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A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 1 
 
 
A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) 
NO CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Andreia de Lima Aragão Teixeira 
Cíntia Aparecida Nogueira dos Santos 
Lucas Serrão da Silva 
Neusa Venditte 
Silvana Nascimento de Carvalho 
 
Este artigo analisa a aplicação da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) no contexto da 
inclusão escolar no Brasil, especialmente no que diz respeito à integração de alunos com 
Transtorno do Espectro Autista (TEA) em escolas regulares. A análise discute como a ABA 
contribui para o desenvolvimento de habilidades acadêmicas, sociais e comportamentais, 
promovendo a inclusão desses estudantes no ambiente escolar. A eficácia da ABA é abordada 
através da modelagem de comportamentos, ensino de habilidades específicas e intervenções que 
visam melhorar a comunicação e reduzir comportamentos disruptivos. Além disso, são explorados 
os desafios enfrentados pelos educadores, as estratégias de ensino baseadas na ABA e a 
importância da formação de professores para a aplicação adequada dessa abordagem. O contexto 
também aborda a necessidade de adaptações curriculares, a avaliação funcional do comportamento 
e a intervenção contínua para o sucesso da inclusão escolar. 
Palavras-chave: Análise do Comportamento Aplicada. Inclusão escolar. Transtorno do Espectro 
Autista. Ensino de habilidades. Intervenção ABA. Formação de professores. 
1. INTRODUÇÃO 
A inclusão escolar no Brasil, especialmente no contexto de alunos com Transtorno do 
Espectro Autista (TEA), representa um desafio significativo para a educação, mas também uma 
oportunidade de transformar o sistema educacional e proporcionar um ambiente mais acolhedor 
para todas as crianças. A inclusão desses alunos em escolas regulares exige abordagens 
pedagógicas específicas, uma das quais se destaca pela sua eficácia: a Análise do Comportamento 
Aplicada (ABA). A ABA é uma abordagem científica e baseada em evidências, que tem se 
mostrado eficaz no desenvolvimento de habilidades acadêmicas, sociais e comportamentais, 
essenciais para o sucesso de estudantes com TEA em ambientes escolares. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 2 
 
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem terapêutica que utiliza 
os princípios da análise do comportamento para melhorar habilidades e reduzir comportamentos 
problemáticos. No contexto educacional, a ABA se aplica ao processo de ensino e aprendizagem, 
sendo uma ferramenta valiosa para promover a inclusão de alunos com TEA em escolas regulares. 
De acordo com a pesquisa realizada por Blumberg et al. (2013), nos Estados Unidos, um 
em cada 50 crianças é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). No Brasil, 
embora também haja um aumento no número de casos, não existem dados oficiais precisos sobre a 
prevalência. 
De acordo com o Art. 2º da Lei Nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com 
Deficiência), é deficiente o indivíduo que tem impedimento de longo prazo de natureza 
física, mental, intelectual ou sensorial e, em consequência, seja prejudicada sua 
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais 
pessoas. A referida Lei aplica-se às pessoas autistas. O mesmo documento garante, no 
Art. 27, o acesso ao sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao 
longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus 
talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas 
características, interesses e necessidades de aprendizagem. 
 
Por meio da modelagem de comportamentos, a ABA é capaz de incentivar e reforçar 
habilidades que são necessárias para a interação social, comunicação e participação plena no 
ambiente escolar. Essa abordagem ajuda a criar um ambiente de aprendizagem que favorece a 
adaptação e a integração de crianças com TEA, tornando a inclusão mais eficiente e benéfica para 
todos os envolvidos. 
A eficácia da ABA é reconhecida principalmente pela sua capacidade de transformar 
comportamentos e desenvolver habilidades de maneira sistemática. 
A modelagem de comportamentos, que é uma técnica central da ABA, envolve a 
manipulação de reforços e a construção gradual de comportamentos desejados. Ao reforçar 
comportamentos positivos, como a comunicação verbal ou a cooperação com colegas, a ABA 
ajuda os alunos a se ajustarem melhor às exigências da sala de aula e do ambiente escolar de 
forma geral. Esta técnica é particularmente útil para alunos com TEA, que frequentemente 
apresentam desafios em áreas como comunicação, habilidades sociais e autocontrole. A ABA 
proporciona uma estrutura clara e eficaz para ensinar essas habilidades essenciais. 
O ensino de habilidades específicas é um componente fundamental da ABA, permitindo 
que os educadores abordem áreas particulares de necessidade para cada aluno. No contexto 
escolar, isso pode significar o ensino de habilidades acadêmicas, como leitura e escrita, bem como 
habilidades sociais, como fazer amizades e interagir de maneira adequada com os outros. A ABA 
se adapta às necessidades de cada aluno, criando programas personalizados que visam o 
desenvolvimento integral do estudante. Por exemplo, enquanto um aluno pode precisar de suporte 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 3 
 
adicional na leitura, outro pode precisar de ajuda para melhorar suas habilidades sociais ou lidar 
com comportamentos disruptivos. 
Um dos principais benefícios da ABA é sua capacidade de melhorar a comunicação dos 
alunos com TEA, um dos desafios mais comuns que eles enfrentam. Muitos alunos com TEA têm 
dificuldades em expressar suas necessidades e desejos, o que pode levar a frustração, isolamento e, 
em alguns casos, a comportamentos desafiadores. 
A ABA, ao focar em estratégias de ensino que promovem a comunicação, pode ajudar 
esses alunos a desenvolver habilidades para se comunicar de maneira mais eficaz, seja por meio da 
linguagem verbal, linguagem de sinais, ou outros sistemas de comunicação alternativa. 
A intervenção contínua da ABA oferece a oportunidade de reforçar 
essas habilidades, levando a um progresso consistente 
ao longo do tempo. 
(Andreia de Lima Aragão Teixeira, 2024) 
 
A redução de comportamentos disruptivos também é uma das grandes conquistas da 
ABA em ambientes escolares. Comportamentos como agressão, fuga de atividades ou 
desobediência são comuns entre alunos com TEA, o que pode comprometer a sua inclusão e o 
ambiente escolar de maneira geral. A ABA utiliza técnicas como o reforço positivo, a análise 
funcional do comportamento e a intervenção personalizada para reduzir esses comportamentos. 
Ao identificar as causas subjacentes dos comportamentos problemáticos e trabalhar para substituí-
los por respostas mais apropriadas, a ABA contribui para a criação de um ambiente de 
aprendizagem mais seguro e produtivo para todos os alunos. 
Apesar dos benefícios, os educadores enfrentam desafios significativos ao aplicar a ABA 
em sala de aula. A integração de alunos com TEA exige que os professores possuam habilidades e 
conhecimentos específicos para implementar as estratégias de ABA de maneira eficaz. Muitas 
vezes, o número limitado de profissionais treinados em ABA nas escolas pode dificultar a 
aplicação consistente e eficaz dessa abordagem. Além disso, a necessidade de lidar com uma 
diversidade de alunos, incluindo os típicos e os atípicos, exige que os educadores sejam flexíveis e 
capazes de adaptar as intervenções às diferentes necessidades de cada aluno. 
As estratégias de ensino baseadas na ABA são, portanto, fundamentais para o sucesso dae desafiador, 
especialmente se o educador não se sente preparado para lidar com os comportamentos e as 
necessidades desses alunos. A formação em ABA ajuda os educadores a se sentirem mais 
confiantes e competentes no gerenciamento dessas situações, oferecendo ferramentas práticas e 
apoio teórico para lidar com as dificuldades que surgem no dia a dia. 
Professores bem treinados são mais propensos a se engajar em um trabalho positivo, a 
evitar frustrações e a criar um ambiente de ensino mais saudável tanto para eles mesmos quanto 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 27 
 
para os alunos. A formação também pode ajudar a diminuir o estresse relacionado à inclusão 
escolar, tornando o processo mais satisfatório para todos os envolvidos. 
2.9.7 PREPARAÇÃO PARA COLABORAÇÃO MULTIDISCIPLINAR 
A aplicação da ABA na escola não se dá apenas através da ação dos professores. Em um 
contexto de inclusão escolar, é necessário que haja uma colaboração estreita entre diferentes 
profissionais, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e outros especialistas. A 
formação em ABA prepara os professores para trabalhar de forma colaborativa, garantindo que as 
intervenções sejam consistentes e coordenadas entre todos os membros da equipe escolar. 
Esse trabalho conjunto é fundamental para maximizar os resultados da ABA e 
proporcionar um suporte contínuo e integrado aos alunos com TEA. A formação dos professores 
garante que eles entendam o papel de cada profissional na equipe e como suas ações podem 
complementar a aplicação das técnicas de ABA. 
A formação de professores na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é um 
componente essencial para o sucesso da inclusão escolar de alunos com Transtorno do Espectro 
Autista (TEA). Com a capacitação adequada, os educadores são capazes de aplicar as técnicas de 
ABA de forma eficaz, personalizar o ensino para as necessidades dos alunos, gerenciar 
comportamentos desafiadores, estabelecer metas claras e promover um ambiente de inclusão. 
A formação proporciona maior confiança e satisfação no trabalho, garantindo que os 
professores possam desempenhar um papel ativo na criação de um ambiente de aprendizagem 
positivo e inclusivo para todos os alunos. Portanto, investir na formação continuada dos 
educadores é crucial para assegurar a eficácia da ABA nas escolas brasileiras e promover uma 
verdadeira educação inclusiva. 
 
2.10 A NECESSIDADE DE ADAPTAÇÕES CURRICULARES PARA ALUNOS 
INCLUSOS E A (ABA) 
A inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no sistema educacional 
regular é um processo complexo que demanda a implementação de diversas estratégias, sendo 
uma delas a adaptação curricular. No entanto, para que essas adaptações sejam eficazes, é 
essencial que as abordagens pedagógicas e terapêuticas utilizadas nas escolas estejam alinhadas 
com as necessidades específicas de cada aluno. Nesse contexto, a Análise do Comportamento 
Aplicada (ABA) surge como uma metodologia altamente eficaz para promover a inclusão escolar 
de alunos com TEA, ajudando a moldar o ambiente educacional e a dinâmica de ensino de forma a 
favorecer a aprendizagem desses alunos. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 28 
 
Os alunos com TEA possuem características que podem tornar o acesso ao currículo 
tradicional desafiador. Essas características incluem dificuldades em comunicação, interação 
social, flexibilidade cognitiva, bem como comportamentos repetitivos ou desafiadores. Portanto, o 
currículo tradicional, com seu ritmo fixo e foco em uma abordagem de aprendizagem homogênea, 
pode não ser adequado para atender a essas necessidades. 
As adaptações curriculares são imprescindíveis para garantir que todos os alunos, 
independentemente de suas habilidades, possam acessar e participar efetivamente do conteúdo 
educacional. Para alunos com TEA, as adaptações podem envolver mudanças na estrutura do 
ensino, estratégias pedagógicas diferenciadas e o uso de recursos específicos. O objetivo é 
promover o desenvolvimento acadêmico, social e comportamental desses alunos de forma que 
respeite suas particularidades, maximizando suas chances de sucesso escolar. 
Essas adaptações podem variar desde a modificação de atividades, a utilização de 
materiais visuais ou tecnológicos, até ajustes na maneira de avaliação do aprendizado, 
considerando as diferentes formas de comunicação e expressão dos alunos. No entanto, essas 
mudanças no currículo não são suficientes por si mesmas se não forem combinadas com práticas 
pedagógicas eficazes, como as que são oferecidas pela ABA. 
A ABA se destaca justamente por sua capacidade de adaptar os métodos de ensino às 
necessidades específicas de cada aluno, o que torna essa abordagem particularmente útil na 
inclusão de alunos com TEA. A metodologia oferece um conjunto de estratégias que podem ser 
moldadas e ajustadas conforme as características individuais dos estudantes, garantindo que as 
adaptações curriculares sejam aplicadas de maneira eficaz. Entre os benefícios que a ABA 
proporciona ao processo de adaptação curricular, destacam-se: 
Uma das principais características da ABA é a personalização do ensino, com base em 
uma análise contínua do comportamento do aluno. Isso significa que o currículo pode ser ajustado 
constantemente, de acordo com os progressos e desafios observados. A coleta e análise de dados 
proporcionam uma visão clara do que está funcionando e do que precisa ser modificado, 
permitindo ajustes imediatos no processo de ensino. 
Se um aluno está apresentando dificuldades em realizar uma atividade acadêmica, a ABA 
permite que o professor ou terapeuta ajuste a tarefa, quebre-a em etapas menores ou use reforços 
diferentes para garantir que a criança consiga alcançar o objetivo proposto. Essas modificações 
são baseadas em uma avaliação contínua e podem ser feitas de forma flexível e dinâmica. 
Muitos alunos com TEA respondem positivamente ao uso de material visual e tecnologia. 
A ABA pode ser combinada com essas ferramentas para facilitar o acesso ao currículo. Estratégias 
como o uso de quadros de comunicação, pictogramas, aplicativos educacionais e softwares 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 29 
 
interativos são recursos que podem ser introduzidos no ensino, proporcionando uma abordagem 
mais visual e concreta, que facilita o entendimento e a aprendizagem. 
O uso de tecnologia, por exemplo, pode ajudar alunos que têm dificuldades de 
comunicação verbal, permitindo que eles interajam com o conteúdo de maneira mais eficiente. A 
combinação de ABA com recursos tecnológicos também pode proporcionar oportunidades para a 
prática de habilidades sociais e comportamentais de forma mais envolvente. 
As adaptações curriculares para alunos com TEA não devem se restringir apenas às 
modificações acadêmicas, mas também às estratégias para promover o desenvolvimento de 
habilidades sociais e comportamentais. Muitas vezes, os alunos com TEA enfrentam desafios 
significativos nessas áreas, como dificuldades para compreender normas sociais, interagir com os 
colegas e gerenciar comportamentos disruptivos. A ABA oferece uma ampla gama de estratégias 
que podem ser integradas ao currículo para ensinar essas habilidades essenciais. 
Técnicas como o ensino de habilidades sociais por meio de modelagem, ensaios 
comportamentais e o uso de reforço positivo são fundamentais para ajudar esses alunos a interagir 
de forma mais eficaz com seus colegas e professores. A ABA também permite a criação de 
programas específicos para o ensino de comportamentos adaptativos, como a comunicação 
funcional, a resolução de conflitos e o autocontrole. 
Outra questão importante no contexto da inclusão escolar de alunos com TEA é omanejo 
de comportamentos disruptivos que possam interferir no aprendizado, tanto do aluno quanto de 
seus colegas. A ABA, por meio de intervenções baseadas na análise funcional do comportamento, 
permite que os educadores identifiquem as causas subjacentes desses comportamentos e 
implementem estratégias para reduzi-los de forma eficaz. 
A ABA pode incluir a aplicação de reforço positivo para comportamentos alternativos, o 
uso de técnicas de extinção (para reduzir comportamentos indesejáveis) e o ensino de habilidades 
de comunicação mais apropriadas. Essas estratégias ajudam a criar um ambiente de aprendizado 
mais positivo, onde o aluno pode se concentrar mais facilmente nas atividades acadêmicas e 
sociais. 
Para que as adaptações curriculares sejam eficazes, é essencial que os professores sejam 
devidamente capacitados na aplicação da ABA e na utilização das estratégias adequadas para o 
ensino de alunos com TEA. A formação contínua dos educadores é fundamental para garantir que 
eles compreendam as necessidades dos alunos e saibam como implementar as intervenções de 
forma apropriada. 
Os professores precisam ser capazes de trabalhar em colaboração com outros 
profissionais, como terapeutas ocupacionais, psicólogos e fonoaudiólogos, para garantir uma 
abordagem integrada e coerente nas adaptações curriculares. A colaboração entre diferentes 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 30 
 
especialistas e a capacitação dos professores em ABA podem otimizar os resultados da inclusão 
escolar, proporcionando um ambiente mais acolhedor e adaptado às necessidades de todos os 
alunos. 
As adaptações curriculares são fundamentais para garantir que alunos com TEA tenham a 
oportunidade de aprender e se desenvolver em um ambiente escolar inclusivo. A Análise do 
Comportamento Aplicada (ABA) oferece uma abordagem eficaz para adaptar o currículo, 
utilizando estratégias personalizadas que atendem às necessidades específicas de cada aluno. Com 
a aplicação da ABA, é possível promover não apenas o aprendizado acadêmico, mas também o 
desenvolvimento de habilidades sociais e comportamentais essenciais para a integração dos alunos 
com TEA na comunidade escolar. No entanto, para que essas adaptações sejam implementadas 
com sucesso, é necessário que os professores recebam a formação adequada em ABA, garantindo 
que possam aplicar as estratégias de forma eficaz e integrá-las ao currículo de forma fluida e 
adaptativa. 
2.11 A AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO COMPORTAMENTO NO (ABA) 
A Avaliação Funcional do Comportamento (AFC) é um dos pilares fundamentais da 
Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e desempenha um papel crucial na elaboração de 
intervenções eficazes para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse processo 
envolve a identificação das causas ou funções subjacentes dos comportamentos problemáticos, 
com o objetivo de desenvolver estratégias para modificá-los de maneira eficaz. No contexto 
escolar, a AFC é um recurso essencial para os educadores, pois permite uma compreensão mais 
clara dos comportamentos dos alunos e, consequentemente, contribui para a criação de um 
ambiente mais inclusivo e adaptado às suas necessidades individuais. 
2.11.1 O QUE É AFC? 
A Avaliação Funcional do Comportamento (AFC) é um processo sistemático utilizado na 
ABA para identificar as causas dos comportamentos de uma pessoa. Essa avaliação busca 
entender o "porquê" de um comportamento, ou seja, qual a função que ele exerce para o indivíduo. 
Com base nesse entendimento, é possível projetar intervenções que atendam a essas necessidades 
de forma mais eficiente, ajudando a modificar comportamentos indesejáveis e a promover 
comportamentos mais adaptativos. 
A AFC envolve a coleta de dados de forma contínua e sistemática, que pode ser realizada 
por meio de observações diretas, entrevistas com familiares e professores, registros de 
comportamentos e análise de situações específicas em que os comportamentos ocorrem. A partir 
desses dados, os educadores podem identificar padrões e contextos em que os comportamentos 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 31 
 
problemáticos se manifestam, além das possíveis funções que eles desempenham, como obter 
atenção, evitar uma tarefa ou obter um objeto. 
2.11.2 AS FUNÇÕES DO COMPORTAMENTO 
A análise funcional do comportamento, dentro do contexto da ABA, pressupõe que todo 
comportamento tem uma função, ou seja, ele é realizado para atingir um objetivo específico. As 
funções mais comuns dos comportamentos observados em alunos com TEA incluem: 
Obter Atenção: Comportamentos problemáticos podem ser utilizados pelo aluno como 
uma forma de chamar a atenção de um adulto ou de outros colegas. Isso pode ocorrer em situações 
de frustração ou quando o aluno deseja interação social. 
Obter um Reforço Tangível: Alguns comportamentos são realizados para obter objetos, 
alimentos ou outras recompensas tangíveis. Por exemplo, um aluno pode gritar ou bater em outros 
para conseguir um brinquedo ou um item específico. 
Evitar ou Escapar de uma Situação: Comportamentos também podem ser uma estratégia 
para evitar ou escapar de uma situação ou tarefa desconfortável, como evitar atividades 
acadêmicas que o aluno considere difíceis ou angustiantes. 
Automatizar o Comportamento (Autoreforço): Alguns comportamentos podem ser 
realizados para fornecer um estímulo sensorial ou físico agradável ao indivíduo. Por exemplo, 
movimentos repetitivos ou comportamentos estereotipados (como balançar o corpo) podem ser 
uma maneira de autorregulação emocional ou sensorial. 
Com base nesse entendimento das funções dos comportamentos, a AFC permite que 
educadores e terapeutas adotem intervenções que atendam às necessidades reais do aluno, ao invés 
de tentar simplesmente eliminar comportamentos indesejáveis sem considerar suas causas. 
2.11.3 ETAPAS DA AFC 
A realização de uma AFC no contexto escolar envolve várias etapas. Essas etapas ajudam 
a garantir que a intervenção seja bem fundamentada e que os comportamentos do aluno sejam 
abordados de maneira eficiente e ética. As principais etapas incluem: 
2.11.3.1 IDENTIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO-ALVO 
A primeira etapa da AFC é identificar claramente os comportamentos-alvo que precisam 
ser analisados e modificados. Esses comportamentos podem ser tanto problemáticos (agressões, 
gritos, fuga de tarefas) quanto adaptativos (habilidades sociais, acadêmicas, de comunicação) que 
precisam ser reforçados. 
É importante que o comportamento-alvo seja descrito de maneira objetiva, observável e 
mensurável, para que tanto o educador quanto o terapeuta possam acompanhar as mudanças ao 
longo do tempo. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 32 
 
2.11.3.2 COLETA DE DADOS 
Após identificar o comportamento-alvo, é fundamental coletar dados sobre ele. A coleta 
de dados pode ser realizada por meio de observações diretas, entrevistas com professores, 
familiares e outros profissionais envolvidos, além do uso de registros comportamentais (diários, 
listas de verificação, etc.). 
Durante a coleta de dados, é importante observar os antecedentes (o que acontece antes 
do comportamento) e as consequências (o que acontece depois do comportamento). Essa análise 
permite identificar os padrões que indicam a função do comportamento. 
2.11.3.3 ANÁLISE DE ANTECEDENTES E CONSEQUÊNCIAS 
A análise dos antecedentes e consequências ajuda a entender melhor o que está 
motivando o comportamento. Por exemplo, se um aluno grita para pedir atenção, a consequência 
que ocorre depois do grito (como o professor atender ao pedido) pode reforçar o comportamento. 
Essa análise permite que os educadores compreendam como o comportamento se mantém ou é 
reforçado no ambiente escolar. 
2.11.3.4FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES 
Com base nos dados coletados, o próximo passo é formular uma hipótese sobre a função 
do comportamento. Essa hipótese explica o motivo pelo qual o comportamento ocorre e qual é a 
necessidade que o aluno está tentando satisfazer ao exibir esse comportamento. 
2.11.3.5 PLANEJAMENTO DE INTERVENÇÃO 
Com a função do comportamento identificada, é possível planejar uma intervenção 
específica. A intervenção pode incluir o ensino de comportamentos alternativos, a modificação das 
consequências (por exemplo, reforçar um comportamento adequado em vez de um comportamento 
problemático) ou a modificação do ambiente (como reduzir estímulos que causam frustração ou 
estresse). 
As estratégias de intervenção podem envolver o uso de reforço positivo para 
comportamentos desejáveis, a introdução de novas habilidades de comunicação (para que o aluno 
não precise recorrer a comportamentos disruptivos para se expressar), ou a modificação dos 
próprios estímulos ambientais que estão desencadeando o comportamento. 
2.11.4 IMPLEMENTAÇÃO E MONITORAMENTO DA 
INTERVENÇÃO 
Após a formulação da intervenção, ela deve ser implementada de forma sistemática. O 
monitoramento contínuo da resposta do aluno à intervenção é crucial para avaliar sua eficácia e 
ajustar as estratégias conforme necessário. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 33 
 
Se o comportamento não for reduzido ou modificado de maneira esperada, a avaliação 
funcional deve ser revista, e novas hipóteses ou intervenções podem ser testadas. O processo é 
iterativo e requer ajustes constantes para garantir que o aluno tenha o melhor suporte possível. 
2.11.5 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL NO 
CONTEXTO ESCOLAR 
A Avaliação Funcional do Comportamento desempenha um papel crucial na promoção da 
inclusão de alunos com TEA nas escolas, pois ajuda a garantir que as intervenções sejam 
individualizadas e baseadas nas necessidades específicas de cada aluno. Quando realizada de 
forma eficaz, a AFC proporciona uma compreensão profunda dos comportamentos, permitindo 
que educadores e terapeutas adotem abordagens mais centradas no aluno, respeitando sua 
individualidade e maximizando suas chances de sucesso acadêmico, social e comportamental. 
A AFC contribui para a criação de um ambiente escolar mais inclusivo e positivo, onde 
as estratégias de ensino são adaptadas para promover a participação ativa e a aprendizagem dos 
alunos com TEA. Com uma avaliação funcional bem implementada, é possível reduzir 
comportamentos disruptivos, melhorar as interações sociais e promover o desenvolvimento de 
habilidades essenciais para a vida escolar e social dos alunos. 
A Avaliação Funcional do Comportamento (AFC) é uma ferramenta essencial da Análise 
do Comportamento Aplicada (ABA) no contexto escolar, especialmente para alunos com TEA. 
Ela permite identificar as causas dos comportamentos problemáticos e formular intervenções 
específicas para modificá-los de maneira eficaz. A realização dessa avaliação no ambiente escolar 
contribui para a criação de um espaço mais inclusivo, adaptado às necessidades dos alunos, e pode 
promover uma melhora significativa no comportamento, na aprendizagem e na integração social 
desses alunos. 
 
2.12 INTERVENÇÃO CONTÍNUA EM (ABA) PARA O SUCESSO DA INCLUSÃO 
ESCOLAR 
A intervenção contínua em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é essencial para 
garantir o sucesso da inclusão escolar de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em 
escolas regulares. 
A aplicação constante e sistemática de intervenções baseadas na ABA não só facilita o 
desenvolvimento acadêmico, social e comportamental desses alunos, como também assegura que 
eles possam participar plenamente do ambiente escolar, interagindo de forma eficaz com seus 
colegas e professores. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 34 
 
A inclusão de alunos com TEA em escolas regulares requer uma adaptação contínua tanto 
do ambiente quanto das práticas pedagógicas, para garantir que esses alunos se sintam acolhidos e 
tenham a oportunidade de alcançar seu pleno potencial. A intervenção contínua com a ABA é 
crucial nesse processo, pois ela permite uma monitorização constante dos progressos do aluno e a 
implementação de ajustes necessários nas estratégias de ensino. 
Ao contrário de intervenções pontuais ou temporárias, que podem não sustentar os 
resultados a longo prazo, a abordagem contínua permite que as intervenções sejam ajustadas à 
medida que o aluno progride ou enfrenta novos desafios, garantindo que o suporte seja sempre 
adequado às suas necessidades em evolução. 
O sucesso de qualquer intervenção, incluindo a ABA, depende do monitoramento regular 
do comportamento e do progresso do aluno. Isso significa que, ao aplicar a ABA na inclusão 
escolar, os educadores, terapeutas e outros profissionais envolvidos devem estar em constante 
avaliação das respostas do aluno às intervenções. Esse monitoramento contínuo permite: 
Identificar áreas de dificuldade: O comportamento do aluno pode mudar ao longo do 
tempo, e um comportamento inicialmente bem-sucedido pode precisar de ajustes. A avaliação 
contínua ajuda a identificar rapidamente essas mudanças, permitindo que as estratégias de ensino e 
de intervenção sejam adaptadas de forma oportuna. 
Garantir o reforço das habilidades adquiridas: A ABA não se limita a ensinar 
habilidades novas, mas também a reforçar as que já foram adquiridas. Por exemplo, o uso de 
reforço positivo deve ser consistente e ajustado para garantir que o aluno continue a praticar e 
aperfeiçoar as habilidades. 
Personalizar intervenções: Cada aluno com TEA é único, e o que funciona para um pode 
não ser eficaz para outro. A intervenção contínua permite que as estratégias sejam personalizadas 
conforme o progresso individual do aluno, tornando o processo de inclusão escolar mais eficiente. 
As estratégias de intervenção contínua baseadas na ABA são diversas e podem ser 
aplicadas de acordo com as necessidades de cada aluno. Alguns exemplos incluem: 
O reforço positivo é uma técnica central da ABA, que envolve a utilização de 
recompensas para reforçar comportamentos desejáveis. Para que a intervenção seja eficaz, é 
necessário que o reforço seja contínuo e adaptado às preferências e necessidades do aluno. O uso 
consistente de reforços ajuda a consolidar os aprendizados e a aumentar a probabilidade de 
repetição do comportamento desejado. 
No contexto escolar, isso pode envolver recompensas imediatas para comportamentos 
adequados, como completar uma tarefa, pedir ajuda de forma apropriada ou interagir 
positivamente com os colegas. A chave para o sucesso é garantir que o reforço seja dado de forma 
sistemática, tornando o aprendizado uma experiência constante e gratificante. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 35 
 
Ensaio comportamental e modelagem são técnicas utilizadas para ensinar novas 
habilidades por meio da repetição e da orientação gradual. Essas estratégias são especialmente 
eficazes para alunos com TEA, que podem ter dificuldades em aprender habilidades complexas 
sem uma orientação clara e prática. 
Nos ensaios comportamentais, o professor ou terapeuta divide as habilidades em 
pequenas etapas e ensina cada uma delas de forma incremental. Ao reforçar as tentativas corretas e 
corrigir as falhas de forma gentil, o aluno vai adquirindo a habilidade completa de forma 
progressiva. 
Além das habilidades acadêmicas, os alunos com TEA muitas vezes enfrentam desafios 
significativos em habilidades sociais e de comunicação. A intervenção contínua da ABA se 
concentra não apenas em habilidades acadêmicas, mas também na promoção de habilidades 
sociais essenciais para a inclusão no ambiente escolar. 
Essashabilidades podem ser ensinadas por meio de simulações, role-playing 
(representação de papéis), e reforço de comportamentos adequados de comunicação e interação. A 
prática regular de habilidades sociais, como iniciar conversas, fazer pedidos, resolver conflitos e 
colaborar com os colegas, pode melhorar significativamente a integração do aluno com seus pares 
e professores. 
Comportamentos disruptivos, como agressão, gritos ou comportamentos autolesivos, 
podem prejudicar o processo de inclusão escolar. 
A ABA utiliza uma abordagem sistemática para entender a função desses 
comportamentos e desenvolver estratégias para reduzi-los ou substituí-los por comportamentos 
mais adaptativos. 
A intervenção contínua é essencial nesse processo, pois permite ajustar as estratégias de 
manejo comportamental com base nas respostas do aluno. 
Táticas como a modificação de antecedente (para prevenir o comportamento indesejado) 
e a alteração de consequências (para reforçar comportamentos adequados) são ajustadas conforme 
o progresso do aluno, criando um ambiente mais positivo e controlado. 
A intervenção contínua em ABA não envolve apenas os alunos, mas também exige um 
suporte contínuo para os educadores e toda a equipe escolar. Isso inclui a formação constante dos 
professores e outros profissionais para que possam aplicar as técnicas da ABA de forma eficaz na 
sala de aula. 
A capacitação dos educadores é um fator determinante para o sucesso da inclusão escolar. 
A equipe deve ser treinada para identificar sinais de progresso ou dificuldades nos alunos e saber 
como ajustar as estratégias de ensino com base nas necessidades individuais. Além disso, o 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 36 
 
suporte contínuo pode incluir supervisão e orientação dos terapeutas ou especialistas em ABA, 
garantindo que as intervenções sejam implementadas corretamente. 
A intervenção contínua em ABA oferece diversos benefícios no contexto da inclusão 
escolar de alunos com TEA: 
Apoio constante para o desenvolvimento das habilidades: A ABA proporciona um aprendizado 
constante, com reforços contínuos, ajustes e intervenções que permitem ao aluno evoluir de forma 
constante e gradual. 
Melhoria no comportamento e habilidades sociais: A aplicação contínua da ABA reduz 
comportamentos problemáticos, ao mesmo tempo que ensina habilidades sociais e de comunicação, 
facilitando a integração do aluno com seus colegas e professores. 
Ambiente escolar mais inclusivo: Com a adaptação do ensino e das estratégias de comportamento, 
o ambiente escolar torna-se mais inclusivo, atendendo melhor às necessidades dos alunos com TEA e 
promovendo a convivência saudável com alunos típicos. 
Empoderamento dos educadores e familiares: O suporte contínuo aos professores e à família dos 
alunos com TEA garante que todos estejam alinhados e capacitados para contribuir efetivamente para o 
sucesso da inclusão. 
A intervenção contínua em ABA é fundamental para o sucesso da inclusão escolar de 
alunos com TEA. Essa abordagem permite o monitoramento constante do comportamento, a 
adaptação contínua das estratégias de ensino e a promoção de habilidades acadêmicas, sociais e 
comportamentais essenciais para o desenvolvimento do aluno. A aplicação sistemática e 
progressiva das técnicas de ABA oferece uma base sólida para a inclusão escolar, garantindo que 
os alunos com TEA tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver de maneira plena e 
integrada ao ambiente escolar. Para que essa intervenção seja bem-sucedida, é fundamental que os 
educadores recebam formação contínua e que o apoio seja oferecido de forma abrangente, 
envolvendo a colaboração entre todos os profissionais da escola e a família do aluno. 
2.13 COMO MANEJAR COMPORTAMENTOS DESAFIADORES COM (ABA) 
Manejar comportamentos desafiadores em alunos com Transtorno do Espectro Autista 
(TEA) no contexto escolar é uma das maiores preocupações para educadores e profissionais que 
trabalham com esses estudantes. Comportamentos como agressão, resistência a tarefas, 
verbalizações inadequadas ou autolesões podem surgir em diversos momentos e dificultar a 
integração do aluno no ambiente escolar. A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) oferece 
uma abordagem sistemática e baseada em evidências para identificar, entender e modificar esses 
comportamentos de maneira eficaz e ética. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 37 
 
A seguir, exploramos como a ABA pode ser utilizada para manejar comportamentos 
desafiadores, abordando desde a compreensão das causas desses comportamentos até a aplicação 
de estratégias específicas para a sua modificação. 
A primeira etapa no manejo de comportamentos desafiadores com ABA é compreender a 
função ou a razão subjacente para o comportamento. De acordo com a teoria comportamental, 
todo comportamento tem uma função e é reforçado por algo que o indivíduo deseja ou tenta evitar. 
Identificar qual é a função de um comportamento desafiador é essencial para a escolha de uma 
intervenção eficaz. As funções mais comuns incluem: 
Obter Atenção: O aluno pode exibir comportamentos desafiadores para chamar a atenção de 
professores, colegas ou familiares. 
Obter Tangíveis: O comportamento pode ser uma forma de o aluno obter um objeto ou uma 
atividade que deseja, como brinquedos ou alimentos. 
Evitar ou Escapar de uma Situação: Comportamentos disruptivos podem ser uma estratégia para 
evitar ou escapar de uma tarefa ou situação que o aluno considere aversiva, como uma atividade acadêmica 
difícil. 
Autoestímulo (Autoreforço): Alguns comportamentos são repetidos porque proporcionam uma 
sensação de prazer ou alívio, como balançar o corpo ou emitir sons repetitivos. 
Identificar a função do comportamento é essencial para que a intervenção seja 
direcionada corretamente. Por exemplo, se um aluno grita para evitar uma tarefa, uma intervenção 
eficaz pode envolver a modificação dessa tarefa ou o ensino de formas alternativas de 
comunicação. 
A Avaliação Funcional do Comportamento (AFC) é uma ferramenta essencial da ABA 
para entender os comportamentos desafiadores. Essa avaliação envolve observar o aluno em 
diferentes contextos, registrar os comportamentos, e analisar os antecedentes (o que ocorre antes 
do comportamento) e as consequências (o que ocorre depois do comportamento). 
A partir dos dados coletados, os profissionais podem desenvolver hipóteses sobre a 
função do comportamento e, com base nessas informações, planejar uma intervenção 
personalizada. A AFC também pode ser feita com a colaboração da família, professores e outros 
membros da equipe escolar para garantir uma análise abrangente e precisa. 
A ABA oferece uma série de estratégias comprovadas para reduzir comportamentos 
desafiadores e promover comportamentos mais adaptativos. Algumas das técnicas mais comuns 
incluem: 
O reforço positivo é uma das estratégias mais utilizadas na ABA para promover 
comportamentos desejáveis. Ele envolve a recompensa de comportamentos adequados para 
aumentar a probabilidade de que eles se repitam. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 38 
 
Quando um aluno exibe um comportamento adequado (por exemplo, pedir ajuda de 
forma apropriada, completar uma tarefa ou interagir com os colegas de maneira positiva), ele é 
imediatamente reforçado com um estímulo que seja altamente motivador para ele, como uma 
recompensa verbal ("Muito bem!") ou um reforço tangível (um brinquedo ou um tempo de lazer). 
 
O reforço positivo ajuda a ensinar ao aluno qual comportamento 
é esperado e o motiva a continuar a exibi-lo, para que o reforço seja 
eficaz, ele deve ser dado de forma consistente e imediata, logo após o 
comportamento desejável, para garantir que o aluno faça aconexão 
entre sua ação e a consequência positiva. 
(Sandro Garabed Ischkanian, 2021) 
 
A técnica de extinção envolve a retirada de um reforço que mantém o comportamento 
desafiador. Por exemplo, se um aluno grita para obter atenção e a resposta do educador é ignorar 
esse comportamento e não dar atenção, a probabilidade de o comportamento de gritar diminuirá 
com o tempo. É importante que o educador se comprometa a não reforçar o comportamento 
inadequado e, ao mesmo tempo, esteja pronto para reforçar comportamentos alternativos e 
desejáveis. 
A extinção, no entanto, pode inicialmente aumentar a frequência do comportamento (o 
chamado "excesso de extinção"), pois o aluno tenta intensificar o comportamento para obter o 
reforço que costumava receber. Por isso, é importante usar a extinção de maneira planejada e 
combiná-la com o reforço de comportamentos alternativos. 
A modelagem é uma técnica que envolve o reforço gradual de aproximações sucessivas 
de um comportamento desejado. Por exemplo, se um aluno tem dificuldade em pedir ajuda 
verbalmente, o educador pode começar reforçando o comportamento de olhar para o professor 
quando precisar de ajuda, depois reforçar o comportamento de levantar a mão, até que o aluno 
aprenda a fazer o pedido verbalmente. 
A modelagem é útil para ensinar habilidades mais complexas, dividindo-as em pequenas 
etapas e reforçando cada uma delas até que o comportamento desejado seja alcançado. Com o 
tempo, o aluno vai ganhando confiança e habilidade, o que ajuda a reduzir comportamentos 
problemáticos associados à frustração ou à falta de comunicação. 
Uma das abordagens mais eficazes para manejar comportamentos desafiadores é o ensino 
de habilidades alternativas. Se um aluno exibe um comportamento disruptivo para obter algo 
(como gritar para pedir um objeto), pode-se ensiná-lo uma maneira mais adequada de alcançar o 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 39 
 
mesmo objetivo, como pedir o item de maneira verbal ou usar um sistema de comunicação 
alternativo. 
Ensinar habilidades de comunicação eficazes e outras habilidades sociais é essencial para 
reduzir a necessidade de comportamentos desafiadores. Ao ensinar o aluno a expressar suas 
necessidades de maneira adequada, ele se torna mais independente e capaz de interagir de maneira 
positiva com os outros. 
A modificação dos antecedentes envolve a mudança de elementos do ambiente ou das 
situações que precedem um comportamento desafiador. Por exemplo, se um aluno fica agitado e 
grita ao ser solicitado a realizar uma tarefa de matemática, o professor pode modificar o ambiente 
(reduzindo distrações ou quebrando a tarefa em etapas menores) para reduzir a probabilidade de o 
comportamento ocorrer. 
Modificar os antecedentes pode ser uma maneira eficaz de prevenir comportamentos 
problemáticos, ao ajustar o ambiente de forma que ele seja mais propício ao aprendizado e ao 
comportamento positivo. 
A intervenção com ABA exige consistência para que os comportamentos sejam 
eficazmente modificados. Isso significa que todos os profissionais envolvidos — educadores, 
terapeutas, pais e outros membros da equipe escolar — devem estar alinhados nas estratégias de 
manejo de comportamentos e na aplicação de reforços. 
A colaboração entre os profissionais e a família também é fundamental. A equipe escolar 
deve trabalhar em conjunto com os pais, para que as estratégias de manejo de comportamentos 
sejam aplicadas tanto na escola quanto em casa, proporcionando uma abordagem unificada e 
consistente em todos os contextos da vida do aluno. 
Manejar comportamentos desafiadores com ABA no contexto escolar é uma abordagem 
eficaz e centrada na compreensão das necessidades individuais dos alunos. A análise funcional do 
comportamento, juntamente com estratégias como reforço positivo, extinção, modelagem, ensino 
de habilidades alternativas e modificação de antecedentes, permite que os educadores e terapeutas 
intervenham de maneira precisa e eficaz. 
A chave para o sucesso dessa abordagem é a intervenção contínua e a consistência, tanto 
na aplicação das técnicas quanto na colaboração entre todos os envolvidos no processo 
educacional. 
Ao implementar essas estratégias de maneira planejada e adaptada, é possível promover 
um ambiente escolar mais inclusivo e propício ao desenvolvimento de habilidades sociais, 
acadêmicas e comportamentais dos alunos com TEA. 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 40 
 
2.14 DICAS DE CRIAR E APLICAR PROGRAMAS (ABA) ESPECÍFICOS PARA A 
FAMÍLIA, ESCOLA, CONSULTÓRIO 
A criação e aplicação de programas específicos de Análise do Comportamento Aplicada 
(ABA) são fundamentais para atender às necessidades únicas de alunos com Transtorno do 
Espectro Autista (TEA), tanto no contexto familiar, escolar quanto clínico. Para que esses 
programas sejam eficazes, é necessário que sejam bem planejados, personalizados e consistentes. 
Antes de elaborar um programa, é essencial conhecer as necessidades, preferências e os 
comportamentos do aluno, tanto positivos quanto desafiadores. Trabalhe de perto com os pais para 
entender os desafios diários em casa, como dificuldades de comunicação, comportamentos 
repetitivos ou sensoriais, e áreas de habilidades sociais. 
Defina metas claras e alcançáveis com base no nível de desenvolvimento e nas 
prioridades da família. Esses objetivos podem incluir o desenvolvimento de habilidades de 
comunicação, aumento da independência nas tarefas diárias ou redução de comportamentos 
desafiadores, como birras ou agressão. 
A comunicação é uma área essencial para alunos com TEA. Ensinar formas alternativas 
de comunicação (como uso de cartões de comunicação, sistemas de símbolos ou linguagem de 
sinais) pode ser um objetivo importante no programa ABA familiar. A intervenção pode incluir 
reforço positivo sempre que o aluno usar essas alternativas para se expressar. 
Crie um sistema de reforço positivo que seja fácil de aplicar e consistente em casa. A 
consistência é fundamental, portanto, todos os membros da família devem estar alinhados quanto 
ao uso de reforços e à aplicação das estratégias de ABA. 
Trabalhe com a família para ensinar o aluno a identificar suas emoções e usar técnicas de 
autocontrole, como respirar profundamente ou contar até dez. Isso pode ser feito de forma gradual 
e com o reforço de comportamentos positivos. 
Envolva a família no processo de criação de uma rotina estruturada. A previsibilidade 
ajuda a reduzir a ansiedade em crianças com TEA. Além disso, personalize o sistema de 
recompensas com base nas preferências da criança (brinquedos, atividades ou reforços sociais). 
Colabore com professores, coordenadores pedagógicos e outros profissionais da escola 
para garantir que o programa ABA seja integrado ao plano educacional do aluno. Isso envolve 
reunir informações sobre o desempenho acadêmico, social e comportamental do aluno na escola. 
No contexto escolar, os objetivos do programa ABA devem incluir não apenas a melhoria 
das habilidades acadêmicas (como leitura, escrita e matemática), mas também as habilidades 
sociais (interação com colegas, colaboração em grupos) e comportamentais (redução de 
comportamentos disruptivos). 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 41 
 
Para alunos com TEA, as habilidades acadêmicas podem ser ensinadas de maneira mais 
eficaz por meio de reforços imediatos e instruções claras. Divida tarefas complexas em etapas 
menores e ensine uma de cada vez, usando técnicas de modelagem e reforço positivo. 
As intervenções devem ser adaptadas para promover a inclusão do aluno no ambiente 
escolar regular. Isso pode envolver o uso de técnicas de ABA para ensinar o aluno a participar de 
atividades com colegas, aresponder a perguntas e a seguir instruções de maneira mais 
independente. 
Utilize modificações no ambiente, como materiais visuais, horários estruturados ou zonas 
de calma, para reduzir distrações sensoriais que podem dificultar a concentração e o foco do aluno. 
Isso cria um ambiente mais adequado para a aprendizagem. 
Ofereça treinamentos regulares para professores e funcionários sobre como aplicar as 
estratégias de ABA. O apoio constante à equipe escolar é fundamental para garantir a consistência 
e o sucesso das intervenções no ambiente educacional. 
Realize uma avaliação funcional do comportamento no consultório para identificar as 
causas subjacentes dos comportamentos desafiadores. Entender os antecedentes e consequências 
dos comportamentos ajuda a criar um plano de intervenção eficaz. 
Crie programas específicos para trabalhar áreas como comunicação, habilidades sociais e 
habilidades acadêmicas. No consultório, as metas podem ser mais intensivas e focadas no 
desenvolvimento de habilidades em ambientes controlados. 
No consultório, ensine habilidades de vida diária, como higiene pessoal, organização e 
vestimenta. Essas são habilidades que podem melhorar a independência do aluno, tornando-o mais 
autossuficiente em diversas áreas. 
Alunos com TEA podem apresentar dificuldades significativas em autorregulação 
emocional e controle de impulsos. Ensine técnicas específicas, como o uso de fidget toys, 
visualizações ou exercícios de respiração para ajudá-los a lidar com a frustração e a ansiedade. 
Crie um sistema de reforço estruturado no consultório que recompense comportamentos 
desejáveis, como manter a calma em situações difíceis, pedir ajuda de forma apropriada ou 
concluir atividades terapêuticas. Recompensas imediatas ajudam o aluno a fazer a conexão entre 
seu comportamento e o reforço recebido. 
Em alguns casos, as tecnologias de apoio, como aplicativos de comunicação aumentativa 
e sistemas de reforço visual, podem ser eficazes para complementar a intervenção ABA. O uso de 
tecnologia pode ajudar a manter o aluno mais envolvido e motivado. 
No consultório, ofereça sessões de treinamento para os pais, ensinando-os como aplicar 
as estratégias de ABA em casa. A continuidade entre o consultório e a residência é fundamental 
para o sucesso do programa. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 42 
 
Monitore o progresso do aluno com regularidade e ajuste o programa conforme 
necessário. A supervisão contínua permite que o terapeuta identifique pontos fortes e áreas que 
precisam de mais trabalho, promovendo o progresso contínuo. 
É importante ter tanto metas de curto prazo (como aprender a pedir ajuda) quanto metas 
de longo prazo (como interagir de forma apropriada em grupos). Isso ajuda a manter a motivação e 
a medir o progresso ao longo do tempo. 
Cada aluno com TEA é único, por isso personalize os programas ABA com base nas 
preferências, interesses e necessidades individuais. Isso aumenta a motivação do aluno e torna o 
processo de aprendizagem mais envolvente. 
Em todos os contextos (família, escola, consultório), é essencial que todos os 
profissionais envolvidos no cuidado do aluno (professores, terapeutas, pais, assistentes) estejam 
alinhados nas estratégias e objetivos do programa ABA. 
A consistência é crucial, mas também é importante ser flexível. Adapte as estratégias de 
ABA conforme necessário para atender às necessidades e ao progresso do aluno, garantindo que o 
programa continue eficaz. 
Criar e aplicar programas ABA específicos para diferentes ambientes (família, escola e 
consultório) exige uma abordagem colaborativa e personalizada. 
O sucesso desses programas depende de uma análise contínua das necessidades do aluno, 
do envolvimento de todos os profissionais relevantes e da consistência na aplicação das estratégias 
de ABA. Com a implementação de programas bem estruturados e adaptados, é possível promover 
o desenvolvimento acadêmico, social e comportamental dos alunos com TEA, facilitando sua 
inclusão em diferentes contextos. 
 
2.15 FUNÇÕES COMPORTAMENTAIS DA TERAPIA(ABA), ACESSO A TANGÍVEIS 
Na Análise do Comportamento Aplicada (ABA), a compreensão das funções dos 
comportamentos é fundamental para o desenvolvimento de intervenções eficazes. Cada 
comportamento tem uma razão ou propósito, e entender a função desse comportamento permite 
que os terapeutas, educadores e familiares intervenham de maneira adequada e eficaz. Uma das 
funções comportamentais mais comuns é o acesso a tangíveis, ou seja, quando um comportamento 
é reforçado pela obtenção de um objeto, brinquedo ou uma atividade que a pessoa deseja. 
Aqui, vamos explorar a função comportamental de acesso a tangíveis, suas implicações 
no contexto da ABA e como essa função pode ser abordada de forma eficaz durante as 
intervenções. 
A função comportamental de acesso a tangíveis ocorre quando um indivíduo exibe um 
comportamento para obter um objeto, um item de interesse, ou uma atividade desejada. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 43 
 
Os "tangíveis" podem incluir uma variedade de itens ou atividades, como: 
1. Brinquedos – Bonecos, jogos de construção, figuras de ação, etc. 
2. Jogos de tabuleiro – Jogos como xadrez, damas, ou outros jogos educativos. 
3. Livros – Livros de histórias, livros ilustrados, livros de figuras. 
4. Materiais artísticos – Lápis de cor, tintas, pincéis, canetinhas, massinha de modelar. 
5. Brinquedos eletrônicos – Brinquedos que emitem sons ou luzes, como carros de 
controle remoto. 
6. Alimentos ou guloseimas – Doces, frutas ou lanches preferidos. 
7. Bebidas – Sucos, refrigerantes ou outras bebidas preferidas. 
8. Dispositivos eletrônicos – Tablets, smartphones ou videogames. 
9. Jogos digitais – Jogos de celular ou aplicativos educativos. 
10. Atividades recreativas – Passeios ao parque, atividades de lazer como cinema ou 
brinquedos infláveis. 
11. Músicas ou vídeos – Canções favoritas ou vídeos de interesse. 
12. Material escolar – Lápis, canetas, cadernos, borrachas ou mochilas temáticas. 
13. Computadores ou laptops – Acesso a aplicativos educacionais ou jogos no 
computador. 
14. Produtos de uso pessoal – Roupas com personagens favoritos ou acessórios como 
bonés ou mochilas. 
15. Cartões ou figurinhas – Coleções de cartões ou figurinhas, que podem ser trocadas 
ou colecionadas. 
16. Atividades ao ar livre – Jogos de futebol, basquete ou outros esportes preferidos. 
17. Acessórios de arte – Ferramentas para desenhar ou pintar, como aquarelas e 
pincéis. 
18. Papel e materiais de escrita – Papel em branco, cadernos, folhas para rabiscar ou 
escrever. 
19. Almofadas ou cobertores preferidos – Itens de conforto pessoal, como cobertores 
com desenhos ou cores favoritas. 
20. Cartões de recompensa – Cartões ou cupons que podem ser trocados por 
recompensas específicas. 
Em termos simples, o comportamento é reforçado porque leva ao acesso a algo que o 
indivíduo deseja ou acha motivador. Esse tipo de reforço é muito comum, especialmente em 
crianças, e é uma função fundamental a ser considerada em programas de ABA. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 44 
 
Em ABA, um dos primeiros passos para lidar com comportamentos desafiadores é 
realizar uma avaliação funcional do comportamento (AFC). A AFC é uma ferramenta que permite 
entender o motivo subjacente a um comportamento, seja ele positivo ou desafiador. 
No caso do acesso a tangíveis, um comportamento desafiador pode ocorrer quando o 
indivíduo tenta alcançar um item ou atividade específica. Por exemplo, uma criança pode começar 
a gritar, bater os pés ou jogar objetos no chão para conseguir que o adulto lhe entregue um 
brinquedo ou permita que ela participe de uma atividade de suapreferência. 
Durante a AFC, o terapeuta observa e registra o comportamento, analisando os 
antecedentes (o que acontece antes do comportamento) e as consequências (o que acontece após o 
comportamento). Quando o comportamento ocorre sempre que o indivíduo busca obter um item 
ou uma atividade, pode-se concluir que a função desse comportamento é o acesso a tangíveis. 
Após identificar que um comportamento desafiador está sendo reforçado pelo acesso a 
tangíveis, o próximo passo é desenvolver uma estratégia de intervenção eficaz. Algumas das 
técnicas mais comuns em ABA para lidar com essa função comportamental incluem: 
Uma das abordagens mais eficazes é ensinar ao indivíduo uma maneira mais adequada de 
obter o que ele deseja, sem recorrer a comportamentos disruptivos. Por exemplo, se uma criança 
começa a gritar para pedir um brinquedo, o terapeuta pode ensinar a criança a pedir o brinquedo 
de forma apropriada, como dizer "por favor" ou usar uma comunicação alternativa (como cartões 
de comunicação ou linguagem de sinais). 
Se a criança grita ou bate os pés para obter um brinquedo, ensine-a a levantar a mão ou 
usar uma frase simples como "Eu quero o brinquedo". Quando a criança usar essa forma de 
comunicação, o adulto pode reforçar positivamente, entregando o brinquedo. 
A técnica de "delay of gratification" (adiamento da gratificação) pode ser usada para 
ensinar paciência e autocontrole. Isso envolve reforçar a criança por esperar um tempo 
determinado antes de receber o acesso ao item ou atividade desejada. O objetivo é ensinar ao 
aluno que ele pode obter o que deseja, mas que é necessário esperar de forma apropriada. 
Se uma criança quer um doce e começa a demonstrar um comportamento inadequado 
(como chorar ou gritar), o terapeuta pode ensiná-la a esperar um minuto antes de receber o doce. 
Durante esse tempo, o adulto reforça a calma da criança, mostrando que, ao esperar, ela poderá 
acessar o item desejado. 
Se o comportamento desafiador (como gritar ou fazer birra) está sendo reforçado por um 
item tangível, a técnica de extinção pode ser usada. A extinção envolve a retirada do reforço, ou 
seja, o comportamento desafiador não resulta mais no acesso ao item desejado. Com o tempo, o 
comportamento será extinto, pois não está mais sendo reforçado. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 45 
 
Se uma criança grita para obter um brinquedo, o adulto pode optar por ignorar o grito 
(não dar o brinquedo) e aguardar até que a criança se acalme. Quando a criança se acalmar e 
mostrar um comportamento mais apropriado, o brinquedo será oferecido como reforço. 
Ensinar habilidades de comunicação adequadas é uma estratégia central no ABA, 
especialmente quando a função do comportamento é o acesso a tangíveis. Isso envolve o uso de 
métodos como o ensino de linguagem verbal, a introdução de comunicação alternativa (como 
sistemas de comunicação aumentativa e alternativa, ou CAA) e a modelagem de respostas 
adequadas. 
Para uma criança que não verbaliza, o uso de PECS (Picture Exchange Communication 
System) pode ser introduzido. A criança pode aprender a trocar uma imagem do brinquedo 
desejado por uma resposta apropriada do adulto, em vez de gritar ou fazer comportamentos 
disruptivos. 
Uma abordagem interessante para reduzir a dependência de itens tangíveis é o uso de 
reforço intermitente, em que o reforço (o acesso ao item desejado) é fornecido em intervalos 
irregulares, não imediatamente após cada comportamento. Isso ajuda a reduzir a frequência do 
comportamento e a manter o interesse e a motivação da criança. 
Em vez de dar sempre o brinquedo imediatamente após um comportamento positivo, o 
reforço pode ser dado após um número variável de tentativas, ou após um comportamento 
específico ser demonstrado por um tempo maior. 
Para que as estratégias de ABA funcionem de maneira eficaz, é essencial que haja 
consistência na aplicação das técnicas, especialmente em situações em que o comportamento 
desafiador visa o acesso a tangíveis. 
Os pais, professores e terapeutas devem estar alinhados nas estratégias utilizadas e aplicar 
as intervenções de maneira consistente, garantindo que as respostas ao comportamento do aluno 
sejam previsíveis. 
É importante que as intervenções sejam monitoradas regularmente para garantir que o 
aluno está fazendo progresso e que as estratégias são adaptadas conforme necessário. Quando a 
função do comportamento é o acesso a tangíveis, a chave para o sucesso está em ensinar 
comportamentos alternativos e reforçar de maneira consistente as respostas apropriadas. 
O acesso a tangíveis é uma função comportamental comum em intervenções ABA, 
especialmente em crianças com TEA, onde comportamentos desafiadores podem surgir como uma 
forma de obter itens ou atividades desejadas. 
A intervenção eficaz envolve uma compreensão profunda da função do comportamento, a 
implementação de estratégias de reforço positivo, o ensino de habilidades de comunicação 
apropriadas e a utilização de técnicas como extinção e o adiamento da gratificação. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 46 
 
Com planejamento adequado, consistência e envolvimento de todos os profissionais e 
familiares, os programas de ABA podem ajudar a reduzir comportamentos problemáticos e 
promover uma comunicação mais eficaz e habilidades sociais mais apropriadas, melhorando a 
qualidade de vida dos indivíduos com TEA. 
 
3. CONCLUSÃO 
A aplicação da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) nas escolas brasileiras tem 
se mostrado extremamente positiva no contexto da inclusão escolar de alunos com Transtorno do 
Espectro Autista (TEA). A eficácia da ABA em promover o desenvolvimento de habilidades 
acadêmicas, sociais e comportamentais, bem como em melhorar a comunicação e reduzir 
comportamentos disruptivos, é amplamente reconhecida. Ao focar na modelagem de 
comportamentos, a ABA permite que os educadores trabalhem de forma sistemática e estruturada 
com alunos autistas, criando um ambiente de aprendizado mais inclusivo e acessível. Essa 
abordagem é essencial para garantir que as crianças com TEA tenham as mesmas oportunidades 
de aprendizado e desenvolvimento que os demais estudantes, promovendo a equidade no ambiente 
escolar. 
No entanto, para que os resultados positivos da ABA se tornem uma realidade em todas 
as escolas do Brasil, é fundamental que o governo e o Ministério da Educação (MEC) invistam na 
formação e capacitação de educadores. A implementação eficaz da ABA exige que os professores 
possuam um entendimento profundo dos princípios da Análise do Comportamento, assim como 
das estratégias e técnicas específicas que envolvem o método. Sem a formação adequada, os 
educadores não serão capazes de aplicar a ABA de maneira consistente e eficaz, o que pode 
comprometer o sucesso da inclusão escolar. Portanto, a capacitação dos docentes é um passo 
crucial para garantir que os benefícios da ABA sejam plenamente alcançados. 
A formação de professores deve ser abrangente e contínua, envolvendo tanto o 
treinamento inicial quanto a atualização constante dos conhecimentos sobre ABA. Programas de 
formação devem ser implementados nas escolas públicas e privadas, com ênfase nas estratégias de 
ensino e manejo de comportamentos disruptivos. É necessário que os educadores recebam suporte 
contínuo de especialistas em ABA, como terapeutas comportamentais, que podem orientá-los na 
aplicação das técnicas e intervenções. Com esse apoio, os professores estarão mais bem 
preparados para lidar com as necessidades específicas dos alunos com TEA e garantir uma 
educação inclusiva e de qualidade. 
Outro aspecto fundamental é o investimento do governo e do MEC na adaptação 
curricular para atender às necessidades dos alunos autistas. O currículo tradicional muitas vezes 
nãocontempla as particularidades desses estudantes, o que dificulta sua participação plena nas 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 47 
 
atividades escolares. A ABA permite que o currículo seja flexibilizado de forma eficaz, por meio 
da personalização de metas de aprendizagem e estratégias de ensino, ajustadas às capacidades e 
dificuldades de cada aluno. A integração do método ABA ao currículo escolar contribui para a 
criação de um ambiente de aprendizagem mais inclusivo, onde os alunos com TEA podem 
aprender de maneira significativa e desenvolver suas habilidades de forma progressiva. 
A avaliação funcional do comportamento, uma das principais ferramentas da ABA, 
desempenha um papel essencial na promoção de uma inclusão escolar bem-sucedida. Ao 
identificar as causas subjacentes dos comportamentos desafiadores, os educadores podem 
desenvolver intervenções mais eficazes, que favoreçam o aprendizado e a adaptação dos alunos ao 
ambiente escolar. 
A intervenção contínua, com ajustes regulares e a utilização de reforços positivos, garante 
que os progressos sejam mantidos ao longo do tempo. A aplicação sistemática da avaliação 
funcional permite que as estratégias de ensino sejam constantemente aperfeiçoadas, garantindo o 
sucesso da inclusão escolar. 
O trabalho conjunto entre educadores, terapeutas e familiares também é crucial para o 
sucesso da aplicação da ABA. Os terapeutas comportamentais desempenham um papel vital na 
criação e adaptação de programas individuais de ensino, colaborando com os professores para 
garantir que as estratégias da ABA sejam aplicadas de forma eficaz. 
A parceria com as famílias também é importante, pois elas podem fornecer informações 
valiosas sobre o comportamento e as necessidades dos alunos, além de colaborar com os 
profissionais na aplicação de técnicas de ABA fora do ambiente escolar. Dessa forma, o 
desenvolvimento das crianças autistas se dá de forma holística, considerando todos os aspectos de 
sua vida. 
Embora a ABA seja altamente eficaz, os desafios enfrentados pelos educadores, 
especialmente em salas de aula com alunos típicos e atípicos, não podem ser ignorados. 
A diversidade de necessidades dentro da sala de aula exige uma adaptação constante das 
estratégias de ensino e um comprometimento contínuo dos educadores. 
A gestão de comportamentos disruptivos, por exemplo, pode ser desafiadora, mas a ABA 
oferece ferramentas claras para lidar com essas situações, garantindo que o ambiente escolar se 
mantenha produtivo e harmonioso. Com a aplicação correta das estratégias, os comportamentos 
desafiadores podem ser reduzidos significativamente, permitindo que todos os alunos, 
independentemente de suas condições, se beneficiem do ambiente escolar. 
A criação de programas ABA específicos para as escolas, famílias e consultórios é outra 
maneira de maximizar os benefícios da ABA no contexto da inclusão escolar. Programas 
personalizados garantem que as necessidades individuais de cada aluno sejam atendidas, 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 48 
 
proporcionando intervenções direcionadas e eficazes. Ao envolver todos os aspectos da vida do 
aluno, a ABA contribui para o seu desenvolvimento integral, ajudando-o a superar desafios e 
alcançar seu pleno potencial. 
A personalização dos programas também assegura que cada criança tenha um plano de 
ensino adaptado às suas habilidades e dificuldades, promovendo um processo de aprendizagem 
mais eficiente. 
Outro ponto a ser destacado é a necessidade de proporcionar acesso a tangíveis, ou seja, 
recompensas que incentivem os alunos a alcançar seus objetivos. Na ABA, o uso de reforços é 
uma estratégia chave para promover comportamentos desejáveis e motivar o aluno a se engajar 
nas atividades escolares. 
A formação adequada dos professores, o investimento em recursos pedagógicos e a 
adaptação do currículo são medidas essenciais para garantir que a ABA seja aplicada de maneira 
eficaz e beneficie todos os alunos. Ao investir na capacitação dos educadores e no 
desenvolvimento de programas inclusivos, o Brasil pode dar passos significativos na promoção de 
uma educação verdadeiramente inclusiva para todos. 
REFERÊNCIAS 
CAMARGOS, Walter. A terapia comportamental com portadores de TID. In. Windholz, 
Margarida. Transtornos invasivos do desenvolvimento: 3º milênio. 2º edição. Brasília: corde, 
2005. p. 77-78. 
 
COOPER, J. O.; HERON, T. E.; HEWARD, W. L. Applied behavior analysis. 2.nd. Upper 
Saddle River, NJ: Pearson, 2007. 
 
CUNHA, Eugênio. Autismo e inclusão. 6ª edição, editora WAK. Rio de Janeiro 2015. 
 
LEAR, Kathy. Ajude-nos a aprender: manual de treinamento em ABA. Toronto, Ontario, 
Canadá: 2004. 
 
LEON, V. FONSECA, M. Contribuições do Ensino Estruturado na Educação de Crianças e 
Adolescentes com Transtorno do Espectro do Autismo. In: SCHIMIDT, Carlo. (Org.). Autismo, 
educação e transdisciplinaridade. Campinas, SP: Papirus, 2014. 
 
LOVAAS, O. I. Teaching Individuals with Developmental Delay: Basic Intervention 
Techniques. Austin: Pro-ed. 2002. 
 
RIBEIRO, E. BLANCO, M. Os desafios da escola pública Paranaense na perspectiva do 
professor PDE: um estudo sobre as propostas de intervenção com crianças autistas em sala 
de aula. Vol. 1. Paraná: PDE, 2016. 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 49 
 
Quais são os principais benefícios da aplicação da Análise do Comportamento Aplicada 
(ABA) para a inclusão escolar de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas 
escolas regulares no Brasil? 
 
Como a ABA contribui para o desenvolvimento das habilidades acadêmicas de alunos com 
TEA no contexto escolar? 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 50 
 
De que maneira a ABA pode ser usada para promover habilidades sociais em alunos com 
TEA dentro do ambiente escolar? 
 
Quais estratégias de ABA podem ser eficazes na redução de comportamentos disruptivos de 
alunos com TEA em sala de aula? 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 51 
 
Quais são os desafios enfrentados pelos educadores ao aplicar a ABA no contexto da inclusão 
escolar, especialmente quando se trabalha com alunos típicos e atípicos na mesma sala de 
aula? 
 
Como a formação de professores é fundamental para a aplicação eficaz da ABA nas escolas 
brasileiras, e quais são as lacunas existentes na formação profissional? 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 52 
 
Quais adaptações curriculares são necessárias para atender adequadamente os alunos com 
TEA dentro de um modelo de inclusão escolar baseado em ABA? 
 
 
Como a avaliação funcional do comportamento pode ser aplicada no contexto escolar para 
identificar as necessidades dos alunos com TEA e ajustar as intervenções de ABA? 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 53 
 
Quais são os principais obstáculos para a implementação contínua da ABA nas escolas 
brasileiras e como o governo e as instituições de ensino podem apoiar essa prática? 
 
Como os terapeutas especializados em ABA colaboram com os educadores e familiares para 
garantir o sucesso da inclusão escolar de alunos com TEA e o desenvolvimento de suas 
habilidades comportamentais? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 54 
 
 
LA APLICACIÓN DEL ANÁLISIS DEL COMPORTAMIENTO APLICADO 
(ABA) EN EL CONTEXTO DE LA INCLUSIÓN ESCOLAR EN BRASIL. CAMBIOS EN 
LA PREVALENCIA DEL TRASTORNO DEL ESPECTRO AUTISTA(TEA) 
REPORTADO POR LOS PADRES EN NIÑOS EN EDAD ESCOLAR. 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Andreia de Lima Aragão Teixeira 
Cíntia Aparecida Nogueira dos Santos 
Lucas Serrão da Silva 
Neusa Venditte 
Silvana Nascimento de Carvalho 
 
 
La inclusión escolar en Brasil, especialmente en el contexto de niños con Trastorno del 
Espectro Autista (TEA), ha adquirido una gran relevancia en los últimos años, destacando la 
necesidad de enfoques pedagógicos específicos para apoyar a estos estudiantes en las escuelas 
regulares. Uno de los enfoques más efectivos en este contexto es la aplicación de la Análisis del 
Comportamiento Aplicado (ABA), un método basado en principios conductuales para promover el 
desarrollo de habilidades académicas, sociales y de comportamiento, facilitando la inclusión de los 
niños con TEA en el entorno escolar. 
En Brasil, al igual que en muchos otros países, se ha observado un aumento en la 
prevalencia del TEA, aunque no siempre existe una cifra oficial precisa debido a la falta de 
estudios nacionales amplios. En Estados Unidos, según investigaciones, se estima que uno de cada 
50 niños tiene un diagnóstico de TEA, una cifra que ha incrementado en las últimas décadas. Este 
aumento ha llevado a la necesidad urgente de adoptar métodos educativos efectivos, como el 
ABA, para asegurar que los niños con TEA puedan desarrollarse adecuadamente en el entorno 
escolar y alcanzar su pleno potencial. 
La ABA ha demostrado ser particularmente eficaz para abordar los desafíos del TEA en 
el ámbito educativo. La técnica se centra en la modificación de conductas a través de la enseñanza 
de habilidades específicas y el refuerzo positivo de comportamientos deseables, lo cual resulta 
fundamental para los estudiantes con TEA, quienes pueden presentar dificultades en áreas como la 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 55 
 
comunicación, las habilidades sociales y la regulación emocional. Por lo tanto, el uso de ABA en 
las aulas permite una enseñanza más personalizada y adaptada a las necesidades de cada niño, 
promoviendo su participación activa en el proceso educativo. 
El aumento de la prevalencia del TEA también implica que las escuelas deban estar mejor 
preparadas para gestionar la inclusión de estos estudiantes. Es esencial que los maestros reciban 
formación en ABA para poder implementar sus principios de manera efectiva en el aula. 
La capacitación docente es crucial para que los educadores puedan identificar las 
necesidades de los estudiantes con TEA y aplicar las intervenciones más adecuadas, lo que implica 
no solo conocer las estrategias de enseñanza del ABA, sino también cómo adaptar los métodos a 
cada niño y su contexto particular. 
La inclusión escolar efectiva de los estudiantes con TEA depende de la colaboración 
entre los docentes, los terapeutas especializados en ABA, y las familias. Juntos, estos actores 
pueden crear un entorno de aprendizaje en el que los estudiantes con TEA puedan prosperar, 
adquirir nuevas habilidades y superar las barreras que limitan su participación en el aula. Además, 
la intervención temprana, basada en el ABA, ha demostrado ser particularmente beneficiosa para 
el desarrollo de habilidades críticas en los primeros años de escolarización, lo que contribuye 
significativamente a la mejora de los resultados educativos a largo plazo para los niños con TEA. 
La implementación de la Análisis del Comportamiento Aplicado (ABA) en el contexto 
escolar de Brasil representa una herramienta clave para la inclusión efectiva de los estudiantes con 
Trastorno del Espectro Autista. 
No obstante, para garantizar su éxito, es fundamental que el gobierno, el Ministerio de 
Educación y las autoridades educativas inviertan en la formación de los maestros y en la creación 
de un entorno escolar inclusivo, adaptado a las necesidades de los estudiantes con TEA. 
 
EJEMPLOS DE LA APLICACIÓN DE ABA EN EL AULA 
1. Desarrollo de habilidades sociales: En un aula inclusiva, los estudiantes con TEA a 
menudo tienen dificultades para interactuar socialmente. A través de la ABA, se puede enseñar a 
estos estudiantes a saludar a sus compañeros, hacer preguntas adecuadas y esperar su turno en una 
conversación. Por ejemplo, se pueden usar técnicas de modelado, donde el profesor demuestra el 
comportamiento social deseado y luego refuerza al estudiante cada vez que lo imita correctamente. 
2. Mejora de la comunicación: Muchos estudiantes con TEA tienen dificultades en la 
comunicación verbal. ABA puede ser utilizada para enseñarles a pedir ayuda, expresar deseos o 
necesidades y seguir instrucciones. Un ejemplo concreto es el uso de tarjetas de comunicación o 
dispositivos electrónicos que ayudan a los niños a expresar lo que quieren, reduciendo la 
frustración y promoviendo la interacción positiva. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 56 
 
3. Reducción de comportamientos disruptivos: Los comportamientos disruptivos, como 
gritar o levantarse de la silla sin permiso, son comunes en los estudiantes con TEA. ABA permite 
identificar las razones detrás de estos comportamientos y aplicar intervenciones específicas, como 
el refuerzo positivo cuando el estudiante sigue las reglas, o la modificación del entorno para 
reducir las causas de estrés o frustración. 
4. Enseñanza de habilidades académicas: ABA también se utiliza para enseñar 
habilidades académicas, como leer, escribir y resolver problemas matemáticos. El enfoque paso a 
paso de ABA, donde se desglosan las tareas en partes pequeñas y se refuerzan los éxitos parciales, 
es particularmente útil para estudiantes con TEA que pueden sentirse abrumados por tareas 
complejas. 
 
IMPORTANCIA DE LA ABA EN LA INCLUSIÓN ESCOLAR 
La inclusión escolar no se trata solo de permitir que los estudiantes con TEA asistan a las 
mismas aulas que los estudiantes neurotípicos, sino de asegurarse de que reciban el apoyo 
necesario para tener éxito en un entorno educativo común. La ABA es una de las metodologías 
más efectivas para facilitar esta inclusión porque se adapta a las necesidades individuales de cada 
estudiante, utilizando intervenciones basadas en evidencia para fomentar habilidades académicas, 
sociales y de comportamiento. 
1. Promoción de la igualdad de oportunidades: La ABA ofrece una forma estructurada y 
probada de apoyar a los estudiantes con TEA para que tengan las mismas oportunidades 
educativas que los demás. Esto es esencial para promover la equidad en las escuelas y garantizar 
que los estudiantes con TEA no queden atrás. 
2. Desarrollo de habilidades clave: La aplicación de ABA ayuda a los estudiantes con 
TEA a desarrollar habilidades clave que les permiten participar activamente en las actividades 
escolares y sociales. Esto incluye habilidades de comunicación, autocontrol, resolución de 
problemas y habilidades académicas, que son fundamentales para su integración exitosa en el 
entorno escolar. 
3. Reducción de barreras para el aprendizaje: Los estudiantes con TEA a menudo 
enfrentan barreras significativas para el aprendizaje, ya sea debido a dificultades sensoriales, 
sociales o de comportamiento. La ABA permite abordar estos desafíos de manera sistemática, 
reduciendo las barreras para el aprendizaje y ayudando a los estudiantes a aprovechar su potencial 
al máximo. 
 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 57 
 
CÓMO INVERTIR EN LA EDUCACIÓN PARA PROMOVER LA 
 INCLUSIÓN A TRAVÉS DE ABA 
1. Capacitación continua para los docentes: La implementación exitosa de ABA 
requiere que los profesores reciban formación adecuada sobre los principios y técnicas del análisis 
de comportamiento aplicado. Esto debe ser una parte fundamental del desarrollo profesionalcontinuo para los educadores en las escuelas. Los programas de formación deben incluir tanto la 
teoría como la práctica, proporcionando a los docentes herramientas específicas para aplicar ABA 
de manera efectiva en el aula. 
2. Incorporación de ABA en el currículo escolar: Las escuelas deben adaptar su currículo 
para integrar las intervenciones de ABA en las actividades diarias. Esto no solo implica la 
enseñanza académica, sino también el enfoque en las habilidades sociales, emocionales y de 
comportamiento, asegurando que todos los aspectos del desarrollo de un niño sean cubiertos. 
3. Asignación de recursos y personal especializado: Para que ABA sea efectiva, las 
escuelas deben contar con recursos adecuados, como terapeutas comportamentales, psicólogos y 
otros profesionales capacitados en ABA. Estos profesionales pueden trabajar junto a los docentes 
para diseñar e implementar programas de intervención personalizados para los estudiantes con 
TEA. 
4. Fomento de la colaboración entre escuelas y familias: La inclusión escolar no debe 
limitarse al entorno del aula. Es fundamental que los padres y las familias de los estudiantes con 
TEA se involucren activamente en el proceso educativo. Programas de ABA deben ser 
coordinados entre la escuela, la familia y los terapeutas para asegurar que las intervenciones sean 
consistentes en todos los entornos en los que el estudiante interactúa. 
5. Evaluación continua del progreso: La implementación de ABA requiere una 
evaluación continua para asegurar que las intervenciones estén funcionando y que los estudiantes 
estén alcanzando sus objetivos. Las escuelas deben invertir en sistemas de evaluación que 
permitan medir el progreso de los estudiantes de manera precisa y realizar ajustes en las 
estrategias de enseñanza según sea necesario. 
CÓMO LA ANÁLISIS DE COMPORTAMIENTO APLICADO (ABA) 
CONTRIBUYE AL DESARROLLO DE HABILIDADES ACADÉMICAS, 
SOCIALES Y CONDUCTUALES, PROMOVIENDO LA INCLUSIÓN DE 
ESTOS ESTUDIANTES EN EL ENTORNO ESCOLAR 
El Análisis de Comportamiento Aplicado (ABA) es una de las intervenciones más 
efectivas para apoyar a los estudiantes con Trastorno del Espectro Autista (TEA) en su integración 
y desarrollo dentro del entorno escolar. ABA tiene un impacto positivo en el desarrollo de una 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 58 
 
variedad de habilidades esenciales, desde las habilidades académicas hasta las habilidades sociales 
y comportamentales, que son fundamentales para una inclusión exitosa en las aulas regulares. 
La base de ABA radica en la observación y modificación de comportamientos, utilizando 
principios científicos para enseñar habilidades y reducir conductas problemáticas. En el contexto 
escolar, ABA ayuda a los estudiantes con TEA a mejorar tanto su capacidad para participar en 
actividades académicas como su capacidad para interactuar de manera apropiada con sus 
compañeros y profesores. 
EFICACIA DE LA ABA ABORDADA A TRAVÉS DE LA MODELACIÓN DE 
COMPORTAMIENTOS 
La modelación de comportamientos es una de las técnicas más poderosas de ABA y juega 
un papel crucial en el desarrollo de habilidades tanto académicas como sociales. Esta técnica 
implica reforzar comportamientos progresivos hacia un objetivo final, desglosando una tarea 
compleja en pasos más simples. Por ejemplo, si el objetivo es enseñar a un niño con TEA a leer, 
ABA podría comenzar enseñando el reconocimiento de letras y luego pasar a palabras, frases y 
finalmente a la lectura fluida. Cada paso es reforzado de forma sistemática, lo que motiva al 
estudiante a continuar desarrollando nuevas habilidades. 
En términos sociales, la modelación también puede ser utilizada para enseñar 
interacciones apropiadas, como pedir turnos, saludar a los compañeros o pedir ayuda cuando sea 
necesario. A través de la repetición y el refuerzo, los estudiantes aprenden cómo comportarse en 
diversas situaciones. 
ENSEÑANZA DE HABILIDADES ESPECÍFICAS EN ABA 
ABA también se enfoca en enseñar habilidades específicas a los estudiantes con TEA, 
utilizando métodos estructurados y basados en evidencia. Estas habilidades pueden ser tanto 
académicas como sociales o comportamentales. En cuanto a las habilidades académicas, ABA 
puede ser utilizada para enseñar matemáticas, lectura, escritura y otras áreas curriculares 
utilizando estrategias como la repetición, el reforzamiento positivo y la simplificación de tareas. 
En cuanto a las habilidades sociales, ABA se utiliza para enseñar a los estudiantes a 
identificar y responder a las señales sociales, a entender las normas de comportamiento y a 
interactuar apropiadamente con otros niños. Esto es fundamental, ya que muchos estudiantes con 
TEA tienen dificultades para desarrollar estas habilidades de forma natural. 
Además, ABA es eficaz para enseñar habilidades comportamentales, como la 
autorregulación, el manejo de emociones y el control de impulsos, lo que puede ayudar a reducir 
comportamientos disruptivos en el aula. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 59 
 
ABA Y LAS INTERVENCIONES PARA MEJORAR LA COMUNICACIÓN Y 
REDUCIR COMPORTAMIENTOS DISRUPTIVOS 
La mejora de la comunicación es uno de los aspectos centrales en ABA, especialmente 
porque muchos niños con TEA presentan dificultades significativas para comunicarse de manera 
efectiva. ABA utiliza una variedad de enfoques, como el Sistema de Comunicación por 
Intercambio de Imágenes (PECS) o la enseñanza de lenguaje verbal, para ayudar a los estudiantes 
a expresar sus necesidades y deseos de manera apropiada. A través de estas intervenciones, los 
estudiantes pueden aprender a pedir cosas de manera adecuada, lo que reduce las frustraciones que 
pueden conducir a conductas disruptivas. 
Además, ABA se centra en reducir comportamientos disruptivos o inadecuados, como 
gritar, agredir o evitar tareas. Esto se logra mediante técnicas como el refuerzo diferencial, donde 
se refuerzan los comportamientos adecuados y se ignoran o se minimizan los comportamientos 
problemáticos. Al emplear estas estrategias de manera consistente, los educadores pueden 
fomentar un ambiente de aprendizaje más positivo y productivo. 
DESAFÍOS ENFRENTADOS POR LOS EDUCADORES AL TRABAJAR CON 
ABA EN EL AULA CON ESTUDIANTES TÍPICOS Y ATÍPICOS 
Aunque ABA es altamente efectiva, también presenta varios desafíos cuando se 
implementa en el entorno escolar. Uno de los principales desafíos es la necesidad de adaptar las 
intervenciones para satisfacer las necesidades individuales de los estudiantes. Cada estudiante con 
TEA tiene habilidades, intereses y comportamientos diferentes, por lo que es fundamental que el 
enfoque de ABA se personalice. 
Otro desafío es el entrenamiento adecuado de los maestros y educadores para utilizar 
ABA de manera efectiva en el aula. Muchos educadores no tienen experiencia con ABA y 
necesitan capacitación especializada para implementarlo de manera correcta. Además, cuando se 
trabaja con estudiantes típicos y atípicos en el mismo entorno, puede ser complicado equilibrar las 
necesidades de ambos grupos sin que uno de los grupos se vea desatendido. 
ESTRATEGIAS DE ENSEÑANZA BASADAS EN ABA 
Las estrategias de enseñanza basadas en ABA incluyen técnicas como la enseñanza de 
tareas discretas (DTT), que descompone las habilidades en pasos más pequeños y proporciona 
refuerzos inmediatos cuando se completan correctamente. Otras estrategias incluyen el uso de 
refuerzos positivos, modelado, encadenamiento y extinción. Estas estrategias son esenciales no 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 60 
 
solo para enseñar habilidades académicas, sino también para facilitar la interacción social y 
mejorar el comportamiento general en el aula. 
LA IMPORTANCIA DE LA FORMACIÓNinclusão escolar. Estas estratégias envolvem a utilização de reforços para incentivar 
comportamentos desejáveis, a aplicação de técnicas para reduzir comportamentos indesejados e o 
uso de diferentes formas de ensino, como o ensino direto, modelagem e ensino incidental. A 
personalização das intervenções e a adaptação contínua das estratégias de ensino são essenciais 
para garantir que cada aluno tenha acesso ao aprendizado de maneira eficaz. Isso implica que as 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 4 
 
práticas pedagógicas sejam flexíveis e capazes de se ajustar às mudanças no comportamento dos 
alunos. 
Um aspecto essencial para a implementação bem-sucedida da ABA nas escolas é a 
formação de professores. A aplicação adequada da ABA requer que os educadores compreendam 
profundamente os princípios da análise do comportamento e saibam como utilizá-los de maneira 
eficaz no ambiente escolar. A formação específica para professores em ABA é crucial, pois os 
profissionais precisam ser capazes de identificar os comportamentos-alvo, escolher as técnicas 
mais adequadas para modificá-los e implementar programas de ensino eficazes. Isso envolve tanto 
a capacitação inicial quanto a atualização contínua dos educadores, garantindo que as práticas de 
ABA sejam aplicadas com competência e segurança. 
A necessidade de adaptações curriculares é outro ponto crucial na 
inclusão escolar de alunos com TEA. 
(Cíntia Aparecida Nogueira dos Santos, 2024) 
 
O currículo escolar tradicional nem sempre atende às necessidades de alunos com 
dificuldades de aprendizagem e comportamentais. Nesse sentido, a ABA oferece uma abordagem 
flexível que pode ser ajustada para atender às necessidades específicas de cada aluno. Adaptar o 
currículo para permitir que alunos com TEA se envolvam com o conteúdo de maneira significativa 
é essencial para garantir sua inclusão plena. A ABA permite que as modificações sejam feitas de 
maneira estruturada e que as metas de aprendizagem sejam adaptadas às capacidades individuais 
dos alunos. 
A avaliação funcional do comportamento é um elemento central da ABA e desempenha 
um papel vital na inclusão escolar. Ela permite que os educadores compreendam as causas 
subjacentes dos comportamentos problemáticos e adotem estratégias de ensino mais eficazes. A 
avaliação funcional envolve a observação sistemática dos comportamentos do aluno, a análise de 
seu contexto e a identificação de fatores que podem estar influenciando suas respostas. Com essas 
informações, é possível desenvolver planos de intervenção mais precisos e eficazes, que ajudam a 
reduzir comportamentos disruptivos e promovem o desenvolvimento de habilidades desejadas. 
A intervenção contínua é fundamental para o sucesso da ABA. A abordagem exige que os 
educadores e terapeutas acompanhem constantemente o progresso dos alunos, ajustem as 
intervenções conforme necessário e forneçam reforços constantes para garantir a manutenção dos 
comportamentos positivos. A intervenção contínua também ajuda a prevenir o retorno de 
comportamentos indesejados e facilita a generalização das habilidades aprendidas para novos 
contextos, como outros ambientes escolares ou a casa dos alunos. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 5 
 
Os terapeutas que aplicam ABA desempenham um papel essencial no processo de 
inclusão escolar. Eles trabalham de perto com os educadores, alunos e famílias, ajudando a 
identificar as necessidades individuais dos alunos, desenvolver programas de intervenção 
personalizados e fornecer treinamento para os professores. Os terapeutas de ABA são responsáveis 
por implementar técnicas de ensino específicas e monitorar o progresso dos alunos, ajustando as 
intervenções conforme necessário. Eles também oferecem suporte contínuo para garantir que as 
estratégias sejam aplicadas corretamente e de maneira consistente. 
O manejo de comportamentos desafiadores é uma das habilidades essenciais para quem 
trabalha com a ABA. Comportamentos como agressão, fuga de atividades ou automutilação 
podem ser comuns em alunos com TEA, e a ABA oferece ferramentas eficazes para lidar com 
essas situações. Técnicas como o reforço positivo, a extinção de comportamentos indesejados e o 
treinamento de habilidades alternativas são aplicadas para reduzir esses comportamentos e 
promover respostas mais apropriadas. 
A criação e aplicação de programas específicos de ABA para famílias, escolas e 
consultórios é essencial para garantir que a abordagem seja aplicada de forma consistente e eficaz 
em todos os contextos em que o aluno se encontra. Programas de ABA personalizados garantem 
que as necessidades individuais de cada aluno sejam atendidas, levando em consideração as 
particularidades de cada ambiente e as expectativas de aprendizado. A colaboração entre 
terapeutas, educadores e famílias é fundamental para o sucesso desses programas. 
As funções comportamentais da terapia ABA são fundamentais para entender como os 
comportamentos dos alunos se desenvolvem e como podem ser modificados. A ABA considera os 
comportamentos como respostas a estímulos ambientais, e as intervenções se concentram em 
mudar esses estímulos e reforçar comportamentos positivos. A análise do acesso a tangíveis, por 
exemplo, ajuda a entender por que um aluno pode exibir um comportamento indesejado, como 
gritar ou bater, e como é possível substituir esse comportamento por uma resposta mais adequada. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
A Análise do Comportamento Aplicada tem um papel crucial na promoção da inclusão 
escolar de alunos com TEA. Por meio de estratégias eficazes de ensino e intervenções 
comportamentais, a ABA contribui significativamente para o desenvolvimento acadêmico, social e 
comportamental desses alunos. 
O sucesso da inclusão escolar depende da aplicação correta da ABA e 
da colaboração entre todos os envolvidos no processo. 
(Simone Helen Drumond Ischkanian, 2024) 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 6 
 
No entanto, para que essa abordagem seja eficaz, é necessário que educadores e 
profissionais da área estejam devidamente capacitados, que o currículo escolar seja adaptado e que 
as intervenções sejam contínuas e bem avaliadas. 
2.1 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO CONTEXTO DA 
INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL 
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem terapêutica baseada nos 
princípios da análise do comportamento, que visa promover mudanças positivas no 
comportamento humano por meio de intervenções sistemáticas e reforços. No contexto da inclusão 
escolar no Brasil, a ABA tem se mostrado uma ferramenta eficaz para a promoção da 
aprendizagem e desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), 
facilitando sua integração em escolas regulares. 
A inclusão de alunos com TEA, embora desafiadora, é essencial para garantir que todas 
as crianças tenham acesso a uma educação de qualidade, respeitando suas particularidades e 
potencialidades. 
A utilização da ABA no ambiente escolar tem como objetivo não apenas a adaptação do 
aluno com TEA ao espaço educacional, mas também a promoção de habilidades sociais, 
acadêmicas e de comunicação, essenciais para a interação com seus pares e professores. Por meio 
de intervenções precisas, a ABA ajuda a modificar comportamentos disruptivos, ensina novas 
habilidades e favorece a adaptação ao ambiente escolar, permitindo que o estudante participe 
ativamente das atividades educacionais. 
No Brasil, o crescente número de diagnósticos de TEA tem colocado a necessidade de 
inclusão em foco, gerando discussões sobre as melhores práticas pedagógicas e a formação 
adequada dos professores para lidar com essa demanda. Embora a legislação brasileira garanta a 
educaçãoDE PROFESORES PARA LA 
APLICACIÓN ADECUADA DE ABA 
Una de las claves para el éxito de la implementación de ABA en las escuelas es la 
formación adecuada de los profesores. Los educadores deben estar completamente capacitados en 
los principios de ABA y en cómo aplicarlos de manera efectiva en su entorno escolar. Esto incluye 
comprender cómo observar los comportamientos, cómo implementar estrategias de refuerzo y 
cómo adaptar las intervenciones para satisfacer las necesidades individuales de los estudiantes. 
Además, la formación debe ser continua, ya que los enfoques y las técnicas en ABA están en 
constante evolución. 
LA NECESIDAD DE ADAPTACIONES CURRICULARES PARA 
ESTUDIANTES INCLUSOS Y ABA 
La adaptación curricular es otra parte fundamental del proceso de inclusión de estudiantes 
con TEA en las aulas regulares. ABA puede ser utilizada para ajustar el currículo y garantizar que 
los estudiantes con TEA tengan acceso a los contenidos educativos de manera adecuada. Esto 
puede incluir la simplificación de materiales, la implementación de estrategias visuales, o la 
adaptación de los métodos de enseñanza para apoyar a los estudiantes en su aprendizaje. 
EVALUACIÓN FUNCIONAL DEL COMPORTAMIENTO EN ABA 
La evaluación funcional del comportamiento (FBA) es una herramienta crucial dentro de 
ABA. Se trata de un proceso sistemático para identificar las causas subyacentes de los 
comportamientos problemáticos y determinar las intervenciones más efectivas. A través de la 
FBA, los educadores pueden comprender mejor por qué un estudiante exhibe ciertos 
comportamientos y diseñar un plan de intervención que aborde específicamente esas causas, en 
lugar de simplemente tratar de eliminar el comportamiento. 
INTERVENCIÓN CONTINUA EN ABA PARA EL ÉXITO DE LA INCLUSIÓN 
ESCOLAR 
La intervención continua es esencial para asegurar el éxito de la inclusión escolar de los 
estudiantes con TEA. ABA no es una intervención que se aplique de manera puntual o 
intermitente, sino que requiere un enfoque constante y adaptativo. La intervención continua 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 61 
 
permite a los estudiantes desarrollar habilidades a lo largo del tiempo, recibir refuerzo regular y 
ser monitoreados para ajustar las estrategias según sea necesario. 
¿QUÉ HACEN LOS TERAPEUTAS ABA? 
Los terapeutas ABA juegan un papel crucial en la implementación de estas 
intervenciones. Son responsables de diseñar, implementar y monitorear programas de intervención 
que ayuden a los estudiantes a desarrollar habilidades y reducir comportamientos problemáticos. 
Además, trabajan en estrecha colaboración con los padres, maestros y otros profesionales para 
garantizar que el plan de intervención se aplique de manera efectiva en diversos entornos. 
CÓMO MANEJAR COMPORTAMIENTOS DESAFIANTES CON ABA 
Cuando un estudiante presenta comportamientos desafiantes, como agresiones o 
conductas disruptivas, ABA se enfoca en identificar la función de esos comportamientos (por 
ejemplo, si buscan atención o acceso a tangibles) y desarrollar estrategias específicas para 
manejarlos. Las intervenciones incluyen el uso de estrategias de refuerzo positivo, extinción y 
modificación de los antecedentes, todo con el objetivo de enseñar alternativas más apropiadas. 
CONSEJOS PARA CREAR Y APLICAR PROGRAMAS ABA ESPECÍFICOS 
PARA LA FAMILIA, ESCUELA Y CONSULTORIO 
Al crear programas específicos de ABA, es importante que se consideren las necesidades 
y características de cada entorno. Para las familias, se deben desarrollar programas que se integren 
en la vida diaria, como enseñar habilidades de autocuidado o la interacción social en el hogar. En 
las escuelas, los programas deben adaptarse al currículo escolar y trabajar con los maestros para 
garantizar que se sigan las estrategias adecuadas en el aula. En los consultorios, los terapeutas 
pueden trabajar en habilidades más específicas, como la resolución de problemas o la reducción de 
comportamientos disruptivos en entornos controlados. 
FUNCIONES COMPORTAMENTALES DE LA TERAPIA ABA: ACCESO A 
TANGIBLES 
Dentro del Análisis de Comportamiento Aplicado (ABA), uno de los conceptos clave es 
la función del comportamiento, que se refiere a la razón por la cual una persona realiza un 
comportamiento determinado. En ABA, los comportamientos no son vistos como simples 
"accidentes", sino que tienen una función específica que está relacionada con el ambiente y los 
refuerzos que el individuo recibe. Una de las funciones más comunes de los comportamientos, 
especialmente en niños con Trastorno del Espectro Autista (TEA), es el acceso a tangibles. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 62 
 
El acceso a tangibles hace referencia a la motivación de un comportamiento para obtener 
un objeto físico o una actividad específica que el individuo desea o valora. Estos tangibles pueden 
ser cualquier cosa que el niño perciba como reforzante o deseable, como juguetes, alimentos, 
dispositivos electrónicos, actividades preferidas, entre otros. Cuando un niño con TEA desea 
obtener un objeto o una experiencia y recurre a comportamientos problemáticos, como gritar, 
pegar o hacer rabietas, se está manifestando una demanda por acceso a tangibles. 
¿CÓMO SE IDENTIFICA LA FUNCIÓN DE ACCESO A TANGIBLES? 
Para identificar si un comportamiento está dirigido a obtener acceso a tangibles, los 
profesionales de ABA realizan una evaluación funcional del comportamiento (FBA). Este proceso 
implica observar el comportamiento en diferentes contextos y analizar qué sucede antes 
(antecedentes) y después (refuerzos) de que ocurra el comportamiento. A través de esta 
observación, se puede determinar si el comportamiento está relacionado con la obtención de un 
objeto o actividad específica. 
Por ejemplo, si un niño comienza a gritar cuando un maestro le quita un juguete, y el 
maestro cede y le da nuevamente el juguete después de que el niño grita, el gritar está siendo 
reforzado por el acceso al juguete. Este es un caso típico donde el comportamiento de gritar tiene 
la función de obtener acceso a un objeto deseado. 
CÓMO ABA MANEJA EL ACCESO A TANGIBLES 
Una vez que se ha identificado que un comportamiento tiene como función el acceso a 
tangibles, ABA utiliza estrategias específicas para enseñar a los estudiantes formas más 
apropiadas de obtener esos objetos o actividades. Algunas de las principales técnicas que se 
utilizan incluyen: 
Refuerzo Diferencial de Comportamientos Alternativos (DRA): Esta técnica implica 
reforzar un comportamiento alternativo más apropiado que también cumpla con la misma función. 
En lugar de permitir que un niño grite para obtener un juguete, se le refuerza por pedir el juguete 
de manera educada o mediante un gesto, como señalar. De esta manera, el niño aprende que la 
forma adecuada de obtener lo que desea es a través de una solicitud apropiada, no mediante 
conductas disruptivas. 
Extinción: En casos donde los comportamientos problemáticos están siendo reforzados 
por el acceso a tangibles, la extinción es una estrategia eficaz. Esto implica dejar de dar el 
reforzador (el objeto o actividad deseada) después de que el comportamiento problemático ocurra. 
En el caso del niño que grita para obtener un juguete, la extinción consistiría en no ceder al grito, 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 63 
 
sino esperar que el niño se calme y luego reforzar el comportamiento apropiado de pedir el 
juguete. 
Modelado: El modelado es otra estrategia utilizada en ABA para enseñar 
comportamientos alternativos. Aquí, el terapeuta o maestro muestra cómo se debe pedir un objeto 
o actividad de manera adecuada, y luego refuerza el comportamiento correcto del niño cuando lo 
replica. A medida que elniño aprende a pedir de manera apropiada, el uso de tangibles como 
refuerzo puede ser gradualmente reducido. 
Desensibilización: En algunos casos, los niños pueden tener una fuerte necesidad de 
acceso a ciertos tangibles debido a una fijación o preferencia particular. La desensibilización 
gradual implica ofrecer el objeto o actividad en intervalos más largos o con mayor retraso, lo que 
ayuda al niño a aprender a tolerar la espera y a reducir la impulsividad. 
Sistemas de intercambio de objetos o símbolos: Para los niños que aún no pueden 
verbalizar sus necesidades, ABA utiliza sistemas como el Sistema de Comunicación por 
Intercambio de Imágenes (PECS), donde el niño puede entregar una imagen o símbolo del objeto 
o actividad que desea, en lugar de recurrir a comportamientos problemáticos. 
EJEMPLOS DE TANGIBLES EN ABA 
Los tangibles utilizados en ABA pueden variar ampliamente, dependiendo de las 
preferencias individuales del estudiante. Algunos ejemplos comunes incluyen: 
 Juguetes: muñecos, bloques de construcción, figuras de acción. 
 Alimentos: golosinas, frutas, galletas. 
 Dispositivos electrónicos: tabletas, teléfonos, videojuegos, aplicaciones educativas. 
 Actividades recreativas: juegos de mesa, paseos al parque, juegos de agua. 
 Materiales escolares: lápices, cuadernos, mochilas con personajes favoritos. 
El objetivo de usar estos tangibles como refuerzo es motivar al niño a involucrarse en 
comportamientos apropiados, lo que facilita tanto su aprendizaje como su participación activa en 
las actividades escolares. 
EL IMPACTO DE LA GESTIÓN DE ACCESO A TANGIBLES EN LA 
INCLUSIÓN ESCOLAR 
El manejo adecuado del acceso a tangibles es fundamental para el éxito de la inclusión 
escolar de los estudiantes con TEA. Al enseñarles a pedir lo que necesitan de manera adecuada y 
reforzarlos por hacerlo, se reduce la probabilidad de que recurran a conductas problemáticas. 
Además, el uso de estos refuerzos de manera estratégica ayuda a los niños a aprender habilidades 
sociales importantes, como la paciencia, la autorregulación y el respeto por los demás. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 64 
 
Una correcta gestión de los tangibles también permite que los estudiantes con TEA 
participen más activamente en el entorno escolar, favoreciendo la interacción con sus compañeros 
y maestros, lo cual es clave para su integración en las aulas regulares. Al ser más capaces de 
comunicarse y participar de manera efectiva, los estudiantes pueden avanzar en su desarrollo 
académico y social, alcanzando un mayor nivel de independencia y éxito en la escuela. 
El acceso a tangibles es una función comportamental comúnmente identificada en niños 
con TEA, y gestionarla adecuadamente mediante ABA puede tener un impacto significativo en la 
mejora de los comportamientos y habilidades del estudiante. A través de la implementación de 
estrategias como el refuerzo diferencial, la extinción, y el modelado, los educadores pueden 
enseñar a los estudiantes a obtener lo que desean de manera apropiada, lo que favorece su 
inclusión escolar y su desarrollo integral. 
 
CONCLUSIÓN: 
La inclusión de estudiantes con Trastorno del Espectro Autista (TEA) en el sistema 
educativo brasileño representa un reto significativo, pero también una oportunidad valiosa para 
transformar el panorama educativo del país. En este sentido, el Análisis del Comportamiento 
Aplicado (ABA) emerge como una de las herramientas más efectivas para facilitar la integración 
de estos estudiantes en las aulas regulares, promoviendo su desarrollo académico, social y 
comportamental. A través de un enfoque científico y sistemático, ABA no solo ayuda a enseñar 
habilidades específicas, sino que también fomenta un ambiente inclusivo, reduciendo las barreras 
entre estudiantes con y sin discapacidad. 
El incremento en la prevalencia de los diagnósticos de TEA en Brasil y en el mundo ha 
hecho que sea necesario un enfoque más amplio y especializado para apoyar a los estudiantes con 
esta condición en el entorno escolar. Aunque no existen cifras exactas sobre el número de casos en 
Brasil, la literatura y los estudios internacionales, como el realizado por Blumberg et al. (2013), 
han mostrado un aumento considerable de los diagnósticos de TEA en los últimos años. Esto hace 
aún más urgente la necesidad de implementar estrategias pedagógicas basadas en evidencia que 
faciliten la inclusión real de estos estudiantes en las aulas regulares. 
ABA se ha destacado como una intervención eficaz para mejorar las habilidades 
académicas, sociales y comportamentales de los niños con TEA. En el ámbito académico, ABA ha 
demostrado ser exitosa en la enseñanza de habilidades fundamentales, como la lectura, las 
matemáticas y la escritura. Gracias a su enfoque basado en la repetición, el refuerzo positivo y la 
modelización de comportamientos, los estudiantes con TEA pueden aprender a través de métodos 
estructurados que favorecen la adquisición de competencias académicas. Asimismo, las 
intervenciones de ABA se centran en promover habilidades sociales esenciales, como la 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 65 
 
interacción con otros niños y el desarrollo de comportamientos apropiados en situaciones sociales. 
Estas habilidades son cruciales para la integración del niño en la comunidad escolar y su bienestar 
emocional. 
El desarrollo de habilidades comportamentales es otro aspecto central de la aplicación de 
ABA en el contexto educativo. Los estudiantes con TEA a menudo presentan comportamientos 
desafiantes que dificultan su adaptación al entorno escolar. ABA permite identificar las causas 
subyacentes de estos comportamientos problemáticos a través de la evaluación funcional del 
comportamiento, lo que posibilita la creación de estrategias personalizadas para manejar y reducir 
tales conductas. Al modificar estos comportamientos, se facilita la creación de un ambiente escolar 
más armonioso y favorable para el aprendizaje de todos los estudiantes, tanto típicos como 
atípicos. 
Sin embargo, la implementación efectiva de ABA en las escuelas de Brasil enfrenta 
varios desafíos. Uno de los mayores obstáculos es la falta de formación especializada en el 
personal docente y en los equipos de apoyo educativo. A pesar de la efectividad de ABA, muchos 
maestros y educadores no cuentan con la capacitación adecuada para aplicar sus principios de 
manera consistente. La capacitación continua y el desarrollo profesional son, por lo tanto, 
componentes clave para que la inclusión escolar de los estudiantes con TEA sea exitosa. Sin una 
formación adecuada en ABA, los educadores pueden sentirse inseguros o incapaces de manejar las 
necesidades específicas de estos estudiantes, lo que limita el potencial de la intervención. 
Además, la adaptación curricular es otro aspecto esencial que debe ser considerado para 
que la inclusión escolar sea efectiva. Los programas de ABA permiten hacer ajustes al currículo, 
diseñando actividades que se adapten a las capacidades de cada estudiante. Esto no solo mejora la 
participación de los estudiantes con TEA, sino que también asegura que todos los niños, 
independientemente de sus habilidades, tengan acceso a una educación de calidad. Los materiales 
visuales, las adaptaciones en las metodologías de enseñanza y el uso de estrategias de refuerzo son 
algunas de las formas en que ABA puede ayudar a integrar a estos estudiantes en las actividades 
escolares. 
En este contexto, la intervención continua es crucial para asegurar que los estudiantes con 
TEA se beneficien de la inclusión escolar a largo plazo. La intervención no debe ser vista como un 
proceso puntual, sino como un compromiso constante que permita a los estudiantes avanzar en su 
desarrollo y superar las barreras que puedan encontraren su proceso educativo. La aplicación 
constante de las técnicas de ABA, con la adaptación a medida que el estudiante progresa, garantiza 
un apoyo sostenido en su desarrollo tanto académico como social. 
Por otro lado, los terapeutas ABA juegan un papel fundamental en la implementación y 
supervisión de estas estrategias. Ellos no solo diseñan los programas de intervención, sino que 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 66 
 
también trabajan estrechamente con los maestros, las familias y los profesionales de la salud para 
asegurarse de que las técnicas de ABA se apliquen de manera coherente y efectiva en todos los 
contextos en los que el estudiante se desenvuelve. Su trabajo en conjunto con los educadores 
facilita una enfoque integral, que es clave para el éxito de la inclusión escolar. 
Otro aspecto relevante es la importancia de involucrar a las familias en el proceso 
educativo de los estudiantes con TEA. Las familias desempeñan un papel esencial en el éxito de 
las intervenciones de ABA, ya que son los principales referentes del niño fuera del aula. 
Programas de ABA deben ser diseñados de manera que incluyan a los padres y cuidadores en el 
proceso, brindándoles herramientas y estrategias que puedan aplicar en el hogar para reforzar las 
habilidades que se están enseñando en la escuela. Esto permite que el aprendizaje y el desarrollo 
del niño sean más consistentes y efectivos. 
Finalmente, el acceso a recursos y el apoyo institucional por parte del gobierno y el 
Ministerio de Educación (MEC) son esenciales para garantizar que los programas de ABA sean 
implementados de manera adecuada en las escuelas de Brasil. Es necesario un mayor 
financiamiento y políticas públicas que prioricen la formación de maestros, la disponibilidad de 
terapeutas especializados y la adaptación de los currículos escolares. Sin estos recursos, la 
inclusión escolar efectiva de los estudiantes con TEA seguirá siendo una meta difícil de alcanzar 
para muchas escuelas. 
En resumen, ABA representa una herramienta poderosa para la inclusión de estudiantes 
con TEA en el sistema educativo brasileño, con un impacto positivo en el desarrollo de 
habilidades académicas, sociales y comportamentales. No obstante, para que su aplicación sea 
verdaderamente efectiva, es crucial abordar los desafíos que enfrenta, como la capacitación 
docente, la adaptación curricular y la intervención continua. Con el apoyo adecuado de las 
autoridades educativas y el compromiso de los profesionales involucrados, el Análisis del 
Comportamiento Aplicado puede seguir siendo un modelo exitoso para la inclusión educativa en 
Brasil, contribuyendo significativamente a la calidad de vida y al bienestar de los estudiantes con 
TEA. 
 
 
BLUMBERG, S.J.; BRAMLETT, M.D.; KOGAN, M.D.; et al. Changes in prevalence of 
parent-reported autism spectrum disorder in school-aged. U.S. children: 2007 to 2011–2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 67 
 
 
 
A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO 
APLICADA (ABA) NO CONTEXTO DA INCLUSÃO 
ESCOLAR NO BRASIL. 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Andreia de Lima Aragão Teixeira 
Cíntia Aparecida Nogueira dos Santos 
Lucas Serrão da Silva 
Neusa Venditte 
Silvana Nascimento de Carvalho 
Unidade de Ensino: ________________________________________ 
Acadêmico (a): ____________________________________________ 
Curso: __________________________________________________ 
Período: _________________________________________________ 
Anotações: ________________________________________________ 
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
__________________________________________________________ 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 68 
 
1. ¿Cómo ha influido la prevalencia creciente del Trastorno del Espectro Autista (TEA) en 
la educación inclusiva en Brasil? 
 
2. ¿Cuál es el impacto de la implementación del Análisis del Comportamiento Aplicado 
(ABA) en el desarrollo académico de los estudiantes con TEA? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 69 
 
3. ¿Qué papel juega la ABA en la mejora de las habilidades sociales de los estudiantes con 
TEA en el contexto escolar? 
 
4. ¿Cómo se puede usar la ABA para reducir comportamientos disruptivos en estudiantes 
con TEA en las aulas regulares? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 70 
 
5. ¿Qué dificultades enfrentan los educadores al aplicar ABA en el aula, especialmente en 
contextos de inclusión de niños con y sin TEA? 
 
6. ¿Cómo debe ser la formación de los maestros para implementar ABA de manera efectiva 
en las aulas de Brasil? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 71 
 
7. ¿Qué cambios curriculares son necesarios para adaptar la enseñanza a los estudiantes con 
TEA bajo el enfoque ABA? 
 
8. ¿Cuáles son los métodos más efectivos de ABA para enseñar habilidades de comunicación 
a niños con TEA en la escuela? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 72 
 
9. ¿Cómo el uso de la ABA contribuye al desarrollo de habilidades académicas en niños con 
TEA? 
 
10. ¿Qué retos presentan los programas de ABA en la inclusión escolar en Brasil, y cómo 
se pueden superar? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 73 
 
11. ¿De qué manera la intervención ABA puede mejorar las interacciones sociales de los 
estudiantes con TEA con sus compañeros? 
 
12. ¿Qué papel tienen los padres en la implementación de ABA para el desarrollo 
académico y social de los niños con TEA en el contexto escolar? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 74 
 
13. ¿Qué estrategias ABA se pueden utilizar para motivar a los estudiantes con TEA a 
participar en actividades escolares? 
 
14. ¿Cómo se aplica la evaluación funcional del comportamiento en el contexto escolar 
dentro del enfoque ABA? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 75 
 
15. ¿Cuál es el papel de los terapeutas de ABA en las escuelas y cómo colaboran con los 
maestros? 
 
16. ¿Cómo afecta la formación de los profesionales de la salud en la implementación de 
ABA en las aulas? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 76 
 
17. ¿Qué tipo de refuerzos son más eficaces en el contexto de la educación inclusiva para 
estudiantes con TEA utilizando ABA? 
 
18. ¿Cómo se pueden adaptar las estrategias de ABA para abordar los comportamientos 
desafiantes de los estudiantes con TEA? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 77 
 
19. ¿Qué métodos de ABA se emplean para enseñar habilidades de resolución de 
conflictos en niños con TEA? 
 
20. ¿Qué resultados muestran los estudios sobre la efectividad de ABA en la inclusión 
escolar de niños con TEA en Brasil? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL.Página 78 
 
21. ¿Cómo se identifican las necesidades específicas de los estudiantes con TEA para 
aplicar ABA de manera adecuada? 
 
22. ¿Cuál es la importancia de la intervención temprana con ABA en el contexto de la 
inclusión escolar para estudiantes con TEA? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 79 
 
23. ¿Cómo el gobierno y las políticas educativas en Brasil pueden apoyar la 
implementación de ABA en las escuelas? 
 
24. ¿Qué tipo de adaptaciones se necesitan en el ambiente escolar para que la ABA sea 
efectiva en la inclusión de estudiantes con TEA? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 80 
 
25. ¿Cómo el uso de tecnologías educativas puede complementar la aplicación de ABA en 
las aulas? 
 
26. ¿Cuáles son los beneficios de utilizar ABA para enseñar habilidades de autocontrol y 
regulación emocional en niños con TEA? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 81 
 
27. ¿Qué diferencias existen en la aplicación de ABA en escuelas públicas y privadas en 
Brasil para estudiantes con TEA? 
 
28. ¿Cómo se puede fomentar la colaboración entre la familia, la escuela y los terapeutas 
para un enfoque integral de ABA? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 82 
 
29. ¿Qué importancia tiene la monitorización continua del progreso de los estudiantes 
con TEA bajo el enfoque ABA? 
 
30. ¿Qué desafíos presenta la implementación de ABA en áreas rurales o con pocos 
recursos educativos en Brasil y cómo se pueden abordar? 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 83 
 
 
LA APLICACIÓN DEL ANÁLISIS DEL COMPORTAMIENTO 
APLICADO (ABA) EN EL CONTEXTO DE LA INCLUSIÓN ESCOLAR EN 
BRASIL. CAMBIOS EN LA PREVALENCIA DEL TRASTORNO DEL 
ESPECTRO AUTISTA (TEA) REPORTADO POR LOS PADRES EN NIÑOS 
EN EDAD ESCOLAR. 
Simone Helen Drumond Ischkanian 
Gladys Nogueira Cabral 
Andreia de Lima Aragão Teixeira 
Cíntia Aparecida Nogueira dos Santos 
Lucas Serrão da Silva 
Neusa Venditte 
Silvana Nascimento de Carvalho 
Unidad de Enseñanza: ________________________________________ 
Estudiante:_________________________________________________ 
Curso: ____________________________________________________ 
Período: ___________________________________________________ 
Notas: ____________________________________________________ 
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________inclusiva, a implementação efetiva dessa proposta exige um esforço contínuo em 
capacitação de educadores, criação de estratégias de ensino personalizadas e adaptação do 
currículo escolar. 
A análise funcional do comportamento, uma das técnicas centrais da ABA, permite 
identificar as causas de comportamentos problemáticos e aplicar estratégias para modificá-los. 
Esse processo é fundamental para promover um ambiente de aprendizado mais eficaz e 
harmonioso, onde o estudante com TEA possa desenvolver suas habilidades de forma gradual e 
consistente. Além disso, a ABA também foca em reduzir comportamentos que prejudicam a 
convivência escolar, como os comportamentos agressivos e a resistência à interação social. 
Apesar de seus benefícios comprovados, a implementação da ABA nas escolas brasileiras 
enfrenta desafios, como a escassez de profissionais qualificados e a falta de recursos adequados. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 7 
 
A formação de professores é crucial para que a ABA seja aplicada de maneira eficaz, e é 
necessário que o governo e as instituições educacionais invistam em programas de capacitação 
contínua, além de adaptarem o ambiente escolar para atender a essa demanda. 
A colaboração entre escolas, terapeutas e famílias também é essencial 
para garantir o sucesso das intervenções baseadas em ABA. 
(Lucas Serrão da Silva, 2024) 
 
A aplicação da Análise do Comportamento Aplicada no contexto escolar brasileiro é um 
avanço significativo na promoção da inclusão de alunos com TEA, oferecendo a eles as 
ferramentas necessárias para o desenvolvimento de habilidades acadêmicas e sociais. Contudo, 
para que essa abordagem seja realmente efetiva, é necessário um investimento maior em formação 
profissional, recursos pedagógicos e adaptação curricular, com o apoio das políticas públicas e das 
iniciativas do Ministério da Educação. 
2.2 À INTEGRAÇÃO DE ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
(TEA) EM ESCOLAS REGULARES E A (ABA) 
A integração de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em escolas regulares é 
um dos maiores desafios enfrentados pelos sistemas educacionais contemporâneos, especialmente 
no Brasil. O TEA é um distúrbio do desenvolvimento que afeta a comunicação, o comportamento 
e a interação social, o que pode dificultar a adaptação e a participação plena dessas crianças em 
ambientes educacionais tradicionais. Contudo, a educação inclusiva é um direito fundamental, e é 
necessário garantir que todos os estudantes, independentemente de suas características, tenham a 
oportunidade de aprender e se desenvolver no mesmo espaço. 
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) se apresenta como uma abordagem 
terapêutica altamente eficaz para promover a inclusão de crianças com TEA nas escolas regulares. 
A ABA é uma metodologia baseada nos princípios da análise do comportamento, que utiliza 
técnicas de modificação de comportamento para ensinar habilidades e reduzir comportamentos 
indesejáveis. Ela é amplamente reconhecida por sua eficácia no ensino de crianças com autismo, 
sendo uma das principais intervenções recomendadas para melhorar as habilidades acadêmicas, 
sociais e de comunicação de indivíduos com TEA. 
A aplicação da ABA nas escolas regulares envolve a adaptação do ambiente escolar às 
necessidades dos alunos com TEA, garantindo que eles tenham a oportunidade de aprender de 
forma adequada. A ABA permite que os professores e terapeutas trabalhem com esses alunos de 
maneira individualizada, utilizando estratégias baseadas em reforço positivo para incentivar 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 8 
 
comportamentos adequados e habilidades sociais. Isso inclui ensinar habilidades de interação, 
como fazer amigos, esperar a vez e se comunicar de maneira funcional. 
A integração bem-sucedida de alunos com TEA em escolas regulares por meio da ABA 
depende de uma série de fatores, como a formação contínua dos professores, o planejamento de 
intervenções individualizadas e a colaboração estreita entre educadores, profissionais da saúde e as 
famílias dos alunos. É essencial que os professores recebam treinamento adequado sobre o que é o 
TEA, como funciona a ABA e como adaptar suas práticas pedagógicas para incluir esses alunos da 
melhor maneira possível. Além disso, a escola precisa estar preparada para fornecer o suporte 
necessário, o que inclui recursos materiais, como equipamentos de apoio, e a presença de 
profissionais qualificados, como terapeutas comportamentais. 
Outro aspecto importante é a avaliação funcional do comportamento, que é uma das 
estratégias centrais da ABA. Por meio dessa avaliação, é possível identificar as causas dos 
comportamentos problemáticos e desenvolver intervenções direcionadas para modificá-los. Esse 
processo é fundamental, pois muitos alunos com TEA podem apresentar comportamentos 
desafiadores, como agressões ou dificuldade em seguir regras, que podem comprometer sua 
adaptação ao ambiente escolar. A ABA busca entender esses comportamentos e oferecer 
alternativas mais funcionais, permitindo que o aluno se torne mais independente e participativo. 
Embora a ABA tenha se mostrado eficaz, é importante destacar que sua implementação 
nas escolas brasileiras ainda enfrenta desafios significativos. Entre os principais obstáculos, 
destacam-se a falta de capacitação de muitos professores e a escassez de recursos adequados nas 
escolas públicas. Para que a inclusão de alunos com TEA seja uma realidade, é fundamental que o 
governo e as instituições educacionais invistam em programas de formação para educadores, 
proporcionando-lhes as ferramentas necessárias para lidar com as especificidades do TEA. 
É imprescindível que as escolas adotem uma abordagem colaborativa, envolvendo não 
apenas os profissionais da educação, mas também terapeutas, psicólogos e as famílias dos alunos. 
A participação ativa dos pais no processo educacional e terapêutico é crucial para o sucesso da 
inclusão, pois eles podem fornecer informações valiosas sobre o comportamento e as necessidades 
do aluno fora da escola, o que ajuda a personalizar as intervenções. 
A inclusão escolar não é apenas um direito, mas uma oportunidade 
para todos os estudantes, com e sem TEA, aprenderem a viver e a 
conviver em um ambiente de respeito e aprendizado mútuo. 
(Gladys Nogueira Cabral, 2024) 
 
A integração de alunos com TEA em escolas regulares, quando realizada com a ajuda da 
Análise do Comportamento Aplicada, tem o potencial de promover uma inclusão significativa e 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 9 
 
eficaz. Contudo, para que esse processo seja bem-sucedido, é necessário um esforço contínuo de 
formação profissional, adaptação curricular e investimentos em recursos adequados. 
2.3 COMO A (ABA) CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES 
ACADÊMICAS, SOCIAIS E COMPORTAMENTAIS, PROMOVENDO A INCLUSÃO 
DESSES ESTUDANTES NO AMBIENTE ESCOLAR. 
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem comprovada e 
altamente eficaz no apoio ao desenvolvimento de habilidades acadêmicas, sociais e 
comportamentais de estudantes, especialmente aqueles com Transtorno do Espectro Autista 
(TEA). Sua aplicação no ambiente escolar visa promover a inclusão desses estudantes, 
permitindo-lhes não apenas participar ativamente das atividades acadêmicas, mas também 
interagir de forma positiva com seus colegas e desenvolver comportamentos adaptativos 
necessários para o sucesso escolar e social. 
2.3.1 DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES ACADÊMICAS 
A ABA contribui significativamente para o desenvolvimento acadêmico dos estudantes 
com TEA, oferecendo intervenções que atendem às necessidades específicas de aprendizagem de 
cada aluno. O ensino baseado em ABA éaltamente estruturado e utiliza reforços positivos para 
incentivar a aprendizagem. As habilidades acadêmicas, como leitura, escrita e matemática, são 
ensinadas de forma sequencial e adaptada às capacidades do aluno. A técnica de discreet trial 
training (treinamento por tentativa discreta) é frequentemente utilizada para ensinar habilidades 
acadêmicas de forma eficaz, dividindo as tarefas em etapas menores e mais gerenciáveis. 
Além disso, a ABA se foca na individualização do ensino. Cada aluno com TEA possui 
uma trajetória de aprendizagem única, e a ABA oferece flexibilidade para adaptar os métodos de 
ensino de acordo com as dificuldades e as fortalezas do aluno. Por exemplo, um aluno que 
apresenta dificuldades em compreender leitura pode ser incentivado com reforços específicos para 
cada progresso, ao passo que outro aluno, que tenha dificuldades com cálculos matemáticos, pode 
ter estratégias de ensino personalizadas. Isso permite que o aluno desenvolva as habilidades 
acadêmicas no seu próprio ritmo, sem ser sobrecarregado ou deixado para trás. 
2.3.2 DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES SOCIAIS 
As habilidades sociais são frequentemente desafiadoras para os estudantes com TEA, 
uma vez que esses alunos podem ter dificuldades em compreender normas sociais, fazer amigos 
ou interagir adequadamente com os outros. A ABA desempenha um papel crucial no ensino dessas 
habilidades sociais, utilizando técnicas como o modeling (modelagem), role-playing (jogos de 
papéis) e reforço positivo para promover interações sociais apropriadas. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 10 
 
Por exemplo, um professor pode demonstrar como cumprimentar um colega, como pedir 
ajuda de maneira educada ou como esperar a vez para falar. Depois, o estudante é incentivado a 
imitar esses comportamentos e, sempre que realiza a interação corretamente, recebe reforço 
positivo, como elogios ou uma recompensa, o que aumenta a probabilidade de o comportamento 
ser repetido. A ABA também pode ser usada para ensinar como gerenciar conflitos, como pedir 
desculpas ou como interpretar sinais sociais, como expressões faciais e tom de voz. 
A inclusão social de estudantes com TEA em ambientes regulares de ensino é fortalecida 
quando esses alunos têm a oportunidade de aprender habilidades sociais que os ajudam a interagir 
com os colegas e a construir amizades. O ensino dessas habilidades ajuda a reduzir a sensação de 
isolamento e promove a construção de uma rede de apoio entre os colegas de classe. 
2.3.3 DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES 
As habilidades acadêmicas e sociais, a ABA também se concentra no desenvolvimento de 
comportamentos adaptativos e na redução de comportamentos problemáticos. Comportamentos 
como agressão, autoagressão, gritar ou fugir de situações são comuns em crianças com TEA, mas 
podem ser modificados com a aplicação de intervenções baseadas na ABA. 
A ABA começa com a análise funcional do comportamento, que é uma avaliação 
sistemática que busca entender as causas e funções de um comportamento indesejado. A partir 
dessa análise, são desenvolvidas intervenções específicas para substituir o comportamento 
problemático por alternativas mais adaptativas. Por exemplo, se uma criança grita para chamar a 
atenção, a ABA pode ensinar o aluno a usar uma estratégia de comunicação alternativa, como 
levantar a mão ou pedir ajuda de forma verbal ou não verbal. 
Além disso, a ABA é eficaz na promoção de habilidades de autocontrole, como a 
capacidade de esperar a vez ou de permanecer quieto em atividades de grupo. Isso é fundamental 
para a adaptação de alunos com TEA ao ambiente escolar, pois muitos comportamentos 
desafiadores interferem nas atividades de sala de aula e na convivência com outros alunos. 
2.3.4 PROMOÇÃO DA INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR 
A inclusão de alunos com TEA em escolas regulares é um objetivo central da educação 
inclusiva, e a ABA facilita esse processo de várias maneiras. Ao promover habilidades 
acadêmicas, sociais e comportamentais, a ABA ajuda os alunos a se integrar de maneira mais 
eficaz no ambiente escolar. Isso não apenas melhora o desempenho acadêmico dos alunos com 
TEA, mas também melhora sua capacidade de interagir com outros alunos e participar de 
atividades extracurriculares. 
A ABA cria um ambiente de aprendizado estruturado e previsível, o que é 
particularmente importante para crianças com TEA, que frequentemente se beneficiam de rotinas 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 11 
 
claras e consistentes. Isso ajuda a reduzir a ansiedade, melhorar o foco e aumentar a confiança dos 
alunos na sua capacidade de lidar com o ambiente escolar. 
A ABA favorece a colaboração entre educadores, terapeutas, pais e outros profissionais 
da saúde, criando um plano de ensino holístico que aborda todas as necessidades do aluno. Essa 
abordagem integrada é fundamental para garantir que os alunos com TEA recebam o apoio 
contínuo de que precisam, tanto na escola quanto fora dela, para alcançar o sucesso acadêmico e 
social. 
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma metodologia fundamental para o 
desenvolvimento de habilidades acadêmicas, sociais e comportamentais de estudantes com TEA. 
Sua aplicação no contexto escolar não apenas promove o sucesso acadêmico desses alunos, mas 
também facilita sua inclusão social e a redução de comportamentos problemáticos. Com o apoio 
adequado de professores e terapeutas, e com a colaboração das famílias, a ABA oferece um 
caminho seguro e eficaz para garantir que as crianças com TEA possam participar plenamente do 
ambiente escolar, desenvolvendo seu potencial máximo e interagindo de forma positiva com seus 
colegas. Assim, a ABA contribui de maneira decisiva para a construção de um sistema 
educacional verdadeiramente inclusivo e eficaz para todos os alunos. 
2.4 A EFICÁCIA DA (ABA) É ABORDADA ATRAVÉS DA MODELAGEM DE 
COMPORTAMENTOS 
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem eficaz que visa a 
modificação de comportamentos e o desenvolvimento de habilidades por meio de intervenções 
sistemáticas. Uma das principais estratégias utilizadas na ABA para promover mudanças 
comportamentais é a modelagem de comportamentos, um processo que envolve reforçar 
gradualmente comportamentos desejados até que o comportamento final seja alcançado. A 
modelagem permite que intervenções sejam personalizadas e adaptadas para as necessidades 
específicas de cada indivíduo, sendo particularmente útil para crianças com Transtorno do 
Espectro Autista (TEA), que frequentemente apresentam dificuldades em áreas como 
comunicação, socialização e comportamento adaptativo. 
A modelagem de comportamentos na ABA envolve um processo passo a passo em que 
um comportamento complexo ou novo é ensinado de forma progressiva. Ao invés de esperar que o 
aluno aprenda uma habilidade em sua totalidade de uma vez, o ensino é feito em etapas menores e 
mais simples. Cada passo ou aproximação do comportamento desejado é reforçado até que o 
comportamento completo seja alcançado. Esse processo de reforço gradual ajuda o aluno a 
construir uma habilidade complexa de maneira natural, reduzindo a frustração e aumentando as 
chances de sucesso. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 12 
 
Ao ensinar uma criança a pedir ajuda, o processo pode começar com o reforço de 
comportamentos mais simples, como olhar para o professor ou levantar a mão. Conforme o aluno 
começa a dominar essas pequenas etapas, o comportamento vai sendo ampliado até que o aluno 
consiga pedir ajuda de forma verbalizada, como ―Preciso de ajuda‖. Cada uma dessas etapas 
intermediárias é reforçada, o que aumenta a probabilidade de o aluno continuar avançando até o 
comportamento final desejado. Amodelagem de comportamentos é especialmente eficaz no 
ensino de habilidades sociais e acadêmicas, áreas em que muitas crianças com TEA apresentam 
desafios. 
No contexto escolar, a modelagem pode ser aplicada para ensinar habilidades como 
cumprimentar os outros, seguir instruções, esperar a vez ou participar de atividades de grupo. Por 
exemplo, uma criança que tem dificuldades em fazer amigos pode ser ensinada, por meio da 
modelagem, a se aproximar de um colega e fazer uma pergunta simples como ―Você quer brincar 
comigo?‖. Cada tentativa de aproximação, por mais simples que seja, é reforçada para que o aluno 
aprenda a interagir de maneira mais natural. 
No campo acadêmico, a modelagem também pode ser aplicada em habilidades como 
leitura, escrita e resolução de problemas. Em vez de ensinar uma habilidade de maneira abstrata, a 
ABA a divide em componentes menores que são ensinados de forma sequencial. Por exemplo, no 
ensino da leitura, a criança pode começar a aprender as letras do alfabeto, depois formar palavras 
simples, até chegar à leitura de frases mais complexas. A cada pequena conquista, o 
comportamento é reforçado, incentivando a continuidade do progresso. 
O reforço positivo é um dos princípios centrais da ABA e é essencial para a modelagem 
de comportamentos. Esse tipo de reforço envolve recompensar comportamentos desejados, 
aumentando a probabilidade de que esses comportamentos sejam repetidos. No caso das crianças 
com TEA, o reforço positivo pode ser oferecido por meio de elogios, recompensas tangíveis, como 
adesivos ou brinquedos, ou por meio de privilégio, como a possibilidade de escolher uma 
atividade favorita. 
Ao reforçar as pequenas conquistas e progressos do aluno, a ABA ajuda a construir uma 
base sólida de comportamentos adaptativos, que são fundamentais para a integração social e 
acadêmica. Esse tipo de incentivo cria um ambiente de aprendizagem positivo, no qual a criança 
se sente motivada a continuar a aprender e a melhorar suas habilidades. Além de ensinar 
habilidades novas, a modelagem de comportamentos também pode ser utilizada para reduzir 
comportamentos indesejáveis ou desafiadores, como agressão, birra ou comportamentos 
autolesivos. Por meio da análise funcional do comportamento, a ABA identifica as causas desses 
comportamentos e implementa intervenções que ajudam a substituí-los por alternativas mais 
adequadas. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 13 
 
Se uma criança com TEA tende a se envolver em comportamentos agressivos para obter 
atenção, a ABA pode ensinar a criança a chamar a atenção de maneira mais apropriada, como 
pedindo ajuda ou sinalizando com a mão. Gradualmente, a criança será reforçada por usar essas 
alternativas mais adequadas em vez de comportamentos agressivos, o que contribui para um 
ambiente escolar mais harmonioso e seguro. 
A modelagem de comportamentos na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma 
das estratégias mais eficazes para promover o desenvolvimento de habilidades e a modificação de 
comportamentos em crianças com TEA. Através do reforço positivo e da abordagem sistemática 
de etapas menores, a ABA permite que os alunos aprendam novas habilidades de maneira eficaz e 
natural, ao mesmo tempo em que reduz comportamentos disruptivos. Esse processo é fundamental 
para a inclusão escolar, pois permite que os alunos se integrem mais facilmente em ambientes 
acadêmicos e sociais, melhorando sua qualidade de vida e promovendo uma aprendizagem mais 
significativa. 
 
2.5 O ENSINO DE HABILIDADES ESPECÍFICAS EM (ABA) 
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem amplamente utilizada 
para o ensino de habilidades específicas em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), 
focando em promover o desenvolvimento de competências acadêmicas, sociais, comunicativas e 
comportamentais. 
A eficácia do ABA se dá pela sua abordagem individualizada, 
permitindo que cada criança aprenda de acordo com suas 
necessidades, ritmo e características únicas. 
(Neusa Venditte, 2024) 
 
O ensino de habilidades específicas, por meio de ABA, é realizado de maneira 
estruturada, utilizando intervenções baseadas em dados, reforço positivo e técnicas de modelagem 
comportamental. 
2.5.1 HABILIDADES ACADÊMICAS 
O ensino de habilidades acadêmicas em crianças com TEA por meio da ABA foca em 
ensinar conceitos de forma sequencial e progressiva. 
A ABA quebra o conteúdo em partes menores e mais acessíveis, o que facilita a 
aprendizagem. Por exemplo, no ensino da leitura, a criança pode começar a aprender o alfabeto, 
depois formar palavras e, finalmente, construir frases. 
 
 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 14 
 
A cada pequena conquista, a criança é reforçada positivamente, o 
que aumenta a probabilidade de que ela continue a aprender. 
Silvana Nascimento de Carvalho 
 
A ABA utiliza a técnica de ensino por tentativas discretas (discrete trial training - DTT), 
que divide uma habilidade complexa em etapas pequenas e repetitivas. 
Ao ensinar a reconhecer números, o aluno é apresentado repetidamente a cartões com 
números e, quando ele identifica corretamente, recebe um reforço positivo. Isso garante que o 
aluno não se sinta sobrecarregado e tenha sucesso nas etapas menores, o que facilita a 
compreensão do conceito completo. 
2.5.2 HABILIDADES SOCIAIS 
O ensino de habilidades sociais é outro aspecto importante da ABA. Muitas crianças com 
TEA enfrentam dificuldades em interações sociais e podem ter problemas para compreender 
normas sociais, fazer amigos e responder adequadamente a diferentes contextos. A ABA oferece 
técnicas específicas para ensinar essas habilidades de forma eficaz. 
A modelagem de comportamentos sociais é frequentemente usada. Isso envolve a 
demonstração de um comportamento desejado, como cumprimentar outra pessoa, e o reforço de 
tentativas do aluno de imitar esse comportamento. 
A ABA pode ensinar desde habilidades mais simples, como fazer contato visual ou pedir 
ajuda de maneira adequada, até habilidades mais complexas, como iniciar e manter uma conversa. 
Técnicas como role-playing (jogos de papéis), onde o aluno e o terapeuta atuam 
diferentes cenários sociais, também são comuns. Essas atividades permitem que a criança 
experimente situações sociais em um ambiente controlado, desenvolvendo confiança e habilidades 
necessárias para interações no mundo real. 
2.5.3 HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO 
A ABA tem se mostrado extremamente eficaz no ensino de habilidades de comunicação, 
uma área onde crianças com TEA frequentemente enfrentam grandes desafios. O ensino de 
comunicação é essencial para que as crianças possam expressar suas necessidades, desejos e 
sentimentos de forma clara e adequada, facilitando sua inclusão social e acadêmica. 
Uma das abordagens mais usadas é o treinamento de comunicação funcional (Functional 
Communication Training - FCT), que ensina a criança a substituir comportamentos problemáticos, 
como gritar ou bater, por uma forma mais eficaz de comunicação, como usar palavras, sinais ou 
cartões de comunicação. O objetivo é ensinar a criança a comunicar suas necessidades de maneira 
mais adequada, garantindo que ela consiga interagir de forma mais eficiente com os outros. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 15 
 
O uso de sistemas de comunicação aumentativa e alternativa (CAA), como dispositivos 
de comunicação ou pictogramas, também é um recurso importante no ensino de habilidades 
comunicativas. 
Essas ferramentas ajudam as crianças com TEA que têm dificuldades na fala a se 
expressar de maneira mais clara, promovendo maior independência e participação nas atividades 
escolares e sociais. 
2.5.4 HABILIDADES COMPORTAMENTAIS E DE AUTOCONTROLEAs habilidades comportamentais, como o autocontrole e o gerenciamento de emoções, 
são fundamentais para o sucesso acadêmico e social. Muitas crianças com TEA apresentam 
dificuldades em regular seus comportamentos, o que pode afetar suas interações com os colegas e 
seu desempenho escolar. 
A ABA utiliza intervenções para ensinar habilidades como esperar a vez, controlar 
impulsos, manter o foco nas atividades e lidar com frustrações de maneira adequada. Técnicas 
como o reforço de comportamentos positivos e o uso de estratégias de autorreforço (como 
recompensas autoadministradas) são aplicadas para aumentar o autocontrole. A modelagem de 
comportamentos também é uma ferramenta eficaz para ensinar esses comportamentos, reforçando 
gradualmente a capacidade do aluno de controlar impulsos e comportamentos inadequados. 
2.5.5 HABILIDADES DE VIDA DIÁRIA 
A ABA também é utilizada para ensinar habilidades de vida diária, como escovar os 
dentes, se vestir, organizar materiais escolares e outras atividades que promovem a independência. 
Essas habilidades são ensinadas de forma estruturada e passo a passo, com reforço constante. 
Através de ensino de habilidades por encadeamento (onde o comportamento é ensinado em uma 
sequência específica), as crianças com TEA aprendem a realizar atividades cotidianas de maneira 
eficiente. 
O ensino de habilidades específicas em ABA é fundamental para o desenvolvimento de 
crianças com TEA, proporcionando-lhes as ferramentas necessárias para melhorar sua qualidade 
de vida, integrar-se socialmente e ter sucesso no ambiente escolar. Por meio de técnicas como o 
ensino por tentativas discretas, a modelagem de comportamentos e o treinamento de comunicação 
funcional, a ABA permite que as crianças adquiram habilidades acadêmicas, sociais, 
comportamentais e de comunicação de maneira eficaz e adaptada às suas necessidades. Ao focar 
na individualização do ensino e no uso de reforços positivos, a ABA contribui para a inclusão e o 
bem-estar das crianças com TEA, preparando-as para um futuro mais independente e bem-
sucedido. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 16 
 
2.6 (ABA) E AS INTERVENÇÕES QUE VISAM MELHORAR A COMUNICAÇÃO E 
REDUZIR COMPORTAMENTOS DISRUPTIVOS. 
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é amplamente reconhecida por sua 
eficácia no desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), 
especialmente no que diz respeito à melhoria da comunicação e à redução de comportamentos 
disruptivos. Esses dois aspectos são frequentemente áreas de grande desafio para essas crianças, e 
a ABA oferece um conjunto de intervenções estruturadas e baseadas em evidências para tratar 
essas dificuldades de maneira eficaz e individualizada. 
2.6.1 MELHORIA DA COMUNICAÇÃO COM ABA 
A comunicação é uma das áreas mais afetadas pelo TEA, e muitas crianças com essa 
condição enfrentam dificuldades significativas em expressar suas necessidades, desejos e 
sentimentos de maneira eficaz. A ABA se destaca na melhoria da comunicação através de técnicas 
e estratégias que ensinam as crianças a utilizar formas mais apropriadas de se comunicar, seja 
verbalmente, por sinais ou com sistemas de comunicação alternativa. 
Uma das abordagens mais comuns dentro da ABA para melhorar a comunicação é o 
Treinamento de Comunicação Funcional (TCF). Essa técnica visa ensinar as crianças a substituir 
comportamentos problemáticos, como agressões ou birras, por comportamentos de comunicação 
mais adequados. Por exemplo, se uma criança com TEA grita ou bate para chamar a atenção, o 
TCF ensina a criança a pedir ajuda de maneira apropriada, como dizendo ―preciso de ajuda‖ ou 
utilizando um cartão com a palavra ―ajuda‖. O reforço positivo é aplicado sempre que a criança 
utiliza a forma de comunicação desejada, aumentando a probabilidade de o comportamento 
adequado ser repetido. 
Sistemas de comunicação aumentativa e alternativa (CAA), como dispositivos eletrônicos 
ou cartões com imagens (PECS - Picture Exchange Communication System), são amplamente 
utilizados dentro da ABA para apoiar a comunicação. Esses sistemas ajudam as crianças que não 
têm habilidades verbais suficientes a expressar suas necessidades e desejos, facilitando a 
comunicação tanto no contexto escolar quanto em outras situações cotidianas. 
O Treinamento de Habilidades de Comunicação Social é outra técnica importante da 
ABA, que ajuda as crianças com TEA a interagir de maneira mais eficaz com seus colegas e 
professores. Isso envolve ensinar habilidades como cumprimentar, fazer perguntas e manter 
conversas simples. Ao praticar essas habilidades em situações controladas e em um ambiente 
estruturado, a criança ganha confiança e melhora sua capacidade de se comunicar em situações 
sociais. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 17 
 
2.6.2 REDUÇÃO DE COMPORTAMENTOS DISRUPTIVOS COM ABA 
Comportamentos disruptivos, como agressões, birras, autoagressão ou comportamento 
repetitivo, são comuns em crianças com TEA. Esses comportamentos podem dificultar a inclusão 
escolar e interferir no aprendizado, tornando essencial o uso de intervenções baseadas em ABA 
para reduzi-los de maneira eficaz. 
Um dos métodos mais eficazes para lidar com comportamentos disruptivos é a Análise 
Funcional do Comportamento (AFC), que permite identificar as causas subjacentes de um 
comportamento problemático. 
A AFC envolve a observação e análise do comportamento em diferentes contextos para 
entender o que está motivando a criança a exibir comportamentos indesejados. Pode ser que o 
comportamento disruptivo seja uma tentativa de evitar uma tarefa difícil, chamar atenção ou 
expressar frustração. Com essa compreensão, é possível planejar intervenções mais eficazes para 
resolver o problema. 
Por exemplo, se uma criança bate em colegas para obter atenção, a ABA pode usar 
reforços positivos para ensinar a criança a pedir atenção de maneira mais adequada, como 
levantando a mão ou usando uma frase simples. Se a criança se envolve em comportamentos 
disruptivos para evitar uma tarefa, a ABA pode ensinar a criança a pedir uma pausa ou a solicitar 
ajuda, utilizando um sistema de comunicação alternativa ou verbal. 
Uma estratégia adicional dentro da ABA para reduzir comportamentos disruptivos é o 
Reforço Diferencial, que consiste em reforçar comportamentos apropriados enquanto ignora ou dá 
menor atenção aos comportamentos indesejados. 
Outro exemplo, se uma criança se comporta de maneira agressiva, os educadores podem 
ignorar o comportamento disruptivo e, quando a criança exibir um comportamento mais adequado, 
como pedir ajuda de forma verbal, ela é imediatamente reforçada com elogios ou recompensas. 
Isso ajuda a criança a aprender que comportamentos mais adequados têm mais chances de resultar 
em recompensas positivas. 
Outra técnica relevante para a redução de comportamentos disruptivos é a Extinção, que 
envolve interromper a relação entre um comportamento problemático e sua consequência 
reforçadora. Por exemplo, se a criança grita para chamar atenção, a intervenção pode consistir em 
não dar atenção ao grito, mas reforçar outras formas de comunicação, como pedir educadamente. 
2.6.3 INTEGRAÇÃO DAS INTERVENÇÕES DE COMUNICAÇÃO E 
COMPORTAMENTO 
É importante notar que, no contexto da ABA, as intervenções de melhoria de 
comunicação e redução de comportamentos disruptivos frequentemente andam de mãos dadas. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 18 
 
Muitas vezes, comportamentos disruptivos surgem em resposta à frustração por não conseguir se 
comunicar de forma eficaz. 
Ao melhorar a comunicação, a ABA não apenas ajuda a criança a expressar suas 
necessidades de maneira mais adequada, mas também contribui para a reduçãode 
comportamentos indesejáveis. 
Por exemplo, uma criança com dificuldades em pedir algo pode começar a bater ou gritar 
quando precisa de algo. Através do ensino de habilidades comunicativas, como o uso de palavras 
ou cartões, a criança aprende a se expressar de maneira mais clara, o que diminui a frustração e 
reduz os comportamentos disruptivos. 
A implementação simultânea de intervenções de comunicação e comportamentais cria 
uma abordagem holística e integrada que promove o desenvolvimento e o bem-estar da criança. 
As intervenções de ABA que visam melhorar a comunicação e reduzir comportamentos 
disruptivos são essenciais para o sucesso educacional e social de crianças com TEA. 
A esse respeito, afirma Windholz (1995), 
 
Ser terapeuta comportamental envolve vários papéis: o de analista; das relações 
funcionais entre as ações de cada pessoa e seu ambiente, seus pupilos, dos passos em que 
devem ser divididas para se obter um resultado eficaz. Ao mesmo tempo, o terapeuta atua 
como educador, uma vez que para ele o tratamento envolve um procedimento abrangente 
e estruturado de ensino-aprendizagem ou reaprendizagem. Inclui também o papel de 
pesquisador, quando realiza manipulações experimentais, para verificar as hipóteses 
levantadas. (WINDHOLZ, 1995 apud RIBEIRO; BLANCO, 2016, p. 77). 
 
Através de métodos estruturados e baseados em dados, a ABA proporciona um ambiente 
de aprendizagem mais positivo e inclusivo, no qual as crianças podem desenvolver habilidades de 
comunicação adequadas e comportamentos adaptativos. Ao focar na individualização das 
intervenções e no reforço positivo, a ABA ajuda as crianças a alcançarem seu potencial máximo, 
promovendo sua inclusão em escolas regulares e em ambientes sociais de forma bem-sucedida. 
2.7 OS DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS EDUCADORES EM TRABALHAR COM A 
(ABA) NA SALA DE AULA COM EDUCANDOS TÍPICOS E ATÍPICOS 
A aplicação da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) nas escolas representa uma 
poderosa ferramenta para promover a inclusão e o desenvolvimento de habilidades de alunos com 
Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de beneficiar alunos com diferentes tipos de 
necessidades educacionais. No entanto, os educadores enfrentam diversos desafios ao utilizar essa 
abordagem no ambiente escolar, tanto ao trabalhar com alunos típicos quanto atípicos. Esses 
desafios podem envolver questões relacionadas ao treinamento adequado dos professores, 
adaptação do currículo, o tempo disponível para a implementação eficaz da ABA e a gestão de 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 19 
 
comportamentos em turmas heterogêneas. A seguir, são discutidos alguns dos principais desafios 
enfrentados pelos educadores. 
Um dos principais desafios enfrentados pelos educadores é a falta de formação 
especializada em ABA. A eficácia dessa abordagem depende de um conhecimento profundo das 
técnicas e princípios que a sustentam, como a análise funcional do comportamento, o uso de 
reforços, a modelagem de comportamentos e o ensino por tentativas discretas. Muitos professores 
enfrentam dificuldades em aplicar ABA de forma eficaz, especialmente quando não têm formação 
adequada para adaptar as estratégias às necessidades individuais dos alunos com TEA. 
A formação de educadores em ABA é essencial para que eles possam usar as 
intervenções de forma consistente e estruturada. No entanto, muitos professores enfrentam 
obstáculos como a falta de cursos de capacitação oferecidos pelas escolas ou pelo governo, além 
da sobrecarga de trabalho e a falta de tempo para se dedicar ao aprendizado de novas 
metodologias. Isso pode resultar em uma aplicação incompleta ou incorreta da ABA, prejudicando 
o desenvolvimento dos alunos. 
Outro grande desafio é a adaptação do currículo e das atividades pedagógicas para alunos 
com TEA, sem comprometer o aprendizado dos alunos típicos. As estratégias de ABA 
frequentemente exigem mudanças na forma como o conteúdo é apresentado e como as atividades 
são conduzidas. Isso pode significar dividir tarefas em etapas menores, usar reforços imediatos e 
estruturados, ou incorporar recursos como sistemas de comunicação alternativa. 
Nas turmas inclusivas, onde convivem alunos típicos e atípicos, pode ser difícil equilibrar 
o ensino de todos os alunos. As atividades precisam ser adaptadas de modo que favoreçam tanto o 
desenvolvimento acadêmico dos alunos típicos quanto as necessidades especiais dos alunos com 
TEA. A gestão de uma turma heterogênea exige muita habilidade por parte do educador para 
garantir que todos os alunos se beneficiem de uma abordagem pedagógica eficaz, sem que nenhum 
deles se sinta marginalizado ou excluído. 
A implementação de ABA exige tempo e recursos, tanto humanos quanto materiais. Em 
muitas escolas, a carga de trabalho dos professores é elevada, o que dificulta a dedicação 
necessária para trabalhar com ABA de forma eficaz. A análise do comportamento e a coleta de 
dados constantes sobre os progressos dos alunos, atividades essenciais na ABA, demandam tempo 
e planejamento. Professores podem não ter tempo suficiente dentro do horário escolar para 
monitorar constantemente o progresso de cada aluno, o que pode comprometer a continuidade das 
intervenções. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 20 
 
Além disso, a implementação da ABA requer recursos específicos, como materiais 
didáticos adaptados, sistemas de comunicação aumentativa (como cartões de imagens ou 
dispositivos de fala), e a presença de profissionais especializados, como terapeutas ocupacionais 
ou psicólogos, para auxiliar na aplicação das técnicas. A falta desses recursos e profissionais 
qualificados nas escolas é um desafio significativo para garantir a eficácia da abordagem. 
Gerenciar comportamentos disruptivos na sala de aula é um dos maiores desafios que os 
educadores enfrentam, especialmente em turmas inclusivas com alunos com TEA. 
Comportamentos como agressões, birras, autoagressão e recusa em participar das atividades 
podem interferir no andamento da aula e prejudicar a aprendizagem de outros alunos. Na ABA, os 
educadores são treinados para identificar as causas dos comportamentos e implementar estratégias 
para reduzi-los, como o reforço de comportamentos positivos ou o uso de alternativas para 
substituir comportamentos indesejados. 
No entanto, lidar com esses comportamentos em tempo real pode ser desafiador, 
especialmente quando há um grande número de alunos na sala. Além disso, é importante que os 
educadores consigam equilibrar as intervenções de ABA com as necessidades de outros alunos, 
evitando que a atenção seja voltada apenas para os comportamentos disruptivos e que os alunos 
típicos também recebam a orientação necessária. 
Muitos educadores enfrentam o desafio de lidar com o impacto emocional e psicossocial 
da inclusão de alunos com TEA. Crianças com autismo podem apresentar dificuldades de 
socialização, comunicação e autorregulação, o que pode gerar sentimentos de frustração tanto para 
os alunos quanto para os professores. A aplicação de ABA visa ajudar na socialização e no 
desenvolvimento emocional desses alunos, mas, para que isso aconteça de maneira eficaz, é 
fundamental que o educador tenha apoio adequado da escola e do sistema de saúde. 
É essencial que as escolas ofereçam suporte psicológico e psicológico-social para os 
educadores, para que eles possam lidar com as pressões emocionais e os desafios relacionados ao 
trabalho com alunos com necessidades especiais. O acompanhamento contínuo, tanto para os 
alunos quanto para os professores, é necessário para garantir que as intervenções de ABA sejam 
aplicadas de maneira eficaz e que todos os alunos recebam o suporte que precisam para seu 
desenvolvimento. 
A aplicação eficaz da ABA na sala de aula requer uma colaboraçãoestreita entre 
diferentes profissionais da educação, como professores, psicólogos, terapeutas ocupacionais, 
fonoaudiólogos e outros especialistas. A falta de comunicação e colaboração entre esses 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 21 
 
profissionais pode dificultar a implementação das intervenções de ABA, resultando em 
abordagens fragmentadas ou inconsistentes. 
Por exemplo, se um terapeuta estiver trabalhando em casa com uma criança utilizando 
uma técnica específica da ABA, mas o professor da escola não tiver conhecimento dessa técnica 
ou não estiver aplicando-a de maneira consistente, pode haver um descompasso entre os 
ambientes, o que pode prejudicar o desenvolvimento do aluno. A colaboração constante entre os 
profissionais é fundamental para garantir que a intervenção de ABA seja eficaz e coordenada. 
Embora a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) seja uma ferramenta altamente 
eficaz para promover o desenvolvimento de crianças com TEA, sua implementação na sala de aula 
enfrenta desafios significativos. A falta de formação especializada, a adaptação do currículo, o 
gerenciamento de comportamentos disruptivos e a colaboração entre profissionais são alguns dos 
obstáculos mais comuns. No entanto, com investimentos adequados em capacitação, recursos e 
suporte psicossocial, é possível superar esses desafios e garantir que a ABA seja aplicada de forma 
eficaz para beneficiar todos os alunos, tanto típicos quanto atípicos, promovendo uma educação 
inclusiva e de qualidade. 
2.8 AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO BASEADAS NA (ABA) 
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem científica amplamente 
reconhecida por sua eficácia no desenvolvimento de habilidades em crianças com Transtorno do 
Espectro Autista (TEA). Através de intervenções baseadas em dados, a ABA utiliza diversas 
estratégias de ensino adaptadas às necessidades de cada criança, promovendo a aquisição de 
habilidades acadêmicas, sociais e comportamentais. Essas estratégias são fundamentadas em 
princípios comportamentais, com o objetivo de modificar ou ensinar comportamentos de forma 
positiva e funcional. 
2.8.1 ENSINO POR TENTATIVAS DISCRETAS (DISCRETE TRIAL TRAINING 
- DTT) 
O Ensino por Tentativas Discretas (DTT) é uma das estratégias mais utilizadas dentro da 
ABA. Essa abordagem estrutura a aprendizagem de forma altamente sistemática e repetitiva. A 
técnica divide as tarefas ou habilidades em pequenos passos, os quais são ensinados de forma 
sequencial. Cada tentativa de ensino consiste em três partes: 
Discriminativo (SD): O educador apresenta a instrução ou pedido para que a criança 
execute uma tarefa. 
Resposta: A criança responde à instrução de acordo com o que foi solicitado. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 22 
 
Reforço: Se a resposta da criança estiver correta, ela é imediatamente reforçada, seja com 
um elogio, uma recompensa tangível ou outro tipo de reforço positivo. Caso a resposta não seja 
correta, a correção ou uma nova tentativa é feita de forma clara e estruturada. 
O DTT permite um alto grau de individualização, garantindo que as crianças com TEA 
possam aprender no seu próprio ritmo. A repetição de tentativas e o reforço contínuo facilitam a 
memorização e a aquisição de habilidades. 
2.8.2 MODELAGEM DE COMPORTAMENTO (SHAPING) 
A modelagem de comportamento, ou shaping, é uma estratégia em que um 
comportamento desejado é ensinado gradualmente. Em vez de exigir que a criança realize uma 
tarefa de forma correta desde o início, a técnica envolve reforçar sucessivos aproximamentos do 
comportamento ideal. 
Se o objetivo é ensinar uma criança a pedir "por favor", inicialmente pode-se reforçar a 
tentativa de gesticular ou apontar para o objeto desejado. Quando a criança começa a falar uma 
palavra, mesmo que incompleta, ela recebe reforço positivo. Com o tempo, os reforços são dados 
conforme o comportamento se aproxima cada vez mais do comportamento ideal – no caso, a frase 
completa "por favor". 
A modelagem permite que comportamentos complexos sejam adquiridos de maneira 
gradual e reforçada, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada criança. 
2.8.3 ENSINO INCIDENTAL (INCIDENTAL TEACHING) 
O ensino incidental é uma estratégia de ensino naturalista que se concentra no 
aprendizado através de interações espontâneas no ambiente. A ideia central dessa abordagem é 
aproveitar oportunidades que surgem no ambiente escolar ou em situações cotidianas para ensinar 
habilidades. 
Se uma criança vê um brinquedo fora do alcance e está claramente interessada, o 
educador pode usar essa situação para ensinar a criança a pedir o brinquedo utilizando palavras ou 
gestos, ao invés de simplesmente entregar o brinquedo sem que a criança se comunique. O ensino 
incidental visa tornar o aprendizado mais relevante e contextualizado, conectando o que é 
aprendido em sala de aula com o mundo real. 
O ensino incidental favorece a motivação da criança, já que ela aprende a partir de 
situações que são naturalmente interessantes e significativas para ela. 
2.8.4 REFORÇO POSITIVO E REFORÇO DIFERENCIAL 
O reforço positivo é uma das estratégias-chave dentro da ABA. Ela envolve reforçar um 
comportamento desejado imediatamente após sua ocorrência, com o objetivo de aumentar a 
probabilidade de que esse comportamento se repita. O reforço pode ser tangível (como 
brinquedos, alimentos ou adesivos) ou social (elogios, sorrisos, incentivos verbais). 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 23 
 
O reforço positivo, a estratégia de reforço diferencial é utilizada para aumentar ou 
diminuir comportamentos específicos, ignorando ou não reforçando comportamentos indesejáveis. 
Em vez de dar atenção a um comportamento disruptivo, por exemplo, o educador pode reforçar 
outro comportamento mais adequado (como pedir ajuda de forma verbal, em vez de gritar). Essa 
estratégia visa a substituição de comportamentos problemáticos por alternativas mais apropriadas. 
Ao usar essas técnicas, a ABA ajuda a criança a aprender não apenas a realizar tarefas 
específicas, mas também a manter comportamentos desejáveis em contextos sociais e escolares. 
2.8.5 TREINAMENTO DE COMUNICAÇÃO FUNCIONAL (FUNCTIONAL 
COMMUNICATION TRAINING - FCT) 
O Treinamento de Comunicação Funcional (FCT) é uma estratégia que visa ensinar 
formas mais eficazes e socialmente apropriadas de comunicação, substituindo comportamentos 
problemáticos (como gritos, birras ou agressões) por estratégias de comunicação mais adequadas. 
Se uma criança com TEA frequentemente grita para obter atenção, o FCT ensina a 
criança a pedir a atenção de forma mais apropriada, usando uma frase como "Eu preciso de ajuda" 
ou utilizando um dispositivo de comunicação (como cartões ou tablets). O reforço positivo é dado 
sempre que a criança utiliza a comunicação funcional, promovendo a repetição do comportamento 
desejado. 
O FCT ajuda a diminuir a ocorrência de comportamentos disruptivos, ao mesmo tempo 
em que melhora as habilidades de comunicação da criança, tornando-a mais capaz de se expressar 
adequadamente em situações sociais. 
2.8.6 ENSINO DE HABILIDADES SOCIAIS 
A ABA também é eficaz no ensino de habilidades sociais, uma área frequentemente 
desafiadora para crianças com TEA. Através de técnicas como role-playing (jogos de papéis), 
modelagem e ensino estruturado de interações sociais, a ABA oferece um conjunto de ferramentas 
para melhorar a capacidade das crianças de interagir com os outros. 
O educador pode ensinar uma criança a cumprimentar alguém, pedir desculpas ou 
compartilhar brinquedos, utilizando ensaios repetidos e reforço positivo. As interações sociais 
podem ser praticadas em um ambiente controlado, para que a criança tenha confiança antes degeneralizar essas habilidades para o ambiente escolar ou outros contextos sociais. 
2.8.7 ENSINO POR ENCADEAMENTO (CHAINING) 
O ensino por encadeamento é uma técnica usada na ABA para ensinar tarefas complexas, 
dividindo-as em uma sequência de passos menores e mais fáceis de realizar. Existem dois tipos 
principais de encadeamento: 
Encadeamento para frente: A criança começa com o primeiro passo da tarefa e, à medida 
que aprende, vai seguindo para os passos seguintes, até completar a tarefa inteira. 
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CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 24 
 
Encadeamento para trás: A criança começa com a última etapa da tarefa, e, uma vez que 
ela consiga completá-la, o educador ensina as etapas anteriores. 
Essa técnica é muito útil para ensinar habilidades de vida diária, como se vestir, escovar 
os dentes ou organizar materiais escolares. O encadeamento oferece uma maneira estruturada de 
ensinar atividades complexas de forma gradual e reforçada. 
As estratégias de ensino baseadas na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) são 
amplamente utilizadas para promover o aprendizado de crianças com TEA, oferecendo 
intervenções que são altamente estruturadas, individualizadas e eficazes. Através de técnicas como 
ensino por tentativas discretas, modelagem de comportamento, reforço positivo e treinamento de 
comunicação funcional, a ABA pode ajudar as crianças a desenvolver habilidades acadêmicas, 
sociais e de comunicação essenciais para sua inclusão e sucesso no ambiente escolar. 
A personalização das estratégias de ensino, o uso de reforços positivos e a adaptação 
contínua às necessidades da criança são fundamentais para maximizar os resultados da ABA e 
garantir uma aprendizagem significativa e 
 
2.9 A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A APLICAÇÃO 
ADEQUADA DA (ABA) 
A formação de professores desempenha um papel crucial na implementação eficaz da 
Análise do Comportamento Aplicada (ABA) nas escolas, especialmente no contexto da inclusão 
de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). ABA é uma abordagem baseada em 
evidências que exige uma compreensão profunda dos princípios comportamentais, além da 
habilidade de aplicar essas técnicas de forma sistemática e individualizada. Quando os educadores 
recebem a formação adequada, as chances de sucesso na inclusão escolar aumentam 
significativamente, resultando em um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e eficaz para 
todos os alunos, tanto típicos quanto atípicos. 
2.9.1 GARANTIA DE APLICAÇÃO EFICAZ DAS TÉCNICAS DA ABA 
A aplicação inadequada ou inconsistente das técnicas de ABA pode resultar em 
resultados insatisfatórios e até mesmo em danos para os alunos com TEA. A formação específica 
dos professores permite que eles compreendam os fundamentos da ABA e como adaptá-la de 
acordo com as necessidades individuais dos alunos. Técnicas como o reforço positivo, a 
modelagem de comportamentos, o ensino por tentativas discretas e a análise funcional do 
comportamento exigem um entendimento técnico para garantir que as intervenções sejam 
aplicadas de forma apropriada e eficaz. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
CONTEXTO DA INCLUSÃO ESCOLAR NO BRASIL. Página 25 
 
Sem a formação adequada, há o risco de aplicar métodos de maneira mecânica ou sem 
adaptação, o que pode levar a frustrações tanto para o aluno quanto para o educador. Professores 
bem formados, por outro lado, são capazes de avaliar a situação de cada aluno e de ajustar suas 
estratégias para maximizar o aprendizado e o desenvolvimento das habilidades dos estudantes com 
TEA. 
2.9.2 PERSONALIZAÇÃO DO ENSINO PARA NECESSIDADES 
INDIVIDUAIS 
Uma das principais forças da ABA é sua capacidade de ser altamente personalizada. Cada 
criança com TEA possui um perfil único, com diferentes níveis de habilidades, interesses e 
desafios. A formação de professores capacita-os a adaptar as intervenções da ABA para atender às 
necessidades específicas de cada aluno, ao invés de aplicar uma abordagem ―única para todos‖. 
Isso é essencial, pois as estratégias eficazes para um aluno podem não ser as mesmas para outro, 
mesmo dentro da mesma turma. 
Os professores precisam ser capazes de realizar a análise funcional do comportamento, 
que envolve identificar as causas e funções dos comportamentos desafiadores, e usar essas 
informações para planejar intervenções específicas e eficazes. A formação especializada oferece 
aos educadores as ferramentas e o conhecimento necessários para personalizar os planos de 
ensino, garantindo que cada criança tenha as melhores oportunidades de sucesso. 
2.9.3 MELHOR GESTÃO DE COMPORTAMENTOS DESAFIADORES 
Crianças com TEA frequentemente apresentam comportamentos desafiadores, como 
agressões, gritos, autoagressão ou fuga de tarefas. Esses comportamentos podem ser difíceis de 
manejar sem o conhecimento adequado, prejudicando a dinâmica da sala de aula e dificultando o 
aprendizado tanto do aluno com TEA quanto dos demais alunos. A formação em ABA fornece aos 
educadores estratégias claras e eficazes para lidar com esses comportamentos, abordando-os de 
maneira construtiva e respeitosa. 
Uma das técnicas centrais da ABA para o manejo de comportamentos desafiadores é o 
uso do reforço diferencial, onde comportamentos problemáticos são ignorados e comportamentos 
desejáveis são reforçados. 
Os professores formados podem implementar o ensino de habilidades alternativas, como 
o treinamento de comunicação funcional, para ajudar os alunos a expressar suas necessidades de 
maneira mais adequada. Dessa forma, os professores bem treinados não apenas gerenciam os 
comportamentos de forma eficiente, mas também ajudam os alunos a aprender novas formas de se 
comportar. 
 A APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO APLICADA (ABA) NO 
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2.9.4 ESTABELECIMENTO DE METAS CLARAS E AVALIAÇÃO 
CONTÍNUA 
A ABA é baseada em dados, e isso significa que os educadores devem ser capazes de 
estabelecer metas claras e medir o progresso dos alunos de forma contínua. A formação em ABA 
prepara os professores para realizar uma avaliação funcional do comportamento, identificar áreas 
de desenvolvimento e definir objetivos de aprendizagem mensuráveis. Isso permite que os 
educadores monitorem os avanços de cada aluno e ajustem as estratégias conforme necessário. 
Sem essa formação, os professores podem ter dificuldade em avaliar corretamente os 
progressos dos alunos, ou podem ter dificuldade em identificar os comportamentos que precisam 
ser modificados. O acompanhamento contínuo e a coleta de dados são essenciais para garantir que 
as intervenções da ABA sejam eficazes e que os alunos estejam realmente fazendo progressos. 
2.9.5 PROMOÇÃO DE UM AMBIENTE DE INCLUSÃO ESCOLAR 
A formação dos professores em ABA é também fundamental para a promoção de um 
ambiente escolar verdadeiramente inclusivo. Quando os educadores são bem treinados em ABA, 
eles são mais capazes de integrar de maneira eficaz os alunos com TEA em turmas regulares, 
respeitando suas individualidades e proporcionando a eles uma participação ativa nas atividades 
escolares. Isso vai além do simples acolhimento: significa garantir que o aluno com TEA receba o 
apoio necessário para interagir socialmente, aprender de forma eficaz e desenvolver habilidades 
acadêmicas. 
Ao entenderem como adaptar suas práticas pedagógicas e criar um ambiente de 
aprendizagem estruturado e previsível, os professores podem facilitar a inclusão de alunos com 
TEA, tornando a sala de aula mais acessível e acolhedora. Além disso, professores formados em 
ABA podem atuar como mediadores entre alunos típicos e atípicos, promovendo a compreensão e 
a empatia entre os estudantes. 
2.9.6 REDUÇÃO DA SOBRECARGA EMOCIONAL E PROFISSIONAL 
DOS EDUCADORES 
O trabalho com alunos com TEA pode ser emocionalmente desgastante

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