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Microrganismos eucarióticos 
– Fungos
Disciplina: Microbiologia e Genética Microbiana
Docente: Nara Ballaminut
Fungos
•São micro-organismos eucarióticos que se encontram 
amplamente distribuídos no solo, na água, em alimentos, nos 
vegetais, em detritos em geral, em animais e no homem, e em 
sua maioria são aeróbios obrigatórios:
• Com exceção de certas leveduras fermentadoras anaeróbias 
facultativas, que podem desenvolver-se em ambiente com oxigênio 
reduzido ou mesmo na ausência deste elemento.
•Não possuem mecanismos químicos fotossintéticos ou 
autotróficos para produção de energia ou síntese de 
constituintes celulares. 
•São saprófitos.
Fungos
•Não possuem clorofila nem pigmentos fotossintéticos → obtem 
sua energia por absorção de nutrientes;
•Não armazenam o amido e não apresentam, com exceção de 
alguns fungos aquáticos, celulose na parede celular.
•Absorvem oxigênio e desprendem CO
2
 durante seu metabolismo 
oxidativo.
•Alguns fungos podem germinar muito lentamente em meio com 
pouco oxigênio.
•O crescimento vegetativo e a reprodução assexuada ocorrem 
nessas condições, enquanto a reprodução sexuada se efetua 
apenas em atmosfera rica em oxigênio. 
Fungos
•Na respiração, ocorre a oxidação da glicose, processo essencial para 
a obtenção de energia. 
•Em condições aeróbicas, a via de hexose monofosfato é a 
responsável por 30% da glicólise.
•Em condições anaeróbicas, a via clássica usada pela maioria das 
leveduras é a via glicolítica, que resulta na formação do piruvato.
•A nutrição da maioria dos fungos dá-se por absorção, processo em 
que enzimas adequadas (exoenzimas) hidrolisam macromoléculas, 
tornando-as assimiláveis através de mecanismos de transporte. 
Fungos
• Têm, algumas semelhanças com o Reino Animalia, ou seja, armazenam glicogênio 
e possuem quitina na parede celular. 
• Alguns fungos apresentam, no processo sexuado de reprodução, a dicariofase, 
característica encontrada apenas entre esses organismos: logo após a 
plasmogamia, não ocorre imediatamente a cariogamia, mas sim uma fase 
dicariótica prolongada na qual a frutificação é composta de células binucleadas 
com presença simultânea de dois núcleos haploides sexualmente opostos.
• Eventualmente, a cariogamia pode não ocorrer e o dicário se perpetuar na espécie.
• Os fungos são heterotróficos e eucarióticos, com um só núcleo, como as 
leveduras, ou multinucleados, como os fungos filamentosos ou bolores e os 
cogumelos (fungos macroscópicos).
• Essas características resumidas é que justificaram, a partir de 1969, a criação de 
um Reino separado, o Reino Fungi ou Mycetalia.
Estrutura da Célula Fúngica 
• Parede celular 
• A parede celular é responsável pela rigidez da célula fúngica 🡪 composta basicamente por 
polissacarídeos de natureza celulósica ou quitínica, ou a mistura das duas substâncias, 
além de proteínas e lipídios, mas tendo variações dependendo da espécie de fungo, da 
idade, composição do substrato de crescimento, pH e temperatura.
• As glucanas e as mananas estão combinadas com proteínas, formando as glicoproteínas, 
manoproteínas e glicomanoproteínas. 
• As glucanas nas células fúngicas são normalmente polímeros de D-glicose, ligados por pontes 
B-glicosídicas. 
• As mananas, polímeros de manose, representam o material amorfo da parede e são diferenciadas 
em dois tipos: uma manoproteína não enzimática, envolvida na arquitetura da parede, e uma 
manoproteína com características enzimáticas, relacionada com a degradação de macromoléculas. 
• A quitina, um polímero B-D-glicose, é o principal componente estrutural do exoesqueleto 
de invertebrados e da parede celular fúngica.
• Nas leveduras, a quitina encontra-se em menor quantidade do que nos bolores (na proporção de 
1:3) e está restrita à área de blastoconidiação.
• A quitina é geralmente encontrada como microfibrilas cristalinas, dentro de uma matriz proteica. 
Membrana citoplasmática 
• A membrana plasmática contém o citoplasma tendo as mesmas funções da 
membrana encontrada em outras células.
• É composta de duas camadas de fosfolipídios revestidas por proteínas e 
apresenta uma série de invaginações que dão origem a um sistema de 
vacúolos ou vesículas, responsáveis por um contato entre o meio externo e 
o interior da célula.
• As proteínas servem como enzimas, que fornecem à membrana diferentes 
propriedades funcionais, enquanto os lipídeos dão à membrana sua 
verdadeira propriedade estrutural.
• A membrana citoplasmática dos fungos contém esteróis na forma de 
ergosterol, diferente da membrana citoplasmática da célula animal que 
contém colesterol.
• Essa diferença se constitui em importante sítio de ação de antifúngicos que 
atuam na síntese do ergosterol tendo esses antifúngicos, toxicidade seletiva para 
o fungo. 
Citoplasma 
• O citoplasma é onde ocorrem as sínteses e o metabolismo energético e plástico.
• No citoplasma são encontrados: inclusões de glicogênio, que é a principal substância de 
reserva de energia dos fungos, vacúolos de alimentos e gorduras, mitocôndrias, 
responsáveis pelos mecanismos energéticos, ribossomos e retículo endoplasmático, 
responsável pela síntese de proteínas.
• Os vacúolos são de vários tamanhos e podem ter a função digestiva ou de reserva, 
armazenando glicogênio.
• As mitocôndrias constituem o sítio da fosforilação oxidativa e contem DNA e ribossomos 
próprios.
• O retículo endoplasmático é um sistema comunicante que se espalha pela célula e é ligado 
à membrana nuclear, mas não à membrana plasmática e pode ser revestido externamente 
por ribossomos ou não.
• O aparelho de Golgi é um sistema de vesículas, canalículos e estruturas tubulares e está 
envolvido em processos de síntese e secreção, ligados à química de carboidratos. 
Núcleo 
• Os fungos podem ter 1, 2 ou mais núcleos, envoltos por uma membrana nuclear 
(carioteca) com numerosos poros.
• No núcleo encontram-se os cromossomos lineares, compostos de dupla fita de DNA 
arrumados em hélice, de natureza nucleoproteica contendo DNA e também RNA, de 
natureza nucleoproteica cuja função é transmitir as informações genéticas do DNA ao 
resto da célula.
• Dentro do núcleo, encontra-se o nucléolo, um corpúsculo esférico contendo DNA, RNA e 
proteínas.
• Este corpúsculo é o sítio de produção do RNA ribossomal.
• Durante a divisão nuclear, observa-se que a membrana desaparece, sendo substituída por 
um aparato em forma de agulhas (processo mitótico) com numerosos microtúbulos.
• Após a mitose, a membrana nuclear é novamente sintetizada. 
Cápsula
• Alguns fungos, como Cryptococcus neoformans, 
apresentam uma cápsula de natureza mucopolissacarídica 
com estrutura fibrilar composta de amilose e de um 
poliosídeo semelhante à goma arábica.
•A cápsula é importante na patogenia desse fungo por 
dificultar a fagocitose. 
Hifas
• A porção de uma hifa que obtém 
nutriente é chamada de hifa 
vegetativa;
• A porção envolvida com a reprodução 
é a hifa reprodutiva ou aérea, assim 
chamada porque se projeta acima da 
superfície sobre a qual o fungo está 
crescendo.
Morfologia e Reprodução 
• A identificação dos fungos é baseada principalmente em suas características morfológicas e eles 
apresentam uma variedade grande de tipos morfológicos, desde os mais simples até os mais 
complexos:
• Basicamente, os fungos incluem as leveduras, os bolores e os cogumelos, que são os fungos macroscópicos. 
• Os bolores e as leveduras, fungos microscópicos, quando crescem em substrato adequado, 
formam colônias visíveis a olho nu com diferenças macroscópicas.
• Os bolores formam colônias filamentosas dos mais variados tipos morfológicos (algodonosas, 
pulverulentas, aveludadas e outros) e com uma variedade grande de pigmentos.
• As leveduras apresentam colônias pastosas, de cor creme, branca, preta, rosa, dependendo da 
espécie, sendo que a maioria varia de branca a creme.
• As leveduras são unicelulares não apresentando diferenciação morfológica entre parte vegetativa 
e reprodutiva.
• As células têm formasarredondadas, ovoides ou alongadas.
• Leveduras do gênero Candida, em determinadas condições de cultivo, reproduzem-se por brotamentos 
sucessivos em cadeia, formando filamento semelhante ao dos bolores, chamado de micélio 
pseudofilamentoso.
Morfologia e Reprodução 
• Os bolores são multicelulares e sua unidade estrutural é representada pela hifa, 
uma estrutura tubular, cujo conjunto é denominado de micélio.
• O micélio que se desenvolve no interior do substrato, funcionando também 
como elemento de sustentação e de absorção dos nutrientes, é chamado micélio 
vegetativo.
• O micélio que se projeta na superfície e cresce acima do meio de cultivo é o 
micélio aéreo.
• O micélio aéreo vegetativo dos fungos filamentosos pode diferenciar-se em 
determinados pontos e formar o micélio reprodutivo, onde são formados os 
esporos, também chamados de propágulos, e que podem ter origem sexuada ou 
assexuada.
• O micélio reprodutivo é de importância fundamental na identificação 
morfológica da maioria das espécies fúngicas.
•O micélio vegetativo dos bolores é pluricelular, filamentoso 
e pode ser septado ou contínuo:
• sem septos -> é chamado de cenocítico.
•O micélio vegetativo filamentoso pode também formar 
estruturas de propagação, de resistência ou de fixação em 
substratos.
•O micélio vegetativo, em determinados pontos se diferencia 
em estruturas de reprodução, com morfologias diferentes.
Morfologia e Reprodução 
• Micélio vegetativo filamentoso -> estruturas de propagação, de resistência ou de fixação 
em substratos:
a) artroconídio ou artrósporo: formados pela fragmentação de uma hifa septada em células únicas, em 
estruturas retangulares com formação de uma parede espessa ao redor;
b) clamidoconídio ou clamidósporo: estruturas de resistência, apresentando células arredondadas de 
parede dupla e espessa e volume aumentado, de localização apical ou intercalar em relação ao micélio.
c) esclerócio: corpúsculo duro e parenquimatoso de coloração escura, formado pelo entrelaçamento 
de hifas;
d) rizoide: prolongamentos emitidos pelo micélio e que servem para absorver alimentos;
e) apressórios: (órgãos de fixação), e muitas outras estruturas, como hifas em espiral, hifas pectinadas, 
etc. cujas funções não são bem conhecidas. 
Morfologia e Reprodução 
• Essas estruturas constituem o micélio reprodutivo, que cumpre as funções de 
disseminação e preservação da espécie.
• No micélio reprodutivo há formação de células especiais -> esporos, que apresentam 
formas variadas:
• cilíndricos, elípticos, fusiformes, ovoides, baciliformes, piriformes e outras;
• hialinos ou pigmentados;
• simples ou septados -> com septos transversais, longitudinais; lisos, verrucosos ou ciliados; grandes, 
pequenos.
• A morfologia dos esporos e o modo de formação são características importantes na 
identificação de gêneros e espécies de fungos.
• Os esporos, de acordo com sua origem, podem ser:
• Assexuados 🡪 quando são formados por reprodução assexual ou agâmica;
• Sexuados 🡪 quando formados pela fusão de células com caráter de sexualidade.
• Os esporos assexuados e os sexuados podem ser formados no interior ou fora de 
estruturas do micélio reprodutivo -> respectivamente de endósporos ou ectosporos. 
Morfologia e Reprodução 
• Os ectosporos de origem assexuada são denominados de conídios e são 
formados na extremidade de hifas especiais -> os conidióforos, que podem ou 
não ser ramificados.
• Outro tipo de conídio, o blastoconídio, consiste em um broto originado de uma célula 
parental.
• Normalmente, os conídios são formados na extremidade do conidióforo, outras 
vezes nascem ao longo do micélio vegetativo e são denominados conídios 
sésseis.
• Em alguns fungos, o conidióforo e os conídios são formados dentro de células 
especiais denominadas picnídios.
• Os conídios podem ser hialinos ou pigmentados e apresentam formas diferentes 
— esféricos, fusiformes, cilíndricos, piriformes etc., com parede lisa ou rugosa, 
formados por uma única célula ou ter septos em um ou dois planos, 
apresentando-se isolados ou agrupados.
• Os fungos que se reproduzem por conídios caracterizam a antiga subdivisão 
Deuteromycotina, atualmente chamados de anamórficos. 
Morfologia e Reprodução 
• Os endósporos assexuados de fungos filamentosos -> possuem hifas não 
septadas originam-se em estruturas denominadas esporângios:
• Por um processo interno de clivagem do citoplasma;
• são chamados esporangiosporos.
• Pela ruptura do esporângio, esses esporos são liberados -> hifa especial que 
sustenta o esporângio é denominada esporangióforo.
• Esses propágulos são encontrados nos Zigomicetos. 
• Os ectósporos (propágulos) sexuados originam-se da fusão de estruturas 
diferenciadas com caráter de sexualidade.
• O núcleo haploide de uma célula doadora funde-se com o núcleo haploide 
de uma célula receptora, formando um zigoto.
• Posteriormente, por divisão meiótica, originam-se quatro ou oito núcleos 
haploides, alguns dos quais se recombinarão geneticamente. 
Morfologia e Reprodução 
Esporos sexuais
•Um esporo sexual fúngico resulta da reprodução sexuada, consistindo 
de três etapas: 
• Plasmogamia. Um núcleo haploide de uma célula doadora (+) penetra no 
citoplasma da célula receptora (–). 
• Cariogamia. Os núcleos (+) e (–) se fundem para formar um núcleo zigoto 
diploide. 
• Meiose. O núcleo diploide origina um núcleo haploide, esporos sexuais, dos 
quais alguns podem ser recombinantes genéticos. 
• Os propágulos sexuados externos, denominados de basidiósporos, 
são formados na extremidade de uma hifa fértil denominada basídio e 
caracterizam a subdivisão Basidiomycotina que engloba os cogumelos 
ou fungos superiores.
Morfologia e Reprodução 
• Os propágulos sexuados internos (endósporos) são os 
ascósporos e são formados no interior de células 
especiais, os ascos, e caracterizam a subdivisão 
Ascomycotina.
• Os ascos podem ser simples, como em algumas leveduras 
ou distribuir-se em lóculos ou cavidades do micélio — o 
ascostroma — ou ainda estar contidos em corpos de 
frutificação, os ascocarpos que recebem, de acordo com 
sua morfologia, as seguintes denominações:
• Cleistotécio – estrutura globosa, fechada, de parede 
formada pela união de hifas, contendo um número 
indeterminado de ascos, cada um geralmente com oito 
ascósporos em seu interior;
Morfologia e Reprodução 
Peritécio - estrutura piriforme com um poro por onde são eliminados os ascos;
Apotécio - ascocarpo aberto em forma de taça.
•Os esporos sexuais produzidos pelos fungos caracterizam os filos.
• Em geral, esses fungos com reprodução sexuada produzem, em 
determinadas fases de seu ciclo, estruturas assexuadas, os conídios, que 
asseguram a sua disseminação.
• Essa característica de mudança de tipo de reprodução reflete-se em 
características morfológicas diferentes e o mesmo fungo recebe 
denominações diferentes.
• Por exemplo, o fungo leveduriforme Cryptococcus neoformans em sua fase 
sexuada é denominado Filobasidiella neoformans. 
Morfologia e Reprodução 
•A fase sexuada dos fungos é denominada teleomórfica ou perfeita e 
a fase assexuada, anamórfica ou imperfeita. 
•A maior parte das leveduras reproduz-se assexuadamente por 
brotamento ou gemulação e por fissão binária.
Morfologia e Reprodução 
•O fenômeno da parassexualidade, demonstrado em Aspergillus, 
consiste em fusão de hifas e formação de heterocário, que contém 
núcleos n.
•Às vezes, esses núcleos fundem-se e originam núcleos 2n, 
heterozigóticos, cujos cromossomos homólogos sofrem 
recombinação durante a mitose.
•Os fungos variam também seu tipo de reprodução, entre assexuada e 
sexuada, de acordo com as condições e esses diferentes tipos de 
reprodução traduzem-se em diferentes morfologias, refletindo-se 
inclusive na classificação taxonômica dos fungos. 
Morfologia e Reprodução 
Taxonomia dos Fungos 
•A classificação dos fungos é baseada principalmente em critérios 
morfológicos, reprodutivos e fisiológicos, eos mesmos são agrupados 
pelas características comuns em níveis taxonômicos, sendo que cada 
nível apresenta um nome seguido de sufixo especial:
• Phylum ou filo: sufixo mycota; Subfilo: sufixo mycotina; Classe: sufixo 
mycetes; Ordem: sufixo ales; Família: sufixo aceae; Gênero e espécie: sem 
radicais específicos. 
•Atualmente, a taxonomia dos fungos tem apresentado progressos 
expressivos baseados em técnicas moleculares, principalmente a 
prova de PCR e seleção de oligonucleotídeos com sondas específicas. 
•Os filos do reino Fungi: Zygomycota, Basidiomycota, Ascomycota e 
Deuteromycetes, atualmente denominados de fungos anamórficos.
•Phytium insidiosum e Rhinosporidium seeberi, organismos hidrofílicos, 
que classicamente eram estudados no reino Fungi, são classificados 
respectivamente no filo Oomycota e Hyphochytriomycota, reino 
Chromista.
•Pneumocystis carinii foi considerado como protozoário, entretanto, 
estudos com base na biologia molecular estabeleceram que esse 
organismo pertence ao reino Fungi, onde ocupa posição entre 
Ascomycota e Basidiomycota. 
Taxonomia dos Fungos 
•Alguns autores consideram atualmente sete filos no reino 
Fungi: Chytridiomycota, Neocallimastigomycota, 
Blastocladiomycota; Microsporidia, Glomeromycota, 
Ascomycota e Basidiomycota, mas como não há ainda um 
consenso.
•Assim, mantém-se a classificação em três filos mais o grupo 
de fungos anamórficos ou mitospórico. 
Taxonomia dos Fungos 
Filo Ascomycota: ascomicetos
• O grupo ascomiceto, do qual são encontrados representantes em ambientes 
aquáticos e terrestres, recebe essa denominação em virtude da produção de 
ascos, células onde dois núcleos haploides, provenientes de diferentes tipos de 
linhagens sexuais, unem-se para formar o núcleo diploide, que eventualmente 
sofre meiose originando os ascósporos haploides.
• Em adição aos ascósporos, os ascomicetos reproduzem-se assexuadamente pela 
produção de conídios que se formam por mitose nas extremidades de hifas 
especializadas, denominadas conidióforos.
Ascomicetos
• As células de Saccharomyces e outros ascomicetos 
unicelulares são normalmente esféricas, ovais ou cilíndricas, e 
a divisão celular ocorre geralmente por brotamento.
• No processo de brotamento, uma nova célula é formada 
como uma pequena protuberância da célula antiga:
• o broto gradualmente aumenta de tamanho e, então, 
separa-se da célula parental.
Ascomicetos
• Podem se reproduzir por via sexuada 🡪 2 células se fundem.
• No interior da célula fundida, denominada zigoto:
• O zigoto cresce vegetativamente por brotamento;
• Sob condições de privação nutricional o zigoto sofrerá meiose, originando novamente os ascósporos.
Filo Basidiomycota: basidiomicetos
• Filo Basidiomycota 
•Os fungos desse filo são caracterizados por ectosporos de origem 
sexuada, os basidiósporos, típicos para cada espécie. 
• Engloba os fungos superiores ou cogumelos.
• A fase reprodutiva sexuada dos basidiomicetos origina o conhecido 
cogumelo.
•Nesse processo, os micélios de linhagens sexuais diferentes 
fundem-se, e o crescimento mais rápido do micélio dicariótico (n+n) 
formado por essa fusão sobrepõe-se aos micélios parentais haploides 
(n).
• Em seguida, quando as condições ambientais são favoráveis, 
geralmente após períodos de clima úmido e frio, o micélio dicariótico 
desenvolve-se em um corpo de frutificação. 
Basidiomicetos
•Os basídios dicarióticos são formados na face inferior do 
basidiocarpo, em regiões achatadas denominadas lamelas, que se 
encontram ligadas ao píleo do cogumelo.
•Os basídios realizam então uma fusão dos 2 núcleos, formando 
basídios com núcleos diploides (2n).
•Os 2 ciclos de divisão meiótica originam quatro núcleos haploides (n) 
nos basídios e cada núcleo torna-se um basidiósporo.
•Os basidiósporos geneticamente distintos podem, então, ser 
dispersos pelo vento a novos hábitats, iniciando-se novamente o 
ciclo:
• Germinam em condições favoráveis e desenvolvem-se como micélios 
haploides. 
Filo Zygomycota: zigomicetos
• Fungos com micélio cenocítico.
• Os representantes desse filo podem ter reprodução sexuada pela formação de zigosporos ou 
assexuada com a produção de esporos, os esporangiosporos, no interior de esporângios. 
• Os zigomicetos são comumente encontrados no solo e em material vegetal em decomposição.
• Realiza um ciclo de vida complexo que inclui tanto a reprodução assexuada quanto a sexuada.
• Na fase assexuada, os micélios formam esporângios, no interior dos quais os esporos haploides 
são produzidos.
• Quando liberados, esporos geneticamente idênticos são dispersos e germinam, originando micélios 
de crescimento vegetativo.
• Na fase sexuada, gametângios miceliais de diferentes compatibilidades (análogos a macho e 
fêmea) se fundem para produzir uma célula com 2 núcleos chamada de zigosporângio:
• Que pode permanecer dormente e resistir a dessecação ou a outras condições desfavoráveis. 
• Quando as condições são favoráveis, os diferentes núcleos haploides se fundem para formar um 
núcleo diploide, seguido por meiose que produz os esporos haploides.
• Assim como na fase assexuada, a liberação dos esporos, neste caso esporos geneticamente diferentes, dispersa 
o organismo, permitindo o crescimento vegetativo de hifas. 
Anamórficos e Oomycota
• Fungos anamórficos 
• Os fungos pertencentes ao antigo grupo Deuteromycetes, é atualmente 
denominado de fungos anamórficos ou fungos imperfeitos, fungos assexuados, 
fungos conidiais, ou fungos mitospóricos.
• Grande parte destes fungos, atualmente, com os recursos da biologia molecular, 
está sendo reenquadrado principalmente no filo Ascomycota. 
• A maioria dos fungos deste grupo tem hábitat no solo e são os principais 
componentes da microbiota atmosférica e incluem fungos patogênicos e 
oportunistas, antigamente agrupados nas classes Blastomycetes, Coelomycetes e 
Hyphomycetes. 
• Filo Oomycota 
• O filo Oomycota compreende aproximadamente 700 espécies que possuem 
características de parede celular com celulose e hábitat próprio, geralmente a 
água.
Fisiologia de fungos
• As principais enzimas encontradas nos fungos são: lipases, 
invertases, lactases, amilases, proteinases etc.
• Para o seu desenvolvimento, os fungos exigem, de preferência, 
carboidratos simples como a D-glicose.
• Entretanto, outros açúcares como sacarose, maltose e fontes de carbono mais 
complexas como amido e celulose também podem ser utilizados.
• Substâncias nitrogenadas inorgânicas como, sais de amônia ou 
nitratos, ou orgânicas, como as peptonas e sais minerais como 
sulfatos e fosfatos, também são necessárias.
• Oligoelementos como ferro, zinco, manganês, cobre, molibdênio e cálcio são 
exigidos, porém em pequenas quantidades.
• Alguns fungos também requerem fatores de crescimento que não 
conseguem sintetizar, em especial vitaminas como tiamina, biotina, 
riboflavina, ácido pantotênico e outros.
•A umidade relativa do ar ótima para seu desenvolvimento situa-se na 
faixa de 75 a 95%:
• Mas os fungos também suportam uma ampla variação de umidade, 
conseguindo se desenvolver em ambientes com teores extremamente baixos. 
•A temperatura de crescimento abrange uma larga faixa, havendo 
espécies psicrófilas, mesófilas e termófilas.
•Os fungos de importância médica, em geral, são mesófilos, 
apresentando temperatura ótima entre 20º C e 30º C. 
Fisiologia de fungos
•A forma micelial (M, mould) ou saprofítica é a forma infectante e está 
presente no solo, nas plantas etc.
•A forma leveduriforme (Y, yeast) ou parasitária é encontrada nos 
tecidos e in vitro em meios enriquecidos a 37º C.
•Este fenômeno é conhecido como dimorfismo e se observa entre os 
fungos agentes de micoses sistêmicas e subcutâneas:
• Como Histoplasma capsulatum, Paracoccidioides brasiliensis, Sporothrix 
schenckii, Blastomyces dermatitidis.
•Na Candida albicans, a forma saprofítica infectante é a leveduriforme 
e a forma parasitária, isolada dos tecidos, é a micelial. 
Fisiologia de fungosLeveduras
• As leveduras são fungos unicelulares, não filamentosos, tipicamente esféricos ou ovais.
• Leveduras de brotamento, como as Saccharomyces, dividem-se formando células 
desiguais. 
• No brotamento a célula parental forma uma protuberância (broto) na sua superfície externa.
• À medida que o broto se alonga, o núcleo da célula parental se divide, e um dos núcleos migra para 
o broto.
• O material da parede celular é então sintetizado entre o broto e a célula parental, e o broto acaba se 
separando. 
• Uma célula de levedura pode produzir mais de 24 células-filhas por brotamento.
• Algumas leveduras produzem brotos que não se separam uns dos outros;
• Esses brotos formam uma pequena cadeia de células denominada pseudo-hifa.
• Candida albicans se fixa a células epiteliais humanas na forma de levedura, mas normalmente 
necessita estar na forma de pseudo-hifas para invadir os tecidos mais profundos.
Leveduras
• As leveduras de fissão, como Schizosaccharomyces, dividem-se produzindo 2 novas 
células iguais.
• Durante a fissão binária, as células parentais se alongam, seus núcleos se dividem, e duas 
células-filhas são produzidas.
• O aumento do número de células de leveduras em meio sólido produz uma colônia similar 
às colônias de bactérias. 
• As leveduras são capazes de crescimento anaeróbico facultativo, podendo utilizar O
2
 ou 
um composto orgânico como aceptor final de elétrons;
• Esse é um atributo valioso porque permite que esses fungos sobrevivam em vários ambientes.
• Se houver acesso ao O
2
, as leveduras respiram aerobicamente para metabolizar carboidratos 
formando CO
2 
e água;
• Na ausência de oxigênio, elas fermentam os carboidratos e produzem etanol e CO
2
.
• Essa fermentação é usada na fabricação de cerveja e vinho e nos processos de panificação.
• Espécies de Saccharomyces produzem etanol nas bebidas fermentadas CO
2
 para fermentar a massa do pão.

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