad. Saúde Pública, [S. l.], v. 13, p. 73-83, 1997. 
(Supl.2). 
POSSAS, C. Avaliação da situação atual do sistema de informação sobre 
doenças e acidentes do trabalho no âmbito da Previdência Social brasileira e 
propostas para sua reformulação. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, [S. l.], 
v. 15, n. 60, p. 43-67, 1987. 
RIBEIRO, H. P. O número de acidentes do trabalho no Brasil continua caindo: 
sonegação ou realidade? Saúde Ocupacional e Segurança, [S. l.], v. 20, p. 14-21, 
mar./abr. 1994. 
https://contabilizarweb.com.br/blog/esocial-eventos-sst-novo-panorama/?utm_source=GoogleAds&utm_medium=cpc&utm_campaign=eSocialSST&gclid=CjwKCAiAvaGRBhBlEiwAiY-yMNDTqf9VfxXQkZryUKwTGy2c2d2hzKQd2n2jC8H5KMqPL2OBB1s4LRoCJVgQAvD_BwE
https://contabilizarweb.com.br/blog/esocial-eventos-sst-novo-panorama/?utm_source=GoogleAds&utm_medium=cpc&utm_campaign=eSocialSST&gclid=CjwKCAiAvaGRBhBlEiwAiY-yMNDTqf9VfxXQkZryUKwTGy2c2d2hzKQd2n2jC8H5KMqPL2OBB1s4LRoCJVgQAvD_BwE
https://www.senior.com.br/solucoes/esocial
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
55 
VILELA, R. A. G.; RICARDI, G. V. F.; IGUTI, A. M. Experiência do Programa de 
Saúde do Trabalhador de Piracicaba: desafios da vigilância em acidentes do 
trabalho. Informe Epidemiológico do SUS, [S. l.], v. 10, n. 2, p. 81-92, 2001. 
WÜNCH FILHO, V. Reestruturação produtiva e acidentes de trabalho no Brasil. 
Cad. Saúde Pública, [S. l.], v. 15, p. 41-51, 1999.desses equipamentos, com destaque para o ramo da construção civil. Os acidentes 
de trabalho e seus equiparados são passíveis de compensações como auxílio-
doença, auxílio-acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal, 
aposentadoria por invalidez e pensão por morte, cuja responsabilidade pela prestação 
é do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 
2. HISTORIA NA HUMANIDADE 
 
Acidentes do trabalho sempre foram problemas para a humanidade, os 
acidentes surgiram como consequência da necessidade do homem lutar pela 
subsistência, fato que aconteceu há muito tempo; os acidentes devem ter sido 
interferências indesejáveis nas atividades humanas. Por muitos séculos os acidentes 
do trabalho foram vistos como ocorrências inerentes ao exercício do trabalho, não 
despertavam maiores interesses sociais do que a recuperação dos acidentados, 
quando possível, e não tinham repercussão como problema econômico; os acidentes 
eram aceitos como algo inerente ao meio de trabalho e os acidentados como que um 
subproduto do meio. Outros danos ocasionados pelos acidentes já exerciam 
influência nos custos do trabalho ou do produto, embora o assunto não despertasse 
grande interesse empresarial. 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
7 
3. ESPECIES DE ACIDENTES DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não existe em nossa legislação um conceito que abranja todas as situações que 
comportam o acidente do trabalho, que gera incapacidade laboral, a lei define o 
acidente apenas no sentido estrito, denominando-o acidente típico, mas acrescentou 
outra situações que se equiparam a este para os efeitos legais, isto ocorre porque 
tem situações que não se encaixam no conceito estrito de acidente do trabalho, entre 
estas se tem as doenças decorrentes do processo laboral, acidentes ou doenças 
geradas por causas diversas, associadas a fatores do trabalho e extra laborais, os 
chamados concausas, acidentes ocorridos fora do local da prestação do serviço, mas 
com vínculo direto com o empregador, temos também os acidentes de trajeto no 
percurso de ida e volta ao local da prestação do serviço. 
3.1 Acidente Típico 
Este é o tipo de acidente mais comum, e acontece dentro da empresa durante 
o horário de expediente. É o caso, por exemplo, de quando o trabalhador cai de uma 
escada ou se machuca ao manusear um equipamento pesado. O conceito de 
acidente teve redações diferentes em cada uma das leis acidentarias, sendo 
aperfeiçoado seu conceito nas ultimas legislações, o acidente é um evento, a 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
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ocorrência de um determinado fato, que provoca lesão imediata, podendo ser 
traumáticas com ferimentos externos ou internos, podendo também resultar em 
efeitos tóxicos, infecciosos ou somente psíquicos. As causas do acidente permitem 
classificar o mesmo em diversas espécies, como acidente do trabalho, acidente de 
transito, etc; as consequências também auxiliam a classificar o acidente, acidente 
com ou sem danos pessoais, acidente com ou sem danos materiais, acidente grave, 
acidente fatal, etc. 
Oliveira, define acidente de trabalho da seguinte forma: 
"O acidente de trabalho considerado pela regulamentação legal do Seguro de 
Acidentes do Trabalho é toda ocorrência casual, fortuita e imprevista que atende 
conjugadamente os seguintes requisitos: quanto à causa: o acidente que decorreu do 
exercício do trabalho a serviço da empresa - o que justifica o tipo: acidente do 
trabalho, quanto a consequência: o acidente que provocou lesão corporal ou 
perturbação funcional causando a morte ou a perda ou redução, permanente ou 
temporária, da capacidade do trabalho.” 
Para a caracterização do acidente é necessário que entre a atividade do 
empregado e o acidente ocorrido, ocorra uma relação de causa e efeito, denominada 
de nexo causal; todo trabalhador pode sofrer um acidente em sua própria residência 
efetuando uma pequena reforma, ou em uma viagem de férias, nestas hipóteses não 
existe nexo causal do fato com a prestação decorrente do contrato do trabalho. O 
conceito de acidente determina que ocorra lesão corporal ou perturbação funcional; 
tecnicamente quando não ocorre lesão ou perturbação física ou mental do 
trabalhador, não aconteceu o evento acidente do trabalho, porem nem sempre a 
perturbação funcional e detectada imediatamente, pode acontecer a manifestação 
tardia ou demorada do nexo causal, existem casos que as perturbações nervosas se 
apresentam dias depois de ter ocorrido o acidente do trabalho. Para completar o 
conceito e necessário que o fato acarrete a morte, ou a perda ou a redução 
permanente ou temporária da capacidade laboral, o afastamento para realizar um 
curativo ou da visita a um hospital não caracteriza a incapacidade temporária. 
 
 
 
 
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9 
3.2 Doenças Ocupacionais 
Quando um determinado trabalhador exerce uma atividade ou profissão que 
pode produzir ou desencadear certas patologias, em que o nexo causal da doença 
com a atividade profissional é presumido, recebe o nome doença profissional típica, 
como exemplo se tem o trabalhador empregado de uma mineradora que fica exposto 
na sua atividade ao pó de sílica e contrai a silicose, basta para o trabalhador 
comprovar a prestação de serviço na atividade e o acometimento da doença 
profissional. 
A doença do trabalho, e considera doença profissional atípica, tem origem na 
atividade laboral, mas seu surgimento não está vinculada necessariamente a sua 
profissão, surge de forma em que a atividade é prestada ou das condições especificas 
do ambiente do trabalho, o exemplo mais claro na atualidade são a LER/DORT, que 
podem ser adquiridas ou desencadeadas em qualquer atividade, sem estar vinculado 
diretamente a determinada profissão. A doença do trabalho não tem nexo causal 
presumido, e exigido a comprovação de que a patologia se desenvolveu em razão 
das condições especificas em que a atividade laboral foi praticada. 
A Lei n. 8213/91 dispoe sobre doenças ocupacionais com a seguinte redação: 
"Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as 
seguintes entidades mórbidas: 
I- Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercicio 
do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação 
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social: 
II - Doença do trabalho, assim entendida a adquinda ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione 
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I". 
Atípico (ou doença do trabalho) 
São os acidentes que acontecem dentro ou fora da empresa, devido ao exercício do 
trabalho, que a lei assemelha aos acidentes de trabalho típico. 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
10 
Atípico 
Os acidentes de trabalho atípicos estão descritos nos artigos 20 e 21 da Lei nº 
8.213/91, e são: 
 Doenças profissionais; 
 Doença do trabalho; 
 Acidentes que, embora não tenham sido a única causa, contribuíram 
diretamente para a morte ou perda da capacidade laborativa; 
 Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por colega de trabalho ou 
terceiro; 
 Imprudência, negligência ou imperícia de colega de trabalho ou terceiro; 
 Ato de pessoa privada do uso da razão; 
 Desabamento, inundação, incêndio e outras fatalidades; 
 Contaminação acidental durante o trabalho; 
 Acidente sofrido na execução de ordem ou realização de serviço fora do 
horário e local de trabalho; 
 Viagem a mando da empresa, inclusive para estudo e capacitação quando 
financiada pelo empregador; 
 Acidente durante os períodos destinados a alimentação e descanso. 
 
3.3 Concausas 
Na ocorrência do acidente do trabalho, podem existir causas relacionadas ao 
exercício da atividade profissional com outras extra laborais, sem qualquer relação 
com a função exercida pelo empregado. Pode acontecer de o acidente ocorrido ser 
agravadopor outra causa, por exemplo, um erro cirúrgico no atendimento hospitalar 
ou a superveniência de uma infecção por tétano, depois de um pequeno ferimento de 
um trabalhador. Para a aceitação da etiologia multicausal, e necessário a existência 
de uma causa decorrente da atividade laboral, que haja contribuído diretamente para 
o acidente de trabalho ou situação equiparável. A concausa não dispensa a causa de 
origem laboral, deve ser verificado se a atividade laboral atuou como fator contributivo 
 
 
 
 
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do acidente ou doença ocupacional; se atuou como fator desencadeante ou agravante 
de doenças preexistentes ou, ainda, se provocou a precocidade de doenças comuns, 
mesmo daquelas de cunho degenerativo ou inerente ao grupo etário. 
A atual legislação prevê expressamente esta situação: 
"Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: 
I- O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja 
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua 
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua 
recuperação". 
 
3.4 Acidente de Trajeto 
Acontece durante o percurso do trabalhador de sua casa até o local de trabalho, 
tanto no início e final do expediente quando no horário de almoço. É uma espécie de 
acidente do trabalho que vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, é o 
chamado acidente in itinere, este aumento pode ser atribuído aos acidentes com 
motociclistas, o número de acidentes de transito no pais é assustador. O acidente de 
trajeto esta disciplinado atualmente pela Lei 8213/91, da seguinte forma: 
"Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei. 
IV -O acıdente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer 
que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado". 
Existem grandes controvérsias em relação do entendimento do percurso da 
residência para o local do trabalho ou deste para aquela, com muita frequência o 
trabalhador desvia-se do percurso original por algum interesse particular, para fazer 
pequenas compras, praticar uma atividade de lazer, ir à farmácia, etc. Para 
estabelecer o nexo causal com o acidente são aceitos pequenos desvios são 
tolerados a algumas variações quanto ao tempo do deslocamento, desde que 
 
 
 
 
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compatíveis com o percurso do trajeto. Na esfera administrativa, a Previdência Social 
não considera acidente do trabalho quando o segurado por interesse pessoal 
interrompe ou altera o percurso habitual. Deve-se apresentar o boletim de ocorrência 
caso haja registro policial. No caso do trabalhador ter mais de um emprego, será 
considerado também acidente de trajeto aquele ocorrido no percurso de um local de 
trabalho para o outro. 
 
3.5 Outras Hipóteses 
A Lei n. 8213/91 equipara ao acidente de trabalho outras situações: 
"Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei. 
II - O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
consequência a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada 
ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de impericia de terceiro ou de companheiro 
de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão: 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força 
maior: 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercicio de 
sua atividade; 
IV - O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuizo 
ou proporcionar proveito: 
 
 
 
 
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c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta 
dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente 
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado: 
$1° Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasido da satisfação 
de outras locomoções utilizadas, inclusive veículo de propriedade do segurado: 
$ 1° Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação 
de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o 
empregado é considerado no exercício do trabalho. 
$ 2° Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão 
que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às 
consequências do anterior". 
Estes acidentes do trabalho descritos neste dispositivo acontecem raramente, 
são situações que acontecem no local e no horário de trabalho, mas não estão 
relacionadas diretamente com a atividade laboral do empregado, apesar do vínculo 
causal direto. São também indicados os acidentes ocorridos fora do local ou horário 
de trabalho, mas com vinculação direta com o cumprimento do contrato laboral. 
 
4. BENEFÍCIOS E SERVIÇOS PRESTADOS PELA PREVIDÊNCIA 
SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os trabalhadores quando sofrem um acidente de trabalho, passam a ser 
beneficiários da Previdência Social, os benefícios prestados pela mesma são o auxílio 
doença acidentário, o auxilio acidente, a aposentadoria por invalidez e a pensão por 
morte. O ente social presta serviços também de habilitação e reabilitação profissional. 
Estes benefícios são diretamente ligados à atividade laboral, não sofrem de carência, 
ocorrendo o acidente que resulte em uma lesão no ambiente de trabalho, o benefício 
passa a ser devido pela Previdência Social, o trabalhador já consta como segurado 
do ente social. 
4.1 Auxilio Doença Acidentário 
É um benefício com pagamento mensal, concedido aos trabalhadores 
segurados que sofrem um acidente e ficam incapacitados para a atividade laboral por 
um período maior de 15 dias. A Previdência Social da o código de B/91 a este 
benefício, nos primeiros 15 dias do afastamento do trabalhador, quem efetua o 
pagamento é o empregador, a partir do décimo sexto dia o pagamento passa a ser 
efetuado pela previdência. A incapacidade precisa ser total e temporária, impedindo 
o trabalhador de exercer suas atividades. A Lei n° 8213/91 prevê no artigo: 
"Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando 
for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu 
trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos". 
A remuneração paga pela previdência neste benefício é de 91% do salário do 
acidentado, o art 61 da Lei 8213/91 determina este valor, quando recupera sua 
capacidade, o trabalhador deixa de receber o benefício. 
 
4.2 Auxilio Acidente 
Quando um trabalhador sofre um acidente, depois de sua recuperação, estando 
com alta média previdenciária e restarem sequelas permanentes no se organismo, 
que o impedem de realizar a mesma atividade laborativa, ou diminui sua capacidade, 
 
 
 
 
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15 
demandando um maior esforço do mesmo para desenvolvê-las, podendo realizar 
outra atividade, este trabalhador tem direito ao auxilio acidente, benefício que recebe 
o código B/94 da Previdência Social. O artigo 86 da Lei n. 8.213/91, com redação 
alterada pela Lei n. 9.528/97, determina o seguinte: 
*Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, 
após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, 
resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia”. 
O Anexo III do Decreto3.048/99, relaciona situações que dão direito ao 
benefício, quando do acidente restarem sequelas em diversas partes do corpo, por 
exemplo no aparelho auditivo, da fonação, visual, prejuízo estético, perda de 
segmento de membros, alterações articulares, encurtamento de membros inferiores, 
redução da força e/ou da capacidade funcional dos membros, e ainda sobre outros 
membros dos quais cita os pulmões e aparelho digestivo. 
O trabalhador recebe mensalmente por este benefício o valor, corresponde a 
50% do salário de benefício, devendo ser pago até a data da aposentadoria ou morte 
do segurado, sendo a data de benefício, devendo ser pago até a data da 
aposentadoria ou morte do segurado, sendo a data de início do benefício, o dia 
seguinte da cessação do auxílio-doença. 
 
4.3 Aposentadoria por Invalidez 
O trabalhador quando provar que a sua capacidade e total e permanente terá o 
direito a concessão do benefício de aposentadoria por invalidez, sem condições de 
reabilitação, através da perícia médica realizada pela Previdência Social, não 
importando a sua idade, apenas as condições laborais do segurado. 
Este benefício está codificado pela Previdência Social como B/92, previsto no artigo 
42 da Lei n.8.213/91: 
 
 
 
 
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"Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a 
carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxilio-
doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de 
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer 
nesta condição”. 
O§ 2 do artigo do diploma legal, informa que em casos em que a doença ou lesão de 
que o segurado já era portador anteriormente a filiação ao Regime Geral de 
Previdência Social, não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, com 
exceção nos casos em que a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou 
agravamento dessa doença ou lesão por culpa do trabalho. 
A data de início do benefício será no dia imediato ao da cessação do auxílio-
doença. Se o segurado não estiver em gozo do auxílio, a data de início da 
aposentadoria por invalidez será o décimo sexto dia do afastamento do trabalho. O 
valor mensal deste benefício será de 100% do salário de benefício. Existem casos 
que ocorre uma majoração em 25% do valor, de acordo com o artigo 45 da Lei n. 
8.213/91, que se destina aos aposentados por invalidez que necessitam de 
assistência permanente de outra pessoa. 
 
4.4 Pensão por Morte 
Em nosso ordenamento jurídico, não ocorre distinção entre morte natural do 
segurado e morte causada por acidente do trabalho, sendo o mesmo direito para os 
dependentes daquele que vier a óbito. O benefício de pensão por morte acidentária 
está codificado pela Previdência Social como B/93, e conforme determina o artigo 74 
da Lei n. 8.213/91, é destinado aos dependentes do segurado que estão classificados 
no artigo 16 do mesmo diploma, no seguinte teor: 
"Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de 
dependentes do segurado: 
 
 
 
 
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I - O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer 
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave; 
II - Os pais, 
III -O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos 
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
$ 1° A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito 
às prestações os das classes seguintes. 
$ 2° O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do 
segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida 
no Regulamento. 
$ 3° Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, 
mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do 
art. 226 da Constituição Federal. 
$ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a 
das demais deve ser comprovada. 
A pensão por morte é devida aos dependentes do segurado a partir da data do 
óbito quando requerida em até 90 (noventa) dias e ainda pode ser a partir da data da 
decisão judicial no caso de morte presumida. A duração do benefício é pelo período 
que perdurar a qualidade de dependente, será extinto no caso de morte do 
pensionista, ou para o dependente que completar 21 anos idade ou for emancipado, 
e nos casos em que o declarado inválido vier a ter um parecer contrário através de 
perícia médica da Previdência Social, tendo sua capacidade física ou mental 
recuperada e desta forma não fazendo mais jus a pensão. 
O valor da pensão por morte é de 100% (cem por cento) ao do valor da 
aposentadoria que o segurado recebia ou daquela que teria direito no caso de estar 
aposentado por invalidez na data de seu falecimento (artigo 75 da Lei n. 8.213/91). 
 
 
 
 
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Este valor será dividido entre todos os dependentes em partes iguais e assim que um 
perder a qualidade de dependente, o valor será redistribuído entre os restantes. 
 
4.5 Habilitação e Reabilitação Profissional 
É um serviço prestado pela Previdência Social destinado ao segurado ou seu 
dependente, incapacitado totalmente ou parcialmente, ainda para os portadores de 
deficiência, para que esses tenham a chance de se reabilitar ou se adaptar 
profissionalmente voltando para o mercado de trabalho ou até retomando seu 
emprego de antes do acidente. O artigo 89 da Lei n. 8.213/91 prevê o seguinte: 
"Art. 89. A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao 
beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e as pessoas 
portadoras de deficiência, os meios para a (re) educação e de (re) adaptação 
profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto 
em que vive. 
Parágrafo único. A reabilitação profissional compreende: 
a) o fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos de auxílio para 
locomoção quando a perda ou redução da capacidade funcional puder ser atenuada 
por seu uso e dos equipamentos necessários à habilitação e reabilitação social e 
profissional: 
b) a reparação ou a substituição dos aparelhos mencionados no inciso anterior 
desgastados pelo uso normal ou por ocorrência estranha à vontade do beneficiário; 
c) o transporte do acidentado do trabalho, quando necessário ". 
O processo de habilitação e reabilitação será desenvolvido pela Previdência 
Social, conforme determina o artigo 137 do Decreto n. 3.048/1999, por meio das 
funções básicas de avaliação e definição da capacidade laborativa residual; avaliação 
do potencial laboral; orientação e acompanhamento da programação profissional; 
articulação com a comunidade, inclusive mediante a celebração de convênio para 
 
 
 
 
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reabilitação física restrita a segurados que cumpriram os pressupostos de 
elegibilidade ao programa de reabilitação profissional, com vistas ao reingresso no 
mercado de trabalho; e acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de 
trabalho. 
Os encaminhamentos para a habilitação e reabilitação, deverão ser feitos pela 
Previdência Social, levando em conta o menor deslocamento para o segurado, 
podendo ainda, ser realizados fora do domicilio do segurado se este preferir. Caso 
estes serviços tenham de serem realizados fora do domicilio do segurado por motivos 
da própria Previdência Social, ela deverá custear as despesas com transporte e ainda 
pagar diária ao segurado pelos gastos que terão durante o dia ou dias que estarão 
fora de seu domicilio. 
O acidente de trabalho provoca uma mudança radical em uma vida ou em várias 
vidas, pois os dependentes também são afetados pela mudança. O trabalhador que 
acidenta, sofre com a dor do trauma causado peloacidente, com o futuro inseguro e 
incerto, e ainda com o sentimento de impotência perante as atividades que antes 
executava. 
Precisamos minimizar, todas as formas possíveis de ocorrência de um acidente 
de trabalho, seja com treinamentos, com equipamentos de segurança (epi e epc), 
fiscalização, com políticas de prevenção dentro das empresas. A Previdência Social 
tem um papel importante perante o segurado, que além de indenizá-lo com o 
benefício que tem direito, procura e tenta a habilitação e reabilitação e profissional, 
devolvendo o ao mercado de trabalho ou até mesmo ao seu emprego de antes do 
acidente. 
Podemos concluir, então, que para melhorarmos as relações de emprego 
devemos todos, empregados e empregadores, realizarmos a nossa parte, e 
principalmente fazermos algo básico, mas que parece ser tão difícil, respeitar o outro. 
 
 
 
 
 
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5. SEGUROS 
 
A Lei n° 5.316 de 14 de setembro de 1967 consagra, de maneira definitiva a tese do 
monopólio estatal desse ramo de seguros, em seu artigo 1° e parágrafo único, "in 
verbis": 
"Art. 1.° – O seguro obrigatório de acidentes do trabalho, de que trata o artigo 158, 
ítem XVII da Constituição Federal, será realizado na previdência social. 
Parágrafo único: Entende-se como previdência social, para os fins desta Lei, o 
sistema de que trata a Lei n° 3.807 de 26 de agosto de 1960, com as alterações 
decorrentes do Dec.-lei n° 66 de 21 de novembro de 1966." 
Já o decreto-lei n° 7.036 de 10 de novembro de 1944, em seu artigo 111, vedava a 
concessão, a partir da vigência daquele diploma legal, a outras seguradoras 
particulares, para operar nesse ramo. 
A nova legislação define: 
"acidente do trabalho será aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho, a serviço da 
empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a 
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária da capacidade para o 
trabalho". 
Doença do trabalho será: 
"qualquer das chamadas doenças 
profissionais, inerentes a 
determinados ramos de atividade 
e relacionadas em ato do Ministro 
do Trabalho e Previdência Social, 
bem como a doença resultante 
 
 
 
 
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das condições especiais ou excepcionais em que o trabalho for realizado, desde que 
diretamente relacionada com a atividade exercida (Decreto-lei n° 893 de 
26/09/1969)". 
Mesmo que o acidente não tenha sido a causa única, ele é considerado uma 
concausa, isto é, uma causa que concorre com outra para determinado fim. A causa 
propriamente dita, a traumática gera determinados defeitos e as concorrentes 
contribuem para que eles aconteçam. 
As concausas podem ser: 
a) preexistentes; 
b) supervenientes e 
c) concamitantes. 
São preexistentes quando antecedem o traumatismo. O hemofílico pode falecer 
em consequência de uma grave hemorragia, após um ligeiro traumatismo. Ela é 
superveniente quando sucede ao acidente. Um pequeno acidente, infectado pelo 
tétano, pode causar a morte. Será concomitante, quando ocorre simultaneamente 
com o acidente. Um desfalecimento que provoca uma queda pode ocasionar a fratura 
da base do crâneo, ocasionando a morte. 
Será também considerado acidente do trabalho, nos termos do art. 3°: 
a) ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro 
de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada 
com o trabalho; 
c) ato de pessoa privada do uso da razão; 
 
 
 
 
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d) ato de imprudência ou negligência de terceiro, inclusive companheiro de trabalho; 
e) desabamento, inundações ou incêndio; 
f) outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; 
Fora do local e do horário de trabalho, a lei qualifica como acidente do trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo 
ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado, 
inclusive veículo de propriedade do empregado; 
d) no percurso da residência para o trabalho, deste para àquela. 
Parágrafo único. Nos períodos destinados a refeições ou descanso, ou por ocasião 
da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante 
este, o empregado será considerado a serviço da empresa. 
Equipara-se ao acidente do trabalho, a doença do trabalho, e ao acidentado o 
trabalhador acometido de doença do trabalho (artigo 5°). 
As doenças degenerativas ou inerentes a grupo etários, não são enquadradas na Lei. 
Quando se trata de acidente é fácil determinar a data do início, o mesmo não 
ocorre com as doenças que evoluem lenta e progressivamente, admitindo-se como 
data do início a da comunicação dela à empresa. O acidente do trabalho, para ser 
bem compreendido e para que as normas que disciplinam a matéria possam ser 
fielmente interpretadas, deve ser situado, antes de tudo na sua verdadeira posição, 
como um evento de grande recuperação social. 
 
 
 
 
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Se não detivermos nossa atenção no reflexo que o acidente do trabalho provoca 
no seio do grupo humano, nós não poderemos perceber suas perspectivas mais 
profundas, não teremos como justificar os novos rumos abertos pelo legislador, não 
saberemos bem aplicar as suas leis, porque desconheceremos o espírito que as 
anima e não conseguiremos enfim, encontrar – na busca incessante de melhores 
normas para maior felicidade do homem – caminhos ainda ignorados. 
Acidente é um vocábulo que indica um acontecimento que determina, 
fortuitamente, danos às pessoas e às coisas. O seguro obrigatório de acidentes do 
trabalho tem em mira apenas o obreiro enfermo, mutilado, marginalizado pelo dano 
que sua atividade laborativa lhe causou. Os prejuízos materiais são cobertos por 
outras apólices de seguradoras particulares. Se não houvesse leis que garantissem 
os acidentados e seus familiares, estariam sujeitos ao desemprego, ao marginalismo 
e à indigência, quando incapacitados. A sociedade deve criar sistemas de segurança 
que garantam os meios de subsistência do indivíduo, quando privado da saúde. 
A segurança social deve garantir a cada indivíduo, o necessário para uma vida 
digna, quando por motivo de força maior deixar de produzir. O número alarmante e 
cada vez maior, de acidentes do trabalho no país, forçou o legislador a estabelecer 
normas disciplinando a matéria, visando também preveni-los. Todo acidente é súbito, 
violento e fortuito, porque ocorre em um pequeno lapso de tempo, produz danos 
físicos e é involuntário. Os prevencionistas conceituam acidente de trabalho como 
toda ocorrência inesperada, não programada que interfere com o andamento normal 
do trabalho e da qual possa resultar lesão ao trabalhador. Esse conceito enfatiza a 
perda de tempo e os prejuízos econômicos advindos do acidente, considerando as 
lesões como um fato ocasional. 
São características patogênicas das doenças profissionais: 
a) os sintomas devem aparecer, idênticos em vários trabalhadores que se dedicam à 
mesma profissão, no mesmo estabelecimento ou, preferentemente, para melhor 
conceituação do caráter profissional da moléstia, em estabelecimentos distintos; 
 
 
 
 
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b) deve ficar claramente evidenciado que a moléstia tem como causa a atividade 
desenvolvida pelo trabalhador na empresa, seja pelas condições de serviço, seja 
pelos métodos empregados; 
c) que a Lei as reconheça como tal. 
 
 
 
 
 
 
 
6. RESPONSABILIDADES DA EMPRESA 
 
Em caso de acidente do trabalho ou de doença do trabalho, a morte ou a perda 
ou redução da capacidade para o trabalho darão direito, independentemente de 
período de carência, às prestações previdenciárias cabíveis, concedidas, mantidas, 
pagas e reajustadas na forma e pelos prazos da legislação de previdência social. A 
pensãoserá devida a contar da data do óbito, e o benefício por incapacidade, do 16° 
dia seguinte ao do acidente, cabendo à empresa pagar o salário integral do dia do 
acidente. A empresa contribuirá com 0,4°/o da folha de salário-de-contribuição dos 
empregados, se os riscos forem leves ou de 0,8% nos demais casos. 
A empresa poderá responsabilizar-se apenas pelo pagamento do salário integral 
do dia do acidente, sendo o benefício por incapacidade devido, nessa hipótese, a 
 
 
 
 
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contar do 1° dia seguinte e a contribuição será de 0,5% ou de 1% da folha de salários-
de-contribuição, conforme a natureza da atividade da empresa. A empresa deverá, 
salvo em caso de impossibilidade absoluta, comunicar o acidente do trabalho à 
Previdência Social dentro de 24 hs, sob pena de uma multa variável de uma a 10 
vezes o maior salário mínimo vigente no País. O custeio das prestações por acidente 
do trabalho é da alçada exclusiva da empresa. Quando as contribuições referidas são 
insuficientes para cobrir as despesas, o INPS é competente para estabelecer uma 
contribuição adicional até no valor de 25% do valor das contribuições já referidas, se 
as condições de risco assim aconselharem. 
A contribuição adicional será fixada: 
a) coletivamente, por classes, conforme a atividade da empresa; 
b) individualmente, por empresa, de acordo com a respectiva experiência ou 
condições de risco. 
A relação das taxas correspondentes às diferentes atividades constituirá a tarifa 
das contribuições, para o custeio do seguro de acidente do trabalho, cuja fixação e 
revisão competem ao serviço atuarial. Será estabelecida e anualmente revista 
mediante proposta do INPS, em relação às diferentes atividades, com base na 
estatística referente ao triênio anterior. A taxa de contribuição da empresa poderá ser 
alterada com base em suas condições de risco, quando estas sofrerem alteração 
apurada em inspeção. 
A nova taxa não poderá majorar nem reduzir a anterior de mais de 20%. A 
inspeção será feita pelo INPS, de ofício ou a requerimento da empresa, e o relatório 
respectivo deverá conter o estudo do risco, aí incluídas as medidas de prevenção de 
acidentes e os dados previstos em laudo padronizado de inspeção do risco. A decisão 
do INPS será comunicada à empresa mediante notificação, sob registro postal, com 
recibo de volta ou quando possível, entregue diretamente, contra recibo. 
 
 
 
 
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26 
As contribuições referentes ao seguro de acidentes do trabalho serão recolhidas 
ao INPS juntamente com as da Previdência Social e nos mesmos prazos. A empresa 
será obrigada a prestar ao INPS as informações e esclarecimentos necessários ao 
desempenho de suas atribuições fiscalizadoras, inclusive permitindo visitas para 
inspeção de riscos. A falta de oportuno recolhimento das contribuições sujeitará o 
responsável aos juros, multas, e correção monetária relativos ao débito. Nessas 
condições, não poderá ser fornecido pela Previdência Social certificado de 
regularidade de situação ou de quitação. Em caso de insolvência da empresa, os 
créditos previdenciários e securitários são privilegiados. 
Nas localidades onde o INPS não dispuser de recursos próprios ou contratados, 
a empresa prestará ao acidentado assistência médica de emergência e, quando 
indispensável, a critério médico, providenciará sua remoção. O INPS reembolsará a 
empresa das despesas dessa assistência até limites compatíveis com os padrões de 
local de atendimento. 
7. BENEFÍCIOS 
Os benefícios do INPS abrangem: 
a) auxílio doença; 
b) aposentadoria por invalidez; 
c) pensão por morte; 
d) auxílio acidente; 
e) pecúlio; 
f) abono especial previdenciário; 
g) assistência médica e 
 
 
 
 
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27 
h) reabilitação profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
São regidos pela Lei n°. 5.326/67 para os empregados urbanos e aos trabalhadores 
avulsos e pelo Decreto-lei n°. 7.036/44, todos os empregados não abrangidos no 
regime geral da Previdência Social. 
a) Auxílio doença: valor igual ao do salário de contribuição devido ao empregado no 
dia do acidente, deduzida a contribuição previdenciária 8%, não podendo ser inferior 
ao seu salário de benefício (média aritmética dos 12 últimos salários de contribuição) 
com a mesma dedução. O pagamento dos dias de benefício, quando a sua duração 
for inferior a um mês, será feito na base de 1/30 de seu valor mensal. Nenhum 
benefício por acidente do trabalho poderá ser inferior ao salário mínimo do local de 
trabalho do acidentado e nem superior a dez vezes este valor. O direito ao auxílio 
doença, à aposentadoria por invalidez ou à pensão, exclui o direito aos mesmos 
benefícios nas condições da Lei Orgânica da Previdência Social. O auxílio doença, à 
aposentadoria por invalidez e à pensão, dará direito também ao abono especial 
previdenciário. 
 
 
 
 
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O auxílio doença será devido ao acidentado que ficar incapacitado para o seu trabalho 
por mais de 15 dias. Será devido a contar do 16°. dia seguinte ao do acidente, 
cabendo à empresa pagar o salário integral do dia do acidente e dos 15 primeiros 
dias seguintes e será mantido enquanto o acidentado continuar incapaz para o seu 
trabalho. Se a empresa se responsabilizou apenas pelo salário integral do dia do 
acidente devido a sua tarifa de contribuição, o auxílio doença, nessa hipótese, será 
devido a contar do primeiro dia seguinte ao do acidente. 
O acidentado em gozo de benefício por incapacidade ficará obrigado, sob pena de 
suspensão do benefício, a submeter-se aos exames, tratamentos e processos de 
reabilitação profissional prescritos e proporcionados pelo INPS. 
b) Aposentadoria por invalidez: valor mensal igual ao do salário de contribuição devido 
ao empregado no dia do acidente, não podendo ser inferior ao seu salário de 
benefício. Será majorado em 25% se, em consequência do acidente, necessitar de 
assistência permanente de outra pessoa. 
Terá direito à aposentadoria por incapacidade todo o acidentado que mediante 
avaliação da sua capacidade, obedecendo os critérios e tabelas estabelecidos pelo 
serviço Atuarial, apresentar uma redução superior a 60%. Caberá à perícia médica 
determinar o grau e a extensão das lesões e a relação técnica de causa e efeito entre 
o acidente e a incapacidade. 
c) Pensão por morte: Será igual ao do salário de contribuição devido ao acidentado 
no dia do acidente. Ela será devida aos dependentes do acidentado, a contar da data 
do óbito. Quando houver mais de um pensionista, a pensão será ratiada entre todos, 
em partes iguais. A cota daquele cujo direito à pensão cessar, reverterá em favor dos 
demais. Quando a morte do acidentado aposentado por invalidez não resultar de 
acidente, o valor da aposentadoria vigente na data do óbito servirá de base para o 
cálculo da pensão. 
 
 
 
 
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d) Auxílio acidente: consistirá em uma renda mensal, reajustável na forma da 
legislação previdenciária e calculada na mesma percentagem da redução de 
capacidade, verificada sobre o valor do salário de contribuição devido ao acidentado 
no dia do acidente, não podendo ser inferior ao seu salário de benefício. Será devido 
ao acidentado que sofrer redução permanente da capacidade para o trabalho em 
percentagem superior a 25°/o e inferior a 60%. 
e) Pecúlio: consistirá em um pagamento único, cujo valor será calculado mediante 
aplicação da percentagem de redução da capacidade ao valor correspondente a 72 
vezes o maior salário mínimo mensal vigente no País na data da autorização do 
pagamento. Será devido: 
1.°) ao acidentado com redução permanente da capacidade para o trabalho em 
percentagem igual ou inferior a 25%; 
2.°) em caso de morte; 
3.°) em caso de invalidez, quando a aposentadoria previdenciária for igual ou superior 
a 90% do salário de contribuição, no dia do acidente, não podendo ser inferior ao seu 
salário debenefício. 
O pecúlio será devido, independentemente dos benefícios por incapacidade ou por 
morte, ao que o acidentado ou seus dependentes tiverem direito. 
f) Abono especial de previdenciário: a importância será paga até o dia 15 de janeiro 
do exercício seguinte ao vencido e corresponde a 1/12 do valor anual da 
aposentadoria ou pensão que o segurado ou seus dependentes tiverem percebido na 
respectiva Instituição. O abono especial será devido aos aposentados e pensionistas, 
bem como aos segurados e aos dependentes que durante o ano tiverem recebido 
auxílio doença por mais de 6 meses. 
 
 
 
 
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g) Assistência médica: prestada pelo INPS inclui a cirúrgica, a hospitalar, a 
farmacêutica e a odontológica, bem como o transporte do acidentado. Será devida, 
em caráter obrigatório, a partir da ocorrência do acidente. 
Quando o acidentado, por motivos médicos, tiver de ser deslocado da localidade onde 
reside, sua remoção e hospedagem, bem como, quando indispensável, as de seu 
acompanhante, médico ou enfermeiro, ficarão a cargo do INPS. Para prestação da 
assistência médica, o INPS poderá contratar serviços de terceiros, inclusive da 
própria empresa segurada, mediante convênio, com desconto, neste caso, em sua 
contribuição referente ao seguro de acidente do trabalho, da percentagem que for 
fixada pelo serviço Atuarial. 
h) Reabilitação profissional: quando a perda ou a redução da capacidade física puder 
ser atenuada pelo uso de aparelho de prótese, este será fornecido pelo INPS, 
independentemente das prestações cabíveis. Custeará ainda a reparação ou a 
substituição do aparelho desgastado pelo uso normal mediante pronunciamento 
prévio da autoridade técnica competente. 
Para controle do custo e apuração dos resultados da assistência médica, reabilitação 
profissional e outros serviços prestados ao acidentado, o INPS manterá estatísticas, 
utilizando nomenclatura e classificação de serviços e de diagnósticos aprovados 
pelos órgãos competentes. A Previdência Social promoverá a especialização de 
técnicos em perícia para avaliação da redução da capacidade para o trabalho e em 
reabilitação profissional de acidentados. Ao acidentado com redução da capacidade 
para o trabalho que tiver condições de vir a exercer atividade remunerada, será 
proporcionado pelo INPS programa de reabilitação profissional. 
Os auxílios materiais, como prótese, órteses, instrumentos de trabalho e 
medicamentos, bem como o custeio do transporte do acidentado, somente serão 
devidos quando prescritos por necessidades do processo de reabilitação. O Decreto 
n° 71.037 de 29 de agosto de 1962, estabeleceu o procedimento administrativo para 
 
 
 
 
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concessão dos benefícios decorrentes de acidente do trabalho, que reza em seu art. 
1°: 
"O acidentado, seus dependentes, a empresa ou qualquer outra pessoa somente 
poderão mover ação contra o INPS, diretamente ou por intermédio de advogado, 
depois de esgotada a via administrativa na Previdência Social". 
Bastam alguns dados estatísticos, fornecidos pelo INPS, exercício de 1971, para 
ilustrar o pesado ônus que os acidentes do trabalho acarretaram à economia 
brasileira. O número de acidentes registrados foi de 1.330.523. Cada um em média 
exigiu 16 dias de tratamento. Houve 157.397.848 horas perdidas. O coeficiente de 
frequência registrou 70,37 acidentes por cada milhão de homens horas trabalhadas. 
Receberam simples assistência médica – 9,66%. 
Tiveram incapacidade temporária – 87,02% e incapacidade permanente – 3,13%. 
Morreram – 0,19%. 
Em média ocorreram 4.405 acidentes por dia útil trabalhado. 
8. PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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32 
 
Os enormes prejuízos causados à Nação pelo elevado número de acidentes, com 
tendência sempre a aumentar, obrigou o INPS a estabelecer programas de prevenção 
de acidentes, proporcionando assistência técnica à empresa, mediante: 
a) programas específicos com vistas à adequada adaptação do empregado à 
atividade por ele exercida e ao ambiente e condições de trabalho; 
b) formação de quadro de especialistas e de pessoal auxiliar; 
c) colaboração na formação e aperfeiçoamento de pessoal da empresa na técnica de 
prevenção; 
d) financiamento para a instalação de equipamento e a adoção de processos ou 
medidas técnicas destinadas à melhor proteção ao empregado; 
e) assessoramento para elaboração e desenvolvimento de programas de prevenção, 
inclusive mediante acompanhamento e orientação das atividades da Comissão 
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA); 
f) utilização de recursos técnicos de terceiros para desenvolvimento de programas de 
prevenção; 
g) estabelecimento de incentivos a programas de prevenção; 
h) cooperação com o Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho 
(DNSHT) e com entidades interessadas, na elaboração de normas técnicas de 
prevenção; 
i) realização de pesquisas e estudos sobre ambientes e condições de trabalho, com 
vistas à diminuição do risco de acidentes. 
 
 
 
 
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33 
O INPS poderá conceder financiamento especial à empresa, para facilitar a 
instalação de equipamento e a adoção de processos destinados a assegurar melhor 
proteção ao empregado. O financiamento obedecerá às normas que forem expedidas 
pelo DNSHT, por proposta do INPS e ouvido o serviço Atuarial. Somente serão 
concedidos para instalações e equipamentos que, a critério do INPS, concorram 
diretamente para a melhoria das condições de risco, não podendo ser financiadas 
despesas que tenham apenas relações remotas com esse objetivo. 
O INPS poderá auxiliar, mediante assistência técnica, entidades de fins não 
lucrativos que desenvolvam atividades de prevenção de acidente e de reabilitação 
profissional, bem como de segurança, higiene e medicina do trabalho. A contribuição 
para a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho 
(Fundacentro) será de 0,5% do produto da contribuição básica da folha de salários de 
contribuição dos empregados da empresa. A empresa, além dos objetivos 
econômicos, deve se preocupar com a segurança e o bem-estar social e moral dos 
seus colaboradores. 
Toda estrutura operacional da empresa, em todos os seus escalões devem estar 
alertas com os riscos de acidentes e doenças, buscando soluções satisfatórias, 
amenizando-os e, sempre que possível, eliminando-os. As normas técnicas da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e das legislações complementares 
aprovadas por decretos, portarias ministeriais e portarias do DNSHT devem ser 
rigorosamente cumpridas. Caso o empresário não tenha condições técnicas de 
organizar, de projetar ou executar os programas, poderá contratar os serviços de 
organizações especializadas na matéria. A Fundacentro presta esses serviços. 
O empresário ao adquirir máquinas, equipamentos, ferramentas, e outros 
instrumentos de trabalho necessários, deverá levar em conta, além do preço, 
qualidade e produtividade, quais os perigos que eles oferecem ao trabalhador exposto 
e se há meios seguros de evitá-los. Os sistemas de proteção coletiva quando 
necessários, devem ser projetados por pessoas técnicas especializadas para que 
 
 
 
 
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sejam adequados às suas finalidades e comprovadamente eficazes. Os 
equipamentos de proteção individual devem obedecer os padrões recomendados 
pelo DNSHT e usados sempre que necessários devido ao risco de acidentes. 
9. CIPA – "COMISSÃO INTERNA DE "PREVENÇÃO DE ACIDENTES" 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por força do que dispõe o Artigo 164 da CLT: "As empresas que, a critério da 
autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, estiverem 
enquadradas em condições estabelecidas nas normas expedidas pelo Departamento 
Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho, deverão manter, obrigatoriamente, 
serviço especializado em segurança e higiene do trabalho e constituircomissões 
internas de prevenção de acidentes (CIPA)". Elas são regulamentadas pela Portaria 
n° 32 de 19/11/1968 do DNSHT, e, de acordo com tal documento legal, devem existir 
em todas as empresas industriais, comerciais e de transportes marítimos, fluviais, 
aéreos e terrestres onde trabalham cem ou mais empregados. Sempre que houver 
um acidente na indústria, o encarregado do setor deverá preencher um relatório 
minucioso da ocorrência. 
 
 
 
 
 
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1. Dados Iniciais 
Identificação, função, local dia e hora do acidente. 
2. Operação 
a) – denominação da operação: 
Deverá ser indicada a operação ou serviço que estava sendo executado pelo 
acidentado, circunstanciando o local de trabalho. Para maior clareza pode se juntar 
um croquis para ilustrar melhor o acidente como ocorreu. 
b) – descrição minuciosa da operação: 
Permitindo compreender o processo de operação, analisando detidamente os riscos 
que ela oferece e principalmente o causador do acidente. 
3. Conceituação do risco 
a) – condições inseguras: 
Levantamento local de todos os agentes que oferecem riscos: instalações, pisos, 
iliminação, poeiras, calor, ordem, limpeza... 
No caso de doenças profissionais os riscos decorrentes de agentes físicos, biológicos 
e químicos merecem especial atenção. 
b) – atos inseguros: 
Análise detalhada do compartamento do acidentado quando houve a ocorrência. 
Dosar qual foi a sua responsabilidade. Registrar se o trabalho realizado naquele 
momento era normal, ocasional ou excepcional. Se o mesmo deixou de usar os meios 
de proteção disponíveis. Se decorreu por ação de terceiro: brigas, brincadeiras etc.. 
 
 
 
 
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4. Descrição minuciosa do risco 
Esmiuçar o risco que deu origem ao acidente investigado, descrevendo-o da forma 
objetiva evitando descrição genérica, para que se compreenda e se conclua da 
verdadeira causa ou concausa do acidente, verificando se a máquina e os 
equipamentos estavam protegidos. E se protegidos, qual o grau de eficiência. Ao 
médico caberá a descrição das lesões, apurando o grau de incapacidade ou doença. 
Com todos esses dados, a CIPA se reuniará e analisará a ocorrência, tirando 
conclusões e propondo recomendações ao empregador, visando eliminar os riscos e 
ordenar sanções aos culpados. 
Na reunião mensal da CIPA todos os casos de acidentes ocorridos e registrados 
deverão ser levantados estatisticamente e relacionados a um milhão de homens 
horas trabalhadas. Dois índices estatísticos, aceitos por convenção internacional, 
permitem por comparação avaliar se os coeficientes estão elevados ou abaixo da 
média, em relação a outras indústrias congêneres: coeficiente de frequências e de 
gravidade. O coeficiente de frequência expressa o número de acidentes com perda 
de tempo por um milhão de homens-horas trabalhadas. O coeficiente de gravidade 
diz do número de dias perdidos e dias debitados por um milhão de homens-horas 
trabalhadas. 
Por definição entende-se por dias perdidos, o número de dias durante os quais o 
acidentado permaneceu afastado do trabalho, excluindo o dia do acidente. Os dias 
debitados são fornecidos por tabelas estabelecidas empiricamente, em convenção 
internacional (DNSHT-32 de 19/11/1968). O trabalho da CIPA é um trabalho de 
equipe, em que os seus membros são os coordenadores e todos os demais 
integrantes da indústria, membros natos, participantes e ativos na prevenção de 
acidentes. Cópias das atas das reuniões deverão ser encaminhadas às Delegacias 
Regionais do Trabalho, nos limites de suas respectivas jurisdições, que fornecerão 
certificados referentes ao cumprimento das obrigações. 
 
 
 
 
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10. CUSTOS DO ACIDENTE 
 
 
 
 
 
 
 
Devem ser avaliados os diretos e os indiretos. Os diretos são estabelecidos por Lei 
nos termos do artigo 12 da Lei n.° 5.316 de 14 de setembro de 1967. Caberá ao INPS 
pagar os benefícios, decorrentes do acidente, nos termos da mesma Lei. Os custos 
indiretos são muitos variáveis, dependendo de inúmeros fatores, sendo os principais: 
a) manutenção de um pronto socorro, equipado com pessoal e material adequado; 
b) perda de tempo com queda de produção na quantidade e, às vezes, na qualidade; 
c) elevação de despesas extraordinárias para compensar os prejuízos acarretados, 
etc. 
Normalmente, o custo dos acidentes indiretos supera de três a quatro vezes os custos 
diretos, embora nem sempre seja isso percebido pelo empregador. No ano de 1971 
o INPS dispendeu a quantia total de Cr$ 679.055.858,00, assim distribuída: 
benefícios, 43,04%; serviços de assistência médica e reabilitação, 19,64%; 
prevenção de acidentes, 0,19%; administração, 2,19%; provisões para benefícios de 
longa duração e acidentes não liquidados, 26,52%. 
A despesa correspondeu a 91,58% da receita que deu o montante de ......... Cr$ 
741.455.558,00. A grandeza destes valores justifica plenamente as medidas legais 
 
 
 
 
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tomadas pelo Governo, procurando tecnicamente disciplinar as empresas, na 
prevenção dos acidentes. 
11. ACIDENTE DE TRABALHO 
 
Classificação dos acidentes de trabalho 
São caracterizados em três tipos os acidentes de trabalho: 
 Acidente típico – decorrente da característica da atividade profissional que o 
indivíduo exerce; 
 Acidente de trajeto – acontece no trajeto entre a residência do trabalhador e o 
local de trabalho, ou vice-versa; 
 Doença profissional ou do trabalho – desencadeada pelo exercício de 
determinada função, característica de um emprego específico. 
De acordo com dados estatais, os acidentes típicos são responsáveis por cerca de 
84% do total de acidentes de trabalho, sendo que os acidentes de trajeto e as doenças 
profissionais ou do trabalho somam as duas juntas 16%. 
Exceções 
O § 1º do art. 20 da lei 8.213/91 traz a relação daquelas que não são consideradas 
doenças do trabalho. A saber: 
 
 
 
 
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a. Doença degenerativa; 
b. Doença inerente ao grupo etário; 
c. Aquela que não produza incapacidade laborativa; 
d. A doença endêmica adquirida por habitante de região em que ela se 
desenvolva. 
Verificação 
A responsabilidade por verificar o acidente de trabalho recai sob o perito, cujo 
trabalho, de modo bastante conciso, é estabelecer uma relação entre o acidente e a 
lesão. É o médico perito quem dá a última palavra sobre o retorno do indivíduo ao 
exercício de sua função ou se este deverá ser afastado permanente ou 
temporariamente do emprego. 
A empresa tem o dever de fazer uma comunicação informando sobre o acidente de 
trabalho no mesmo dia ou até o primeiro dia útil após o fato. No caso de morte a 
comunicação deve ser imediata. Caso essas determinações não sejam observadas, 
a empresa deverá realizar o pagamento de multa. 
Comunicação de Acidentes de Trabalho - CAT 
A comunicação realizada pela empresa é feita mediante a emissão de um documento 
especial chamado de Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT). A CAT é 
fornecida pela unidade de Recursos Humanos ou por sua chefia imediata ao servidor, 
que deve apresentá-la com seus documentos básicos aos órgãos competentes. 
O acidente deve ser comunicado até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, 
em caso de morte, de imediato à autoridade competente. No caso de doença 
profissional, o dia do acidente ou aquele em que for realizado o diagnóstico podem 
ser considerados data de início da incapacidade laborativa. 
https://www.infoescola.com/doencas/doencas-degenerativas/
 
 
 
 
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Auxílio-doença 
É o nome dado ao benefício concedido pelo Ministério da Previdência Social, 
destinado ao indivíduo que esteja incapaz para o trabalho, mesmo que 
temporariamente, por doença, num período de mais de quinze dias consecutivos. A 
incapacidade para o trabalho é atestada por meio de exame realizado pelo INSS. 
Para ter direito ao benefício, é necessária contribuiçãopor, no mínimo, 12 meses para 
a Previdência Social. Se o trabalhador deixa de fazer o pagamento, as contribuições 
anteriores somente são consideradas se ele pagar pelo menos quatro parcelas que, 
somadas ao que foi quitado antes, totalizem no mínimo 12. 
Algumas doenças são excluídas deste prazo de contribuição de 12 meses, devido às 
suas particularidades, como a alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, 
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, entre 
várias outras. 
Pagamento do auxílio-doença 
No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos 
pelo empregador, (com exceção do doméstico). A partir do 16º dia de afastamento do 
trabalho, o auxílio fica a cargo da Previdência Social. 
Para o restante dos segurados, incluindo o doméstico, a previdência paga o auxílio 
desde o início da incapacidade até a recuperação completa. No caso do contribuinte 
individual (empresário, profissional liberal, além de outros profissionais que trabalham 
por conta própria), entre outros (facultativo, especial, individual e avulsos), recebem 
o período integral do afastamento, a partir da data do requerimento. 
Cessação do benefício 
Em termos básicos, o auxílio-doença previdenciário só deixa de ser pago quando o 
segurado recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando se transforma em 
aposentadoria por invalidez. Na verdade, há quatro possibilidades: 
https://www.infoescola.com/doencas/cegueira/
https://www.infoescola.com/doencas/mal-de-parkinson/
 
 
 
 
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a. O segurado recupera a capacidade para realizar o trabalho do qual fora 
desligado. 
b. Quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez. 
c. Por solicitação do segurado, com a concordância da perícia médica do INSS. 
d. Quando o segurado retorna voluntariamente ao trabalho. 
O trabalhador que, ao se filiar à Previdência Social, já tiver doença ou lesão que 
geraria o auxílio, não tem direito a este. Por outro lado, quando houver agravamento 
da enfermidade provocado pelo trabalho, o INSS considera que o trabalhador pode 
receber a ajuda. 
Auxílio-acidente 
O auxílio-acidente é um benefício concedido pelo Ministério da Previdência Social ao 
trabalhador que sofreu um acidente de trabalho e ficou com sequelas que reduzem 
sua capacidade para o trabalho. É concedido aos trabalhadores que estavam 
recebendo o auxílio-doença, mencionado um pouco antes, e que ficam 
impossibilitados de exercer sua função trabalhista por período superior a 15 dias. Os 
primeiros 15 dias de afastamento são remunerados pela empresa e, a partir disso, o 
pagamento é responsabilidade do Ministério da Previdência. 
Tem direito ao benefício o trabalhador empregado que apresenta lesões decorrentes 
de acidente de trabalho, e que o impedem de voltar a trabalhar, sendo incluído neste 
grupo também o trabalhador avulso e o segurado especial, nas mesmas situações. A 
concessão do auxílio-acidente não exige que o trabalhador tenha um período mínimo 
de contribuição. O mesmo deixa de ser pago quando o trabalhador recupera a 
capacidade e retorna ao trabalho, ou então quando solicitar aposentadoria por 
invalidez, fazendo-se a troca de benefícios. 
O empregado doméstico, o contribuinte individual (autônomo) e o contribuinte 
facultativo. Não podem solicitar o auxílio-acidente. A pessoa que trabalhar mesmo 
doente também não possui direito a receber o benefício. 
 
 
 
 
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Pagamento do auxílio-acidente 
O pagamento do auxílio-acidente começa logo após o término do fornecimento do 
auxílio-doença. Seu valor corresponde a 50% do salário utilizado no cálculo do 
auxílio-doença, corrigido até o mês anterior ao do início do pagamento do auxílio-
acidente. O auxílio-acidente tem caráter indenizatório, podendo ser acumulado com 
outros benefícios que não a aposentadoria. Desse modo, quando o trabalhador se 
aposenta, o benefício deixa de ser pago. 
12. ESOCIAL 
 
O Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias 
e Trabalhistas (eSocial) é um novo sistema de prestação de informações ao 
Governo Federal que tem como objetivo de tornar os processos dentro das 
empresas mais transparentes e menos complexos. 
Apesar de ser confundindo com um novo regime tributário, a realidade é que 
trata-se apenas de uma unificação das informações trabalhistas. Ou seja, 
trabalhadores celetistas, estatutários, autônomos, avulsos, cooperados, estagiários e 
sem vínculo empregatício terá suas informações registradas no eSocial, ambiente 
Nacional Virtual. 
Os princípios do e-Social são: 
 Dar maior efetividade à fruição dos direitos fundamentais trabalhistas e 
previdenciários dos trabalhadores; 
 Racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações previstas na legislação 
pátria, relativa a cada matéria; 
 Eliminar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas física e 
jurídica obrigadas; 
 Aprimorar a qualidade das informações referentes a relações de trabalho, 
previdenciárias e fiscais; 
 
 
 
 
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 Conferir tratamento diferenciado a ME/EPP 
 
O eSocial foi criado para transmitir informações agrupadas por meio de 
eventos, que devem ser encaminhados em uma sequência lógica. 
Essa sequência pode ser contemplada como um conceito de “empilhamento”, 
sendo que tais eventos relatam toda a dinâmica das contratações dos trabalhadores, 
desde o seu início até o término. 
Por isso, as informações transmitidas nos eventos iniciais são usadas nos 
eventos seguintes e para alterar um dado de evento antigo, há de se verificar as 
consequências/repercussões nos eventos posteriores. 
 
Quem está obrigado ao eSocial? 
 
Segundo o Manual de Orientação do eSocial, os declarantes (empregador, 
órgão público, órgão gestor de mão de obra) que possuem a obrigatoriedade da 
entrega das informações, são: 
 Todo aquele que contratar prestador de serviço pessoa física e possua alguma 
obrigação trabalhista, previdenciária ou tributária, em função dessa relação 
jurídica de trabalho, inclusive se tiver natureza administrativa, conforme a 
legislação pertinente; 
 O obrigado pode figurar nessa relação como empregador, nos termos definidos 
pelo art. 2º da CLT ou como contribuinte, conforme delineado pela Lei nº 5.172, 
de 1966 (CTN), na qualidade de empresa, inclusive órgão público, ou de 
pessoa física equiparada à empresa, conforme prevê o art. 15 da Lei nº 8.212, 
de 1991; 
 Os contribuintes que comercializam produção rural nas situações descritas no 
Capítulo III do Manual; 
 
 
 
 
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 Também devem enviar informações ao Ambiente Nacional do eSocial os 
contribuintes na situação “Sem Movimento”, detalhada no item 12 do Capítulo 
I do Manual. Excetuam-se dessa obrigação: 
 
a) A pessoa física que, no início da obrigatoriedade do eSocial, encontra-se na 
situação “Sem Movimento”, enquanto essa situação perdurar; 
b) O MEI sem empregado, que não possua obrigação trabalhista, 
previdenciária ou tributária; 
c) Os Fundos de Investimento, os quais não são revestidos de personalidade 
jurídica e, portanto, não podem contratar. As informações devem ser prestadas pela 
instituição financeira administradora do fundo. 
 
“Faseamento” da entrega 
Para garantir a segurança e eficiência da entrada em operação do eSocial, 
definiu-se uma implementação progressiva por grupos para envio das obrigações. 
Este “faseamento” é dividido por grupos de obrigados e, dentro de cada grupo, por 
tipo de evento: 
 na primeira fase, devem ser enviados os eventos de tabela; 
 na segunda, os não periódicos; 
 na terceira, os eventos periódicos; 
 na quarta fase, os eventos de Segurança e Saúde no Trabalho. 
 
Cada período de obrigatoriedade de eventos, dividido por grupo de obrigados, 
é definido em legislação específica. 
Definição dos grupos: 
Grupo 01 - Empresas com faturamento superior

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