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Depois de bloquear benefício por suspeita de irregularidade, INSS 
tem 30 dias para analisar defesa de segurados 
05/10/2022 
Uma portaria conjunta do Ministério do Trabalho e Previdência e do Instutito Nacional do 
Seguro Social (INSS) trouxe regras para bloqueio e suspensão de benefício em casos de 
suspeitas de irregularidades. Uma delas, que não é nova, garante que o segurado tem 30 
dias para apresentar sua defesa. A novidade na Portaria 28 é o prazo para o INSS responder 
à defesa do beneficiário: serão outros 30 dias contados da data de apresentação de defesa. 
Esgotado esse período, ainda que não concluída a análise processual pelo INSS, o 
pagamento deverá ser desbloqueado automaticamente, exceto se o titular do benefício 
não apresentar defesa. 
 
Ainda segundo o texto, para a decisão fundamentada que implique no bloqueio cautelar de 
benefício não cabe recurso ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). No 
entanto, segundo a portaria, "concluída a análise do mérito do processo, pode o 
interessado interpor recurso fundamentado ao Conselho de Recursos da Previdência 
Social". 
 
O texto acrescenta ainda que o INSS deverá encaminhar ao Ministério do Trabalho e 
Previdência um relatório contendo as medidas adotadas e os resultados alcançados no 
tratamento dos benefícios passíveis de bloqueio cautelar nos termos da portaria, que 
entrará em vigor em 4 de novembro. 
 
Adriane Bramante, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), 
chama a atenção para o prazo: 
 
— É importante apresentar a defesa dentro do prazo estabelecido de 30 dias para que não 
haja suspensão da renda. Na defesa, caso ele tenha provas documentais que esclareçam 
os fatos, é importante que os apresente ao INSS — orienta Adriane. 
 
No caso de indício de fraude, explica a advogada, o segurado recebe um comunicado do 
INSS e tem que comparecer à uma agência da Previdência Social para apresentar os 
documentos que comprovem a regularidade do benefício. 
 
— Caso o instituto não aceite a defesa do segurado e mantenha o pagamento suspenso, 
cabe recurso — explica Adriane. 
 
O advogado Rodrigo Tavares Veiga avalia que, mesmo dentro do prazo de defesa, o 
segurado pode entrar na Justiça com um mandado de segurança para que o benefício seja 
imediatamente restabelecido pelo INSS. 
 
— Há ilegalidade e fere direitos e garantias fundamentais do cidadão quando a 
administração primeiro suspende é só depois abre a possibilidade de defesa ao cidadão — 
pontua Veiga. 
 
Procurado, o INSS não informou se o caso continuará sendo analisado mesmo após o 
restabelecimento do benefício e se este poderá ser suspenso novamente. 
 
Veja como solicitar a reativação do benefício 
 Acesse o aplicativo ou site Meu INSS, inserindo login e senha 
 Selecione o ícone "Meus benefícios" para verificar se o status está ativo, cessado ou 
suspenso 
 Caso esteja cessado ou suspenso, digite na barra de busca "Reativar benefício" 
 Atualize os dados cadastrais e clique em "Avançar" 
 Preencha os dados necessários para concluir o seu pedido 
 
Passo a passo para agendar o recurso 
 Acesse o Meu INSS com seu login e senha 
 Busque a opção "Agendamentos/Requerimentos" 
 Clique em "Novo Requerimento" 
 Para facilitar, digite na busca a palavra "Recurso" 
 Escolha a opção desejada 
 Insira todos os dados solicitados 
 Finalize o pedido 
 
Em caso de negativa, cabe ação judicial 
 
Em alguns casos, mesmo após a apresentação de documentos, o INSS mantém o 
benefício suspenso. Neste caso, segundo a advogada Patrícia Reis, do escritório Neves 
Bezerra Sociedade de Advocacia, cabe ação judicial. Ela explica que caso queira acionar a 
Justiça, o segurado precisa comprovar a negativa do pedido do benefício. 
 
— Não há necessidade de aguardar a resposta do recurso administrativo ou mesmo de 
interpor recurso administrativo. A carta indicando que o pedido foi negado já serve como 
prova para distribuir a ação. Mas atenção: é necessário ter a carta com a negativa oficial 
sob pena de o processo ser extinto sem a resolução do mérito — acrescenta. 
 
O segurado precisa comprovar, em alguns casos específicos, o cumprimento dos 
requisitos necessários para o deferimento da gratuidade de Justiça. 
 
A gratuidade é muito importante para o segurado que não tenha condições de arcar com 
os custos do processo ou da sucumbência, em caso de não ganhar a ação. A gratuidade é 
importante também em casos de necessidade de perícia judicial, para a concessão de 
auxílios ou aposentadorias por invalidez. 
 
 É importante que o segurado tenha em mãos, na primeira consulta com o advogado ou o 
defensor público, todos os documentos disponíveis para comprovar a condição de 
segurado. Nos casos de doença incapacitante, é importante que tenha os laudos médicos 
organizados de forma cronológica, para que seja possível identificar a data da 
incapacidade e comprovar que se mantém sem condições de retorno às atividades 
laborativas nos casos de requerimentos de aposentadoria por invalidez ou manutenção de 
pedido de auxílio-doença, por exemplo — explica a advogada. 
 
Para fins de comprovação de atividades especiais, é indispensável a apresentação do Perfil 
Profissiográfico Previdenciário (PPP), da carteira de trabalho e de outros documentos que 
possam comprovar os riscos inerentes à profissão do segurado. 
 
Os carnês de recolhimento do INSS também deverão ser apresentados, assim como os 
documentos pessoais para fins de cadastramento do segurado no site do INSS, 
possibilitando ao advogado e/ou ao defensor público o acesso a todas as informações 
previdenciárias do interessado. 
 
Fonte: Jornal EXTRA

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