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6. Helmintoses intestinais
sistemas orgânicos integrados (Universidade Presidente Antônio Carlos)
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6. Helmintoses intestinais
sistemas orgânicos integrados (Universidade Presidente Antônio Carlos)
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Baixado por Marina Gabriela (mgamaral1606@gmail.com)
lOMoARcPSD|45660432
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GASTROENTEROLOGIA 
 Helmintoses intestinais 
Objetivos 
1 – Estudar os principais 
helmintos que acometem o TGI, 
com enfoque nos seus ciclos 
biológicos e formas de 
transmissão 
2 – Elucidar as principais 
manifestações clínicas, 
diagnóstico, tratamento e 
profilaxia das helmintoses 
relacionadas 
Ascaridíase 
Se configura como a helmintose 
mais frequente, causada pelo 
nematóide Ascaris lumbricoides, 
na maioria das vezes é benigna 
Ciclo biológico 
Localiza-se no ID, principalmente 
nas alças jejunais, movem-se 
contra a corrente peristáltica e 
podem se fixar na mucosa pelos 
seus lábios, se alimentando de 
materiais semidigeridos (dispõem 
das enzimas necessárias para a 
digestão de proteínas, lipídios e 
carboidratos) 
Eclosão das larvas no intestino  
invasão na mucosa  penetra na 
circulação  coração direito  
pulmão  atravessam para os 
alvéolos  bronquíolos (são 
arrastadas com o muco pelos 
movimentos ciliares da mucosa) 
 traqueia  laringe (são 
deglutidos com as secreções 
brônquicas)  estômago  
intestino 
Via de penetração = oral (os ovos 
infecciosos são deglutidos) 
Transmissão: solo contaminado 
por fezes pela falta de 
instalações sanitárias e 
transmissão fecal da mão para a 
boca 
*Crianças são as mais afetadas 
Outros locais podem receber os 
vermes: árvore biliar (colecistite, 
colangite) e esôfago (expulsão 
oral) 
Resposta imune: IgE, urticária 
transitória, desgranulação de 
mastócitos e problemas 
respiratórios 
Classificação 
Leve  menos de 5 vermes 
Regular  entre 5 e 10 vermes 
Pesada  mais de 10 vermes 
Aspectos morfológicos 
Se infecção maciça, podem 
ocorrer focos hemorrágicos e de 
necrose no fígado, além da 
pneumonite difusa e a 
consequente síndrome de 
Loeffler (febre, tosse e eosinofilia) 
Manifestações clínicas: cólicas 
intermitentes, dor epigástrica, 
diarreia, náuseas, perda de 
apetite e emagrecimento 
Diagnóstico 
Baixado por Marina Gabriela (mgamaral1606@gmail.com)
lOMoARcPSD|45660432
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GASTROENTEROLOGIA 
• Exame de fezes; pesquisa de 
ovos do parasito 
• Radiografia de abdome 
contrastada; 
• PCR; 
Tratamento 
• Mebendazol; bloqueia o 
transporte de grânulos de 
secreção e movimentação de 
organelas das células epiteliais 
do intestino dos nematoides 
• Albendazol; 
• Ivermectina; 
• Pirantel; bloqueia a atividade 
neuromuscular, com paralisia 
espástica do helminto 
• Levamisol; 
• Piperazina; antagonista do 
GABA, presente nas junções 
neuromusculares dos nematoides 
Profilaxia 
Uso de instalações sanitárias, 
lavagem de mãos e alimentos 
Enterobíase 
Causada pelo Enterobius 
vermicularis, exclusivamente 
humano, a infecção costuma ser 
benigna, mas incômoda, vivem na 
região cecal, (também podem ser 
encontrados no apêndice), livres 
ou aderidos a mucosa se 
alimentando de conteúdo 
intestinal 
As fêmeas, quando grávidas, 
migram para o reto, 
atravessando ativamente o ânus 
para descarregar seus ovos pelo 
orifício vulvar  região perineal 
*As fêmeas são eliminadas com 
as fezes 
 Os ovos completam sua 
evolução no meio externo, se 
tornando infectantes e ao 
serem ingeridos, eclodem no 
ID liberando as larvas que se 
tornarão vermes adultos 
- O ciclo leva cerca de um mês 
Transmissão: ingestão e inalação 
de ovos disseminados por via 
aérea, mãos contaminadas após 
coçadura ou contato frequente 
(crianças) 
*Pessoas que frequentam as 
mesmas instalações sanitárias 
Aspectos morfológicos 
Pequenas erosões na mucosa, 
inflamação catarral, a margem 
do ânus pode-se apresentar 
avermelhada, congestionada e 
coberta de muco sanguinolento 
Manifestações clínicas: prurido 
anal que produz escoriações na 
pele (infecções bacterinas), 
perturbações no sono, eosinofilia 
- O prurido tem periodicidade 
regular, à noite, nas mulheres 
pode ter prurido vulvar 
Complicações: colite crônica, 
apendicite crônica, perfuração 
no peritônio, vulvovaginites 
Diagnóstico 
Utilização de fita adesiva na 
região perianal para pesquisa de 
ovos (fazer o exame pela manhã) 
Baixado por Marina Gabriela (mgamaral1606@gmail.com)
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GASTROENTEROLOGIA 
Tratamento 
Mebendazol, albendazol, pirantel, 
piperazina e pamoato de pirvínio 
Profilaxia: medidas de higiene 
Esquistossomose 
Ciclo biológico (Schistosoma 
mansoni) 
Requer dois hospedeiros  um 
molusco aquático (do gênero 
Biomphalaria) e um vertebrado 
• Miracídio; após a eclosão do 
ovo na água, nada buscando o 
molusco 
• Esporocisto primário; 
• Esporocisto secundário; 
produtor de cercárias, no interior 
do molusco 
• Larvas cercárias; abandonam o 
molusco como forma infectante 
(saem nadando) 
• Esquistossômulos; no interior do 
vertebrado 
A cercária adere a pele pelas 
ventosas e inicia o processo de 
penetração (qualquer região da 
pele serve como porta de 
entrada), penetra nos vasos 
cutâneos, e através da circulação 
sanguínea chega ao coração 
direito, pulmões, coração 
esquerdo, circulação sistêmica, 
sistema porta intra-hepático 
(completam o desenvolvimento) 
- Tem como localização habitual 
as vênulas da parede do reto, do 
sigmoide e IG 
O início é súbito  por volta do 
15º ao 25º dia da exposição 
Resposta imune 
Ocorre primeiro na pele, uma a 
três horas depois, uma reação 
inflamatória com células 
polimorfonucleares e 
mononucleares com erupção 
maculopapular (dermatite 
cercariana) 
A resposta é composta por 
linfócitos que produzem citocinas 
Th2 (IL-4, 5 e 13), que na fase 
crônica são responsáveis na 
imunomodulação, 
desempenhando papel na 
redução dos granulomas 
Granuloma: se forma em torno 
dos ovos do parasito com sinais 
da reação imunológica 
(eosinófilos, linfócitos e 
plasmócitos), podem se acumular 
nas ramificações intra-hepáticas 
da veia porta (fibrose periportal) 
Pode ocorrer obstrução embólica 
com a morte dos vermes, necrose 
do tecido em torno e substituição 
por tecido cicatricial 
- Lesões cardiopulmunonares 
(aglutinação de plaquetas com 
formação de trombos e necrose 
dos vasos), úlceras necróticas 
hemorrágicas na mucosa do 
intestino, hepatoesplenomegaliaForma intestinal  os vermes se 
localizam nas veias mesentéricas 
e as manifestações estão 
associadas com a passagem dos 
ovos do parasita através do 
tecido intestinal ou quando os 
ovos ficam presos no local 
Baixado por Marina Gabriela (mgamaral1606@gmail.com)
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GASTROENTEROLOGIA 
Manifestações clínicas 
Exantema, prurido, urticária, 
linfadenopatia, esplenomegalia e 
diarreia 
Febre de Katayanna: forma 
aguda, cursa com febre, mialgia, 
mal-estar, fadiga, cefaleia, tosse, 
dor abdominal, eosinofilia e 
infiltrados pulmonares 
Febre  irregular e remitente, 
acompanhada de cefaleia, 
prostração, anorexia e náuseas 
Forma intestinal: inflamação 
granulomatosa da mucosa com 
microulcerações, sangramento 
superficial e pseudolipose, cursa 
com dispepsia, perda de apetite, 
plenitude gástrica, pirose e 
pequenos surtos diarreicos 
Forma urogenital: disúria, 
hematúria, excreção de ovos na 
urina, retenção e incontinência 
urinária 
Exame físico  abdome 
distendido e doloroso à palpação 
dos cólons, fígado e baço 
aumentados e dolorosos 
Dx diferencial: salmonelose, 
malária e hepatite aguda 
Diagnóstico 
• Retossigmoidoscopia; a mucosa 
se mostra edemaciada e 
congesta com pontos brancos ou 
amarelados (granulomas) e 
pequenas ulcerações 
• EPF; pesquisa de ovos usando 
técnicas como a biópsia retal e 
eclosão de miracídios (a amostra 
fecal é lavada e os miracídios 
podem ser vistos a olho nu) 
• Métodos imunológicos; 
imunofluorescência, ELISA e 
reação intradérmica (injeção de 
extratos do verme) 
Tratamento 
Praziquantel e glicocorticoides 
Profilaxia 
Alerta a viajantes sobre contato 
com fontes de água em regiões 
endêmicas, melhoria da 
qualidade da água, instalações 
sanitária e educação em saúde 
Teníase 
A doença é produzida pela 
Taenia solium e Taenia saginata, 
ambas vivem no ID, geralmente o 
pct é portador de uma única 
espécie – solitária 
Se fixam à mucosa intestinal, 
muitas vezes é assintomática 
T. saginata 
Causa alterações da motricidade 
e da secreção digestiva, habitam 
a porção superior do jejuno 
Ingestão do ovo  liberação do 
embrião  invade a parede 
intestinal  carreado para o 
músculo estriado ou víscera  
transforma em cisticerco  sai e 
forma uma tênia no intestino 
Transmissão: ingestão dos ovos 
por consumo de carne bovina 
crua ou mal cozida 
T. solium 
Baixado por Marina Gabriela (mgamaral1606@gmail.com)
lOMoARcPSD|45660432
GASTROENTEROLOGIA 
Pode causar duas formas de 
infecção  teníase (forma adulta 
no intestino) e cisticercose (forma 
larvária nos tecidos) 
Os homens são os únicos 
hospedeiros definitivos, e o 
porco, hospedeiro intermediário 
Transmissão: consumo de carne 
suína crua ou mal cozida 
Manifestações clínicas 
T. saginata  dor abdominal, 
náusea, fraqueza, perda de peso, 
apetite aumentado, cefaleia, 
constipação, desconforto 
perianal 
- Pode haver leucocitose 
seguindo-se depois de 
leucopenia, apendicite por 
penetração de uma das 
proglotes 
Diagnóstico 
• Pesquisa de proglotes/ovos nas 
fezes; também pode-se utilizar a 
técnica com a fita adesiva 
• Imunodiagnóstico; 
hemaglutinação e 
imunofluorescência indireta 
Tratamento 
Praziquantel, niclosamida, 
mebendazol, paromicina 
Profilaxia: medidas de controle 
da carne, educação sanitária 
Cisticercose 
Resultado da presença de formas 
larvárias de tênias (cisticercos) 
parasitando tecidos do homem, 
os ovos são eliminados com as 
proglotes no meio externo 
 A infecção ocorre quando 
há passagem desses ovos 
pelo estômago e duodeno, 
mas afeta sistema nervoso e 
globo ocular 
Quando o porco ingere os ovos 
(através de fezes de portadores), 
as larvas são ativadas, escapam 
do ovo e penetram a parede 
intestinal, carreadas para 
músculos estriados do pescoço, 
língua e tronco 
- A eclosão dos ovos ocorre no 
duodeno ou primeiras porções 
do jejuno e penetram na mucosa 
através dos seus ganchos e 
secreção das suas glândulas de 
penetração 
Manifestações clínicas 
Neurocisticercose: crises 
convulsivas epilépticas, 
meningite crônica, decadência 
mental progressiva, cefaleia, 
tontura, vômitos, confusão 
Oftalmocisticercose: ausência de 
dor com perturbações na visão 
central ou periférica, redução da 
visão por deslocamento retiniano 
ou opacificação dos meios 
transparentes 
Diagnóstico 
• EPF; 
• Exame do liquor; 
• Testes imunológicos; 
• USG, TC e RM; exame de cistos 
oculares e visualização de 
nódulos calcificados 
Baixado por Marina Gabriela (mgamaral1606@gmail.com)
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GASTROENTEROLOGIA 
• Anatomopatológico; biópsia de 
nódulos subcutâneos 
Tratamento 
Praziquantel e albendazol 
Profilaxia: educação sanitária, 
consumo de carnes, higiene 
pessoal (após evacuações) 
Referências 
• Rey Parasitologia 
• Medicina interna de Harrison 
Baixado por Marina Gabriela (mgamaral1606@gmail.com)
lOMoARcPSD|45660432

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