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DIREITO CIVIL – AV2 - ASSUNTOS
1) O código civil preleciona no art. 44 que são pessoas jurídicas de direito privado, as associações; as sociedades; as fundações; as organizações religiosas; e os partidos políticos. Nesse sentido, surgiram diversas teorias que tentam explicar o conceito de pessoa jurídica.
a) Quais são as três teorias? Explique as três teorias.
Teoria da Ficção Jurídica
a. Essa teoria afirma que a pessoa jurídica é uma criação artificial do direito. Não tem existência natural, sendo apenas um "instrumento" criado pelo ordenamento jurídico para facilitar relações jurídicas.
b. Ela depende inteiramente do reconhecimento legal para existir.
c. Não possui vontade própria; suas ações e decisões são tomadas pelos seus representantes (como diretores ou administradores).
Teoria da Realidade (Orgânica ou Realista)
d. Defende que a pessoa jurídica possui uma existência real, independente das pessoas físicas que a compõem.
e. Ela é vista como um ente coletivo, com autonomia e vontade própria, distinta das vontades individuais dos seus membros.
f. Essa teoria reconhece a pessoa jurídica como algo mais que uma ficção, considerando-a uma organização legítima dentro do sistema social.
Teoria da Negação
g. Essa teoria nega a existência de uma pessoa jurídica como algo separado ou autônomo.
h. Afirma que ela é apenas uma abstração criada para facilitar a gestão de interesses e relações jurídicas mais complexas.
i. Todo ato atribuído à pessoa jurídica, na verdade, é realizado por pessoas físicas que agem em nome dela.
b) Quais são as cinco pessoas jurídicas de direito privado previstas no código civil?
1 - Associações
· Constituem-se por um grupo de pessoas que se organizam para alcançar objetivos comuns e sem fins lucrativos.
· São voltadas a atividades como cultura, esporte, educação, assistência social, entre outras.
· Exemplos: ONGs, clubes recreativos.
2 - Sociedades
· Formadas por pessoas que se unem para explorar uma atividade econômica, visando ao lucro.
· Os lucros obtidos são distribuídos entre os sócios conforme o contrato social.
· Exemplos: empresas comerciais, indústrias.
3 - Fundações
· Criadas por meio de um patrimônio destinado a uma finalidade específica e de interesse social, como educação, saúde, cultura ou assistência social.
· Não têm fins lucrativos e dependem de autorização do Ministério Público para serem instituídas.
· Exemplos: fundações beneficentes ou de pesquisa.
4 - Organizações Religiosas
· Destinam-se a promover e organizar atividades relacionadas à prática religiosa.
· Possuem autonomia para gerir suas atividades, respeitando as leis civis.
· Exemplos: igrejas, templos, centros religiosos.
5 - Partidos Políticos
· Organizações voltadas para representar ideologias e interesses políticos na sociedade e no sistema eleitoral.
· Têm personalidade jurídica própria e regulamentação específica, conforme a Constituição e leis eleitorais.
· Exemplo: partidos políticos que participam de eleições no Brasil.
2) As pessoas jurídicas existem como grupos constituídos para a realização de determinados fins. A personificação desses grupos é construção da técnica jurídica, admitindo que tenham capacidade jurídica própria. Sabemos que a pessoa natural surge no momento do nascimento com a vida e sua morte real ocorre com a morte cerebral, assim admite-se que a pessoa jurídica também possui um ciclo de existência. 
Com base ao texto responda:
a) Quando nasce a pessoa jurídica?
A pessoa jurídica nasce no momento em que é formalmente constituída, ou seja, quando cumpre todos os requisitos legais necessários para a sua criação. Esses requisitos incluem:
1. Registro no órgão competente: O nascimento ocorre com o registro de seu ato constitutivo (estatuto ou contrato social) no órgão específico:
· Para sociedades empresárias, no Registro Público de Empresas Mercantis (Junta Comercial).
· Para associações, fundações, organizações religiosas e partidos políticos, no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
2. Cumprimento das formalidades legais: A pessoa jurídica deve seguir as regras estabelecidas em lei para sua criação, como:
· Redação e aprovação do contrato social ou estatuto.
· Indicação de finalidade, sede, e, se for o caso, aporte de patrimônio inicial.
A partir do registro, a pessoa jurídica passa a ter capacidade jurídica própria, podendo adquirir direitos e contrair obrigações em nome próprio.
b) Quando uma sociedade é irregular?
Uma sociedade é considerada irregular quando não cumpre as formalidades legais exigidas para sua constituição, especialmente o registro de seu contrato social no órgão competente (como a Junta Comercial).
Características de uma sociedade irregular:
1. Falta de personalidade jurídica: Por não estar registrada, a sociedade não é reconhecida como pessoa jurídica e não pode atuar formalmente no mercado.
2. Responsabilidade dos sócios: Os sócios passam a responder pessoalmente e de forma ilimitada pelas obrigações da sociedade, já que esta não possui autonomia patrimonial.
3. Limitações legais: A sociedade irregular não pode:
· Participar de licitações.
· Contratar formalmente com órgãos públicos.
· Beneficiar-se de certos direitos que exigem registro.
Consequências da irregularidade:
· Apesar de irregular, a sociedade não deixa de existir de fato. Ela pode ser reconhecida como uma sociedade de fato e responder juridicamente por seus atos, mas sem os benefícios e proteções de uma sociedade devidamente registrada.
Exemplo: Uma empresa que inicia atividades econômicas sem registrar o contrato social na Junta Comercial. Neste caso, seus sócios assumem total responsabilidade por eventuais dívidas ou obrigações.
3) A compreensão do conceito de bens jurídicos é fundamental para o domínio do Direito Civil. Os bens jurídicos podem ser definidos como toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo. Uma das formas mais eficientes que compreender a temática dos bens jurídicos é dominar as suas diferentes classificações:
Diante do exposto escolha um dos itens abaixo das classificações e explique a diferença entre eles:
a) Bens imóveis e móveis;
Bens Imóveis
· São os bens que não podem ser transportados sem alterar sua essência, estrutura ou finalidade.
· Geralmente estão fixados ao solo ou fazem parte dele.
· Exemplos: terrenos, edifícios, plantações que ainda estão enraizadas, árvores em pé.
Características principais:
1. Fixação ao solo: Não podem ser deslocados sem destruição ou alteração de suas características.
2. Maior formalidade: Negócios jurídicos envolvendo bens imóveis (como venda ou doação) exigem maior formalidade, como escritura pública e registro no cartório.
Bens Móveis
· São os bens que podem ser transportados de um lugar para outro, sem que isso altere sua substância ou finalidade.
· Incluem objetos tangíveis e bens intangíveis quando representados por um documento (como títulos de crédito).
· Exemplos: carros, joias, eletrodomésticos, animais (bens semoventes).
Características principais:
1. Facilidade de transporte: Podem ser deslocados sem prejuízo às suas propriedades.
2. Menor formalidade: Em geral, a transferência de bens móveis não exige formalidades como escritura pública, salvo algumas exceções.
Diferença principal
· A diferença está na possibilidade de deslocamento sem alterar a essência do bem:
· Bens imóveis são fixos e não podem ser transportados sem destruição.
· Bens móveis são transportáveis sem perda de funcionalidade ou integridade.
Exemplo prático:
· Um apartamento é um bem imóvel porque está permanentemente fixado ao solo.
· Um automóvel é um bem móvel porque pode ser transportado para qualquer lugar sem mudar sua natureza.
b) Bens fungíveis e infungíveis;
Bens Fungíveis
· São aqueles que podem ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade.
· São intercambiáveis porque possuem características padronizadas e não têm individualidade própria.
· Exemplos: dinheiro, grãos de trigo, petróleo, notas promissórias.
Bens Infungíveis
· São aqueles que não podem ser substituídospor outros, pois possuem características únicas ou específicas.
· São insubstituíveis porque têm valor individual ou porque o contrato ou a lei exige sua entrega específica.
· Exemplos: obras de arte, imóveis, itens personalizados, objetos com valor sentimental.
Diferença principal
· A fungibilidade refere-se à capacidade de substituição. Enquanto bens fungíveis podem ser trocados por outros equivalentes sem prejuízo, bens infungíveis não podem, pois sua individualidade ou valor específico é essencial para a relação jurídica.
Exemplo prático:
· Um contrato de empréstimo de dinheiro (bem fungível) permite devolver o mesmo valor, mesmo que sejam notas diferentes.
· Já em um contrato de locação de uma obra de arte específica (bem infungível), não é possível substituir a peça por outra.
c) Bens consumíveis e inconsumíveis;
Bens Consumíveis
· São aqueles que se extinguem com o primeiro uso ou têm sua substância alterada ao serem utilizados.
· O uso implica necessariamente a sua destruição ou transformação.
· Exemplos: alimentos, combustíveis, dinheiro.
Características principais:
1. Natureza de consumo: São criados para serem usados ou consumidos rapidamente.
2. Extinção imediata: Deixam de existir ou mudam de forma ao serem utilizados.
Bens Inconsumíveis
· São aqueles que não se esgotam com o uso normal, permanecendo intactos após sua utilização.
· Podem ser usados repetidamente sem perder sua funcionalidade ou integridade.
· Exemplos: móveis, eletrodomésticos, ferramentas.
Características principais:
1. Durabilidade: Suportam o uso contínuo sem que sua essência seja destruída.
2. Conservação no tempo: Permanecem úteis por longos períodos.
Diferença principal
· A diferença está na possibilidade de uso contínuo sem extinção ou transformação:
- Bens consumíveis: são usados uma única vez e deixam de existir ou mudam de forma (ex.: um litro de leite, gasolina).
- Bens inconsumíveis: podem ser usados várias vezes sem serem destruídos (ex.: uma cadeira, uma máquina).
Exemplo prático:
- Um pacote de arroz é um bem consumível, pois será destruído ao ser utilizado para alimentação.
- Uma panela é um bem inconsumível, pois pode ser utilizada várias vezes sem perder sua essência ou funcionalidade.
d) Bens divisíveis e indivisíveis;
Bens Divisíveis
· São aqueles que podem ser fracionados em partes menores sem que haja alteração em sua essência, valor ou funcionalidade.
· Após a divisão, cada parte continua a ter a mesma natureza do bem original.
· Exemplos: um terreno que pode ser loteado, dinheiro que pode ser dividido em moedas ou cédulas, produtos a granel como grãos de café.
Características principais:
1. Manutenção da essência: Mesmo fracionado, o bem mantém suas características.
2. Divisão prática: Pode ser dividido materialmente ou de forma proporcional para diferentes titulares.
Bens Indivisíveis
· São aqueles que não podem ser fracionados sem que percam sua essência, funcionalidade ou valor econômico.
· A divisão de tais bens resultaria na inutilização ou destruição do bem.
· Exemplos: uma obra de arte, um veículo, um anel de ouro.
Características principais:
1. Impossibilidade de divisão: A tentativa de fracionar o bem compromete sua integridade ou valor.
2. Uso coletivo ou compensação: Em disputas, pode-se determinar uso compartilhado ou compensação financeira.
Diferença principal
· A diferença está na possibilidade de fracionar o bem sem prejuízo de sua natureza:
- Bens divisíveis: podem ser separados em partes menores sem perderem valor ou funcionalidade.
- Bens indivisíveis: não podem ser divididos sem que sua essência seja comprometida.
Exemplo prático:
- Um saco de farinha é um bem divisível, pois pode ser separado em porções menores, mantendo a mesma utilidade.
- Uma joia como um colar é um bem indivisível, porque sua divisão resultaria na perda de sua funcionalidade e valor original.
e) Bens singulares e coletivos;
Bens Singulares
· São os bens considerados individualmente, em sua unidade própria.
· Têm existência independente e não precisam ser associados a outros bens para serem reconhecidos como objetos de direito.
· Exemplos: uma cadeira, um automóvel, uma árvore.
Características principais:
1. Autonomia: Possuem existência individual e autônoma.
2. Unidade física ou conceitual: Podem ser percebidos como algo único.
Bens Coletivos
· São os bens formados por um conjunto de bens singulares, que juntos formam uma unidade reconhecida juridicamente.
· Podem ser:
· Bens universais de fato: Um conjunto material de bens, como uma biblioteca (conjunto de livros) ou um rebanho (conjunto de animais).
· Bens universais de direito: Um conjunto patrimonial organizado juridicamente, como uma herança ou um fundo de investimento.
· Exemplos: rebanho, biblioteca, frota de veículos.
Características principais:
1. Composição de bens singulares: Formam uma unidade a partir de uma coleção de elementos individuais.
2. Unidade funcional ou jurídica: O conjunto é tratado como um todo, mas cada item mantém sua individualidade.
Diferença principal
· A diferença está na unidade ou composição:
· Bens singulares: são independentes e únicos.
· Bens coletivos: são conjuntos de bens singulares que formam uma unidade funcional ou jurídica.
Exemplo prático:
· Uma casa é um bem singular, porque é tratada como um objeto único.
· Um condomínio com várias casas é um bem coletivo, porque é formado por um conjunto de bens singulares que, juntos, formam uma unidade maior.
f) Bens principal e bens acessórios;
Bens Principais
· São os bens que têm existência própria e não dependem de outro bem para sua utilidade ou existência.
· Constituem o objeto principal de um direito, sendo autônomos em sua funcionalidade.
· Exemplos: uma casa, um terreno, um carro.
Características principais:
1. Autonomia: Não dependem de outro bem para existir.
2. Essência: São o objeto central de uma relação jurídica.
Bens Acessórios
· São os bens cuja existência ou funcionalidade está vinculada ao bem principal, servindo para complementá-lo, protegê-lo ou facilitar seu uso.
· Não têm utilidade autônoma, estando subordinados ao bem principal.
· Exemplos:
· Frutos de uma árvore (ex.: frutas).
· Produtos de uma propriedade (ex.: madeira de uma floresta).
· Benfeitorias realizadas em um imóvel.
Características principais:
1. Dependência: Dependem do bem principal para ter valor ou função.
2. Complementaridade: Servem ao bem principal de alguma forma.
Diferença principal
· A diferença está na dependência funcional:
· Bens principais: existem por si mesmos e são autônomos.
· Bens acessórios: dependem do bem principal para terem utilidade ou sentido.
Exemplo prático:
· Um imóvel é um bem principal, pois é autônomo.
· Os móveis embutidos desse imóvel são bens acessórios, pois complementam o bem principal e estão subordinados a ele.
4) Todo acontecimento, natural ou humano, que determine a ocorrência de efeitos constitutivos, modificados ou extintivos de direitos e obrigações, na orbita do direito, denomina-se fato jurídico. Assim, fato jurídico, em sentido amplo, seria todo acontecimento natural ou humano capaz de criar, modificar, conservar ou extinguir relações jurídicas.
Explique o que é fato jurídico em sentido estrito e ato jurídico em sentido amplo.
Fato Jurídico em Sentido Estrito
O fato jurídico em sentido estrito é um acontecimento natural, ou seja, independe da vontade humana, mas que gera consequências jurídicas. Esses fatos ocorrem sem interferência do ser humano e, ainda assim, criam, modificam ou extinguem direitos e obrigações no âmbito jurídico.
Exemplos de fato jurídico em sentido estrito:
1. Nascimento: Dá início à personalidade jurídica da pessoa natural.
2. Morte: Extingue a personalidade jurídica e inicia a transmissão de bens aos herdeiros.
3. Decurso do tempo: Pode gerar a prescrição ou decadência de direitos.
4. Fenômenos naturais: Uma enchente ou terremoto que cause destruição e acione obrigações contratuais, como o pagamento de seguro.
Ato Jurídico em Sentido Amplo
O ato jurídico em sentido amplo é uma manifestação da vontade humanaque produz efeitos jurídicos. Esses atos podem criar, modificar, conservar ou extinguir direitos e obrigações, desde que realizados conforme as normas legais.
Classificação do ato jurídico em sentido amplo:
1. Ato jurídico em sentido estrito:
· Quando a manifestação de vontade se limita a produzir efeitos previstos em lei, sem que o agente tenha controle total sobre os resultados.
Exemplo: Reconhecimento de um filho ou aceitação de uma herança.
2. Negócio jurídico:
· Quando a manifestação de vontade visa produzir efeitos desejados pela própria pessoa, com liberdade para fixar os termos do ato.
Exemplo: Contratos, testamentos, doações.
Diferença entre os dois conceitos
· Fato jurídico em sentido estrito: É um evento natural, alheio à vontade humana, que gera efeitos no direito (ex.: morte, decurso do tempo).
· Ato jurídico em sentido amplo: Depende da vontade humana para existir e produzir efeitos jurídicos (ex.: assinatura de um contrato, declaração de aceitação de herança).
5) Negócio jurídico é todo fato jurídico que consiste em uma declaração de vontade á qual o ordenamento jurídico atribuirá os efeitos designados como desejados, desde que sejam respeitados os pressupostos de existência, os requisitos de validade e os fatores de eficácia.
Explique os três planos: Existência, Validade e Eficácia.
Os Três Planos do Negócio Jurídico: Existência, Validade e Eficácia
1. Plano da Existência
· Refere-se aos elementos mínimos que devem estar presentes para que o negócio jurídico exista no mundo jurídico.
· É o ponto de partida, sem o qual o ato não pode sequer ser considerado um negócio jurídico.
· Elementos essenciais para a existência:
· Manifestação de vontade: Deve haver, ao menos, uma declaração ou comportamento que indique intenção.
· Objeto: Deve haver algo que seja o objetivo do negócio (ex.: um bem ou serviço).
· Sujeitos: Pelo menos duas partes envolvidas (salvo nos casos de declaração unilateral, como testamentos).
· Exemplo de inexistência: Um contrato de venda de um imóvel assinado por um robô sem intervenção humana seria inexistente, pois falta manifestação de vontade válida.
2. Plano da Validade
· Refere-se aos requisitos legais que o negócio jurídico deve cumprir para ser considerado válido.
· Se algum desses requisitos faltar ou estiver em desconformidade, o negócio será considerado nulo ou anulável.
· Requisitos de validade:
1. Agente capaz: As partes devem ter capacidade jurídica para realizar o ato (ex.: não podem ser menores de idade sem assistência).
2. Objeto lícito, possível, determinado ou determinável: O objeto do negócio deve ser permitido por lei, realizável e especificado.
3. Forma prescrita ou não proibida em lei: Alguns negócios exigem forma específica para sua validade (ex.: compra de imóveis exige escritura pública).
4. Ausência de vícios de vontade: A vontade deve ser livre de erro, dolo, coação ou simulação.
· Exemplo de invalidade: Um contrato de venda de drogas ilícitas é inválido, pois o objeto é ilícito.
3. Plano da Eficácia
· Trata da capacidade do negócio jurídico de produzir efeitos no mundo prático e jurídico.
· Mesmo que o negócio exista e seja válido, sua eficácia pode depender de certos fatores, como:
1. Condição: Um evento futuro e incerto que suspende ou extingue os efeitos (ex.: a venda de um bem que depende da aprovação de financiamento).
2. Termo: Um prazo que define quando os efeitos começam ou terminam (ex.: contrato com início em determinada data).
3. Encargo ou modo: Uma obrigação adicional para que o negócio produza efeitos (ex.: doação com obrigação de uso específico).
· Exemplo de ineficácia: Um contrato de compra e venda registrado e válido, mas que só produzirá efeitos após o pagamento completo.
Resumo: Relação entre os Planos
1. Existência: O negócio jurídico precisa existir no mundo jurídico (mínimos essenciais).
2. Validade: O negócio deve atender aos requisitos legais para ser considerado válido.
3. Eficácia: O negócio precisa atender às condições necessárias para produzir seus efeitos práticos.
Esses três planos atuam de forma complementar e são indispensáveis para a análise completa de qualquer negócio jurídico.

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