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SISTEMÁTICA VEGETAL 
 
 
2 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 
2. SISTEMÁTICA E TAXONOMIA - UM BREVE HISTÓRICO ................................. 8 
2.1. O PAPEL DA SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA .............................................. 12 
2.1.1. A IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL DE TRABALHOS TAXONÔMICOS .. 15 
3. TIPOS DE TRABALHOS TAXONÔMICOS ......................................................... 17 
3.1. TAXONOMIA NA ATUALIDADE ...................................................................... 20 
3.1.1. O RENASCIMENTO DA TAXONOMIA NO SÉCULO XXI ........................... 23 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.slideshare.net%2Fjoseannypereira%2Fintroduo-a-
sistemtica-vegetal&psig=AOvVaw2We_3NYy63rMPqmk--
UrxP&ust=1614020881044000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiJ6Lu71vvuAhWbMLkGHbKxAOcQr4kDegUIARCyAQ 
1. INTRODUÇÃO 
 
Considerada a ciência da diversidade dos organismos, a Sistemática abrange a 
descoberta e a interpretação da diversidade biológica, assim como a síntese destas 
infomações sob a forma de sistemas de classificação preditivos. O propósito 
fundamental desta ciência é desvendar os ramos da árvore da vida, documentando e 
relatando as modificações que ocorreram durante a evolução dos organismos, além 
de buscar identificar os processos responsáveis por esta diversidade. 
A Sistemática consiste de quatro elementos básicos: Descrição, Identificação, 
Nomenclatura e Classificação. A escola mais aceita da sistemática atualmente é 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.slideshare.net%2Fjoseannypereira%2Fintroduo-a-sistemtica-vegetal&psig=AOvVaw2We_3NYy63rMPqmk--UrxP&ust=1614020881044000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiJ6Lu71vvuAhWbMLkGHbKxAOcQr4kDegUIARCyAQ
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baseada no critério de que as classificações devem refletir a história evolutiva dos 
organismos, adicionando a reconstrução filogenética como um de seus elementos. 
A descrição é produzida em forma escrita pela listagem detalhada de todos os 
atributos estruturais do organismo, sendo, no caso das plantas, iniciada pelos órgãos 
vegetativos: raiz, caule e folhas; seguidos pelos reprodutivos: flores, frutos e 
sementes. 
A identificação é o processo de determinação de um nome a um espécime, um 
indivíduo inteiro ou suas partes. Este nome está associado a um material testemunho, 
o tipo nomenclatural, que é designado quando se elabora a descrição da espécie. 
O método mais usual para a identificação de um organismo é a utilização de chaves 
de identificação, sendo as dicotômicas as mais utilizadas, possibilitando a 
identificação do material por meio de características morfológicas objetivas e 
excludentes entre si. 
Abaixo segue um exemplo simples de chave de identificação: 
Chave de identificação para alguns super-heróis: 
1.Super-herói homem 
 2. Usa capa vermelha, tem super-poderes, é vulnerável à kryptonita, seu 
símbolo é um “S” de coloração vermelha. 
..................................................................................................... Super Homem 
2*. Usa capa preta, não possui super-poderes, não é vulnerável à kryptonita, 
seu símbolo é representado por um morcego de coloração preta 
.................................................................. Batman. 
1*. Super-herói mulher 
3. Usa uma tiara com estrela, cabelo de coloração preta, luta com um laço da 
verdade, não pode voar, por isso usa um jato invisível 
....................................................................... Mulher Maravilha 
3*. Não usa tiara, possui cabelo branco, luta controlando o clima e pode voar 
................ Tempestade. 
 A identificação pode também ser realizada por comparação, através de descrições 
das espécies candidatas ou por comparação com espécimes já identificados, vivos ou 
 
 
6 
fixados, depositados em coleções biológicas. Apesar de ser um método eficiente 
deve-se levar em consideração a confiabilidade da identificação dos espécimes da 
coleção para que não ocorra a duplicação de uma identificação errônea. 
Por isso é importante a utilização de materiais identificados por pessoas 
(consideradas especialistas) que tenham um profundo conhecimento do grupo em 
questão. 
 A nomenclatura é fundamental para que o nome aplicado ao organismo descrito seja 
único e universal. Para isso a nomenclatura vegetal é regida pelo Código Internacional 
de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas, cujas regras visam à indexação de 
todo o conhecimento disponível acerca do organismo nomeado. O código pode ser 
alterado apenas durante o Congresso Internacional de Botânica que ocorre a cada 
seis anos. Dessa forma, a nomenclatura é atualmente regida pelo Código de 
Melbourne (2011) e no próximo congresso, que ocorrerá em 2017 na cidade de 
Shenzhen na China, será produzido o futuro Código de Shenzhen. 
A classificação consiste na ordenação das plantas em níveis hierárquicos de acordo 
com suas características (atualmente, de acordo com as relações filogenéticas). 
Assim, um nível hierárquico mais inclusivo (mais abrangente) incluirá níveis menos 
inclusivos (menos abrangentes) e suas respectivas características. As categorias são 
atualmente estabelecidas de acordo com linhagens monofiléticas sendo o Reino a 
mais inclusiva e a de Espécie a menos inclusiva (Figura 1) 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. SISTEMÁTICA E TAXONOMIA - UM BREVE HISTÓRICO 
 
 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3D16tPEguFLBM&psig=AOvV
aw3nGbrRxGkU_GlDWwRr4Nz&ust=1614021090042000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwirg5Cf1_vuAhUeLrkGHU2v
AecQr4kDegUIARDLAQ 
A Sistemática usualmente segue atrelada à Taxonomia, e, algumas vezes, divide 
opiniões quanto às suas diferenças conceituais. Para alguns autores, a Taxonomia é 
caracterizada por ser uma área mais empírica e descritiva, que nomeia e classifica os 
organismos de forma subjetiva. Outrosressaltam certas diferenças entre elas, mas 
frisam sua complementariedade, como o paleontólogo George Gaylord Simpson, que 
define Sistemática como o estudo científico dos tipos de diversidade e organismos, 
bem como todas as relações entre eles, e a Taxonomia como o estudo teórico da 
classificação, incluindo suas bases, princípios, procedimentos e regras. De modo 
geral, considera se a Taxonomia como parte importante da Sistemática, cujas 
análises subsidiam estudos mais aprofundados na classificação e compreensão da 
biodiversidade. 
 A história da Sistemática Vegetal tem início na Antiguidade (Figura 2), quando 
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C) tentou fazer o primeiro sistema de classificação dos 
vegetais, separando as plantas pela presença ou ausência da estrutura floral. Esse 
sistema foi utilizado durante a maior parte da idade média e pode ser considerado o 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3D16tPEguFLBM&psig=AOvVaw3nGbrRxGkU_GlDWwRr4Nz&ust=1614021090042000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwirg5Cf1_vuAhUeLrkGHU2vAecQr4kDegUIARDLAQ
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3D16tPEguFLBM&psig=AOvVaw3nGbrRxGkU_GlDWwRr4Nz&ust=1614021090042000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwirg5Cf1_vuAhUeLrkGHU2vAecQr4kDegUIARDLAQ
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3D16tPEguFLBM&psig=AOvVaw3nGbrRxGkU_GlDWwRr4Nz&ust=1614021090042000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwirg5Cf1_vuAhUeLrkGHU2vAecQr4kDegUIARDLAQ
 
 
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início da classificação dos vegetais. Desde Aristóteles até o presente momento 
podemos dividir a História da Sistemática vegetal em 6 fases. 
 
 
 
 
 
 
 
 1º 
Fase. Classificações Antigas: Ainda, concomitante no século III a.C., temos as 
contribuições expressivas do filósofo grego Theophrastus (c. 371-286 a.C.), sucessor 
de Aristóteles, que utilizava um método de classificação em divisões sem muita 
complexidade. Theophrastus estabeleceu a primeira classificação artificial dos 
vegetais, em árvores, arbustos, sub-arbustos e ervas. Durante essa fase da 
sistemática, outro personagem que se destaca na história é o médico do exército 
romano Pedanius Dioscorides, considerado fundador da farmacognosia, por meio da 
sua obra De materia medica, Ele apresentou interesse nas propriedades medicinais 
das plantas e em sua obra ele descreve cerca de 600 plantas. 
 2° Fase. Herbalista: Durante a idade média foram os médicos que deram uma ampla 
contribuição aos estudos dos vegetais, como Andrea Cesalpino (1519-1603). Nesse 
momento da história, surgem ilustrações e descrições que facilitam as identificações 
das plantas, essas informações eram feitas apontando as propriedades medicinais 
que elas possuíam. 
3º Fase. Sistemas artificiais. Momento em que surgem os primeiros taxonomistas, 
nesse período a classificação busca agrupar as plantas por “afinidades naturais”, sem 
a preocupação de reuni-las por relação de parentesco. As plantas eram classificadas 
com base em poucos caracteres, avaliando a ausência ou presença de determinadas 
características morfológicas e considerando sua similaridade. Durante essa fase da 
 
 
10 
história surgem grandes taxonomistas, um dos mais citados desse período foi de Carl 
Linnaeus (1707-1778), que escreveu Species Plantarum, baseando sua análise em 
um sistema de classificação denominado “sexual”, uma vez que buscava similaridades 
estruturais reprodutivas. Assim como o trabalho de todos os naturalistas da época, os 
sistemas de classificação buscavam refletir a Ordem Divina da Criação. 
4º Fase. Sistemas Naturais: Tempo de oposição às doutrinas religiosas, ocorre no 
final do século XVIII. As plantas ainda eram classificadas de forma comparativa, porém 
os naturalistas levavam em conta um maior número de informações, essencialmente 
do conhecimento acumulado sobre morfologia vegetal. 
 
5º Fase. Sistemas Evolutivos (Sistemática Evolutiva): Com o advento do 
evolucionismo no século XIX, a publicação de Origem das Espécies de Darwin 
direciona a sistemática para a compreensão das relações entre os grupos, 
modificando o cenário das classificações hierárquicas e passando a buscar as 
relações evolutivas dos organismos. Nessa fase surge a escola Gradista, que apesar 
 
 
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de ser baseada em conceitos evolutivos, não apresenta uma base metodológica com 
inferência empírica. 
 A teoria da sistemática passou novamente por modificações a partir de 1950, quando 
o entomólogo alemão Willi Hennig (1913-1976) propõe que a classificação dos 
organismos deveria refletir seu parentesco filogenético e que somente novidades 
evolutivas compartilhadas por estes organismos (sinapomorfias) permitiriam inferir 
essas relações; é fundada a escola Cladística ou Filogenética, que buscava traçar a 
história evolutiva de ancestralidade dos organismos mediante um diagrama hipotético: 
o Cladograma. Para essa reconstrução, somente grupos de organismos que 
compartilham uma série de características únicas (apomorfias) com o mesmo 
ancestral (grupos monofiléticos) podem ser utilizados na classificação. 
6º Fase. Sistemas Filogenéticos na atualidade: Os estudos taxonômicos da 
atualidade utilizam inúmeras ferramentas, incluindo a incorporação da biologia 
molecular e métodos que visam compilar os estudos da filogenia dos diversos grupos. 
O sistema de classificação atual mais utilizado hoje é o APG III (Angiosperm 
Phylogeny Group, 2009), sendo que acaba de ser publicado o APG IV (2016) que o 
substituirá. Esse sistema da classificação, proposto por Walter S. Judd e 
colaboradores na década de 90, reformulou os sistemas de classificação das 
angiospermas, considerando apenas grupos que compartilham o mesmo ancestral. 
O sistema do APG é amplamente aceito pelos sistemas atuais e isso ocorre 
principalmente porque a sistemática filogenética representa um importante avanço 
conceitual nos métodos utilizados para classificar os organismos. Fundada em um 
arcabouço teórico objetivo, que busca a opção mais válida das evidências disponíveis 
em uma análise, sujeitando-as a testes e confrontos com evidências adicionais, a 
sistemática filogenética possibilita um sistema de referência muito mais estável e 
preditivo. 
 
 
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2.1. O PAPEL DA SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA 
 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.estudopratico.com.br%2Fcladistica-o-que-e-criacao-e-
principios-fundamentais%2F&psig=AOvVaw2-
J0VT5iMlac3XM5Z5m88z&ust=1614021639809000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwjIm6Ol2fvuAhXVBbkGHWeYAKs
Qr4kDegUIARCDAQ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criada por Hennig em 1955 a nova escola de sistemática filogenética ou cladística 
tornou-se o paradigma contemporâneo no campo da sistemática e taxonomia. Sua 
importância deve-se principalmente por proporcionar o entendimento da diversidade 
à luz da evolução e permitir a reconstrução de cenários histórico-evolutivos mais 
amplos e complexos. Trata-se de uma ferramenta que possibilita a interação de 
Na Biologia são criados vários métodos para aperfeiçoar e facilitar os estudos 
e classificações das espécies. Entre essas criações temos a cladística, que 
também é conhecida como sistemática filogenética. Você conhecerá agora 
um pouco mais sobre ela e verá como ela tem sido importante para a 
Biologia. A cladística, que também é conhecida como sistemática 
filogenética, é um método de análise das relações evolutivas entre os grupos 
de seres vivos, visando esclarecer sua genealogia. 
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.estudopratico.com.br%2Fcladistica-o-que-e-criacao-e-principios-fundamentais%2F&psig=AOvVaw2-J0VT5iMlac3XM5Z5m88z&ust=1614021639809000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwjIm6Ol2fvuAhXVBbkGHWeYAKsQr4kDegUIARCDAQ
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.estudopratico.com.br%2Fcladistica-o-que-e-criacao-e-principios-fundamentais%2F&psig=AOvVaw2-J0VT5iMlac3XM5Z5m88z&ust=1614021639809000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwjIm6Ol2fvuAhXVBbkGHWeYAKsQr4kDegUIARCDAQhttps://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.estudopratico.com.br%2Fcladistica-o-que-e-criacao-e-principios-fundamentais%2F&psig=AOvVaw2-J0VT5iMlac3XM5Z5m88z&ust=1614021639809000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwjIm6Ol2fvuAhXVBbkGHWeYAKsQr4kDegUIARCDAQ
https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.estudopratico.com.br%2Fcladistica-o-que-e-criacao-e-principios-fundamentais%2F&psig=AOvVaw2-J0VT5iMlac3XM5Z5m88z&ust=1614021639809000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwjIm6Ol2fvuAhXVBbkGHWeYAKsQr4kDegUIARCDAQ
 
 
13 
diversas áreas das ciências biológicas, proporcionando estudos mais completos de 
biologia comparada e melhor sistematização da diversidade biológica. Por isso, tem 
servido de base para diversos trabalhos com seres vivos, principalmente nos últimos 
20-30 anos. 
Desse modo, a sistemática filogenética não se limita às classificações, mas também 
oferece um arcabouço para outros aprofundamentos a respeito dos padrões de 
relacionamento encontrados e as possíveis explicações para esses padrões (ou seja, 
processos evolutivos como seleção natural e migração). Dado isso, ela permite 
examinar ou testar hipóteses sobre o modo como os organismos ou caracteres 
específicos surgiram ou mudaram ao longo do tempo, além de elucidar novas teorias 
sobre os mecanismos da evolução e biogeografia. Por exemplo, a análise filogenética 
pode ser usada para avaliar mudanças passadas na distribuição biogeográfica de 
plantas neotropicais e para testar hipóteses sobre o soerguimento dos Andes. 
 O contínuo avanço nos fundamentos teóricos e melhorias computacionais 
impulsionaram o campo da sistemática filogenética. Tal progresso possibilita o 
emprego de metodologias capazes de formular hipóteses testáveis de parentesco, 
bem como a concepção de métodos para avaliar a força dessas hipóteses, o 
desenvolvimento de novas fontes de informação e a percepção do poder dos padrões 
resultantes quando aplicado às perguntas que tratam da evolução dos organismos. 
As reconstruções filogenéticas tradicionalmente derivadas de dados morfológicos e 
anatômicos são agora integradas com múltiplas fontes de evidências cada vez mais 
robustas e precisas, tais como a citologia, ontogenia, embriologia, ecologia, química 
e, principalmente, genética. 
 Por isso, a “taxonomia integrativa” tenta fazer uso de muitas fontes diferentes de 
dados para delimitar as espécies de maneira mais estável e concisa. O advento de 
novas técnicas moleculares permitiu obter vasto conjunto de dados 
macromoleculares, por exemplo, DNA genômico, de maneira cada vez mais rápida e 
barata. Deste modo, o aperfeiçoamento e desenvolvimento de técnicas de extração, 
sequenciamento de genes, alinhamentos de sequências e programas computacionais 
rápidos e eficientes são relevantes recursos para sistemática. 
Em virtude da disponibilidade de métodos moleculares houve um aumento 
significativo de filogenias baseadas em sequências genéticas. Tal fato tem gerado 
 
 
14 
grande dinamismo e instabilidade na taxonomia e classificação botânica de famílias, 
ordens e hierarquias superiores (ver APG I, 1998; APG II, 2003; APG III, 2009; APG 
IV, 2016). Porém, ao mesmo tempo, diversos estudos corroboram as relações entre 
alguns táxons anteriormente sugeridos por estudos de morfologia comparativa. 
Portanto, estamos progressivamente mais próximos de um sistema de classificação 
filogenético consistente que seja capaz de retratar os diversos grupos de plantas. 
Embora as unidades operacionais (OTUs) das filogenias sejam representadas por 
táxons de um determinado nível taxonômico (ordem, famílias, gêneros, etc.), em 
última instância é preciso nomear as entidades biológicas que pertencem a uma 
categoria. 
Assim, ao longo do trabalho, é imprescindível que em algum momento sejam 
nomeadas as unidades básicas da biodiversidade, ou seja, as espécies. Por exemplo, 
uma filogenia onde reconhecemos relações entre táxons A, B, C, e D – tem pouco (ou 
nenhum) significado, se não soubermos nada sobre A, B, C e D. É essencial que 
possamos nomeá-los e caracterizálos. Disso resulta que nomearmos e 
reconhecermos as espécies é essencial para qualquer tipo de trabalho, incluindo 
reconstrução de filogenias. Daí surge a importância fundamental das atividades 
taxonômicas básicas como trabalhos de campo, estudos florísticos, descrições de 
espécies e revisões taxonômicas. 
É importante salientar que o aprimoramento da sistemática filogenética depende de 
identificações corretas e a base científica estabelecida pelos passos iniciais da 
Sistemática e Taxonomia se mantém como extremamente importantes para que a 
classificação dos seres vivos mantenha esta eficiência. Com a disponibilização de 
diferentes ferramentas na biologia molecular, os trabalhos de base como floras, 
flórulas, estudos morfológicos e estruturais, descrições e monografias têm recebido 
menos atenção por grande parte dos sistematas, e filogenias inteiras baseadas em 
dados moleculares têm ganhado grande destaque e atraído mais as agências 
financiadoras de pesquisas (FAPESP, CAPES, CNPq). 
Análises completas e que melhor reflitam a realidade devem contar com um número 
grande de dados variáveis, que vão desde a identificação e descrições corretas dos 
organismos à disponibilidade de dados morfológicos, anatômicos, palinológicos, entre 
tantos outros. Autores como Quentin D. Wheeler tem chamado a atenção à 
 
 
15 
importância da renovação da Sistemática Vegetal, apontando que a atualização desta 
ciência é extremamente necessária, bem como a utilização de dados de base 
combinadas aos dados e análises modernas. 
Assim, a nova geração de taxonomistas deve ser composta de cientistas de campo e 
laboratório capazes de integrar taxonomia clássica como eixo da sistemática e as 
diferentes ferramentas disponíveis. Dado a enorme bagagem necessária para 
desenvolver estudos desse porte, torna-se cada vez mais relevante o estabelecimento 
de parcerias entre pesquisadores de diferentes áreas. 
2.1.1. A IMPORTÂNCIA FUNDAMENTAL DE TRABALHOS TAXONÔMICOS 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fbiologo.com.br%2Fbio%2Ftaxonomia%2F&psig=AOvVaw3jvBoZ
i3moajhUJf5UFvtV&ust=1614021911904000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiRyYKn2vvuAhWDA7kGHSg3DpwQr4k
DegQIARBy 
 
 
 
 
 
Taxonomiaé a disciplina acadêmica que define os grupos de 
organismos biológicos com base em características comuns. 
A palavra vem do grego antigo τάξις táxis, arranjo e nomia 
νομία, método. Os grupos criados por este processo são referidos 
como taxa (singular táxon). 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fbiologo.com.br%2Fbio%2Ftaxonomia%2F&psig=AOvVaw3jvBoZi3moajhUJf5UFvtV&ust=1614021911904000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiRyYKn2vvuAhWDA7kGHSg3DpwQr4kDegQIARBy
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fbiologo.com.br%2Fbio%2Ftaxonomia%2F&psig=AOvVaw3jvBoZi3moajhUJf5UFvtV&ust=1614021911904000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiRyYKn2vvuAhWDA7kGHSg3DpwQr4kDegQIARBy
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fbiologo.com.br%2Fbio%2Ftaxonomia%2F&psig=AOvVaw3jvBoZi3moajhUJf5UFvtV&ust=1614021911904000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiRyYKn2vvuAhWDA7kGHSg3DpwQr4kDegQIARBy
 
 
16 
Como exposto anteriormente, a busca por classificações mais robustas, requer que 
estudos taxonômicos clássicos e obtenção de filogenias sejam esforços cada vez mais 
interdependentes. Neste contexto, os trabalhos taxonômicos clássicos ganham 
importância cada vez maior também em outros âmbitos do conhecimento sobre a 
biodiversidade. 
A identificação de espécies e sua descrição geram informações iniciais essenciais 
sobre os organismos, que em interação com outros conhecimentos (evolutivos, 
biogeográficos, classificativos), geram informações sobre o status de conservação das 
espécies. Todas essas diversas informações permitem, por exemplo, elaborar e 
implementar planos de manejo mais adequadosa cada ambiente. 
Assim, apesar da crescente e inegável importância dos métodos filogenéticos, 
computacionais e a multidisciplinaridade da sistemática atual, em última instância, é 
apenas depois de descrita que uma espécie nova fica disponível ao conhecimento do 
homem. Sendo assim, essa primeira etapa é crucial para que todo o restante possa 
ser desenvolvido. 
 Novas espécies são ainda descritas regularmente e estudos indicam que o número 
de publicações contendo espécies novas aumentou desde meados da década de 
1980. Além disso, sabe-se que muitas espécies ainda se encontram em herbários e/ou 
na natureza desconhecidas do homem. Ainda não se sabe ao certo quantas espécies 
de plantas existem no planeta (há diversas hipóteses, com números bastante 
variáveis), mas estima-se que sejam ainda desconhecidos ca. 10- 20 por cento da 
flora. Esse cenário, associado ao contexto atual de grandes/rápidas mudanças 
globais, ressalta ainda mais a importância de trabalhos taxonômicos como descrições 
e inventários florísticos. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
3. TIPOS DE TRABALHOS TAXONÔMICOS 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Ffieldguides.fieldmuseum.org%2Fpt-
br%2Fguias&psig=AOvVaw3wdu5rRCKmLgG1m07qWX3H&ust=1614022921313000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKE
wjy96uI3vvuAhU5NbkGHZp4AG4Qr4kDegQIARAx 
 
Existem diferentes tipos de trabalhos taxonômicos. Em muitos casos, publicações 
como descrições de espécies podem ser realizadas sozinhas ou estar atreladas a 
trabalhos taxonômicos maiores, como inventários florísticos e outros. Dentre esses 
trabalhos taxonômicos mais abrangentes, ressaltamos: monografias, floras, guias de 
campo (field-guides) e listas de espécies (checklists). 
As floras são trabalhos que descrevem as espécies de um grupo taxonômico de uma 
região específica, com chaves de identificação, ilustrações científicas das espécies 
e/ou características diagnósticas (eg. Leguminosae – Flora do Brasil). Nesse tipo de 
trabalho, as descrições e discussões costumam ser mais restritas, relativas às 
populações do local estudado. 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Ffieldguides.fieldmuseum.org%2Fpt-br%2Fguias&psig=AOvVaw3wdu5rRCKmLgG1m07qWX3H&ust=1614022921313000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwjy96uI3vvuAhU5NbkGHZp4AG4Qr4kDegQIARAx
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Ffieldguides.fieldmuseum.org%2Fpt-br%2Fguias&psig=AOvVaw3wdu5rRCKmLgG1m07qWX3H&ust=1614022921313000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwjy96uI3vvuAhU5NbkGHZp4AG4Qr4kDegQIARAx
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Ffieldguides.fieldmuseum.org%2Fpt-br%2Fguias&psig=AOvVaw3wdu5rRCKmLgG1m07qWX3H&ust=1614022921313000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwjy96uI3vvuAhU5NbkGHZp4AG4Qr4kDegQIARAx
 
 
18 
Já as listas de espécies são trabalhos mais simples, pois apenas apresentam uma 
listagem das espécies identificadas sem sua descrição. Em geral são listas de plantas 
vasculares, comuns em artigos e em relatórios ambientais. Atualmente as floras e 
outros trabalhos taxonômicos são mais relevantes do que o foram no passado. Isso 
ocorre principalmente porque a legislação referente à conservação ocorre em escala 
nacional e as floras são a base para a compreensão da diversidade de uma dada área. 
 Monografias são parecidas com as floras, pois também descrevem espécies, mas 
são feitos de forma mais completa, incluindo o máximo de informação disponível, 
como por exemplo, sobre a biologia, ecologia e distribuição geral do grupo em 
questão. Além disso, as monografias diferem também por apresentarem resultados 
mais abrangentes relacionados à pesquisa do autor, como novidades taxonômicas 
(novidades nomenclaturais, espécies novas, etc.). São em geral, trabalhos bastante 
volumosos e que demandam bastante tempo e esforço para serem completados. 
Uma sinopse é um trabalho taxonômico mais conciso, onde são apresentas de forma 
resumida conhecimentos sobre os grupos em questão (morfologia, ecologia, 
classificação). São trabalhos focados na identificação de espécies e geralmente 
incluem uma chave de identificação e ilustrações. Apesar de cada trabalho 
taxonômico ter um foco diferente, todos utilizam uma mesma ferramenta fundamental: 
o conceito de espécie. Discussões acerca de o que é espécie sempre gerou grande 
interesse e muitas discussões, sendo incontáveis as publicações a esse respeito. As 
diferentes visões sobre o que é uma espécie sempre lidaram, em algum cien, com as 
diferenças e semelhanças entre os organismos dependendo do que é convencional, 
seja por meio social ou definido por estudiosos/especialistas de um grupo. 
Dentre os inúmeros conceitos de espécie já publicados (Rieseberg & Brouillet 1994, 
De Queiroz 2007), os três mais comumente empregados em trabalhos taxonômicos 
são os conceitos biológico, filogenético e taxonômico. Os dois primeiros conceitos são 
mais utilizados quando os grupos taxonômicos estudados possuem vários outros 
trabalhos que auxiliam na sua melhor classificação. Já o conceito taxonômico de 
espécie, que é baseado no menor conjunto de características persistentes que as 
tornam distinguíveis entre outras, é geralmente utilizado em grupos com poucos 
estudos, onde as descrições são bem sucintas e/ou carecem de alguma informação. 
 
 
19 
Entretanto, apesar dessa importância inegável, ainda são poucos os trabalhos 
taxonômicos que explicitam o conceito de espécie adotado e essa falta pode gerar 
mais divergências e dificuldade de compreensão do que são táxons, dado o caráter 
subjetivo que esse tema possui. Outro problema frequente em trabalhos de taxonomia 
é a falta de detalhamento e/ou padronização nas descrições. Nesse aspecto, os 
trabalhos atuais têm seguido padrões para descrições de espécies, seguindo 
dicionários botânicos e artigos de caracterização estrutural. 
 Alguns dicionários botânicos exibem terminologias para todas as estruturas tanto 
vegetativas quanto florais utilizados de forma ampla nos diferentes grupos vegetais. 
Mas, há também outros trabalhos similares, porém maisb específicos, que 
apresentam certas estruturas e/ou complexibilidades não observadas em obras mais 
abrangentes. 
Atreladas às descrições, as ilustrações das espécies são de grande importância, pois 
representam visualmente todos os termos utilizados, evitando dúvidas. Portanto, 
trabalhos taxonômicos são tarefas complexas e dependem essencialmente de um 
grande esforço de levantamento de dados e envolvem diversas etapas que devem ser 
executadas sempre com rigor na padronização, precisão e detalhamento (p.e.: 
descrições, ilustrações), além da escolha e explicitação de um conceito de espécie 
que reflita todo o conhecimento obtido proporcionando uma melhor compreensão do 
trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
3.1. TAXONOMIA NA ATUALIDADE 
 
 
 
A taxonomia é uma ciência que remonta à Antiguidade humana, mas foi 
operacionalizada e formalizada no século XVIII, com a publicação do Systema 
Naturae pelo botânico sueco Carolus Linnaeus. Considerado o pai da taxonomia, o 
sistema proposto por Linnaeus é empregado até os dias de hoje. O principal aspecto 
que caracteriza o trabalho dos taxonomistas é o de lidar com o total ou parcialmente 
desconhecido. Além disso, a motivação primária é de que os organismos só existem, 
sob uma visão antropocêntrica, se forem devidamente descritos. 
 Assim, a taxonomia é primordial na maioria, senão todas, as áreas das Ciências 
Biológicas, pois delimita as unidades básicas de estudo (i.e. espécies) de qualquer 
trabalho que envolva seres vivos. Os dados gerados em trabalhos taxonômicos têm 
diversas aplicações e alguns exemplos incluem: 
I. embasar estratégias conservacionistas, que têm como foco principal as 
espécies (p.ex. a lista vermelha de espécies ameaçadas, da IUCN e o Livro 
Vermelho da Flora do Brasil); 
II. monitorar espécies invasoras; 
 
 
21 
III. gerar informações que permitem o uso humano diretoda biodiversidade,entre 
outras. No entanto, ao longo do tempo, principalmente a partir da década de 
80, taxonomia foi sendo pouco a pouco desvalorizada sob a justificativa de que 
essa se dedica “somente” à descrição de espécies. 
 Este cenário é decorrente de diversos fatores, sendo os principais: a valorização de 
pesquisas experimentais, e consequentemente menos incentivo à ciência descritiva, 
o argumento de que não há testes de hipóteses em taxonomia e também ao status 
associado a novas metodologias, consideradas mais modernas. 
A taxonomia é, em sua essência, uma ciência descritiva que busca caracterizar a 
diversidade biológica em seus mais diversos níveis de organização, nem por isso pode 
ser menosprezada diante de outras áreas do conhecimento humano. Além disso, cada 
espécie constitui uma hipótese evolutiva inequívoca, estabelecida pelos taxonomistas 
a partir da análise criteriosa dos atributos do grupo de estudo. 
 Desta forma, os argumentos que embasam algumas justificativas de menor 
valorização da taxonomia não se sustentam e basicamente demonstram o 
desconhecimento das bases desta Ciência. Atualmente, o conhecimento taxonômico 
constitui umas das metas mais urgentes, pois vivemos em meio a uma “crise de 
biodiversidade‟ na qual a velocidade de extinção supera a taxa de descrição de 
novas espécies. As consequências deste cenário de pouca valorização dos estudos 
taxonômicos são diversas, como a diminuição do número de taxonomistas treinados, 
seja pelo menor financiamento de pesquisas bem como pela supressão de posições, 
em institutos de pesquisa, para estes profissionais. 
Apesar disso, com a inclusão da questão da crise de biodiversidade na agenda da 
Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada no Rio de Janeiro em 1992, foi 
estabelecido como metas: 
 completar o inventário sobre a diversidade biológica; 
 elucidar as relações evolutivas entre as espécies; e, 
 disponibilizar informações via Internet. 
A partir disso, diversas ações têm sido tomadas, dentre as quais estão a 
informatização de dados armazenados em coleções ao redor do mundo e, assim, a 
criação de iniciativas internacionais para armazenar e compartilhar dados da 
 
 
22 
biodiversidade como, por exemplo, o GBIF (Global Biodiversity Information Facility) e, 
no Brasil, o CRIA (Centro de Referência em Informação Ambiental), e especificamente 
para espécimes de plantas: o Herbário Virtual Reflora. 
 As iniciativas de infraestrutura informatizada (do inglês, cyberinfrastructure) são 
consideradas promissoras e comumente elencadas como parte das medidas para que 
o conhecimento taxonômico seja difundido. Assim, essas medidas permitiriam a 
difusão do conhecimento taxonômico acumulado, e também sensibilização do público 
e dos tomadores de decisões políticas sobre a importância da biodiversidade e das 
ciências que se encarregam de estudá-las Além disso, cada vez mais é reforçada a 
necessidade de uma taxonomia integrativa, baseada em evidências de múltiplas 
fontes que aumentará a robustez das delimitações de espécies. E é por meio destas 
abordagens que se busca pelo chamado renascimento da taxonomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
3.1.1. O RENASCIMENTO DA TAXONOMIA NO SÉCULO XXI 
 
 
 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Fprofile%2FBruno_Barbosa3%2Fpubli
cation%2F339956268_Avancos_da_Zoologia_no_Seculo_XXI%2Flinks%2F5e6fcbc6a6fdccc06e9481de%2FAvancos-da-
Zoologia-no-Seculo-
XXI.pdf&psig=AOvVaw3QDx3FOnt4KRd_jhw2FNa_&ust=1614025632647000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiC0Jq
V6PvuAhVhALkGHclcB28Qr4kDegQIARAx 
 
 
 
Como dito anteriormente, a taxonomia vem sendo considerada uma ciência datada, 
ultrapassada, “retrô” e limitada. Entretanto, a mesma vem sofrendo grandes 
mudanças e acompanhando os avanços tecnológicos mais recentes. Como resultado 
do aumento na taxa da extinção de espécies devido à ação antrópica, foi criada a 
Convenção da Diversidade Biológica (CDB), uma estratégia global visando a 
conservação e o conhecimento da biodiversidade mundial. Como parte da criação da 
CDB, foram originadas estratégias específicas para grandes grupos biológicos e 
metas gerais e específicas a serem cumpridas pelos países membros. 
 A Meta 1 da Estratégia Global para a Conservação de Plantas (GSPCCDB) consistia 
na elaboração de listas de espécies (checklists) confiáveis, preferencialmente on-line, 
de todas espécies conhecidas de plantas. O objetivo final desta meta é a elaboração 
de uma Flora do Mundo, on-line e multilíngue. No final de 2010, a primeira meta foi 
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Fprofile%2FBruno_Barbosa3%2Fpublication%2F339956268_Avancos_da_Zoologia_no_Seculo_XXI%2Flinks%2F5e6fcbc6a6fdccc06e9481de%2FAvancos-da-Zoologia-no-Seculo-XXI.pdf&psig=AOvVaw3QDx3FOnt4KRd_jhw2FNa_&ust=1614025632647000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiC0JqV6PvuAhVhALkGHclcB28Qr4kDegQIARAx
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Fprofile%2FBruno_Barbosa3%2Fpublication%2F339956268_Avancos_da_Zoologia_no_Seculo_XXI%2Flinks%2F5e6fcbc6a6fdccc06e9481de%2FAvancos-da-Zoologia-no-Seculo-XXI.pdf&psig=AOvVaw3QDx3FOnt4KRd_jhw2FNa_&ust=1614025632647000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiC0JqV6PvuAhVhALkGHclcB28Qr4kDegQIARAx
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Fprofile%2FBruno_Barbosa3%2Fpublication%2F339956268_Avancos_da_Zoologia_no_Seculo_XXI%2Flinks%2F5e6fcbc6a6fdccc06e9481de%2FAvancos-da-Zoologia-no-Seculo-XXI.pdf&psig=AOvVaw3QDx3FOnt4KRd_jhw2FNa_&ust=1614025632647000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiC0JqV6PvuAhVhALkGHclcB28Qr4kDegQIARAx
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Fprofile%2FBruno_Barbosa3%2Fpublication%2F339956268_Avancos_da_Zoologia_no_Seculo_XXI%2Flinks%2F5e6fcbc6a6fdccc06e9481de%2FAvancos-da-Zoologia-no-Seculo-XXI.pdf&psig=AOvVaw3QDx3FOnt4KRd_jhw2FNa_&ust=1614025632647000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiC0JqV6PvuAhVhALkGHclcB28Qr4kDegQIARAx
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.researchgate.net%2Fprofile%2FBruno_Barbosa3%2Fpublication%2F339956268_Avancos_da_Zoologia_no_Seculo_XXI%2Flinks%2F5e6fcbc6a6fdccc06e9481de%2FAvancos-da-Zoologia-no-Seculo-XXI.pdf&psig=AOvVaw3QDx3FOnt4KRd_jhw2FNa_&ust=1614025632647000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiC0JqV6PvuAhVhALkGHclcB28Qr4kDegQIARAx
 
 
24 
cumprida em nível mundial com o lançamento do “The Plant List”, graças a 
colaboração entre o Missouri Botanical Garden e o Royal Botanic Gardens, Kew, U.K. 
Em setembro de 2013, com a colaboração de outras instituições ao redor do mundo, 
foi lançada uma versão atualizada do site, visando sintetizar todo o conhecimento 
taxonômico sobre plantas vasculares e briófitas (não abordando algas e fungos). O 
The Plant List apresenta uma lista com grande parte dos nomes científicos 
conhecidos, juntamente com links para os sinônimos para os quais cada espécie já foi 
conhecida. Uma outra iniciativa bastante importante foi o eMonocot, lançado também 
em 2010. O projeto foi coordenado pelo Royal Botanic Gardens, Kew, e teve como 
objetivo inventariar as monocotiledôneas. O eMonocot foi um dos primeiros sites a 
apresentar chaves interativas para a identificação de táxons, imagens de campo, 
dados sobre forma de vida, descrições, status de conversação, etc. Assim como foi a 
Lista do Brasil, e continua sendo a Flora do Brasil On-line 2020, o eMonocot é 
constantemente atualizado. 
 E ele hoje é uma ferramenta essencial para o trabalho de especialistas em 
monocotiledôneas ao redor do mundo. Em âmbito nacional, o Brasil tem cumprido 
com louvor as metas propostas pela GSPC-CDB. Também em 2010, nós lançamos a 
primeira versão da Lista de Espécies da Flora do Brasil, um projeto coordenado pelo 
Intituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), com a coloboração 
de mais de 300 taxonomistas brasileirose estrangeiros. Assim como o The Plant List, 
a Lista do Brasil se propunha a proporcionar uma lista de espécies vegetais aceitas e 
seus referentes sinônimos. Mas diferente do primeiro, a Lista do Brasil abrangia, além 
das plantas vasculares e briófitas, algas e fungos e apresentava a distribuição 
geográfica desses táxons. 
A cada ano, uma nova versão da Lista do Brasil era lançada, somando novidades 
como: detalhes sobre forma de vida, substrato, fotos de exsicatas e fotos de campo. 
Na última versão da Lista do Brasil, lançada em 2015, o sistema contava com a 
colaboração de cerca de 500 taxonomistas e apresentava um total de 46078 espécies 
aceitas para o território brasileiro. De forma bastante orgânica foi possível 
acompanhar a evolução de um checklist em uma flórula. No começo desse ano foi 
lançado o novo sistema da segunda etapa do projeto, a Flora do Brasil On-line 2020 
(FBO 2020). No novo sistema, os taxonomistas são capazes de apresentar 
descrições, chaves de identificação, comentários e todos os outros requisitos para 
 
 
25 
uma verdadeira flora. Tudo apresentado de forma trilíngue (Português, Inglês e 
Espanhol) e bastante dinâmica. 
O sistema já se encontra on-line e à medida que as monografias são concluídas, elas 
se tornam disponíveis ao público. Outra ferramenta clássica da taxonomia que se 
adaptou às últimas tecnologias, foi a chave de identificação. Como já comentado 
acima, algumas páginas da internet têm disponibilizado essas ferramentas para 
auxiliar na identificação de vários níveis taxonômicos. Existem algumas iniciativas 
bastantes importantes na botânica mundial, em relação a chaves virtuais. Uma das 
primeiras chaves virtuais foi disponibilizada na página Neotropikey. O site coordenado 
e compilado pelo Royal Botanic Gardens, Kew, contou com a colaboração de 
especialistas do mundo todo, especialmente de brasileiros. 
 O Neotropkey apresenta uma chave interativa para as famílias de Angiospermas da 
Região Neotropical e uma página individual para cada uma das famílias. Cada página 
faz uma breve sinopse sobre o grupo, listando os gêneros registrados para a Região 
Neotropical e como diferenciá-los. Outro excelente exemplo desse tipo é o CATE-
Araceae, que primeiramente apresentou uma chave de identificação para todos os 
gêneros de Araceae (Monocot; Alistamatales), além de listagem de espécies, seus 
sinônimos e dados de distribuição. 
O site, gerenciado pelo Dr. Thomas Croat, é constantemente atualizado com fotos e 
todo tipo de dados sobre espécies da família. E agora com o grande acervo digital, 
especialmente de fotos, começou a produzir chaves de identificação ilustradas para 
todos os gêneros de Araceae. Páginas voltadas para grupos específicos têm se 
tornado cada vez mais comuns, com sites para Araceae, Caricaceae, Lecythidaceae, 
Malpighiaceae, etc. 
Além das páginas voltadas para grupos específicos, checklists, floras e chaves 
virtuais, praticamente tudo relacionado a taxonomia pode ser encontrado on-line hoje 
em dia. Índices e bibliotecas inteiros estão hoje disponíveis na internet e são 
constantemente atualizados. Exemplos marcantes de sites que se tornaram 
ferramentas diárias do taxonomista moderno são: o Tropicos.org, que apresenta 
informações sobre nomes aceitos, sinônimos, imagens, dados de distribuição, 
tipificação, obras originais, entre muitas outras; o Index Herbariorum, gerenciado pela 
Barbara Thiers, que reúne todos os herbários registrados ao redor do mundo, seu 
 
 
26 
curadores, contatos e inúmeras informações sobre as coleções; o Biodiversity 
Heritage Library (BHL) e o Botanicus.org, que são duas bibliotecas on-line que reúnem 
inúmeras obras e publicações, antigas e modernas. 
 É cada vez mais comum os herbários terem suas coleções inteiras digitalizadas e 
fotografadas, auxiliando enormemente o trabalho dos taxonomistas. Páginas como o 
JABOT e o speciesLink se tornaram essenciais para a realização de qualquer trabalho 
de fundo taxonômico hoje em dia. Além dessas obras, duas publicações essenciais 
em trabalhos nomenclaturais e revisões taxonômicas também se encontram 
digitalizados. Atualmente, é possível acessar toda a coleção da obra por Stafleu & 
Cowan, Taxonomic Literature, e inúmeras versões do Código Internacional de 
Nomenclatura de Algas, Fungos e Plantas. 
No caso do Código, o site é de fácil navegação, com links para partes importantes e 
a possibilidade de procurar por termos específicos ao longo de toda a obra. Parte 
desse enorme processo de informatização, além de bibliografias e publicações, a 
digitalização de coleções é talvez uma das mais marcantes novidades taxonômicas 
da modernidade. Inúmeros herbários mundo à fora tem hoje pelo menos parte de suas 
coleções fotografadas em alta qualidade e com dados de etiqueta transcritos. 
 O JSTOR funciona como uma enorme base de dados de todo o tipo de material 
científico e artístico. Dentro desta vasta coleção encontramos periódicos científicos e 
materiais-tipo de espécies, depositados em vários herbários ao redor do mundo. A 
ideia do projeto do JSTOR Plants é tornar acessível para taxonomistas do mundo 
todo os materiais-tipo dos grupos que eles trabalham. Deste modo, o projeto facilita o 
trabalho dos taxonomistas e evita o manuseio excessivo desses materiais. Entretanto, 
a empreitada mais icônica de digitalização de coleções é nacional. 
O Projeto REFLORA, coordenado pelo JBRJ, tem como principal objetivo informatizar 
e digitalizar coleções de herbários brasileiros. Uma vez fotografados e informatizados, 
esses materiais são incluídos na base de dados do Herbário Virtual REFLORA (HV), 
podendo ser acessados por qualquer taxonomista. A segunda e mais ousada etapa 
do REFLORA é o processo de repatriamento de espécimes da flora brasileira. Essa 
etapa é feita com base em parcerias entre o Brasil e coleções situadas em diversos 
países, como os Estados Unidos, França, Inglaterra etc. Nestas coleções todos os 
 
 
27 
espécimes coletados em território brasileiro são fotografados e posteriormente tem os 
seus dados de etiqueta capturados por uma segunda equipe, situada no JBRJ. 
Assim, como os espécimes dos herbários brasileiros, os espécimes de herbários 
internacionais passam a integrar o Herbário Virtual, assim como o herbário digital de 
sua instituição original. Além de ser essencial para taxonomistas brasileiros em geral, 
essa etapa do REFLORA possibilita alunos de doutorado e pós-doutorado a viajarem 
para o exterior e desenvolverem seus projetos de tese. Os bolsistas selecionados 
trabalham meio expediente como membros do projeto e a outra metade do expediente 
é livre para o desenvolvimento de seus projetos. 
Com todas essas ferramentas e facilidades da taxonomia moderna é possível fazer 
grande parte de um trabalho taxonômico sem nem precisar sair do seu computador. 
Essas ferramentas complementam e facilitam grandemente o trabalho dos 
taxonomistas, permitindo uma maior agilidade científica e um considerável aumento 
na acessibilidade à essas publicações e todo tipo de conhecimento científico. Fora 
isso, elas facilitam a realização de trabalhos de base, essenciais para o 
desenvolvimento de todos os trabalhos de ponta. 
O Quadro 1 representa um compilado dos endereços que mencionamos neste 
capítulo. Como muito bem expressado em inúmeros trabalhos sobre a valorização da 
taxonomia, floras e coleções científicas, sem esses trabalhos e sem os taxonomistas, 
não é possível conhecer, preservar, nem explorar o infinito potencial da nossa 
biodiversidade. A taxonomia é essencial para a construção do conhecimento 
científico, emergindo hoje em novos formatos e abordagens. A taxonomia hoje não é 
e não deve ser considerada uma ciência estática, mas sim uma área extremamente 
dinâmica, que sempre acompanha as inovações de nossa era. 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
2930 
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