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Rede social, diversidade linguística e 
pluralidade cultural
Apresentação
As redes sociais foram transformadas em um fenômeno global que transcende fronteiras 
geográficas, culturais e linguísticas. Essas plataformas digitais proporcionam um espaço de 
interação no qual pessoas de diversas origens compartilham informações, experiências e 
perspectivas. Essa vasta rede de comunicação tem um impacto significativo na forma como as 
pessoas entendem e vivenciam a diversidade linguística e a pluralidade cultural. A interação 
constante e dinâmica nas redes sociais promove a troca de expressões idiomáticas, dialetos e 
variações linguísticas, refletindo a riqueza cultural dos seus usuários (Crystal, 2001).
A diversidade linguística nas redes sociais é um reflexo da diversidade cultural do mundo real. Em 
plataformas como Facebook, Instagram, Twitter e TikTok, os usuários não apenas se comunicam 
em línguas oficiais, mas também utilizam variações regionais, gírias e linguagens híbridas. Esse 
fenômeno evidencia a importância da pluralidade cultural, ao mesmo tempo que destaca a 
desigualdade de visibilidade entre diferentes línguas e dialetos (Recuero, 2009). Pesquisas 
acadêmicas indicam que as línguas majoritárias tendem a dominar o espaço digital, enquanto 
línguas minoritárias enfrentam desafios para se manterem visíveis e relevantes neste ambiente (Van 
Dijck, 2013).
Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá como as redes sociais influenciam a língua portuguesa, 
as razões pelas quais certas variações linguísticas prevalecem e a importância da pluralidade 
cultural no contexto brasileiro. Ainda, compreenderá, de maneira mais completa, como a 
comunicação digital molda e é moldada pela diversidade linguística e cultural, além de como isso 
reflete e afeta a sociedade brasileira atual.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Caracterizar a pluralidade cultural brasileira.•
Justificar as razões pelas quais uma variedade falada sobrepõe-se à outra.•
Reconhecer a influência das redes sociais na língua portuguesa.•
Desafio
A diversidade linguística no Brasil é vasta e complexa, refletindo uma sociedade multicultural e com 
características distintas. A variação linguística não se restringe apenas ao território, mas se 
manifesta, também, nas diferentes plataformas digitais.
Estudos mostram que a forma de comunicação pode variar significativamente entre as redes 
sociais, sendo influenciada por fatores como público-alvo, finalidade da plataforma e normas 
implícitas de cada comunidade on-line. O Brasil é um dos países com maior número de usuários 
ativos em redes sociais, cada uma com suas próprias dinâmicas linguísticas e culturais (Global [...], 
2023).
Diante dessas informações, analise a situação a seguir:
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/72fc0cb2-ee88-4852-a833-9f41b9e8da3d/2b4cffb4-3e71-4ba1-9a0b-eed890222388.png
A partir deste cenário, você deve elaborar o formulário solicitado, abordando todos os pontos 
indicados.
Infográfico
As redes sociais têm transformado diversos aspectos da vida cotidiana, incluindo a maneira como as 
pessoas se comunicam. No Brasil, a popularidade de plataformas como Facebook, Instagram, 
Twitter e WhatsApp têm influenciado diretamente o uso e a evolução da língua portuguesa. Essa 
influência se manifesta na adoção de novos termos, na popularização de gírias e no impacto da 
linguagem abreviada e informal no cotidiano dos falantes.
Estudos indicam que as redes sociais não só refletem as tendências linguísticas contemporâneas, 
mas também as amplificam. Cerca de 70% dos brasileiros utilizam redes sociais ativamente, o que 
cria um ambiente fértil para a disseminação de neologismos e variações linguísticas. Além disso, a 
rapidez e a informalidade da comunicação on-line têm gerado a flexibilização das normas 
gramaticais (Digital [...], 2023).
Neste Infográfico, você vai ver como as redes sociais podem influenciar a língua portuguesa.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/d5ec4368-5ed2-4ac4-ab62-1f0eab61546f/3699d48f-0d67-44fe-9869-6af5c5308404.png
Conteúdo do livro
As redes sociais têm se consolidado como um espaço de interação e compartilhamento de 
informações que transcende fronteiras geográficas e culturais. Estudos indicam que essas 
plataformas promovem a diversidade linguística, pois permitem que falantes de diferentes línguas 
se conectem e compartilhem conteúdos diversos. A internet e as redes sociais são ferramentas 
impactantes na revitalização de línguas ameaçadas, proporcionando um meio para que 
comunidades linguísticas minoritárias possam se expressar e manter viva sua língua (Crystal, 2010). 
A diversidade linguística nas redes sociais é um reflexo da pluralidade cultural, na qual usuários 
compartilham tradições, costumes e modos de vida, enriquecendo o ambiente digital com uma 
multiplicidade de perspectivas culturais.
Ademais, as redes sociais também influenciam na valorização e na disseminação da pluralidade 
cultural. Muitas dessas plataformas facilitam o intercâmbio cultural ao permitir que usuários de 
diferentes origens compartilhem e consumam conteúdo cultural variado. Essas ações ampliam o 
conhecimento e a compreensão entre culturas e desafiam estereótipos e preconceitos, 
promovendo uma maior aceitação e valorização das diferenças culturais. Dessa forma, as redes 
sociais se configuram como um espaço dinâmico de interação no qual a diversidade linguística e a 
pluralidade cultural são celebradas e fortalecidas.
No capítulo Rede social, diversidade linguística e pluralidade cultural, base teórica desta Unidade 
de Aprendizagem, você vai analisar a pluralidade cultural brasileira, explorando as diferentes formas 
de falar em contextos específicos. Ainda, vai refletir sobre o impacto das redes sociais na evolução 
da língua portuguesa, investigando como essas plataformas influenciam a comunicação e a 
expressão linguística humana. Por fim, vai desenvolver um olhar crítico sobre a interação entre 
cultura, língua e tecnologia no contexto contemporâneo.
Boa leitura.
SOCIOLINGUÍSTICA
Eliana Cristina 
Caporale Barcellos
Rede social, diversidade 
linguística e pluralidade 
cultural
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Caracterizar a pluralidade cultural brasileira.
 � Justificar as razões pelas quais uma variedade falada sobrepõe-se
a outra.
 � Apontar a influência das redes sociais na língua portuguesa.
Introdução
Neste texto você terá a oportunidade de estudar outra dimensão da 
língua: o português virtual!
Com o advento da tecnologia digital, nossos horizontes foram am-
pliados. Agora, você pode trazer o mundo para o seu cotidiano, tendo, 
inclusive, as relações de amizade transformadas e ampliadas. Antes, 
você podia contar com um grupo, de certa forma, restrito de amigos, 
pessoas de seu convívio. Hoje em dia, você pode ter centenas ou mi-
lhares deles! Pode fazer contato em tempo real com pessoas do outro 
lado do mundo! A globalização oferece o risco da homogeneização, 
ou seja, enculturação em massa, unificação de todas as culturas em 
uma única. Será que isso promoveria perda total da identidade de 
cada povo? Ou haveria espaço, meios para manifestações culturais da 
diversidade no mundo virtual? Como manter a identidade brasileira, 
nossa diversidade linguística e pluralidade cultural na era das redes 
sociais? Vamos refletir a esse respeito.
Redes sociais e mundo virtual
O termo redes sociais nos remete à modernidade e à era digital, imediata-
mente lembramos de Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin, entre outros, 
que representam as relações humanas, advindas das facilidades digitais 
da modernidade. “Uma rede social é concebida comoo conjunto de vín-
culos de qualquer tipo que se estabelecem entre as pessoas de um grupo.” 
Sociolinguistica_U4_C10.indd 83 19/09/2016 10:20:18
(BORTONI-RICARDO, 2014, p. 130). Nossa rede social é constituída por 
grupos de nossas relações: família, amigos, colegas de trabalho, clientes, 
alunos, professores, entre outros. Em estudos anteriores, já nos dedicamos 
a refletir sobre as influências e as mudanças que a fala sofre ao estar vin-
culada às redes sociais do falante. Destacamos o processo de adequação 
da linguagem, as relações: fala/contexto, fala/região, fala/idade etc. Todas 
essas relações correm em função de nossas redes sociais. 
Étienne Wenger, aponta que, na perspectiva das práticas sociais, a identi-
dade é: 
(I) vivida: não é uma categoria, traço de personalidade, papel ou 
rótulo, é uma experiência que envolve participação e reificação; 
(II) negociada: é um permanente vir a ser, não é definida apenas 
em um período específico da vida; (III) social: é fruto da perten-
ça a grupos; (IV) processo de aprendizagem: é uma trajetória no 
tempo que incorpora o presente, o passado e o futuro; (V) nexo: 
combina múltiplas formas de participação; (VI) local-global: não 
se constrói apenas pelas práticas imediatas ou se regula somente 
pelas estruturas sociais mais amplas, é uma interface de ambas. 
Por isso, a língua constitui, também, a identidade do falante, bem como 
da comunidade de fala, construída, afirmada e vivenciada em nossas redes 
sociais (WENGER apud BATTISTI, 2014, p. 81).
Agora, vamos pensar sobre essas relações no mundo virtual. Segundo 
Bortoni-Ricardo (2014, p. 135), considerando o grande impacto da cultura 
virtual na vida cotidiana, as redes sociais on-line também devem ser inclu-
ídas nos estudos sociolinguísticos. Realmente, se pararmos para pensar, a co-
municação virtual, apesar de ser, na maioria das vezes, escrita, traduz-se na 
representação escrita da língua falada, pois está longe de obedecer a norma 
padrão. Com o surgimento do internetês, nada mais justo, então, que incluí-
-la no campo de estudos da Sociolinguística, uma vez que esta se dedica ao 
estudo da fala.
Um fato interessante de se observar é que os jovens, em geral, apresentam 
dificuldades na escrita e não possuem o hábito da leitura, pelo menos, não nos 
padrões à moda antiga! Hoje em dia, está cada vez mais raro se ver um jovem 
com um livro nas mãos. Em sala de aula, por exemplo, quando é solicitado que 
leiam ou escrevam alguma coisa, poucos se voluntariam ou apreciam esse tipo 
de atividade. Entretanto, podem passar o dia lendo e escrevendo no celular, 
Sociolinguística84
Sociolinguistica_U4_C10.indd 84 19/09/2016 10:20:18
não é mesmo? Dificilmente você verá um jovem que não possua um celular, 
ou não acesse as redes sociais virtuais. 
Estudos mostram que, em razão das características imediatistas das novas 
gerações, reforçadas pela era digital, os hipertextos superam as expectativas, 
uma vez que não se restringem a palavras escritas. São um conjunto de pala-
vras, imagens e sons, fato esse que os tornam muito mais atrativos. 
A comunicação, que antes era feita por suportes anatômicos, 
passou a ser disseminada por suportes digitais, desenvolvendo 
novas formas de manipulação da informação por meio do cibe-
respaço, possibilitando ao usuário internauta a escolha do cami-
nho a ser seguido no emaranhado de documentos – textos, sons, 
imagens, links – que formam o hipertexto, dando-lhe ares de 
protagonista dessas ações nessa rede virtual, além de garantias 
de novas formas de interação por meio da convergência das mí-
dias, levando esses indivíduos a oscilarem entre as diversas pos-
sibilidades midiáticas em busca de novas experiências. (ROSA, 
2012, p. 3).
Os jovens e a apropriação dos recursos digitais
“A juventude, caracterizada não somente por fenômenos puramente naturais, 
mas também sociais e históricos, é definida pela diversidade de situações de agru-
pamentos, de organizações, de classes sociais, apresentando diferenças de etnias, de 
religião, de gêneros e de especificidades regionais, determinando, nesse sentido, as 
‘diferentes juventudes’ em uma ‘realidade palpável que tem sexo, idade, fases, anseios 
etc., entronizada em um período de tempo cuja duração não é permanente, mas tran-
sitória e passível de modificações’ (ESTEVES; ABRAMOVAY, 2008, p. 5), que devem ser 
consideradas também em suas relações” (LIBÂNEO, 2006). 
Essas juventudes estão utilizando as potencialidades dos meios digitais, apesar da 
barreira financeira, principal obstáculo para a posse do computador e do acesso à in-
ternet, que ainda causam alguma exclusão. 
A exclusão digital juvenil caracteriza-se pela falta de contato com informações e 
possibilidades de conhecimentos advindos da interação virtual, quando os jovens se 
apropriam dos recursos digitais apenas para lazer. 
Os jovens que têm acesso às tecnologias digitais demonstram grande capacidade 
de apropriação e utilização desses recursos, de modo que são chamados de nativos 
85Rede social, diversidade linguística e pluralidade cultural
Sociolinguistica_U4_C10.indd 85 19/09/2016 10:20:18
E a língua portuguesa, como fica nesse meio digital? Será que estamos cami-
nhando para mais uma variação linguística, agora o português virtual, popu-
larmente chamado de internetês? Com certeza, a escrita nas redes sociais difere 
da escrita padrão, é mais abreviada, quase telegráfica, com intuito de agilizar 
a comunicação. Segundo Inês Rosa (2012, p. 6), ela é um entrecruzamento de 
relações e interações de um conversar-escrever, em que elementos da linguagem 
oral são utilizados. Além disso, a pessoa é coautora dos textos digitais, pois pode 
alterá-los imprimindo sua opinião e sua identidade. Percebe-se nos hipertextos o 
surgimento de “um sujeito coletivo, uma reunião e interação de consciências que 
produzem conhecimento e navegam juntas” (RAMAL, 2000, p. 6). Assim como 
na vida cotidiana, o uso de uma língua se sobrepões à outra, por diversos mo-
tivos, entre os quais podemos citar o fato de que se um maior grupo de pessoas 
utilizar a linguagem digital, fará as demais pessoas que venham a se agregar a 
esse grupo também a usar, por uma questão de pertença. Por isso, o internetês 
é extremamente difundido, entretanto, os regionalismos podem deixar sua im-
pressão nessa língua, assim como fazem fora do cyber espaço.
Pesquisadoras como Inês Rosa (2012, p. 7), descrevem essa nova maneira 
de se expressar como estratégias discursivas, as quais designam todos os 
meios mobilizados para agenciar enunciados a fim de compor um discurso; 
o objetivo é obter um conjunto não apenas coerente, mas interessante, agra-
dável, intrigante, segundo o efeito que se visa a produzir sobre o interlocutor. 
Essas estratégias podem ser designadas como todos os meios implementados 
para afetar o processo de comunicação.
O educador e PhD em Sociologia Pedro Demo aponta a fluência tecnoló-
gica da juventude atual como uma habilidade característica das novas gera-
ções. Destaca a relevância dessa habilidade como uma exigência do mundo 
digitais, pois “os jogos de computador, e-mail, telefones celulares e mensagens instan-
tâneas são parte integrante de suas vidas” (PRENSKY, 2001, p. 1). Por sua vez, Tapscott 
(1999) denomina-os geração net, pela curiosidade que demonstram diante das novi-
dades tecnológicas e pela sua facilidade em utilizar esses recursos; e Veen e Vrakking 
(2009) os chamam de Homo Zappiens, pois são multitarefas, fazem muitas atividades 
ao mesmo tempo e raciocinam com agilidade, convivendo com as incertezas e inte-
ragindo com os ambientes híbridos da cibercultura de forma natural, descontraídos 
e autodidatas, demonstrando familiaridade e facilidade de manuseio, entendendo a 
lógica das máquinas cerebrais (SANTAELLA, 2003). 
Fonte: Adaptado de ROSA (2012, p.4-5).
Sociolinguística86
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moderno, para ele “Podemos entender fluência tecnológica como habilidade 
minimalistade digitar texto, navegar na internet, de conhecer comandos re-
petitivos, mas igualmente como exigência rebuscada de dar conta de emprei-
tadas não lineares interpretativas, nas quais a postura é de sujeito participa-
tivo/reconstrutivo.” (DEMO, 2012, p. 32-33).
Para saber algumas opiniões a respeito do internetês, acesse o vídeo:
.
Diversidade linguística e pluralidade cultural 
brasileira
A globalização possibilita o contato com diversas culturas, fazendo a diversi-
dade cultural de um povo romper as fronteiras do país, passar a ser reconhe-
cida e poder ser assimilada por outros povos. Entretanto, pode acarretar na 
homogeneização da diversidade cultural, na unificação de todas as culturas 
em uma única, o que acabaria por suprimir a identidade de um povo. Mas, 
afinal, que lado prevalece? A internet, veículo de globalização, fortalece as 
identidades culturais de cada região, ou contribui para o surgimento de uma 
macrocultura, na qual os regionalismos encontram-se diluídos?
Na verdade, o fato não é tão simples assim. Não se pode simplesmente 
apontar a situação que prevalece. As pesquisadoras Eliany Araújo e Katiane 
Lima destacam a necessidade de um maior aprofundamento na compreensão 
da relação entre informação/conhecimento e poderes instituídos, e a pos-
sibilidade de mudança social nas articulações que mantêm esses poderes. 
(ARAÚJO; LIMA, 2000, p. 1), para que se possa arriscar uma opinião sobre 
o assunto.
A identidade cultural é uma relação/processo de reconhecimento que o 
sujeito social realiza ao viver em uma cultura, e assume como algo próprio 
os valores/elementos característicos de uma determinada cultura. Ou seja, a 
identidade social é a forma como os sujeitos sociais incorporam e expressam 
os elementos da cultura dos grupos do qual fazem parte. Esse processo de 
geração de identidades culturais também pode ser caracterizado como um 
processo de geração de regionalismos, de geração de formas específicas de 
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se viver a cultura a partir de diferentes experiências vivenciadas por grupos 
sociais que habitam diferentes espaços geográficos e históricos. (ARAÚJO; 
LIMA, 2000, p. 3). Há espaço na internet e nas redes sociais para os regio-
nalismos? Como poderiam se manifestar os aspectos culturais regionais em 
um ambiente virtual? Bom, a princípio, imagina-se que não haja grandes pro-
blemas, uma vez que os hipertextos comportam imagens e podem representar 
alguns dos aspectos culturais de determinada região. Porém, em relação ao 
patrimônio cultural imaterial de nosso interesse – a língua –, se no meio vir-
tual predomina o internetês, como as variações linguísticas regionais seriam 
preservadas?
Segundo Adriano Rodrigues (1994, p. 201), a característica das mídias 
digitais é incidirem diretamente sobre a linguagem, não apenas no plano do 
funcionamento da língua (regras lexicais e sintáticas), mas na manutenção de 
relações intrínsecas com a linguagem, ao explorar e evidenciar o imaginário 
discursivo (relações entre significante [forma] e do significado [conceito]). 
Por apresentarem essas relações intrínsecas com as estruturas linguísticas 
e com o imaginário discursivo, as novas tecnologias de informação acabam 
por modelar todos os domínios da experiência individual e coletiva. Desse 
modo, as novas tecnologias de informação são tecnologias da linguagem e, 
justamente por isso, trazem uma nova roupagem para a escrita tradicional, e a 
preservação dos regionalismos pode encontrar seu espaço nas mídias digitais.
De fato, percebe-se que os regionalismos têm aparecido no mundo virtual. 
A diversidade cultural brasileira encontra espaço e maneiras de se firmar nas 
redes sociais, em sites e blogs disponíveis na internet. Como exemplo, po-
demos citar, entre tantos outros, as páginas Bode Gaiato, Suricate Seboso e 
Boi Calemba, no Facebook, o perfil @o_bairrista, no Twitter, assim como 
o site www.obairrista.com. Em todos esses exemplos, a variação linguística 
das Regiões Norte, Nordeste e Sul são retratadas com humor e preservam a 
identidade de cada região. Observe alguns exemplos:
Sociolinguística88
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Figura 1: Bode Gaiato.
Fonte: 1.bp.blogspot.com
Figura 2: Bode Gaiato.
Fonte: Piming. 
89Rede social, diversidade linguística e pluralidade cultural
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Figura 3: Suricate Seboso.
Fonte: 180graus.com
Figura 4: Suricate Seboso.
Fonte: Piming.
Sociolinguística90
Sociolinguistica_U4_C10.indd 90 19/09/2016 10:20:19
Após bloqueio do Whatsapp, 
piá reencontra a mãe dentro de casa 
depois de três anos
Mãe e filho promoveram reencontro 
emocionante graças ao bloqueio judicial 
ao aplicativo de mensagens
Fonte: O Bairrista (2016).
Figura 5.
Mãe e filho promoveram reencontro 
emocionante graças ao bloqueio judicial 
ao aplicativo de mensagens
A moda que invadiu a rede social Instagram e que fez todo mundo 
postar vídeos malhando, correndo na esteira ou puxando um ferro 
acaba de ser desvendada por um grupo de pesquisadores Gaúchos. 
Cerca de 15 estudiosos trabalharam na pesquisa que comprovou o 
óbvio: postar vídeo na academia não te faz emagrecer.
– Nos últimos tempos ficou comum alguma guria publicar um vine 
enquanto pula na cama elástica ou um magrão postar um vídeo 
levantando 100 quilos no supino na esperança de emagrecer mais 
rápido. Graças ao nosso estudo pudemos concluir que isso é apenas 
vaidade – disse Luciano Alves, chefe da pesquisa.
Outro mito que os pesquisadores derrubaram foi do uso das hashtags 
#Foco #Força e #Fé. Assim como os vídeos, o uso das hashtags não 
influem em nada.
– É só mais uma bobagem dos instagramers.
Fonte: O Bairrista (2016).
Figura 6.
91Rede social, diversidade linguística e pluralidade cultural
Sociolinguistica_U4_C10.indd 91 19/09/2016 10:20:20
1. O conceito de redes sociais está 
expresso de maneira correta, em qual 
alternativa? 
a) São plataformas digitais do tipo 
Facebook.
b) São plataformas digitais, que 
permitem que as pessoas estabe-
leçam relações a distância. 
c) Uma rede social é concebida 
como o conjunto de vínculos 
de qualquer tipo que se estabe-
lecem entre as pessoas de um 
grupo, pode ser no meio digital, 
ou não. 
d) Representam o grupo de pessoas 
reunidas em uma plataforma 
digital, do tipo Twitter. 
e) Uma rede social é concebida 
como o conjunto de pessoas que 
se relacionam no cyber espaço. 
2. Na perspectiva de Étienne Wenger, a 
identidade é:
a) uma experiência que envolve 
participação e reificação.
b) um permanente vir a ser.
c) é fruto da pertença a grupos.
d) é uma trajetória no tempo que 
incorpora o presente, o passado 
e o futuro.
e) uma experiência que envolve 
participação e reificação; um per-
manente vir a ser, não é definida 
apenas em um período específico 
da vida; é fruto da pertença a 
grupos; é um processo de apren-
dizagem: é uma trajetória no 
tempo que incorpora o presente, 
o passado e o futuro; combina 
múltiplas formas de participação; 
é um local-global: não se constrói 
apenas pelas práticas imediatas 
ou se regula somente pelas estru-
turas sociais mais amplas, é uma 
interface de ambas.
3. A respeito das relações dos jovens 
da sociedade atual com a internet, é 
correto afirmar que:
a) trata-se de uma relação doentia, 
pois a Internet atrapalha sua 
aprendizagem.
b) trata-se de uma relação que pode 
ser extremamente útil, pois as 
mídias digitais podem contribuir 
muito para a aprendizagem da 
língua portuguesa.
c) Surge como uma relação preju-
dicial para o desenvolvimento 
cognitivo dos jovens, pois prima 
pelo uso do internetês.
d) Limita suas ações criativas, uma 
vez que os jovens apenas copiam, 
recortam, colam e curtem as 
postagens.
e) Essas relações impedem o 
trabalho docente, uma vez que 
os jovens não se privam das redes 
sociais durante o períodode aula.
4. Os conceitos de nativos digitais, 
geração net e homo zappiens, são 
atribuídos a:
a) jovens da década de 1980, que 
tiveram os primeiros contatos 
com computadores.
b) pessoas da terceira idade, que 
estão se familiarizando com as 
redes sociais. 
Sociolinguística92
Sociolinguistica_U4_C10.indd 92 19/09/2016 10:20:21
c) novos usuários das redes sociais. 
d) jovens que têm acesso às 
tecnologias digitais e demons-
tram grande capacidade de 
apropriação e utilização desses 
recursos. 
e) jovens que têm acesso às redes 
sociais e demonstram grande 
capacidade de ampliar o número 
de curtidas em suas publicações. 
5. Em relação ao regionalismo nas redes 
sociais, é correto afirmar que:
a) encontra espaço nas redes sociais, 
preservando a identidade cultural 
da região que representa.
b) está se perdendo, pois, as redes 
sociais primam pela macrocultura.
c) não encontra espaço nas redes 
sociais.
d) encontra dificuldade em se 
manter nas redes sociais, porque 
não há uma maneira interessante 
e atrativa de se reproduzir a cul-
tura regional no cyber espaço.
e) as redes sociais não acolhem 
o regionalismo por se tratar de 
uma manifestação particular de 
determinada região.
1.BP.BLOGSPOT.COM. [Bode Gaiato]. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2016.
180GRAUS.COM. [Suricate seboso]. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2016.
ARAÚJO, E. A.; LIMA, K. A. Internet, identidade cultural e regionalismo: inclusão ou ex-
clusão informacional? Informação & sociedade: Estudos. Revista on-line. Universidade 
Federal da Paraíba, v. 10, n. 2, 2000. Disponível em: . Acesso em 01 set. 2016.
BATTISTI, E. Redes sociais, identidade e variação linguística. In: FREITAG, R. M. K. (org.). 
Metodologia de coleta e manipulação de dados em sociolinguística. São Paulo: Editora 
Edgard Blücher, 2014. p. 79-98. Disponível em: . Acesso em 31 ago. 2016.
BOI CALEMBA. Página do Facebook. Disponível em: . Acesso em 01 
set. 2016.
BORTONI-RICARDO, S. M. Manual de sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2014.
93Rede social, diversidade linguística e pluralidade cultural
Sociolinguistica_U4_C10.indd 93 19/09/2016 10:20:21
DEMO, P. Habilidades e competências no século XXI. Porto Alegre: Mediação, 2012.
O BAIRRISTA. Após bloqueio do Whatsapp, piá reencontra a mãe dentro de casa de-
pois de três anos. O Bairrista, 2016. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2016.
PIMING. [Bode Gaiato]. Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2016.
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RAMAL, A. C. Ler e escrever na cultura digital. Revista Pátio, Porto Alegre, v. 4, n. 14, p. 21-
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ROSA, I. R. Comunicação dos jovens nas redes sociais da internet. In: 4º Simpósio Hiper-
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SURICATE SEBOSO. Página do Facebook. Disponível em: . Acesso em 01 set. 2016.
Leituras recomendadas 
MARTELETO, R. M. Redes sociais, mediação e apropriação de informações: situando 
campos, objetos e conceitos na pesquisa em Ciências da Informação. Pesquisa Brasilei-
ra em Ciência da Informação e Biblioteconomia, v.5, 2010. Disponível em: . Acesso em 31 ago. 2016.
SILVEIRA, A. C. M. Representações identitárias e o giro da virtualidade: as tecnologias 
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Midiática/UFSM, CCSH, v.1, n. 2, p. 111-126, jul./dez. 2002. Disponível em: . Acesso em 02 set. 2016.
Sociolinguística94
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Conteúdo:
Dica do professor
Para compreender a classificação das gerações, autores como Neil Howe e William Strauss (2000) 
categorizaram grupos etários com base em ciclos históricos e eventos marcantes que moldaram 
comportamentos e valores ao longo do tempo. Por exemplo, a geração baby boomer é caracterizada 
pelo crescimento econômico após a Segunda Guerra Mundial e a ascensão do consumismo, 
enquanto a geração X, descrita por Douglas Coupland (1991), é influenciada pela recessão 
econômica dos anos 1970 e a revolução digital dos anos 1980 e 1990.
Além disso, eventos sociais e políticos moldam as visões de mundo e o comportamento dos jovens 
ao longo da vida adulta, refletindo a influência do contexto histórico na formação da identidade 
geracional. Essas teorias fornecem uma base de compreensão acerca da categorização das gerações 
nos estudos sociológicos e culturais (Coupland, 1991; Howe; Strauss, 2000).
Nesta Dica do Professor, você vai ver o impacto das diferentes gerações no desenvolvimento 
cultural ao longo do tempo.
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Exercícios
1) A pluralidade cultural brasileira é um fenômeno complexo, sendo o resultado de séculos de 
interação entre diferentes grupos étnicos, raciais e culturais. O Brasil é um dos países mais 
diversos do mundo.
A cultura brasileira é marcada por uma vasta gama de tradições, línguas, religiões, culinárias, 
músicas e danças, refletindo a convivência e a mistura desses diversos grupos. Estudos 
destacam a formação e a dinâmica dessa pluralidade cultural, enfatizando tanto os conflitos 
quanto às contribuições mútuas que moldaram a identidade nacional (Freyre, 2006; Ribeiro, 
1995).
Assinale a alternativa que melhor caracteriza a pluralidade cultural brasileira.
A) A pluralidade cultural brasileira é homogênea, resultante da predominância de uma única 
matriz cultural europeia que se sobrepôs às demais.
B) A pluralidade cultural brasileira se manifesta na coexistência pacífica e na integração 
harmoniosa de todas as etnias e culturas, sem conflitos históricos ou contemporâneos.
C) A pluralidade cultural brasileira é dinâmica e resulta do contínuo processo de interação, 
conflito e síntese entre diferentes grupos étnicos e culturais, incluindo indígenas, africanos, 
europeus e asiáticos.
D) A pluralidade cultural brasileira é estática, sendo determinada exclusivamente pelas 
contribuições culturais dos povos indígenas e africanos, sem influência europeia ou asiática 
significativa.
E) A pluralidade cultural brasileira se caracteriza pela total ausência de influências externas, 
mantendo-se pura e inalterada desde os tempos pré-coloniais.
A variedade falada pelas elites econômicas e políticas tende a ser valorizada por meio de 
sistemas educacionais e de comunicação, resultando em uma maior exposição. A pressão 
social para a conformidade linguística também contribui para a adoção de uma variedade 
padrão, especialmenteem contextos formais e profissionais (Labov, 2001).
Além disso, a globalização e a urbanização têm intensificado a intercomunicação entre 
diferentes regiões, promovendo a disseminação de variedades consideradas prestigiadas. 
Estudos também apontam que essa dinâmica pode levar à marginalização de variedades 
regionais e tradicionais, impactando negativamente a diversidade linguística (Calvet, 2007).
2) 
Assinale a alternativa que melhor justifica as razões pelas quais uma variedade falada 
sobrepõe-se à outra.
A) A sobreposição de uma variedade falada ocorre exclusivamente devido à superioridade 
linguística intrínseca de uma variedade sobre as outras.
B) A sobreposição de uma variedade falada se deve à falta de resistência das comunidades locais 
em preservar suas variedades linguísticas tradicionais.
C) A sobreposição de uma variedade falada é um fenômeno recente, resultante exclusivamente 
da globalização e da urbanização.
D) A sobreposição de uma variedade falada é inevitável e ocorre de forma natural, 
independentemente das influências externas e internas.
E) A sobreposição de uma variedade falada é influenciada principalmente por fatores sociais, 
econômicos e políticos, que conferem prestígio e institucionalização à variedade dominante.
3) As redes sociais têm desempenhado um papel significativo na evolução da língua 
portuguesa. O ambiente digital facilita a criação e a disseminação rápida de neologismos, 
memes e gírias, que, muitas vezes, são incorporados ao uso cotidiano. Além disso, a 
comunicação instantânea e a limitação de caracteres em plataformas como Twitter e 
Instagram incentivam o uso de abreviações e siglas, que acabam por alterar a estrutura das 
mensagens.
Assinale a alternativa que melhor descreve a influência das redes sociais no português 
brasileiro.
A) As redes sociais têm influenciado a língua portuguesa apenas no nível lexical, introduzindo 
novos termos e gírias sem alterar a sintaxe ou a estrutura das frases.
B) As redes sociais promovem uma hibridização linguística, na qual elementos da fala e da escrita 
se misturam e criam formas de expressão que desafiam as normas.
C) A influência das redes sociais na língua portuguesa é limitada às interações informais e não 
tem impacto significativo na escrita formal ou acadêmica.
D) A linguagem das redes sociais é completamente desvinculada da norma culta, não exercendo 
influência em relação à língua usada em contextos formais.
E) As mudanças linguísticas promovidas pelas redes sociais são temporárias e não têm potencial 
para serem incorporadas ao uso cotidiano da língua portuguesa.
4) A diversidade linguística no Brasil é notável, pois reflete a extensão territorial do país e suas 
características históricas e sociais. Em particular, as variedades do português falado no Brasil 
apresentam diferenças significativas devido a influências regionais e culturais. Algumas 
dessas variedades são mais prevalentes em contextos específicos, levantando questões 
sobre por que uma variedade falada pode predominar em determinadas situações.
Analise as asserções a seguir:
I. Variedades linguísticas predominantes são determinadas principalmente pela geografia e a 
densidade populacional de uma região.
II. A influência de mídias sociais na disseminação de variedades linguísticas pode contribuir 
significativamente para a prevalência de uma variedade sobre a outra.
III. Em comparação às influências sociais e culturais locais, a educação formal tem um papel 
secundário na determinação da predominância de variedades linguísticas.
Assinale a alternativa correta.
A) As afirmações II e III estão corretas.
B) As afirmações I e III estão corretas.
C) As afirmações I, II e III estão corretas.
D) As afirmações I e II estão corretas.
E) Apenas a afirmação II está correta.
A influência das redes sociais na língua portuguesa tem sido um tema de crescente interesse 
entre linguistas e estudiosos da comunicação. O Brasil é um dos países com maior número 
de usuários ativos em redes sociais, o que coloca em evidência o impacto dessas plataformas 
na maneira com que a língua é usada e disseminada (Digital [...], 2023). É possível observar 
que as redes sociais podem refletir e moldar aspectos linguísticos, introduzindo neologismos, 
alterando estruturas sintáticas e influenciando o vocabulário cotidiano.
Analise as asserções a seguir:
I. As redes sociais promovem uma padronização na língua portuguesa, unificando os padrões 
de comunicação entre diferentes grupos sociais.
II. O uso de hashtags e memes nas redes sociais tem contribuído para a criação e a 
popularização de novos termos e expressões na língua.
5) 
III. A influência das redes sociais na língua portuguesa pode ser percebida apenas na 
linguagem escrita, não afetando a linguagem falada.
Assinale a alternativa correta.
A) Apenas a afirmação II está correta.
B) As afirmações I e II estão corretas.
C) As afirmações II e III estão corretas.
D) As afirmações I e III estão corretas.
E) Apenas a afirmação III está correta.
Na prática
A análise das variedades linguísticas revela como as escolhas linguísticas refletem normas regionais 
e contextos históricos, além de influenciarem diretamente a eficácia da comunicação em diferentes 
circunstâncias profissionais. Entender essas dinâmicas linguísticas é necessário para adaptar 
práticas educacionais e editoriais de maneira eficaz.
A adaptação linguística às variedades faladas auxilia no fortalecimento da identidade cultural dos 
textos, além de ampliar sua acessibilidade e relevância em um mundo globalizado. É preciso utilizar 
essas variedades de forma estratégica para atender às demandas de públicos diversificados, 
garantindo uma comunicação inclusiva e eficaz.
Neste Na Prática, você vai ver como as variedades faladas podem influenciar a recepção e a 
compreensão de textos no ambiente profissional.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
A utilização do internetês por alunos do 5o ano do ensino 
fundamental distrital: um reflexo da pandemia da covid-19
Neste artigo, você vai ver como o uso das redes sociais impactou a linguagem escrita de alunos do 
5o ano do ensino fundamental durante a pandemia. Com uma abordagem qualitativa e descritiva, o 
material descreve como o "internetês" foi integrado ao cotidiano escolar, revelando quando e como 
os estudantes adotam essa forma de linguagem.
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Diversidade linguística e cultural na perspectiva indígena nos 
campos institucional e educacional
Neste artigo, você vai ver como a linguagem molda as identidades e as relações sociais. O material 
explora como a diversidade linguística enriquece a visão de mundo e amplia as formas de interação 
e compreensão.
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Os documentos norteadores da educação básica e as suas 
contribuições sociolinguísticas
Este estudo aborda como a diversidade linguística enriquece a educação brasileira. O material 
destaca a importância de incorporar as variações linguísticas nas práticas educacionais.
https://peerw.org/index.php/journals/article/view/1090/686
https://www.revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/v11n1p159/v11n1p159
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https://cfp.revistas.ufcg.edu.br/cfp/index.php/linguagensletramentos/article/view/2025

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