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UNIFACP 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PAULÍNIA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
LUCAS ANDERSON MARINHO FIGUEIRÔA 
 
 
 
 
 
 
OS PERIGOS DA AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS: 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAULÍNIA - SP 
2022 
 
 
 
LUCAS ANDERSON MARINHO FIGUEIRÔA 
 
 
 
 
 
 
OS PERIGOS DA AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS: 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao curso de Farmácia do 
Centro Universitário de Paulínia -
UNIFACP como requisito parcial para 
a obtenção do título de bacharel em 
Farmácia. 
 
Orientador: Ms.Prof. Priscila Torres 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAULÍNIA - SP 
2022 
 
 
 
LUCAS ANDERSON MARINHO FIGUEIRÔA 
 
OS PERIGOS DA AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS: 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Farmácia do Centro 
Universitário de Paulínia - UNIFACP como requisito parcial para a obtenção do 
título de bacharel em Farmácia. 
 
 
 
Aprovado em _____ / _____ / __________ 
 
 
 
 BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
 Professor: Ms. Marcelo Datti (Professor orientador - TCC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Professora: Ms. Maria do Carmo Santos Guedes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 A Deus, que me deu uma força incrivel e coragem para vencer todas as 
barreiras enfrentadas durante o curso, que me socorreu espiritualmente, dando-
me muita vontade de vencer. A minha amada falecida avó Izete, que sempre 
esteve comigo me guiando e insentivando em todos os momentos da minha vida. 
 A minha mãe, minha filha, esposa e irmãs, com eles compartilho a 
concretização deste trabalho que é para mim uma obra de arte. 
 A professora priscila Torres, minha orientadora, e ao professor Marcelo 
Datti, por ter acreditado na possibilidade da realização deste trabalho, pelo seu 
empenho e encorajamento, pela total disponibilidade e sugestões que foram 
muito preciosas para a realização desta manografia. 
A todos dessa instituição (UNIFACP) que permitiram que eu chegasse 
onde estou. Meus colegas de sala que foram companheiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Que seu remédio seja seu alimento, 
e que seu alimento seja seu 
remédio.” 
 
 Hipócrates 
 
 
 
 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABIFARMA - Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas 
 
ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária 
 
AVC – Acidente Vascular Cerebral 
 
FIP – Federação Internacional dos Farmacêuticos 
 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
 
HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica 
 
MS – Ministério da Saúde 
 
OMS - Organização Mundial de Saúde 
 
PRM - Problemas Relacionados com Medicamentos 
 
SINTOX – Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas 
 
SOCESP - Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Automedicação é a ingestão de medicamentos que não foram prescritos, e que o 
paciente por conta própria define qual deverá usar. Esse método arriscado pode 
esconder sintomas de doenças mais graves e gerar danos à saúde. Pessoas 
idosas consomem mais medicamentos que outros grupos, portanto mais 
probabilidade de fazer uso inconsciente dessas substancia. Esse estudo tem 
como objetivo mostrar fatores associados à prática da automedicação em idosos 
da cidade. O estudo acerca do tema exposto trata-se de uma pesquisa descritiva 
de caráter qualitativo, envolvendo a revisão bibliográfica para se alcançar este 
objetivo. Os dados coletados mostraram a falta de controle sobre a aquisição de 
medicamentos por idosos, o que beneficia consequências danosas que a 
automedicação propicia. 
 
Palavras-chave: Automedicação. Idosos. Saúde. Farmacêutico. 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Self-medication is the ingestion of medication that has not been prescribed, and 
that the patient decides on his own which he should use. This risky method can 
hide symptoms of more serious diseases and cause health damage. Elderly people 
consume more drugs than other groups, therefore more likely to make unconscious 
use of these substances. This study aims to show factors associated with the 
practice of self-medication in elderly people in the city. The study on the above 
theme is a descriptive research of qualitative character, involving the bibliographic 
review to achieve this objective. The data collected showed the lack of control over 
the acquisition of medicines by the elderly, which benefits the harmful 
consequences that self-medication provides. 
 
Keywords: Self-medication. Elderly. Health. Pharmacist. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 10 
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA ............................................... 11 
1.2. OBJETIVOS DA PESQUISA................................................................... 12 
1.2.1 Objetivo geral................................................................................... 12 
1.2.2 Objetivos específicos ...................................................................... 12 
2 METODOLOGIA ............................................................................................ 13 
2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ........................................................... 13 
2.2 CARACTERIZAÇÃO DO UNIVERSO DE PESQUISA E SUJEITO DA 
PESQUISA .................................................................................................... 13 
2.3 COLETA DE DADOS ............................................................................... 13 
2.4 MÉTODO DE ANÁLISE ........................................................................... 13 
3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 13 
3.1 AUTOMEDICAÇÃO ................................................................................. 14 
3.2 O USO DE FÁRMACOS PELOS IDOSOS............................................... 15 
3.3 OS IDOSOS E AS DOENÇAS CRÔNICAS ............................................. 16 
3.3.1 Hipertensão ....................................................................................... 17 
3.3.2 Diabetes Mellitus ............................................................................... 18 
3.4 REAÇÕES ADVERSAS NO USO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS . 19 
3.5 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM IDOSOS .................................. 20 
3.6 O USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS .............................................. 20 
3.7 O PAPEL DO FARMACÊUTICO COM A AUTOMEDICAÇÃO ................. 22 
4 RESULTADO E DISCUSSÃO ....................................................................... 23 
4.1 PRM............................................................................................................ 24 
4.2 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NO IDOSO ....................................... 25 
5 CONCLUSÃO ................................................................................................ 29 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 31 
 
 
 
 
10 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Federação Internacional dos 
Farmacêuticos (FIP) definem a automedicação como a prática pela qual as pessoas 
selecionam e usam medicamentos para tratar sintomas ou pequenos problemas de 
saúde assim reconhecidos pelosmesmos. 
Segundo Chaves (2014), a automedicação é identificada como uma atitude 
tomada pelo indivíduo na utilização de um medicamento, que acredita no tratamento 
favorável de tal sintoma, ou alívio do mesmo. 
Muitas pessoas para economizarem em consultas médicas e em exames clínicos 
preferem recorrer à automedicação, mesmo sabendo que a ingestão de medicamentos 
à base de indicação de balconistas da farmácia, de amigos, de vizinhos etc. Ou que os 
sintomas são de uma doença que já tem conhecimento ou que já teve é perigoso. Essa 
conduta, em geral sai mais cara, pois os medicamentos adquiridos podem causar 
doenças, mascarar sintomas ou até mesmo ter efeitos colaterais danosos. (AMORIM, 
2021). 
A automedicação encontra-se em crescimento sendo favorecida pela variedade 
de produtos farmacêuticos que são colocados no mercado e pela publicidade que os 
cerca. Facilmente podemos adquirir medicamentos sem a apresentação de uma receita 
médica, apesar de precisarem de prescrição. Em alguns países, em especial os países 
subdesenvolvidos a automedicação está sendo considerada uma necessidade, e 
inclusive de função complementar aos sistemas de saúde. (BUENO, 2017). 
 O uso irracional de medicamentos, sem nenhuma orientação médica, ou através 
de um profissional leigo, gera uma má qualidade de vida para o paciente, que tem em 
vista uma melhora instantânea. (MOYSÉS, 2022). O Brasil ocupa o primeiro lugar da 
América Latina na utilização de medicamentos sem prescrição médica ou orientação 
farmacêutica, ocupando a quinta posição do consumo mundial de automedicação 
(PAIM, et al., 2016). 
A ingestão de medicamentos por pessoas mais velhas tem como resultado um 
equilíbrio entre risco e benefício. Dessa forma, os mesmos medicamentos que podem 
aumentar o tempo de vida do idoso podem também afetar a sua qualidade de vida. 
(CARDOVA, 2019). 
11 
 
 
Devido aos riscos das doenças crônicas, o papel do farmacêutico no controle da 
automedicação em idosos deve ser de grande destaque, para orientar a farmacoterapia 
de modo benéfico ao organismo. (CARVALHO; SENA, 2017). 
 
1.1 PROBLEMATIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA 
 
Nos idosos, a média de medicamentos utilizados é habitualmente elevada, 
podendo variar entre três a sete medicamentos por pessoa. Entretanto, há indícios de 
que as taxas de automedicação entre os idosos são menores do que aquelas 
encontradas na população em geral (VERNIZI; SILVA, 2014). 
Ademais, a população idosa apresenta peculiaridade em relação ao uso de 
medicamentos. Alterações da massa corporal, com diminuição da proporção de água, 
diminuição das taxas de excreção renal e do metabolismo hepático, tendem a aumentar 
as concentrações plasmáticas dos medicamentos, incrementando as taxas de efeitos 
tóxicos (OLIVEIRA, et al, 2016). 
No Brasil, estudos populacionais sobre o consumo de produtos farmacêuticos 
evidenciam que o uso dos mesmos aumenta com a idade, tanto em pequenos povoados 
do interior como em grandes centros urbanos. O número médio de produtos oscila entre 
2,0 e 3,24 (COSTA, 2015). 
Do ponto de vista farmacológica, há duas hipóteses para as causas do aumento 
das reações adversas com a idade. A hipótese farmacocinética propõe que o declínio 
do metabolismo e da eliminação que ocorrem com o envelhecimento são responsáveis 
pelas respostas farmacológicas exageradas dos idosos (SANTOS; DIAS; MARTINS, 
2021). Segundo a hipótese farmacodinâmica, alterações na qualidade e ou na 
quantidade dos receptores aos fármacos podem contribuir para o aumento da 
sensibilidade do idoso aos fármacos (SILVA et al, 2015). 
A concentração plasmática do fármaco livre ou seus metabólitos ativos é o fator 
primário que determina a intensidade de sua ação. Embora o aumento do tempo de 
vida média plasmática de muitos fármacos relacionado a idade esteja bem 
documentado e se expresse na sua eliminação reduzida, a disposição deles envolve 
várias funções, incluindo absorção, distribuição, metabolismo e excreção. (TAVARES, 
2019) 
12 
 
 
O ideal seria que as pessoas não se automedicassem, uma vez que a vida 
saudável não está no balcão da farmácia, mas sim, nos cuidados de higiene pessoal e 
ambiental, hábitos sadios e qualidade de vida. A prática de esportes, caminhadas, 
alimentação balanceada, lazer e descanso dão mais sabor e qualidade à vida humana 
do que qualquer remédio (INSTITUTO MÁRIO ROMAÑACH, 2012). 
A medicação quando usada corretamente é de suma importância para manter 
um equilíbrio funcional do organismo, e seu uso desordenado coloca em risco a 
qualidade de vida e bem estar dos indivíduos. A falta de orientação por profissionais, 
quanto ao uso correto da medicação implica em resultados inesperados (SILVA et al, 
2021). 
O desenvolvimento da presente pesquisa resulta de uma preocupação com a 
automedicação na terceira idade, já que grande parte dos idosos reside com 
companheiro ou são viúvos (moram sozinhos), não são alfabetizados e são, na maioria 
das vezes, assistidos por familiares e vizinhos, tendo em vista as peculiaridades desse 
grupo populacional, tais como: 
• O uso incorreto dos fármacos para prática de automedicação; 
• Desconhecimento dos danos causados pela prática da automedicação; 
• Dificuldade de locomoção, diminuindo o acesso a hospitais e postos médicos, 
consequentemente, reduzindo o fluxo de consultas médicas. 
 
1.2. OBJETIVOS DA PESQUISA 
 
1.2.1 Objetivo geral 
 
• Investigar as características da automedicação pela população da terceira 
idade. 
 
1.2.2 Objetivos específicos 
 
• Identificar os meios que essa população adquire os medicamentos; 
• Identificar possíveis problemas ocasionados pela automedicação; 
• Avaliar as medidas de proteção contra a automedicação. 
13 
 
 
2 METODOLOGIA 
 
2.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA 
 
O estudo acerca do tema exposto será uma pesquisa descritiva de caráter 
qualitativo, envolvendo a revisão bibliográfica para se alcançar os objetivos propostos 
neste trabalho. 
 Segundo Amaral (2017), a pesquisa bibliográfica é uma etapa fundamental em 
todo o trabalho científico que influenciará todas as etapas demais etapas, na medida 
em que der o embasamento teórico em que se baseará o trabalho, ou seja, consiste no 
levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações que possam dar 
explicações sobre o tema e favorecer o alcance dos objetivos propostos. 
 
2.2 CARACTERIZAÇÃO DO UNIVERSO DE PESQUISA E SUJEITO DA PESQUISA 
 
Foram utilizadas as bases de dados Google Acadêmico, Biblioteca Eletrônica 
Científica Online (SciELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). As bases de dados foram 
escolhidas pela sua grande abrangência de estudos. 
 
2.3 COLETA DE DADOS 
 
O levantamento de dados ocorrerá no período de janeiro de 2022 a julho de 
2022, utilizando-se as seguintes bases de dados: Google Acadêmico, SciELO a partir 
da questão norteadora: quais são os riscos da automedicação e os efeitos colaterais da 
má administração de alguns medicamentos ressaltando na saúde da população idosa? 
Os descritores/palavras chaves utilizados serão: 
Saúde do Idoso, Automedicação AND Assistência Farmacêutica. 
 
2.4 MÉTODO DE ANÁLISE 
 
Foram escolhidos os artigos que atenderam aos critérios de inclusão 
estabelecidos: artigos científicos completos, disponíveis na íntegra, publicados em 
periódicos nacionais e internacionais, no idioma português. 
14 
 
 
Por fim, foi realizada à análise bibliográfica para caracterização dos estudos 
selecionados. 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
3.1 AUTOMEDICAÇÃO 
 
A automedicação é uma forma comum de auto atenção à saúde, consistindo no 
consumo de um produto, com o objetivo de tratar ou aliviar sintomas ou doenças 
percebidos, ou mesmo de promover a saúde, independentemente da prescrição 
profissional. Para tal, podem ser utilizados medicamentos industrializados ou remédios 
caseiros. (NASCIMENTO,VALADÃO, 2013). 
Para Amorim (2021), este consumo elevado de medicamentos pelos brasileiros 
pode ser atribuído a vários fatores. O principal é o fator cultural, o hábito da população 
de se automedicar. 
Outro fator é a inacessibilidade e ineficiência dos setores públicos e privados 
para a população com baixo poder aquisitivo. As pessoas não conseguem marcar 
consultas na rede pública e a rede privada cobra valores exorbitantes para uma simples 
consulta. Assim, o balcão da farmácia acaba virando consultório médico. Além disso, a 
propaganda exagerada e a não obediência à legislação incentivam e facilitam o 
consumo de medicamentos por conta própria (REGINA et al, 2015) 
O cardiologista e presidente da regional da Sociedade de Cardiologia do Estado 
de São Paulo (SOCESP), da regional de Marília, Paulo Celso dos Santos Gomes 
(2013), afirma que quando o indivíduo ingere remédios sem orientação de um 
especialista existe o risco de que a situação piore, podendo o paciente morrer ou que 
precise ficar internado. 
O especialista alerta sobre cuidados de se automedicar com anti-inflamatórios, 
como o diclofenaco que aumenta o risco de morte vascular que além de elevar a 
pressão arterial faz com que ocorra irritação no estômago caso o uso seja de 
antibióticos o cuidado deve ser redobrado, podendo haver uma resistência maior de 
microrganismos causadores da doença. Os diuréticos também são usados de forma 
15 
 
 
indiscriminada por muitos pacientes, e podem causar desidratação ou até insuficiência 
renal. (GOMES, 2013). 
Um estudo sobre farmácia caseira observou que 97% das residências visitadas 
possuíam pelo menos um medicamento estocado, e o número de medicamentos 
estocados variou de 1 a 89 itens (média de 20 itens por residência). Cerca de 55% dos 
medicamentos em estoque foram adquiridos sem prescrição médica. Do total, 25% 
estavam vencidos e destes, 24% continuavam sendo utilizados (PEREIRA, 2019). 
Nos registros mais recentes do Sistema Nacional de Informações Tóxico-
Farmacológicas (SINITOX), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), de 2016, foram 
apurados no Brasil 80.082 casos de intoxicação, sendo 27.261 provocados por 
medicamentos, o que corresponde a 34% do total. Esse número é cerca de 20% 
superior ao da pesquisa realizada uma década antes, quando foram computados 
22.552 casos desse tipo. 
 
3.2 O USO DE FÁRMACOS PELOS IDOSOS 
 
A proporção de idosos vem crescendo mundialmente e não é diferente no Brasil, 
conforme dados do Censo 2022 do IBGE, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais 
corresponde a 14,7% da população. Em números absolutos, esse grupo etário passou 
de 22,3 milhões para 31,2 milhões, crescendo 39,8% no período. 
Segundo o levantamento Conta-Satélite de Saúde, divulgado pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o gasto das famílias brasileiras com 
medicamentos alcançou a marca de R$122,7 milhões em 2019. Mais de um quarto dos 
medicamentos é prescrito para idosos, que representam menos de 15% da população. 
Consomem, proporcionalmente, cerca de três vezes mais medicamentos que os 
indivíduos mais jovens, pois um grande número deles sofre de vários problemas de 
saúde ao mesmo tempo. Ao contrário dos jovens, estes medicamentos são, em sua 
maioria, de uso crônico. O uso simultâneo de múltiplos fármacos (polifarmácia) é a 
regra, ao invés de exceção, o que predispõe à ocorrência de interações 
medicamentosas. 
Aproximadamente 9% dos problemas ocorrentes em indivíduos com 65 anos ou 
mais se referem a alterações fisiológicas, reações atípicas a fármacos, prescrições 
16 
 
 
inadequadas e não observância adequada dos esquemas terapêuticos contribuem para 
a maior toxicidade medicamentosa no idoso, sendo que 29,2% desses são suspeitas 
de reação adversa a medicamentos (VERNIZI; SILVA, 2016). 
O uso simultâneo de múltiplos fármacos, isto é, a polifarmácia, é a regra, ao invés 
de exceção, o que predispõe à ocorrência de interações medicamentosas (MOURA, 
2014). 
Apesar de não existir um consenso sobre qual número expresse polifarmácia, 
ela tem sido definida, basicamente, de duas formas: como o uso concomitante de 
fármacos, medida por contagem simples dos medicamentos ou como a administração 
de um maior número de medicamentos do que os clinicamente indicados, avaliada nas 
revisões clínicas, usando critérios específicos (BUENO, 2017). 
Segundo Rocha (2014) considera que mais de 50% dos medicamentos são 
prescritos ou dispensados de forma inadequada e que 50% dos pacientes tomam 
medicamentos de maneira incorreta levando a alto índice de morbidade e mortalidade. 
Acrescenta que os tipos mais comuns de uso irracional de medicamentos estão 
relacionados às pessoas que utilizam polifarmácia, ao uso inapropriado de antibiótico e 
de medicamento injetável, a automedicação e a prescrição em desacordo com as 
diretrizes clínicas. O fato é que o uso de medicamentos entre os idosos assume, cada 
vez mais, inegável importância como estratégia terapêutica para compensar as 
alterações sofridas com o processo de envelhecimento ou visando controlar doenças 
crônicas bastante frequentes na terceira idade, mesmo que outras formas de cuidado 
sejam incorporadas (AZEVEDO, 2014) 
 
3.3 OS IDOSOS E AS DOENÇAS CRÔNICAS 
 
As doenças crônicas são definidas como afecções de saúde que acompanham 
os indivíduos por longo período de tempo, podendo apresentar momentos de piora 
(episódios agudos) ou melhora sensível (SANTOS, 2018). 
De acordo com o Jornal O Tempo (2013), quando se fala de doenças crônicas 
relacionadas à população idosa, os estudos se referem principalmente à hipertensão 
arterial. Mas outras doenças também são preocupantes como a diabetes, as doenças 
17 
 
 
cardíacas, as doenças pulmonares crônica, às doenças mentais, como depressão e 
demências, as doenças articulares, como artrite e artrose, e as quedas. 
 
3.3.1 Hipertensão 
 
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE) em 2020, mais de 38,1 milhões de brasileiros com 18 
anos ou mais sofrem de hipertensão. O número equivale a 23,9% da população dessa 
faixa etária, e é 2,5 pontos percentuais maior do que o registrado em 2013. 
O Ministério da Saúde (2019) divulgou uma estimativa realizada pela Sociedade 
Brasileira de Cardiologia aponta que apenas cerca de 72% dessa população faz 
regularmente o devido acompanhamento e segue corretamente as orientações feitas 
pelos médicos. 
Atualmente, a hipertensão é uma das principais causadora de morte no mundo, 
cerca de 7,6 milhões de pessoas, no mundo todo, morrem desta doença devido às suas 
complicações como AVC, infarto, entre outras. No Brasil, ela é responsável por 200.000 
mortes ao ano (OMS, 2019). 
A hipertensão tem como sintomas: dores no peito e na cabeça (enxaqueca), 
tonturas, fraqueza no corpo, visão embaçada e sangramento nasal. O diagnóstico de 
um paciente é feito pela medida de sua pressão. A pressão alta pode ser separada em 
três estágios, definidos por níveis de pressão arterial. Esses números, somados a 
condições relacionadas que o paciente venha a ter, como diabetes ou histórico de AVC, 
determinam se o risco de morte cardiovascular do paciente é leve, moderado, alto ou 
muito alto (RODRIGUES, 2017) 
 
Tabela 1 - Classificação da pressão arterial sistólica e diastólica. 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019. 
18 
 
 
De acordo com Pena. et al (2016) a pressão alta não tem cura, mas existe 
tratamento para ser controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método 
para cada paciente, que depende das morbidades e medidas da pressão. É importante 
ressaltar que nem sempre são utilizados medicamentos para o tratamento da 
hipertensão. 
Segundo Costa (2015), a medicação em idades mais avançadas merece uma 
preocupação mais extensa e intensiva dos profissionais da saúde por haver a 
ocorrência de doenças degenerativas e até mesmomentais, sendo assim a hipertensão 
arterial pode surgir como um grande problema, diminuindo drasticamente a sua 
qualidade de vida. 
Raissa Cândido (2014) afirma que a doença cardiovascular está entre a mais 
atingida em idosos, entre elas estão o HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica), doença 
coronariana, insuficiência cardíaca crônica e fibrilação atrial crônica. 
Consequentemente, os remédios para estes tipos de doença estão no topo do 
índice de medicamentos mais prescritos para idosos em razão pela qual são também 
responsáveis por grande parte das reações adversas sofridas por esses pacientes. 
 
3.3.2 Diabetes Mellitus 
 
A diabetes mellitus está entre a as doenças crônicas que representam um grave 
problema de saúde pública pela alta prevalência no mundo e maior entre idosos, pela 
morbidade e por ser um dos principais fatores de risco cardiovascular e cerebrovascular 
(BEZERRA, 2016). 
O diabetes causa uma morte a cada cinco segundos em todo o mundo, 
totalizando 6,7 milhões de mortes em 2021, de acordo com o novo Atlas do Diabetes 
divulgado pela Federação Internacional de Diabetes, uma alta de 16% em apenas 2 
anos. 
Embora a prevalência crescente de diabetes provavelmente explique esse 
crescente número de mortalidade, diagnósticos de melhor qualidade e mudanças nas 
práticas de relato também podem estar envolvidos. 
 
 
19 
 
 
3.4 REAÇÕES ADVERSAS NO USO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS 
 
O uso de medicamentos constitui-se hoje uma epidemia entre idosos, cuja 
ocorrência tem como cenário o aumento exponencial da prevalência de doenças 
crônicas e das sequelas que acompanham o avançar da idade, o poder da indústria 
farmacêutica e do marketing dos medicamentos e a medicalização presente na 
formação de parte expressiva dos profissionais da saúde (SECOLI et al, 2012). 
A frequência de eventos adversos relacionados aos medicamentos é maior nesta 
faixa etária, aumentando expressivamente de acordo com a complexidade da terapia. 
O risco de ocorrência aumenta em 13% com o uso de dois agentes, de 58% quando 
este número aumenta para cinco, elevando-se para 82% nos casos em que são 
consumidos sete ou mais medicamentos (SECOLI et al, 2012). 
Para a ONU (2012) as reações adversas por uso de medicamentos é a resposta 
a um medicamento que seja prejudicial, não intencional e que ocorre em doses 
normalmente utilizadas no ser humano. 
A vulnerabilidade dos idosos aos eventos adversos relacionados a 
medicamentos é bastante alta, o que se deve a complexidade dos problemas clínicos, 
à necessidade de múltiplos agentes, e às alterações farmacocinéticas e 
farmacodinâmicas inerentes ao envelhecimento (SECOLI et al, 2012). 
Os idosos, de acordo com a farmacocinética clínica, possuem uma série de 
alterações que interferem diretamente nos processos de absorção, distribuição, 
metabolização e eliminação dos medicamentos. Os efeitos tóxicos nesses pacientes 
podem ocorrer de maneira mais proeminente devido à diminuição das funções hepática 
e renal, assim como a menor quantidade de água no organismo observada nos idosos, 
fatores que influenciam os resultados e efeitos esperados dos medicamentos (JUNIOR; 
BRITO, 2013). 
Nesses pacientes geriátricos, o uso de medicamentos leva com frequência ao 
surgimento de Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM) e exige estratégias 
de prevenção da morbimortalidade relacionada a esses produtos (CORDOVA, 2019). 
O número de medicamentos em uso e a idade dos pacientes são identificados 
como fatores que elevam significativamente o risco de sofrer um PRM. 
20 
 
 
Entre as causas principais que condicionam o surgimento de um PRM em idosos 
estão as falhas ocorridas durante os processos de prescrição ou monetarização da 
farmacoterapia (NELSON et al, 2015). 
 
3.5 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM IDOSOS 
 
É comum encontrar em prescrições dosagens e indicações inadequadas, 
interações medicamentosas, associações e redundância – uso de fármacos 
pertencentes a uma mesma classe terapêutica – e medicamentos sem valor terapêutico 
(BISPO; GALVÃO; ABREU, 2021). 
Interações medicamentosas representam um problema que deve ser tratado 
com precaução e responsabilidade por médicos e farmacêuticos. Muitas dessas 
interações apresentam elevada significância clínica e devem ser absolutamente 
evitadas, principalmente em pacientes idosos que, de forma geral, são mais sensíveis 
aos efeitos terapêuticos e tóxicos dos medicamentos (TAVARES, 2019). 
 
3.6 O USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS 
 
O Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos 
(CNPURM), no âmbito do Ministério da Saúde propõe que, para o uso racional de 
medicamentos, é preciso, em primeiro lugar, estabelecer a necessidade do uso do 
medicamento; a seguir, que se receite o medicamento apropriado, a melhor escolha, de 
acordo com os ditames de eficácia e segurança comprovados e aceitáveis. 
Além disso, é necessário que o medicamento seja prescrito adequadamente, na 
forma farmacêutica, doses e período de duração do tratamento; que esteja disponível 
de modo oportuno, a um preço acessível, e que responda sempre aos critérios de 
qualidade exigidos; que se dispense em condições adequadas, com a necessária 
orientação e responsabilidade, e, finalmente, que se cumpra o regime terapêutico já 
prescrito, da melhor maneira possível (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). 
A compra indiscriminada de medicamentos é influenciada por vários fatores. Um 
deles é a propaganda de medicamentos que visa atingir o consumidor, que apesar de 
já ter sofrido no Brasil um processo de regulamentação, ainda precisa melhorar. 
21 
 
 
 Outro fator é a propaganda que visa os prescritores, que ainda é muito 
agressiva, pois a indústria farmacêutica faz uma forte campanha de induzimento para 
a prática prescritiva. Estudos brasileiros mostram que a influência de laboratórios 
farmacêuticos na definição da prescrição de medicamentos e muita alta (ARAUJO et al, 
2012). 
Os autores ainda enfatizam que outro fator que promove a compra irracional de 
medicamentos é a facilidade de acesso a eles. A grande quantidade de farmácias e 
drogarias, somando à dificuldade de se consultar com um médico, faz com que as 
pessoas corram vá atrás medicamentos por conta própria, sem nenhum tipo de 
orientação médica ou farmacêutico. 
Para agravar ainda mais esta situação, constatamos a utilização crescente da 
Internet para disseminar propaganda para os consumidores, muitas delas assumindo 
uma forma menos explícita já que tentam dar a impressão de que são instrumentos 
educativos ou de informação, objetivando promover a saúde (REZENDE, 2019). 
O Ministério da Saúde preocupado com este problema de saúde pública no 
Brasil, e atendendo a uma recomendação da OMS, criou o Comitê Nacional para a 
Promoção do Uso Racional de Medicamentos por meio da Portaria GM/MS nº 3.221, 
de 09 de dezembro de 2019. Esse Comitê tem como objetivo desenvolver ações 
estratégicas a fim de ampliar o acesso da população à assistência farmacêutica e 
melhorar a qualidade e segurança na utilização dos medicamentos. 
De uma maneira geral, as soluções propostas para reverter ou minimizar este 
quadro devem passar pela educação e informação da população, maior controle na 
venda com e sem prescrição médica, melhor acesso aos serviços de saúde, adoção de 
critérios éticos para a promoção de medicamentos, retirada do mercado de numerosas 
especialidades farmacêuticas carentes de eficácia ou de segurança e incentivo à 
adoção de terapêuticas não medicamentosas (LAPA, 2014). 
 
 
 
 
 
22 
 
 
3.7 O PAPEL DO FARMACÊUTICO COM A AUTOMEDICAÇÃO 
 
O farmacêutico é o profissional capacitado para orientar educar e instruir o 
paciente sobre todos os aspectos relacionados ao medicamento (SILVA, 2017). 
 
Esse profissional da saúde deve saber ouvir o paciente e com as informações 
adquiridas saber identificar o problema de saúde, e responsabiliza-se pela indicaçãomedicamentosa fornecida. É dever de farmacêuticos a indicação de medicamentos que 
busquem resultados concretos que melhorem a qualidade de vida do paciente 
(SANTOS, 2019). 
Segundo Vargas e Nunes (2021), existem dois objetivos do acompanhamento 
farmacológico: responsabilidade com o paciente para que o medicamento prescrito pelo 
tenha o efeito desejado e estar atento para que ao longo do tratamento as reações 
adversas aos medicamentos sejam as mínimas possíveis, e no caso de surgirem, que 
se possa resolvê-las imediatamente. 
A automedicação orientada pelo farmacêutico é vista atualmente como uma 
realidade irreversível e já é considerada como parte integrante dos sistemas de saúde. 
Ela permite uma maior autonomia por parte da população nos cuidados com sua própria 
saúde e colabora com os governos na medida em que evita um número insustentável 
de consultas médicas (PIEPER et al, 2003). 
O aconselhamento deve ser dado pelo profissional de farmácia ao paciente, 
informando, em casos de doenças leves, qual é o melhor medicamento a ser utilizado, 
ou se é melhor o encaminhamento clínico afim de que o paciente tenha tratamento 
adequado, dessa forma o farmacêutico contribui para que o indivíduo tenha o melhor 
atendimento para sua doença (MACHADO et al, 2022). 
Para Vargas e Nunes (2021) a atenção farmacêutica previne e soluciona 
problemas relacionados com medicamentos, que, se posta 100% em prática constituirá 
a esperança de dar sentido à profissão. 
 
 
 
 
23 
 
 
4 RESULTADO E DISCUSSÃO 
 
Embora o uso de medicamentos seja uma questão relevante em todas as faixas 
etárias, as pesquisas sobre o assunto têm se dedicado, com frequência, ao paciente 
idoso, em decorrência das peculiaridades desse grupo etário. Os idosos, de acordo com 
a farmacocinética clínica, possuem uma série de alterações que interferem diretamente 
nos processos de absorção, distribuição, metabolização e eliminação dos 
medicamentos. Os efeitos tóxicos nesses pacientes podem ocorrer de maneira mais 
proeminente devido à diminuição das funções hepática e renal, assim como a menor 
quantidade de água no organismo observada nos idosos, fatores que influenciam os 
resultados e efeitos esperados dos medicamentos. Os pacientes idosos são os 
principais consumidores e os maiores beneficiários da farmacoterapia (MARQUES et 
al, 2020). 
O estudo da farmacologia tem mostrado que o organismo de cada indivíduo 
responde de forma diferenciada à administração de um determinado medicamento. 
Desta forma, para estabelecimento de um plano terapêutico medicamentoso, é 
imprescindível a avaliação detalhada da condição de saúde-doença do paciente, bem 
como o completo entendimento da patologia a ser tratada. Para idosos, a prescrição 
ainda é mais peculiar, pois nesses pacientes as reações adversas aos medicamentos 
são mais frequentes, em alguns casos, mais severas (principalmente aqueles com 
idade acima de 80 anos) que em pacientes adultos, podendo levá-los à hospitalização 
(SANTOS, et al., 2012). 
Esse grupo etário consiste no segmento social mais medicamentado, chegando 
a constituir mais de 50% dos usuários de múltiplos medicamentos. A maioria dos idosos 
consome pelo menos um medicamento e cerca de um terço fazem uso de cinco ou mais 
simultaneamente. A média de medicamentos utilizados entre os idosos brasileiros varia 
entre dois e cinco princípios ativos simultaneamente, dependendo de sua condição 
socioeconômica e do seu estado de saúde. Os grupos farmacológicos mais consumidos 
normalmente consistem naqueles utilizados para o tratamento das doenças crônicas 
mais prevalentes na terceira idade, podendo-se destacar os cardiovasculares, os 
antirreumáticos e os analgésicos (JUNIOR; BRITO, 2013), como pode ser visto no 
quadro 1. 
 
24 
 
 
Tabela 1- Grupo dos medicamentos mais prescritos e consumidos 
 pela população idosa 
Grupo de medicamentos por 
categorias terapêuticas 
 
Subcategorias 
 
1- Cardiovascular Anti-hipertensivos, diuréticos, cardioterápicos 
2- Sistema nervoso Psicoterápicos, benzodiazepínicos, 
analgésicos de ação central 
3- Metabolismo Hipoglicemiantes, vitaminas e minerais 
4- TGI Laxativos, antiulcerosos 
5- Musculoesquelético Anti-inflamatórios não hormonais, relaxantes 
musculares 
Fonte: Adaptado de Júnior e Brito, 2013. 
 
4.1 PRM 
 
Problemas relacionados com medicamentos (PRM) são problemas de saúde, 
entendidos como resultados clínicos negativos, devidos à farmacoterapia que, 
provocados por diversas causas, conduzem ao não alcance do objetivo terapêutico ou 
ao aparecimento de efeitos não desejados (SOUZA, et al., 2018). 
Em razão das alterações fisiológicas próprias da idade, os idosos apresentam 
maior risco de desenvolver reações adversas, as quais são responsáveis por 10 a 30% 
das internações evitáveis. Muitos desses eventos, decorrentes de reações adversas, 
podem constituir problemas previsíveis em pacientes idosos, em especial depressão, 
constipação, quedas, imobilidade, confusão e fraturas ósseas, resultantes do uso de 
determinadas classes farmacêuticas (NASCIMENTO, et al., 2019). 
A partir dos 60 anos de idade, a polifarmácia e o uso de medicamentos 
inadequados continuam sendo problemas comuns, que se agravam nas idades mais 
avançadas e quanto piores forem às condições de saúde. Nos últimos anos, ganha 
destaque a discussão sobre a ocorrência de Problemas Relacionados com 
Medicamentos (PRM) e sua representatividade enquanto fator de risco que gera 
morbidade e mortalidade, inclusive entre idosos. 
25 
 
 
Entre as causas principais que condicionam o surgimento de um PRM em idosos 
estão às falhas ocorridas durante os processos de prescrição ou monitorização da 
farmacoterapia (ALVES, et al., 2012). 
Adicionalmente, na prescrição medicamentosa para pacientes idosos, a 
avaliação do risco/benefício da farmacoterapia deve ser considerada, pois há fármacos 
que podem causar reações adversas maiores do que o benefício que produzem. 
Estudos alertam para o uso de benzodiazepínicos, antidepressivos tricíclicos, anti-
inflamatórios não-esteroidais, antiagregantes plaquetários, anti-histamínicos, anti-
hipertensivos, e hipoglicemiantes orais. Os autores classificam estes grupos como 
potencialmente impróprios para os idosos por possuírem baixo índice terapêutico, 
podendo conduzir facilmente a quadros de intoxicação, ou seja, medicamentos são 
pouco seguros para esses pacientes, devendo ser evitados (SECOLI et al, 2012). 
Entre as causas principais que condicionam o surgimento de um PRM em idosos 
estão as falhas ocorridas durante os processos de prescrição ou monitorização da 
farmacoterapia. Sabe-se, ainda, que a prescrição médica tem forte influência sobre o 
modo como essa população utiliza os medicamentos, inclusive no que diz respeito à 
automedicação (ALVES, et al., 2012). 
 
4.2 INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NO IDOSO 
 
Uma interação ocorre quando um medicamento influencia a ação de outro. 
A gravidade, prevalência e possíveis consequências das interações medicamentosas 
estão relacionadas a variáveis como condições clínicas dos indivíduos, número e 
características dos medicamentos. Esses fatores são agravados pelo mau uso não 
intencional que ocorre devido a problemas visuais, auditivos e de memória que são 
característicos do envelhecimento humano, portanto, presentes em graus variáveis nos 
idosos (SECOLI et al, 2012). 
Sabe-se que as alterações fisiológicas que ocorrem no idoso, devido ao 
processo de envelhecimento, podem interferir na farmacocinética dos medicamentos e, 
portanto, na ação destes bem como toxicidade. As alterações fisiológicas mais 
frequentes nos idosos são redução do fluxo sanguíneo, redução do peso corporal, 
redução das atividades enzimáticas no fígado, perda da capacidade de reserva 
26 
 
 
funcional de órgãos vitais, a deterioração do controle homeostático e alteração na 
velocidade e extensão de metabolizaçãodo fármaco (SANTOS et al., 2012). 
 Deste modo, idosos representam o grupo mais vulnerável, visto que a maioria 
das interações medicamentosas ocorre através de processos que envolvem a 
farmacocinética e/ou farmacodinâmica do medicamento (SECOLI et al, 2012). 
Cerca de 10% das interações resultam em eventos clínicos significativos, 
conforme apresentado no quadro 2, sendo a morbidade observada no idoso 
frequentemente de baixo nível (SECOLI et al., 2012). 
 
Tabela 2 - Interações medicamentosas potenciais e respectivos desfechos 
 
 Fonte: SECOLI et al, 2012 
 
Estudos sugerem que os idosos recebam farmacoterapia individualizada, uma 
vez que as alterações fisiológicas, as patologias, influências ambientais e genéticas, 
são variáveis que interferem diferentemente nos aspectos farmacocinéticos e 
farmacodinâmicos, contribuindo para a ocorrência de interações. 
27 
 
 
Além disso, pacientes graves não raramente são portadores de insuficiência 
renal e/ou hepática, o que também favorece o desenvolvimento de várias interações, 
posto que a incidência das mesmas varia entre 3 a 5% nos pacientes que recebem 
poucos medicamentos e até 20% nos que recebem de 10 a 20 medicamentos 
(CASTRO, 2014). 
Muitos idosos tomam os medicamentos sem saber a razão. Dentre os motivos 
podem estar o desconhecimento do diagnóstico, não entendem a terminologia médica 
usada pelo prescritor ou falta de orientação pela equipe multiprofissional, o que acarreta 
em maior probabilidade de reações adversas medicamentosas e interações 
medicamentosas (LUIZ et al., 2016). 
 
4.3 PREVENÇÃO E CONTROLE 
 
Sabendo-se que a farmacologia é uma das mais relevantes ciências criadas no 
mundo sendo fundamental para o tratamento de patologias é preciso lembrar-se dos 
cuidados que esse consumo necessita diante o processo de compra e uso, sendo 
necessário acompanhamento de profissionais competentes para prevenção e 
eliminação dos perigos, como a intoxicação ou morte pelo uso em excesso ou as 
alterações que possam ocorrer no organismo, devido os efeitos colaterais 
(FERNANDES, 2021) 
A legislação brasileira vigente estabelece algumas normas para as prescrições 
a fim de assegurar sua qualidade, as quais necessitam apresentar-se de forma clara, 
legível e de fácil compreensão, sem rasuras e abreviaturas. Cada prescrição deve 
apresentar informações relativas ao usuário do medicamento, ao medicamento e ao 
prescrito, além da data de elaboração do documento. (OBUTI et al, 2015). 
O consumo de medicamentos indicados pela família, pela sociedade, vizinhos e 
amigos é algo meio que cultural, o sujeito usa um remédio e por ter tido efeito indica ao 
outro acreditando que também pode ser bom para ele, e indica e acaba comprando pela 
falta de fiscalização, sem saber ou acreditar de fato nos riscos presentes, sendo válido 
sublinhar que cada organismo funciona de uma forma, cada organismo tem suas 
reações diferenciadas embora sejamos aparentemente iguais. 
28 
 
 
A sociedade acha mais prático auto se medicar do que procurar um profissional 
apto para prescrever o uso do remédio, pela falta de tempo, preguiça, ou outros motivos 
que não devem acontecer. 
Segundo Macedo (2016), a prescrição é um instrumento essencial e vital a saúde 
para o sucesso da terapêutica, assim é preciso que ocorram as informações 
necessárias para o uso e venda remédios farmacológicos, em ênfase os de doses fortes 
e únicas, como antibióticos e outros. Corrobora Sobral (2018), dizendo que é importante 
a fiscalização, pois funciona como um processo regulador do consumo de 
medicamentos garantindo a qualidade e quantidade de forma ética e responsável para 
o uso e autorização de venda de maneira necessária. 
Salienta-se a falta de controle de vendas e comercialização de medicamentos 
isentos de prescrição devido à propaganda exacerbada dos artistas que recomendam 
esses produtos na rádio, mídia promovendo assim uma ideologia de automedicação 
com eficácia e segurança segundo as propagandas enganosas para vender, suas 
campanhas acabam surtindo efeito positivo ou negativo dependendo dos riscos 
causados (ARAUJO et al, 2012) 
De acordo com Santi (2016), as elaborações de prescrições devem seguir e 
passar por várias etapas até chegar à mão do cliente, possibilitando assim a 
comunicação necessária e adequada entre os responsáveis pela venda e 
comercialização dos mesmos no processo e o usuário terá então a garantia do uso, 
consequentemente qualidade e sucesso em sua terapia, tratamento ou uso. 
O farmacêutico torna-se corresponsável pela qualidade de vida do paciente. 
O farmacêutico é o profissional que, melhores condições, reúnem para garantir a 
qualidade de um medicamento, pois tem a sua formação dirigida ao medicamento. 
(OLIVEIRA, 2013, p. 49-50). 
Ou seja, são de total responsabilidade que o farmacêutico esteja atento as 
vendas, sendo ético guiado pela sua conduta humana, sendo responsável e coerente 
em suas vendas, pensando não no dinheiro pela venda atribuída, mas na vida do seu 
cliente que estará em risco, pois deve lembrar a todo o momento que é o responsável 
pelas consequências do que venham ocorrer com o indivíduo, nesse bojo, deve evitar 
tais constrangimentos, devendo buscar conhecimentos necessários para cumprir esse 
processo fundamental para sociedade, garantindo então a qualidade dos 
29 
 
 
medicamentos, sendo vendidos apenas pela autorização e acompanhamento de 
órgãos direcionados. 
Diante o exposto, Silva Junior (2019), sublinha que os responsáveis pela 
prescrição de medicamentos e dispensação dos remédios são também responsáveis 
em orientar e conscientizar aos clientes, destacando seus benefícios e riscos 
proporcionados ao uso de forma racional. Parafraseando Rocha (2014), retrata que o 
farmacêutico encontra-se na interface no que diz respeito às distribuições dos remédios 
quanto ao seu uso, podendo ser fundamental na garantia e prevenção da qualidade do 
cuidado do uso sem autorização. 
 
As razões pelas quais as pessoas se automedicam são inúmeras. 
A propaganda desenfreada e massiva de determinados medicamentos 
contrasta campanhas que tentam esclarecer os perigos da automedicação. A 
dificuldade e o custo de se conseguir uma opinião médica, a limitação do poder 
prescrita, restrita a poucos profissionais de saúde, (...). (OLIVEIRA, 2013, p. 
45). 
 
Por isso, é importante que os farmacêuticos que trabalham em farmácias e 
drogarias sejam sempre os últimos a manter contato com seus pacientes/clientes, tendo 
como finalidade construir muros de proteção contra os empecilhos inerentes ao uso dos 
medicamentos, devendo levar em consideração que por menor que seja a dosagem, 
do produto que poderá desenvolver reações graves (DA SILVA, 2021). 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Os idosos distinguem-se como pessoas com diversos problemas de saúde e que 
utilizam vários medicamentos. A automedicação é uma prática de autocuidado adotada 
pela maioria dos idosos, pelo menos em um medicamento consumidos por eles. 
Quando estão sentido dor, plantas medicinais ou produtos que possuem venda 
livre são alternativas que eles escolhem para se automedicarem. 
A automedicação mesmo sendo uma prática habitual pelo idoso que a considera 
uma coisa simples, deve ter sempre o auxílio de um profissional da saúde, a fim de 
evitar o uso irracional de medicamentos, e para auxiliar na avaliação de algum problema 
de saúde. 
30 
 
 
É importante deixar claro que a automedicação, deve ser feira com cautela 
especialmente na população que tem uma faixa etária maior, pois é nessa idade que 
os indivíduos estão mais predispostos aos problemas relacionados á medicações. 
Nos últimos anos a automedicação no Brasil tornou-se um grave problema de 
saúde pública. Para diminuir esse problema são indispensáveis por parte dos órgãos 
do Ministério da Saúde e conselhos de categoria como o Conselho Regional de 
Farmácia,em especial aos prescritores e o farmacêutico, ações conscientizadoras 
como campanhas nacionais que alcancem a população, informando sobre os riscos que 
a automedicação pode causar. 
Estratégias para promover ao uso racional de medicamentos, como palestras 
educativas para a comunidade, orientação sobre o uso de medicamentos no processo 
de prescrição e de dispensação de remédios, podem auxiliar a população na adoção 
desta prática. 
Sabe-se que a automedicação é um problema grave, mas o ato de automedicar 
não pode ser condenado, pois é inviável o atendimento por um médico a todos os 
sintomas da população. É impossível acabar com a automedicação, mas é possível 
diminuí-la, devendo existir uma relação entre profissional e o paciente de modo a 
garantir o bem-estar da população de modo geral. 
A farmácia é um local de promoção e recuperação da saúde onde o 
compromisso com a ética e com a saúde da coletividade tem que superar qualquer 
caráter comercial, e dessa forma não desobedecer às legislações e os princípios éticos. 
Profissionais como os farmacêuticos são habilitados para indicar de forma 
correta e eficiente os medicamentos. É inadmissível que um profissional farmacêutico 
cometa algum erro, eles devem saber que não podem falhar, mesmo sabendo que são 
humanos. 
Por essa causa que esses profissionais não devem permitir a automedicação em 
casos mais graves, como é o caso da hipertensão. 
Enfim, cabe ao farmacêutico, um papel fundamental na sociedade, que é ajudar 
a interferir na prática da automedicação irresponsável e atuar como uma ponte entre o 
médico e o medicamento, através da educação em saúde que pode oferecer aos 
indivíduos. 
 
31 
 
 
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